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PROCESSO CAUTELAR

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PROCESSO CAUTELAR
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O TEMPO DO PROCESSO
Tempo do Processo – Crise da Justiça;
Má distribuição do ônus do processo;
Demora da justiça (segurança p/ julgar, estrutura judiciária, recursos, etc...);
Prejuízos:
		- Princípio da Igualdade;
		- Às partes (autor e réu) – ônus principalmente ao direito do autor que tem razão.
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JUSTIÇA ATRASADA NÃO É JUSTIÇA, SENÃO INJUSTIÇA QUALIFICADA E MANIFESTA
			Rui Barbosa
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Ação Cautelar
Peculiaridades
Não têm um fim em si mesmas, pois, contentam-se em outorgar situação provisória de segurança para as partes;
Toda a sua eficácia opera em relação a outras providências que irão ocorrer em outro processo (principal);
Pode ser instaurado antes (preventivo) ou no curso (incidental) do processo principal;
Não se trata de antecipar o resultado do processo principal;
Tem por objetivo afastar situações de perigo para garantir o bom resultado do processo principal (composição da lide);
Enquanto o processo visa tutelar o direito, o processo cautelar tem por missão tutelar o processo, garantido que seu resultado será útil, eficaz e operante.
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Peculiaridades da Cautelar
As medidas preventivas não são satisfativas, mas tão somente preservativas de situações necessárias;
É instrumental, porque não se liga à declaração de direito, nem promove a eventual realização dele, pois só atende provisória e emergencialmente a uma necessidade de segurança;
As medidas urgentes de natureza satisfativa regem-se pela antecipação da tutela.
É provisória, vez que não se reveste de caráter definitivo  têm duração limitada ao tempo do processo principal.
São diferentes das medidas concedidas em interditos possessórios, mandado de segurança e antecipação de tutela  pois estas últimas visam transformar em definitivas com a sentença final.
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DA AÇÃO CAUTELAR
Escopo: proteger uma coisa, uma pessoa ou a prova, que se mostra útil em relação ao processo principal;
Medidas de Proteção à Coisa:
O arresto (arts. 813 a 821 CPC);
O seqüestro (arts. 822 a 825 CPC); 
Caução (826 CPC);
A busca e apreensão (arts. 839 a 843 CPC);
O arrolamento de bens (arts. 855 a 860 CPC);
Autorização para realização de obras de conservação em coisa litigiosa ou judicialmente apreendida (inc. I do art. 888 CPC).
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Medida que objetiva proteção à pessoa:
Busca e apreensão de pessoa;
Alimentos provisionais (852);
Posse provisória dos filhos (888, III) 
Guarda e educação dos filhos e direito de visita (888, VII CPC);
Afastamento temporário (888, VI); etc.
Medidas que visam proteger a prova:
Exibição de coisa, documento ou escrituração comercial (arts. 844 e 845 CPC);
Antecipação de provas (arts. 846 a 851 CPC).
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Requisitos para a Concessão da Cautelar
Fumus boni iuris  plausibilidade do direito substancial;
	 Existência do direito material em risco, que se justifica no direito da ação;
	 elementos que, prima facie, possam formar a convicção do juiz, mediante conhecimento sumário e superficial;
	 aqueles que pela aparência, se mostram plausíveis de tutela no processo principal.
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Periculum in mora  dano potencial, um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse demonstrado;
	 fundado temor de que, enquanto a parte aguarda a tutela definitiva, venham faltar circunstâncias de fato favoráveis à própria tutela;
	 perigo de dano – refere-se ao interesse processual em obter uma justa composição do litígio; 
	 perigo justificador a concessão é aquele que se mostra:
		a) fundado; 
		b) relacionado a um dano ´próximo´; e que 
		c) seja grave e de difícil reparação (798 CPC).
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Considerações Acerca da Medida Cautelar – Antes do art. 273
Antes da entrada em vigor do 273 do CPC, a medida cautelar era comumente utilizada, quando esgotado o prazo de 120 dias para impetrar o Mandado de Segurança – E, neste caso exigia-se a prova pré-constituída;
Com a reforma de 1994 eliminou-se a necessidade da cautelar para a obtenção da tutela antecipatória, possibilitando a correção dos equívocos até então cometidos;
Assim, a tutela sumária satisfativa não pode mais ser obtida através de ação fundada no art. 798 do CPC (medidas cautelares inominadas – fundado receio de dano, antes do julgamento da lide, que cause dano ao direito ou outra grave lesão e de difícil reparação);
HOJE, a tutela satisfativa é requerida e concedida no curso do processo de conhecimento.
