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Nome: Andreia Carapia dos Santos Plantas que afetam o funcionamento do coração Nome cientifico: Palicourea marcgravii Nome popular: Cafezinho, erva de rato, café-bravo, erva-café, roxa, roxinha e vick. Distribuição e habitat: São encontrados nas regiões norte, nordeste, centro oeste e sudeste, em Mato Grosso do Sul e região sul não possui. Espécies de animais sensíveis: bovinos, ovinos, coelhos, cobaias, ratos, equinos e búfalos. Condições de ocorrência da intoxicação: Ingestão acidental. Princípio tóxico: Ácido monofluoracetato de sódio. Dose tóxica: Em bovinos é de 0,6g/kg Sinais clínicos – Taquicardia acentuada, respiração profunda, perda de equilíbrio, ataxia, tremores musculares, relutância em movimentar-se, andar rígido, queda, decúbito, moimentos de pedalagem, opistótomo, vocalização e morte. Achados de necropsia: Macroscopicamente – ausentes ou poucos específicos, são eles: ingurgitamento de grandes vasos, edema pulmonar acentuado, petéquias, equimoses e sufusões no pericárdio, epicárdio e pleura. Histopatológico – degeneração hidrópico-vacuolar e necrose das células dos túbulos renais. Tratamento – Não é efetivo, para seu controle químico, devem ser usadas medidas preventivas; controle: práticas de manejo, controle mecânico/ químico. Amorimia (Mascagnia) pubiflora Nome cientifico: Amorimia pubiflora; Nome popular: Cipó prata, corona ou erva. Distribuição e habitat: é encontrada no estado Mato Grosso do Sul, sul de Goiás, Triângulo Mineiro e oeste de São Paulo, também ocorrendo no leste do Pará e noroeste de Mato Grosso. Espécies de animais sensíveis: Bovinos. Condições de ocorrência da intoxicação: Períodos secos com menor oferta de alimentos. Princípio tóxico: Monofluoracetato de sódio Dose tóxica: 5 a 20 g/kg/. Sinais clínicos: Após movimentação, apresentaram taquicardia acentuada, respiração profunda, perda de equilíbrio, ataxia, tremores musculares, relutância em movimentar-se, andar rígido, decúbito, movimentos de pedalagem, opistótomo, vocalização e morte. Achados de necropsia: Macroscópicos – ausente ou pouco específico. Histopatológico – lesão renal no epitélio dos túbulos contornados distais, degeneração hidrópico-vacuolar acompanhada de cariopicnose. Tratamento e controle/profilaxia: Não há tratamento e seu controle e profilaxia é isolar as áreas afetadas, em fazendas onde a intoxicação um método eficaz pode ser deixar os animais sem movimentação, em áreas em que não existem as plantas, por um período de 7 a 15 dias. Niedenzuella ( tetrapterys) multiglandulosa Nome cientifico: Niedenzuella acutifólia Nome popular: Cipó-vermelho ou cipó-ferro Distribuição e habitat: São os estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Espécies de animais sensíveis: Bovinos. Condições de ocorrência da intoxicação: Períodos secos por falta de forragem, quando o gado ingere a brotação da planta, sendo esta responsável pela intoxicação natural; Princípio tóxico: Monofluoracetato de sódio. Dose tóxica: 5 g/kg/dia durante 60 dias; 10 g/kg/dia durante 13 a 41 dias; 20 g/kg/dia durante 10 dias; Sinais clínicos e achados de necropsia: Edema subcutâneo ventral, ingurgitamento da jugular, pulso venoso positivo, cansaço após movimentação, letargia, emagrecimento, dispnéia, ascite, arritmia cardíaca, aborto, ingurgitamento da jugular e edema de barbela. Achados de necropsia: Macroscopia - Desnutrição, edema subcutâneo na região ventral, hidrotórax, hidropericárdio, coração aumentado de volume e globoso, áreas branco-amareladas e firmes no miocárdio, ascite, fígado de noz moscada, edema pulmonar, edema entre os músculos da coxa e edema das pregas do abomaso e do epiploon. Histopatológico – necrose de cardiomiócitos, fibrose de miocárdio, cardiomiócitos com núcleo bizarro, congestão hepática centrolobular, edema pulmonar, degeneração esponjosa da substância branca