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Plantas que causam perturbações nervosas

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P L A N T A S Q U E C A U S A M
P E R T E R B A Ç Õ E S
N E R V O S A S
PLANTAS QUE CAUSAM DOEÇAS DO
ARMAZENAMENTO 
São plantas como a Ipomoea subsp fistulosa,
Sidacarpinifolia, Solanumfastigium e
Solanumpaniculatum.
Ipmomoea carnea subsp
fistulosa
É conhecida vulgarmente como “canudo” e
“algodão bravo”. É uma importante causa de
intoxicações no nordeste por causa da seca.
No sul é usada como ornamental para cercas-
vivas. Os princípios ativos são a Swainsonina e
calisteginas que impedem a metabolização de
substratos que contêm açucares. 
É encontrada na Amazônia, Pará, Mato Grosso,
Nordeste. Em outros estados é encontrada
como uma planta ornamental. Preferem locais
com maior umidade. Os bovinos, ovinos e
caprinos são acometidos pelo principio ativo. O
consumo é devido a fome, devido a escassez
de forragem, posteriormente continuando o
consumo devido o vício do seu consumo. É
necessário ingerir durante semanas a planta.
O quadro clínico é caracterizado pela
depressão, tremores, desequilíbrio,
hipertermia, ataxia, posturas anormais
(cavalete, opistótomo) e abortos. Não há
alterações macroscópicas significativas. 
Na microscopia há tumefação e
vacuolização de neurônios, principalmente
de células de Purkinje. 
O diagnóstico é dado por dados
epidemiológicos, sinais e lesões neuronais. 
Não há tratamento, sendo indicado abater
os animais afetados. 
Deve evitar-se contato com a planta para
que não ocorra a intoxicação. Pode usar-
se herbicidas para o controle das plantas.
Quadro clínico 
Diagnóstico, Tratamento e Profilaxia 
Sida carpinifolia
Popularmente conhecida como Guanxuma. O
principio ativo também é a Swaisonina. É uma
importante erva daninha. Prefere locais úmidos
e sombreados, com ampla distribuição na
região sul. Acomete os ruminantes (bovinos,
caprinos e ovinos). A intoxicação ocorre em
pastagens muito infestadas. Após o consumo,
os animais continuam a ingerir devido a
adicção. 
A intoxicação ocorre quando a planta esta
infestando a propriedade. Os animais adquirem
avidez pela planta. Os sinais clínicos são a
letargia, alterações de marcha,
incoordenação. Há quedas, posições atípicas,
dificuldade de voltar em estação. Os sinais se
acentuam à movimentação. 
Macroscopicamente, em caprinos se observou
aumento de linfonodos mesentéricos. Em
bovinos houve a coloração amarelada do
tálamo. Houve distensão e vacuolização de
neurônios, presença de esferoides axonais. Há
vacuolização em outros tecidos. Deve evitar-
se o consumo da planta pelos animais. 
Solanun fastigiatum e
Solanun paniculatum
Conhecida vulgarmente como jurubebas, joá.
Esta presente na região Sul do Brasil. É uma
planta invasora de pastagens e terrenos
abandonados. Os acometidos são os bovinos.
O consumo ocorre devido a escassez de
forragem. 
A evolução é rápida, de vários meses. Há
crises de tipo epileptiforme após
movimentação. Os animais apresentam
Nistagmo, rigidez dos músculos do pescoço e
membros. Ocorre a perda de equilíbrio,
estando sujeitos a traumatismos. 
Na macroscopia não há alterações. Em alguns
casos observa-se diminuição do tamanho do
cerebelo. Há vacuolização, degeneração e
desaparecimento das células de Purkinje. Há
presença de esferoides axonais e
microcavitaçaõ e gliose
P L A N T A S Q U E C A U S A M
P E R T E R B A Ç Õ E S
N E R V O S A S
PLANTAS QUE CAUSAM SÍNDROME
TREMOGÊNICA 
É vulgarmente conhecida como salsa.
Habita as regiões norte e nordeste.
Prefere margens de rios, lagoas, terrenos
abandonados, margens de estradas.
Acomete bovinos, búfalos, caprinos e
ovinos. Os animais iniciam o consumo
devido a fome. Os sinais clínicos em
bovinos e búfalos são o balanço da
cabeça, tremores musculares,
desequilíbrio e quedas. 
Nos ovinos são perceptíveis tremores
musculares e distúrbios de locomoção. Em
caprinos há sonolência, letargia, poucas
vezes tremores musculares. Não há lesões
significativas.
Ipomoea asarifolia
PLANTAS QUE CAUSAM LESÕES
LOCALIZADAS NO SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
Conhecida como “algaroba”. É fonte de
alimento no semiárido. Acometem os
bovinos e caprinos. Quando os animais
ingerem mais de 50% da dieta por longos
períodos, possuem intoxicação pela
planta.
A algaroba causa uma doença conhecida
como Inclinação lateral da cabeça.
Provoca movimentos involuntários de abrir
e fechar a boca. Ainda há relaxamento da
mandíbula, protusão parcial da língua,
salivação continua e atrofia masseter. 
Os sinais clínicos são a atrofia muscular
por desnervação, língua flácida, conteúdo
ressecado no trato gastrointestinal,
congestão de meninges, degeneração de
neurônios do núcleo motor do trigêmeo,
degeneração Walleriana do nervo
trigêmeo, atrofia muscular por
desnervação com substituição por tecido
fibroso. 
Prosopis juliflora 
OUTRAS PLANTAS QUE ACOMETEM O
SISTEMA NERVOSO
Conhecido como “cavalinha”, provocando
intoxicação em equinos. Os animais
tornam-se adictos. Feno com 1/5 da
planta, produz sinais clínicos nos animais.
Os sinais clínicos são neurológicos. 
Equisetum spp
Conhecida como cocão, sendo comum no
RS e SC. Os sinais clínicos são a
depressão, sonolência, hipermetria,
desequilíbrio, tremores, bruxismo,
salivação, posição de cavalete. O quadro
é agudo. 
A macroscopia é caracterizada pela
presença de frutos no trato
gastrointestinal. Na micro não há
alterações. O diagnóstico se dá pelo
histórico e presença dos frutos no trato
gastrointestinal.
Erythroxylum Deciduum
Conhecida vulgarmente como “Uva-do-
japão”, “Tripa-de-galinha”. Esta presente
em toda a região sul do Brasil. é usada
para o sombreamento. Acomete caprinos
e bovinos. A intoxicação ocorre quando
os animais ingerem os frutos. 
Os sinais clínicos são a apatia, hipermetria,
ranger de dentes, pressionar a cabeça
contra objetos. Os animais ainda podem
apresentar agressividade. 
Macroscopicamente os animais possuem
achatamento das circunvoluções
cerebrais. Na micro os animais possuem
polioencefalomalacea. O tratamento é
através de um polivitamínico com a
tiamina.
Hovenia dulcis

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