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31 
 
4. MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL E COLETIVO 
 
Fundamento 
 
Art. 5º LXIX da CF: Conceder-se-á mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou 
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica 
no exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa 
dos interesses de seus membros ou associados; 
 
Art. 1o Lei 12016/09: Conceder-se-á mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de 
poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver 
justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria 
for e sejam quais forem as funções que exerça. 
 
Histórico 
 
Foi retirado da Constituição de 1937, retornando posteriormente à Constituição de 
1946. 
Admite-se apenas na CRFB de 1988 o mandado de segurança coletivo. 
Regulamentação legal: LEI Nº 12.016/09 (individual e coletivo) 
Art. 5º dos direitos fundamentais e incluindo: “conceder-se-á mandado de 
segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou 
habeas datas, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”. 
 
Direito líquido e certo para fins de Mandado de Segurança 
 
O direito líquido e certo será aquele apto a realizar-se no momento da impetração, 
ou seja, a liquidez e certeza não residem na vontade normativa e sim na materialidade ou 
existência fática da situação jurídica. A liquidez é imprescindível para admissibilidade do 
conhecimento do mandado de segurança. Por isso, todas as provas que demonstrem a 
certeza e a liquidez deverão acompanhar a inicial. 
Nem todo o direito é amparado pela via do mandado de segurança: a Constituição 
exige que o direito invocado seja líquido e certo. Para Mendes, 
 
Direito líquido e certo é aquele demonstrado de plano através de 
prova documental, e sem incertezas, a respeito dos fatos narrados 
 
 
 
32 
 
pelo declarante. É o que se apresenta manifesto na sua existência, 
delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da 
impetração (MENDES, Gilmar, Curso de Direito Constitucional). 
 
Se a existência do direito for duvidosa, se a sua extensão ainda não estiver delimitada, 
se o seu exercício depender de situações e fatos ainda indeterminados, não será cabível o 
mandado de segurança. Esse direito incerto, indeterminado, poderá ser defendido por 
outras vias, mas não em sede de MS. 
Por essa razão, não há dilação probatória – nem espaço para produção de prova 
complexa no mandado de segurança. As provas devem ser pré-constituídas, documentais, 
levadas aos autos do processo no momento da impetração. 
Isso significa que a matéria de direito, por mais complexa e difícil que se apresente, 
pode ser apreciada em mandado de segurança (STF). A alegação de grande complexidade 
jurídica do direito invocado não é motivo para obstar a utilização do MS. A propósito, vide 
súmula 625 do STF (Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de 
mandado de segurança). 
 
Natureza 
 
 O MS é ação de natureza residual, subsidiária, pois somente é cabível quando o 
direito líquido e certo a ser protegido não for amparado por outros remédios judiciais 
(habeas corpus, habeas data). 
 
Cabimento 
 
Ato de qualquer autoridade do poder público ou por particular decorrente de 
delegação (comissivo ou omissivo): contudo, a lei excepciona que seja contra os que 
comportem recurso administrativo com efeito suspensivo independente de caução; 
Ilegalidade ou abuso de poder; 
Lesão ou ameaça de lesão; 
Contra lei ou ato administrativo se produzirem efeitos concretos e individualizados; 
Contra ato que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo (em caso de 
omissão da autoridade); 
Contra ato judicial de qualquer instância e natureza, desde que ilegal e violador de 
direito líquido e certo do impetrante e que não possa ser coibido por recursos comuns 
(por exemplo recurso que não enseja efeito suspensivo). 
É cabível contra o chamado “ato de autoridade”, entendido como qualquer 
manifestação ou omissão do Poder Público ou de seus delegados no desempenho de 
atribuições públicas. 
 
Logo, de plano, algumas situações podem ser afastadas: 
 
Art. 5o da Lei 12016/09: Não se concederá mandado de segurança 
quando se tratar: 
 
 
 
33 
 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, 
independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado. 
 
Súmulas 
 
SÚMULAS DO STF RELACIONADAS AO MANDADO DE SEGURANÇA 
Súmula STF 632 
 
É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para impetração 
de mandado de segurança. 
Súmula STF 630 A entidade de classe tem legitimação para o Mandado de 
Segurança ainda quando a pretensão veiculada interessa apenas a 
uma parte da respectiva categoria. 
 
