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08. INTEGRAIS DE LINHA - CASO ESCALAR

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Teoria Exercícios
Introdução
O conceito de integral de linha é muito
semelhante com o de integral unidimensional,
que você já está cansado de ver. Vamos tomar o
exemplo abaixo:
Você já aprendeu que essa expressão significa
que estamos “somando” os valores da função 
 dentro de um intervalo , ou seja,
com variando entre e . No caso de ser
positiva, teríamos uma área desse tipo:
Agora vamos estender um pouco esse conceito.
Digamos que queremos fazer esse mesmo
“somatório”, mas não em um intervalo de : em
uma curva do plano . Nesse caso, a nova
função será do tipo , pois ela deve
estar definida para pontos do tipo , e esse
somatório nos daria uma área desse tipo:
08. INTEGRAIS DE LINHA - CASO
ESCALAR
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CÁLCULO 3
Guia Provas
1. O Que São Integrais Duplas
2. Integrais Duplas Sobre
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3. Mudança de Variáveis
4. Coordenadas Polares
5. Integrais Triplas
6. Coordenadas Cilíndricas
7. Coordenadas Esféricas
8. Integrais de Linha - Caso
Escalar
Teoria Exercícios
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11. Campos Conservativos
12. Parametrização de
Superfícies
13. Áreas de Superfícies
14. Integrais de Superfície -
Caso Escalar
15. Integrais de Superfície -
Caso Vetorial
16. Teorema de Stokes
17. Teorema de Gauss
É exatamente isso que chamamos de integral de
linha. No caso de a função ser positiva,
sua integral em uma curva pode ser
interpretada como a área entre a curva e essa
função, como na figura acima. Representamos
essa integral dessa forma:
Onde é uma divisão infinitesimal da curva ,
da mesma forma que tínhamos o como
subtintervalo de nas integrais
unidimensionais.
Definição
Agora que você já viu conceitualmente o que são
integrais de linha, vamos defini-las
matematicamente. Tomaremos uma função 
 e uma curva que seja parametrizada
assim: , onde o parâmetro 
pertence ao intervalo .
Vamos, então, dividir esse intervalo em partes,
de forma a dividir a curva também em 
subarcos (pois a curva é função de ). Se para
cada um desses subarcos de comprimento ,
escolhermos um ponto qualquer e
multiplicarmos o valor da função nesse ponto por
, teremos:
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Essa expressão é muito semelhante à Soma de
Riemann, não é? É um somatório de áreas, se
você reparar, o comprimento do arco funciona
como a “base” e o valor de , como a “altura”.
Agora vamos tomar o limite dessa soma e definir
as integrais de linha por analogia ao que fizemos
com as unidimensionais:
Agora precisamos escrever essa integral em uma
forma que a gente saiba calcular, né? Lembra
quando você aprendeu a calcular comprimentos
de arcos? Você viu que, sendo o comprimento
da curva parametrizada em função de ,
podíamos calculá-lo assim:
Então, temos que:
Certo? Vamos, então, substituir essa expressão de 
 na integral de linha que definimos:
Perceba que escrevemos a função em função de
! As variáveis e são definidas pela
parametrização da curva.
Essa expressão pode ser escrita
de forma mais simplificada assim: (o
módulo da derivada da parametrização da
curva). A integral passa então a ser escrita assim:
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Confuso? Calma, vamos fazer um exemplo para
você entender melhor isso daí!
Exemplo: Calcule , onde é a curva
parametrizada por , onde 
.
Passo 1: Montar o problema
Vamos utilizar a fórmula
Já temos que e .
A parametrização da curva nos dá e 
, como vemos pelo enunciado.
Passo 2: Calcular 
É só derivar a parametrização!
Passo 3: Calcular 
Agora vamos calcular o módulo do vetor que
encontramos no passo anterior:
Passo 4: Substituir na integral e escrever 
em função de 
Lembre que a parametrização definiu
 e ! Temos que usar isso
ao reescrever a função que vamos integrar, 
.
Passo 5: Calcular a integral
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Viu, não é tão complicado assim.
Bem, esse conceito pode se estender também para
curvas no espaço. Como assim? Se tivermos uma
parametrização do tipo: ,
a integral de linha será calculada assim:
O raciocínio é basicamente o mesmo que
acabamos de ver!
Observação: Perceba que, quando temos 
 ou , a integral de linha
nos dá o comprimento da curva :
Essa é aquela mesma fórmula que tínhamos visto
lá em cima para comprimento de arco, apenas
escrevemos de forma diferente.
Importante
Em geral, os exercícios que você terá que fazer
sobre integrais de linha não vão te dar a curva na
forma parametrizada. Você mesmo terá que fazer
isso! Então, é uma boa que você dê uma revisada
nessa matéria, se você já viu há muito tempo. De
qualquer forma, vamos te dar aqui umas dicas
básicas de parametrização.
Primeiro: o que é parametrizar uma curva? É
escrever cada uma de suas variáveis em
função de uma variável, seja etc.
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Vamos tomar o exemplo da reta , entre
os pontos e .
Se definirmos , qual será a expressão de ?
Teremos , certo? O que nos dá 
, com .
Agora vamos definir , teremos , o
que nos dá , com .
Temos, portanto, duas parametrizações
diferentes, com intervalos diferentes, que nos dão
a mesma curva.
Vamos ver agora o exemplo da circunferência 
. Se chamarmos , teremos 
, que não é uma expressão muito
simples de se trabalhar! Agora perceba que, se
escrevermos em coordenadas polares ,
temos e a parametrização pode ser
dada por , com , muito
melhor, né?
Então, quando tivermos circunferências e elipses,
faremos parametrizações em função de . Se
tivéssemos, por exemplo, a elipse 
, basta reescrevermos suaequação dividindo todos os membros por :
E a parametrização será dada por 
 e .
Certo? Fazendo exercícios você vai acabar
pegando o jeito, vamos para a prática, agora!
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