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3.Hipersensibilidade do tipo 3

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Hipersensibilidade do tipo 3
Pode ser causada tanto por IgM quanto por IgG
É hipersensibilidade dos imunocomplexos, que podem ser formados tanto na circulação quanto nos tecidos
Pode ser ativada por antígenos solúveis na pele
Dano tecidual mediado por resposta inflamatória
Esses imunocomplexos são formados por anticorpos e antígenos
Só anticorpos policlonais formam imunocomplexos, pois reconhecem epítopos diferentes
Nos imunocomplexos tem-se várias porções constantes de anticorpos próximas, dentro de um mesmo aglomerado proteico. Esses complexos proteicos se acumulam em determinados locais do corpo e isto permite que células do sistema imune inato reconheçam as porções Fc, ocorrendo o cross-linking dos receptores. Assim, essas células são ativadas e degranulam. Deste modo, inicia-se o processo inflamatório
Principais locais de deposição de imunocomplexos: são formados principalmente no sangue, mas pode acontecer na pele também. Isso é devido a IgG presente nesses locais
Em veias de grande calibre, macrófagos não fazem fagocitose, neutrófilos não são ativados, linfócitos não fazem sinapse imunológica e etc. Para ocorrer interação entre células, pelo menos uma delas tem que estar presa a um substrato
Mesmo que ocorra deposição de imunocomplexos em veias de grosso calibre (raro), dificilmente um neutrófilo conseguirá reconhecê-lo e se ligar a porções Fc a ponto de poder ser ativado
A deposição ocorre na microcirculação. A velocidade do fluxo em veias de grosso calibre é maior, porém a pressão é menor. Então, a deposição de imunocomplexos também não acontece em qualquer veia da microcirculação
Na maior parte das vezes acontece em microvasculaturas com muitas ramificações. Locais onde o imunocomplexo, por conta da pressão, bate na parede dos vasos para realizar curvas em ramificações mais complexas, que costumam estar mais presentes na pele, articulações e nos rins. Então, as manifestações clínicas mais comuns são: dor nas articulações, rash cutânea e glomerulonefrite
Existem doenças autoimunes causadas por deposição exacerbada de imunocomplexos. Ex: Lúpus eritematoso sistêmico, os principais sintomas estão associados a pele e glomerulonefrite
Existe formação de imunocomplexos em situações que não são autoimunes
A dor nas articulações que acompanha infecções virais decorre da deposição de imunocomplexos e acompanha a primeira fase de hiperemia
Em infecções bacterianas, a carga bacteriana na corrente sanguínea não costuma ser suficiente para ocorrer uma formação maciça de imunocomplexos. Se a concentração bacteriana chegar a níveis muito altos, é sepse
Existem 2 situações em que a formação de imunocomplexos se torna patológica:
Exposição excessiva ao antígeno
Infecções resistentes, número de antígenos circulantes se mantém constante/crescente por um longo período de tempo. Ex: hepatite crônica na fase final de produção de partículas virais
Autoimunidade
Antígenos que estão no ambiente constantemente
Defeito intrínseco nos mecanismos de depuração ou nos mecanismos de fagocitose (ex: doença crônica granulomatosa). Ex: esplenectomia
Na pele, a reação de hipersensibilidade do tipo 3 é chamada de reação de Arthus. Que pode ser comparada com a hipersensibilidade do tipo 1: acontece contra o mesmo tipo de antígenos (pequenas partículas proteicas, solúveis, carreadas por partículas secas, com atividade enzimática e com alta capacidade de difusão). Mas aqui, na fase de sensibilização, ao invés da pessoa desenvolver uma resposta de IgE, ela desenvolve uma resposta de IgG. Provavelmente o contexto da entrada deste antígeno era inflamatório
Mas o antígeno é capaz de penetrar a pele nos encontros subsequentes. Assim, ele entra em contato com o IgG de memória, que pode formar imunocomplexos, que se ligam aos mastócitos. Pode haver o auxílio do complemento, que aumenta ainda mais a atividade das células residentes. Assim, os granulócitos residentes degranulam
Diferenças: tempo (tipo 1 é imediata, tipo 3 é de 1 a 2h. Na do tipo 3, tem que haver um encontro do antígeno com a IgG para ocorrer a formação de um imunocomplexo capaz de ser reconhecido pelo complemento. Aí acontece a ativação do mastócito e o desenvolvimento da inflamação)
As células envolvidas são as mesmas (mastócitos, eosinófilos e basófilos). Então a histamina também possui um papel importante
Somente com o exame clínico do paciente não é possível distinguir se a reação de hipersensibilidade é do tipo 1 ou 3. A única maneira é fazendo o teste de hipersensibilidade, que é baseada no tempo da resposta. O tratamento da fase aguda para as 2 é igual: anti-inflamatório, associado ou não ao anti-histamínico. 
Para a profilaxia o anti-histamínico funciona porque a maior parte dos efeitos causados pelos imunocomplexos também é dependente de granulócitos, que vão degranular e liberar histamina. Mas os imunocomplexos também agem por outros meios. Então aqui a profilaxia deve ser combinada a um anti-inflamatório. Porque na reação de Arthus os imunocomplexos podem se formar em variados locais do corpo. 
Não se faz terapia de dessensibilização. Porque aqui a IgG já é o anticorpo principal
Glomerulonefrite
Infiltração polimorfonuclear nos glomérulos

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