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Apostila Estudo - PT

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Aulas que foram ministradas: 
Anatomia do desdentado total 
Exame do paciente 
Moldagem anatômica e obtenção dos modelos de estudo 
Delimitação das áreas basais 
Confecção das moldeiras individuais 
Moldagem funcional e modelos de trabalho 
Confecção da base de prova 
Plano de orientação (superior e inferior) 
Tomada do arco facial 
Desgaste de Paterson 
Escolha dos dentes artificiais 
Montagem dos dentes artificiais 
Prova Estética e Funcional 
Ceroplastia e Inclusão 
Prensagem da resina acrílica 
Demuflagem e Acabamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia do Desdentado Total: 
NA MAXILA: 
Lábios 
Bochechas 
Vestíbulo 
Abóboda Palatina – Palato Duro (LIMITES) 
Forame nasopalatino (emergência do nervo nasopalatino) 
Papila Incisiva 
Rugosidades palatinas 
Rafe palatina 
Tórus maxilar 
Buracos palatinos 
Palato MOLE 
Zona glandular (não deve ser recoberta) 
Fovéolas palatinas 
Arcos alveolares 
Tuberosidade 
Freio labial: Músculo orbicular dos lábios 
Inserção do músculo Bucinador 
Fossa pterigomaxilar 
Ligamento pterigomaxilar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NA MANDÍBULA: 
Freio Labial 
Freio lingual 
Buracos mentonianos 
Inserção do músculo Bucinador 
Linha oblíqua externa 
Papila (trígono) retromolar 
Músculo constritor Superior da Faringe 
Linha oblíqua interna 
Língua 
Como se apresenta a face do indivíduo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Queda do nariz 
Invaginação dos lábios 
Proeminência do Sulco Nasolabial 
Proeminência do mento 
Menor eficiência mastigatória 
Dificuldade de Digestão 
Comprometimento nutricional 
Diminuição da Dimensão Vertical de Oclusão. 
 
 
 
ANAMNESE E EXAME CLÍNICO: 
Traçar um planejamento com datas estipuladas para se finalizar a prótese total. 
Anamnese em si, consiste no levantamento de dados médicos/odontológicos do paciente. 
Em prótese total, será de suma importância o conhecimento do perfil psíquico e sua motivação, 
ao procurar uma reabilitação. 
Seu preenchimento correto e completo é de suma importância para que seja feito um bom 
planejamento 
Exame Clínico: 
Intrabucal – caracterizado por ser utilizado para verificação da presença de alterações fora do 
ambiente bucal. 
Extrabucal – caracterizado por ser utilizado para verificação da presença de alterações dentro 
do ambiente bucal. 
OBJETIVO: 
Reconhecimento das condições anatomo-fisiológicas das áreas de interferências protéticas. 
Possibilitando avaliar como se instalou o processo degenerativo e fazer uma estimativa do 
prognóstico da prótese a ser instalada. 
Para ser considerado completo, utilizamos exames complementares, como o uso de 
radiografias panorâmicas e os modelos de estudos (obtidos através das moldagens 
funcionais). 
Prognóstico: 
Bom – relativo ao sucesso da prótese, define-se como um prognóstico bom, o paciente que 
apresenta rebordo pouco reabsorvido, mucosa do ambiente oral totalmente normal sem 
presença de alterações negativas. 
Regular – relativo ao equilíbrio de fatores positivos e negativos em relação ao sucesso da 
prótese. 
Duvidoso ou reservado – relativo ao insucesso da prótese total, quando o paciente apresenta 
rebordo totalmente reabsorvido, onde o prognóstico define que a prótese ficará impossibilitada 
de ficar retida, também apresenta mucosa totalmente comprometida que provavelmente irá 
gerar um desconforto muito grande ao paciente. 
 
 
 
 
 
 
A MUCOSA E O TECIDO ÓSSEO: 
As propriedades que apresentam interesse protético são: 
Tonicidade: textura ao toque, resistência aos deslocamentos. Pode sofrer alterações com o 
estado físico do paciente e/ou devidas a hiperplasias localizadas (edema – conteúdo 
histamínico). 
Resiliência: propriedade de devolução de esforços. Capacidade da fibromucosa de voltar ao 
estado primitivo após ter sofrido deformação devida a uma carga localizada. Intimamente 
ligada à tonicidade. 
 
As alterações ocorrem tanto em tecidos moles como em tecido ósseo de suporte, e 
podem afetar a base das próteses e portanto a OCLUSÃO. 
 
A qual fator a adaptação da prótese está relacionada? 
Tem maior importância na condição da mucosa de revestimento, mais do que qualquer outro 
fator. 
 
Os tecidos moles variam de espessura, resiliência e na sua tolerância à pressão, 
estando em continua e constante adaptação e modificação de acordo com os estímulos 
a que são submetidos. 
 
 
 
 
O TECIDO ÓSSEO: 
Conceito de reabsorção: 
Seria a eliminação dos componentes inorgânicos do osso pela circulação sanguínea e linfática. 
 
Segundo Mc Call e Stillman o osso alveolar existe apenas como o elemento de fixação 
para os dentes. Assim sendo, a perda dos dentes equivaleria ao desaparecimento desse 
osso por falta de função. 
 
NA MAXILA: 
A reabsorção dá-se, predominantemente, à custa da tábua óssea vestibular, persistindo uma 
forma delgada. Centrípeta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NA MANDÍBULA: 
A reabsorção envolve tanto a vertente vestibular quanto a lingual, havendo uma diminuição 
mais dramática na ALTURA, do rebordo residual. Centrífuga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quais são as Causas da Reabsorção: 
Senilidade – anabolismo > catabolismo. 
Perda de Função – perda dos dentes, o osso percebe e reabsorve, retirando o “espaço” 
ocupado pelo dente. O último estágio da reabsorção óssea da maxila seria uma imagem plana 
do rebordo superior e sem casos extremos, a projeção do septo nasal na altura do rebordo 
alveolar anterior. 
Causas Mecânicas. 
Estados Patológicos. 
 
 
 
MEIOS DE RETENÇÃO DAS PROTESES TOTAIS MUCOSSUPORTADAS: 
O que é? 
Retenção – é a capacidade da prótese de resistir às forças extrusivas que tendem a desloca-la 
de sua posição. 
MEIOS FÍSICOS DE RETENÇÃO: 
Gravidade – não é recomendado seu uso, pois é desconfortável ao paciente na mandíbula. O 
aumento da pressão gerado para se utilizar deste meio, por fim acaba aumentando o grau de 
reabsorção, diminuindo assim o tempo útil da prótese e do rebordo. 
Adesão – como exemplo podemos usar a união de duas placas de vidro com uma fina película 
de água entre elas, quanto mais fina a película até certo limite, maior a adesão entre as placas. 
Maior ÁREA = Maior Atração – a Saliva aumenta pontos de contato, gerando assim maior 
adesão da prótese à mucosa. 
É o meio mais utilizado atualmente para a retenção de próteses mucossuportadas. 
Stanitz estudou esse efeito e elaborou uma fórmula: 
F = 2A x C/E 
F – força de retenção 
A – Área de contato 
C – Coeficiente de tensão superficial 
E – Espessura do líquido 
Onde a área é diretamente proporcional à força de retenção definida na fórmula, sendo assim, 
quanto maior for a área de contato, maior será a força de retenção, mais chances de sucesso 
na prótese. 
Pressão do ar – Depreende-se que quanto mais intimo for o contato da base da prótese total 
com os tecidos de suporte, menor será a espessura de saliva e maior será a forca de adesão. 
 
 
 
LIMITES GERAIS DA ÁREA CHAPEAVEL (MAXILA): 
Rebordo alveolar em toda sua extensão (de tuberosidade a tuberosidade). 
Paredes vestibulares do rebordo alveolar até o sulco gengival. 
Abóboda palatina em toda a sua extensão até sua borda posterior (limite palato duro/mole). 
Contorno das inserções musculares e bridas vestibulares. 
 
LIMITES GERAIS DA ÁREA CHAPEAVEL (MANDIBULA) 
Rebordo alveolar em toda a sua extensão (de papila a papila). 
Linha oblíqua externa e seu prolongamento na porção montante até uma altura de 
aproximadamente10 mm. 
Dobra vestibular do musculo Bucinador. 
Sulco gengival. 
Limite do assoalho da boca em toda a sua extensão. 
 
