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formação de diretores do estado do Amapá: Análise da Matriz do programa escola de gestores do MEC

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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO 
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
NAYARA BARBOSA ROCHA MACÊDO 
 
 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DE DIRETORES DO ESTADO DO AMAPÁ: ANÁLISE DA MATRIZ DO 
PROGRAMA ESCOLA DE GESTORES DO MEC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macapá 
2016 
NAYARA BARBOSA ROCHA MACÊDO 
 
 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DE DIRETORES DO ESTADO DO AMAPÁ: ANÁLISE DA MATRIZ DO 
PROGRAMA ESCOLA DE GESTORES DO MEC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macapá 
2016 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado para defesa final, como 
requisito avaliativo do curso de Licenciatura 
em Pedagogia da Universidade do Estado 
do Amapá, orientado pelo Profa. Dra. Ângela 
do Céu Ubaiara Brito 
 
FORMAÇÃO DE DIRETORES DO ESTADO DO AMAPÁ: ANÁLISE DA MATRIZ DO 
PROGRAMA ESCOLA DE GESTORES DO MEC 
 
NAYARA BARBOSA ROCHA MACÊDO 
 
 
 
BANCA AVALIADORA 
___________________________________________________________________ 
PROFA. DRA. ANGELA DO CÉU UBAIARA BRITO 
ORIENTADORA 
___________________________________________________________________ 
PROFA.ESP.HERIKA NOGUEIRA 
AVALIADORA 
___________________________________________________________________ 
PROFA. Ma. DARLENE DO SOCORRO DEL-TETTO MINERVINO 
AVALIADORA 
 
Data da avaliação: ___/___/___ 
Conceito:_________________. 
 
 
 
 
 
Macapá 
2016 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço a Deus minha fonte de energia e superação, o centro de tudo e 
minha base de renovação diária durante dias bons e ruins. Sempre acreditando que 
através da minha fé o senhor meu pai daria dias melhores em minha vida. 
Agradeço aos meus pais Igraci Barbosa da Rocha e Manoel Conde Martins 
por todo incentivo e educação que durante meu crescimento nunca mediram 
esforços, motivando e amando, formando meu caráter, entendendo o momento 
exato de dizer: “sim” e “não”. Enquanto viver serei grata pelos gestos de amor, amo 
vocês incondicionalmente! 
A minha vó Materna Zénobia Barbosa da Rocha (in memoriam), que esperava 
e almejava tanto ver o meu momento de segurar o diploma e concluir uma das 
etapas mais importantes da minha vida, infelizmente não estará de corpo presente, 
mas em meu coração irei carregar e sentir sua presença para toda vida. 
Eternamente te amarei. 
Ao meu companheiro Bruno de Souza Dantas, por durante toda a caminhada 
acadêmica estar ao meu lado. Obrigada meu amor, por transformar minha vida, me 
contagiar com suas brincadeiras, com seu jeito de amar. Agradeço por desde o ano 
de 2011 andar lado a lado comigo superando os momentos ruins e compreendendo 
meu jeito de ser. Te amo. 
A minha irmã Emanuelly Conde Barbosa por ser meu anjo cheio de amor e 
carinho. Ao meu Irmão Madson pelo chamego de irmão, com seus cheiros e abraços 
infinitos. Peço desculpas pelos momentos que estou ausente na vida de vocês. 
A minha orientadora, Profa. Dra. Angela Do Céu Ubaiara Brito, que acreditou 
em mim, mostrando que eu seria capaz e que os acontecimentos que não nos 
favorecem nos fazem fortalecer. Obrigada por seus ensinamentos, por cada 
correção. Quero expressar minha gratidão e admiração pela profissional competente 
e magnífica que és. Essa monografia só foi possível através de sua orientação. 
Obrigada por não me jogar no vento e sem paraquedas (risos). 
 Agradeço também aos meus colegas de curso, minhas amigas de grupo de 
trabalho. A minha tia Marinez Conde Martins por sempre me ajudar, me apoiar, 
dialogar e acreditar nos meus objetivos. Á todos os professores, funcionários e 
acadêmicos que de uma forma ou outra contribuíram para meu crescimento 
profissional e pessoal. Meus sinceros agradecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico à Deus, minha base de fé e 
confiança. A minha Vó Materna Zénobia 
Barbosa (In memoriam) por todo o seu amor 
e cuidado, por cada beijo adocicado, por 
cada abraço, saudades eternas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A menos que modifiquemos a nossa 
maneira de pensar, não seremos capazes de 
resolver os problemas causados pela forma 
como nos acostumamos a ver o mundo”. 
(Albert Einstein) 
RESUMO 
MACÊDO, N.B.R. Formação de diretores do Estado do Amapá: análise da matriz do 
programa escola de gestores do MEC. 
O presente trabalho científico tem como foco de estudo o Programa Nacional Escola 
de Gestores da Educação Básica organizado pelo Ministério da Educação– MEC, 
cujo objetivo geral é a formação continuada de gestores escolares centrado na 
Modalidade de Ensino: Educação à Distância, ofertado no quantitativo de 400 
(quatrocentas) horas em parceria com as Universidades Federais existentes no 
Brasil, ofertada desde do ano de 2007 na versão de curso de especialização em 
Gestão Escolar. Todavia, o mesmo tem a pretensão de analisar e descrever os 
conteúdos abordados no curso acima citado, bem como estes saberes estão 
disponíveis em sua plataforma. Também aborda uma discussão acerca da formação 
dos gestores e como esta vem contribuindo para a promoção de um ensino de 
qualidade na rede pública, além de apresentar de forma objetiva e clara uma 
abordagem teórica sobre a formação de gestores e a descrição dos princípios e 
objetivos do Programa. Para a análise da pesquisa se utilizou a descrição de cada 
unidade publicada pelo MEC que constitui as salas ambientes do curso. Entende-se 
que através da análise conseguiu-se delinear precisamente que o Programa visa 
transformar a educação dos gestores a partir de uma prática dentro da escola 
pública atrelada a gestão democrática, ao planejamento e aos direitos dos 
indivíduos. Os resultados discutem que o Programa utiliza a interação dos gestores 
para o fortalecimento dos conhecimentos abordados. A Matriz de Formação do 
Programa prioriza princípios de uma educação de qualidade, no intuído de capacitar 
os gestores a refletirem sobre o espaço onde atuam e consequentemente 
sensibiliza-los para a transformação enquanto profissionais de educação. 
Palavras-chave: Programa Nacional de Formação Escola de Gestores; Formação 
Continuada; Matriz de Formação; Ensino de Qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
MACÊDO, N.B.R. Formation of the State of Amapá directors: analysis of MEC 
management school program matrix. 
This scientific work is to study focuses on the National Program of School Education 
Managers Basic organized by the Ministry of Education- MEC, whose overall 
objective is the continued training of school managers focused on teaching mode: 
Distance Education, offered in quantitative 400 (four) hours in partnership with the 
Federal Universities existing in Brazil, offered since the year 2007 in the current 
version of specialization in School Management. However, it has the humble claim to 
analyze and describe the contents covered in the course mentioned above, and this 
knowledge is available on your platform. It also addresses a discussion about the 
training of managers and how it has contributed to the promotion of quality education 
in public schools, in addition to presenting an objective and clearly a theoretical 
approach to the training of managers and the description of the principles and 
objectives of the Program. For the analysis of the survey was used the description of 
each unit published by MEC constituting the travel environment rooms. It is 
understood that through the analysis it was possible to delineate precisely what the 
program aims to transform the education of managers from a practice within the 
public school linked to democraticmanagement, planning and the rights of 
individuals. The results argue that the program uses the interaction of managers to 
strengthen knowledge addressed. The Program Training Matrix prioritizes principles 
of quality education, intuited to train managers to think about the space in which they 
operate and thus raises awareness of the transformation as education professionals. 
Keywords: National Program for Training School Managers; Continuing Education; 
Matrix Training; Quality of education. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Gráfico 1- Média de indicação dos diretores..............................................................22 
Quadro 2 – Definição das salas ambientes e objetivos ............................................. 34 
Quadro 3 – Descrição das Unidades da Sala Ambiente Introdução ao Curso e ao 
ambiente Virtual ........................................................................................................ 35 
Quadro 4- Atividades da sala ambiente Introdução ao curso e ao ambiente virtual .. 35 
Quadro 5 – Descrição das Unidades da Sala Ambiente Projeto vivencial ................ 38 
Quadro 6- Atividades das unidades da sala ambiente projeto vivencial .................... 39 
Quadro 7 – Descrição das Unidades da Sala Ambiente Fundamentos do Direito à 
Educação .................................................................................................................. 42 
Quadro 8- Atividades da sala ambiente Fundamentos do Direito à Educação.......... 42 
Quadro 9- As dimensões da reflexão ........................................................................ 43 
Quadro 10– Descrição das Unidades da Sala Ambiente Políticas e Gestão na 
Educação .................................................................................................................. 46 
Quadro 11- Atividades da sala ambiente Políticas e Gestão na Educação ............... 46 
Quadro 12- Descrição das Unidades da Sala Ambiente Planejamento e Práticas da 
Gestão Escolar .......................................................................................................... 49 
Quadro 13- Atividades da sala ambiente Políticas e Gestão na Educação ............... 50 
Quadro 14– Descrição das Unidades da Sala Ambiente Tópicos Especiais 
Conselhos Escolares e Gestão Democrática ............................................................ 52 
Quadro 15- Atividades da sala ambiente Tópicos Especiais Conselhos Escolares e 
Gestão Democrática .................................................................................................. 53 
Quadro 16– Descrição das Unidades da Sala Ambiente Tópicos Especiais - A 
Qualidade da Educação Escolar ............................................................................... 56 
Quadro 17- Atividades da sala ambiente Tópicos Especiais - A Qualidade da 
Educação Escolar ..................................................................................................... 56 
Quadro 18– Descrição das Unidades da Sala Ambiente Tópicos especiais- políticas 
e programas de educação PNE, PDE E PAR ........................................................... 58 
Quadro 19- Atividades da sala ambiente Tópicos Especiais - A Qualidade da 
Educação Escolar ..................................................................................................... 58 
Quadro 20 – Descrição das Unidades da Sala Ambiente tópicos especiais-saúde na 
escola ........................................................................................................................ 61 
Quadro 21- Atividades da sala ambiente tópicos especiais-saúde na escola ........... 61 
Quadro 22– Descrição das Unidades da Sala Ambiente Oficinas Tecnológicas 
Construindo Sítios na Web ........................................................................................ 64 
Quadro 23- Atividades da sala ambiente Oficinas Tecnológicas Construindo Sítios na 
Web ........................................................................................................................... 64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
CF/88 Constituição Federal de 1988 
DEZ Dezembro 
DOU Diário Oficial da União 
EAD Educação à Distância 
FTP File Transfer Protocol 
FUNDEB Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica 
Valorização dos Profissionais 
FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental 
GOV Governo 
HTML Hyper Text Mark-Up Language (Linguagem de marcação de 
hipertextos) 
IDEB Índice De Desenvolvimento Da Educação Básica 
LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
MEC Ministério da Educação 
MOODLE Modular Object Oriented Dynamic Learning Environment 
OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico 
PAR Plano de Ações Articuladas 
PDE Plano de Desenvolvimento da Educação 
PNE Plano Nacional de Educação 
PPP Projeto Político Pedagógico 
SAEB Sistema Avaliação da Educação 
TCC Trabalho de Conclusão de Curso 
TIC Tecnologia da informação e comunicação 
UNESCO Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura 
URL Uniform Resource Locator 
WWW World Wide Web 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 16 
2.1 Formação Continuada ...................................................................................... 16 
2.2 Formação de Gestores Escolares .................................................................... 21 
2.3 Programa Escola de Gestores do MEC ........................................................... 27 
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS ............................................................... 32 
3.1 Instrumentos da pesquisa ................................................................................ 32 
3.2 Documentos analisados ................................................................................... 32 
3.3 Análise dos dados ............................................................................................ 33 
4 MATRIZ DE FORMAÇÃO DOS GESTORES ......................................................... 33 
 4.1 Sala ambiente Introdução ao curso e ao ambiente virtual................................34 
4.2 Sala ambiente Projeto vivencial ....................................................................... 38 
4.3 Sala ambiente Fundamentos do Direito à Educação ....................................... 42 
4.4 Sala ambiente Políticas e Gestão na Educação .............................................. 45 
4.5 Sala ambiente Planejamento e Práticas da Gestão Escolar ............................ 49 
4.6 Sala ambiente Tópicos Especiais Conselhos Escolares e Gestão Democrática
 ............................................................................................................................... 51 
4.7 Sala ambiente Tópicos Especiais - A Qualidade da Educação Escolar ........... 56 
4.8 Sala ambiente Tópicos especiais- políticas e programas de educação PNE, 
PDE E PAR ............................................................................................................ 58 
4.9 Sala ambiente tópicos especiais-saúde na escola ........................................... 60 
4.10 Sala Ambiente Oficinas Tecnológicas Construindo Sítios na Web ................ 63 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 67 
6 REFERÊNCIAS ......................................................................................................70 
 
