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TORCHS Renata Costa UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS MATERNIDADE ESCOLA SANTA MÔNICA Izadora Nunes da Silva Jéssica Alves Machado Stephanny Hellen A. de Andrade Valdinete Santos Silva de Oliveira Residentes de Obstetrícia Residente de Neonatologia ‹#› INTRODUÇÃO ‹#› Sigla utilizada para agrupar cinco doenças infecciosas que podem afetar o feto e o recém nascido e que possuem apresentação clínica semelhante: oxoplasmose utras ubéola itomegalovírus erpes ífilis Toxoplasmose ‹#› ‹#› INTRODUÇÃO ‹#› Toxoplasmose A Toxoplasmose é uma doença caracterizada como de fácil contaminação a partir das fezes dos gatos, por meio da zoonose. A sua transmissão se dá via Toxoplasma gondii, provocando uma parasitose com elevada prevalência. A Toxoplasmose apresenta um agravo ainda maior quando se trata de mulheres grávidas, mostrando-se como infecciosa, congênita ou adquirida via protozoário. A contaminação nem sempre ocorre de maneira direta, podendo ser efetivada através de ingestão de água ou consumo de alimentos contaminados. INTRODUÇÃO ‹#› Toxoplasmose Quando a mulher em período gestacional conta com um acompanhamento adequado durante a gestação, aumentam-se as possibilidades de se garantir o desenvolvimento saudável do feto, sem prejudicar a saúde da mãe. Neste sentido, a triagem sorológica pré natal auxilia na adoção de procedimentos preventivos e terapêuticos com o intuito de se minimizar as possibilidades de transmissão vertical e dano à criança. O pré-natal logo nas primeiras semanas de gestação com desempenho sorológico possibilita a detecção precoce e permite eliminar a Toxoplasmose aguda. CICLO EVOLUTIVO Toxoplasmose ‹#› TRANSMISSÃO Toxoplasmose Fecal-oral Carnivorismo CONGÊNITA ‹#› FATORES PREDISPONENTES Toxoplasmose Estado imunológico do hospedeiro Tamanho do inóculo Forma infectante (cisto ou oocisto) Genética do parasito (3 tipos de linhagens clonais, sendo a 1ª a mais virulenta) Idade gestacional ‹#› FATORES PREDISPONENTES Toxoplasmose Idade gestacional ‹#› QUADRO CLÍNICO NA GESTANTE Mais de 90% dos casos são assintomáticos, portanto o diagnóstico clínico é de pouca valia. Fundamental para o diagnóstico é a coleta de sangue para a detecção dos anticorpos da classe IgG e IgM. Toxoplasmose Febre baixa Mal estar Cefaleia; linfonodos inflamados A associação de hidrocefalia, calcificações cerebrais e coriorretinite → tríade clínica clássica (incomum). ‹#› TRIAGEM PRÉ NATAL Toxoplasmose O diagnóstico materno baseia-se, primeiramente, na triagem sorológica para anticorpos IgG anti-T.gondii por meio do método Elisa (ensaio imunoenzimático) indireto e a pesquisa de IgM anti-T.gondii por meio do método Elisa de captura. A sorologia deverá ser solicitada no início do 1º trimestre de gestação (IgM e IgG), se a gestante for suscetível (IgM e IgG não reagentes), a sorologia deverá ser repetida no início dos 2º e 3º trimestres gestacionais. Em pacientes que apresentem resultado IgM e IgG positivos deverá ser solicitado o teste de avidez para IgG, preferencialmente na mesma amostra. Caso IgM não reagente e IgG reagente, quando realizados precocemente, indica doença antiga não sendo necessário repetir o exame durante a gestação ( exceto em pacientes com imunodeficiência) ‹#› TRIAGEM PRÉ NATAL A gestante que apresentar infecção por T. gondii, por meio da pesquisa de anticorpos IgM reagentes, em qualquer trimestre gestacional, deverá ser iniciado o tratamento na Atenção Primária e simultaneamente ser encaminhada para Referência de Alto Risco do município, mantendo o acompanhamento concomitante na Unidade de Atenção Primária à Saúde Toxoplasmose ‹#› TRIAGEM PRÉ NATAL Toxoplasmose SOROLOGIA IgG e IgM Negativos IgG+ e IgM negativo IgG+ ou -; e IgM+ Suscetível Imune Infecção antiga ou recente O que orientar??? ‹#› TRATAMENTO Toxoplasmose Toxoplasmose adquirida na gestação A terapêutica