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TUTELA ANTECIPATÓRIA
Considerações Iniciais
Fator Tempo  art. 273 veio com a finalidade de desobstruir e distribuir o ônus do processo;
Pois, regra geral, o réu visa retardar o direito do autor, abusando sobremaneira do direito de defesa, abuso que se torna mais perverso quando o autor depende economicamente do bem da vida perseguido.
Veio, portanto, corrigir o problema dos procedimentos para o julgamento de uma única lide.
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Considerações Iniciais
O art. 273 confere ao cidadão um instrumento processual semelhante ao Mandado de Segurança;
Nada tem a ver com a tutela cautelar, vez que satisfativa;
Não é uma medida que impeça o perecimento do direito, ou que vise a assegurar ao titular a possibilidade de exercê-lo no futuro;
A medida antecipatória concede o exercício do direito afirmado pelo autor;
Possibilidade de antecipação tanto dos efeitos executivos como mandamental;
Visa distribuir o ônus do tempo do processo.
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	Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:
	I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou
	II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 
	§ 1o  Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento. 
	§ 2o  Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. 	
	§ 3o A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A. 
	§ 4o  A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 
	§ 5o  Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. 
	§ 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. 
	§ 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado. 
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REQUISITOS OBRIGATÓRIOS e CUMULATIVOS
Requerimento da parte (a lei nega que a mesma seja concedida de ofício. Existe discussão doutrinária contra);
 				+
Verossimilhança da alegação; 
				+
Prova inequívoca.
 
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DA PROVA INEQUÍVOCA E A VEROSSIMILHANÇA NECESSÁRIA PARA A CONCESSÃO DA TUTELA
PROVA SUFICIENTE PARA O SURGIMENTO DO VEROSSÍMEL  é aquela que é capaz de convencer o juízo das alegações do autor, ou, 
	que é entendida como a prova suficiente para o surgimento do verossímel (entendido como o não suficiente para a declaração ou da inexistência do direito).
Em suma: o convencimento do juízo deve estar sedimentado por provas existentes nos autos no ato da concessão da medida.
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A VEROSSIMILHANÇA pode ser encontrada através de outras provas. Ou seja, o juiz pode se convencer da verossimilhança levará em consideração:
O valor do bem jurídico ameaçado;
A dificuldade do autor prova a sua alegação;
A credibilidade de acordo com as regras de experiência; e
A própria urgência descrita.
A relevância do fundamento da demanda é justamente o fumus boni iuris, portanto, a verossimilhança
suficiente para a concessão da tutela.
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REQUISITOS OBRIGATÓRIOS ALTERNATIVOS
Além dos requisitos acima, é necessário ainda o preenchimento de qualquer um dos requisitos a seguir:
FUNDADO RECEIO DE DANO IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO; 
				OU
II) ABUSO DE DIREITO DE DEFESA ou MANIFESTO PROPÓSITO PROTELATÓRIO DO RÉU.
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REQUISITO INCIDENTAL
REVERSIBILIDADE  já que a antecipação é meramente uma decisão interlocutória que será ou não confirmada quando do julgamento final.
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Legitimados a Requerem a Tutela Antecipatória
O Autor;
O Réu:
Quando reconvinte (Reconvenção – Ação do Réu);
Nas Ações dúplices (pedido pode ser feito na própria contestação – ex. Ação Revisional Aluguel);
TRF – 1ª R – “de acordo com o art. 273 CPC é a tutela pedida na inicial que é antecipada” – Ag 96.01.06329-3
Luiz Marinoni – nada obsta que o Réu, também em tese, possa solicitar a antecipação na ação declaratória de ilegitimidade de ato, se, em face do caso concreto, estiverem presentes as circunstâncias que façam crer que o autor praticará atos que impedirão o réu de praticar atos que supõe legítimo.