SÚMULA STF 629 A impetração de Mandado de Segurança coletivo 
por entidade de classe em favor dos associados independe da 
autorização destes. 
Súmula STF 625 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de 
mandado de segurança. 
Lei 12.016 Art. 5° Não se concederá mandado de segurança quando 
se tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito 
suspensivo, independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado. 
Súmula STF 430 
 
Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o 
prazo para o mandado de segurança. 
Súmula STF 429 
 
 
A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não 
impede o uso do Mandado de Segurança contra omissão da 
autoridade. 
Súmula STF 270 
 
 
 
Não cabe Mandado de Segurança para impugnar enquadramento 
da lei 3780, de 12/7/1960, que envolva exame de prova ou de 
situação funcional complexa. 
Súmula STF 269 
Mandado de Segurança não é substitutivo de ação de cobrança. 
Súmula STF 268 
 
Não cabe Mandado de Segurança contra decisão judicial com 
trânsito em julgado. 
 
 
 
34 
 
 
SÚMULAS DO STF RELACIONADAS AO MANDADO DE SEGURANÇA 
Súmula 604 
O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo 
a recurso criminal interposto pelo Ministério Público. 
Súmula 628 
A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança quando 
presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) existência de 
vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que 
ordenou a prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do 
mérito nas informações prestadas; e c) ausência de modificação de 
competência estabelecida na Constituição Federal. 
 
Legitimidade 
 
ATIVO INDIVIDUAL ATIVO COLETIVO PASSIVO 
Pessoa física ou 
jurídica, órgão público 
ou universalidade 
patrimonial (ex: 
condomínio, espólio, 
massa falida). 
Em se tratando de 
particular, não há 
limitação a 
legitimidade ativa. 
 
Art. 21 O mandado de 
segurança coletivo pode ser 
impetrado por partido 
político com representação 
no Congresso Nacional, na 
defesa de seus interesses 
legítimos relativos a seus 
integrantes ou à finalidade 
partidária, ou por 
organização sindical, 
entidade de classe ou 
associação legalmente 
constituída e em 
funcionamento há, pelo 
menos, 1 (um) ano, em defesa 
de direitos líquidos e certos 
da totalidade, ou de parte, 
dos seus membros ou 
associados, na forma dos seus 
estatutos e desde que 
pertinentes às suas 
finalidades, dispensada, para 
tanto, autorizaçãoespecial. 
Autoridade pública de 
qualquer dos poderes da 
União, dos Estados, do DF e dos 
Municípios, bem como de suas 
autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas e 
sociedades de economia 
mista; 
b) agente de pessoa jurídica 
privada, desde que no 
exercício de atribuições do 
Poder Público (só responderão 
se estiverem, por delegação, 
no exercício de atribuições do 
Poder Público). 
 
Importante: 
 A autoridade coatora será o 
agente delegado (que recebeu 
a atribuição) e não a 
autoridade delegante (que 
efetivou a delegação). Esse é o 
teor da Súmula 510 – STF. 
 
 
Súmula STF 267 
 
Não cabe Mandado de Segurança contra ato judicial passível de 
recurso ou correição. 
Súmula STF 266 
Não cabe Mandado de Segurança contra lei em tese. 
 
 
 
35 
 
Ministério Público 
 
O Ministério Público sempre atua como parte autônoma, com intuito de zelar pela 
aplicação da lei e regularidade do processo. A falta de intimação do Ministério Público 
pode ser matéria de nulidade. Agora, poderá ele tutelar em nome próprio ou em nome 
daqueles pelos quais é designado a representar e defender segundo a lei. 
 
Art. 12 da Lei 12016/09: Findo o prazo a que se refere o inciso I 
do caput do art. 7o desta Lei, o juiz ouvirá o representante do 
Ministério Público, que opinará, dentro do prazo improrrogável de 10 
(dez) dias. 
Parágrafo único. Com ou sem o parecer do Ministério Público, os 
autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual deverá ser 
necessariamente proferida em 30 (trinta) dias. 
 