 
13 
 
1 INTRODUÇÃO 
 O presente trabalho analisa o Programa Nacional Escola de Gestores do 
MEC, o qual capacita gestores escolares na Modalidade de Educação à Distância. O 
curso prioriza a educação continuada do gestor, que discute o ambiente de trabalho 
e a qualidade no processo de ser diretor educacional. A formação continuada 
segundo Freire (2001) possibilita uma melhoria na qualidade da educação o que 
implica em uma formação permanente desses educadores. A formação deve ser 
aprofundada a partir de uma análise da prática do educador. 
 A pesquisa abordará, especificamente, a formação dos gestores das escolas 
públicas, que atualmente traça um novo panorama diante do processo educacional, 
pois com as transformações que a sociedade sofre cada vez mais o gestor 
(educador) está sujeito ao modelo que a gestão educacional lhe cobra, o que 
segundo Luz (2010) o paradigma atual lhe pede uma mudança do modelo estático, 
ou seja, estagnado no tempo, para o modelo dinâmico, descentralizado, autônomo e 
democrático de gestão escolar, justamente o que o programa escola de gestores do 
MEC propõe em sua matriz. 
Assim, os principais questionamentos trilhados foram: Quais as concepções 
das disciplinas do programa escola de gestores do MEC na formação de gestores? 
E se a partir das salas ambientes/disciplinas os conteúdos traçados conseguem 
atender aos objetivos e perspectivas de formação? E se esses conteúdos 
encontram-se atrelados aos princípios da gestão democrática à que o programa se 
propõe? A partir desses questionamentos se teceu a questão norteadora da 
pesquisa: Os conteúdos norteadores da matriz do curso de especialização de 
Gestão Escolar contribuem para a formação do gestor escolar democrático? 
Desta forma, o trabalho investiga o princípio da Gestão Democrática contido 
no programa escola de gestores do MEC, e a formação continuada do gestor para 
melhoria da qualidade educacional. Paro (2004) corrobora contribuindo que a gestão 
democrática é como uma significação de poder e conferência de condições 
concretas para que se tenha os interesses da comunidade atendidos e os objetivos 
educacionais possam ser alcançados. 
A gestão democrática prima essencialmente pela participação. Mas para 
Freire (2004) ainda é pouco convocar a comunidade escolar para participar, pois 
14 
 
para o autor é necessário sustentar a participação dos indivíduos no processo de 
construção de uma gestão para todos. 
Entende-se que o gestor possui grandes responsabilidades no espaço escolar 
e sua formação é essencial para atender os princípios democráticos, envolvendo o 
coletivo, contando com a participação de todos os segmentos. 
Para tanto, o trabalho tem como objetivo geral analisar os conteúdos da 
Matriz de Formação dos Gestores Escolares. E especificamente, busca 
compreender os assuntos abordados em todas as unidades das salas ambientes, 
indicar as contribuições para o processo de formação do gestor escolar da escola 
pública. 
 A temática possui relevância no âmbito acadêmico por ser considerada atual 
e polêmica, porém possui poucas produções como monografias, teses, artigos, que 
possam servir de suporte teórico para futuros profissionais na área da educação. No 
âmbito social se torna relevante a partir da abordagem teórica que o trabalho 
apresenta acerca da gestão democrática e como ela pode contribuir para o 
fortalecimento da educação na perspectiva da qualidade social, quando 
vislumbramos a possibilidade de qualificar todos os sujeitos inseridos no processo 
educacional, como agentes participativos das decisões que serão tomadas visando 
o bem de todos. 
Através da dimensão pessoal e profissional possibilitar uma visão mais ampla 
acerca da profissão do gestor e suas atribuições bem como o campo de atuação, 
pois dentro da academia temos como uma das atribuições do pedagogo “ser gestor”, 
com isso através do embates teóricos proporcionados pela academia despertou-se 
uma curiosidade de delinear como seria o papel do gestor no seu trabalho 
pedagógico, o que através da materialização desse trabalho consegue-se entender 
o verdadeiro papel do gestor e como ocorre sua formação para gerir o espaço onde 
atua, sempre visando seguir as determinações das legislações em vigor. 
Corroborando Paro (2004) afirma que deve-se tomar cuidado para que o 
processo democrático não seja entendido como aquele que é capaz de propiciar 
decisões coletivas numa perspectiva de centralismo democrático, que muitas vezes 
vivenciamos no cotidiano escolar, como uma falsa democracia, na qual um pequeno 
grupo se expressa pela maioria estabelecendo a posição dita na mais adequada, 
desconsiderando a vontade e necessidade dos demais. Para o autor a gestão 
democrática significa que todos podem contribuir, com igualdade de oportunidades. 
15 
 
O procedimento metodológico da pesquisa é de cunho qualitativo, baseado 
em Prestes (2012) que afirma a possibilidade de buscar soluções para o problema 
de pesquisa. Trabalhar com a pesquisa qualitativa significa realizar um movimento 
incansável de apreensão dos objetivos, de análise de material bibliográfico. Como 
procedimento utilizou-se a análise de conteúdo da matriz do curso de Especialização 
em Gestão Escolar que possibilitou sistematizar a pesquisa e colocar objetivos na 
descrição do conteúdo e indicadores de qualidade (BARDIN, 1977). 
Contundo este trabalho visa analisar o conteúdo da matriz de formação dos 
gestores, descrevendo todas as informações contidas nas salas ambientes. A 
estrutura do trabalho está organizada em quatro capítulos. O primeiro capítulo é o 
referencial teórico que discute a formação continuada que trata do processo histórico 
no Brasil, bem como suas delimitações para qualidade da educação. Também 
discute a formação dos gestores, abordando a formação e princípios que são 
inseridos na capacitação desse gestor. Ainda se discute o Programa Escola de 
gestores do MEC, delineando os seus principais objetivos e princípios norteadores. 
O terceiro capítulo aborda a metodologia qualitativa e descreve os 
procedimentos de análise do conteúdo. O quarto capítulo descreve os resultados da 
análise da matriz de formação dos gestores do programa, colocando seus principais 
objetivos e contribuições para o processo formativo desses educadores. E a 
conclusão indica que a formação dos gestores é essencial para se estabelecer uma 
gestão democrática com a participação de todos os sujeitos envolvidos no contexto 
escolar. 
 
16 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
O referido capítulo aborda a formação continuada como eixo de sustentação 
para a qualidade da gestão na escola. Também discute a formação de gestores e o 
Programa Nacional Escola de gestores do MEC, como política de formação para os 
diretores da escola pública. 
2.1 Formação Continuada 
Para iniciar uma reflexão acerca da formação continuada se discute aqui a 
abordagem histórica educacional. Nos primórdios da educação brasileira em sua 
contribuição educacional houve uma forte influência dos padres jesuítas, isso remete 
ao início e descobrimento do Brasil, em que predominava-se a educação com teor 
religioso. 
Com a chegada dos padres Jesuítas em 1549, deu-se início ao percurso 
histórico da educação no Brasil partindo do princípio religioso que durante os 
séculos XVI e XVII tornaram-se os únicos educadores. Segundo Azevedo (1963), 
esse processo transitou quase na sua integridade, em um patrimônio de uma cultura 
homogênea, a mesma língua, religião e concepção de vida, bem como seus ideais 
de homem culto. 
Durante esse tempo permaneceram por cerca de duzentos e dez anos no 
Brasil, o que fomentou no ensino brasileiro ter diretamenteinfluências educacionais 
jesuítas. Quanto ao direcionamento da educação no 1º período da sociedade 
brasileira Ribeiro (1995) retrata que os padres Jesuítas tornaram-se um marco 
referencial na formação da sociedade brasileira e que se constituíram nos principais, 
senão os únicos, mentores intelectuais e espirituais da colônia. 
Nesse período ressalta-se que a educação teve marcas de concepções que 
dialogavam com o período histórico mundial, como exemplo, cita-se a educação 
feminina que era algo restrito para as boas maneiras, prendas domésticas, o ensino 
era medido e dosado. Segundo Ribeiro (1995), tudo gerava em torno de dogmas, 
tornando essa educação memorística, repetitiva, livresca e verbalista reproduzindo 
uma educação totalmente conservadora. Nesse período a elite tinha a incumbência 
de preparar indivíduos para o trabalho intelectual segundo o modelo religioso, pois a 
ideologia era fortalecer a igreja como instituição forte perante a sociedade da época. 
Azevedo (1963) afirma que os professores deste período exerciam sua 
profissão apenas aos trinta anos quando eram considerados aptos para exercer o 
17 
 
magistério. Deste modo, entende-se que os jesuítas dedicavam atenção especial a 
sua formação, tinham um controle rigoroso relacionado aos professores, separavam 
cuidadosamente os livros, especialmente em filosofia e teologia. Azevedo (1963) 
aborda que na primeira metade do século XVIII, o trabalho educacional e de 
catequese da Companhia de Jesus entra em decadência, devido à acusação de ser 
um empecilho à conservação da unidade cristã e da sociedade civil. 
 Bruschini (1981) relata que na década de oitenta as mudanças na área 
educacional, poderam ser perceptíveis, pois com o término do regime militar a 
sociedade em si pode gozar de uma gestão democrática e libertária que antes lhe 
era negada, em contrapartida neste período a prática pedagógica da época se 
resumia em conteúdos, o que provocou certo abandono dos debates acerca da 
prática reflexiva do trabalho docente. 
Além disso, Bruschini (1981) ressalta que os mestres que se dedicavam ao 
ensino das primeiras letras eram reconhecidos e pagos por suas comunidades, de 
uma certa maneira autônoma e dentro de suas casas, utilizando de métodos e 
programas singulares, metodologias que faziam a diferença na sua formação 
(BRUSCHINI, 1981). 
Romanelli (1978) destaca em suas pesquisas a profissionalização no Brasil, 
que ocorreu em decorrência das profundas transformações econômicas e sociais, 
pertinentes à nova fase da produção capitalista monopolista, que seu processo de 
implantação no Brasil ocorreu ao término do século XIX, início do século XX. O que 
culminou em um processo de industrialização brasileira, que teve como princípio a 
substituição da mão de obra escrava pelo trabalho assalariado, além de 
proporcionar o aparecimento da classe operária, nesse sentindo frente a essas 
transformações houve as modificações no cenário educacional e na vida docente do 
professor. 
A atividade educacional nessa época é entendida como irregular, pois não 
existia um cumprimento legal. O professor não tinha uma formação única, na época 
“professores” era o profissional que poderia vim egresso de qualquer outra profissão 
obtinham mais de uma formação (COELHO, 1996, p.50). Já no final da década de 
1980 e início de 1990, surgiu um movimento mundial de reformas educacionais, de 
acordo com Souza (2009) os autores que aderiram a esse movimento tinham uma 
seria crítica ao modelo de racionalidade técnica na formação inicial dos professores. 
18 
 
Essas reformas educacionais no Brasil tiveram a ideia de reformar a 
sociedade começando pela reforma do homem, através da reforma do sistema de 
ensino escolar, foi a manifestação mais evidente de entusiasmo e confiança nos 
poderes da educação e constitui uma bandeira de luta perante a sociedade. "Nessa 
época, as ideias de Dewey foram amplamente aceitas e operacionalizadas em todo 
o país por educadores que tiveram oportunidade de conhecê-las" (BARBOSA, 2002, 
p. 68). 
Desse modo a adesão a epistemologia da prática reflexiva ou corrente do 
professor reflexivo, como perspectiva teórico-metodológica para a formação de 
professores, ganha impulsos positivos dos educadores e apoio pelo pensamento de 
John Dewey, ocupando até mesmo espaços nas pesquisas científicas e 
influenciando as políticas para a formação de professores (DEWEY,1953). 
Entende-se que Dewey (1953) em sua reflexão afirma que a escola e a sala 
de aula obtêm uma zona de conflito que segundo ele não basta apenas a 
racionalidade técnica porque não consegue adentrar nas soluções de problemáticas, 
pensando nisso Dewey (1953) propõe a ação reflexiva dentro da formação inicial e 
continuada de educadores envolvendo muito mais experiências, reconhecendo a 
magnitude das experiências docentes e o processo de compreensão e reflexão da 
sua própria experiência. 
Para Zeichner (1993) a ação reflexiva do professor consiste em um caminho 
cuidadoso daquilo que se acredita ou se pratica à luz dos motivos que justificam e 
das consequências a que conduz. Para o autor a ação envolve sentimentos como 
intuição, emoção e paixão, não sendo algo pronto e acabado e ensinado. 
Dentro desta discussão ao qual Zeichner (1993) adentra, é importante 
ressaltar que os meios em que se envolvem as práticas educativas do professor 
ainda é algo mecanizado, precisando de modificações por parte dos educadores 
buscando uma renovação, o que a partir da vivencia de ambientes escolares pode-
se perceber que ainda é algo difícil de modificar, sendo algo engessado por suas 
ações trazidas de uma espécie de tradicionalismo, isso remete a ações 
mecanizadas. Porém quando se analisa dentro da experiência de um professor 
reflexivo tal concepção não é levado em consideração, pois o educador deve estar 
preparado para ouvir e refletir sua própria prática. 
Também Schön (2000) afirma que os professores exercem cotidianamente 
com seus colegas a ação-reflexão na medida em que argumentarem sobre suas 
19 
 
ações, trazendo em si aspectos positivos e negativos, podendo colaborar para 
ressignificação da sua prática ou não. A reflexão surge associada ao modo como se 
lida com os problemas da prática, abrindo caminhos para hipóteses e soluções. 
Schön (2000) contribui ressaltando que a prática do professor para não se tornar 
isolada deve ser focar em uma harmonização da teoria e prática dentro dessa 
reflexão-ação. 
Em análise a essa reflexão-ação Pimenta (2002) acredita que a realização do 
trabalho de análise crítica da informação relacionada à constituição da sociedade e 
seus valores, é trabalho para o professor, ou seja, para um profissional preparado 
científico, técnica, tecnológica, pedagógica, cultural e humanamente. Pimenta (2002) 
faz uma reflexão em que esse profissional é aquele que reflete sobre o seu fazer, 
sempre buscando pesquisar o que refere ao seu contexto. 
Sabe-se que para o educador adequar-se a mudanças que a sociedade e o 
meio educacional lhe são exigidas algumas atitudes como a reflexão da sua prática 
e também que o docente priorize uma pratica aliada a pesquisa. Para Demo (1997) 
a pesquisa para esse professor é como uma condição fatal para a base de sua 
prática, sendo de fato primordial, ou seja, um professor que constrói o saber e liga a 
pesquisa como primordial dentro de seu ambiente. 
Desta maneira Demo (1997) explica que se a pesquisa se torna algo comum 
em sala de aula, pois para tentar evitar alguns pensamentos em que a pesquisa 
somente é para cientificidade, quando na verdade deve estar em uso cotidiano na 
sala de aula, mas que por sua vez, são carregados de elementos que se somam a 
formaçãocontinuada do professor que almeja aprimorar sua prática. 
Para Nóvoa (1992) é possível delimitar que a formação continuada de 
professores pode ser abordada por três eixos estratégicos, a pessoa que liga aos 
processos humanizatórios, sem desconsiderar seu ciclo de vida, no eixo profissional 
considera-se os saberes docentes do professor, já no eixo “instituição” é a escola 
em que é vista como lócus de formação continuada do educador. É o lugar onde se 
evidenciam os saberes e a experiência dos professores. É nesse envolvimento que 
os saberes poderão ser fortalecidos e praticados. 
Nóvoa (1992) explica que o processo educacional perpassa a simples 
compreensão que formação é acumulação de cursos e técnicas, conseguinte por 
meio uma reflexão-crítica sobre as práticas e de uma reconstrução permanente de 
uma identidade pessoal. Compreende-se que a formação continuada, portanto 
20 
 
almeja além da profissionalização, uma construção humana e social dos 
educadores. 
Garcia (1999) explana que a formação de professores é a área de 
conhecimentos, envolvendo uma investigação e propostas teóricas e práticas que, 
no âmbito da Didática e da Organização Escolar, contribui para o desenvolvimento 
dos processos de formação e implicam individualmente ou em equipe, em 
experiências de aprendizagem através das quais adquirem ou melhoram os seus 
conhecimentos, competências e disposições. 
Entende-se essa formação como uma evolução para uma intervenção 
profissional no desenvolvimento do ensino, no currículo e escola, com o objetivo de 
melhorar a qualidade da educação dos sujeitos envolvidos. Evidencia-se também 
que o educador deve profissionalmente está consciente da realidade vivenciada 
dentro e fora do âmbito escolar, para então conseguir buscar a renovação de seus 
saberes e adequação de sua prática. 
Essa prática vivenciada pelo professor vem acompanhada de dois termos que 
segundo Libâneo (2004) se resume em formação continuada seguida por uma 
formação inicial. Essa formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos 
teóricos e práticos destinados à formação profissional, completados por estágios na 
academia. Conseguinte a formação continuada é o prolongamento da formação 
inicial, visando o aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio contexto 
de trabalho e o desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além do 
exercício profissional. 
Entende-se assim que seria uma extensão, continuação dos saberes 
aprendidos na academia e que podem ser adquiridos verdadeiramente nos estágios, 
remetendo ao fato que seria então uma continuação, um aperfeiçoamento dessa 
formação inicial. 
Vale ressaltar que durante essa formação a uma troca de informações que 
impõe a necessidade de analisá-la criticamente e transformá-la em conhecimento, 
pois sabe-se que é necessário o ciclo de informações dos professores sempre 
estarem ativos e atualizados para então conseguirem analisar e compreenderem 
contextualizar relacionando as informações com a sociedade em questão, sempre 
pesquisando e refletindo, e corroborando para transformação em conhecimento. 
Compreende-se que os professores possam sempre renovar seus 
conhecimentos em busca de conseguirem adequar-se à diversas exigências que são 
21 
 
cobradas pelo sistema educacional, pois com a sua realidade faz surgir algumas 
necessidades que cobram uma mudança de pensamento do profissional professor 
para concretizar ações pautadas no contexto social e político. 
Imbernón (2006) acerca dessas novas demandas cita que os professores 
devem estar preparados para entender as transformações que vão surgindo nos 
diferentes campos e para ser receptivos e abertos a concepções pluralistas, capazes 
de adequar suas atuações às necessidades dos alunos e em cada época e contexto. 
Entende-se que no meio educacional os professores são formadores de 
pessoas, de opinião e fomenta sua prática na mediação dos conhecimentos, 
contribuindo desta maneira com os cidadãos que participam do processo. 
Destaca-se ainda que a formação continuada de professores tem sido objeto 
de muitos estudos e exige análises históricas e teóricas sobre seu panorama, pois 
no que tange as constantes transformações sociais faz existir exigências aos 
professores, de modificação, transformação, para suas ações docentes no qual 
possam atender às novas demandas educacionais consequentemente os sujeitos 
envolvidos a sua prática docente. 
2.2 Formação de Gestores Escolares 
A formação profissional qualificada de gestores escolares é defendida por 
Nogueira e Bernardes (2011), na qual afirmam que essa profissionalização iniciou-se 
nas últimas décadas, no Brasil, nos cursos de graduação em pedagogia, situada 
como habilitação específica precoce. Os autores afirmam que surgiu para atender 
um conjunto de exigências que agregam a essa formação pedagógica em geral à 
experiência docente no “chão da escola” (NOGUEIRA e BERNADES, 2011, p.2). 
 Esta condição preestabelecida da formação superior com conteúdo 
pedagógico, aliada aos anos de trabalho de professor em sala de aula, asseguram 
um domínio dos elementos essenciais de saberes e conhecimento prático do 
desenvolvimento do currículo com a vivência da problemática do processo de 
ensino-aprendizagem. 
Tais elementos culminaram na necessidade de um curso de pós-graduação 
lato senso em Gestão Escolar. Este elemento formal definitivo da habilitação legal, 
que segundo Nogueira e Bernardes (2011) agregaria à prática docente com 
embasamento didático os componentes de conhecimento administrativo, 
22 
 
organizacional, legal, financeiro, de relações interpessoais e outros, definidos como 
necessários à formação dos diretores. 
A formação continuada envolve todos os indivíduos que profissionalmente 
buscam a modificação de sua própria práxis, para tanto a formação de gestores 
escolares envolve diretamente uma formação voltada para gestão pública que 
segue-se como um instrumento do estado. Segundo Luz (2006) o estado é 
responsável pela organização e realização de ações que buscam assegurar direitos 
e atender a necessidades de indivíduos e coletividades, através de obras e serviços 
de interesse social, além do exercício das funções políticas como em alguns casos 
os diretores de escolas públicas são indicados por quem está no poder 
governamental. 
A média de indicação por estado foi estabelecida através de uma pesquisa do 
Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) em 2011 que tinha por objetivo 
explicar como ocorre a indicação política desses cargos e mostrar as porcentagens 
de todos os estados brasileiros. O gráfico 1 mostra as maiores porcentagens 
atingidas nos Estados do Amapá, Sergipe e Santa Catarina 
Gráfico 1- Média de indicação dos diretores 
 
Fonte: pesquisa SAEB (2011) 
A escolha de diretores através de indicação vincula o trabalho do diretor com 
quem o indicou, quase sempre um político ou técnico das Secretarias de Educação. 
O compromisso, portanto, é com quem o colocou naquele cargo e não com a 
comunidade escolar. Nesse caso “o papel do diretor, ao prescindir do respaldo da 
comunidade escolar caracteriza-se como instrumentalizador de práticas autoritárias, 
45,70% 
53,70% 
62,80% 
Maior média de indicação dos 
diretores-Brasil 
AMAPÁ
SERGIPE
SANTA CATARINA
23 
 
evidenciando forte ingerência do Estado na gestão escolar” (DOURADO, 2007, p. 
83). 
Portanto, essa indicação que ocorre na realidade gera bastantes discussões 
no meio educacional, será que o indivíduo indicado a organizar, para gerir o espaço 
escolar está realmente preparado para lidar nesses ambientes? Um dos 
questionamentos mais significativos estaria no fato de que essa formaçãoesteja 
voltada para autonomia e desburocratização do sistema educacional, o que segundo 
Luz (2006) seria uma forma de inserir na formação desses gestores uma maneira de 
melhor prepará-los para tomada de decisões, uma forma de trabalhar a questão da 
coletividade. 
Segundo Libâneo (2004) o que ocorre é que muitos dirigentes escolares 
acabam sendo alvos de muitas críticas por praticar excessivamente posturas 
burocráticas, conservadoras, autoritárias, centralizadoras. Embora continuem 
existindo profissionais com esse perfil, hoje estão disseminadas práticas de gestão 
participativa, liderança participativa, atitudes flexíveis e compromisso com as 
necessárias mudanças na educação. 
Porém muitos gestores estão buscando cada vez mais inserir em sua 
formação ações transformadoras e democráticas, pois como citado a disseminação 
dessas práticas cada vez mais podem ser percebidas na sociedade. Segundo Luz 
(2006) na gestão é designada a ação de liderar, coordenar, administrar, organizar, 
dirigir, ter o controle do funcionamento, dos meios e dos fins de uma atividade ou 
empreendimento continua presente em diversas pautas de discussões, em diversos 
âmbitos, públicos e privados, dentre os quais o educacional. 
Dentro desta prática os gestores são vistos como os principais responsáveis 
pela escola, por isso devem deixar de lado a roupagem do tradicionalismo e 
burocratização que muitos gestores ainda se revestem, e demonstram esses 
aspectos. 
Para tanto a profissionalização da gestão educacional, é alvo de discussões 
como em reuniões da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e 
Cultura (UNESCO), pois deixaram evidente que não seria mais possível continuar a 
improvisar o setor de reconhecida importância para o futuro dos países que seria a 
gestão das escolas. Nesse embate surge em seu documento citando que "a 
profissionalização da gestão, que antes só tinha assento nos bancos acadêmicos, 
24 
 
ganhou status de instrumento estratégico para o êxito da política educacional" 
(UNESCO, 2000, p. 4). 
Ainda sobre este documento a UNESCO (2000) destaca alguns pontos 
importantes como a inadequação de processos de formação de funcionários 
públicos às novas exigências de transformação na área educacional, apesar dos 
esforços de qualificação empreendidos e também a persistência de práticas de 
gestão ritualistas, moldadas a partir de paradigmas burocráticos de gestão, bem 
como a permanência de traços clientelistas nos mecanismos de acesso aos postos 
da administração pública, incorporação de tecnologias organizacionais e 
administrativas sem percepção, falta de consciência dos escalões superiores quanto 
à necessidade de formação, com atribuição dessa necessidade aos escalões 
inferiores. 
O debate inicial sobre essa formação estaria pautado o quão o papel do 
gestor é decisivo e influência de forma direta na escola, como explica Dourado 
(2007) que isso basta para atestar que, embora receba influências externas, o 
processo educativo é perpassado pelo contexto sociocultural, e pelas condições em 
que se efetiva a relação de ensino-aprendizagem, pelos aspectos organizacionais e, 
consequentemente, pela dinâmica com que se constrói o projeto político pedagógico 
e se materializam os processos de organização e gestão da educação básica. No 
caso do Brasil a situação é ainda mais complicada, pois até a última década do 
século XX o país não havia sequer alcançado a universalização do ensino 
fundamental, embora a legislação a contemplasse desde antes de 1988. 
Dourado (2007) conclui que a universalização do ensino vem acontecer nos 
anos de 1990 que intensamente ocorreu uma certa mobilização em maior escala da 
sociedade brasileira, ou seja, o poder público se mobilizou com um aparato técnico e 
financeiro, envolveu todas as esferas de administração como estado e municípios, 
tendo a finalidade de promover tal universalização. 
Para tanto a formação deve está pautado em alguns princípios como a 
autonomia que deve ser entendida como qualidade educativa e não profissional. 
Segundo Santos (2003) a autonomia é como uma qualidade deliberativa da relação 
educativa, que vai se construindo com a dialética e admite, transformá-las nos eixos 
reais do transcurso e da relação do ensino, o que se instaura em contextos de 
relação, com base na colaboração e no entendimento com outras pessoas. 
25 
 
Outro interessante aspecto de formação estaria na gestão participativa, pois 
dentro dos espaços escolares os gestores irão encontrar uma gama de problemas 
relacionados à tomada de decisões e quando se utiliza uma gestão na qual prime 
pela participação os indivíduos envolvidos conseguem melhor vivenciar o âmbito 
escolar. Segundo Gandin (2004) existem desdobramentos acerca do planejamento 
participativo, pois explica que nascem a partir da análise situacional que vê uma 
sociedade organizada de forma injusta, injustiça essa que o autor caracteriza pela 
falta de participação. Também explica que a participação não é simplesmente 
aquela presença, aquele compromisso de fazer alguma coisa, aquela colaboração, 
participação é aquela possibilidade de todos usufruírem dos bens, os naturais e os 
produzidos pela ação humana, que inclui distribuição do poder. 
Em relação a essa gestão participativa Enguita (2002) realiza uma ligação 
entre qualidade da educação e o ensino participativo, pois segundo o autor existe 
um movimento que ocorre em favor de um ensino mais ativo, mais participativo, mais 
centrado nos interesses dos alunos. Essa formação, no caso, atuaria como a 
garantia do desenvolvimento de uma gestão escolar com enfoques gerenciais. 
Além da gestão ser voltada para a participação, autonomia, a 
desburocratização, há um fator de valiosa importância que é defendida por Ferreira 
(2003) em que o compromisso surgiria como fator sendo uma obrigação de caráter 
social, no qual o autor cita que os compromissos precisam ser encarados como 
obrigações a partir do momento que forem com muita lucidez assumidos. O que 
seria uma contribuição dos indivíduos tanto como social e profissional da educação 
que acredita participa e espera construir um mundo bem melhor, um mundo mais 
justo, humano e igualitário. 
A formação do profissional deve está voltada para emancipação do ser, pois 
como Marx conceitua (1974, p.5) “toda a emancipação é a recondução do mundo 
humano, das relações ao próprio homem”. A emancipação humana que é o 
fundamento da qualidade social, ou seja, que forma uma base fortificada em 
solidariedade e participação democrática que vai fazer construir uma sociedade mais 
justa e igualitária, formando em princípios humanizatórios. 
Portanto acredita-se que a formação continuada de gestores deve seguir uma 
perspectiva sistematizada e permanente, que vise responder as demandas da 
prática cotidiana da escola. E que prime também por adequar-se as novas 
transformações da sociedade que consequentemente afetam o ambiente escolar. As 
26 
 
escolas tornarão um âmbito de práticas desses gestores e para alcançar a melhoria 
da escola, o gestor deve proporcionar a libertação dos seus pensamentos aos quais 
o prendem sendo assim a formação continuada se insere nesse processo como 
sendo de fundamental importância para qualificar as ações gestionários. 
Quanto a essas ações gestionários que visam melhorar o ambiente escolar 
fazendo a trilha pra novos rumos, significa dizer que os gestores revisem a sua 
postura e procurem reavaliar o desempenho da sua função abandonando o 
autoritarismo burocrático em prol da representação democrática. Segundo Gadotti 
(2000) a gestão democrática é, portanto, atitude e método. A atitude democrática é 
necessária, mas não é suficiente.Precisamos de métodos democráticos de efetivo 
exercício da democracia. Ela também é um aprendizado, demanda tempo, atenção e 
trabalho. 
Gadotti (2000) também avalia o gestor educacional para uma função de 
dirigir, em uma escola democrática agindo assim como um verdadeiro educador 
favorecendo o exercício da democracia pelos membros da comunidade escolar. 
Entende-se, portanto, que o papel de gerir o espaço escola perpassa a mera 
administração, envolve um olhar minucioso de que esta função é verdadeiramente 
ligada a vários aspectos que consistem em fazer a escola chegar ao êxito de suas 
atividades. 
Para isso muitos desafios podem ser encontrados pelo gestor escolar, um 
deles estaria em compreender a escola como organização complexa, mas que com 
compromisso e dedicação pode adequar suas ações, outro ponto e gerir 
adequadamente as interações entre os sujeitos da escola, de uma forma 
democrática, criando um clima de cooperação, fazer autocrítica e conduzir a 
comunidade escolar a fazer autocrítica, lidar com os conflitos por meio do diálogo. 
 Para Gadotti (2000) a formação de gestores é considerada relevante para o 
desenvolvimento do processo e o alcance dos resultados educacionais almejados, 
contundo sabe-se que a formação gerencial não é suficiente para garantir o acesso, 
a compreensão e prática de todos os conhecimentos pelo cidadão, para gerir uma 
unidade escolar, seguindo os princípios democráticos. 
No entanto é preciso desenvolver um conjunto de ações tanto governamental, 
quanto institucional para possibilitar essa garantia. Significa dizer que além da 
formação, o apoio governamental é fundamental para que seja dada ênfase nas 
ações dos gestores e que isso ocorra simultaneamente, outro fator importante 
27 
 
estaria nas ações dentro da instituição, na qual cita-se a questão pedagógica e 
documental e todas as práticas e sujeitos envolvidos devem compreender o papel do 
gestor educacional. 
2.3 Programa Escola de Gestores do MEC 
Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica, objeto de 
estudo desse trabalho, iniciou seu planejamento e criação através do governo de 
Luís Inácio Lula da Silva, que propõe algumas modificações na formação continuada 
de dirigentes escolares. A Escola de Gestores da Educação Básica, conduzido pelo 
MEC, iniciado em 2005, na gestão do ministro Tarso Genro e reorganizado em 2006, 
já na gestão do ministro Fernando Haddad (BRASIL, 2009). 
A base deste programa tem como intuito inicial ofertar um curso com carga 
horária de 100h, sendo um curso piloto de extensão em gestão, organizado pelo 
INEP. Em 2006 o Programa passou a ser coordenado pela Secretaria de Educação 
Básica (SEB/ MEC), e deu início ao Curso de Pós Graduação (Lato Sensu) em 
Especialização em Gestão Escolar, com carga horária de 400 horas, realizado na 
modalidade de Educação a Distância (EAD). O curso é voltado para a formação 
continuada de dirigentes da educação básica com foco no diretor e vice-diretor. O 
projeto piloto do curso beneficiou 4.000 gestores, sob a responsabilidade de 10 
Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES) (BRASIL, 2009). 
De acordo com a fundamentação legal proposta nas Diretrizes Nacionais do 
Programa Escola de Gestores da Educação Básica Pública-2009, a Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional (Lei nº9.394/96) estabelece o propósito de formação 
continuada de professores e professoras. O artigo 63, inciso III, dispõe às 
instituições formadoras de educação manter programas de educação continuada 
para os profissionais da educação dos diversos níveis. No título VII sobre as 
disposições gerais o artigo 80 declara que o Poder Público incentivará o 
desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os 
níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. 
O artigo 87, inciso III, das Disposições Transitórias, prevê que os municípios, 
e supletivamente o Estado e a União, deverão realizar programas de capacitação 
para todos os professores em exercício, utilizando também, para isto, os recursos da 
educação a distância. 
28 
 
O decreto Decreto nº 5.622/2005 (DOU de 20.12.2005) que regulamenta o 
Art. 80 da LDB (DOU de 23.12.1996) refere-se em seu Art. 1º estabelece que 
caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a 
mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com 
a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e 
professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. 
As Diretrizes Nacionais do Programa Escola de Gestores da Educação 
Básico-MEC em especialização em Gestão Escolar enfrenta os desafios cotidianos 
em escolas públicas da educação Básica Pública/2009 explica que é necessária 
dinamização e efetivação de programas, projetos e ações direcionados à formação 
continuada de gestores escolares, se fazem presentes em função dos indicadores 
educacionais no País e, ainda, em função das novas formas de provimento ao cargo 
de gestor escolar em vigência nos estados e municípios. 
O censo escolar/2007 indicava que no Brasil, a realidade da gestão escolar 
ocorria de forma bastante diversa sobre à formação dos dirigentes. O censo indicava 
que os diretores escolares, em média 29,32%, possuíam apenas formação em nível 
médio, sobretudo nos estados das regiões norte, nordeste e centro-oeste. O 
percentual desses dirigentes com formação em nível superior 69,79%, enquanto 
apenas 22,96% continham curso de pós-graduação lato sensu/especialização. 
Então, a necessidade de implementar o curso por meio do Programa Escola de 
Gestores, para melhorar ainda mais a formação desses dirigentes (BRASIL, 2009). 
O Ministério da Educação (MEC) vem desenvolvendo programas, projetos e 
ações de apoio à gestão da educação básica com o propósito de fortalecer a escola 
pública brasileira. O Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica 
Pública faz parte das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e 
busca qualificar os gestores das escolas da educação básica pública, a partir do 
oferecimento de cursos de formação a distância. A formação dos gestores é feita por 
uma rede de universidades públicas, parceiras do MEC, dentre estas a Fundação 
Universidade Federal de Rondônia 16 (UNIR), que assumiu esse compromisso em 
2008 (BRASIL, 2009) 
O Programa visa formar, em nível de especialização (Lato Sensu), gestores 
educacionais efetivos das escolas públicas da Educação Básica, incluídos aqueles 
de Educação de Jovens e Adultos, de Educação Especial e de Educação 
Profissional, bem como contribuir com a qualificação do gestor escolar na 
29 
 
perspectiva da gestão democrática e da efetivação do direito à educação escolar 
com qualidade social. O MEC espera com esse investimento melhorar os índices 
educacionais das escolas e municípios atendidos (BRASIL, 2009). 
O Programa Escola de Gestores do MEC, indica meta do curso, princípios 
norteadores, objetivos, quais são os sujeitos envolvidos, a carga horária, as 
especificações e características para esses dirigentes poderem participarem. Como 
meta foi instituída apenas uma que era atingir, até 2011, cerca de 24.200 (vinte e 
quatro mil e duzentos) gestores da Educação Básica que atuam nas redes públicas 
(BRASIL, 2007). 
Como princípios norteadores do Programa Escola de Gestores do MEC, o 
referido projeto explica que tem como ponto de partida a gestão democrática das 
unidades escolares, para assim então constitui-se uma dimensão mais significativa 
dessa gestão com o intuito de colaborar ao direito à educação (Brasil 2007). Este é o 
princípio norteador das atividades formativas que se pretende desenvolver.A gestão democrática da escola e dos sistemas é um dos princípios 
constitucionais do ensino público, segundo o art. 206 da Constituição Federal de 
1988. O pleno desenvolvimento da pessoa, marca da educação como dever de 
Estado e direito do cidadão, conforme o art. 205 da mesma Constituição, ficaria 
incompleto se tal princípio não se efetivar em práticas concretas no chão da escola 
(BRASIL, 2007). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 9.394\96), 
confirmando esse princípio no seu art. 3º e reconhecendo o princípio federativo, 
repassou aos sistemas de ensino a definição das normas da gestão democrática do 
ensino, de acordo com o art. 3º - inciso VIII. 
Neste projeto o Plano Nacional de Educação/PNE, aprovado pela Lei nº 
10.172, de 09.01.2001, em que destaca-se e estabelece entre as suas diretrizes a 
gestão democrática como princípio da educação nacional, presença obrigatória em 
instituições escolares dentre suas diretrizes, a gestão democrática e participativa, 
especialmente no nível das escolas públicas, estabelecendo, em todos os estados, 
com a colaboração dos municípios e das universidades, programas de curta duração 
de formação de diretores de escolas, exigindo-se, em cinco anos, para o exercício 
da função, pelo menos essa formação mínima” (BRASIL, 2007, p.7). 
Com isso o curso de Especialização em Gestão Escolar, na perspectiva da 
gestão democrática da educação, vem fazer alusão ao direito à educação escolar 
básica com qualidade social. Assim, os componentes curriculares e a abordagem 
30 
 
teórico-metodológica deverão considerar os fatores externos e internos associados à 
produção e gestão da escola. 
Outro princípio norteador está na inserção da participação na postura 
formativa dos dirigentes, em função disso, há que se levar em consideração a 
necessidade da mudança que pode ocorrer com os cursos de especialização, pois 
busca uma reflexão de conceitos e práticas na vivencia democrática. Essa formação 
continuada proposta no Curso de Especialização Lato Sensu em Gestão Escolar 
visa contribuir para o desenvolvimento profissional do professor gestor e a melhoria 
na qualidade dos processos de organização e gestão da escola. 
Paro (2008) aborda que um dos princípios básicos defendidos no Programa é 
o de que a gestão escolar traga consigo o aspecto pedagógico e, sendo assim, o 
gestor/gestora ou diretor/diretora é antes de tudo um/uma educador/a e a gestão 
pedagógica um espaço legítimo de aprendizagem democrática. Por isso a gestão 
escolar precisa ser entendida no âmbito da sociedade política comprometida com a 
própria transformação social. 
Dessa forma, o caráter mediador da gestão escolar dar-se de forma a que 
todas as atividades-meio e a própria atividade-fim estejam impregnadas dos fins da 
educação, pois no caráter educativo da gestão democrática encontraremos 
possibilidades de mudanças. 
Já com as contribuições de Souza (2010) compreende-se que as diretrizes 
propostas pelo programa Escola de Gestores/MEC, possui como base uma gestão 
democrática como foco a ser alcançado, da compreensão de que a ampliação da 
democracia no ambiente escolar é o principal objetivo a ser perseguido. Essa 
democratização envolve também, evidentemente, a adoção de procedimentos 
organizacionais regionalmente distintos, em observância à diversidade nacional. 
Acerca dos objetivos do programa, pode-se concluir que busca a formação 
em nível de especialização para gestores educacionais das escolas públicas da 
educação básica, contribuindo dessa formar na perspectiva de uma gestão 
democrática e da efetivação do direito à educação escola básica com princípios de 
participação e qualidade social para os indivíduos envolvidos no processo. 
 Incentivando os dirigentes a refletirem sobre a gestão democrática e 
desenvolver práticas colegiadas de gestão no ambiente escolar. O favorecimento a 
formação cidadã do estudante faz uso de ferramentas tecnológicas e também 
proporcionando aos gestores o exercício de práticas inovadoras nos processos de 
31 
 
planejamento analisando e resolvendo problemas e na avaliação, assim como 
elaborando e desenvolvendo projetos da gestão escolar (BRASIL, 2011). 
O público alvo do curso tem requisitos mínimos e o processo seletivo é 
inserido nesse projeto do Programa Escola de Gestores do MEC. A proposta que é 
envolver diretores e vices diretores deve se respeitar os requisitos de ter concluído 
curso de graduação plena, ser gestor efetivo, em exercício, de escola pública 
municipal e/ou estadual de educação básica, incluído aqueles de Educação de 
Jovens e Adultos, de Educação Especial e de Educação Profissional (BRASIL, 
2009). 
Outros requisitos para participação é o educador ter disponibilidade para 
dedicar-se ao curso, bem como estar disposto a compartilhar o curso com o coletivo 
da escola e também proporcionar a construção, com a comunidade escolar e local, o 
Projeto Político Pedagógico no estabelecimento de ensino onde atua. Ainda sobre 
os requisitos para participação nos processos de formação a distância do programa 
considera que (BRASIL, 2009) 
[...] as diretrizes do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), 
diretores e vice-diretores de escolas públicas que atuam em:a) escolas 
municipais e estaduais com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação 
(IDEB);b) escolas municipais e estaduais dos municípios com baixo IDEB; c) 
escolas municipais e estaduais de capitais com mais de 200.000 
habitantes.Tendo por base esses requisitos mínimos, cada universidade 
realizará processo seletivo para o ingresso no curso de especialização. É 
recomendável que o processo seletivo inclua duas etapas: uma pré-
inscrição feita pelos sistemas de ensino e, em seguida, uma seleção técnica 
feita pelas universidades responsáveis pelo curso” (BRASIL, 2009, p.9) 
O programa é pautado nas diretrizes do Plano de Desenvolvimento da 
Educação com intuito de proporcionar à esses gestores uma melhor formação 
voltada principalmente para uma gestão democrática e participativa, para tanto 
entende-se que o programa, permite inferir que o mesmo abre inúmeras 
possibilidades para a construção da gestão democrática da escola, a seguir será 
analisado conteúdo da matriz organizacional do curso, no programa escolares de 
gestores da educação básica-MEC. 
 
 
 
 
32 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 
A metodologia utilizada neste trabalho é de abordagem qualitativa. É baseado 
em Patton (1980) no qual afirma que uma das principais características é a 
compreensão ou interpretação segundo a subjetividade do pesquisador. 
Nas contribuições de Barros e Lehfeld (2003) entende-se que uma pesquisa 
com teor qualitativo deve explorar, minuciosamente os procedimentos de análise, 
buscando descobrir e explicar. Assim, a pesquisa compreendeu os fatos que estão 
inseridos no Programa Escola de Gestores do MEC, na análise da matriz 
(conteúdos). 
Com a abordagem qualitativa pode-se chegar a construir uma ótica de 
pesquisador, em consideração seus vieses, seus valores e suas origens pessoais, 
tais como gênero, história, cultura e status socioeconômico que podem moldar suas 
interpretações durante o estudo (CRESWELL 2010). 
Ainda sobre essa abordagem qualitativa usou-se as discussões de Marconi e 
Lakatos (2010) que possibilitou interpretar os aspectos profundos da matriz do curso 
nos detalhes sobre os conteúdos e atividades. Também, compreende-se que a partir 
da análise de documentos conseguira-se abordar os aspectos importante a serem 
interpretados nessa pesquisa. Com a conceituação de Oliveira (2007) entende-se 
por documentos os registros escritos que proporcionam informações em prol da 
compreensão dos fatos e relações, ou seja, possibilitamconhecer o período histórico 
e social das ações e reconstruir os fatos e seus antecedentes, pois se constituem 
em manifestações registradas de aspectos da vida social de determinado grupo. 
3.1 Instrumentos da pesquisa 
A pesquisa não teve um lócus e nem sujeitos, pois foi baseada em 
documentos para serem analisados. Na perspectiva de uma análise do conteúdo 
que segundo Olabuenaga e Ispizúa (1989) serve como uma técnica para ler e 
interpretar o conteúdo de todos os tipos de documentos que a partir de sua análise 
chega-se aos inúmeros conceitos e significados que abrem caminhos para 
ressignificação de conceitos e compreensões de fenômenos da vida social sendo 
necessário uma certa visão de mundo. 
3.2 Documentos analisados 
33 
 
A pesquisa analisou os documentos referentes ao Programa Escola de 
Gestores do MEC, as diretrizes, projeto que institui os principais objetivos e 
princípios norteadores, a matriz organizacional do curso de especialização de 
gestores. Teve acesso as planilhas das turmas com o quantitativo de diretores 
formados em 3 turmas de ofertas, porém não são objetos de análise nesse trabalho, 
serviram apenas para entender que o Programa formou diretores de vários 
Municípios do Estado do Amapá. Com todos esses documentos pode-se se delimitar 
a pesquisa qualitativa com análise dos dados. 
3.3 Análise dos dados 
 A análise de dados é fundamental para que se possibilitem o surgimento de 
respostas e interpretações o que segundo Gil (1999): 
A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que 
possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para 
investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido 
mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros 
conhecimentos anteriormente obtidos (Gil, 1999, p. 168). 
Contundo neste trabalho busca-se uma interpretação dos conteúdos 
abordados pelo programa escola de gestores do MEC, abordar uma descrição de 
todas as disciplinas, atividades propostas pelo curso e aspectos formativos desse 
curso. Na análise usa-se os autores que discutem sobre a gestão democrática e seu 
processo no ambiente escolar. 
4 MATRIZ DE FORMAÇÃO DOS GESTORES 
 O capítulo refere-se a análise do que compreende a matriz organizacional do 
curso de formação de gestores, que pode ser encontrada no site 
(http://escoladegestores.mec.gov.br/). Para tanto busca-se entender o teor dos 
conteúdos trabalhados nas 10 disciplinas do curso. 
 O índice geral consta uma breve apresentação do curso de especialização em 
gestão escolar, em que cita o objetivo, no qual é contribuir para o aperfeiçoamento 
do trabalho pedagógico e administrativo dos gestores que atuam nas escolas 
públicas em uma perspectiva democrática. As metas, princípios norteadores do 
curso é melhorar a qualidade da rede pública de ensino. Para que essa política 
pública seja efetivada conta-se com apoio das universidades federais, com a 
participação de um grande contingente de gestores e gestoras. 
34 
 
O curso é ofertado na modalidade de Educação a distância e nas instruções 
para os usuários do programa explica-se como funciona a ferramenta digital. As 
disciplinas são nomeadas na linguagem da Educação a distâncias, como ambiente 
de aprendizagem, tais como segue abaixo (Quadro 2): 
Quadro 2 – Definição das salas ambientes e objetivos 
 SALAS AMBIENTES (DISCIPLINAS) 
CARGA HORÁRIA 
PRINCIPAL OBJETIVO 
1. Introdução ao curso e ao ambiente virtual 
(40 HORAS/a) 
Facilitara ambientação dos cursistas nos recursos 
tecnológicos do ambiente MOODLE 
2.  Projeto Vivencial (120 HORAS/a) 
 
Se articular com as outras salas ambientes que 
compõem o curso para propiciar uma reflexão 
teórica para formulação do TCC. 
3. Fundamentos do Direito à Educação 
(60 HORAS/a) 
Materializar um dos três eixos em que se baseia o 
Curso de Especialização em Gestão Escolar: o 
direito à educação e a função social da escola 
básica. Causar reflexão sobre esse direito à 
educação. 
4. Políticas e Gestão na Educação 
(60 HORAS/a) 
 A reflexão teórica e prática sobre as políticas e 
gestão na educação norteadas por valores 
democráticos. 
5.  Planejamento e Práticas da Gestão 
Escolar 
(60 HORAS/a) 
Discutir sobre Planejamento e à avaliação em 
educação, tanto no campo dos sistemas de ensino 
quanto no âmbito das unidades escolares. 
6.  Tópicos Especiais - Conselhos 
Escolares e Gestão Democrática 
 (30 HORAS/a) 
Incentivar o debate sobre o princípio constitucional 
da gestão democrática da educação. Debater 
questões atinentes ao funcionamento dos 
conselhos escolares: seus objetivos, seus limites e 
suas possibilidades. 
7.  Tópicos Especiais - A Qualidade da 
Educação Escolar 
 (30 HORAS/a) 
Reflexão teórico-prática sobre a “Qualidade da 
educação escolar. 
8. Tópicos Especiais - Políticas e 
Programas de Educação: PNE, PDE e 
PAR. 
(30 HORAS/a) 
Analisar as políticas e programas de educação 
como o PNE, PDE E PAR, e fazer uma 
contextualização histórico e social desses 
programas. 
9. Tópicos Especiais - Saúde na Escola 
(30 HORAS/a) 
Debater sobre a importância de se trabalhar 
temática sobre a saúde dentro do âmbito escolar. 
10. Oficinas Tecnológicas - Construindo 
Sítios na Web 
(30 HORAS/a) 
Promover uma reflexão sobre o uso dos recursos 
tecnológicos no ambiente escolar e auxiliar na 
construção e publicação do sítio de sua escola na 
Web. 
Fonte: (www.escoladegestores.mec.gov.br) 
 Cada disciplina consta de uma estrutura, que compõe uma breve 
apresentação, mapa da sala, unidades com os conteúdos a serem trabalhados, 
atividades, referências utilizadas e créditos. A seguir segue a análise das salas 
ambientes. 
4.1 Sala Ambiente Introdução ao Curso e ao ambiente Virtual 
35 
 
Na apresentação da disciplina (Sala Ambiente) têm-se como principal objetivo 
a interação do indivíduo com a ferramenta tecnológica e colegas do curso no 
desenvolvimento das atividades presenciais e a distância, visando a facilitar a 
utilização do ambiente MOODLE1, que serão utilizados. 
O quadro 3 mostra a descrição das unidades da Sala Ambiente Introdução ao 
Curso e ao ambiente Virtual. 
Quadro 3 – Descrição das Unidades da Sala Ambiente Introdução ao Curso e ao ambiente 
Virtual 
Unidade I Unidade II 
Está unidade tem como princípio discutir Conceitos 
de ambiente virtual, mostrar informações referente 
ao acesso aos dados cadastrais, a importância da 
sua participação em fórum, assim como explicar 
como funcionar a plataforma MOODLE, fazendo 
sempre os cursistas interagirem com as 
informações contidas no site e nas atividades. 
Explicações referente ao curso, mostrar que 
será flexibilizado buscando atender 400 horas, 
discute também os objetivos do curso, e seus 
Princípios norteadores, bem como sua 
concepção de formação e organização 
curricular, descreve a modalidade EAD. 
Fonte: (www.escoladegestores.mec.gov.br) 
 
Quadro 4- Atividades da sala ambiente Introdução ao curso e ao ambiente virtual 
Atividades Ações 
1 Cursista deve criar o seu Login e senha 
2 Acessar a lista de participante e enviar uma mensagem a algum dos participantes 
3 Estabelecer comunicação nos fóruns 
4 Leitura da Unidade II e postagem em fórum 
5 Cursista elaborar uma síntese de alguns dos vídeos listados no programa 
6 Fazer anotações no diário de bordo sobre suas impressões e vivência no ambiente 
virtual 
7 Selecionar e organizar várias imagens da escola do gestor e postar 
8 Insira um termo (e o respectivo conceito) de acordo com a temática do curso no 
Glossário 
9 Interação no chat 
10 Visitar novamente os diversos espaços do ambiente. Utilizandoos recursos 
disponíveis 
Fonte: (www.escoladegestores.mec.gov.br) 
Análise 
 
1
 O Moodle é uma plataforma de aprendizagem a distância baseada em software livre. É um acrônimo Modular 
Object-Oriented Dynamic Learning Environment (ambiente modular de aprendizagem dinâmica orientada a 
objetos).Fonte: www.moodle.com.br 
36 
 
Analisa-se que a sala ambiente Introdução ao Curso e ao Ambiente Virtual 
que tem por objetivo introduzir ao ambiente MOODLE e facilitar o uso da plataforma, 
com isso percebe-se que está disciplina volta-se para uma interação do indivíduo e 
da construção do conhecimento para tanto Vygotsky (apud MARTINS, 1999) explica 
que é na interação entre pessoas que em primeiro lugar se constrói o conhecimento, 
o que se consegue ver nitidamente na disciplina em questão. 
Esta unidade conceitua e ajuda o gestor a acessar o ambiente virtual, 
possibilitando acesso ao ambiente, alterar seus dados cadastrais, ou como enviar 
mensagem para participantes, participar de fórum, é importante ressaltar que nesta 
unidade contém 10 atividades obrigatórias. Dentro desta unidade encontrasse uma 
gama de informações para ajudar os cursistas a entenderem melhor o que seria a 
plataforma MOODLE que em inglês significa (Modular Object Oriented Dynamic 
Learning Environment), a partir desse programa que desenvolve-se o ambiente 
virtual do programa escola de gestores do MEC. 
Esta sala ambiente corrobora para a familiarização do cursista no ambiente 
virtual. Haguenauer (2006) explica que essa familiarização propicia aos indivíduos 
melhor interação, em ambientes como fórum, chat, criando o que seria uma visão 
geral da plataforma. 
Também se tem acesso aos participantes que possibilita a visualização dos 
perfis, assim como o envio de mensagens individuais ou para grupos, bem como 
alterar dados cadastrais e senhas para acesso completo na plataforma, isso tudo é 
feito e descrito passo a passo para o participante do programa. 
As unidades contidas na sala ambiente aqui discutida, de maneira geral 
atende ao objetivo de propiciar a facilitação e interação no ambiente, pois a 
modalidade EAD Segundo Vidal e Silva (2010) propicia: 
“Flexibilidade de espaço e tempo é redimensionada com os contatos 
on-line, tornamos a comunicação mais rápida e, com isso, poderá ter 
o acompanhamento contínuo do seu próprio processo de 
aprendizagem e sentir-se mais motivado a continuar os estudos” 
(VITAL e SILVA, 2010, p.02). 
 Nota-se que a concepção de seus conteúdos então voltados para a tecnologia 
de informação ao uso preponderante que a plataforma lhe exige ainda assim é 
designada a contemplar a educação e buscar uma base nos princípios da gestão 
37 
 
democrática, vendo a escola na perspectiva da inclusão social e da emancipação 
humana. 
O objetivo também é descrito nessa unidade que é contribuir para a formação 
continuada de gestores da escola pública, oferecendo elementos teórico-práticos 
para favorecer a educação escolar básica com qualidade social. 
Cita que por ser em modalidade EAD possui uma flexibilização na 
organização como princípios norteadores vem trazer a base legal do curso, e a 
gestão democrática no que concerne as dimensões de suas contribuições para 
tanto cita a Constituição Federal de 1988 - Art. 206 - inciso VI Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional - Lei no 9.394/96 - Art. 3o - inciso VIII e art. 14 - incisos 
I e II; Plano Nacional de Educação/PNE - Lei no 10.172, de 09.01.2001 (Aprova o 
Plano Nacional de Educação e dá outras providências)(...) uma gestão democrática 
e participativa, especialmente no nível das escolas (...)Estabelecer, em todos os 
estados, com a colaboração dos municípios e das universidades, programas de 
curta duração de formação de diretores de escolas, exigindo-se, em cinco anos, 
para o exercício da função, pelo menos essa formação mínima. 
Entende-se que essa sala ambiente propicia ao gestor uma concepção de 
formação em que a discussão abrange o reconhecimento da ação reflexão do 
gestor, a organização do currículo em blocos temático, em que se utilize uma 
metodologia de resolução de problemas, ou seja, entende-se a partir disto que o 
gestor no decorrer do curso terá aparato teórico o que consequentemente em sua 
pratica do dia a dia, constará de aplicar as possíveis resoluções de problemas. 
Nesse sentindo, utiliza-se o princípio de integração e interdisciplinaridade que 
para Vidal e Silva (2010) irá favorecer na construção dos conhecimentos do cursista 
e provocar uma busca por mudanças e significâncias. É importante ressaltar que a 
sala ambiente ao analisar, se destacam três principais eixos, sendo o direito à 
educação e a função social da escola básica, políticas de educação e a gestão 
democrática da escola, bem como o uso certo do projeto Político-Pedagógico e 
práticas democráticas na gestão escolar 
É importante citar que as atividades pertencentes a essa sala ambiente induz 
o indivíduo a praticar e criar familiaridade com a plataforma. Tendo como principal 
objetivo estabelecer comunicação. Pode-se perceber que foi organizada para a 
participação do cursista no sentido de estabelecer comunicação nos fóruns para 
interagir e mandarem mensagens de sua trajetória profissional. Inicialmente e 
38 
 
posteriormente lendo assuntos das unidades e não apenas destacando mais 
postando para em coletivo refletir sobre o curso em questão, pois o principal fator é 
a participação no ambiente. 
Segundo Martins (1999) a interação irá contribuir em vários aspectos para 
uma vivência mais construtiva no decorrer do curso. Ainda considera-se a 
diversidade regional e institucional e que o desenvolvimento das atividades estarão 
voltados a princípio na sala ambiente introdução ao curso e ao ambiente escolar que 
em seguida dará a acesso a sala ambiente projeto vivencial, essa sala ambiente 
precisa por base como alicerce todas as outras disciplinas. 
4.2 Sala ambiente projeto vivencial 
Esta sala ambiente tem como objetivo se articular com as outras salas que 
compõem o curso para propiciar uma reflexão teórica e prática durante os conteúdos 
abordados, pois eles serão usados durante a construção do TCC que no caso é um 
projeto de intervenção. 
Dividido em três unidades sendo elas unidade I - Projeto-intervenção e 
Trabalho de Conclusão do Curso (TCC), unidade II - O trabalho do gestor na escola: 
dimensões, relações, conflitos, formas de atuação, unidade III - O Projeto Político-
Pedagógico da escola: dimensões conceituais e metodológicas. 
O quadro 5 mostra a descrição das unidades da Sala Ambiente projeto 
vivencial 
Quadro 5 – Descrição das Unidades da Sala Ambiente Projeto vivencial 
Unidade I Unidade II Unidade III 
Tem como objetivo a inserção do 
projeto de intervenção dentro das 
escolas dos gestores 
participantes do curso para 
melhoria da qualidade 
educacional, explica-se as 
informações sobre o projeto 
político pedagógico, ligados a 
gestão democrática e 
participativa. 
É abordado nesta unidade 
como ocorre e se realiza o 
trabalho do gestor na escola, 
mostrando suas dimensões, 
relações, conflitos e formas de 
atuação. 
O Projeto Político-Pedagógico 
da escola: dimensões 
conceituais e a metodológica. 
da dimensão conceitual, a 
presença de conceitos e 
concepções que possam 
orientar a construção do PPP. 
Construir um posicionamento 
critico acerca do PPP em 
estreita relação com a gestão 
democrática. 
Fonte: (www.escoladegestores.mec.gov.br) 
 
39 
 
Quadro 6- Atividades das unidades da sala ambiente projeto vivencial 
Atividades Ações 
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