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Direito Processual Penal
1 - Acordo de não persecução penal e firmado entre MP, investigado e seu defensor.
Requisito para propositura:
Pena mínima inferior a 4 anos e confissão do acusado
Crime sem violência e grave ameaça
Primário e de bons antecedentes
Não cabível transação penal
Não ter sido beneficiado nos últimos 5 anos por acordo ou transação penal ou suspenção condicional do processo
Homologado judicialmente o juiz devolve ao MP para que inicie sua execução na vara execução penal
Transação penal (Não precisa de confição)
Pena máxima igual ou inferior a 2 anos
Primário de de bons antecedentes
Não ter sido beneficiado por transação penal nos últimos 5 anos
OBS: Se couber transação e acordo usa-se a transação
Suspensão condicional do processo
Pena mínima igual ou inferior a 1 ano
Primário
Não estar sendo processado por outro crime
Presente os demais requisitos que autorizam a suspenção condicional do processo do código cp
· O condenado não seja reincidente em crime doloso;
· II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;
· III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código.
· § 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício.
Suspensão condicional da pena CP`
Pena do crime imputado ao réu não superior a 2 anos
Réu não reincidente em crime doloso
Existência de uma sentença criminal condenatória no processo
Efeitos secundários da condenação no permanecem
OBS: Fiança ate 4 anos
TCO: Termo circunstanciado de ocorrência:
Todos os crimes com pena máxima ate 2 anos ao invés do inquérito policial o delegado devera lavra o Termo circunstanciado de ocorrência
Aplicação da Lei Processual no Espaço
1 PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE (ART. 1° CPP)
Todo crime ocorrido em território nacional.
A lei processual penal brasileira não possui extraterritorialidade, salvo nas seguintes hipóteses
a) Território Nullius: Terra que não pertence a ninguém
b) Se houver Autorização de determinado país.
c) Território ocupado em tempo de guerra.
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II – Jurisdição política: as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade.
III - os processos da competência da Justiça Militar.
IV - os processos da competência do tribunal especial.
V - os processos por crimes de imprensa.
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso
INQUÉRITO POLICIAL
OBS: Delegado de policia nunca pode arquivar IP
O inquérito policial é um procedimento administrativo investigatório, de caráter inquisitório e preparatório, conduzido pela polícia judiciária, voltado à colheita preliminar de elementos de informação para apurar a prática de uma infração penal e sua autoria.
Policia judiciaria: PC ou PF possui Caráter repressivo, atua após a pratica da infração penal.
A policia Administrativa: PM e PRF ou de segurança: Caráter preventivo e ostensivo atuando antes da pratica de infração penal
Mas nada impede que cada policia exerça uma a função da outra.
OBS: O MP pode investigar mas não pode conduzir ip
OBS: Porem se a lei prever outra autoridade ela pode conduzir IP como senado e STF
Finalidade de formar opinião a respeito do crime
Obs: Provas realizadas na investigação policial sem o conhecimento da parte contraria.
Provas Cautelares: São urgentes Ex: Interceptação telefônica e busca e apreensão
Provas Não repetíveis: São as que não podem ser refeitas Ex: Exame de corpo de delito no local da infração
Ação penal privada somente instaura ip com requerimento da vitima ou quem possa requerer
Ação penal publica condicionada a representação só instaura IP com representação da vitima ou de quem tem direito
Ação penal publica incondicional
De ofício
De requisição do MP ou auto judiciaria
No auto da prisão em flagrante
A requerimento do ofendido
Se ofendido requerer e delegado não abrir cabe recurso
Reprodução simulada dos fatos salvo se não contrariar a ordem publica
1- Existência de Nulidades: Nulidade apenas para prisão em flagrante todos os outros atos sempre serão validos.
2- Escrito: O inquérito é um procedimento estritamente escrito. Todas as folhas rubricadas pelo delegado de policia
3- Sigiloso: O inquérito deve ser sigiloso.
OBS: Vedada a utilização da inquérito para agravar pena base
OBS: O sigilo: Exceto para o advogado quando for decretado sigilo mais rigoroso ele poderá ter acesso apenas por procuração.
Juiz/MP
Diligencias do inquerito
Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – se possivel e conveniente, dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e conservação das coisas, enquanto necessário;
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
II – apreender os instrumentos e todos os objetos que tiverem relação com o fato;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, , devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
Art. 13-A. Nos crimes previstos: Seqüestro ou cárcere privado, redução e condição análoga a escravo, trafico de pessoas, extorsão qualificada pela restrição da liberdade e extorsão mediante seqüestro. O membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá:
I - o nome da autoridade requisitante;
II - o número do inquérito policial; e
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência.
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal:
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei;
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período;
III - paravigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
INDÍCIOS
Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
Indícios não provam a existência do fato em si e sim outro fato a relacionados podendo induzir sobre a ocorrência ou fato principal.
Busca e apreensão
A- Meio de prova cautelar
B- Fase preliminar ou processual
C- Determinada pelo juiz
· De oficio
· Requerimento do MP ou ofendido ou defensor do réu
· Representação do delegado
Mandado de busca e apreensão conterá
Indicar a casa, o nome do proprietário ou morador, ou no caso de busca pessoal, o nome da pessoa ou os sinais que identifiquem.
Mencionar os objetivos e os fins da diligência.
Ser subscrito por escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
OBS: Se houver ordem de prisão, constara do próprio texto o mandão de busca.
Busca domiciliar
Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da expedição de mandado.
Somente o juiz pode fazer uma busca sem mandado.
§ 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso;
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
g) apreender pessoas vítimas de crimes;
h) colher qualquer elemento de convicção.
Será executada durante o dia salvo consentimento do morador para realização a noite.
OBS: Em caso de desobediência poderá haver uso da força hipótese em que será arrombada a porta e forçada a entrada será permitida o emprego da força contra coisa.
Ausentes os moradores deve ser intimado qualquer vizinho, se houver e estiver presente.
Fim da diligência – Lavrar auto circunstanciado, assinado por duas testemunhas presenciais.
Busca pessoal
A busca pessoal, por sua vez, será realizada se houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo:
• Arma proibida;
• Coisas obtidas por meios criminosos;
• Instrumentos de falsificação ou contrafação, além dos objetos falsificados e contrafeitos;
• Objetos necessários para se provar a infração ou a inocência do réu;
• Armas e munições, além de qualquer outro instrumento utilizado para a prática do crime.
• Cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato.
Exceção não dependerá de mandado
· Prisão.
· Fundada suspeita de eu a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetivos ou papeis que constituam corpo de delito.
OBS: A busca em mulher será preferencialmente realizada por outra mulher, salvo retardamento.
OBS:Poderá haver penetração em território alheio quando em perseguição.
O mandado de prisão:
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado.
Parágrafo único. O mandado de prisão:
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.
Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um dos exemplares com declaração do dia, hora e lugar da diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o fato será mencionado em declaração, assinada por duas testemunhas.
Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, para a realização de audiência de custódia.
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a quem será entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora.
Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio exemplar do mandado, se este for o documento exibido.
Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz processante, será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado.
§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, do qual deverá constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.
§ 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias para averiguar a autenticidade da comunicação.
§ 3o O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida.
Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado de prisão em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade.
§ 1o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial do juiz que o expediu.
§ 2o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que sem registro no Conselho Nacional de Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro do mandado na forma do caput deste artigo.
§ 3o A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento da medida o qual providenciará a certidão extraída do registro do Conselho Nacional de Justiça e informará ao juízo que a decretou.
§ 4o O preso será informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIII do art. 5o da Constituição Federal e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será comunicado à Defensoria Pública.
§ 5o Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do executor ou sobre a identidade do preso, aplica-se o disposto no § 2o do art. 290 deste Código
§ 6o O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o registro do mandado de prisão a que se refere o caput deste artigo.
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso.
§ 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
§ 2o Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade da pessoa do executor ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida.
Arquivamento ação penal
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial.
Acordo de não percussão penal
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:
I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo;
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime;
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução,
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada.
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto.
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses:
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas;
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor.
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do seu defensor, e sua legalidade.
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e seu defensor.
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução penal.
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a análise da necessidade de complementação das investigações ou o oferecimento da denúncia.
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de seu descumprimento.
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia.
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo.
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo.
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a extinção de punibilidade.
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código.períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de ordem judicial.
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz.
Reprodução simulada dos fatos
Poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
PRAZOS DE CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
Se solto – 30 dias após , prorrogáveis contados após instauração do inquérito.
Se preso 10 - dias improrrogáveis, contados a partir da execução da prisão.
Se prisão for temporária em crimes em comum : duração de 5 prorrogados por mais 5 dias.
Se for prisão temporaria por crime hediondo: Prazo de 30 prorrogados por mais 30 dias
Provas
O BR adota
Persuasão racional ou do livre conhecimento motivado juiz forma convicção pelo livre apreciamento das provas
Juri sistema da intima convicção
Nossa regra quem alegou tem que provar
Exame de corpo de delito
Crime que deixa vestígio é imprescindível exame de corpo de delito
Não podendo ser suprido pela confissão do acusado
Prioridade pra exame de corpo de delito
Quando crime é violência domestica familiar contra mulher
Ou criança idoso deficiente adolescente
VD
C
I
D
A
Exame de corpo delito por perito oficial se não houver oficial 2 pessoas idôneas de curso superior preferencialmente da área especifica
Novas diligencias requeridas pelo MP
O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
Arquivamento
Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
Ação penal
Perempção no processo penal apenas ocorre na ação penal privada
A perempção é um instituto jurídico que impede que o autor de uma ação judicial ajuíze uma nova ação sobre o mesmo objeto, após ter abandonado ou deixado de dar andamento a três ações consecutivas sobre a mesma matéria.
Decadência
A vitima deixa de ajuizar ação penal no prazo
Oferecer representação dentro do prazo de 6 meses contados da data em que a vitima passa a saber autor do fato
Arquivamento provisório
Quando falta a representação. Prazo de 6 meses para arquivamento definitivo.
Se os dois peritos divergiren o juiz pode chamar um terceiro e se o terceiro divergir o juiz pode tomar decisao propria
A confisao nao pode suprir exame de corpo de delito mais a prova testemunhal sim, caso nao seja possivel realizar exame
Exame corpo delito pelo menos 6 hr apos obito salvo morte violenta
Rei fica trepe e descarta
Re conhecimento
I solamento
F ixação
C oleta
Acondicionamento
T ransporte
RE conhecimento
P rocessamento
A rmazenamento
DESCART e
A cadeia de custódia envolve vários passos:
1. Preservação do local do crime:
A área do crime deve ser preservada para evitar a contaminação das provas.
2. Recolha de vestígios:
A equipe de investigação recolhe os vestígios do local do crime, utilizando equipamentos adequados e seguindo procedimentos rigorosos.
3. Acondicionamento e embalagem:
Os vestígios são acondicionados e embalados de forma segura para evitar a sua contaminação ou dano.
4. Transporte:
Os vestígios são transportados para o local onde serão analisados, utilizando veículos e recipientes adequados.
5. Armazenamento:
Os vestígios são armazenados em um local seguro e controlado, onde são mantidos sob vigilância.
6. Análise:
Os peritos analisam os vestígios e elaboram relatórios sobre os seus resultados.
7. Apresentação em tribunal:
Os vestígios e os relatórios são apresentados em tribunal como prova.
8. Descarte:
Após a análise e apresentação em tribunal, os vestígios podem ser descartados, se assim for determinado.
Obs: Quebra da cadeia de custodia pode aver anualidade da prova
Obs: Acareação divergência entre testemunha ofendido acusado pra esclarecer divergência
Obs: Acareação entre acusados ele nao é obrigado a participar pois nao é obrigado produzir provas contra si mesmo
Obs: busca pessoal, ou revista, nem sempre requer mandado judicial. A lei permite que a polícia realize buscas pessoais sem mandado em situações específicas, como quando há fundada suspeita de que a pessoa esteja em posse de arma proibida, de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a busca ocorre no curso de uma busca domiciliar.
Obs: Sim, uma busca domiciliar, na grande maioria dos casos, precisa de um mandado judicial, que é um documento oficial emitido por um juiz que autoriza a entrada e busca em um local. No entanto, existem exceções, como em situações de flagrante delito ou com o consentimento do morador.
Obs: Sim, no geral, a busca em veículo é considerada equiparada à busca pessoal e, portanto, também não exige mandado judicial para ser realizada.
Obs: Ilicito prova achada em revista intima feita por denuncia anônima pois denuncia nao é justa causa
Mandado : vale das 5 as 21 horas
Prisão pena: após trânsito em julgado
Algemas
P perigo
R resistência
F fuga
Prisão Flagrante
Flagrante próprio: esta cometendo o crime
Flagrante improprio: perseguido apos o crime
Flagrante presumido: acabou de cometer achado com os instrumentos do crime
Flagrante forjado: inventou crime (ilegal)
Flagrante preparado: impossível consumação (ilegal)
Flagrante esperado: quando ja se sabe onde e quando vai acontecer esse flagrante é legal
Açao controlada: deixa de prender em flagrante esperando flagrante de crime maior e depende de autorização judicial
Prisão domiciliar
Prisão domiciliar (substituição de prisão preventiva)
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que:
I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.
Prisão domiciliar no CP (substituição por pena privativa de liberdade)
Condenado maior de 70 anos
Condenado acometido de doença grave
Condenada com filho menor deficiente ou gestante
Gestante
Obs: Podendo ser com monitoração eletrônica
Obs: E nunca pode substituir a temporária só a preventiva
Obs: A domiciliar da lep substitui na execução da pena a domiciliar do cpp substitui a preventiva antes da pena
Obs: A prisão domiciliar não cabe quando o crime envolve violência ou grave ameaça à pessoa, ou quando o crime é cometido contra o próprio filho ou dependente. Além disso, em situações excepcionais, devidamente fundamentadas pelo juiz, a prisão domiciliar pode ser negada mesmo que o réu se encaixe nos requisitos gerais.
