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QUALIDADE DE VIDA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE DISCIPLINA: GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE Profª Me. Danielle Bezerra A qualidade de vida no trabalho Ações e programas realizados nas instituições, alinhadas com a cultura organizacional, tendo como referencial o bem-estar das pessoas; Valorização das condições de trabalho, da definição de procedimentos da tarefa em si, do cuidado com o ambiente físico e dos bons padrões de relacionamento; Desafios: questão da competitividade, do estresse, da convivência das diferentes gerações e das diferentes características e culturas; Empresas e outras entidades que investem em programas de bem-estar e qualidade de vida realizando: Avaliação adequada; Gestão eficiente; Comunicação eficaz: controle do absenteísmo À motivação dos funcionários, à retenção de talentos; À redução nos acidentes laborais e às doenças ocupacionais com um maior controle nos custos de assistência médica; Os programas bem-sucedidos estão atrelados: Á liderança comprometida em todos os níveis (presidente, diretores, média liderança e gerentes), ao escopo, à relevância e qualidade de todas as ações, à acessibilidade das atividades (não restritas à sede ou em unidades administrativas), à capacitação dos gestores dos programas, ao alinhamento do programa com as metas e visão da empresa e à comunicação ampla e em sintonia com os diferentes públicos; A prevenção pode reduzir o grande impacto econômico da doença, além de aumentar a duração e a qualidade da vida das pessoas; Os custos dos tratamentos, da perda da produtividade e da assistência à saúde afetam significativamente a economia, as famílias e as atividades organizacionais; As políticas de prevenção e os programas são frequentemente custo-efetivos, ou seja, reduzem os custos em assistência médica e tendem a aumentar a produtividade. (MORIN, 2004). Ações para a prevenção do distresse ocupacional e a promoção do bem-estar nas organizações: Promover condições de trabalho seguras e saudáveis, que envolvem o ambiente físico, jornada de trabalho, salário e benefícios; Dar-lhes um propósito para trabalhar, que envolve orientação, direção e um sentido para trabalhar; Promover comportamentos éticos para fazer um trabalho moralmente aceitável em seus processos e resultados; Estimular a eficácia pessoal, que é ser capaz de fazer o trabalho solicitado de forma efetiva; (MORIN, 2004). Ações para a prevenção do distresse ocupacional e a promoção do bem-estar nas organizações: Ajustar a carga de trabalho e dar orientações claras, recursos suficientes e feedback de tempos em tempos. Desenvolver sua autonomia, liberdade de escolha na realização do trabalho para exercício de habilidades, resolução de problemas e melhorar métodos e resultados . Dar-lhes apoio e mediante as dificuldades e problemas; Mostrar-lhes reconhecimento pelas suas competências, seus resultados e promover o respeito pelos outros. Promover relacionamentos positivos que possibilitem trabalhar com um espírito de equipe, ter oportunidade de encontrar pessoas e se relacionar Níveis de bem-estar psicológico na força de trabalho Terciário: que se aplica a empregados que não são estimulados por seu trabalho e o consideram apenas tolerável. Não necessariamente estão com distresse, mas continuam em seus trabalhos por uma série de razões, como os benefícios ou a falta de alternativa. Secundário: que se aplica a empregados que não apresentam sintomas de estresse e geralmente têm uma perspectiva de futuro positiva. Eles estão interessados em seu trabalho e comprometidos emocionalmente com a sua organização, mas sua lealdade é tênue. Primário: que se aplica a empregados que estão confortáveis com o seu trabalho e com suas vidas como um todo, e que estão ligados ao seu empregador Dificuldades subjacentes à prática dos profissionais da saúde Convivência com o sofrimento Ambigüidade de papéis Excesso de trabalho Falta de pessoal e de material para atendimentos eficazes A qualidade de vida no trabalho não deve ser restrita a ações pontuais ou de conveniência; Para os profissionais da saúde, é impossível associar atendimento público a atendimento de qualidade devido às sub-condições que vivenciam na prática; O trabalho constitui uma necessidade básica humana que deve ser atendida para que se possa edificar uma vida com qualidade; Assim, a pessoa que não realiza um trabalho satisfatório poderá ter entraves, e dificilmente terá uma vida digna ou aceitável; COUTINHO, M. P. L.; FRANKEAN I. Qualidade de vida no serviço público de saúde: representações sociais de profissionais da saúde. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 29, n. 3, p. 448-461, set. 2009. Disponível em . Acesso em 09 mar. 2022. LACAZ, F. C. Qualidade de vida no trabalho e saúde/doença. Ciência & Saúde Coletiva, v. 5, n. 1, p. 151-161, 2000. SAMPAIO, J. R. Qualidade de Vida no Trabalho: Perspectivas e Desafios Atuais. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, 12(1), jan-abr 2012, pp . 121-136 PESSINI, L. Qualidade de Vida nas Organizações: promovendo a saúde integral para além do discurso. O Mundo da Saúde, v. 37, n. 2, p. 129-130, São Paulo, 2013.