 
 
ZONAS DE PENDLETON (Maxila): 
 
Apenas em exemplo onde ficam as zonas de pendleton. 
Zona principal de Suporte – Rebordo alveolar em toda sua extensão (de tuberosidade a 
tuberosidade) 
Zona secundária de Suporte – toda vertente palatina do rebordo até a rafe mediana e 
vestibular até o limite do sulco gengival. E para posterior até o limite palato duro/mole. 
Zona de selamento periférico – significa a parte mais funda do modelo (para que se possa 
obter um modelo de trabalho adequado, está medida deve ser de 2 a 3 mm aquém da parte 
mais funda no modelo de estudo, antes de se obter o modelo de trabalho pela moldagem 
funcional). 
Zona de selamento posterior – constituída pela área de limite de palato duro/mole, sendo 
possível observa-la quando se pede ao paciente que pronuncie a palavra ”AH”. 
Zona de alívio – São lugares onde se deve aliviar para que não causar desconforto ou áreas 
que impeçam a estabilidade da prótese, seriam elas as áreas de tórus palatino e buracos 
palatinos. 
 
 
 
ZONAS DE PENDLETON (Mandíbula) 
 
Zona principal de suporte – rebordos alveolares em toda sua extensão de papila a papila 
Zona secundária de suporte – vertente vestibular até o sulco gengival e palatina até o limite 
do assoalho bucal. Confundem-se com a zona principal de suporte. 
Zona de selamento periférico – dá-se tanto à custa das vertentes vestibulares quanto palatinas 
(nos limites com sulco gengival e assoalho bucal) 
Zona de selamento periférico – região posterior à papila retromolar. 
Zona de Alívio – rebordo alveolar em “Lâmina de faca”, buracos mentonianos, porção 
posterior da linha oblíqua interna e tórus mandibular. 
 
 
 
Músculos paraprotéticos 
- Maxila: 
 Orbicular da Boca – interfere na borda vestíbulo–anterior da prótese. 
Canino – levanta sulco vestibular e faz freios laterais 
Bucinador – abaixa sulco vestibular da maxila 
 
- Mandíbula: 
Abaixador do lábio inferior – interfere na borda anterior da prótese 
Bucinador – levanta sulco vestibular, desloca borda posterior 
Constritor superior da faringe – projeta a língua 
Milo – Hioideo – eleva o soalho bucal 
Genioglosso – interfere na vertente lingual da prótese 
Língua – íntimo contato com o soalho. 
 
 
 
Moldagem 
Finalidade? 
Reproduzir estruturas bucais com precisão e detalhes. 
Técnica: 
Existem três técnicas: 
 Compressiva: máxima eficiência, mucosa aderida (mais utilizada em pacientes jovens) 
 Seletiva: pressão controlada, moldeiras com furos/diferentes materiais. 
 Mínima compressão: não modificar tecidos – material menos viscoso, ou seja, mais 
fluído. 
 
Materiais: 
São utilizados materiais diferentes para cada tipo de moldagem, e dependendo da sua 
finalidade. 
Em prótese total, podemos utilizar para moldagem anatômica, onde se necessita que 
afastemos os tecidos para maior cópia e detalhes do que podemos utilizar como base da 
prótese propriamente dita, os seguintes materiais: 
Alginato 
Godiva (bastante utilizada em prótese total como moldagem anatômica por permitir 
moldagens sucessivas em caso de erro ou falta de material, também permitindo a moldagem 
de apenas uma região se necessário) 
Para se fazer uma moldagem mais detalhada, conhecida como moldagem funcional, onde já 
foi delimitado onde será apoiada nossa prótese, lançamos mão de outros materiais, são eles: 
Mercaptana 
Silicone (adição ou condensação) 
Pasta de Óxido de Zinco e Eugenol. 
Os materiais de moldagem devem apresentar 3 características básicas: 
 Plasticidade – no momento da impressão – para que possam fluir contra os tecidos, 
copiando-os sem deforma-los em seus mínimos detalhes. 
 Não podem ser adesivos (não podendo, portanto, aderir aos tecidos orais) – para que 
possamos retirar o molde de posição, sem ferir o paciente, nem lesar os tecidos. 
 Consistência (podendo nesta serem variadas de acordo com a necessidade do 
cirurgião dentista) – para que possa ser manipulado, carregado na moldeira e levado à 
boca, sem que a material saia de sua posição na moldeira. 
 
 
 
MOLDAGEM ANATÔMICA 
Conceito – Entende-se por moldagem anatômica a reprodução das formas, tal como as vê o 
profissional, quando estas se encontram em repouso e a boca aberta. 
 
Também conhecida como 1ª Moldagem 
O profissional dentista deve-se ater aos posicionamentos corretos para que se obtenha uma 
moldagem bem feita, para tanto temos as seguintes posições: 
Para maxila: 
O profissional deve ficar a frente e ao lado direito do paciente quando da colocação da 
moldeira, e ao terminar a colocação se colocar atrás e ao lado direito também. 
Para mandíbula: 
O profissional agora deve permanecer a frente e a direito do paciente, observando tudo com 
uma vista frontal. 
Para este tipo de moldagem podemos utilizar dois tipos de materiais: 
 Godiva (pouco utilizado no curso de prótese total, devido a biossegurança, pois a 
faculdade não permite que sejam feitos em lugares específicos para cada dupla, teriam 
que ser utilizados os mesmos ambientes para todas as moldagens) 
 Alginato 
Como é feita a desinfecção destes materiais? 
Primeiramente deve-se lavar com agua corrente para que seja retirado o excesso de mucina do 
molde, após isso, lava-se com água gessada para que o gesso vertido posteriormente tome 
prese mais rápido, após isso se asperge a solução de hipoclorito de sódio a 1% e deixa-se em 
ambiente com 100% de umidade por 10 minutos. 
Características da moldagem: 
 A moldeira tem que estar centralizada 
 Não se deve forçar o material, deve-se apenas observar o mesmo escoando por entre 
os tecidos e deixa-lo gelificar. 
Quais são os acidentes que podem ocorrer durante essa moldagem? 
Falta de material – lembrando que se for pequena e restrita a zona secundaria de suporte, 
apenas acrescenta-se um pouco mais de material de moldagem no local um pouco menos 
viscoso e se repete a moldagem, porém quando houver comprometimento do selamento 
periférico, a moldagem deve ser refeita. 
Excesso de material – remove-se com espátula e testa-se novamente. 
 
 
Insuficiência de detalhes – quando esta ocorre, indica-se a necessidade de uma nova 
moldagem. 
OBSERVAÇÃO: não teste o molde de Alginato, pois o molde pode ser deslocado da moldeira. 
Quais as cinco características necessárias para se dizer que uma moldagem anatômica 
apresenta-se suficientemente boa? 
 Espessura do material – deve se apresentar semelhante por toda a moldeira 
 Quantidade de material – deve ser suficiente para copiar toda a área chapeavel da 
boca 
 Qualidade de cópia – deve apresentar qualidade de cópia semelhante ao visto na 
boca, copiando todos os tecidos. 
 Não apresentar falhas – não apresentar falta ou excesso de material 
 Centralização – apresentar-se centralizada na moldeira de estoque. 
 
 
 
MOLDAGEM FUNCIONAL: 
Também conhecida como moldagem definitiva. 
Requisitos mínimos para que uma moldagem funcional seja satisfatória: 
 Deve se estender por toda a superfície aproveitável do maxilar e da mandíbula 
 Deve apresentar recorte muscular de modo a evitar interferências durante os 
movimentos naturais 
 Deve possuir adaptação periférica que dará como resultado o selamento periférico, 
imprescindível à retenção dos aparelhos protéticos. 
 Deve apresentar adaptação perfeita aos tecidos moles e de suporte 
 Não deve comprimir zonas glandulares ou de emergência de vasos e nervos, para não 
influir com problemas de nutrição do tecido. 
Material utilizado: 
Pasta de Óxido de Zinco e Eugenol. 
Em sefalando de posição do operador, temos a mesma posição para antes e depois do 
escoamento total do material: 
 Sendo ela a frente e à direita do paciente. 
Durante a moldagem funcional devem-se fazer movimentos dos lábios, bochechas e língua, 
fornecendo assim todos os movimentos musculares de freios e inserções para que sejam 
copiados e bem delimitados durante a moldagem, com a finalidade de promover uma maior 
adaptação posterior da base de prova. 
Uma característica importante, é verificar se houve completo selamento periférico, 
observado pela retenção da prótese, caso ainda esteja faltando, adaptam-se pequenas 
porções de cera de baixa fusão nas bordas do molde a fim de se obter um selamento 
periférico ideal. 
 