Obs: Prisão domiciliar cabe detração
Obs: Em direito penal, detração é o abatimento do tempo de prisão provisória ou de internação, no Brasil ou no exterior, ou de prisão administrativa, do total da pena privativa de liberdade ou medida de segurança a ser cumprida. Basicamente, o período em que o réu já ficou preso antes da sentença final é descontado da pena a ser cumprida.Prisão preventiva
A qualquer monto antes ou durante processo
Preventiva renovada a cada 90 dias e não tem prazo
Não a prazo
Obs: Sim, a prisão preventiva cabe detração. O tempo de prisão preventiva, assim como o de prisão temporária ou internação em estabelecimento de saúde, deve ser descontado da pena privativa de liberdade ou medida de segurança imposta ao réu.
OBS: Preventiva: É cabível na fase da investigação criminal e também no processo.
Temporária: Só é cabível na investigação criminal.
Flagrante: Só é cabível antes da investigação.
Requisitos para a decretação da prisão preventiva
I - prova (e não indícios suficientes) da existência do crime (materialidade)
II - indício suficiente (e não prova) da autoria (autoria);
Precisa dos dois que são justa causa junto com um dos outros>
III - um dos requisitos que evidenciem a necessidade da prisão preventiva indicados pelo próprio art. 312 do CPP, quais sejam:
1. garantia da ordem pública,
1. garantia da ordem econômica,
1. conveniência da instrução criminal e
1. garantia de aplicação da lei penal (caput do art. 312 do CPP),
IV - de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. (incluido pela Lei nº 13.964, de 2019)
Prisão temporária
Somente no ip
Prazo
Rol da prisão temporária
5 dias prorrogável um única vez por mais 5 dias
Crimes hediondos ou equiparados (Trafico, tortura, terrorismo)
30 dias prorrogável um única vez por mais 30 dias
OBS: Esgotou o prazo de prisão temporária e não foi possível a decretar prisão preventiva o preso devera ser solto ou ira responder por abuso de autoridade.
Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
Homicídio doloso
Roubo
Extorsão
Rapto violento
Quadrilha ou bando todos do Código Penal
Crimes contra o sistema financeiro
Envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte Hediondo
Epidemia com resultado de morte Hediondo
Sequestro ou cárcere privado Hediondo se contra menor de 18
Extorsão mediante sequestro Hediondo
Terrorismo Equiparados
Estupro Hediondo
Genocídio Hediondo
Terrorismo Equiparados
Tráfico de drogas Equiparados
Equiparados
Tráfico de drogas , Tortura e Terrorismo
Hediondos
I - homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, e homicídio qualificado
I-A – lesão corporal dolosa gravíssima e lesão corporal seguida de morte quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
II - roubo:
· restrição de liberdade da vítima
· circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito
· qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada
1. 18 +60
1. Bando ou quadrilha
1. dura + de 24hr
1. lesão grave ou
1. morte
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados:
I - o crime de genocídio
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo
IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado.
AÇÃO PENAL
É o direito do estado-acusação ou do ofendido de ingressar em juízo solicitando a prestação jurisdicional para que o infrator seja punido.
· É publico porque é exercido contra o estado que diz quem tem razão
· È subjetivo
· É abstrato porque independente do resultado tem o direito de pedir ação
· É autônomo porque independe do direito penal
· É instrumental porque é instrumento do estado para exercício do seu direito de punir
A jurisdição é monopólio do estado (judiciário)
Espécies
Quem denuncia? O MP ou o OFENDIDO
Ação é publica quando feita pelo MP
· Publica condicionada a representação
· Publica incondicionada a representação
Ação é privada quando é feita pelo ofendido
· Privada
Ação penal aos crimes contra ordem a honra do funcionário publico
Pode escolher ser :
· Publica condicionada a representação
· Privada
Ação Penal nos crimes contra a dignidade sexual
· Publica incondicionada a representação
Ação penal nos crimes de lesão corporal leves ou culposa na lei Maria da penha
· Publica incondicionada a representação
Ação penal nos crimes de injuria qualificada ou injuria racial
· Publica condicionada a representação
Ação popular (deve ser tratado como noticia de crime)
Pessoa do povo leva uma denuncia de crime de responsabilidade publica
Ação penal Ex officio
Quando o próprio juiz promove ação penal
única espécie de ação penal ex officio encontrada no ordenamento jurídico brasileiro vem prevista no art. 654, § 2°, do CPP, que permite a concessão, de ofício, de ordem de habeas corpus por juízes e tribunais sempre que alguém sofrer ou estiver na iminência de sofrer coação ilegal à liberdade de locomoção.
Ação de prevenção penal
Proposta para aplicar medida de segurança ao inimputável
Ação penal adesiva
Quando no mesmo processo se figura o ofendido e o MP
Ação penal secundária
Quando ela pode ser publica e privada no mesmo crime
Ex: crimes contra honra pois se e cometido é ação privada condicionada, mas se é cometido contra presidente da republica é publica incondicionada
Ação penal extensiva
Desse modo, nos chamados crimes complexos (crimes originados da soma de condutas que constituem delitos autônomos), se um dos crimes é de ação penal pública, o crime decorrente da junção também o será, por extensão. É o que ocorre, por exemplo, na injúria real, que tem como objeto a violência ou vias de fato, e que, pela natureza ou meio empregado, são considerados aviltantes. Nesta hipótese, o crime será de ação penal pública incondicionada.
Ação penal de segundo grau
Quando a ação vai direto para o juízo de segundo grau.
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL
Requisitos mínimos e indispensáveis
Ausência dos requisitos acarreta a rejeição da ação peça inicial acusatória.
1. Possibilidade jurídica do pedido:
É a possibilidade de, em tese, o Estado obter a condenação do réu, o que implica na exigência de que o fato narrado na denúncia seja considerado infração penal. Para tanto, o fato deve ser típico, antijurídico e culpável. A possibilidade jurídica do pedido não se prende à tipificação do delito contida na denúncia ou queixa, mas sim à narrativa dos fatos realizada em tal peça processual.
2. Interesse de agir:
O interesse de agir é dividido em três subespécies, quais sejam, a necessidade, a adequação e a utilidade da ação penal. A necessidade, no processo penal, é sempre presumida, pois não há aplicação de pena sem o devido processo legal.
3. Legitimidade de parte
A legitimidade pode ser
· ad causam:
Ativa: MP OU OFENDIDO
Passiva : Autor do crime
· ad processum:
Ativa: promotor ou querelante
Passiva: Infrator maior de 18 anos.
4. Justa causa:
Prova da existência da infraçãoAÇÃO PENAL PÚBLICA
Titularidade: MP
Peça inicial acusatória
· Incondicionada: Não depende de nenhuma condição para agir.
· Condicionada: Representação do ofendido ou representação legal ou Requisição do ministro da justiça
Princípio da obrigatoriedade
O princípio da obrigatoriedade da ação penal pública consiste no dever imposto à Polícia Judiciária e ao Ministério Público de, respectivamente, investigar e processar crimes desta espécie de ação penal.