envolve droga de ação parasitostática (Espiramicina) que atua sobre a infecção placentária e uma associação de parasiticidas (Sulfadiazina e Pirimetamina com Ácido Folínico) que eliminam os agentes que atravessaram a barreira placentária e que atingiram o líquido amniótico e/ou o feto. O tratamento deverá ser instituído tão precoce quanto possível, assim que houver comprovação laboratorial da toxoplasmose adquirida na gestação. ‹#› TRATAMENTO Toxoplasmose ‹#› TRATAMENTO Toxoplasmose Observações: Ácido Folínico é associado ao tratamento para prevenir e tratar a toxicidade medular da pirimetamina. A periodicidade dos exames deve ser reavaliada a cada nova consulta, de acordo com exames laboratoriais. FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013 apud ANDRADE, G.M.Q; TONELLI, E., 2006; MICLEOD, R. et al. Congenital toxoplasmosis, 2006. ‹#› TRATAMENTO Toxoplasmose Observações: Recomenda-se a realização semanal de exames hematológicos durante o primeiro mês de tratamento. Havendo a estabilização da contagem de neutrófilos periféricos, a avaliação hematológica pode ser espaçada a cada duas semanas, durante um mês e, a seguir, mantida mensalmente até o final do tratamento. FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013 apud ANDRADE, G.M.Q; TONELLI, E., 2006; MICLEOD, R. et al. Congenital toxoplasmosis, 2006. ‹#› INTRODUÇÃO ‹#› Toxoplasmose Uma vez em contato com o Toxoplasma gondii durante a gestação, os fetos apresentam chances em torno de 40% a 50% de serem infectados e podem desenvolver complicações severas (SOUZA et. al., 2020). QUADRO CLÍNICO NO RECÉM-NASCIDO Depende da IG em que ocorreu a transmissão, sendo mais grave em idades gestacionais precoces. A maioria dos RN são ASSINTOMÁTICOS (85%). Toxoplasmose ‹#› QUADRO CLÍNICO NO RECÉM-NASCIDO Embora rara, a Tríade de Sabin, corresponde ao quadro clínico mais típico da toxoplasmose congênita sintomática. Toxoplasmose calcificações cerebrais coriorretinite hidrocefalia A associação de hidrocefalia, calcificações cerebrais e coriorretinite → tríade clínica clássica (incomum). ‹#› DIAGNÓSTICO Toxoplasmose ‹#› A presença de IgM antitoxoplasma nas crianças 1.000mg/dL), deve-se associar prednisona ou prednisolona até melhora do quadro. ‹#› TRATAMENTO ‹#› Toxoplasmose Sulfadiazina - 100 mg/kg/dia VO de 12/12h. Pirimetamina - 2 mg/kg/dia VO por 2 dias de 12/12h e, posteriormente, 1 mg/kg/dia dose ÚNICA diária. Ácido folínico - 5 a 10 mg três vezes na semana. Manter por uma semana após a retirada da pirimetamina. Prednisona - 0,5 mg/kg/dose VO de 12/12h se acometimento do SNC e/ou ocular, manter até redução do processo inflamatório, geralmente por quatro semanas. A soronegativação só deve ser considerada definitiva 6 meses após a suspensão das drogas. PREVENÇÃO ‹#› Toxoplasmose Não ingerir carnes cruas ou mal cozidas e usar luvas para manipular carnes cruas; Ingerir água tratada ou fervida; Lavar bem frutas e verduras; Não utilizar a mesma faca para cortar carnes e outros vegetais ou frutas; Evitar contato com material potencialmente contaminado com fezes de gatos (solo, grama, caixa de areia); Alimentar os gatos com carnes bem cozidas ou rações comerciais e lavar diariamente o local onde ele deposita as fezes (o oocisto se torna infectante em 24h). Cozinhar com temperatura >67ºC Outras ‹#› ‹#› INTRODUÇÃO‹#› Outras: Hepatite B A letra “O” do acrônimo TORCHS engloba uma série de infecções de transmissão vertical/perinatal, incluindo hepatite, HIV, entre outras. PARENTERAL SEXUAL VERTICAL varicela, parvovirose. HEPATITE B - via primária de transmissão é a parenteral, por contato com sangue e hemoderivados. É também transmitida por contato sexual e de mãe infectada para o recém nascido (durante o parto ou no período perinatal). Grupos de alto risco incluem os usuários de drogas injetáveis, homossexuais/heterossexuais com múltipos parceiros. ‹#› INTRODUÇÃO ‹#› Outras: Hepatite