 
 
MODELOS PARA PROTESES TOTAIS 
Conceito – reprodução em positivo do molde obtido durante a moldagem. 
Apresentação dos modelos: 
 Apresentam duas partes: 
o Corpo – aquela porção que garante o reforço do modelo 
o Porção útil – consta daquela parte que reproduz a anatomia oral. 
Divisão dos modelos: 
Modelos Anatômicos – modelos preliminares, também conhecidos como modelos de estudo. 
Modelos Funcionais – modelos definitivos, também conhecidos como modelos de trabalho. 
MODELOS ANATÔMICOS 
Também conhecidos como modelos de estudo. 
Qual a sua importância? 
São importantes, pois tem a finalidade de adaptar em ambientes externos as condições 
anatomo-fisiológicas do caso. De posse da mesma, temos garantidas pressão e espessura 
satisfatórias para produção de um modelo de trabalho fiel. 
São obtidos através da moldagem anatômica. 
Vão nos oferecer a primeira cópia, em aspecto panorâmico, das regiões com interesse 
protético. 
Deverá apresentar áreas além dos limites de área chapeavel. 
Será sobre sua arquitetura que delimitaremos a área chapeavel tanto na mandíbula quanto 
na maxila 
O material a ser utilizado? 
Gesso Comum (tipo II). 
A partir dela nós conseguiremos obter a moldeira individual que será utilizada para obtenção 
do molde funcional. 
Moldeira Individual – tem por definição a reprodução precisa de toda a zona chapeavel dos 
maxilares, em três dimensões. 
Limites – são regidos pelas noções de área chapeavel 
Lembrar-se de respeitar freios, inserções musculares e bridas (a ocasional compressão dos 
mesmos pode causar deformação dos tecidos). 
Importante que suas bordas cheguem até o sulco gengival para fornecer total adaptação. 
 
 
MODELOS FUNCIONAIS 
 
Relembrando: Requisitos da moldagem funcional 
 Estender-se por toda a região aproveitável do maxilar e da mandíbula 
 Deve apresentar recorte muscular de modo a evitar interferências durante os 
movimentos naturais 
 Deve possuir adaptação periférica que dará como resultado o selamento periférico, 
imprescindível à retenção dos aparelhos protéticos. 
 Deve apresentar adaptação perfeita aos tecidos moles e de suporte 
 Não deve comprimir zonas glandulares ou de emergência de nervos, para não influir 
com problemas de nutrição do tecido. 
 Finalidade da moldagem? 
 Contato íntimo entre superfície interna da dentadura e os tecidos de suporte, fazendo 
com que seja reduzida, a um mínimo, a película de saliva (ao lembrar que na fórmula 
de Stanitz, foi demonstrado que a menor quantidade de saliva, permite maior 
adaptação e estabilidade da prótese aos tecidos bucais). 
 Obtenção do selamento periférico perfeito, na borda marginal, durante todos os 
movimentos da musculatura para-protética, de maneira que esses tecidos se 
justaponham à borda do aparelho, impedindo o rompimento do menisco líquido. 
Em uma prótese total podemos dividir em duas forças, que agem: 
 Forças Intrusivas – geradas pela oclusão equilibrada e que tendem a assentar, manter, 
o aparelho protético em posição. 
 Forças Extrusivas – gerados pelos movimentos mastigatórios e tecidos paraprotéticos 
e que tendem a deslocar o aparelho de sua posição. 
 Apresentamos então três elementos para se contrapor a essas duas forças: 
 Retenção. 
 Estabilidade. 
 Suporte. 
Sobre modelos de trabalho: 
São modelos obtidos através da moldagem funcional. 
Fornecerão a cópia fiel das estruturas de suporte e tecidos paraprotéticos, que se relacionarão 
com a prótese total. 
Representa apenas a parte que sera recoberta pela prótese. 
É sobre este modelo que iremos prensar e polimerizar a base da prótese. 
Material utilizado – Gesso Especial (Tipo IV). 
 
 
BASES DE PROVA 
Conceito – base provisória de uma dentadura, preparada sobre o modelo de trabalho, com 
material adequado e que permite a realização de todas as operações prévias para a confecção 
de uma prótese total, sem se deformar ou romper. 
Observação importante – neste ponto não produzimos um cabo, como na moldeira 
individual, pois está sera a base da prótese que será confeccionada especificadamente ao 
seu caso. 
Utilizamos a RAAQ, pois é de fácil construção e apresenta menor danificação ao modelo. 
Os alívios são feitos em cera, protegem o modelo. 
Principal função? 
Permitir o registro das relações maxilo-mandibulares na boca e transferir para articulador. 
A região protética? 
1/3 inferior da face do paciente. 
RELAÇÕES MAXILO-MANDIBULARES 
Assim definimos os registros prévios de interesse protético. 
São eles: 
 Dimensão Vertical: 
o Posição natural da mandíbula em relação a maxila. 
o Espaço intermaxilar para determinada posição da mandíbula em relação ao 
plano vertical. 
o Posição de repouso – mantida pelo tônus muscular, onde há mínimo esforço 
muscular, em que a contração de elevadores compensa a contração de 
abaixadores e o peso da mandíbula. 
o Tônus muscular – quando elevadores e abaixadores (os músculos) da 
mandíbula encontram-se em equilíbrio. 
DVR – Dimensão vertical de Repouso, é a posição de repouso em relação à maxila. Imutável e 
independe da presença de dentes. 
DVO – Dimensão vertical de Oclusão, relação maxilo-mandibular, segundo plano vertical, 
quando há contato entre os dentes antagonistas. Instala-se aos três meses de vida. 
Como medir? 
 A DVO e a DVR são obtidas pela mesma equação. 
 Devido aos vários estudos sobre isso, foi visto que há a presença de um espaço, 
chamado ESPAÇO FUNCIONAL LIVRE, que tem a medida de 3,3 mm. 
 DVR – EFL = DVO ou DVO + EFL = DVR. 
 
 
 Como determinar a DVR: 
o Aspecto estético. 
o Conforto fonético – fonemas bilabiais, labiodentais e palatolabiais. 
o Capacidade funcional da PT. 
o Conservação do osso de sustentação. 
o Integridade das Articulações Temporomandibulares. 
 Métodos para obtenção (existem vários, porém em PT usamos apenas dois): 
o Direto – (Compasso de Willis) – Distância que vai da comissura palpebral à 
comissura labial do individuo. Essa medida seria a mais próxima da DVO do 
paciente. 
o Indireto – (Deglutição e repouso) – Paciente é pedido que faça a deglutição da 
saliva e ao retornar a mandíbula para em posição de tônus muscular. Obtida 
essa medida, subtrai-se o valor padrão do EFL e obtém-se o valor da DVO. Se 
for próximo ou igual ao método direto, mantem-se o mesmo valor, caso haja 
diferença de valores, então se faz uma média aritmética normal e o resultado 
é o valor a ser utilizado como DVO. 
 Relação Central: 
o Posição ocupada pela mandíbula, em relação à maxila quando as cabeças da 
mandíbula estiverem na posição retrusiva e não forçada, no interior das 
cavidades glenóides. 
o Ponto inicial e final dos movimentos excêntricos da mandíbula. 
o Como se registra? 
 Em prótese total usamos o método mecânico Gysi: 
 
Arco Gótico de Gysi  
 
 
Só é válido quando feito entre DVO e DVR – fora do EFL altera. 
 Planos de Orientação: 
o Definição – arcos de cerasobre a base de prova, com a finalidade de auxiliar 
na visualização do comportamento da futura prótese e nele registrar as 
relações maxilomandibulares DVO e RC. 
o Como ajustar os planos de cera? 
 Plano Horizontal – Plano de camper, exceder tubérculo do lábio 
em dois mm e por posterior orienta-se uma curva arbitrária em 
direção ao conduto auditivo. 
 Parede Vestibular e Palatina/lingual – Alisar com espátula, 
levantar sulco Nasolabial e lábio. 
 Plano de cera Mandibular – Contato constante de ambos os 
planos de cera, o plano de cera inferior mantém-se em 
concordância com o plano de cera superior. 
LD
LD em protrusão 
LE
LE em protrusão 
Protrusão 
RC
 