Incondicionada: Deve ter :
· Possibilidade jurídica do pedido
· Interesse de agir
· Legitimidade de parte
· Justa causa
para obrigatoriedade da ação penal
Condicionada: Deve ter :
· Possibilidade jurídica do pedido
· Interesse de agir
· Legitimidade de parte
· Justa causa
· Representação do MP ou ofendido
para obrigatoriedade da ação penal
Não se aplicam ao principio da obrigatoriedade :
· Transação penal
Infração de menor potencial ofensivo onde o MP faz um acordo para substituir pena por serviços a comunidade.
· Acordo de não persecução penal
Princípio da oficiosidade
Quem move ação penal é o MP
Ação penal publica condicionada a requisição do ao ministro da justiça ou condicionada a representação do ofendido não se aplica este principio
É princípio segundo o qual "as autoridades públicas incumbidas da persecução penal devem agir de ofício, sem necessidade de provocação ou de assentimento de outrem" (CAPEZ, 2007, p. 22) - destacamos.
Princípio da autoritariedade
Promotor ou procurador que movem ação penal na justiça estadual e procurador da republica no ministério publico da união.
É princípio segundo o qual "os órgãos investigantes e processantes devem ser autoridades públicas (delegado de polícia e promotor ou procurador de justiça)" (CAPEZ, 2007, p. 30) - destacamos. Em juízo, a ação penal deve ser oferecida pelo Promotor de Justiça ou pelo Procurador da República, na esfera federal.
Princípio da (in)divisibilidade
Pro STF e pro STJ divisibilidade
Doutrina indivisibilidade
O MP deve processar todos os acusados, porem o STF entende que se não tiver a identificação de todos os autores o MP pode oferecer denuncia em fase daqueles que forem identificados e durante o processo ele pode incluir mais acusados por meio do aditamente desde que antes da sentença
Representação do ofendido
A representação do ofendido é uma condição de procedibilidade para o exercício da ação penal pública que consiste em uma modalidade de delatio criminis postulatória, pois, por meio dela, não só o ofendido informa a prática do crime como também postula que seja instaurada a persecução penal (NUCCI, 2008, p. 196).
I. Prazo para oferecimento:
Em regra, ela deve ser oferecida no prazo decadencial de 6 (seis) meses, contados do conhecimento da autoria (art. 38 do CPP).
II. Legitimidade e capacidade para oferecimento: A representação pode ser feita pessoalmente ou por procurador (não precisa ser advogado, basta que seja pessoa maior de 18 anos), desde que possua poderes especiais para tanto, nos termos do art. 39, caput, do CPP.
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
§ 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
§ 2o A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria.
§ 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à autoridade que o for.
§ 4o A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito.
§ 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.
No caso de o ofendido ser menor de 18 (dezoito) anos de idade, quem pode representar por ele são o ascendente, tutor ou curador (art. 24, caput, parte final, do CPP).
Curador especial:
· Na ausência de representante legal.
· Retardado mental ou enfermo
· Quando crime praticado pelo representante contra o representado.
· Colisão de interesses do representante legal com o representado.
No caso de morte ou ausência do ofendido será representado por :
· Cônjuge
· Ascendente
· Descendente
· Irmão
III. Destinatários: Deve ser dirigida à autoridade policial, ao juiz ou ao membro do Ministério Público (art. 39, caput, do CPP)
IV. Ausência de formalismo: Não há formalismo para a elaboração da peça. bastando que seja possível apurar a intenção do ofendido de instaurar a persecução penal contra o ofensor. Apenas por cautela é que ela deve ser colhida por termo - art. 39, § 1°, do CPP.
V. Retratação: Cabe retratação da representação até antes do oferecimento da denúncia (art. 25 do CPP), sem limites. Contudo, nos crimes praticados mediante violência doméstica e familiar contra a mulher, consoante o art. 16 da Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/06), a retratação da representação pode ser feita até o recebimento da denúncia , exigindo-se que ela seja feita perante o juiz, em audiência especial para esse fim, ouvido o Ministério Público .
Requisição do Ministro da Justiça
Ela é exigida, pois, apenas em algumas situações, "diante da complexidade do tema e da conveniência política de se levar o caso à apreciação do Poder Judiciário" (NUCCI, 2008, p. 200). É também modalidade de delatio criminis postulatória. Abaixo seguem informações relevantes sobre este instituto.
I. Prazo para oferecimento: No silêncio da lei, não há prazo decadencial para formulá-la, desde que não extinta a punibilidade do agente.
II. Destinatário: Ela deve ser dirigida ao Ministério Público, na figura do seu Procurador-Geral de Justiça.
III. Discricionariedade: Essa requisição está sujeita à discricionariedade do Ministro da Justiça, no sentido de, fazendo um juízo de conveniência e oportunidade, fica a seu critério decidir se a oferece ou não.
IV. Ausência de vinculação do Ministério Público e eficácia objetiva: Assim como acontece com a representação do ofendido, a requisição do Ministro da Justiça não vincula a atuação do Ministério Público e possui eficácia objetiva, nos termos já explicitados no item anterior.
V.Retratação: Para parcela da doutrina, em analogia ao que ocorre com a representação do ofendido, a requisição do Ministro da justiça poderia ser retratada até o oferecimento da denúncia (art. 25 do CPP). Nesse sentido, Guilherme de Souza Nucci (2008, p. 201) e Luiz Flávio Gomes (2005, p. 97). Em sentido oposto, sustentando que não há previsão legal a esse respeito e que a requisição é ato político a cargo do Ministro da justiça e, por isso mesmo, exige serenidade e ponderação antes de ser apresentada, não admitem a retratação Nestor Távora e Rosmar Rodrigues Alencar (2009, p. 133) e Fernando da Costa Tourinho Filho (2003, p. 358).
VI. Hipóteses: São hipóteses de ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da justiça: os crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (art. 7°, § 3°, alínea "b", do Código Penai); os crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro (art. 145, parágrafo único, ia parte, do Código Penal).
AÇÃO PENAL PRIVADA
É o direito do ofendido acusar ou não.
Jus Accusatonis: Direito de acusar exercício pelo ofendido
Jus Punied: Continua com o estado
Legitimação ativa:
Em qualquer caso, o autor da ação penal deve estar devida mente acompanhado de advogado (salvo se elepróprio for advogado, hipótese em que advogará em causa própria). A esse respeito, frise-se que o art. 32, caput, do CPP dispõe que "Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal".
Princípios regentes
Princípio da oportunidade ou da conveniência
A vítima tem a faculdade de ofertar ou não a ação penal, já que é ela a titular desse direito. Por isso é que há a possibilidade de transcurso do prazo decadencial in albis, o que provoca a decadência do direito de ação, e de renúncia (expressa ou tácita, conforme artigos 49 e 50 do CPP) a esse mesmo direito, ambas causas de extinção da punibilidade (art. 107, incisos IV e V, do Código Penal).