encefálica. Tratamento e controle/ Profilaxia: Não há tratamento, recomenda-se a erradicação da planta dos pastos e o isolamento das áreas onde exista a planta, além de práticas culturais para eliminação das sementes da espécie presentes no banco de sementes do solo. Plantas que afetam o trato digestório Stryphnodendron obovatum Nome cientifico: Stryphnodendron obovatum Benth Nome popular: Barbatimão ou barbatimão de folha miúda. Distribuição e habitat: Presentes nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil nos campo, cerrados e cerradões. Espécies de animais sensíveis: Bovinos. Condições de ocorrência da intoxicação: Ingestão das favas maduras ainda na árvore ou quando caem no chão nos períodos de seca e escassez de pastagem. Princípio tóxico: Tanino e saponinas. Dose tóxica: 10 g. de vagens/kg PV e 5 g/vagens/kg PV provoca aborto Sinais Clínicos: Apatia, anorexia, sialorreia, fezes ressequidas ou líquidas, fraqueza e ocorre aborto e fotossensibilização Tratamento e controle/ Profilaxia: Não há um tratamento; É facilmente combatida com anelamento (descascar em volta do tronco). Não morre com a queimada. Enterolobium contortisiliquum Nome cientifico: Enterolobium contortisiliquum Nome popular : Timbaúba, tamboril, ximbaúva e orelha de macaco. Distribuição e habitat: Nativo no Brasil Espécies de animais sensíveis: Bovinos, ovinos e caprinos. Condições de ocorrência da intoxicação: Ingestão dos frutos maduros que caem no solo. Princípio tóxico: Saponina e enterolobina. Dose tóxica: 12,5 g/kg. Sinais clínicos e achados de necropsia: Acidose ruminal, anorexia, apatia, diarreia de odor fétido, retração do globo ocular, desidratação. Achados de Necropsia: fígado alaranjado, aumentado de tamanho, bordos arredondados e com evidenciação do padrão lobular. Tratamento e controle/ Profilaxia: Não há um tratamento relatado, deve ser feito um controle na época de fruto; deixado os animais fora de alcance Plantas hepatotóxicas Vernonia molíssima e V. rubricaulis Nome Cientifico: Vernonia molíssima e V. rubricaulis Nome popular: Não possui. Distribuição e habitat: No Pantanal, nas sub-regiões de Poconé, Cáceres, Miranda e Nabileque; habitat: Áreas alagáveis de carandazal, paratudal e campos arbustivos, em solos argilosos. Espécies de animais sensíveis: Bovinos e ovinos. Condições de ocorrência da intoxicação: Ocorrem na época seca, após os períodos de cheias e após as queimadas, quando o gado busca a rebrota;. Princípio tóxico: Desconhecido. Dose tóxica: 3 mg/kg. Sinais clínicos e achados de necropsia: Anorexia, constipação, tremores musculares; focinho seco, apatia, andar desequilibrado, tremores da cabeça e óbito Achados de Necropsia: fígado aumentado de tamanho, com padrão lobular evidenciado e áreas vermelham escuras intercaladas com áreas vermelho claras. Tratamento e controle/ Profilaxia: Não tem um tratamento eficaz, para profilaxia e controle é necessário arrancá-la. Evitar fogo, pois é mais tóxica na rebrota. Cestrum laevigatum Nome cientifico: Cestrum laevigatum Nome popular: Coerana, dama da noite, corana Distribuição e habitat: regiões Sudeste, CentroOeste e Nordeste. Espécies de animais sensíveis: Bovinos, ovinos, caprinos e bubalinos. Condições de ocorrência da intoxicação: Escassez de forragens ou superlotação da pastagem. Princípio tóxico: Gitogenina, digitogenina e cestrumida. Dose tóxica – 10 a 50 g/kg PV Sinais clínicos – Apatia, anorexia, parada ou atonia do rúmen, dorso arqueado, constipação e fezes ressecadas com muco e às vezes estrias de sangue, tremores musculares, cambaleios, excitação e agressividade, decúbito e morte. Achados de necropsia: Macroscópico – fígado noz-moscada. Histopatológico - distrofia do fígado, necrose centrolobular. Tratamento e controle/ Profilaxia:Não há tratamento específico eficaz,porem,há um uso tópico substâncias energéticas como glicose e/ou antitóxicos associados