 
 Curva Individual de Compensação: 
o Conhecida como “Fenômeno de Christensen”. 
o Responsável por promover maior estabilidade à prótese. 
o Está intimamente relacionada com as inclinações das paredes internas da 
fossa mandibular. A forma das cabeças da mandíbula e a amplitude do 
“Movimento de Bennett”. 
o Como registrar? 
 Por dois métodos principalmente: 
 Mecânico – Instrumento (articulador) inclinação das guias em 33º 
 Fisiológico – Patterson – cera na boca, recoberto com mistura 
abrasiva, e pede-se que o paciente faça movimentos protrusivos e 
laterais, até que a posição com a DVO seja obtida  aí se obtém a 
curva anteroposterior e vestibulolingual. 
o Obtenção? 
 Desgaste até DVO 
 Pronuncia de palavras 
 Deglutições repetidas (Método de Silverman). 
Resumindo o que fizemos até aqui! 
De posse das bases de prova, construímos os roletes em cera e levamos à boca do paciente. 
Verificamos a forma e posição, estes, serão ajustados em sua porção vestibular (estética da 
face e recuperação do perfil estético do paciente). 
Acrescentada à mistura abrasiva, solicita-se ao paciente que execute movimentos laterais e 
protrusivos, com os planos em contato. 
Reconstruindo-se a altura facial e determinando a DVR e a DVO. 
Obtidas as Curvas individuais de compensação, verifica-se, constantemente a DVO, para evitar 
um desgaste excessivo. 
Próximo passo  determinação da RC – pelo método do arco gótico de Gysi. ( O vértice do 
arco é o ponto chamado RC). 
Por meio de grampos metálicos, fixamos os planos de orientação entre si. Dessa maneira 
teremos as bases de prova relacionadas tanto em DVO quanto em RC. 
Pela face vestibular do rolete superior, com auxílio de um Le Cron, delimitam-se as linhas de 
Referência. 
 
 
 
Linhas de Referência 
Linha Alta do Sorriso – linha correspondente ao ponto mais alto, atingido pelo lábio superior 
do paciente ao sorrir. 
Linha Mediana – Corresponde a linha mediana da face do paciente. 
Lina do Canino – Linha correspondente à comissura labial em repouso. 
As linhas de referência auxiliam na escolha e disposição dos dentes artificiais anteriores 
superiores. 
Montagem em Articuladores 
Lembramos que os planos têm de estar unidos por grampos metálicos nessa parte 
(Marcando então a RC do paciente). 
Outra observação importante é manter o PINO GUIA DO ARTICULADOR NA POSIÇÃO ZERO. 
Em prótese total utilizamos o articulador Semi-Ajustável. 
Começamos com a base de prova superior com o rolete pronto, tomamos a medida do Arco 
Facial e já podemos montar o arco superior em articulador. 
O arco facial faz o que? 
Transfere o eixo intercondilar, transfere a distância intercondilar e transfere a posição espacial 
da maxila no crânio para o articulador. 
Como posicionar? 
Os condilos são localizados quando se coloca as olivas no poro auditivo 
O aparelho chamado Nasium é usado para centralizar o arco. 
 
 
 
Para maxila 
Adaptar forquilha ao rolete 
Levar a boca 
Adaptar olivas ao poro acústico 
Adaptar o Nasium 
Fixar forquilha ao arco 
Remover o conjunto 
Colocar modelo no plano de orientação 
Adaptar oliva aos pinos do articulador 
Regular distancia intercondilar 
Colocar pouco gesso entre o modelo e a placa (com a finalidade de na hora do desgaste para 
inclusão não seja difícil devido a quantidade grande de gesso resistente). 
Para mandíbula 
Colocar paciente em RC 
Fixar planos de orientação (com o auxílio de grampos metálicos) 
Colocar modelo no plano 
Colocar plano no modelo superior 
Pino Guia do articulador em ZERO (posição de montagem) 
Acrescentar gesso. 
Individualização do Articulador 
Bennett em Zero (charneira) 
Movimento de protrusão para regular a trajetória sagital da guia condilar 
Aliviar um parafuso, lateralizar e regular Bennett no condilo de balanceio. 
Repetir o processo do outro lado. 
 
 
Dentes Artificiais 
Classificam-se segundo: 
 Forma – A forma do dente deve acompanhar o formato do rosto do paciente, 
lembrando que os próprios fornecedores de dentes artificiais fornecem dentes dos 
mais variados formatos. 
 Tamanho – O tamanho dos dentes pode variar de acordo com o paciente, para tanto 
os próprios fornecedores produzem uma faixa numérica dada ao cirurgião dentista a 
fim de que seja escolhido o mais próximo do ideal para cada caso, lembrando que a 
escolha do tamanho e da cor é feita a partir de visualizações do caso, levando em 
consideração, cor de pele, idade, tamanho do rosto, corredor bucal e linha alta do 
sorriso. 
o Outra observação sobre o tamanho: 
 Deve ser medido: 
 Altura: linha alta do sorriso até borda do rolete (não deve 
exceder dois mm). 
 Largura: comissura a comissura (distancia entre caninos). 
 Cor - Indicado por uma letra e um número, deve ser feita sob luz natural, umedecer os 
dentes, pedir a opinião do paciente (também é muito importante na escolha). 
 Plataforma Oclusal – Pode apresentar-se de duas formas – funcional (com 0º de 
inclinação de cúspides) ou anatômica (com inclinações de 33º). Na plataforma oclusal 
Funcional a prótese total poderá apresentar menor eficiência mastigatória, os dentes 
apresentam-se pouco estéticos, apresenta como pontos positivos uma menor carga 
sobre a ATM, menor absorção óssea e a promoção de uma prótese mais estável. 
Porém nós utilizamos as plataformas com forma Anatômica, que apresenta como 
pontos positivos, ser mais estética, ter melhor eficiência mastigatória, e apresenta 
como pontos negativos maior força durante a intercuspidação (podendo deslocar a 
prótese), causa uma reabsorção maior do rebordo e produz uma carga maior na ATM. 
o Funcional - Indicado para pacientes com distúrbio na ATM e com RC muito 
diferente de OC. Lingualizar dentes para centralizar os esforços da dentadura e 
evitar movimentos de alavanca. 
 Material – Sobre os materiais dos dentes, temos: 
o Resina Acrílica. 
o Resina Composta. 
o Porcelana. 
 
 
 
MONTAGEM DOS DENTES 
Os dentes devem ser montados em sequencia. 
A sequencia é escolhida pelo operador, porém são duas as quais podem ser utilizadas: 
 Montagem de hemiarcada completa – nessa não necessitasse de prova estética e 
prossegue-se com a montagem. Nesse tipo de montagem, ela continua-se até o 
primeiro molar superior e dá-se sequencia a bateria inferior para montagem da chave 
de molar. 
 Montagem da bateria anterior completa (11-21-12-22-13-23) – nessa sendo necessária 
a prova estética e funcional da bateria completa. A montagem continua também até o 
primeiro molar superior e se faz necessária a obtenção da chave de molar para 
continuação. 
 Ler especificações na apostila. 
ARTICULAÇÃO BALANCEADA 
Quanto mais cuidadosa for a montagem dos dentes, em laboratório, menos tempo sera 
perdido em ajustes na boca do paciente. 
Com uma tira de papel carbono para cada hemiarcada, se toma, pelos movimentos de 
abertura e fechamento, as marcações de contato dos dentes, estas devem apresentar-se deforma uniforme por toda a prótese. 
Lembrando que entre os dentes anteriores não deve haver contato. 
Lateralidade direita e esquerda – partindo de OC, sempre que houver excesso de contato de 
um ou mais dentes, amplia-se, por desgaste, o sulco de escape correspondente à interferência. 
Protrusão e retrusão – partindo de OC, durante todo o movimento o contato deve ser 
concomitante com o contato dos dentes posteriores, e não exclusivo entre os dentes 
anteriores. 
Como remover as interferências? 
A) Diminuindo o trespasse vertical, diminuindo a altura dos dentes inferiores. Lançamos 
mão desse recurso quando, na posição de borda a borda, o contato se da 
exclusivamente entre os dentes anteriores. 
B) Aumentando o trespasse horizontal, aumentando a distancia horizontal entre os 
dentes superiores e inferiores (bateria anterior). Lançamos mão desse recurso quando 
os dentes posteriores garantem o afastamento entre os arcos, na posição de borda a 
borda. 
C) Aumentando a inclinação buco-vestibular, dos dentes anteriores superiores, quando 
houver comprometimento estético e se essa angulação for compatível com as 
trajetórias de lateralidade. 
Tudo isso feito antes da inclusão e polimento da prótese. 
 