Princípio da disponibilidade
Em decorrência do princípio da disponibilidade, o particular pode desistir da ação penal privada já instaurada, seja pelo instituto do perdão (artigos 51 a 59 do CPP), seja pela perempção (art. 60 do CPP). É consequência direta do princípio da oportunidade ou da conveniência.
Princípio da indivisibilidade da ação penal privada
Não pode o ofendido escolher contra qual agente oferecerá ação penal privada, se possuir justa causa em face de todos os agentes delitivos. Ou ele ingressa com a ação penal em face de todos os agentes ou não ingressa em face de nenhum deles. A esse respeito, o art. 48 do CPP assevera que a queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos. Evita-se assim que a ação penal seja utilizada como instrumento de vingança privada.
Decadência
A decadência é "a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, estabelecido em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente" (NUCCI, 2008, p. 202). Ela atinge a ação penal pública condicionada à representação do ofendido e a ação penal privada.
Nos termos do art. 38 do CPP, o prazo decadencial para oferecimento da queixa-crime é de 6 (seis) meses, contados a partir do conhecimento da autoria A contagem desse prazo é feita a partir da regra contida no art. 10 do CP (conta-se o dia de início e exclui-se o dia do vencimento), não se interrompendo, suspendo ou prorrogando. De qualquer forma, em havendo dúvida, ela deve ser resolvida em favor do ajuizamento da ação (NUCCI, 2008, p. 203).
Ação penal privada ocorre a decadência do direito de queixa.
Ação penal publica ocorre a decadência da representação.
No crime continuado a contagem da decadência se da uma decadência separadamente para cada crime.
No crime permanente a contagem da decadência se da quando a vitima tem conhecimento da autoria.
No crime de Ação privada personalíssima a contagem da decadência se da a partir do transito em julgado.
Renúncia
Pelo princípio da indivisibilidade da ação penal privada, a renúncia feita para um agressor necessariamente beneficia os demais (art. 49 do CPP). É ato unilateral do ofendido, não necessitando de aceitação do agressor.
· Ela pode ser expressa (art. 104 CP - pode ser por petição dirigida ao juiz.
· Correspondência dirigida ao agressor.
· Tácita (por meio de gestos feitos para o agressor incompatíveis como o desejo de processá-lo, como, por exemplo, convidá-lo a ser padrinho de seu filho - art. 104, parágrafo único, CP - valem todos os meios de prova lícitos para sua demonstração.
Perdão
É a desistência da demanda, o que somente pode ocorrer quando a ação já estiver iniciada (NUCCI, 2008, p. 207). Ela também enseja a extinção da punibilidade do agente (art. 107, V, CP). Porém, ao contrário da renúncia, é ato bilateral, dependendo da aceitação do agressor, já que ele pode recusá-lo, prosseguindo no feito visando obter uma sentença absolutória.
· Pode ser expresso: Procuração dirigida ao juiz, o juiz intima agressor e ele tem 3 dias para recusar o perdão, se acusado não responder considera que ele aceitou o perdão.
· Tácito: Ato incompatível com a vontade de meter-se no processo: Ex acusado casa com que esta acusando.
Perempção
Só ocorre na ação penal privada própria ou exclusiva.
Ocorre quando querente por desídia demonstra desinteresse pelo prosseguimento da ação.
I. quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
II. quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III. quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV. quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
Espécies de ação penal privada
Ação penal exclusivamente privada ou propriamente dita
Ocorre quando o ofendido, seu representante legal (no caso de menoridade do ofendido - art. 30 do CPP), seus sucessores (no caso de morte ou declaração judicial de ausência do ofendido - art. 31do CPP) ou seu curador especial (nas hipóteses do art. 33 do CPP) podem ingressar com a ação penal.
Ação penal privada personalíssima
Ocorre quando a legitimidade ativa é privativa da pessoa ofendida, não se admitindo que o representante legal, seus sucessores ou o curador especial da mesma assumam o pólo ativo. Diante disso, se o ofendido é menor de 18 (dezoito) anos, o prazo decadencial só passa a ser contado a partir da sua maioridade. Se doente mental, só é contado a partir de quando recobra sua sanidade. Enquanto essas circunstâncias não acontecem, não correrá o prazo decadencial. Ademais, se o ofendido falecer, não será possível o início ou o prosseguimento da ação penal, operando-se a extinção da punibilidade do agente delitivo por decadência (se a ação ainda não foi instaurada) ou por perempção (se a ação já foi instaurada).
Ação penal privada subsidiária da pública ou supletiva
Ocorre quando o ofendido ou seu representante legal ingressa "diretamente, com ação penal, através do oferecimento de queixa, quando o Ministério Público, nos casos de ações públicas, deixe de fazê-lo no prazo legal
Quando se esgota esse prazo o sujeito tem direito de entrar com uma ação penal privada subsidiária dentro do prazo de 6 meses e o MP de uma ação publica incondicionada e para MP ele não tem prazo enquanto não houver prescrição do crime o MP pode entrar com ação.
DENÚNCIA OU QUEIXA-CRIME
Formalidade essenciais
· Exposição do fato criminoso e suas circunstâncias.
· Qualificação do acusado ou esclarecimento pelo quais possa identificá-lo.
· Classificação do crime.
· Rol de testemunhas necessário
· Pedido de condenação
· Endereçamento
· Nome e assinatura
Prazo para oferecer denuncia.
5 dias de preso ou 15 se solto.
10 dias crime eleitoral.
6 meses crime de abuso de autoridade.
2 dias crimes economia popular.
10 dias crimes de drogas.
Caso o MP não ofereça denuncia dentro desse prazo pode ocorrer Ação penal privada subsidiária
Intervenção do MP na ação privada
Fiscal da lei : Ausência do MP na ação penal Privada é causa de nulidade.
MP pode Aditar a queixa no prazo de 3 dias.
Reconhecimento da extinção da punibilidade
Qualquer tempo de oficio pelo juiz.
Se houver requerimento da parte
Morte apenas atestado de óbito Verdadeiro
Prisão provisória, Processual ou cautelar
Prisão, Pena, Castigo, Definitiva:
Prisão na execução da pena após transito em julgado.
Reclusão, detenção e prisão simples.
Prisão sem pena:
É a prisão na fase do inquérito antes do transito em julgado
· Flagrante
· Domiciliar
· Preventiva
· Temporária
Medidas Cautelares
Qualquer medida decretada antecipadamente pelo juiz com a finalidade de resguardar determinado resultado útil futuro.
Espécies:
Prisões cautelares
Medidas cautelares diversas da prisão
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:
I - comparecimentoperiódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.
§ 4 o A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada com outras medidas cautelares.
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
Requisitos para concessão de medidas cautelares.
Necessidade para aplicação da lei penal,
· Para investigado ou instrução criminal e nos casos expressamente previstos, para evitar a pratica de infração penal
· Adequação da medida a gravidade do crime circunstancias do fato e condições
OBS:
· Só vai haver prisão preventiva quando não cabe nenhuma medida cautelar
· No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz mediante requerimento MP, assistente ou querelante, poderá substituir a medida impor, outra medida cautelar ou decretar prisão preventiva
· As medidas cautelares podem ser decretadas pelo juiz, a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação, por representação do delegado ou requerimento do MP.