a soluções de cálcio e vitaminas do complexo B. Retirar os animais das áreas com as plantas e arrancar ou fazer controle com herbicida. Trema micrantha Nome cientifico: Trema micrantha (L.) Blume; Nome popular: Gurindiba, Gradiúva, Pau-pólvora; . Distribuição e habitat: Estão presentes em todo território Brasileiro Espécies de animais sensíveis : Bovinos, caprinos, ovinos e equinos. Condições de ocorrência da intoxicação: Ocorre pela ingestão das folhas da planta. Princípio tóxico: Desconhecido. Dose tóxica – 54 g/kg. Sinais clínicos e achados de necropsia: fezes pastosas a líquidas, apatia e fraqueza, tremores musculares leves; icterícia e sinais neurológicos em alguns; Achados de Necropsia: fígado amarelado e com padrão lobular evidenciado, edema na parede da vesícula biliar, ressecamento conteúdo intestinal; Tratamento e controle/ Profilaxia: Não há tratamento específico eficaz; para controle não fornecer as folhas em período de estiagem e evitar animais próximos as arvores. CROTALARIA SP. Nome científico: Crotalaria Nome popular: “xique-xique” “Guizo-de-cascavel” ou “chocalho-de-cascavel” Distribuição, Habitat e estados Brasileiros: África do sul: Crotalaria burkeana, Crotalaria globifera, Crotalaria dura Estados Unidos: Crotalaria spectabilis Austrália: Crotalaria retusa Brasil: ocorre em todo território brasileiro 40 espécies – Crotalaria Mucronata, Crotalaria juncea, Crotalaria retusa, Crotalaria spectabilis Espécie de animais sensíveis: Equinos, Bovinos, Suínos, Ovinos, caprinos e Aves Condições de ocorrência: Palatável para equinos e ocasional para o restante Princípio toxico: Alcaloide pirrolizidínico monocrotalina Dose tóxica: equinos 100g, asininos Acima de 5g/kg, ovinos acima de 5g/kg Sinais Clínicos/necropsia: Fotossensibilização, Depressão letargia, mucosa pálida ou ictérica, ascite, decúbito lateral e esternal, convulsão, movimento de pedalagem, necrose hepática etc. Achados de necropsia – Macroscópico – Fígado vermelho escuro a cianótico, sangramento do órgão, edema de vesícula biliar, áreas esbranquiçadas e levemente elevadas na superfície e difusas pelo parênquima, pulmão armado, vermelho arroxeado e com consolidação difusa do parênquima. Histopatológico – necrose de coagulação associada à hemorragia centrolobular. Tratamento: Não há tratamento e como profilaxia evitar pastos com essas plantas ou eliminar elas. LANTANA SPP. Nome científico: Lantana Nome popular: “Chumbinho” “Camará” “Cambará” “Bem-me-quer” e “Mal-me- quer” Distribuição, Habitat e estados Brasileiros: Plantas cosmopolitas, maior parte originárias das partes tropicais e subtropicais do continente americano, na Austrália, no Brasil desde a Amazônia até o Rio Grande do Sul Espécie de animais sensíveis: Bovinos, Ovinos, caprinos Condições de ocorrência da intoxicação: Ingestão acidental nos alimentos Princípio toxico: Triterpenos lantadene A e lantadene B Dose tóxica: 2 g/kg Sinais Clínicos/necropsia: São muito uniformes, iniciam com anorexia, diminuição ou parada do rumem, fotossensibilização sob forma de eritema, edema e necrose, inquietação, icterícia, urina escura, fezes ressecadas Achados de necropsia: Macroscópico Icterícia, urina marrom ou laranjada, fígado alaranjado, edema na parede da vesícula biliar. Histopatológico – tumefação e vacuolização de hepatócitos, acúmulo de bile nos canalículos biliares. Tratamento e controle/Profilaxia: Não tem tratamento específico; fazer um controle químico com herbicidas em áreas com muitos afetadas, Evitar o acesso dos animais as áreas infestadas, erradicar a planta e utilizar suplementação alimentar nos períodos de escassez de alimento. Nome científico: Brachiaria decumbens; Nome popular: capim Brachiaria Distribuição, Habitat e estados Brasileiros: Origem na África Equatorial e distribuem-se nas áreas tropicais Espécie de animais sensíveis: Bovinos e ovinos e caprinos Condições