 
Provas estéticas e funcionais 
Levadas as próteses à boca do paciente, iremos verificar: 
 Articulação dental em oclusão. 
 Ajuste oclusal em lateralidade e protrusão. 
 Estética dos dentes. 
 Estética da face. 
 Estabilidade da prótese em função. 
Inclusão e Acrilização 
Após todos os testes finalizados, as bases de prova são fixadas aos seus respectivos modelos, 
e o conjunto é imerso em agua fria para hidratar. 
Após a hidratação do modelo, o conjunto será fixado na mufla, com gesso comum. 
Antes da prensagem ainda é feita uma muralha com silicone, sobre os dentes para evitar sua 
movimentação. 
Após isso a mufla é prensada e se aguarda a presa final do gesso. 
Cuidadosamente é aberta para que não corramos o risco de fraturar o modelo num 
movimento intempestivo. 
Durante a Acrilização – Na Acrilização utilizamos o ciclo lento de polimerização das resinas. 
 
CICLO LENTO – 9 horas a 74ºC com posterior aumento para 100ºC por mais 1 hora. 
 
Instalação da prótese e cuidados posteriores 
Neste ponto, já finalizamos nosso trabalho protético, agora começamos o Tratamento que 
será a observação do caso clínico por três consultas, para ver se houve a adaptação procurada 
pelo paciente, e serão feitos os ajustes necessários até que a prótese seja 100% finalizada. 
 
 
 
 
 
RESUMÃO 
Passo-a-Passo 
Exame Clínico: 
Com a finalidade de observarmos os detalhes prévios a confecção da prótese total vamos as 
observações, são elas: 
 Observação externa da face do paciente, visando observar variáveis da normalidade, 
no caso do paciente de PT pode se observar sulcos nasolabiais pouco definidos, pois 
quando há perda dos dentes a Invaginação da mucosa devido à reabsorção óssea 
causa o “desaparecimento” ou o apagamento deste sulco. Outro aspecto observado 
será a elevação do mento, onde a aparência do paciente se torne conhecida como 
aspecto de “polichinelo” onde o mento tende a se encontrar com a ponta do nariz 
enquanto que as tuberosidades da maxila e da mandíbula tendem a se separar. 
 Observação interna da mucosa do paciente, verificando se a mucosa é livre ou 
aderida, flácida ou rígida, aspectos importantes pois será sobre essa mucosa que 
deverá se apoiar a base de uma moldeira individual que consequentemente nos levará 
à prótese em si. 
Moldagem Anatômica: 
 Finalidade: OBTENÇÃO DO MODELO DE ESTUDO 
 Deve-se obter por meio de uma moldeira de estoque. São moldeiras de metal, 
padronizadas para a média da população, sendo necessário se fazer um ajuste 
(individualização) para que seja concretizada uma boa moldagem. 
 A moldagem anatômica tem como objetivo afastar os tecidos moles, promovendo a 
visão panorâmica do ambiente bucal do paciente e trazendo para fora da boca, onde 
será possível delimitar linhas de referência sobre limites da área chapeavel do 
paciente, ou seja, é com esta moldagem que faremos a moldeira individual para que 
seja obtido o modelo definitivo (modelo de trabalho) 
 Modelo de ESTUDO: deve ser um modelo feito em gesso comum (tipo II) onde 
apresentará limite de fundo de sulco, freios e bridas, e toda a extensão da área 
chapeavel do paciente. 
 O material a ser utilizado pode ser: Alginato ou godiva 
 Em clínica utilizamos o Alginato devido à biossegurança, para que seja feita uma 
moldagem mais próxima à realidade da boca do paciente buscamos deixar o Alginato 
mais rígido, ou seja, mais viscoso, colocando menos líquido na mistura pó/líquido, em 
busca do nosso objetivo (afastar os tecidos moles). 
 Com o modelo, pronto e delimitado em mãos passamos para a confecção da moldeira 
individual. 
 Características finais da moldagem: 
o O molde deve apresentar-se regular em toda sua extensão sem falhas ou 
bolhas, em caso de bolhas pequenas ou falta de material em algum local deve-
se refazer a moldagem com um Alginato mais viscoso (mais líquido) para que 
se obtenha então o molde correto desejado. 
 
 
 
 
Moldeira Individual: 
 Deve apresentar-se transparente, feita em resina acrílica, com um cabo para facilitar 
na remoção após moldagem. 
 Espessura: deve ter uma espessura igual, nem muito grossa nem muito delgada, em 
toda sua extensão. 
 Função: servir como moldeira para a moldagem funcional. 
 Aspectos: transparente, bordas arredondadas que cheguem até o limite pré-
determinado como zona de selamento periférico (em suas bordas), deve ir até o limite 
palato duro/mole (na sua parte mais posterior) e não se esquecendo de fazer alívios 
em freios e bridas e também sobre acidentes anatômicos que podem dificultar a 
execução adequada da prótese total. 
Moldagem Funcional: 
 Finalidade: OBTENÇÃO DO MODELO DE TRABALHO 
 Diferentemente da moldagem anatômica o objetivo agora não é mais o afastamento 
dos tecidos moles, o nosso objetivo com essa moldagem é a cópia mais detalhada do 
ambiente bucal do paciente, onde podem aparecer mais detalhadamente acidentes 
anatômicos, freios e bridas, inserção do musculo Bucinador. 
 Feita do mesmo modo que a moldagem anatômica, a moldagem funcional nos 
fornecerá o modelo de trabalho. 
 Os materiais a serem usados podem ser de novo a godiva, ou então pasta de óxido de 
zinco e Eugenol ou as Mercaptana (necessitam de um adesivo para que seja feita a 
moldagem sem que o material desloque-se após a presa). 
 Modelo de TRABALHO: deve ser um modelo feito em gesso especial, mais resistente 
que o modelo de estudo, não devera ser riscado, nem quebrado (se possível fazer mais 
de um para o caso de uma necessidade especial após a acrilização da prótese). 
 Neste tipo de moldagem: não podemos nos esquecer do nome da moldagem, 
FUNCIONAL, ou seja, devemos fazer movimentos com as bochechas do paciente 
durante a moldagem, a fim de que seja copiado corretamente o fundo de sulco do 
paciente, promovendo maior capacidade de sucesso no selado periférico de nossa 
futura base de prova. 
 Características finais da moldagem: 
o O molde deve apresentar-se regular em toda sua extensão, com bordas 
arredondadas, cobertas por material de moldagem, sem a presença de bolhas 
ou falta, no caso da godiva a moldagem pode ser feita quantas vezes forem 
necessárias até a moldagem ser satisfatória, já nos outros dois materiais a 
moldagem que se mostrar deficiente deverá ser refeita. 
 