· Não se aplicam as medidas cautelares a infração a que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade
FORMALIDADES DA PRISÃO
· Ninguém ser preso salvo por Flagrante delito:
Não exige ordem judicial
· Ordem escrita e fundamentada do juiz:
Prisão cautelar
Sentença judicial transitada em julgado
As duas por mandado de prisão
OBS: A prisão poderá ser efetuada a qualquer hora do dia ou da noite, respeitadas as restrições a inviolabilidade do domicilio.
Art5 CF Casa asilo inviolável
Salvo: Consentimento do morador
Flagrante delito, desastre, socorro ou durante o dia por determinação juiz.
OBS: Não será permitido o emprego de força, salvo indispensável no caso de resistência ou fuga.
Casa:
· Qualquer compartimento habitado
· Aposento ocupado de habitação coletiva
· Compartimento não aberto ao público, ordem algum exercer profissão ou atividade
Uso de algemas
Art 1999 Lei 7 210/84 LEP
Art 474 CP Não será permitido o uso de algemas durante o júri, salvo se absolutamente impossível
Sumula vinculante 11: O uso de algemas só é permitido
Perigo a integridade física.
Resistência.
Fuga.
OBS: Vedação do uso de algemas em mulheres presas durante trabalho de parto durante trajeto da paciente entre a unidade prisional e após parto.
OBS: Uso de algemas fora das hipóteses legais vai se enquadra no crime de abuso de autoridade.
Prisão em flagrante
Noções gerais
Flagrante significa "tanto o que é manifesto ou evidente, quanto o ato que se pode observar no exato momento em que ocorre", é, pois, o delito que ainda "queima”. Por isso, prisão em flagrante "é a modalidade de prisão cautelar, de natureza administrativa, realizada no instante em que se desenvolve ou termina de se concluir a infração penal".
Flagrante facultativo e flagrante obrigatório ou compulsório
· O flagrante facultativo é aquele realizado por qualquer pessoa do povo, que não está obrigada a efetivá-lo. Trata-se aqui de hipótese de exercício regular de um direito (art. 23, inciso III, do Código Penal). Contudo, caso a prisão efetuada seja ilegal, a pessoa poderá responder por crime de constrangimento ilegal ou até de seqüestro ou cárcere privado.
· O flagrante obrigatório ou compulsório é aquele imposto às autoridades policiais e seus agentes (o que inclui as polícias civil, militar, rodoviária, ferroviária, corpo de bombeiros militar etc.) consoante o art. 144 da Constituição Federal), sob pena de responsabilização criminal e funcional pelo seu descaso, desde que obviamente seja possível a efetivação do flagrante. Trata-se aqui de hipótese de estrito cumprimento do dever legal (art. 23, inciso III, do Código Penal). Todavia, se a prisão em flagrante for efetuada ilegalmente, o agente poderá responder por crime de abuso de autoridade.
Prisão em flagrante nos crimes de ação penal pública condicionada à representação do ofendido e de ação penal privada
OBS: Nesses crimes é possível a efetivação da prisão em flagrante . Desde que a vitima represente ao delegado pela prisão em flagrante.
OBS: Nesses crimes o inquérito e a prisão em flagrante não podem ser lavrados de oficio, porque necessita da representação ou requerimento do seu ofendido ou de seu representante legal.
Espécies de prisão em flagrante (art. 302 CPP)
Flagrante próprio ou propriamente dito ou perfeito ou real ou verdadeiro (art. 302, I e II, CPP)
É quando verdadeiramente existe o flagrante. Ocorre quando o agente está cometendo o crime (art. 302, inciso I, do CPP) ou acaba de cometê-lo (art. 302, inciso II, do CPP).
EX: Quando é pego na tentativa ou no crime consumado no lugar da infração.
Flagrante impróprio ou imperfeito ou irreal ou quase flagrante (art. 302, III, CPP)
Ocorre quando o agente é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. Difere da hipótese do inciso II do art. 302 do CPP porque nesta o autor do delito continua na cena do crime, já na hipótese em comento ele foge do local, sendo perseguido.
OBS: Mesmo que a perseguição dure dias ainda á flagrante delito.
No flagrante delito a casa pode ser invadida a qualquer momento.
Flagrante presumido ou ficto ou assimilado
Ocorre quando o agente, logo depois da prática do crime, embora não tenha sido perseguido, é encontrado portando instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração penal.
Flagrante preparado ou provocado (Súmula 145 STF)
A prisão é ilegal
Flagrante preparado ou provocado é um "arremedo de flagrante, ocorrendo quando um agente provocador induz ou instiga alguém a cometer uma infração penal, somente para assim poder prendê-lo". Trata-se de crime impossível (art. 17 do CP), pois inviável a sua consumação, nos termos da Súmula n° 145 STF ("Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação"), a qual também se aplica para a hipótese de o flagrante ter sido preparado ou provocado por particular.
Flagrante forjado
O flagrante forjado é "um flagrante totalmente artificial, pois integralmente composto por terceiros". Embora exista a atuação de um agente (o agente forjador), não há qualquer tipo de comportamento do sujeito que vem a ser preso. É o exemplo de um agentepolicial "plantando" drogas no veículo de um determinado sujeito, que sequer toma conhecimento de tal atitude e, por isso, não a adere.
· Prisão é ilegal
· Denunciação caluniosa
· Abuso de autoridade
Flagrante esperado
O flagrante esperado, por não contar com a interferência de um agente provocador, é absolutamente válido. Por meio dele, leva-se ao conhecimento da polícia a notícia de que um crime será, em breve, cometido, o que provoca o deslocamento de agentes ao local dos fatos, aguardando-se, de campana (tocaia), o início dos atos executórias para a efetivação da prisão em flagrante. Frise-se que essa modalidade de flagrante também poderá ser concretizada por particular.
Flagrante diferido ou retardado ou prorrogado ou postergado ou ação controlada (art. 53, lI, da Lei nº 11.343/06, art. 4°-B da Lei nº 9.613/98 e arts. 8° e 9º da Lei nº 12.850/13)
Esta espécie de flagrante, também conhecida como ação controlada, é "a possibilidade que a polícia possui de retardar a realização da prisão em flagrante, para obter maiores dados e informações a respeito do funcionamento, dos componentes e da atuação de uma organização criminosa.
Lei de drogas: Necessita autorização judicial
Lei de lavagem de Capitais: Necessita autorização judicial
Lei de organização criminosa: Só necessita previa comunicação.
Flagrante nos crimes permanentes (art. 303 CPP), habituais e continuados
· Nos crimes permanentes enquanto não encerrar o delito á a possibilidade de prisão em flagrante.
· Nos crimes habituais Diferente do crime permanente, em que só há uma ação, aqui deve ser levado em consideração o conjunto de ações. A reiteração dos atos é que constrói a tipicidade, não se tratando de perpetuação da sua consumação. São os exemplos dos crimes de casa de prostituição (art. 229 CP), exercício ilegal da medicina (art. 282 CP) e curandeirismo (art. 284 CP).