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Legitimados Ativos
Denunciação à Lide – só nos casos em que deferida tutela antecipatória contra o Réu (denunciante), este poderá requerer a tutela antecipatória contra o denunciado;
Oposição (56 CPC)– também tem direito ao pedido de tutela antecipatória;
Chamamento ao Processo (77 CPC) - também pode requerer.
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PROCEDIMENTOS COMPATÍVEIS - TUTELA ANTECIPATÓRIA
A tutela tanto pode ser requerida no Procedimento Ordinário quanto no Sumário.
E quanto aos procedimentos especiais? 
Não, quando aos procedimentos especiais em a tutela antecipatória se encontra presente face à necessidade de tutela imediata de um direito evidente, que não requerem o fundado receio de dano, mas apenas a demonstração do direito afirmado, ou, o preenchimento de determinados requisitos, tais como imprescindíveis, c. ex. Manutenção e Reintegração de Posse, tem-se a tutela pedida na posse com menos de 1 ano; e
Sim, quando requerida em base em outros requisitos, tal como fundado receio de dano, ou seja, como no caso acima, nas posse com mais de 1 ano.
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PROCEDIMENTOS COMPATÍVEIS - TUTELA ANTECIPATÓRIA
E no procedimento Monitório?
Se baseado em abuso de direito de defesa, só será cabível, na hipótese de prova do fato constitutivo do direito de crédito e na presença de embargos que sejam provavelmente infundados;
É também possível quando se trata para tutelar o bem da vida postulado através da monitória, para não ter direito prejudicado de formar irreparável;
É possível também para requerer a execução imediata da parte do crédito não embargada.
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Pode ser Concedida na sentença?
Da Tutela Antecipada na Sentença (2 correntes):
Entendem não ser Possível: - por entenderem que o art. 273 diz antes de proferida a sentença, vez que neste caso, tutela concedida em sentença não é antecipada, mas definitiva;
Entendem ser possível: - negar a possibilidade seria contrariar o princípio do devido processo legal, processo justo.
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Problemática quanto a concessão da tutela na sentença.
Qual o recurso a ser interposto?
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Da Tutela Fundada em Abuso de Direito
O tempo do processo não pode ser um ônus apenas do autor.
O abuso de direito de defesa chega a ser mais perverso quanto mais o autor necessita e depende economicamente do bem da vida perseguido.
No processo é comum ver que enquanto o Autor quer mudar a situação o Réu quer manter o statu quo.
Assim, só é possível deferir a medida baseada no abuso de direito de defesa, quando a defesa ou o recurso do réu deixam entrever a grande probabilidade de o autor resultar vitorioso e, conseqüentemente, injusta será a espera para a realização do direito.
Neste caso será necessário: (1) a evidência do direito do autor e (+) (2) a fragilidade da defesa do réu.
Obs.: Não se confundem abuso de defesa e litigância de má-fé. Muito embora do art. 17 do CPC, seja possível extrair alguns elementos.
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Tutela Antecipatória através das técnicas da não-contestação e do reconhecimento parcial do pedido (§ 6º do art. 273 CPC)
É abusiva a defesa que protela a realização de um direito – ou de parte deste – que não mais é controvertido;
É injusto obrigar o autor a esperar a realização de um direito que não mais se mostra controvertido (ex. quando o réu admite parte do direito do autor).
Nestes casos, a tutela a ser concedida é fundada em cognição sumária, e não na probabilidade ou verossimilhança.
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A antecipação no caso de abuso do direito de recorrer
Se o réu tende a abusar do direito de defesa, tem este também o de recorrer, seja para conservar o bem disputado no seu patrimônio, seja ainda para tentar tirar alguma vantagem econômica em troca do tempo necessário a tramitação do recurso.
Neste casos, poderá o relator antecipar os efeitos da sentença quando se tratar das seguintes hipóteses:
Quando a fundamentação recursal trata apenas da matéria de fato e o relator, reputando inconsistentes as razões recursais concluir que o recurso não se reveste de seriedade;
Quando, sendo matéria de direito, já existe ao seu respeito o entendimento pacificado no Tribunal ainda que não sumulado, ocasião em que o relator já tem poderes, inclusive, para negar seguimento ao recurso manifestamente contrário, vide 557 do CPC.