Prazo 
 
Prazo para impetrar: o prazo é decadencial de 120 dias. 
 
Art. 23 da Lei 12016/09: O direito de requerer mandado de segurança 
extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da 
ciência, pelo interessado, do ato impugnado. 
 
Jurisprudência posterior ao enunciado 
Não interrupção do prazo decadencial pelo pedido de 
reconsideração. 
"Alega a recorrente, em síntese, que: (a) não se consumou, no caso, a 
decadência para a impetração do presente mandado de segurança; 
e (b) o termo inicial do prazo decadencial de 120 dias corresponderia 
à data da ciência da decisão que indeferiu pedido de reconsideração. 
(...) Ademais, segundo entendimento pacífico da Corte, 'pedido de 
reconsideração na esfera administrativa não interrompe o prazo para 
o mandado de segurança' (Súmula 430 do STF). (MS 28793 AgR, 
Relator Ministro Teori Zavascki, Tribunal Pleno, julgamento em 
30.4.2014, DJe de 19.5.2014) 
 
Competência 
 
Tem-se que aqui trabalhar por exclusão, ou seja, primeiro busca-se identificar se não 
é o caso de competência enumerada na Constituição: 
 
Art. 102, I da CF: (originária) d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas 
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do 
Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do 
http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?idDocumento=5893448
 
 
 
36 
 
Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo 
Tribunal Federal; 
II, em recurso ordinário a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas 
data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, 
se denegatória a decisão 
 
Art. 105, I da CF: Originário 
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de 
Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica ou do próprio Tribunal; 
II Recurso ordinário 
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do 
Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 
 
Art. 108 da CF: Compete aos Tribunais Regionais Federais: 
I - processar e julgar, origináriamente: 
c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio 
Tribunal ou de juiz federal; 
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes 
federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal 
da área de sua jurisdição. 
 
Art. 109 VIII da CF: Os mandados de segurança e os habeas 
data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de 
competência dos tribunais federais; 
 
Define-se a competência para julgar mandado de segurança pela categoria da 
autoridade coatora e pela sua sede funcional, não interessando a natureza do ato 
impugnado para fins de competência. 
Caso a impetração ocorra em juízo incompetente, ou no decorrer do processo 
situação jurídica ou algum fato que altere a competência julgadora, o Magistrado ou 
Tribunal deverá remeter a juízo competente. 
Havendo intervenção da União, Estado ou de suas autarquias, desloca-se a 
competência primeiramente para a Justiça Federal ou para a Vara privativa estadual. 
Nas comarcas em que houver Varas privativas da Fazenda Pública, o juízo 
competente será sempre o dessas Varas, conforme ato impugnado provenha de 
autoridade federal, estadual e municipal, ou de seus delegados, por outorga legal 
concessão ou permissão administrativa. 
Observação importante para provas: segundo o STF, todos os Tribunais têm 
competência para julgar, origináriamente, os MS contra os seus próprios atos, os dos 
respectivos presidentes e os de suas câmaras, turmas ou seções. Assim, MS contra ato do 
STJ, do Presidente do STJ ou de uma turma do STJ, será julgado pelo próprio STJ e assim 
sucessivamente. No âmbito da Justiça Estadual, caberá aos próprios estados-membros 
 
 
 
37 
 
cuidar da competência para a apreciação do MS contra atos de suas autoridades, por força 
do art. 125 da CF. 
 
Exemplos: 
 
✓ Autoridade estadual, serventuários e dirigentes estaduais ou municipais – 
competência da Justiça Estadual (juiz de primeiro grau) 
✓ Autoridade Federal - Justiça Federal 
✓ Juiz de Direito – Tribunal de Justiça 
✓ Juiz Federal – Tribunal Regional Federal 
✓ TJ, TRF, STJ OU STF- o pleno ou o órgão especial dos tribunais 
 
 
REGRA GERAL: 
Juiz de 1° grau 
1) Autoridades Municipais de qualquer órgão (Executivo, Legislativo, 
Administração Indireta), salvo se a Constituição estadual dispuser de maneira diversa, 
o que é incomum. 
2) Autoridades estaduais (Executivo, Legislativo e Judiciário). 
 