de ocorrência da intoxicação: Pode ocorrer em qualquer época do ano. Apresenta maior número de casos em animais em processo de desmana ou recém-desmamados até dois anos de idade. Em pastagens que não foram mexidas por alguns meses e no início das águas com a brotação da pastagem Princípio toxico: Saponinas Dose tóxica: Não se sabe a quantidade, depende da quantidade de saponinas na forragem Sinais Clínicos/necropsia: Fotossensibilização, secreção ocular bilateral, anorexia, letargia, icterícia e procura por locais sombreados. Necropsia: lesões cutâneas, icterícia, fígado amarelado ou alaranjado Tratamento e controle/profilaxia: Não há tratamento e como profilaxia evitar esse tipo de pasto e deixar o animal na sombra Nome científico: Stryphnodendron fissuratum Nome popular: Rosquinha, coração de negro, morcegueiro ou chifre de carneiro Distribuição, Habitat e estados Brasileiros: Aruanã, GO, Guaratinga e Rondonópolis, MT e Rio verde. Ocorre em Região centro-oeste em áreas de transição entre o cerrado e a floresta amazônica. Espécie de animais sensíveis: Bovinos Condições de ocorrência: Comem avidamente as favas maduras que caem ao solo, seus frutos amadurecem entre julho e setembro, coincidindo com a estiagem Princípio toxico: Desconhecido Dose tóxica: Não foi estabelecida dose letal mínima, em experimento foi de 10, 20 e 30g/kg Sinais Clínicos/necropsia: Apatia, pelos eriçados, anorexia, ausência de ruminação, atonia ou hipotonia ruminal, fezes pastosas ou em formato desilaba, fétidas e algumas vezes enegrecida. Necropsia apresentou edema nos tecidos subcutâneo, nos rins e no intestino, hemorragia em vários tecidos e órgãos e úlcera na mucosa do abomaso Tratamento, Controle/Profilaxia: profilaxia evitar pastos com essas arvores principalmente na época de maturação das favas, o tratamento é somente hidratar em sombra e glicose endovenosa Nome científico: Ipomea carnea Nome popular: “Canudo” ou “Algodão-bravo”, “Capa-bode” “Manjorana” Distribuição, Habitat e estados Brasileiros: Grandes quantidades na Amazônia, especialmente no Pará, no Nordeste e no Pantanal de Mato Grosso Espécie de animais sensíveis: Bovinos, Ovinos, caprinos Condições de ocorrência: Fome é uma das condições que ocorre a ingesta, principalmente em época de seca, quando não há pasto. A outra condição é quando eles pegam “vicio” pelo consumo da planta Princípio toxico: Swainsonina, calisteginas B² e C¹ das folhas Dose tóxica: 175mg/kg Sinais Clínicos/necropsia: Os caprinos que apresentam sintomatologia mais aparente do sistema nervoso motora, os bovinos e ovinos apresentam emagrecimento progressivo, pelos ásperos Achados de necropsia – Macroscópico – sem alterações significativas. Histopatológico – vacuolização e tumefação de neurônios do sistema nervoso central e periférico e vacuolização do citoplasma de hepatócitos, células acinares do pâncreas, células foliculares da tireoide e células dos túbulos renais. Tratamento e controle/profilaxia: Não há tratamento e como profilaxia evitar pastos com essas plantas. Nome científico: Ricinus communis Nome popular: “Mamona” ou “carrapateira” Distribuição, Habitat e estados Brasileiros: Em todo o Brasil de forma espontânea, em solos fértil ou cultivado. Espécie de animais sensíveis: Equinos, Bovinos, Suínos, Ovinos, caprinos, coelhos e aves Condições de ocorrência: Pela ingestão de alimentos que foram adicionados acidentalmente ou não da semente, pela extração do óleo e resíduos não detoxicado. Princípio toxico: Ricina nas sementes e folhas, pericarpo e alcaloides. Dose tóxica: Bovinos: 2g/kg, Bezerros 0,5 g/kg, Suínos 1,4 g/kg, leitões 2,4 g/kg, ovinos 1,25 g/kg, caprinos 5,5 g/kg, equinos 0,1 g/kg, coelhos 1 g/kg, galinhas 14,4 g/kg, gansos 0,4 g/kg SinaisClínicos/necropsia: apatia, letargia, pelos asperos, incoordenação, tremores na cabeça, paresia de posteriores Achados de necropsia – As lesões