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Tutela antecipatória final, em 1º grau de jurisdição, na hipótese de demanda que versa unicamente sobre matéria sumulada no Tribunal
Pode ser concedida a tutela na sentença, uma vez que a matéria já se encontra sumulada no Tribunal. Inferindo-se ai que existe grande probabilidade de confirmação da sentença pelo Tribunal.
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EFICÁCIA TEMPORAL DA TUTELA
Não encontra limite no trânsito da sentença de procedência, mas sim no trânsito em julgado da improcedência;
A tutela que antecipa o efeito executivo da sentença condenatória, não pode ser substituída pela sentença condenatória trânsita em julgado. Pois, a sentença de cognição exauriente empresta carga declaratória à tutela sumária, transformando-a em tutela de cognição definitiva.
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EFICÁCIA TEMPORAL DA TUTELA
Tendência atual  visa manter, excepcionalmente, a tutela sumária em caso de sentença de improcedência, pois, a declaração de inexistência do direito não elimina o fundado receio de dano, já que o que vale, em caso de recurso, é o julgamento do Tribunal, ou seja, a cognição definitiva.
A sentença, porque somente trata do direito, não faz concluir, necessariamente, que inexiste receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
Assim, para a revogação da tutela deve o juiz proferir decisão interlocutória antes (durante ou mesmo depois) da sentença.
A não revogação da tutela (decisão interlocutória), conclui-se que o juiz, apesar da sentença de improcedência, manteve a tutela. 
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QUANTO A IRREVERSIBILIDADE DO PROVIMENTO E A IRREVERSIBILIDADE DOS EFEITOS FÁTICOS DO PROVIMENTO
Reza o § 2º do 273 do CPC, que não será concedida a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento.
Portanto, não há se confundir IRREVERSIBILIDADE DO PROVIMENTO com IRREVERSIBILIDADE DOS EFEITOS PRÁTICOS.
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QUANTO A IRREVERSIBILIDADE DO PROVIMENTO E A IRREVERSIBILIDADE DOS EFEITOS FÁTICOS DO PROVIMENTO
O que a tutela não pode prejudicar é a cognição do mérito da controvérsia;
Não pode vincular a cognição do juízo de mérito;
Em suma: não pode prejudicar a decisão da causa.
Não existe, pois, contradição entre provisoriedade e satisfatividade (que nada mais é que a realização antecipada do direito afirmado.
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QUANTO A IRREVERSIBILIDADE DO PROVIMENTO E A IRREVERSIBILIDADE DOS EFEITOS FÁTICOS DO PROVIMENTO
Nada impede, portanto, que uma tutela que produza efeitos fáticos irreversíveis seja, do ponto de vista estrutural, provisória. Vale dizer, incapaz de dar solução definitiva
ao mérito.
Portanto, o que o § 2º do artigo 273 veda é apenas a tutela antecipatória (de natureza constitutiva ou declaratória) nas ações relativas ao Estado ou à Capacidade das Pessoas.
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A IRREVERSIBILIDADE DOS EFEITOS FÁTICOS DO PROVIMENTO NÃO PODE CONSTITUIR OBSTÁCULO PARA A TUTELA ANTECIPATÓRIA
Em determinados casos, o juiz está autorizado a assumir o risco de causar um prejuízo irreversível ao Réu.
Vez que, em determinados casos, não só a concessão, como também a negação de uma liminar pode causar prejuízos irreversíveis.
Vale atentar para o princípio da proporcionalidade e da probabilidade.
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DA FUNGIBILIDADE COM AS CAUTELARES
Lei 10.444/2002, acrescentou ao art. 273, o § 7º prevendo a fungibilidade entre os institutos da tutela antecipada e as medidas cautelares;
Não há que se falar que o legislador procurou igualar. Pois são institutos totalmente distintos
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APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA E DA TUTELA ESPECÍFICA
De acordo com o § 3º, art. 273 – a efetivação da tutela antecipada, observará no que couber e de acordo com sua natureza, as normas previstas no art. 588 (execução provisória) e no art. 461 (determinação de providência para assegurar o resultado prático, podendo, inclusive, determinar multa diária pelo descumprimento da obrigação).
O magistrado dispõe, portanto, de mecanismos para a efetivação da tutela concedida.