B Toda gestante deve ser investigada para infecção pelo HBV no 1ºT ou no início do pré-natal. Se isso não ocorrer, deve-se realizar o teste rápido na maternidade. ‹#› INTRODUÇÃO ‹#› Outras: Hepatite B Esquema vacinal com 3 doses é recomendado durante a gestação nos casos sem histórico de vacinação ou com esquema incompleto. Se exposição durante a gestação, é associado a vacina com a imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB). ‹#› INTRODUÇÃO ‹#› Outras: Hepatite B RN exposto à hepatite B: recebe ao nascimento a imunoprofilaxia combinada com a 1ª dose da previne a transmissão perinatal em até 90% dos casos. O esquema vacinal deve ser completado para então, avaliar a soroconversão. ‹#› ‹#› IMPORTANTE O aleitamento materno contraindicado Outras: Hepatite B INTRODUÇÃO ‹#› Outras: HIV HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. O HIV é um vírus que danifica as células do sistema imunológico. ‹#› PREVENÇÃO ‹#› Outras: HIV Fazer o pré-natal de forma correta, realizando os testes de HIV corretamente e iniciando o tratamento precocemente diminui as chances de transmissão para o bebê. A Zidovudina é indicada para a prevenção da transmissão vertical. Administrada durante o início do trabalho de parto ou até 3 horas antes da cesariana eletiva, até o clampeamento do cordão umbilical. ‹#› TRATAMENTO ‹#› Outras: HIV O RN deve receber a 1ª dose de AZT solução oral nas primeiras 4 horas de vida (de preferência na sala de parto). → manter tratamento nas 4 primeiras semanas de vida. → acompanhamento clínico e laboratorial mensal nos primeiros 6 meses e bimestral a partir do 1º ano de vida. ‹#› ‹#› Outras: HIV Clampeamento IMEDIATO do cordão Parto empelicado (se possível) Banho imediato em água corrente Aleitamento materno é contraindicado Quimioprofilaxia com AZT via oral Aspiração gástrica do LA se necessário e com cuidado para evitar traumatismos CUIDADOS COM O RN EXPOSTO AO HIV ‹#› ‹#› IMPORTANTE O aleitamento materno CONTRAINDICADO Outras: HIV CURIOSIDADE ‹#› Outras: HIV Crianças expostas ao HIV têm direito a receber fórmula láctea infantil gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde até, pelo menos, o 6º mês de vida! ‹#› Rubéola ‹#› ‹#› INTRODUÇÃO ‹#› Rubéola Uma das infecções do acrônimo T.O.R.C.H. Causada pelo vírus Rubéola, variante do Sarampo e da Escarlatina. É capaz de inibir o crescimento e maturação de células afetadas, Afeta todos os sistemas em formação, do feto; Síndrome da rubéola congênita Seu agente etiológico possui tropismo, afinidade pelos tecidos neurais TRANSMISSÃO ‹#› Rubéola A transmissão se dá por via respiratória ou hematogênica; O período de incubação pode levar de 2 a 3 semanas; O contágio pode se iniciar de 1 a 2 dias antes das erupções e perdurar até 1 semana depois. 25% - 50% dos casos são assintomáticos. Surgem erupções cutâneas pela face, em seguida pelo corpo. RISCO PARA O FETO ‹#› Rubéola Depende da idade gestacional em que ocorre a exposição; 1º ou 2º mês - pode levar a abortamento - taxa de transmissão de 40% -90%; 3º mês - taxa de transmissão de 30% a 35% 4º mês - taxa de transmissão de 10%. A infecção por rubéola pode levar à alterações cardíacas: Ducto arterioso persistente Estenose da artéria pulmonar Defeitos do septo interatrial ou interventricular DIAGNÓSTICO ‹#› Rubéola Exames laboratoriais identificam a imunoglobulina IgG e IgM na mãe; Amniocentese - pesquisa do vírus no feto por RT-PCR ou cordocentese - pesquisa de anticorpos IgM. Ultrassonografia - pesquisa efeitos característicos do SRC (microcefalia ou CIUR). RECOMENDAÇÕES ÀS GESTANTES ‹#› Rubéola Tomar a vacina antes da gestação; Realização de pré-natal de acordo com o Ministério da Saúde; Realização dos exames na gestação: sorologia para rubéola; Assim se toma conduta adequada para a gestante e para o feto infectado. ‹#› Rubéola INTRODUÇÃO A transmissão da gestante para o feto ocorre por via hematogênica. Após