EXCEÇÕES: 
1) Quanto a autoridade coatora é Juiz, Mesa da Assembleia Legislativa, Tribunal de 
Contas, Secretários de Estado e Membros do MP, a CF não especifica expressamente, 
mas geralmente é o TJ local. 
2) Se for juiz de JEC: Câmara Recursal Súmula 376 do STJ 
 
 
Desistência 
 
Admite-se desistência, independentemente do consentimento do impetrado. 
Porém, segundo a jurisprudência do STF, essa faculdade de desistência encontra 
limite no julgamento de mérito da causa. Assim, uma vez julgado o mérito do MS, o 
demandante pode até desistir de recurso eventualmente interposto, mas a decisão 
recorrida será mantida intacta, pois não lhe será permitido desistir do processo, sobretudo 
quando a decisão lhe for desfavorável. 
 
Modalidades 
 
O MS pode ser repressivo ou preventivo, conforme se destine a reparar uma 
ilegalidade ou abuso de poder já praticados ou apenas a afastar uma ameaça de lesão ao 
direito líquido e certo do impetrante. 
 
Mandado de Segurança Coletivo 
 
 
 
 
38 
 
Importante lembrar alguns pontos sobre o mandado de segurança coletivo: 
 
Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza 
indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte 
contrária por uma relação jurídica básica; 
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes 
de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos 
associados ou membros do impetrante. 
 
Art. 22 da Lei 12016/09: No mandado de segurança coletivo, a 
sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo 
ou categoria substituídos pelo impetrante. 
§ 1o Omandado de segurança coletivo não induz litispendência para 
as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão 
o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu 
mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da 
ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. 
§ 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser 
concedida após a audiência do representante judicial da pessoa 
jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 
(setenta e duas) horas. 
 
Liminar 
 
Caberá liminar em se tratando de tutela de urgência, atenção ao que diz a Lei no 
caso de liminares: 
Art. 7º da Lei 12016/09: (...) 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento 
relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente 
deferida, sendo facultado exigir do impetrante, caução, fiança ou depósito, com o objetivo 
de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. (Atentar aos requisitos do art. 300 §3º do 
NCPC). 
 
Caução 
 
A lei regulou a possibilidade de exigência de caução. 
§ 1o Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá 
agravo de instrumento, 
§ 2o Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de 
créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a 
reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a 
extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. 
§ 3o Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até a 
prolação da sentença. 
 
 
 
39 
 
§ 4o Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para julgamento. 
 
Honorários 
 
Súmula 512 do STF e Súmula 105 do STF. 
 
Art. 25 da Lei 12016/09: Não cabem, no processo de mandado de segurança, a 
interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos 
honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância 
de má-fé. 
 
Resumo 
 
Competência Variável 
Endereçar Depende da competência 
 
 
 
Partes (ativa 
e passiva) 
INDIVIDUAL - Legitimidade ativa - poder de qualquer pessoa física ou 
jurídica nacional ou estrangeira, ou órgão público com capacidade 
processual desde que comprove violação a direito líquido e certo seu 
que não fira a liberdade de locomoção ou o direito de informação de 
caráter personalíssimo. 
COLETIVO – partido político ou organização sindical. 
Legitimidade passiva - da autoridade coatora responsável pela prática 
de ação ou omissão que ameaça ou efetivamente líquido e certo. 
O que devo 
suscitar? 
Violação do direito líquido e certo, por coação ou ameaça, indicando a 
autoridade coatora. 
Pedido Liminar (se for o caso); 
Notificação da autoridade coatora; 
Ciência ao representante judicial da autoridade coatora; 
Intimação do Ministério Público; 
Acatar a prova da liquidez; 
Informar que concorda com a realização de audiência de conciliação 
e mediação; 
Ao final, a procedência do pedido, para evitar ou reparar lesão ao 
direito líquido e certo do impetrante. 
 