Nesse cenário, "inexiste precisão para determinar ou justificar o momento do flagrante
· Nos crimes continuados pode-se ter uma prisão em flagrante em cada crime.
Formalidades para a lavratura do auto de prisão em flagrante delito
· Capturado: preso
· Condição coercitiva: Conduzi-lo ao delegado
· Formalização: Comunicar imediatamente ao juiz, MP a família do individuo que ele foi prezo.
Lavratura:
· Ouvir o condutor
· Ouvir as testemunhas e ofendido: Se não houver testemunhas ainda pode-se lavrar a prisão em flagrante desde que 2 testemunhas instrumentarias que presenciaram a condução do preso(podendo ser 2 policiais).
· Ouvir o conduzido: O conduzido escolhe se quer falar ou não. Agora se o conduzido falar e não quiser assinar 2 testemunhas podem assinar comprovando que presenciaram a fala do conduzido.
OBS: Se infração Penal cuja a pena máxima não for superior a 4 anos o delegado pode arbitrar fiança e se não arbitrá-la vai responder por abuso de autoridade.
· Entregar em até 24 horas o auto de prisão em flagrante para junto com o prisão para o juiz para audiência de custodia.
· Copia do auto da prisão em flagrante se o preso não tiver advogado para a defensoria pública.
· Entregar ao preso nota de culpa.
OBS: Durante essas 24 horas o preso fica na cadeia pública.
Não podem ser presos em flagrante delito
I. Diplomatas: agentes diplomáticos, tais como embaixadores, secretários de embaixada, bem como seus familiares. Esses irão responder no seu pais de origem.
II. Parlamentares federais e estaduais:(Deputados e Senadores) somente podem ser presos em flagrante por crime inafiançável e, mesmo assim, logo após a lavratura do auto de prisão em flagrante delito, devem ser encaminhados, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, à respectiva Casa legislativa, que, por voto da maioria de seus membros, resolverá sobre a prisão e autorizará ou não a formação da culpa.
III. Magistrados (art. 33, III, da Lei Complementar n° 35/79 - LOMAN): somente podem ser presos em flagrante por crime inafiançável e, mesmo assim, logo após a lavratura do auto de prisão em flagrante delito, devem ser imediatamente encaminhados ao Presidente do Tribunal;
IV. Membros do Ministério Público (art. 40, III, da Lei n° 8.625/93 - LONMP): somente podem ser presos em flagrante por crime inafiançável e, mesmo assim, logo após a lavratura do auto de prisão em flagrante delito, devem ser encaminhados no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, ao Procurador-Geral de Justiça (no caso de membros do Ministério Público dos Estados) ou Procurador-Geral da República (no caso de membros do Ministério Público da União);
V. Presidente da República: "enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão" (art. 86, § 3°, da Constituição Federal);
VI. Advogado: somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável (art. 7°, § 3°, da Lei n° 8.906/94 - Estatuto da OAB), hipótese em que terá direito à presença de representante da OAB para a lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade.
VII. Menores de 18 (dezoito) anos de idade: com base no art. 106 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069/90), "Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente".
VIII. Condutores de veículos automotores: nos termos do art. 301 do Código de Trânsito, se o condutor de veículo auto motor prestar pronto e integral socorro à vítima de acidente de trânsito não será preso em flagrante, nem lhe será exigida fiança.
OBS: Diferentemente do que ocorre com os Deputados Federais, Estaduais, Distritais e com os Senadores, conforme previsão constitucional, os vereadores podem ser presos, inclusive, em flagrante de crime inafiançável, por não possuírem imunidade formal ou processual.
Controle Jurisdicional da Prisão em Flagrante
Após receber o auto da prisão em flagrante no prazo máximo de 24 HR após a realização da prisão em flagrante o juiz devera promover a audiência de custódia.
· Sendo a prisão ilegal o juiz deve relaxar a prisão ilegal.
· Se a prisão for legal o juiz vai converter a prisão em flagrante em prisão preventiva se presentes os requisitos e for inadequado ou insuficiente as medidas cautelares.
· Conceder liberdade provisória se for adequadas medidas cautelares.
OBS: Excludente de ilicitude: o juiz vai conceder liberdade provisória mediante termo de comparecimento em todos os atos do processo.
OBS: Agente reincidente ou integra organização criminosa armada ou milícia ou que portava arma de fogo o juiz deve negar a liberdade provisória.
OBS:Autoridade que der causa sem motivação idônea a não realização da audiência no prazo de 24 horas vai responder por abuso de autoridade.
OBS: 24 horas depois do prazo de 24 horas sem motivação idônea a prisão é ilegal e deve ser relaxada e é possível prisão preventiva.
Prisão temporária
A prisão temporária é aquela que visa "assegurar uma eficaz investigação policial, quando se tratar de apuração de infração penal de natureza grave.
É cabível a qualquer momento no inquérito policial ou em qualquer outra investigação criminal.
Só pode ser decretada pelo juiz competente diante de :
· Representação do delegado
· Requerimento do MP
Prazo de 24 horas desde o recebimento para o juiz para em despacho fundamentado decretar ou não a prisão temporária.
Requisitos
Justa causa nos crimes que admitem a prisão temporária.
Mais um desses:
· Imprescindível para investigação.
· Quando indiciado não tiver residência fixa ou civilmente não identificado.
Prazo
Rol da prisão temporaria
5 dias prorrogável um única vez por mais 5 dias
Crimes hediondos ou equiparados (Trafico, tortura, terrorismo)
30 dias prorrogável um única vez por mais 30 dias
OBS: Esgotou o prazo de prisão temporária e não foi possível a decretar prisão preventiva o preso devera ser solto ou ira responder por abuso de autoridade.
Prisão preventivaA prisão preventiva é uma "medida cautelar de constrição à liberdade do indiciado ou réu, por razões de necessidade, respeitados os requisitos estabelecidos por lei" - destacamos.
· Preventiva: É cabível na fase da investigação criminal e também no processo.
· Temporária: Só é cabível na investigação criminal.
· Flagrante: Só é cabível antes da investigação.
Decretação
Decretada apenas pelo juiz.
A qualquer(antes da sentença em julgado) fase da persecução penal.
· Representação do delegado(Somente na investigação criminal)
· Requerimento do MP
· Não pode decretar de oficio
· Nos casos de violência domestica contra mulher pode ser decretada de oficio
Requisitos para a decretação da prisão preventiva
I - prova (e não indícios suficientes) da existência do crime (materialidade)
II - indício suficiente (e não prova) da autoria (autoria);
Precisa dos dois que são justa causa junto com um dos outros>
III - um dos requisitos que evidenciem a necessidade da prisão preventiva indicados pelo próprio art. 312 do CPP, quais sejam:
· garantia da ordem pública,
· garantia da ordem econômica,
· conveniência da instrução criminal e
· garantia de aplicação da lei penal (caput do art. 312 do CPP),
IV - de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. (incluido pela Lei nº 13.964, de 2019)
Circunstancias
· Crimes dolosos com pena máxima superior a 4 anos
· Reincidente em crime doloso
· Garantir a execução das medidas protetivas de urgência nos crimes que nos casos de violência domestica familiar conta mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou deficiente.
