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Direito Financeiro - Prof. Roberto Wagner Lima Nogueira

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11/02/14
BIBLIOGRAFIA
Ricardo Lobo – Curso de Direito Financeiro e Tributário
Lei 4.320/64 – Lei de Responsabilidade Fiscal.
Constituição Federal de 1988
Código Tributário Nacional
CONCEITO
Direito é uma integração normativa de fatos segundo valores. Direito Financeiro é o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira. O cerne do Direito Financeiro é regular a atividade financeira do Estado. Essa atividade financeira compreende orçamento público, receita pública, despesa pública e credito público.
RELAÇÃO DO DIREITO FINANCEIRO COM O DIREITO TRIBUTÁRIO
Ao Direito Financeiro interessa o fenômeno financeiro positivado (norma).
O Direito Tributário não se confunde com o Direito Financeiro porque no Direito Tributário é estudado a chamada “obtenção das receitas derivadas”. A receita é derivada porque não é do patrimônio próprio do Estado. 
Quando o Estado vende e recebe, essa receita é originária. Quando o Estado recebe o IPVA, essa receita é derivada, pois é derivada do direito que ele tem de compelir a entrega do tributo.
O tributo nasce como um limite ao próprio Estado. O cidadão restringe uma parcela da sua liberdade para que o Estado faça aquilo que ele não quer fazer.
O Direito Tributário estuda somente as receitas derivadas e o Direito Financeiro as receitas originárias.
O Direito Tributário responde a 3 perguntas importantes: 1) Quem deve pagar? 2) Como deve pagar? 3) A quem deve pagar?
Após o pagamento do tributo, não é mais interesse do Direito Tributário estudar esse ato. Isso se transforma em recurso público que é Direito Financeiro.
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO FINANCEIRO
Art. 24, CF. Apenas o Município não está inserido nesta competência.
Competência concorrente: § 1° - normas gerais; § 2° - normas suplementares; § 3° - inexistência de lei federal; § 4° -. 
Art. 165, § 9º, CF. Lei complementar é sempre a lei por essência que disciplina normas gerais.
Lei que supre – Lei 4.320/64, Lei de Responsabilidade Fiscal (lei ordinária). Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a gestão fiscal e tem como foco a elaboração e o controle dos orçamentos públicos.
A tarefa principal da atividade financeira do Estado é aquilo para qual o Estado existe: ofertar segurança, educação, previdência, saúde, diplomacia, etc.
Art. 3°, CF. Esses valores são extraídos da sociedade através de tributos, empréstimos, venda de seu patrimônio ou exploração de seu patrimônio.
A atividade financeira do Estado é primordialmente financiada com tributos.
18/02/14
ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento público é uma lei que contempla a previsão de receitas e despesas do Estado programando sua fila econômica e financeira por um certo período. O Estado gasta e recebe mediante a lei do orçamento público que se divide em 3 leis: Plano Plurianual – PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, e Lei de Orçamento Anual - LOA – art. 165, CF.
NATUREZA JURÍDICA
Lei formal: é uma lei produzida e votada pelo Poder Legislativo, ainda que por iniciativa do Executivo.
Lei material: pode ser até mesmo um decreto (trabalha matéria de lei, complementa, regula a lei). Não passa pelo parlamento.
O STF tem entendimento que a Lei Orçamentária é uma lei formal. Porém, apenas prevê as receitas e autoriza gastos. Não cria nem revoga direitos subjetivos e não modifica lei financeira. É uma lei temporária, pois te o prazo de vigência de 1 ano.
O PPA tem vigência de 4 anos e a LDO, de 1 ano.
A LOA é especial, pois tem um prévio conteúdo determinado: prevê receitas e autoriza gastos. É uma lei ordinária, comum de cada ente da Federação. Cada unidade federativa encaminha o seu orçamento todo ano provendo o orçamento.
As leis orçamentárias estão previstas no art. 165 da CF.
PPA: 3 anos do governo atual e 1 ano do governo seguinte.
LDO: diminui um pouco da abstração do PPA.
LOA: executa os programas anuais. O que o governo vai fazer naquele ano.
Orçamento participativo é aquele em que na elaboração da proposta orçamentária, as comunidades participam. Funda-se numa ideia de cidadania participativa. Conselhos de bairros, associações, todos podem participar do orçamento.
Art. 48, Lei 101/00. Prevê o orçamento participativo.
Art. 29, XII, CF.
Art. 44, Lei 10.257/01. Audiências, consultas públicas para elaboração do orçamento público.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
LEGALIDADE ORCAMENTÁRIA
É preceito genérico da CF – art. 5º, XII.
Art. 37, CF – legalidade dentro da Administração Pública.
Ex.: licitação, prevista em lei. Faz parte das despesas públicas se superior a R$ 8.000,00.
INDISPONIBILIDADE DOS BENS PÚBLICOS
A administração não pode dispor das receitas públicas sem previsão orçamentária. Dispor é não arrecadar –Art. 167, § 1º, CF.
Exceção: art. 167, § 3º, CF.
UNIVERSALIDADE
Não tem gasto por fora, não tem receita por fora. Tudo que é dinheiro público é por dentro. Qualquer receita e qualquer despesa entram no seu total.
O orçamento deve romper todas as receitas e despesas – art. 165, § 5º, CF.
ORÇAMENTO BRUTO
Art. 6º, Lei 4.320/64 – as despesas e receitas constarão pelos seus totais, vedada a dedução.
Ex.: a União arrecada o IR e o IPI e a Constituição fala que parte desta arrecadação pertence aos Estados e aos Municípios. Logo, a União deve colocar no seu orçamento o total que irá arrecadar com esses impostos e no campo “despesas” deverá lançar o que repassará para os Estados e Município através dos fundos.
UNIDADE
Quer a harmonia entre as três leis orçamentárias. Essas não são soltas e desgarradas, são comunicáveis e interdependentes entre si. Deve haver uma unidade entre elas.
Também deve haver uma unidade entre os sub-orçamentos. 
Art. 165, § 5º, CF.
Ex.: orçamento fiscal, investimento e seguridade social.
ANUALIDADE ORÇAMENTÁRIA
Art. 2º, Lei 4.320/64.
Art. 34, Lei 4.320/64 – O orçamento vige junto com o período do ano civil. A cada 12 meses há um novo orçamento. Há hipóteses em que o orçamento ultrapassa um ano. É o caso dos chamados créditos especiais que atendem as despesas não previstas no orçamento. Pode haver a abertura de créditos extraordinários, mas não suplementar.
Art. 167, V, CF. 
EXCLUSIVIDADE
Orçamento trata de orçamento. Pode haver suplementação por meio de decreto.
Art. 165, § 8º, CF
Ex.: o prefeito diz que vai gastar cem mil reais na saúde e cem mil reais em obras. Em julho ele já gastou os cem mil reais da saúde da saúde, porém só gastou sessenta mil reais de obras. Fica autorizado o Executivo a suplementar até 20% de todo o orçamento sem conversar com os vereadores. Ele pega 20% de 60 mil reais de obras e transfere para a saúde através de decreto.
Se não tiver credito suplementar, deverá mandar um projeto de lei para a Câmara pedindo que se transfira o dinheiro.
Art. 7°, I e II, Lei 4.320/64 – exceções.
ESPECIFICAÇÃO
Também chamado de Princípio da Discriminação ou Especialização pela doutrina. As despesas devem ser especificadas no mínimo por modalidade de aplicação.
Art. 5º, Lei 4.320/64 – garantir o controle da cidadania.
Art. 15, Lei 4.320/64.
Ex.: pessoal, investimento, material de escritório, etc.
PUBLICIDADE
O orçamento deve ser divulgado no plano Federal.
Art. 74, § 2º, CF – qualquer cidadão pode denunciar irregularidades.
Art. 165, § 3°, CF.
EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO
As despesas não podem ultrapassar as receitas.
Exceção: orçamento deficitário.
NÃO AFETAÇÃO/NÃO VINCULAÇÃO
Não afetação de dinheiro de imposto.
Art. 167, IV, CF. O tributo não é vinculado à atividade estatal. Todos os fatos geradores independem da atividade estatal. O imposto não pode ser vinculado ao órgão.
Exceções: transferências constitucionais para o ensino.
DRU – Desvinculação da Receita da União. O governo aprovou uma EC que desvinculou da receita da União 20% de toda a receita, inclusive das transferências compulsórias.
25/02/14
PROGRAMAÇÃO
O orçamento possui programação em relação a sua despesa, a escala mais alta se chama função. Esta se refere à determinada despesa do governo.
Ex.: despesa de saúde,ciência, tecnologia.
Toda despesa é classificada segundo uma função. Função é o nível mais elevado da classificação orçamentária. As funções se dividem em programas e sub-funções. Programar uma despesa é enquadrá-la em classificações.
O programa é uma articulação entre as três leis orçamentárias: PPA, LDO e LOA. Essas três em conjunto formam a ideia de um planejamento das políticas públicas.
PPA: é uma estratégia política de governo para 4 anos. Tem a mesma vigência de um mandato. Porém, o PPA começa a viger no segundo ano do mandato do governante até o primeiro ano do governante seguinte, para fazer com que o novo governo siga o planejamento. Dessa maneira, o PPA nunca cabe na vigência de um mandato – Art. 35, II da Lei 4.320/64 e art. 165, § 1º da CF. O PPA estabelece programa de duração continuada, por isso tem 4 anos de vigência. O PPA fixa DOM (diretrizes, objetivos e metas) pelo prazo de 4 anos.
LDO: é um planejamento tático de vigência anual. É conhecido como lei de operacionamento de curto prazo. Não possui concretude de lei orçamentária nem longitude de uma lei plurianual. A LDO não é autoexecutável.
Ex.: construção de um metrô, obra de grande vulto tem que estar previsto.
Art. 165, 2º, CF. LOA e LDO tem duração de 1 ano.
LOA: é a aplicação anual do orçamento. O Processo Legislativo Orçamentário é diferente do comum, segue regras próprias:
a apreciação do plano federal do orçamento é feito pelas duas Casas Legislativas em conjunto;
restrições à Emenda Parlamentar, sobretudo no plano de despesa. Ex.: criar tributo, novas taxas;
limite temporal, a lei tem prazo para ser votada;
a lei orçamentária possui vigência limitada.
O ADCT tem normas orçamentárias (art. 35, § 2º, I, II e III da CF e art. 166, § 1º da CF) apreciadas pelas duas Casas do Congresso Nacional. Emenda Parlamentar que não se compatibilize com PPA e demais não possuem procedência. As emendas à LDO e que sejam contra o PPA serão reprovadas. Elas precisam ser conjugadas.
PRAZO PARA ELABORAÇÃO DE LEI ORÇAMENTÁRIA
PPA: até 4 meses antes do encerramento do primeiro exercício de cada novo mandato.
LDO: até 8 meses antes de encaminhar para a Câmara Municipal (15 de abril).
LOA: até 30 de agosto para ser encaminhada para a Câmara. Se não cumprirem esse prazo não há sanção específica, pois a CF nada diz.
Obs.: art. 166, § 8º, CF. O Poder Legislativo pode rejeitar a proposta orçamentária, mas não pode terminar a sessão sem aprovar (art. 57, § 2º, CF). A LDO tranca a pauta e não pode ser rejeitada. Somente a LOA pode ser rejeitada. No PPA não há disposição expressa referente ao assunto, mas a doutrina entende que ele não pode ser rejeitado assim como a LDO. O Presidente da República também pode rejeitar/vetar a LOA. Ao ser encaminhada para a Câmara pelo Prefeito, supõe-se que ele concorda com a constitucionalidade do projeto – preventiva. Se o projeto for todo alterado, poderá ser vetado.
Quando o orçamento for vetado ou não aprovado, não há regulação específica no direito constitucional brasileiro. A primeira solução aplicada é a abertura de créditos especiais, como se o prefeito passasse a governar mês e mês. Pede autorização legislativa para a Câmara aprovar o orçamento. Outra solução doutrinária seria governar segundo a LDO.
Se o prefeito não mandar o projeto de lei orçamentária (art. 32, Lei nº 4.320/64) vai viger a lei do ano vigente.
Créditos adicionais: legalização do dinheiro não previsto no orçamento. Se divide em 3 espécies:
Suplementares: a finalidade é o reforço de despesa orçamentária já prevista no orçamento. Requer autorização legislativa previamente ou, se enviada lei para aprovar crédito suplementar, normalmente o Prefeito diz que fica autorizado o Executivo a dotar crédito suplementar. Câmara e Tribunal de Contas apreciam as normas.
Especiais: destinado a autorização de despesas não previstas no orçamento, não há dotação orçamentária para aquelas despesas. Se vale de crédito especial para dotar a despesa. Lei regulamentada por decreto.
Extraordinários: visa atender despesa imprevisível e urgente. Ex.: calamidade pública, independente de autorização legislativa.
São autorizações para despesas não computadas ou insuficientemente computadas na lei orçamentária, ou seja, atender necessidades não previstas ou porque houve dotação insuficiente de recurso – art. 40 a 46 da Lei nº 4.320/64.
Art. 41 da Lei nº 4.320/64.
Ex.: 10 milhões de reais para a saúde 20 milhões de reais para obras. Precisa gastar 15 milhões de reais na saúde. Há dotação insuficiente – suplementar. Anula 5 milhões de reais de obras. Dotação de crédito autorizado – empréstimo.
Art. 163, CF.
Art. 212, CF.
Art. 77, CF.
Art. 19, LC 101/00. Limite para gasto com pessoal – art. 169, CF.
11/03/14
Art. 20, Lei n° 100/00. Especifica como esses percentuais serão utilizados no âmbito dos entes federativos, estaduais e municipais. Nenhum desses índices pode ser gasto sem orçamento. Com isso, a Lei de Responsabilidade Fiscal amarra os gastos. Quem cobrará esses índices no plano externo será o Tribunal de Contas dos Estados e o Congresso Nacional. No plano interno a Câmara Municipal, etc.
OS 10 MANDAMESNTOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
Não terás crédito orçamentário com finalidade imprecisa nem dotação ilimitada – art. 5º, § 4º. Todos os créditos orçamentários têm que dizer para quem vai aquela dotação orçamentária. Toda dotação tem um valor preciso. Se não der, depois tem que suplementar.
Não farás investimento que não conste do PPA – art. 5º, § 5º.
Não criarás nem aumentarás a despesa sem que haja recurso para o custeio – art. 17, § 1º.
Não deixarás de prever e arrecadar os tributos de tua competência – art. 11. Ex.: art. 153, VII da CF. Não existe lei complementar.
Não aumentarás a despesa com pessoal nos últimos 6 meses do teu mandato – art. 21, II.
Não aumentarás a despesa com a seguridade social sem que a sua fonte de custeio esteja assegurada – art. 24. Seguridade social é um seguro de saúde que engloba pensão, auxílio doença, auxílio maternidade, auxílio reclusão. No Brasil, cada ente da federação pode ter sua própria seguridade.
Não utilizarás recursos recebidos por transferência para finalidade diversa da que foi pactuada – art. 25, § 2º. Transferência constitucional obrigatória é aquela da repartição da receita tributária. Existe transferência que não constitucional obrigatória. Ex.: convênio firmado entre o Município e a União para fazer um hospital público.
Não assumirás obrigação para com teus fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços – art. 37, IV.
Não realizarás operação de ARO (antecipação de receita orçamentária) sem que tenha liquidado a anterior – art. 38, IV, a.
Não utilizarás receita proveniente de alienação de bens para o financiamento de despesa corrente – art. 44.
DESPESA PÚBLICA
Despesa pública é a soma dos gastos realizados pelo Estado para realização de obras e para prestação de serviços públicos.
A decisão de gastar é fundamentalmente uma questão política de governança. Logo, é uma decisão dos eleitos, sobretudo dos executivos eleitos (Presidente, Governador e Prefeito). É uma decisão política consubstanciada em um plano de ação.
O mais amplo plano de ação é o plurianual.
O plano de gasto é fruto de convicções políticas, religiosas e sociais do grupo eleito.
A maioria governa e a minoria participa do governo na democracia com direito ao dissenso. Quem garante o poder da minoria em uma sociedade democrática é o STF, que é por natureza um tribunal contramajoritário.
RELAÇÃO ENTRE DESPESA E RECEITA 
Todo orçamento pressupõe uma reciprocidade entre despesa e receita.
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA COM BASE NA LEI 4.320/64
Art. 12, Lei 4.320/64. Despesa corrente é aquela que o Estado dispende sem aumento do seu patrimônio.
Ex.: pagamento de servidor, pneu para veículos, manutenção do ar-condicionado.
As despesas correntes se dividem em despesas de custeio e despesas de transferências e correntes. Despesa de custeio não acresce o patrimônio.Ex.: pessoal, material de consumo, encargos bancários. Transferências correntes. Ex.: investir em ONG ou em obra social; pagamento de inativo ou pensionista.
18/03/14
Art. 12, Lei nº 4.320/64. 
§ 1º Despesas de custeio.
§ 2º Transferências correntes: transferência de dinheiro público para outras entidades.
§ 3º Subvenções. I - ONG, APAE, etc.
§ 4º Investimentos.
§ 5º Inversões financeiras. I - Bem de capital. Ex.: imóvel. Gera renda se alugado – art. 43, I, Lei 4.320/64.
§ 6º Transferências de capital.
Art. 13, Lei 4.320/64.
Art. 14, Lei 4.320/64. Dotação orçamentária é o valor destinado a cada conta do orçamento. Consigna o valor de cada despesa.
Arts. 15 a 21, Lei 4.320/64.
EXECUÇÃO DA DESPESA PÚBLICA
1ª Fase: cria a despesa através do empenho. Empenho é que dá a garantia de que tem reservado no orçamento público uma quantia para pagar. Ao fornecer, tem que pedir a nota de empenho. O empenho é o verdadeiro criador da obrigação de pagar na administração pública.
Art. 58, Lei 4.320/64. Definição de empenho. Não pode se vender nada para a Administração sem o empenho.
Art. 59, Lei 4.320/64.
Art. 60, Lei 4.320/64. Modalidades: ordinário, estimativo e global. Ordinário: destina a compra e constituição de despesa cujos valores apresentam-se de forma exata. Ex.: compra de cadeiras. Estimativa: destina a constituição de despesas cujos valores não é possível estimar por exatidão. Ex.: energia. Global: também há uma estimativa exata, mas a execução se dá parceladamente. Ex.: terceirização do serviço de vigilância.
Art. 61, Lei 4.320/64. Licitação é o meio através do qual o Poder Público compra ou aliena bens e serviços. Visa selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública. Modalidades: pregão, carta convite, tomada de preços e concorrência. Através desses instrumentos a Administração contrata fornecedores.
2ª Fase: liquidação da despesa – art. 63, Lei 4.320/64. A Administração verifica o direito adquirido pelo credor e nesse sentido liquida a despesa.
3ª Fase: pagamento - Art. 62, Lei 4.320/64.
Arts. 64 a 66, Lei 4.320/64.
Art. 67, Lei 4.320/64.
Art. 110, CF. Precatórios
Art. 68, Lei 4.320/64.
Art. 69, Lei 4.320/64. Servidor em dívida com a Administração.
Art. 70, Lei 4.320/64.
25/03/14
Art. 100, CF. Precatório é a solicitação que o juiz de primeiro grau faz ao Presidente do Tribunal para que este requisite verba necessária para pagamento de um crédito perante a União, Estado ou Município. Crédito este oriundo de decisão judicial.
Requisição de Pequeno Valor (RPV) é uma forma de receber de algum ente da federação sem que se submeta ao precatório. Cada ente da federação pode definir o mínimo que pagará de RPV.
§ 1º Fixa uma preferência no pagamento de precatório de natureza alimentícia.
§ 2º Privilégio para quem tem acima de 60 anos ou seja portador de doença grave.
§ 3º RPV.
§§ 4º e 5º.
§ 6º É obrigatório a locação do valor do crédito aberto diretamente do Judiciário.
§§ 7º e 8º.
§ 9º Se o credor tiver débito em relação à Fazenda, esta está autorizada a deduzir este débito antes do pagamento.
§§ 10 a 16.
Arts. 15 e 16, Lei nº 101/00.
Art. 17, Lei nº 101/00. Despesa tem que ter lastro na receita. Só é possível gastar o que arrecadas.
Arts. 18 a 20, Lei nº 101/00.
13/04/14
RECEITA PÚBLICA
É a entrada de recursos que integram o patrimônio público e sem quaisquer reservas vem acrescer o seu vulto como elemento normativo.
Receita e ingresso são coisas distintas. Na Administração pode ter ingresso de dinheiro.
Ex.: licitação para grandes obras que envolva tomada de preço ou concorrência. O ente licitante exige que aquele que participar deverá prestar uma caução, através de um depósito ou fiança bancária, como garantia de que terá condições de fazer a obra até o fim para que a Administração não fique prejudicada. 
Depósito não é receita, porque não é elemento novo e positivo que entra sem reserva, mas retorna para o bolso da empresa.
Depósito judicial: a União recebe muitos valores. Muitos depositam o valor do tributo. Entra, mas não é receita.. é restituído e não tem o condão da definitividade. Só é maior que receita, pois este representa receita.
CONCEITO DE ING
Receita não se confunde com a ideia de patrimônio. Patrimônio público é afeto ao Direito Administrativo. A ideia de patrimônio como conjunto de bens não pertence ao Direito Financeiro.
O Estado pode adquirir receita pelo tributo e exploração do seu próprio bem (dominiais) seja arrendando, alienando (participa de privatização – BANERJ).
Art. 9º, Lei 4.320/64. Tributo é a receita mais importante, é a receita derivada. A receita originária é a receita de exploração do patrimônio estatal.
Ex.: aluguel, venda de bens.
No Brasil, só quem tem personalidade jurídica de direito público pode criar tributo.
Art. 11, Lei 4.320/64. Receita corrente e de capital.
Art. 51, Lei 4.320/64. Principiar algum conceito de Direito Tributário. 2 princípios: legalidade (nulo tributo sine pele lege – art. 37, caput, CF – plano Administração Pública e art. 151, CF – plano tributário, art. 5 l – legalidade plano fundamental) e anualidade tributária (não é mais princípio tributário no sentido que sem a prévia colocação no orçamento, o tributo não pode ser exigido. Tem 2 princípios que se sobrepõem: anterioridade tributária e ???
Direito é uma integração normativa de fatos segundo valores. O Tribunal de Contas fiscaliza legitimidade (conceito moral) e economicidade. Direito sempre tem uma ideia moral.
Art. 54, Lei 4.320/64. Defasado. Hoje admite a compensação até de precatório.
Arts. 55 a 57, Lei 4.320/64. Não tem sentido.
Receita pública entende todos os ingressos financeiros ao patrimônio público. Em sentido estrito, não compreende os depósitos e cauções porque são valores que retornam para o cidadão, extra orçamentários. Todos os valores que entram no cofre público, que não possui caráter de definitividade, são extra orçamentários, e podem ser chamados de receita pública em sentido lato.
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS
Originárias são aquelas provenientes da exploração da pessoa jurídica de direito público. O Estado coloca parte do seu patrimônio a disposição da pessoa jurídica, mediante preço estipulado.
Ex.: aeroporto privatizado é receita originária, pois o aeroporto é receita da União.
Derivadas são chamadas de receitas não patrimoniais. O tributo é a receita mais cobiçada. A matriz é a CF, art. 153, 155 e 156.
O Distrito Federal também pode tributar todos os impostos igualmente aos Estados e Municípios, tem competência dupla – art. 147, CF.
O Município vive muito mais da repartição da receita tributária. 50% do IPVA arrecadado pelo Estado passa para o Município. 25% de todo ICMS recolhido no Estado é distribuído para os Municípios na proporção de residência, moradores e número de casas. Todo IR retido na fonte em âmbito municipal é do Município. O Município recebe como repartição os recursos financeiros, que ao entrar no cofre não é mais tributo e sim recurso financeiro.
Quanto à natureza da receita: orçamentária e extra orçamentária.
Receita corrente ou de capital é a receita que o ente público recebe dia a dia da cobrança de seus tributos – art. 11, Lei 4.320/64.
A repercussão patrimonial pode ser: 1) Receita efetiva: seja ela tributária, patrimonial ou de serviço. 2) Receita não efetiva: alienação de bens, cobrança de créditos, de dívidas.
Quanto à regularidade ordinária e extraordinária:
Regularidade ordinária são as receitas corriqueiras: de tributos, de serviços.
Regularidade extraordinária são aquelas que não são normais: impostos em motivo de guerra, recebimento de herança.
Quanto à forma de sua realização:
Receita própria: tributos, aluguéis, alienação.
Receita de transferência: a União passa para o fundo de participação dos Estados e dos Municípios.
De financiamento: para obras de serviços públicos.
ESTÁGIOS DE REALIZAÇÃO DE DESPESA PÚBLICA
Orçamento, licitação, empenho, liquidação e pagamento.
Art. 12, Lei 4.320/64. A receita primeiro é prevista,estimada.
1ª Fase: orçamento.
2ª Fase: lançamento. A Administração imputa a exigência do tributo ao contribuinte. A maioria dos tributos são lançados pelo próprio contribuinte que declara e paga, mas o lançamento é governamental. Lançamento por homologação: 1) Declaração (art. 148, CTN). Ex.: o Detran registra a nota e tira a folha para pagar. 2) De ofício (art. 150, CTN).
3ª Fase: arrecadação. Quando se dá nos cofres do Município. Ao ir no caixa e pagar o tributo a rede bancária não entende como arrecadação e diz que é o recolhimento (4ª fase).
4ª Fase: recolhimento.
Pode-se dizer que as fases 3 e 4 são apenas uma.
DÍVIDA ATIVA
Art. 39, Lei 4.320/64. A Lei 6.830/80 regula a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública.
Ex.: sujeito deve IPVA. Apesar de notificado, não paga. Ele é inscrito em dívida ativa.
Dívida ativa é qualquer dívida com o Estado. A inscrição da dívida ativa tem como decorrência a emissão de título de dívida ativa que é um título executivo extrajudicial com presunção iuris tantum de validade (art. 585, CPC).
O Estado pode entrar com ação executiva contra o cidadão e penhorar seus bens. Essa penhora é um bloqueio. A parte que terá que provar.
Obs.: transferência do valor na conta é fraude à execução fiscal.
Repartição das receitas de transferências constitucionais: há na Constituição tributos que são distribuídos entre os entes federais. Se não fosse assim, os pequenos municípios não sobreviveriam.
Arts. 157 a 162, CF. 
Fundo: do ponto de vista financeiro é um conjunto de recursos com a finalidade de desenvolver, por meio de financiamento, uma atividade pública específica. Por isso a Constituição criou 2 fundos importantes: Fundo de Participação dos Estados (FPE - art. 159, I, a) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM – art. 159, I, b e d) -. Lembrando que o Distrito Federal tem competência de Município e Estado.
21,5% da arrecadação líquida forma o Fundo de Participação dos Estados que distribui dinheiro para os Estados e para o Distrito Federal.
23.5% da arrecadação líquida de IR e IPI forma o Fundo de Participação dos Municípios. essa divisão é feita de acordo com o número de habitantes.
29/04/14
06/05/14
Art. 70, CF. Aplica-se por simetria aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal.
PU. Os Tribunais de Contas têm jurisdição sobre a esfera privada na medida em que esta se relacione com a esfera pública.
Art. 71, CF. Princípio da Simetria.
I – O Presidente da República, os Governadores e os Prefeitos prestam contas. Eles não são julgados pelo Tribunal de Contas por suas contas. Eles recebem um parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas que será julgado pelo Poder Legislativo. As contas são apreciadas pelo Tribunal de Contas. O chefe do Executivo foi eleito pelo povo, logo, quem o julga é o povo através do Legislativo. Isso é um limite constitucional imposto ao Tribunal de Contas.
II – Os demais agentes políticos são submetidos a efetivo julgamento. As contas são julgadas pelo Tribunal de Contas.
III – Toda e qualquer movimentação funcional nas empresas públicas são submetidas ao Tribunal de Contas. Exceto as nomeações dos cargos comissionados e as concessões de aposentadorias. Essas são concedidas e posteriormente apreciadas pelo Tribunal de Contas.
IV – Auditoria se dá normalmente 1 vez ao ano. Inspeção ocorre sempre por um motivo singular. É o auditor acompanhada se seus assessores que faz a inspeção.
V – Ex.: Itaipu Binacional (Paraguai e Brasil).
Quem fiscaliza os recursos é decidido pela origem dos recursos.
Ex.: O Ministério da Educação repassa 30 mil reais para construções de salas de aulas no Município de Petrópolis. A competência para fiscalizar essa verba é do TCU, pois o recurso foi repassado pela União (art. 71, VI, CF).
NATUREZA JURÍDICA
A natureza jurídica das decisões do Tribunal de Contas é administrativa porque o Tribunal de Contas é um órgão administrativo não jurisdicional. A sua decisão tem de natureza de ato administrativo. Sua decisão é vinculante para toda administração, tanto que o STJ entende que a decisão que julga ilegal a concessão de aposentadoria tem caráter impositivo e vinculante. O registro só se torna definitivo com a chancela do Tribunal de Contas.
EFICÁCIA DAS DECISÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS
Decisão do Tribunal de Constas não é sentença, porque a sentença é um ato privativo do magistrado (art. 160, CPC). É um ato administrativo com eficácia de título executivo extrajudicial (art. 71, § 3º, CF).
Para ser líquido, certo e exigível, é preciso ter o nome do agente responsável e o valor da execução.
A competência para executar as decisões dos Tribunais de Contas que impliquem em débito ou multas é do próprio erário-credor.
Não é preciso ter inserção em dívida ativa, pois este é o momento que se liquida o crédito e o título já é executivo extrajudicial. Já é liquido.
Art. 70, CF. Ministério Público, Poder Judiciário, Poder Legislativo, Poder Executivo e o próprio Tribunal de Contas estão sob este controle em relação a ordem financeira, contábil e orçamentária.
Até mesmo o particular está submetido ao Tribunal de Contas na medida em que tenta um negocio jurídico com o Poder Público.
PRINCÍPIOS DO ART. 70 DA CF
Legalidade: o Tribunal de Contas não declara lei inconstitucional. Ele deixa de aplicar a lei (controle de constitucionalidade).
Legitimidade: tem que ser moralmente aceitável e justo. O Tribunal de Contas verifica se o gasto público atende a moralidade administrativa.
Economicidade: verifica se o gasto público se deu na forma menos gravosa. Economicidade não é o mais barato. Fiscaliza também a qualidade.
MOMENTO DO CONTROLE DOS TRIBUNAIS DE CONTAS
A atuação dos Tribunais de Contas pode ser prévia, concomitante ou posterior ao ato administrativo ou a execução da despesa.
No ato administrativo o controle será sempre concomitante ou posterior.
Ex.: edital de um concurso público.
A execução da despesa passa por 3 fases: empenho, liquidação e pagamento. Nesse sentido, é possível ter um controle prévio da despesa, concomitante e posterior.
O STF entende que os Tribunais de Contas, com base no art. 113, § 2 da Lei 8.666/93 (Licitações), pode solicitar o envio prévio de determinado edital de licitação, mas o Tribunal de Contas não tem o poder de exigir genericamente que a Administração encaminhe para ele todos os editais que venham a existir em 2014. Só pode exigir 1 edital em caso concreto de cada vez.
Contudo, o Supremo entende que o Tribunal de Contas pode exigir que o Município encaminhe genericamente todos os contratos que venha a firmar.
13/05/14
Art. 71, CF.
I – Apreciar as contas (de governo). Trata-se da elaboração de um parecer prévio do Tribunal de Contas. Por se tratar de contas da maior autoridade do Poder Executivo, o Tribunal de contas não julga, apenas aprecia e emite parecer.
Contas do governo são as contas globais que demonstram a situação das contas do ente federado. São as contas de todos os parâmetros do governo. Diferem das contas de gastos.
Art. 49, IX, CF. Competência para julgar as contas do Chefe do Executivo.
Art. 31, §§ 1º e 2º da CF. Peculiaridades sobre o Município. Obs.: União, Estados e Distrito Federal não contêm a regra do § 2º.
II – Contas de gestão: é uma competência privativa do Tribunal de Contas. O Chefe do Executivo não ordena despesa. Ele deve descentralizar o poder.
Os gestores que estão submetidos a julgamento são aqueles do legislativo, do Ministério Público, as Secretarias, as Fundações, as Sociedades de Economia Mista, entre outros.
Lei Complementar nº 135/2010 – Lei Ficha Limpa.
Art. 1º, I, g da Lei Complementar nº 64/1990. Tanto o STF quanto o TSE entendem que este artigo é inconstitucional. Por ser uma lei infraconstitucional não pode legislar sobre o Chefe do Poder Executivo. Ou seja, nem quando o Prefeito realiza as contas de gestor, poderá ser julgado pelo Tribunal de Contas.
III – O Tribunal de Contas aprecia todo e qualquer ato de nomeação e todo e qualquer ato ligado a concurso público e a aposentadoriade concurso público. É como se fosse uma secretaria de controle externo do Poder Executivo.
IV – art. 37, § 2º da CF e Súmula Vinculante nº 03 do STF.
COMPETÊNCIA CORRETIVA DO TRIBUNAL DE CONTAS
Art. 71, CF.
IX – O Tribunal de Contas constata a ilegalidade do ato e estabelece prazo para que seja sanado o problema.
X – Se o Poder Executivo não corrigir o ato viciado, o Tribunal de Contas tem o poder de sustar o ato administrativo e comunicará ao Chefe do Executivo que tal ato foi sustado.
§ 1º Responsabilidade solidária: gestores.
Contrato é um título executivo extrajudicial.
A sustação dos contratos será adotada imediatamente após solicitado pelo Tribunal de Contas.
§ 2º Se o Legislativo não se manifestar, o Tribunal de Contas decidirá a respeito.
Parte da doutrina entende que o Tribunal de Contas pode, diretamente, sustar a validade do contrato. Porém, doutrina também autorizada diz que a Constituição Federal não conferiu ao Tribunal de Contas o poder de sustar contrato administrativo e sim ato administrativo.
AUDITORIAS E INSPEÇÕES
Art. 71, CF.
IV – As auditorias se aproximam mais das contas de governo. As inspeções tem duas funções: sanar dúvidas e esclarecer questões pendentes de uma auditoria. Essa inspeção pode ser ex officio (provocada pelo Tribunal de Contas) ou provocada por uma denúncia.
20/05/14
CONTROLE EXTERNO ORÇAMENTÁRIO
Cabe ao TCE e TCU fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais cujos capitais o governo participe de forma direta ou indireta.
Ex.: Itaipu. É também fiscalizada pelo Tribunal de Contas naquilo que concerne aos investimentos no Brasil.
Art. 161, PU, CF. Fundos: FPM, FPE e Fundo de Compensação e Exportação de IPI (a perda de receita é compensada em outros produtos, esse fundo vai atenuar as perdas de desoneração de IPI).
Art. 71, XI, CF. Dever de representação é representar a outros Poderes ou até mesmo ao Ministério Público.
HIPÓTESES DE ATOS PRATICADOS POR GESTORES PASSÍVEIS DE MULTA:
Ato de gestão ilegal ou ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado dano a Fazenda. Ex.: usar produto de qualidade inferior quando poderia ter comprado um produto de melhor qualidade.
Ato praticado por grave infração na norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, patrimonial. Ex.: tem que gastar 15% na saúde e gastou apenas 14%. Isso é ilegal.
Sonegação de processo em inspeções ou auditorias de Tribunal. Objeto da obrigação tributária: comportamento de dar dinheiro. Pois todo objeto de obrigação no direito é comportamental porque o direito é racional e intersubjetivo entre pessoas. O direito não regula coisas, mas comportamento.
Qualquer descumprimento das exigências do Tribunal de Contas. Se discordar deve entrar com ??? judicial.
TRIBUNAL DE CONTAS E A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
Em determinadas situações o Tribunal de Contas deve atuar com mais vigor e interesse, pois a lei assim ordena.
Cumprimento de metas da LDO: para evitar que o município coloque na LOA algo que não diz respeito a LDO, para que a planilha de contas seja coerente com a LDO.
Cumprimento dos limites gastos pelo Poder Legislativo Municipal: porque vive de duodécimo. Para evitar que o Legislativo se inche e vire uma máquina de despesa política como o Executivo.
Verificação de limites e condição para a operação de crédito e empréstimo e inscrições de restos a pagar: restos a pagar para outro governo. Só se deixa o aporte financeiro no caixa – art. 42, Lei 101/2000.
Alertas que o Tribunal de Contas dispara para evitar que o município atinja os limites vetados:
Possibilidade da ocorrência de fatos geradores da limitação de empenho.
Atingimento de 90% do limite de gasto com despesa de pessoal.
Atingimento de 90% do limite da dívida pública.
Extrapolamento do limite estabelecido com gasto de inativo e pensionista.
Alertar para fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de irregularidade na gestão orçamentária.
27/05/14
CRÉDITO PÚBLICO
É uma confiança que o governo goza para contrair empréstimos de pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras.
Créditos públicos diferencia das chamadas receitas derivadas.
Ex.: Tributos – receita derivada.
O crédito público, por ser empréstimo, gera uma contrapartida no passivo do ente público.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Está dentro da classificação de empréstimo, porém se diferencia dos demais empréstimos porque tem natureza tributária, pois está inserido no campo da tributação e porque goza de compulsoriedade – art. 148, CF.
O tributo é sempre oriundo de um fato gerador. Ex.: ter propriedade, importar mercadorias, exportar mercadorias, produzir, etc.
O empréstimo compulsório pode se agregar sobre qualquer outro fato gerador do sistema, porque a Constituição não o delimita.
Empréstimo bancário é de natureza contratual, logo, não é compulsório.
CLASSIFICAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS
Empréstimo forçado
Ex.: empréstimo compulsório para compra de carros.
Empréstimo voluntário
Tem natureza contratual. Está na livre vontade do administrador em compactuar o empréstimo, seja com outro ente federado ou um empréstimo bancário.
Empréstimo interno
São empréstimos obtidos pelo ente federado no âmbito do território nacional. São regidos por normas do direito público interno.
Empréstimo externo
São contraídos pelo ente federado com pessoas de fora do país e regidos pelo direito internacional público.
Ex.: empréstimo com o FMI.
A consequência do ente federado contrair empréstimos é que gera a dívida pública.
Dívida pública é o conjunto de compromissos a curto ou longo prazo, assumido pelo Estado com terceiros nacionais ou estrangeiros. Compreende também juros, amortização, etc.
Art. 48, XIV, CF. DMF é a dívida do governo federal com empresas, bancos e pessoas dentro do país (dívida pública interna).
DMF ≠ Dívida Pública Interna, embora faça parte dela. A DVI compreende também a dívida dos Estados e Municípios com seus empréstimos contraídos.
Art. 52, CF. Para contrair empréstimo externo é preciso uma autorização do Senado, pois este é a Casa Legislativa que representa os Estados que são o eixo estadual da Federação.
Dívida Pública Mobiliária Federal – Congresso Nacional (art. 48, XIV, CF).
Dívida Pública Mobiliárias dos Estados e distrito Federal – Senado Federal (art. 52, IX).
Art. 34 a 38 da Lei 101/00.
Art. 35, § 1º, Lei 101/00. Despesa decorrente serve para a manutenção da despesa e não é um bem duradouro. Ex.: aquilo que dura menos de um ano. Despesa de capital é para a manutenção do bem duradouro. Ex.: reforma de escola.
Art. 37, Lei 101/00. Substituição tributária.
Art. 38, Lei 101/00. ARO.
	
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