Modelo 
 
EXAME DE ORDEM XXIII 
PEÇA PROFISSIONAL 
Enunciado 
Edson, idoso aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, 
recebe um salário mínimo por mês. Durante mais de três décadas, esteve exposto 
a agentes nocivos à saúde, foi acometido por doença que exige o uso contínuo de 
medicamento controlado, cuja ministração fora da forma exigida pode colocar em 
 
 
 
40 
 
risco a sua vida. 
Em razão de sua situação pessoal, todo dia 5 comparece ao posto de saúde 
existente na localidade em que reside, retirando a quantidade necessária do 
medicamento para os próximos trinta dias. No último dia 5, foi informado, pelo 
Diretor do referido posto, que a central de distribuição não entregara o 
medicamento, já que o Município, em razão da crise financeira, não pagava os 
fornecedores havia cerca de seis meses. 
Inconformado com a informação recebida, Edson formulou, logo no dia seguinte, 
requerimento endereçado ao Secretário Municipal de Saúde, autoridade 
responsável pela administração das dotações orçamentárias destinadas à área de 
saúde e pela aquisição dos medicamentos encaminhados à central de 
distribuição, órgão por ele dirigido. Na ocasião, esclareceu que a ausência do 
medicamento poderia colocar em risco sua própria vida. 
Em resposta escrita, o Secretário reconheceu que Edson tinha necessidade do 
medicamento, o que fora documentado pelos médicos do posto de saúde, e 
informou que estavam sendo adotadas as providências necessárias à solução da 
questão, mas que tal somente ocorreria dali a 160 (cento e sessenta) dias, quando 
o governador do Estado prometera repassar receitas a serem aplicadas à saúde 
municipal. Nesse meio-tempo, sugeriu que Edson procurasse o serviço de 
emergência sempre que o seu estado de saúde apresentasse alguma piora. 
Edson, de posse de toda a prova documental que por si só basta para demonstrar 
os fatos narrados, em especial a resposta do Secretário Municipal de Saúde, 
procura você, uma semana depois, para contratar seus serviços como advogado(a), 
solicitando o ajuizamento da medida judicial que ofereça resultados mais céleres, 
sem necessidade de longa instrução probatória, para que consiga obter o 
medicamento de que necessita. 
Levando em consideração as informações expostas, ciente da desnecessidade da 
dilação probatória, elabore a medida judicial adequada, com todos os 
fundamentos jurídicos que conferem sustentação ao direito de Edson. (Valor: 5,00) 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser 
utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do 
dispositivo legal não confere pontuação. 
 
Segue modelo de estruturação da peça de Mandado de Segurança cobrado no 
EXAME DE ORDEM XXIII: 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
45 
 
EXAME DE ORDEM XXIV 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Após anos de defasagem salarial, milhares de trabalhadores que integravam o 
mesmo segmento profissional reuniram-se na sede do Sindicato W, legalmente 
constituído e em funcionamento há vinte anos, que representava os interesses da 
categoria, em assembleia geral convocada especialmente para deliberar a respeito 
das medidas a serem adotadas pelos sindicalizados. 
Ao fim de ampla discussão, decidiram que, em vez da greve, que causaria grande 
prejuízo à população e à economia do país, iriam se encontrar nas praças da 
capital do Estado Alfa, com o objetivo de debater publicamente os interesses da 
categoria de forma organizada e ordeira, e ainda fariam passeatas semanais pelas 
principais ruas da capital. Em situações dessa natureza, a lei dispõe que seria 
necessária a prévia comunicação ao comandante da Polícia Militar. 
No mesmo dia em que recebeu a comunicação dos encontros e das passeatas 
semanais, que teriam início em dez dias, o comandante da Polícia Militar, em 
decisão formalmente comunicada ao Sindicato W, decidiu indeferi-los, sob o 
argumento de que atrapalhariam o direito ao lazer nas praças e a tranquilidade 
das pessoas, os quais são protegidos pela ordem jurídica. 
Inconformado com a decisão do comandante da Polícia Militar, o Sindicato W 
procurou um advogado e solicitou o manejo da ação judicial cabível, que 
dispensasse instrução probatória, considerando a farta prova documental 
existente, para que os trabalhadores pudessem cumprir o que foi deliberado na 
assembleia da categoria, no prazo inicialmente fixado, sob pena de esvaziamento 
da força do movimento. (Valor: 5,00) 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser 
utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do 
dispositivo legal não confere pontuação. 
 