· Civilmente identificado
Modalidades:
Prisão preventiva substitutiva ou subsidiaria de medida cautelar (Não exigem as circunstancias)
Prisão preventiva por conversão da prisão em flagrante
Prisão preventiva autônoma
OBS:Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou apresentação ou recebimento de denuncia.
OBS: A decretação, delegação ou substituição a prisão preventiva o juiz devera indicar concretamente a existência de novos fatos ou contemporâneos que justifique a aplicação da medida adotada.
Não aceita fundamentada a decisão que:
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
OBS: Devera o órgão emissor revisar a necessidade da sua manutenção a cada 90 dias sob pena de tornar a prisão ilegal(Relaxada)
OBS: Apresentação espontânea impede a prisão em flagrante mais não a prisão preventiva.
Prisão domiciliar
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.
Não tenha cometido o crime com violência ou grave ameaça.
Não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.
Provas
SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DA PROVA
1. Íntima convicção ou livre convicção ou certeza moral do juiz: Neste sistema, "há valoração livre ou [...] intima convicção do magistrado, significando não haver necessidade de motivação para suas decisões".
2. Prova legal ou regras legais ou sistema tarifário ou certeza moral do legislador: Nesse sistema, há "valoração taxada ou tarifada da prova, significando o preestabelecimento de um determinado valor para cada prova produzida no processo, fazendo com que o juiz fique adstrito ao critério fixado pelo legislador, bem como restringido na sua atividade de julgar".
3. Persuasão racional ou convencimento racional ou livre convencimento motivado ou apreciação fundamentada ou prova fundamentada
O juiz decide com liberdade de acordo com as provas que estão no processo com a motivação das decisões judiciais
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil.
OBS: Não pode dar a sentença apenas nas informações colhidas na investigação salvo: Provas cautelares,não repetíveis e antecipadas
Ônus da prova
O Autor da ação que tem que provar(A acusação tem a obrigação de provar a existência do fato típico):
· Autoria
· Dolo e culpa
· Causas de exasperações
A defesa que tem a obrigação de provar
· Excludente de ilicitude
· Excludente da culpabilidade
· Excludente da punibilidade
· As causas de diminuição de pena
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
MEIOS DE PROVA
Típicos e nominados: Aqueles previstos em lei
EX: Confição,
Atípicos ou inominados: Aqueles não previsto em lei
Ex: Interceptação telefônica
São inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos salvo para favorecer o réu.
PROVA EMPRESTADA
A prova emprestada é "aquela produzida em outro processo e, através da reprodução documental, juntada ao processo criminal pendente de decisão".
· Mesmas partes
· Mesmo fato
· Contraditório
· Preenchimento dos requisitos legais.
A prova do processo civil pode ser emprestada para processo penal.
FINALIDADE E OBJETO DA PROVA
A finalidade da prova é "convencer o juiz a respeito da verdade de um fato litigioso". No processo penal, essa verdade deve se aproximar o máximo possível da verdade real, da verdade do mundo real.
O objeto da prova, em regra, são "os fatos que as partes pretendem demonstrar"- destacamos. Ressalte -se que devem ser provados apenas os fatos relevantes.
Dispensa prova:
Fatos notório( verdade sabida)
Fatos com presunção absoluta
Fatos impossíveis.
Fatos irrelevantes e inúteis
Não é necessário provar o direito salvo leis ou decretos locais
Necessita de prova Fatos incontroversos:
Confissão
Silêncio
OBS: Provas ocasionalmente encontradas é ilicita
PROVAS EM ESPÉCIE
Exame de corpo de delito e perícias em geral
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
OBS: SE exame não for feito por omissão do poder publico então o réu não pode ser condenado.Prioridade de realização do exame:
Crime que envolva violência domestica familiar contra mulher
Crime que envolva violência contra criança adolescente idoso ou pessoa com deficiência.
Quantidades de perito
Perito oficial portador de diploma de curso superior(concurso)
OBS: Não havendo perito oficial o exame será realizado por duas pessoas idôneas, nomeadas pela autoridade.(Se for feito so por uma pessoa a prova é ilegitima)
Devem ser portadores de diploma superior
Assistente técnico
É um advogado contratado pela vitima para auxiliar o MP no processo. Atua no processo só após a contra prova do perito.
Vai realizar a contra prova(parecer tecnico), analisando o laudo pericial.
Só vai ter contato com instrumento do laudo no ambiente do órgão oficial na presença do perito.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
Laudo Pericial
Devera ser elabora no prazo de 10 dias, podendo ser prorrogado.
Pode ser elaborado a qualquer hora a qualquer dia.
Pode ser datilografado, subscrito e rubricados por todos os peritos.
Divergência entre os peritos
Serão consideradas as declarações e respostas de um ou outro, e a autoridade designará um terceiro perito se estes divergir, caso o terceiro divergir de ambos será realizado outra pericia, e se dois concordarem e um discorda o juiz ira decidir.
Autopsia, exumação, lesão em cadáver
Autopsia: Pericia realizada nos cadáveres
Feita 6 horas após o óbitos, salvo se os peritos, pelas evidencias dos sinais de morte julgarem que possa ser feita antes
Morte violenta basta o exame do cadáver, quando não houver infração penal, ou quando as lesões externas já permitem precisar a causa da morte e não há necessidade.
O cadáver devera fotografar na posição que forem encontrados, bem como todas as lesões externas e vestígios deixados.
Exumação:Tirar o cadáver da sepultura para realização de exame cadavérico.
Exigem ordem judicial sob pena de nulidade.
Será lavrado o auto circunstanciado.
· Exumação em hora e local marcado.
· Na recusa de indicar o local do cadáver ou não havendo ninguém para informar onde está ou não encontrando o cadáver.
· Na duvida sobre identidade será realizado procedimento de reconhecimento.
Lesões corporais
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.
Exame Local
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as conseqüências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Pericias laboratório
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
Crimes com destruição ou rompimento de obstáculo
Os peritos alem de descrever os vestígios indicação com que instrumento, por que meios e em que época presumem ter sido praticado o fato
Devem proceder a avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que constituem produto do crime.
Incêndio: Os peritos devem verificar
· A casa
· O lugar
· O perigo que dele tiver resultado para a vida ou patrimônio alheio.
· A extensão do dano e o seu valor
· Demais circunstancias para esclarecimento do fato
Reconhecimento de escritos
No exame para reconhecimento de escritos
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada;
II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida;
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados;
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever.
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.
Cadeia de custódia
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.
São etapas da cadeia de custódia, compreendendo o rastreamento do vestígio:
1. Reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial;
2. Isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;
3. Fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
4. Coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas características e natureza;
5. Acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
6. Transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse;
7. Recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
8. Processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito;
9. Armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente;
10. Descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação