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Paulista 2015 HUMBERTO SANTOS DE OLIVEIRA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO ANALISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS TRABALHO INTERDISCIPLINAR: Paulista 2015 TRABALHO INTERDISCIPLINAR: Trabalho Interdisciplinar de Produção Textual Individual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral no primeiro semestre. Professores: Marco Hisatomi (Sistemas de Computação e Informação) Merris Mozer (Interação Humano-Computador) Adriane Loper (Segurança da Informação) José Adir Lins Machado (Ética, Política e Sociedade) HUMBERTO SANTOS DE OLIVEIRA SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 4 3 INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR – IHC .................................................. 5 3.1 O QUE É INTERFACE, INTERAÇÃO E USUÁRIOS? ...................................... 5 3.2 DESIGN DE INTERFACES: ............................................................................. 5 3.3 AS GERAÇÕES DAS INTERFACES................................................................ 6 3.4 OS DESAFIOS DE IHC .................................................................................... 8 3.5 CONCEITO DE USO E SUAS NORMAS ......................................................... 8 3.6 MODELO DE CICLO DE VIDA PARA DESIGN DE INTERAÇÃO .................. 13 4 GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO .................................................... 15 4.1 SIG ................................................................................................................. 15 5 A ÉTICA FUNCIONAL APLICADA AS NOVAS TECNOLOGIAS ....................... 17 6 CONCLUSÃO .................................................................................................... 20 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 21 3 1 INTRODUÇÃO Este trabalho é elaborado como trabalho interdisciplinar para apresentar as distinções das matérias ministradas no 1º período do curso de Analise e Desenvolvimento de Sistemas, esta interação será realizada conforme temas e assuntos abordados nas devidas matérias de Sistemas de Computação e Informação, Interação Humano-Computador, Gestão e Segurança da Informação e Ética, Política e Sociedade. O objetivo deste tem é apresentar a contextualização dos conceitos e competências estudadas e desenvolvidas neste 1º semestre de curso conforme definições e proposta apresentadas. 4 2 DESENVOLVIMENTO Ao iniciar os estudos me deparei com um mundo novo de ciências até então desconhecidas tecnicamente, porém vivida obscuramente pelo uso sem discernimento ou forma corretas, assim ao ter contato com tais matérias passei a descobrir um novo mundo de conhecimento e técnicas a serem desenvolvidas e utilizadas para o meu futuro profissional no mundo da Tecnologia da Informação e Comunicação, então apresento a seguir estes novos conceitos e conhecimentos. A linguagem é o bem mais precioso e também o mais perigoso que foi dado ao homem. (Holderlin, Friedrich). 5 3 INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR – IHC IHC ou Interação Humano-Computador é o estudo da interação entre pessoas e computadores, e é relacionada a várias ciências tias como à Ciência de Computação, a Artes, ao Design, a Ergonomia, a Psicologia, a Sociologia, a Semiótica, a Linguística, e áreas afins. Esta interação ocorre através da Interface de Usuário que são formadas por softwares e hardwares. 3.1 O QUE É INTERFACE, INTERAÇÃO E USUÁRIOS? Interface: É o objeto que realizar a ligação ou comunicação entre o indivíduo e o equipamento (hardware e/ou software). Interação: É a ação ou forma que ocorre entre o indivíduo e o equipamento (hardware e/ou software). Usuário: É o indivíduo (pessoas ou empresas) que realiza as ações de Interação na Interface. 3.2 DESIGN DE INTERFACES: Tem como objetivo apresentar de forma clara e fácil ao usuário, para que assim o mesmo possa ter os melhores benefícios no manuseio de equipamentos afins. No Design de Interfaces deve-se sempre seguir princípios com forme: Clareza é o trabalho #1; A interface existe para permitir a interação; Prender a atenção de todas as formas; Manter o usuário no controle; Manipulação direta; Um objetivo principal em cada tela de apresentação; Manter as ações secundárias em segundo plano; 6 Fornecer sempre um próximo passo; Questões de Consistência; 3.3 AS GERAÇÕES DAS INTERFACES 1ª Geração: Esta geração foi determinada pelo uso de painéis com plugues, botões, mostradores e funcionamento dedicado. Comandos e interfaces de perguntas. Exemplos: A comunicação é puramente textual e é feita via comandos e respostas às perguntas geradas pelo sistema. ENIAC – Composto por sistemas de tubulações desenvolvidos para resolução de problemas específicos, por especialistas com conhecimento preciso e detalhado das operações de software; O usuário tinha uma relação de um para um com o computador, realizando as operações através de chaves e botões. Por conta do usuário ser apenas um operador de máquina e ainda controlar pouca ou nenhuma abstração, não se podia medir as interações computador e seu usuário especialista. Em idos dos anos cinquentas, o usuário de computador era individual, com seu tempo totalmente dedicado à máquina. 2ª Geração: Inicia-se o uso de cartões perfurados e entrada de dados remotamente (“RJE”), utilizando funcionalidades via comandos. Menus simples. Exemplos: Uma lista de opções é apresentada ao usuário e a decisão apropriada é selecionada via algum código digitado pelo usuário. Esta geração introduziu vários níveis importantes de mediação e abstração entre o usuário e o computador (hardware). 7 As linguagens de controle de serviços ("job control languages - JCL"), controlavam as atividades dos computadores sem a necessária intervenção do usuário. Os lotes de cartões, as listagens de impressoras, os balcões de atendimento e os JCL formaram o ponto central da imagem do usuário dos sistemas de segunda geração. Provavelmente, a mudança mais importante foi a autonomia de tempo oferecida, pelo processamento em lotes, para o usuário que, até então, ficava o tempo todo em que durava o processamento de um programa, dedicado a operação do computador. 3ª Geração: Tempo compartilhado via teletipo ("teletype timesharing"), inicia- se o uso da orientação a janela, as utilizando-se funcionalidades de apontar e apanhar (point and pick interfaces). Exemplos: Os sistemas operacionais passaram, a proporcionar a execução concorrente de múltiplos serviços, originando o conceito de compartilhamento do computador com uma grande comunidade de usuários, de maneira interativa. O uso de sistemas em tempo compartilhado proporcionou, aos usuários de sistemas em lotes, os mesmos serviços oferecidos anteriormente, porém acrescidos da facilidade da execução dos trabalhos de modo interativo, permitindo amonitoração de seus progressos de forma "on- line". O usuário digitava uma linha de entrada para o computador, que imediatamente a processava e respondia com outra linha. No modo de interação conversacional, o usuário conversava com o computador da mesma forma que com outra pessoa, através de uma ligação teletipo a teletipo. Conhecidas como interfaces WIMP (Windows, Icons, Menus and Pointing Devices) mais manipulação direta, trazendo o conceito de Desktop (Mesa de Trabalho). 8 4ª Geração: Introdução de controle gráficos e janelas, nesta geração foi introduzida as operações utilizando-se menus suspensos e aninhados de opção. Exemplos: Estes tipos de menus rapidamente se tornaram padrões para os sistemas de aplicações desenvolvidos para serem operados por pessoas não especializadas em computação. O desenvolvimento de terminais alfanuméricos rápidos e sofisticados permitiu que se pudesse apresentar, para o usuário, uma grande quantidade de informações de maneira quase que instantânea, possibilitando o desenvolvimento dos menus de escolhas, pelos quais os usuários podiam selecionar o item desejado, simplesmente pressionando uma ou duas teclas. A quarta geração das interfaces está disponível na maioria das estações de trabalho e dos computadores pessoais atuais. 3.4 OS DESAFIOS DE IHC A interação Humano Computador, tem como desafios: Construir interfaces que consigam equilibrar a relação de conforto, facilidade de uso e ainda que não haja perca de desempenho da aplicação ou ferramenta. O desafio não passa simplesmente pelo desenvolvimento de novas tecnologias ou formas de interação, porém também por uma melhorada relação entre custo, qualidade e acessibilidade de equipamentos e/ou máquinas. 3.5 CONCEITO DE USO E SUAS NORMAS O conceito de uso está relacionado diretamente à capacidade e à facilidade, em relação direta com à eficiência e à satisfação do usuário em conseguir 9 atingir sua meta operacional. Existem normas internacionais e nacionais que regem as condições e controle de uso de aplicações, conforme exposto abaixo: ISO/IEC 9126 – É a norma que estabelece o conjunto de normas para o Modelo de Qualidade de Software, que pode ser entendido de diversas formas e utilizado de diferentes abordagens. Estabelecendo e distribuídos em seis características principais, conforme os seguintes componentes, características e sub- características: Funcionalidade: É a capacidade de um produto de software gerado prover as funcionalidades que satisfaçam o usuário em suas necessidades declaradas, explicitadas, analisadas e implícitas, dentro de um determinado contexto de uso; o Adequação, que mede o quanto o conjunto de funcionalidades é adequado às necessidades do usuário; o Acurácia (ou precisão) representa a capacidade do software de fornecer resultados precisos ou com a precisão dentro do que foi acordado/solicitado; o Interoperabilidade que trata da maneira como o software interage com outro(s) sistema(s) especificados; o Segurança mede a capacidade do sistema de proteger as informações do usuário e fornecê-las apenas (e sempre) às pessoas autorizadas; Confiabilidade: É a capacidade do produto de software se manter dentro do nível de desempenho operacional nas condições pré-estabelecidas; o Maturidade, entendida como sendo a capacidade do software em evitar falhas decorrentes de defeitos no software; o Tolerância a Falhas representando a capacidade do software em manter o funcionamento adequado mesmo quando ocorrem defeitos nele ou nas suas 10 interfaces externas; o Recuperabilidade que foca na capacidade de um software se recuperar após uma falha, restabelecendo seus níveis de desempenho e recuperando os seus dados; Usabilidade: É a capacidade do produto de software ter clareza e compreensão, seu funcionamento aprendido, ser operado e ser atraente ao usuário/operador. Este conceito é muito abrangente, podendo ser aplicado mesmo a aplicações que não têm interface com o usuário; Inteligibilidade que representa a facilidade com que o usuário pode compreender as suas funcionalidades e avaliar se o mesmo pode ser usado para satisfazer as suas necessidades específicas; o Apreensibilidade identifica a facilidade de aprendizado do sistema para os seus potenciais usuários; o Operacionalidade é como o produto facilita a sua operação por parte do usuário, incluindo a maneira como ele tolera erros de operação; o Atratividade envolve características que possam atrair um potencial usuário para o sistema, o que pode incluir desde a adequação das informações prestadas para o usuário até os requintes visuais utilizados na sua interface gráfica; Eficiência: É quando o tempo de execução da aplicação e os recursos necessários são compatíveis com o nível de desempenho da aplicação (software); o Comportamento em Relação ao Tempo que avalia se os tempos de resposta (ou de processamento) estão dentro das especificações; o Utilização de Recursos que mede tanto os 11 recursos consumidos quanto a capacidade do sistema em utilizar os recursos disponíveis; Manutenibilidade: E a capacidade (ou mesmo a facilidade) do produto se software ser modificado, incluído tanto as melhorias ou extensões de funcionalidades em relação a correção de defeitos, falhas ou erros, ainda atualização ou redefinições; o Analisabilidade identifica a facilidade em se diagnosticar eventuais problemas e identificar as causas das deficiências ou falhas; o Modificabilidade caracteriza a facilidade com que o comportamento do software pode ser modificado; o Estabilidade avalia a capacidade do software de evitar efeitos colaterais decorrentes de modificações introduzidas; o Testabilidade representa a capacidade de se testar o sistema modificado, tanto quanto as novas funcionalidades quanto as não afetadas diretamente pela modificação; Portabilidade: É a capacidade da aplicação (software) ser transferido (portado) de um ambiente operacional para outro. Como “ambiente”, deve-se considerar todos os fatores de adaptação, tais como: Infraestrutura (Tipo e Versão do Sistema Operacional e Servidor de Banco de Dados), Hardware (Tipo e Recursos diferentes) e necessidades ou modificações de processadores e memória RAM. o Adaptabilidade, representando a capacidade do software se a adaptar a diferentes ambientes sem a necessidade de ações adicionais (configurações); o Capacidade para ser Instalado identifica a facilidade com que pode se instalar o sistema em 12 um novo ambiente; o Coexistência mede o quão facilmente um software convive com outros instalados no mesmo ambiente; o Capacidade para Substituir representa a capacidade que o sistema tem de substituir outro sistema especificado, em um contexto de uso e ambiente específicos. Este atributo interage tanto com adaptabilidade quanto com a capacidade para ser instalado; ISO/IEC 9241 – É a norma que define a medida pela qual um produto pode ou deve ser utilizado por usuários específicos, para que possa alcançar objetivos específicos, requisitos ergonômicos para a realização dos processos funcionais, tais como: Contexto de Uso: São os usuários, as tarefas, os equipamentos (Hardware, Software), o ambiente físico e social em que o produto deve ser utilizado; Satisfação: É o conforto e aceitabilidade do produto, medidos por processos subjetivos e/ou objetivos; Efetividade: Permitindo que o usuário/operador obtenhaos objetivos iniciais de interação, é avaliada tanto em termos de finalização, como também em termos de qualidade final obtida; Eficiência: Refere-se à quantidade de esforço e recurso necessário para alcançar um objetivo, para tal pode-se medir o nível de eficiência conforme: o Os desvios realizados pelo usuário durante a interação; o E a quantidade de erros cometidos durante a interação. ISO 13407 – É destinada aos gerentes de processo de design e responsável pelos processos de concepção centrado no usuário para os aplicativos interativos. Nesta norma descreve as etapas de compreensão e especificidade do contexto de utilização, dos requisitos relacionados ao operador (usuário) e à 13 empresa (organização), produção de soluções e avaliações. É aplicada no equipamento, nos testes de usuário, no software e nos processos. Esta norma descreve quatro princípios de design centrado no ser humano: O envolvimento ativo dos clientes ou aqueles que são diretamente envolvido no projeto. Alocação adequada de função, certificando-se das informações serem utilizadas corretamente. Iteração de soluções de projeto, para dar tempo no planejamento do projeto. Design multidisciplinar, mas cuidando excessivamente de grandes equipes de projeto. 3.6 MODELO DE CICLO DE VIDA PARA DESIGN DE INTERAÇÃO Ciclo de vida refere-se aos estágios de concepção, projeto, criação e implementação de um produto de software, e possui modelos conforme descrito abaixo: O modelos de ciclo de vida está diretamente relacionado a: Identificar necessidades Estabelecer requisitos Constitui design Construir versões interativas Avaliar Em caso falho Re-Design. Na engenharia de software temos os modelos: Em Cascata: Analise de requisitos; Design; Codificação; Testes; Manutenção. Em RAD (Rapid Application Development) 14 Set up; Oficina com Usuário (JAD); Iteração design/construção; Engenharia final e testes; Implementação; Revisão. Em espiral: Determinação de objetivos; Alternativas de construção; Alternativas de evolução; Identificação e resolução de riscos; Desenvolver o próximo nível do produto; Planejar a próxima fase ou nível do produto. Em estrela: Analise e levantamento funcional; Especificação de requisitos (funcionais e não-funcionais); Implementação; Conceitualização formal do design; Prototipação; Evolução. 15 4 GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 4.1 SIG Os Sistemas de Informação Gerencial (SIG) são sistemas ou processos que fornecem as informações necessárias para gerenciar com eficácia as organizações. Um SIG gera produtos de informação que apoiam muitas necessidades de tomada de decisão administrativa e são o resultado da interação colaborativa entre pessoas, tecnologias e procedimentos, que ajudam uma organização a atingir as suas metas. Um SIG pode incluir software que auxilia na tomada de decisão, recursos de dados, tais como bancos de dados, o hardware de um sistema de recursos, sistemas de apoio à decisão, sistemas especialistas, sistemas de informação executiva, gestão de pessoas, gestão de projetos e todos os processos informatizados que permitem que a empresa funcione eficientemente. É um sistema que disponibiliza a informação certa, para a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa, da forma correta e com o custo certo. Os SIG’s possuem uma multiplicidade de produtos de informação, que são apresentadas através de relatórios, que ajudam os gerentes com o fornecimento de dados e informações para a tomada de decisões. Os relatórios oferecidos por esses sistemas são: Relatórios programados: Estes relatórios são uma forma tradicional de fornecimento de informações para os gerentes. Exemplos típicos desses relatórios são os relatórios de vendas diários e semanais ou demonstrativos financeiros mensais. Relatório de exceção: São casos excepcionais de relatórios onde o gerente pode obter informações específicas. Como exemplo, um gerente de crédito pode receber um relatório que contém informações apenas sobre clientes que excedem os limites de crédito. Informes e respostas por solicitação: Este tipo de relatório mostra as informações sempre que o gerente requisitar. 16 Possibilitam através de suas estações de trabalho respostas imediatas ou que encontrem e obtenham respostas imediatas. Relatórios em pilhas: As informações são empilhadas na estação de trabalho em rede do gerente. Todas as funções de gestão, planejamento, organização, direção e controle são necessárias para o bom desempenho organizacional. Os sistemas de informação gerenciais são fundamentais para suportar essas funções, especialmente a de planejamento e controle. Os Sistemas de Informação Gerencial são parte integrante das estratégias empresariais, pois a comunicação e a informação são de grande valor nas organizações. A qualidade da decisão tomada pelo gerente vai depender da qualidade e relevância das informações disponíveis. Por isto é muito importante investir em um SIG para oferecer informações rápidas, precisas e principalmente úteis, que irão garantir uma estruturação de gestão diferenciada, o que resultará em vantagem competitiva sobre as demais empresas. Exaltadas todas as atividades e processos realizados pelos SIG’s, estes são ferramentas chave para utilização em soluções em aplicações comerciais tanto empresas físicas quanto empresas digitais (e-Commerce – web). Além da possibilidade de integração com aplicações de logística para a realização da distribuição de produtos em geral. 17 5 A ÉTICA FUNCIONAL APLICADA AS NOVAS TECNOLOGIAS Nos tempos atuais, onde nos é permitida a utilização de tecnologias de comunicação de massa cada vez mais rápidas e abrangentes, necessariamente passamos a ser mais e mais compelidos a sermos vigiados, invadidos e espionados por empresas, organizações e governos, a título de que precisamos de segurança em nossos dados, mesmos trocados com demais usuários/operadores (conhecidos ou desconhecidos). Tivemos no últimos anos informações de que nossos dados são utilizado levianamente por terceiros para benefício próprio (quaisquer que sejam) e que alguns (poucos) indivíduos operam aplicativos de interceptação de dados de pessoas ligadas direta ou indiretamente a instituições governamentais, tanto quanto não-governamentais, para captura de informações trocadas entre outros indivíduos. Liberalismo de Estado: Segundo Norberto Bobbio, podemos compreender “liberalismo” como uma determinada concepção de Estado, na qual este tem poderes e funções limitados. Assim, será o avesso daquele Estado no qual o poder absolutista imperou em boa parte da Idade Média e da Idade Moderna. Da mesma forma, ele se contrapõe ao que hoje consideramos ser o Estado social, ou de bem-estar social que se viu na URSS no século XX. Além disso, Bobbio também aponta que um Estado liberal não é necessariamente democrático, mas, ao contrário, realiza-se historicamente em sociedades nas quais prevalece a desigualdade à participação no governo, sendo ela bastante restrita em termos gerais, limitada a classes possuidoras (BOBBIO, 1995). Obviamente, o Estado liberal seria fruto de um pensamento liberal, pensamento este discutido por vários intelectuais nos últimos cinco séculos, mas que teria suas bases nas teses de John Locke (1632-1704), considerado o pai do liberalismo principalmente por conta de suas ideias em “Dois tratados do governo civil”, obra publicada no final do século XVII. No primeirotratado, ele faz uma crítica ao tipo de Estado caracterizado pelo poder absolutista do rei, pautado na escolha divina. No segundo tratado, escreve sobre a origem, extensão e objetivo do governo civil. Há um trinômio muito importante em sua obra constituído pelos conceitos de Estado natural, Contrato social e Estado civil. Para Locke, o homem é anterior à sociedade e a liberdade e a igualdade fazem parte de seu Estado de 18 natureza. No entanto, elas não são vistas de forma negativa como nas ideias de Thomas Hobbes (o qual afirma que os sentimentos de liberdade e igualdade conduzem a guerra constante), mas sim dizem respeito a uma situação de relativa paz, concórdia e harmonia. Nas palavras de Francisco Welfort (2006), nesse estado pacífico os homens já eram dotados de razão e desfrutavam da propriedade que, numa primeira acepção genérica utilizada por Locke, designava simultaneamente a vida, a liberdade e os bens como direitos naturais do ser humano. No estado natural do homem ele possuiria direitos naturais que não dependeriam de sua vontade (um estado de perfeita liberdade e igualdade). Locke afirma que a propriedade é uma instituição anterior à sociedade civil (criada junto com o Estado) e por isso seria um direito natural ao indivíduo, que o Estado não poderia retirar. “O Homem era naturalmente livre e proprietário de sua pessoa e de seu trabalho” (WELFFORT, 2006, pg. 85). Contudo, apesar de John Locke acreditar no lado positivo da liberdade e da igualdade no estado de natureza, tal situação não estava isenta de inconvenientes como a violação da propriedade. Para contornar esses inconvenientes era preciso fazer um contrato social, que unisse os homens a fim de passarem do estado de natureza para a sociedade civil. Seria necessário instituir entre os homens um contrato social ou um pacto de consentimento, no qual o Estado é constituído como “dono” do poder político para assim preservar e consolidar ainda mais os direitos individuais de cada homem, direitos estes que eles já possuíam desde o estado de natureza. Assim, “é em nome dos direitos naturais do homem que o contrato social entre os indivíduos que cria a sociedade é realizado, e o governo deve, portanto, comprometer-se com a preservação destes direitos” (MARCONDES, 2008, p. 204). Segundo Welffort, no Estado civil os direitos naturais inalienáveis do ser humano à vida, à liberdade e aos bens estão mais bem protegidos sob o amparo da lei, do árbitro e da força comum de um corpo político unitário. Este seria o sentido e a necessidade da formação do Estado como garantidor de direitos. Não é por outro motivo que John Locke é considerado o pai do individualismo liberal. Sua obra terá grande influência na conformação do pensamento liberal ao longo do século XVIII. A doutrina dos direitos naturais está na base das Declarações dos Direitos dos Estados Unidos (1776) e na Revolução Francesa (1789). O Estado liberal é o Estado limitado, sendo a função dele a 19 conservação dos direitos naturais do homem. Assim, se a defesa dos direitos dos homens é o mote do pensamento liberal, a valorização do individualismo é uma consequência óbvia e direta no Estado Liberal ou, nas palavras de Bobbio, “sem individualismo não há liberalismo” (BOBBIO, 1995, pg. 16). Certamente, o desenvolvimento desses valores e dessa visão de Estado foi fundamental para o desenvolvimento do capitalismo enquanto modo de produção, formando as bases jurídicas da sociedade capitalista. Dessa forma, as questões levantadas são: até que ponto a liberdade e igualdade entre os homens conseguem andar juntas no sistema econômico capitalista? Embora o Estado liberal garanta a defesa da liberdade, ele poderia garantir a igualdade (em seu sentido mais amplo) entre os homens? Fica o convite à reflexão. 20 6 CONCLUSÃO As matérias apresentadas deste semestre dão uma visão sobre as necessidades de constituição de sistemas (aplicações) para operações de gerenciamento e controle empresarial, tendo foco na sua segurança da informação, na melhoria da interação entre a aplicação (software) e o operador, bem como nas relações elaboradas para uma correta ação de usabilidade, aplicabilidade e operacionalidade aliadas as normas e censo ético, moral e social dentro das atividades desempenhas. 21 REFERÊNCIAS Wikipédia, Interação humano-computador. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Intera%C3%A7%C3%A3o_humano-computador>. Acessado em 16/05/2015 Wikipédia, Interface do utilizador. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Interface_do_utilizador>. Acessado em 16/05/2015. Wikipédia, Interface. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Interface>. Acessado em 16/05/2015. Wikipédia, Interação. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Intera%C3%A7%C3%A3o>. Acessado em 16/05/2015. Wikipédia, Usuário. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Usu%C3%A1rio>. Acessado em 16/05/2015. UFPA, IHC. Disponível em: <http://www.ufpa.br/srbo/Disciplinas/CBSIIHC/Aulas/Aula01.pdf>. Acessado em 16/05/2015. Desafios da Interação Homem e Máquina. Disponível em: <http://interaccaohomemaquina.blogspot.com.br/2009/01/desafios-da-interaco- homem-mquina.html>. Acessado em 16/05/2015. Norma ISO 9126. Disponível em: <http://usabilideiros.com.br/index.php/qualidade- de-software/item/5-norma-iso-9126>. Acessado em 16/05/2015. NBR ISO/IEC 9126-1. Disponível em: <http://luizcamargo.com.br/arquivos/NBR%20ISO_IEC%209126-1.pdf>. Acessado em 16/05/2015. ISO 13407. Disponível em: <http://pt.kioskea.net/faq/8756-normas-de-ergonomia- dos-softwares>. Acessado em 16/05/2015. ISO 13407. Disponível em: <http://www.userfocus.co.uk/resources/iso9241/iso13407.html>. Acessado em 16/05/2015. SIG. Disponível em: <http://www.infoescola.com/administracao_/sistema-de- informacao-gerencial/>. Acessado em 16/05/2015. Liberalismo. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/sociologia/as-bases- estado-pensamento-liberal.htm>. Acessado em 16/05/2015. 22 Everson Matias de Morais; Adriane Aparecida Loper. Interação Humano- Computador. Londrina: UNOPAR, 2014. 160p. Fábio Roberto Tavares; Márcia Bastos de Almeida; Sergio de Goes Barbosa. Ética, Política e Sociadade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. 192p. Luís Claudio Perini; Bruno Cézar Scaramuzza; Nádia Brunetta. Gestão e Sistemas de Informação. São Paulo: Pearsoon Prentice Hall, 2010. Erika Coachman. Segurança da Informação. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010.
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