 
 
 
 Molde x Moldagem x modelo: 
o Molde é o resultado em negativo da moldagem 
o Moldagem é o ato de se moldar o paciente 
o Modelo é o resultado em positivoda moldagem 
 Outro objetivo da moldagem funcional é nos fornecer a base de prova superior e 
inferior, que serão as nossas bases da prótese total. 
 Base de prova: 
o Não deve ter cabo, pois será nela que criaremos nossos planos de orientação e 
posteriormente instalaremos os dentes. 
o Deve ter bordas regulares e arredondadas, devidamente alisada e polida, 
deve ser testada na boca do paciente visando corrigir pequenos erros que nos 
levem a falta de retenção ou estabilidade da futura prótese. 
o Deve ter espessura equilibrada por toda sua extensão. 
o Deve apresentar-se sobre todo o rebordo delimitado e com praticamente 
intimo contato com a mucosa, a fim de ter uma finíssima espessura de saliva 
interposta entre mucosa e base de prova, promovendo assim a maior adesão e 
claro maior retenção da prótese. Neste ponto podemos relembrar a equação 
de Stanitz onde ele resume que a menor espessura de saliva interposta gera 
maior força de retenção na prótese – F = 2AxC/E 
o Deve ter transparência para que seja possível visualizar áreas de compressão e 
se visualizadas devem ser aliviadas. 
Planos de Orientação: 
 Superior: 
o Plano de orientação superior é feito com uma lâmina e meia de cera nº 7, bem 
plastificada, sendo manipulada até que seja possível dobrar sem rachar, em 
seguida mantendo a lamina sobre o calor da lamparina vamos dobra-la de 
forma a criar uma “ferradura” de cera, selando a cera na base de prova 
(previamente preparado para receber o rolete). 
o Características do plano de orientação superior: 
 Deve apresentar-se liso, sem bolhas, com ângulos vivos em toda sua 
extensão, sem estar sobrextendido tanto por vestibular como por 
lingual, deve ser testado na boca do paciente até que seja 
adequadamente preparado ao caso específico. 
o Finalidade: a finalidade do plano de orientação superior é servir de guia para a 
formação do plano de orientação inferior. 
 Inferior: 
o Feito em conjunto com o superior (depois de finalizado) é importante ressaltar 
que o plano de orientação inferior é feito com a cera bem plastificada, pois 
serão introduzidos ao mesmo tempo, superior e inferior dentro da boca do 
paciente, o qual fechará a boca com a finalidade de chegar até a medida de 
DVO medida previamente. 
o Características do plano de orientação inferior: liso, com ângulos vivos, em 
concordância com o plano de orientação superior. 
 
 
Tomada do Arco Facial: 
 É feita quando temos o plano de orientação superior pronto, devemos ter 
instrumentos corretos para essa atividade. 
 O arco facial do articulador e também o garfo que sera utilizado para prender o plano 
de orientação ao articulador. 
 Após a tomada do arco facial seguindo a sequencia: 
o Alivio de todas as “chaves” 
o Colagem do plano de orientação a forquilha 
o Colocação da forquilha no arco facial 
o Centralização do garfo em relação à linha média e ponto nasio do paciente 
o Regulação correta das “chaves” 
o Alivio das “chaves” após a retirada do arco 
o Colocação em articulador 
o Colocação de gesso sobre o modelo de trabalho 
 Pronto agora temos o modelo superior preso ao articulador e podemos trabalhar com 
ele também fora da boca. 
O nosso próximo passo será montar em articulador o modelo inferior. 
Desgaste de Paterson/RC 
 Nesta etapa já faremos o desgaste de Paterson, com a finalidade de obter a curva 
individual de compensação de nosso paciente, ou seja, obter fisicamente o modo 
como o paciente reage aos movimentos de lateralidade e protrusão. Tornando 
possível Individualizar o nosso articulador especificando ainda mais para o caso a ser 
trabalhado. 
 Para que o trabalho seja bem executado faremos a escolha de um articulador 
adequado ao nosso trabalho. 
Articuladores: 
 Podem ser divididos em 3 tipos: 
o Não ajustáveis 
o Semi-ajustaveis 
o Totalmente ajustáveis 
Não ajustáveis – também conhecidos como “charneira”. Transporta ao ambiente extra bucal 
apenas os movimentos de abertura e fechamento. Não sendo possível reproduzir nele os 
movimentos excêntricos da mandíbula. 
 Desvantagem presente neste tipo de articulador: tempo! O dentista ira perder muito 
tempo ajustando as próteses no paciente até que esta fique livre de interferências. 
 Outra limitação: impossibilidade do uso do arco facial! 
 Resultado do uso deste tipo de articulador: trabalhos protéticos com grandes 
interferências oclusais, que resultam em lesões para o sistema estomatognático do 
paciente. 
 
 
Semi-Ajustáveis – projetados para reproduzir alguns dos movimentos mandibulares, 
auxiliando no diagnóstico, plano de tratamento e confecção da prótese. 
 Permitem o ajuste de três partes: 
o Distancia intercondilar 
o Inclinação condilar 
o Ângulo de Bennett 
 Desvantagem presente neste tipo de articulador: ajuste da trajetória da guia condilar, 
que está reduzida a uma linha reta. 
 Para minimizar os erros desta técnica: realizam-se o registro de mordida, registro 
protrusivos e de lateralidade, todos perto da medida de relação central. 
Totalmente ajustáveis – mais sofisticado para reprodução dos movimentos mandibulares. 
 Seus registros são realizados com o uso de pantógrafos, que reproduzem graficamente 
os movimentos mandibulares mais importantes. 
 O seu uso é recomendável em casos de reabilitação oral total, tratamento em 
pacientes com disfunções da ATM e nas alterações da dimensão vertical. A 
maior desvantagem apresentada pelo articulador totalmente ajustável é o maior 
tempo necessário para o seu uso correto e o seu alto preço. 
Em prótese total utilizamos do articulador semi-ajustável. 
Uma breve colocação – antes dos procedimentos a cima citada, devemos ter registrados três 
medidas. 
São elas: 
 DVO e DVR – posição da mandíbula em relação a maxila e segundo à um plano vertical 
da face e posição fisiológica natural quando os músculos estão em equilíbrio. 
 Planos de orientação. 
 RC - trata da localização da mandíbula em relação à maxila, nos planos 
anteroposteriores e latero-lateral. 
Dimensão vertical de oclusão e dimensão vertical de repouso – são medidas que se 
combinam para a chamada DVO final. 
 Qual a importância da DV medida corretamente: 
o Eficiência funcional na mastigação, estética facial, posição das ATM’s, posição 
dos côndilos, preservação dos tecidos de suporte(não invadindo o EFP, para 
não tocar os dentes) na diminuição do EFL, prevenir fadiga muscular, 
favorecer deglutição e a fonética, essencial para a RC. 
 Problemas com a DV aumentada: 
o Redução do EFL, fadiga muscular, desconforto e dor na área de suporte do 
rebordo, desgaste precoce dos dentes artificiais, acelera o processo de 
reabsorção, alterações funcionais na mastigação, deglutição e fonética, 
alteração na estética e alteração na ATM. 
 
 
 
 Problemas com a DV diminuída: 
o Aumento do EFL 
o Danos na ATM 
o Alteração da estética com rugas e sulcos faciais acentuados, 
o Lesões comissurais 
o Funções de polichinelo. 
 Lembremos que: 
o DVR é imutável e instala-se aos três meses de vida, é completamente 
independente da presença de dentes. 
o DVO é mutável, e necessita-se da presença dos dentes para ser visualizada. 
 Métodos para obtenção da DV: (mais utilizadas) 
o Método de deglutição – levamos à boca os planos de cera no estado plástico e 
pedimos ao paciente para deglutir. A cera estando plástica é comprimida. O 
espaço intermaxilar registrado é a dimensão vertical de oclusão que queremos 
determinar. 
o Técnica da Willis – indicado um compasso em forma de “L” com uma pequena 
haste móvel, que corre ao longo do corpo do compasso. Segurando a haste 
longa, colocamos a haste menor ao nível do cantodo olho e a haste móvel na 
altura da comissura labial e imobilizamo-la com o parafuso. A distancia assim 
obtida, com o compasso, equivale a dimensão vertical de repouso (desta 
medida se subtrai o valor de 0,3cm ou 3mm e se determina em valores 
aproximados ao valor de DVO que queremos determinar). 
Relação central – como obter sua medida? 
 Existem varias técnicas: 
 Métodos mecânicos 
o Método extraoral: 
 Com uma pua 
 Com duas puas 
 Com pressão equilibrada 
o Método intra oral: 
 Com pua central 
 Com puas periféricas 
o Outros métodos. 
 Método fisiológico: 
o Métodos de deglutição 
 Sem estabilizador 
 Com estabilizador 
o Contração dos músculos temporais 
o Levantamento da língua, seguido de fechamento da boca. 
Em PT utilizamos do método extraoral com uma pua. Este método nos gera o arco gótico de 
Gysi. 
 
 
Curva de compensação 
 Também conhecida como CURVA DE MONSON – pode ser medida pelos métodos 
mecânicos e fisiológicos 
o O método mecânico – obtém a curva de compensação durante a montagem 
dos dentes, utilizando articuladores ajustáveis. 
o Quanto ao método fisiológico – em posse dos planos de cera, deve-se 
preparar um material abrasivo e após o desgaste realizado pelo paciente, 
fisiologicamente é possível notar a superficie oclusal mudada, formando uma 
leve curvatura anteroposterior e vestibulolingual. Chamada então de curva 
individual de compensação. Esse processo é conhecido atualmente como 
“DESGASTE DE PATERSON”. 
 Qual a sua importância? 
o Relacionado à curva anteroposterior – Como é sabido que os condilos 
executam movimento para frente e para baixo, necessita-se que haja uma 
compensação para o abaixamento dos condilos. Na falta da curvatura, durante 
a protrusão haverá perda de contato entre os dentes superiores e inferiores 
nas regiões posteriores, a essa perda de contato damos o nome de 
“FENOMENO DE CHRISTENSEN”. 
o Relacionado à curva latero-lateral – sem a curva de Monson não é possível 
balancear a dentadura devido ao abaixamento que o condilo sofre de um lado 
e a elevação do outro. 
 Como é feita a individualização do articulador? 
o É executada acompanhando as curvas individuais de compensação, obtidas 
pelo desgaste de Paterson. A posição de montagem corresponde a posição de 
RC. A Regulagem das posições excêntricas sera executada acompanhando o 
registro do “arco gótico” presente na plataforma inscritora. 
Dentes artificiais 
 Classificação 
o Material de confecção 
 Porcelana – indicados para pacientes com rebordo e espaço inter 
maxilar suficiente para aguentar o estresse é o contato oclusal dos 
dentes. 
 Resina acrílica – mais utilizado em PROTESE TOTAL. 
o Desenho da face oclusal 
 Anatômicos – por apresentarem altura cuspídea, irão articular com 
seus antagonistas em três dimensões. 
 Funcionais – mais indicados para pacientes com alterações na ATM ou 
que apresentem grande discrepância entre RC e OC. 
o Outra observação sobre o tamanho: 
 Deve ser medido: 
 Altura: linha alta do sorriso até borda do rolete (não deve 
exceder dois mm). 
 Largura: comissura a comissura (distancia entre caninos). 
 
 
 Seleção – Como fazer? 
o Para a seleção dos dentes devemos observar alguns fatores. 
 Forma – A forma do dente deve acompanhar o formato do rosto do paciente, 
lembrando que os próprios fornecedores de dentes artificiais fornecem dentes dos 
mais variados formatos. 
 Tamanho – O tamanho dos dentes pode variar de acordo com o paciente, para tanto 
os próprios fornecedores produzem uma faixa numérica dada ao cirurgião dentista a 
fim de que seja escolhido o mais próximo do ideal para cada caso, lembrando que a 
escolha do tamanho e da cor é feita a partir de visualizações do caso, levando em 
consideração, cor de pele, idade, tamanho do rosto, corredor bucal e linha alta do 
sorriso. 
 Cor - Indicada por uma letra e um número, deve ser feita em luz natural, umedecer os 
dentes, pedir a opinião do paciente (também é muito importante na escolha). 
 Plataforma Oclusal – Pode apresentar-se de duas formas – funcional (com 0º de 
inclinação de cúspides) ou anatômica (com inclinações de 33º). Na plataforma oclusal 
Funcional a prótese total poderá apresentar menor eficiência mastigatória, os dentes 
apresentam-se pouco estéticos, apresenta como pontos positivos uma menor carga 
sobre a ATM, menor absorção óssea e a promoção de uma prótese mais estável. 
Porém nós utilizamos as plataformas com forma Anatômica, que apresenta como 
pontos positivos, ser mais estética, ter melhor eficiência mastigatória, e apresenta 
como pontos negativos maior força durante a intercuspidação (podendo deslocar a 
prótese), causa uma reabsorção maior do rebordo e produz uma carga maior na ATM. 
 Material – Sobre os materiais dos dentes, temos: 
o Resina Acrílica. 
o Resina Composta. 
o Porcelana. 
 
 
 
 
 
Montagem e articulação dos dentes artificiais 
 Na montagem dos dentes devemos observar os cinco fatores seguintes: 
o Disposição – situação individual de cada dente 
o Alinhamento – estudo da forma do arco dental após a montagem 
o Posição – estudo do conjunto de dentes fixados em relação ao rosto do 
paciente 
o Articulação – estudo da relação do contato entre os arcos superior e inferior 
em movimento de lateralidade e protrusão 
o Oclusão – estudo da relação de contato entre os arcos superior e inferior nos 
atos de abertura e fechamento. 
Caracterização da prótese: 
 Artifício utilizado para se obter uma maior naturalidade. 
 Pode ser dividida em duas partes 
o Caracterização dos dentes 
 Consiste em fazer restaurações específicas em cada região de acordo 
com a necessidade que achar interessante para maior naturalidade. 
o Caracterização da gengiva 
 Consiste em utilizar corantes pigmentares de resina para obter 
diferentes tonalidades e cores de resinas. Essas são aplicadas na fase 
de condensação da resina ou depois da polimerização em regiões 
como bossas, freios e bridas, acentuando ou atenuando as tonalidades 
dessas regiões ou mesmo simulando veias com a cor azulada. 
 A idade e o sexo do paciente também devem ser levados em consideração. 
o A idade do paciente reflete-se nos arcos dentais naturais, pelo menos, de 
quatro maneiras: 
 Cor 
 Abrasão 
 Altura da borda gengival 
 Diastema dos dentes anteriores. 
o O sexo influi na disposição dos dentes do seguinte modo: 
 No homem 
 Caninos e os incisivos centrais estão mais salientes 
 Na Mulher 
 Incisivos laterais sobressaem-se dentre os demais anteriores. 
 
 
 
Processamento da Base da Prótese Total 
 Satisfeitos com todo o processo até agora, passamos para a fase de processamento. 
Como é feito? 
 Para se facilitar a desinclusão da prótese, as superfícies das muflas são untadas com 
vaselina. 
 É importante, que se verifique a altura dos dentes antes de se completar a inclusão, 
para que os dentes não sofram fraturas ou quebras durante a prensagem. 
 Também se deve observar a centralização do modelo dentro da mufla. 
 É necessário que se isole tudo aquilo que é GESSO, lembrando de não se aplicar 
isolante em resina ou cera. 
 Antes de se completar a inclusão, se constrói uma muralha em torno dos dentes de 
modo a prevenir que os mesmos se modifiquem durante a prensagem. Esta muralha 
pode ser feita de gesso ou de material de moldagem como a silicone de condensação 
ou adição. 
 O próximo passo é a eliminação da cera após a total presa do gesso dentro da mufla. 
 Feito isso passamos à próxima etapa. 
 Condensação da resina acrílica – antes da condensação da resina, as superfícies do 
gesso, damufla e da contra-mufla, devem ser isoladas com uma película de material 
próprio. Isso é feito para que na Demuflagem e sequente limpeza da prótese não 
tenhamos problemas. 
o Lembrar-se de preencher a mufla depois da presa do gesso e da retirada da 
cera, preencher com resina na fase plástica. Quando preenchida totalmente a 
mufla é levada á prensagem 
 Prensagem da mufla: 
o Com uma prensa hidráulica damos uma pressão de ordem inicial em 500kg, 
que propicia o escoamento contínuo e uniforme da resina, ao final do 
escoamento, elevamos a pressão, até atingirmos 1500kg, quando temos o 
completo fechamento da mufla. 
 Polimerização: 
o Qual deve ser utilizada? 
 Em prótese total uma acrilização de boa qualidade pode ser feita com 
o ciclo lento, no qual se mantem por cerca de 9 horas a 74ºC e 
acrescido de 100ºC por mais uma hora. 
o Tem outro ciclo? 
 O ciclo rápido – é mantido a 65ºC por 60 minutos, aquecimento até 
100º me 30 minutos e manutenção a 100ºC por mais 60 minutos. 
o Após o ciclo de polimerização 
 Resfriamento natural (Lento) – até a temperatura ambiente. 
 