Segue modelo de estruturação da peça de Mandado de Segurança Coletivo cobrado no 
EXAME DE ORDEM XXIV: 
 
 
 
 
46 
 
 
 
 
 
4748 
 
 
 
 
 
49 
 
 
 
 
 
50 
 
5. MANDADO DE INJUNÇÃO 
 
Fundamento legal 
 
FALTA DE NORMA REGULAMENTADORA + INVIABILIDADE DO EXERCÍCIO 
 
Conforme Constituição Federal, previsto no art. 5º, LXXI, com a seguinte redação: 
“Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais 
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;” 
 
 
Fundamento legal: art. 13.330/2016 Art. 1o Esta Lei disciplina o processo e o 
julgamento dos mandados de injunção individual e coletivo. 
 
 
Importante saber! 
 
ALTEROU A LEI ANTERIOR, PREVENDO EXPRESSAMENTE O MANDADO DE INJUNÇÃO 
COLETIVO. 
 
 
Subsidiariedade 
 
Art. 14 da Lei 13300/16. Aplicam-se subsidiariamente ao mandado de 
injunção as normas do mandado de segurança, disciplinado pela Lei 
no 12.016, de 7 de agosto de 2009, e do Código de Processo Civil, 
instituído pela Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e pela Lei no 13.105, 
de 16 de março de 2015, observado o disposto em seus arts. 1.045 e 
1.046. 
 
Cabimento 
 
Para André Ramos Tavares (Curso de direito constitucional), há condições 
constitucionais para o cabimento da ação: 1º) previsão de um direito pela Constituição; 2º) 
necessidade de uma regulamentação que torne esse direito exercitável; 3º) falta de norma 
que implemente tal regulamentação; 4º) inviabilização referente aos direitos e liberdades 
constitucionais e prerrogativas inerentes à nacionalidade, cidadania e soberania; 5º) nexo 
de causalidade entre a omissão e a inviabilização. 
 
 
 
 
51 
 
 
 
Norma de eficácia limitada e o Mandado de Injunção 
 
Entende-se que o mandado de injunção não terá cabimento nas hipóteses de 
normas constitucionais de eficácia plena e de eficácia contida, pois ele visa justamente à 
regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada (de princípio institutivo e 
de norma programática), que, de regra, exigem legislação posterior para sua aplicação. 
Ainda, não caberá quando a norma se encontra em fase final do processo legislativo, 
aguardando para logo sua promulgação e sanção – a norma está em iminência de ser 
editada pelo órgão competente. 
Logo, a presente ação é UTILIZADA a suprimir omissões legislativas capazes de 
obstar direitos e liberdades dos cidadãos, para os quais o exercício pleno dos direitos nelas 
previstos depende necessariamente de edição normativa posterior. 
objeto
condições 
da ação
 
 
 
52 
 
 
Em resumo: direito foi garantido pela Constituição, mas o seu exercício encontra-
se condicionado à edição de lei regulamentadora ulterior. 
 
 
A omissão total ou parcial 
 
Art. 2o da Lei 13300/16. Conceder-se-á mandado de injunção sempre 
que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável 
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
Parágrafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando 
forem insuficientes as normas editadas pelo órgão legislador 
competente. 
 
Legitimidade 
 
Ativo individual Ativo coletivo Passivo 
Art. 3º São legitimados 
para o mandado de 
injunção, como 
impetrantes, as 
pessoas naturais ou 
jurídicas que se 
afirmam titulares dos 
direitos, das liberdades 
ou das prerrogativas 
referidos no art. 2o 
 
 
Art. 12. O mandado de 
injunção coletivo pode ser 
promovido: 
I - pelo Ministério Público, 
II - por partido político com 
representação no 
Congresso Nacional, 
III - por organização 
sindical, dispensada, para 
tanto, autorização especial; 
IV - pela Defensoria Pública, 
Parágrafo único. Os direitos, 
as liberdades e as 
prerrogativas protegidos 
por mandado de injunção 
coletivo são os 
pertencentes, 
indistintamente, a uma 
coletividade indeterminada 
de pessoas ou determinada 
por grupo, classe ou 
categoria. 
 
 O Poder, o órgão ou a 
autoridade com atribuição para 
editar a norma 
regulamentadora. 
 
STF: O STF firmou o 
entendimento de que os 
particulares não se revestem de 
legitimidade passiva ad causam 
para o processo do MI, pois 
somente ao Poder Público é 
imputável o dever 
constitucional de produção 
legislativa. 
Dessa forma, só podem ser 
sujeitos passivos do MI entes 
públicos, não admitindo o STF a 
formação de litisconsórcio 
passivo, necessário ou 
facultativo, entre autoridades 
públicas e pessoas privadas. 
 
 
 
 
 
 
53 
 
Competência 
 
Dependerá de quem deveria ter aditado a regulamentação. 
 
Art. 102 da CF: Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, origináriamente: 
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do 
Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, 
das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas 
da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo 
Tribunal Federal; 
 
Art. 105 da CF: Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, origináriamente: 
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade 
federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de 
competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça 
Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça 
Federal; 
 
Tribunal de Justiça – 125 da CF. 
 
 
Atenção! 
 
Salvo se a iniciativa para a lei for privativa de outro órgão ou autoridade, hipótese 
em que o mandado de injunção deverá ser ajuizado em face do detentor da iniciativa 
privativa (Ex: Presidente da República, nas situações do art. 61, par. 1 – CF, por exemplo). 
 
 
Procedimento 
 
Recebida a petição inicial, será ordenada a notificação do impetrado sobre o seu 
conteúdo, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste informações. (Art. 5º, I) 
Deverá ser dado ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica 
interessada deverá ter ciência do ajuizamento da ação para ingressar no feito, caso queira. 
(Art. 5º, II) 
Se os documentos necessários à comprovação do direito do autor estiverem em 
poder da autoridade ou de terceiros que se negarem a fornecer certidão ou cópia, a 
pedido do impetrante, será ordenada pelo Juiz a exibição do documento no prazo de 10 
(dez) dias (Art. 4º, §2º). 
 
 
 
54 
 
Caberá agravo, em 05 (cinco) dias, da decisão que indeferir a petição inicial. A 
competência para o seu julgamento é do órgão colegiado competente para o julgamento 
da impetração nos moldes do que preconiza o parágrafo único do art. 6º. 
Deverá ainda ser ouvido o Ministério Público, que disporá de 10 (dez) dias para 
opinar. Nas hipóteses em que o M.P verificar a existência de interesses unicamente de 
cunho individual na demanda, a sua manifestação pode ser dispensada. Concluído o 
prazo para manifestação do parquet, os autos serão conclusos para decisão. 
Na sentença, o magistrado se pronunciará apenas e tãonsomente sobre 
o reconhecimento (ou não) de mora legislativa. Caso se convença do atraso, concede-se a 
injunção, fixando-se prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma 
regulamentadora (Art. 5º, I). 
 
Decisão em mandado de injunção 
 
Decisão que reconhece o mandado de injunção: 
 
Art. 8o da Lei 13300/16: Reconhecido o estado de mora legislativa, 
será deferida a injunção para: 
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a 
edição da norma regulamentadora; 
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, 
das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as 
condições em que poderá o interessado promover ação própria 
visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no 
prazo determinado. 
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o 
inciso I do caput quando comprovado que o impetrado deixou de 
atender, em mandado de injunçãoanterior, ao prazo estabelecido 
para a edição da norma 
 
Ou seja: o poder judiciário está autorizado no caso concreto de decidir como 
viabilizar o direito que está impedido de ser exercido pela mora. Isso é chamado de 
postura concretista. 
 
Extensão dos efeitos da decisão: 
 
Art. 9o da Lei 13300/16: A decisão terá eficácia subjetiva limitada às 
partes e produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora. 
§ 1° Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à 
decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do 
direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. 
§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser 
estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do relator. 
 
 
 
55 
 
§ 3o O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não 
impede a renovação da impetração fundada em outros elementos 
probatórios. 
 
 
Atenção! 
 