macroscópicas e histopatológicas podem ser inespecíficas. Tratamento e controle/ Profilaxia: não tem tratamento,sintomático e de suporte, Realizar a poda destas plantas e evitar que os animais tenham contato. PLANTAS QUE CAUSAM LESÃO MUSCULAR Nome cientifico: Senna occidentalis e Senna obtusifolia Nome popular: manjerioba, fedegoso. Distribuição e habitat: frequente na maioria das sub-regiões. É uma invasora cosmopolita tropical, qualquer solo, áreas não inundáveis, estradas, currais, roças e pastagens cultivadas, lagoas secas. Espécie de animais sensíveis: equinos e bovinos. Condições de ocorrência da intoxicação: ocorrem surtos de intoxicação por ingestão da planta após os períodos de geadas. Mas a intoxicação pode ocorrer quando são fornecidas raçoes de grãos de cereais moídos e contaminados com sementes da planta e o seu principio toxico possui efeito cumulativo porem é destruído pelo calor. Princípio tóxico: N-metilmorfolina (alcalóide) e oximetilantraquinonas (albumina) Dose tóxica: 10g/kg do peso vivo. Sinais clínicos e achados de necropsia: fezes ressecadas, fraqueza muscular, tremores, instabilidade do posterior, andar cambaleante, decúbito esternal e lateral e mioglubinúria. Tratamento e controle/profilaxia: a cheia já é uma forma de controle normal, mas pode ser eliminada com roçadeira. Plantas de ação radiomimética Nome cientifico: Pteridium aquilinum Nome popular: Samambaia do campo. Distribuição e habitat: Regiões montanhosas, desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul, sendo que em alguns estados (Acre, Amazonas, Mato Grosso e Pernambuco); solos ácidos e bem drenados, como encostas de morro, mas também se adapta a outros ambientes. Espécies de animais sensíveis: Bovinos. Condições de ocorrência da intoxicação: Por ser uma planta palatável, os episódios de consumo por parte dos animais são bem mais frequentes. Há indícios de que os animais possam desenvolver vício, caracterizando, com isso, ingestões repetidas e compulsivas. Assim se intoxicam pelo fornecimento de feno contaminado pela P. aquilinum. Princípio tóxico: ptaquilosídeo. Dose tóxica: 10g/Kg da planta durante algumas semanas a poucos meses. Sinais clínicos e achados de necropsia: hipertermia, hemorragias na pele e mucosas, dispneia e edema de laringe, neoplasia TGI e Bexiga. Na necropsia a hemorragias em todos os órgãos e tecidos, úlceras nas mucosas e coágulos na luz do intestino; Tratamento e controle/ Profilaxia: Não há tratamento eficaz para animais acometidos. PLANTAS QUE CAUSAM MINERALIZAÇÃO SISTÊMICA Nome cientifico: Solanum molacoxylon Nome popular: maria mole, espichadeira. Distribuição e habitat: centro-oeste e Sul do Brasil, até Argentina. É frequente nas sub-regiões de Poconé, Miranda e Nabileque; é restrita a solos argilosos, férteis ricos em cálcio e muito alagáveis. Tem aumento em áreas pisoteadas, como perto de cochos, porteiras. Espécie de animais sensíveis: bovinos e bubalinos. Condições de ocorrência da intoxicação: comem as folhas secas que caem no chão e ficam associadas á pastagem tendo uma toxidez por ate dois anos. E ocorrem de julho a setembro época do desfolhamento da planta. Princípio tóxico: glicosídeo esteroidal. Dose tóxico: 1,0g/kg de peso vivo ao dia para desenvolver um quadro de intoxicação. Sinais clínicos e achados de necropsia: andar rígido, dificuldade de locomoção, apoio na ponta das pinças e emagrecimento. Na necropsia pode ser visualizado mineralização da parede da aorta e outras artérias, pulmão, rins e tendões. Tratamento e controle/profilaxia: tratamento desconhecido. Não é eliminada com roçadeira nem fogo, pela grande capacidade de rebrota, sendo mais eficaz arrancá-la com enxadão, retirar o gado e sempre remover os animais afetados para locais sem a planta. Plantas que causam anemia hemolítica Nome cientifico: Brachiaria radicans Nome popular: Tannergrass, brachiaria do brejo. Distribuição