 
 
 
 
Reembasamento – finalidade 
 Pode se dividir em dois tipos 
o Extensão 
 Total – aquela onde se substitui toda a base da prótese 
 Parcial – substituição ou acréscimo de material se restringe a apenas 
uma parte da prótese. 
o Finalidade 
 Protética – engloba manobras em que nossa intenção sera de 
melhorar as condições de uma prótese já existente, para aumentar a 
sua sobrevida ou fornecer, ao paciente, a prótese antiga em condições 
de utilização como prótese reserva. 
 Terapêutica – envolve manobras de acréscimo ou substituição parcial, 
visando a melhoradas condições de higidez da fibromucosa de 
revestimento e/ou a oclusão. 
Finalização – avaliação das peças acrilizadas 
 O primeiro passo é verificar o visual externo da prótese, se ela está corretamente 
polimerizada ou não saberemos logo mais. 
 O passo seguinte é verificar a parte interna, pode ser usado um rolete de algodão ou 
então uma gaze que deve ser passada por dentro para saber se não há bolhas 
negativas ou então algum tipo de desnível que pode causar dor ou desconforto ao 
paciente. 
 Segue-se agora para a avaliação do aspecto da resina – presença de porosidade ou 
manchas 
 Acabamento 
 Polimento 
 Espessura da base e bordas cortantes 
 Relacionamento oclusal 
 Porção posterior da prótese inferior contra a porção da tuberosidade da prótese 
superior. 
Antes da instalação das próteses 
 Hipoclorito 1% - 10 minutos 
 Solução de Clorexidina 2% - 10 minutos 
 A seguir lavar com agua corrente e sabão. 
 
 
 
Com as próteses instaladas seguimos aos testes funcionais 
 A primeira etapa a ser verificada é a adaptação, estabilidade e retenção. 
o Sendo realizados ajustes nas bordas e sua relação com os tecidos 
circunjacentes. 
o Os testes necessários a essa etapa são: 
 Abertura da boca 
 Deglutição 
 Movimentos suaves da língua 
 Relação da borda lingual da prótese inferior, com o assoalho 
bucal, em sua porção posterior (o músculo para protético 
responsável é o milo hioideo). 
 As bordas estão relacionadas com os músculos geniohioideo e 
genioglosso – na região anterior. 
 Tração dos lábios e bochechas 
 Relação da borda vestibular da prótese, com a região do sulco 
vestibular. 
 Por posterior: musculo Bucinador, masseter, freios e bridas. 
 Ajustes pequenos e acabamentos da borda 
 Tração anterior (TESTE DE RETENÇÃO VERTICAL) 
 Tração segundo eixo perpendicular à base da prótese 
 Deslocamento indica falta de ajuste na região anterior (sulco e 
vertente vestibular) 
 Tração buco-vestibular (TESTE DE RETENÇÃO HORIZONTAL) 
 O deslocamento indica falta de ajuste posterior ou rebordo 
anterior excessivamente reabsorvido. 
 Pressão lateral (TESTE DE RETENÇÃO LATERAL). 
 Executar pressão sobre a superfície oclusal dos dentes 
posteriores, de um lado de cada vez. 
 O deslocamento indica falta de ajuste do lado oposto a 
pressão ou fulcro na região mediana (palatina) da prótese. 
 Agora seguimos para a prova estética da face 
o É ideal que apareçam: 
 Modificações ocorridas na face em repouso 
 Levantamento de rugas e sulcos 
 Reconstituição do perfil estético (levantamento do lábio, sulco nasio-
labial, filtro labial) 
 Também verificar opinião e anseios do paciente. (Muito importante 
também) 
 Dimensão vertical (DV): 
o Os testes para determinação da DVO  certificar que não houve alteração (na 
prensagem e por conta da polimerização) 
 Pode ocorrer aumento da altura, interferindo no EFL (prensagem insuficiente, 
deslocamento dos dentes pós prensagem: espessura exagerada da base). 
 
 
Ajustes Oclusais 
 Cêntrica – abertura e fechamento: contatos devem ser bilaterais e simultâneos. 
o Se houver contato prematuro  ampliar fossa de contenção (não desgastar 
cúspide de suporte) 
 Excêntrica – lateralidade direita e esquerda: todas as cúspides de suporte dos dentes 
posteriores excursionam pelas vertentes dos dentes antagonistas, concomitantemente 
a ocorrência de contatos dentais no lado oposto. 
o Interferência  ampliar os sulcos de escape (não desgastar cúspide de 
suporte). 
 Excêntrica – protrusão e retrusão: verificar possíveis interferências nas vertentes 
mesiais dos inferiores e distais dos superiores dos dentes posteriores e/ou borda 
incisal dos dentes anteriores inferiores e a face palatina dos dentes anteriores 
superiores. 
o Buscam-se contatos anteriores e posteriores concomitantemente em 
movimentos protrusivos. 
Fonética 
 Nesta etapa faremos com que o paciente repita algumas palavras, são elas: 
o Lábio-dentais – fava e vela; 
o Linguo-dentais – dente e tarde; 
o Linguo-palatais – malha e gato; 
o Fonemas sibilantes – Mississipi, 66, 666 e sapata. 
o Realizar na primeira consulta e reavaliar nas consultas posteriores. 
Aspectos relacionados 
 Período de adaptação – variável de acordo com o paciente. Se o mesmo já utilizava 
antes ou não, se houve a necessidade de muitos ajustes e também depende das 
características do rebordo. 
 Utilização – usar o máximo possível lembrar-se de fazer a remoção em um período do 
dia. Manter em ambiente seco, e uma vez por semana coloca-la em um copo com uma 
colher de sopa de água ou solução de bochecho (clorexidina). 
 Alimentação – no inicio evitar alimentos duros, se possível comer alimentos menores 
e macios, fazer a mastigação dos dois lados da boca e evitar alimentos pegajosos. 
 Higienização – quanto à prótese: usar na pia uma toalha, para evitar que em alguma 
queda a prótese seja fraturada/quebrada, existe escovas próprias para a escovação da 
prótese e a utilização do sabão neutro. Quanto a mucosa: escovação é comum em 
toda a região. 
 Ferimentos – podem ocorrer, é bom alertar os pacientes, em caso de ferimentos 
devido à má adaptação da prótese, fazer ajustes e desgastes se possível para aliviar ou 
sanar a dor e os ferimentos do paciente. 
 Retorno – para começar o ideal é que os retornos sejam semanais para pequenos 
ajustes e controles de retenção e adaptação, sendo melhorados passarão a ser de 3 
em 3 meses, chegando a semestral até que as consultas sejam anuais. 
 
 
Assistência posterior 
 É necessário saber ouvir as queixas do paciente 
 Identificar a causa 
 Tentar ao máximo resolver os problemas relatados pelo paciente 
 Passar informações complementares e recomendações ao paciente. 
Reclamações do paciente (as mais frequentes) 
 Perda de retenção (afrouxamento) 
o Causas inerentes ao paciente (a mucosa, a saliva e rebordo). 
o Extensão ou subextensão da próteseo Interferências oclusais 
o Posições inadequadas dos dentes posteriores 
o Espessura aumentada da prótese 
 Dor associada ao trauma (desconforto) 
o Superextensão provocando ulceração 
o Compressão dos detalhes anatômicos 
o Compressão de raízes residuais ou dentes inclusos (ou não erupcionados) 
o Paciente senil, com saúde debilitada, deficiência nutricional e 
pscicológicamente afetado. 
 Estética 
o Posicionamento dos dentes anteriores e volume gengival 
o Dimensão vertical inadequada 
o Seleção dos dentes artificiais 
o Quantidade de dentes expostos 
o Cor da gengiva 
 Sensação de boca cheia 
o Espessura e extensão da base da prótese. 
 
 
 
E por fim, mas não menos importante REMONTAGEM em articuladores. 
Qual o objetivo? 
 Ajustar os contatos dentais após a acomodação das próteses 
 Reposicionar os dentes 
Como é feito? 
 É feita a montagem no articulador da prótese pronta! 
 O arco facial é tomado na própria prótese, agora o paciente é considerado como 
DENTADO. 
 É imprescindível o isolamento da prótese para que a mesma não fique atracada ao 
gesso, caso contrário terá problemas. 
 É feita de novo a tomada dos registros de RC – métodos de deglutição e manipulação. 
 Feito também o registro oclusal das próteses em oclusão na boca do paciente 
 Seguido a montagem do modelo inferior no articulador. 
 Na próxima etapa fazemos a individualização do articulador 
 Fazemos também o ajuste dos contatos por desgaste ou acréscimo

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