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DAS CAUTELARES
Vimos que:
A cautelar é sempre dependente de um processo principal;
As medidas cautelares não são satisfativas;
São preparatórias ou incidentes;
Seus requisitos são fumus boni iuris e o periculum in mora;
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Da Competência
Se preventiva, deve ser distribuída ao juiz competente para a apreciação da ação principal;
Se incidental, deve ser distribuída, por dependência, ao juiz da ação principal;
Se os autos já se encontrarem no Tribunal, a cautelar deve ser distribuída diretamente no Tribunal;
No STF e no STJ, os relatores tem conhecido as ações cautelares, quando o recurso já foi admitido na origem e remetidos fisicamente ao Tribunal (“A competência do Supremo Tribunal Federal para a concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário em medidas cautelares restringe-se aos casos urgentes em que o recurso, devidamente admitido, encontrar-se fisicamente nesta Corte, ainda que sobrestado”, conferir a AC 2206 AgR/RJ de 04/08/2009).
E quando já admitido na origem, mas sobrestado o seu encaminhamento, por força da repercussão geral ou mesmo de recurso repetitivo, devem ser apreciados na Corte de Origem mas ainda não remetido aos respectivos Tribunais Superiores. 
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Da Petição Inicial
Deve conter todos os requisitos do art. 282 CPC, tais como:
O juízo; qualificação das partes; mais
Quanto for preventiva – “a lide e seu fundamento” (inc. III, art. 801 CPC);
Exposição sumária do direito ameaçado e o receio de lesão; e
Provas (se tiver).
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Do Procedimento
Estando em termos, o juiz ordenará a citação (ainda que seja incidental); 
O réu terá apenas 5 dias para contestar o pedido e indicar as provas;
O prazo acima conta-se a partir da:
Citação cumprida;
Da execução da medida cautelar, se concedida liminarmente (§ um. art. 802 CPC) 
Sem contestação – revelia (presunção de verdade com relação a matéria de fato)  donde serão conclusos para decisão em 5 dias;
Com contestação se sendo caso provas – serão estas realizadas por meio de AIJ – devendo o juiz proferir sentença em 5 dias.
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Do prazo para ajuizamento da ação principal
Em se tratando de ação cautelar preparatória  o prazo para ajuizar a ação principal é de 30 dias a contar da:
Efetivação da medida cautelar (art. 806 CPC);
Sob pena de cessar os efeitos da medida cautelar (art. 808, inc. I do CPC)
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Da Medida Cautelar
Pode ser substituída, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pela prestação de caução ou outra garantia menos gravosa (mas que seja suficiente para evitar lesão ou repará-la integralmente);
O juiz poderá concedê-la liminarmente quando:
Verificar que caso o réu seja citado, este puder causar um prejuízo às partes, tornando ineficaz a medida;
Caso em que o juiz poderá determinar ao autor que preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o reu possa vir a sofrer
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Quanto a Eficácia da Medida Cautelar
Sua eficácia é conservada enquanto pendente o processo principal, podem no entanto, a qualquer tempo, ser
alterada ou modificada.
Cessará sua eficácia:
Se não ajuizada a ação principal (30 dias da sua efetivação);
Se não for executada em 30 dias;
Se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem resolução do mérito.
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Da Coisa Julgada
Se cessada a medida, por qualquer motivo que seja, não pode a parte repetir o pedido, exceto se por novo fundamento.
O indeferimento da medida não impede que a parte intente a ação principal, nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz na cautelar:
Acolher a alegação de decadência, ou
Prescrição do direito do autor.
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Do Ônus da Cautelar
Sem prejuízo de ser responsabilizado por litigância de má-fé, o requerente responderá ao requerido pelo prejuízo que este causar em decorrência da execução da medida cautelar, quando:
A sentença no processo principal lhe for desfavorável;
Se não for promovida a citação dentro do prazo de 5 dias, no caso do deferimento liminar da cautelar;
Se ocorrer a cessação da eficácia da medida;
Se acolhida a alegação de decadência ou prescrição no processo cautelar
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CAUTELARES NOMINADAS
CAUSA DE PEDIR:
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Do Arresto
Para a sua concessão é necessário:
Prova literal da dívida líquida e certa (pode ser sentença líquida ou ilíquida pendente de recurso); e
Prova documental ou justificação (que será em segredo e de plano) de algum dos casos 
Não fará coisa julgada na ação principal (exceto se apreciar decadência e prescrição);
Se procedente o arresto se converte em penhora;
Suspende o arresto quando o devedor: (a) pagar ou depositar a importância da divida; ou (b) der fiador idôneo, ou prestar caução para garantir a dívida;
Cessa o arresto pelo:
Pagamento;
Novação;
Transação.