Regra geral: INTER PARTES 
Exceção: poderá ter EFEITOS ULTRA PARTES E ERGA OMNES, em se tratando 
tanto de casos que dependem para viabilidade do direito quanto para casos 
semelhantes. 
 
 
Limites da decisão do mandado de injunção coletivo: 
 
Art. 13 da Lei 13300/16: No mandado de injunção coletivo, a sentença 
fará coisa julgada limitadamente às pessoas integrantes da 
coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos pelo 
impetrante, sem prejuízo do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 9º. 
 
Se a decisão se der pelo indeferimento por falta de provas, mediante novos 
elementos probatórios, não haverá litispendência. Nesse caso, poder-se-á interpor 
novamente o Mandado de Injunção. 
 
Art. 10 da Lei 13300/16: Sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a 
decisão poderá ser revista, a pedido de qualquer interessado, 
quando sobrevierem relevantes modificações das circunstâncias de 
fato ou de direito. 
Parágrafo único. A ação de revisão observará, no que couber, o 
procedimento estabelecido nesta Lei. 
 
O que ocorre se, após da decisão em Mandado de Injunção, vier edição normativa 
sobre o que foi objeto do Mandado de Injunção? 
 
Art. 11 da Lei 13300/16: A norma regulamentadora superveniente 
produzirá efeitos ex nunc em relação aos beneficiados por decisão 
transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for 
mais favorável. 
 
 
 
 
56 
 
 
Atenção! 
 
Regra geral é ex nunc, contudo, se for favorável ao atingido em decisão anterior à 
produção normativa, os efeitos passam a ser ex tunc – (retroativos). 
 
 
Resumo 
 
Competência Depende do tipo de omissão (atenção aos arts. 102 e 105 CF) 
Endereçar Depende do ato 
 
Partes 
Ativa e passiva 
 
Legitimidade 
Legitimidade ativa: 
INDIVIDUAL qualquer pessoa que tenha o exercício de direitos e 
liberdades constitucionais ou de prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania, inviabilizado por falta de 
norma regulamentadora; e 
COLETIVA: Ministério público, partido político, organização sindical, 
defensoria pública 
 
Legitimidade passiva:- aquele que tinha o dever de editar as normas 
regulamentadoras. 
O que devo 
suscitar 
(constituir a 
causa de pedir) 
Demonstrar a inviabilidade do direito em questão por causa da falta 
de norma regulamentadora, estabelecendo um nexo entre as duas 
situações. 
 
Pedido 
Intimação do impetrado para prestar informações; 
Intimação do Ministério Público; 
Fixação das condições para o exercício do direito inviabilizado; 
Determine prazo para promover a edição legislativa; 
Realização de audiência de conciliação ou de mediação, nos 
termos do Artigo 319, inciso VII, do Código de Processo Civil OU 
indicação do não cabimento de conciliação, nos termos do Artigo 
334, parágrafo 4º, II, do Código de Processo Civil. 
 
Modelo 
 
EXAME DE ORDEM XXII 
PEÇA PROFISSIONAL 
 
Servidores públicos do Estado Beta, que trabalham no período da noite, procuram 
o Sindicato ao qual são filiados, inconformados por não receberem adicional 
noturno do Estado, que se recusa a pagar o referido benefício em razão da 
inexistência de lei estadual que regulamente as normas constitucionais que 
 
 
 
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asseguram o seu pagamento. 
O Sindicato resolve, então, contratar escritório de advocacia para ingressar com o 
adequado remédio judicial, a fim de viabilizar o exercício em concreto, por seus 
filiados, da supramencionada prerrogativa constitucional, sabendo que há a 
previsão do valor de vinte por cento, a título de adicional noturno, no Art. 73 da 
Consolidação das Leis do Trabalho. 
Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pelo 
Sindicato, utilizando o instrumento constitucional adequado, elabore a medida 
judicial cabível. (Valor: 5,00) 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser 
utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do 
dispositivo legal não confere pontuação. 
 
Segue modelo de estruturação da peça de Mandado de Injunção Coletivo 
cobrado no EXAME DE ORDEM XXII: 
 
 
 
 
 
 
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