e habitat: Região litorânea e caracteriza-se por ser uma planta invasora que se desenvolve rapidamente em solos úmidos; santa Catarina; África tropical em solos encharcados. Espécies de animais sensíveis: bovinos, ovinos, bubalinos e equinos. Condições de ocorrência da intoxicação: Por ter ótima palatabilidade é muito apreciada por bovinos; animais de outras regiões que chegam com fome e são introduzidos em locais onde B. radicans é planta predominante, é utilizada como pastagem exclusiva e bezerros podem se intoxicar pelo leite. Princípio tóxico: Não está definido. Dose tóxica: não especificado. Sinais clínicos e achados de necropsia: urina de coloração escura e em jatos, fezes sem pastosas ou diarreia, perda de peso, mucosas pálidas, respiração acelerada. Esses sinais podem se agravar e terminar com a morte ou, desaparecer rapidamente quando a planta é retirada da alimentação. Na necropsia as mucosas e serosa intestinal de coloração amarronzada, rins tumefeitos, incoagulabilidade sanguínea e urina escura. Tratamento e controle/ Profilaxia: Animais devem ser retirados imediatamente do local evitando o mínimo de movimentação e manter os mesmos em locais frescos. Transfusão sanguínea pode ser uma boa alternativa para acelerar a melhora do quadro clínico. A recuperação dos animais pode ocorrer em 3-4 dias após a suspensão da ingestão da planta Plantas cianogênicas Nome cientifico: Manihot spp. Nome popular: Mandioca-brava. Distribuição e habitat: regiões tropicais em desenvolvimento; roças de agricultura nativa por apresentar bom desenvolvimento em solos pobres, resistência a pragas e doenças e adaptação em diferentes regiões edafoclimáticas. Espécies de animais sensíveis: caprinos, bovinos. Condições de ocorrência da intoxicação: intoxicações podem ocorrer em qualquer época em que se encontra a planta, independente da sua fase de crescimento, as primeiras chuvas são seguidas de uma estiagem de vários dias e os animais ingerem as plantas murcha e seca. Princípio tóxico: glicosídeos cianogênicos. Dose tóxica: doses ≥ 2 a 4 mg de HCN /Kg PV / hora. Sinais clínicos e achados de necropsia: taquicardia, mucosas cianóticas, micção frequente, tremor muscular, andar cambaleante, movimento de pedalarem. Na necropsia não se nota nada. Tratamento e controle/ Profilaxia: tratamento 200 ml (5 g nitrito de sódio + 15 g tiossulfato de sódio) IV lento, repetir apenas uma vez, 30 g de tiossulfato de sódio a cada hora VO. Plantas nefrotóxicas Nome cientifico: Amaranthus spinosus Nome popular: Caruru de espinho, Caruru de porco, bredo branco, bredo de espinho. Distribuição e habitat: É uma planta nativa da América Tropical, em todo o Brasil e tem habitat terrenos baldios, beira de estradas e em lavouras férteis e perenes, sendo uma planta invasora. Espécies de animais sensíveis: Bovinos, suínos e ovinos. Condições de ocorrência da intoxicação: ocorrem somente quando há escassez de forragem em presença de grande quantidade da planta; bovinos ingeriram a planta misturada à braquiária em quantidade suficiente para se intoxicar. Princípio tóxico: desconhecido. Dose tóxica: ingerir grandes quantidades da planta, durante 3 a 30 dias, ou de forma intermitente. Sinais clínicos e achados de necropsia: depressão, anorexia, diminuição ou ausência de movimentos ruminais, dispnéia, hálito urêmico, corrimento sanguinolento pelas narinas, fezes pastosas contendo muco e sangue, diarréia que em alguns casos pode ser hemorrágica. Na necropsia se observa edema perirrenal, hematomas subcapsulares, palidez e hemorragia petequial multifocal na superfície cortical estendendo-se até a medula óssea e hemorragiaintensa na pelve. Tratamento e controle/ Profilaxia: Não há tratamento para a forma nefrotóxica da intoxicação. A única forma de evitar a intoxicação é retirar os bovinos das áreas invadidas, principalmente quando a planta está em frutificação.