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Do Sequestro
Deve ser nomeado o depositário do bem, cuja escolha poderá recair:
Em pessoa indicada, de comum acordo, pelas partes;
Em uma das partes, desde que ofereça maiores garantias e preste caução idônea;
Pode ser utilizado força policial, em caso de resistência, mas deve ser requisitado ao juiz. 
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Diferenças entre arresto e sequestro
Enquanto o arresto se converte em penhora;
O sequestro se converte em depósito
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Da Caução – 826 a 839 CPC
É uma garantia para cumprimento de uma obrigação, que pode ser real ou fidejussória;
Tais como ocorre nas seguintes hipóteses:
Na hipótese de prosseguimento da obra na ação de nunciação da obra nova (art. 904 CPC) – e ainda a que os autos se encontrem no Tribunal a prestação ser prestada ao juízo de origem;
Nos embargos de 3ºs (art. 1.051);
Imissão na posse de bens do ausente, caso em que os herdeiros devem prestar caução (art. 1.166)
Visa a prevenir um dano;
iniciativa: - do que prestar ou de terceiro; 
			-daquele em favor de quem a caução deve ser prestada
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Procedimento Caução
Petição deve indicar:
O valor a caucionar;
O modo pela qual será prestada;
A estimativa dos bens;
Prova da suficiencia da caução ou da idoneidade do fiador;
Citado o Requerido, este terá 5 dias para aceitar, prestá-la (art. 830) ou contestar o pedido;
Sentença ser proferida imediatamente se:
Não houver contestação;
Se a caução oferecida ou prestada for aceita;
Se a matéria for apenas de direito
Contestado pedido, será designada AIJ, se for o caso 
Pedido procedente – juiz determinará a caução e assinará o prazo em que deve ser cumprida.
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Busca e Apreensão 839 a 843 CPC
Que tanto pode ser de pessoas ou coisas;
Petição inicial deve
conter as razões para a busca e apreensão, informando o lugar onde se encontre a pessoa ou a coisa;
Finalidades: a) assegurar a exequibilidade do provimento (principal); 
			b) preservar os efeitos de outra medida cautelar (desvio de bem arrestado); 		c) satisfativa.
Momento: preparatória – incidental e autônoma (satisfativa).
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Procedimento 
Justificação, se necessário, será em segredo de justiça;
Deferido o pedido – o mandado deve conter:
Indicação da casa ou lugar da diligência;
Descrição da pessoa ou da coisa;
Assinatura do juiz.
O mandado deverá ser cumprido por 2 oficiais - acompanhadas por 2 testemunhas -, que poderão, em caso de não serem recebidos, arrombar as portas onde presumam que esteja oculta a pessoa ou coisa procurada;
Ao fim da diligência os oficiais lavrarão auto circunstanciado, assinando-o as testemunhas.
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Ação de Exibição – 844 a 845
Preventiva e pode ser incidental (art. 355 do CPC) e até mesmo autônoma.
Objetivo: fazer com que o autor conheça e fiscalize determinada coisa ou documento antes (e no curso) da ação principal;
Objeto: coisa móvel; documento próprio ou comum e até mesmo escrituração comercial;
Pode ser intentada contra um terceiro ou contra a parte;
Os autos permanecem em cartório, mesmo findo o processo (prevenção).
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Produção Antecipada de Provas 846 a 851 CPC
Que pode consistir em interrogatório da parte, inquirição testemunhas e exame pericial;
Momento: antes ou no curso (antes da audiência);
Finalidade – registrar, sob forma de prova oral ou pericial, o estado de fato presente que possa influir na solução do conflito;
Pressuposto: - perigo de perecimento de fato presente; ou - influencia da sentença no processo principal;
Legitimados: autor, réu e terceiro interveniente;
Se preventiva os autos permanecerão em cartório (prevenção).

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