o 4º mês de gestação, a infecção por rubéola NÃO oferece risco para o feto ou RN. No momento da infecção, quanto MAIS PRECOCE for a idade gestacional, MAIOR é o dano para o feto. ‹#› QUADRO CLÍNICO ‹#› Rubéola No caso dos RN acometidos, até 70% podem ser assintomáticos ao nascimento. Caracteriza-se por exantema puntiforme difuso, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço, posteriormente espalhando-se para todo corpo. QUADRO CLÍNICO ‹#› Rubéola Podem ocorrer múltiplas anomalias decorrentes da teratogênese chamadas Síndrome da Rubéola Congênita, cujas manifestações clínicas podem ser: Transitórias Permanentes Tardias púrpura trombocitopenia hepatoesplenomegalia icterícia meningoencefalite osteopatia deficiência auditiva malformações cardíacas catarata glaucoma retinopatia pigmentar retardo do desenvolvimento diabetes mellitus A surdez é o sintoma mais precoce da Síndrome da Rubéola Congênita. QUADRO CLÍNICO ‹#› Rubéola Transitórias Permanentes Tardias Hepatoesplenomegalia Surdez Catarata Atraso no desenvolvimento QUADRO CLÍNICO ‹#› Rubéola As manifestações MENOS comuns incluem: adenopatia anemia pneumonia intersticial ‹#› Rubéola Crianças congenitamente infectadas, podem excretar o vírus nas secreções respiratórias e na urina por meses ou anos, portanto há risco de contágio durante todo este período. IMPORTANTE DIAGNÓSTICO ‹#› Rubéola O diagnóstico é difícil, sendo necessário associação a dados epidemiológicos e laboratoriais; O diagnóstico laboratorial pode ser feito por testes sorológicos ou isolamento do vírus (secreções - nasofaríngea o melhor material); Testes sorológicos se baseiam na identificação de: IgG IgM ineficiente pois o anticorpo é passado da mãe para a criança; eficiente pois não atravessam a membrana placentária TRATAMENTO ‹#› Rubéola Não há um medicamento efetivo. O tratamento é voltado para as más formações congênitas, de acordo com a sintomatologia apresentada. A detecção precoce da doença facilita os tratamentos clínico, cirúrgico e de reabilitação. PREVENÇÃO ‹#› Rubéola Pode haver transmissão da forma congênita até 1 ano de idade. Sendo assim, a vacinação contra rubéola protege efetivamente contra a infecção subsequente e é a melhor estratégia. A vacina é contraindicada durante a gestação vacinação deve ser feita em todas as mulheres em idade fértil Citomegalovírus ‹#› ‹#› INTRODUÇÃO ‹#› Citomegalovírus Biomedicina, Stocktrek Images, Inc. / Alamy Stock Photo, 2016. O Citomegalovírus (CMV) é um vírus da família Herpesviridae, também conhecido por Herpesvirus 5; Possui como característica peculiar sua capacidade de latência, podendo ser reativado em diferentes circunstâncias É considerado um dos mais importantes patógenos oportunistas do paciente imunocomprometido; São quatro subtipos principais: gB1, gB2, gB3 e gB4; O único reservatório para a transmissão do CMV humano é o próprio homem; INTRODUÇÃO ‹#› Citomegalovírus Seu genoma é constituído de DNA que se encontra na interior de um capsídeo protéico; Após uma infecção primária, geralmente assintomática, o vírus não é eliminado do organismo, permanecendo de forma latente, e sua viremia se mantém em níveis reduzido; Pacientes imunocomprometidosque não receberam os tratamentos adequados contra CMV, a infecção se torna sintomática CICLO VIRAL ‹#› Citomegalovírus A replicação do DNA viral começa entre 14 e 24 h após a infecção. Esse processo causa mudanças na forma da célula hospedeira. O ciclo replicatório dura aproximadamente 24h e consiste de TRÊS FASES : 1ª Fase (4h) – Há a produção de proteínas regulatórias 2ª Fase (8h) – Há a produção da DNA polimerase viral 3ª Fase (12h) – Há produção de proteínas estruturais e montagem de novos vírus. TRANSMISSIBILIDADE ‹#› Citomegalovírus Horizontalmente pelo contato direto de pessoa a pessoa Verticalmente da mãe para seu concepto. Secreções respiratórias, saliva, sangue, urina, secreção de colo uterino, esperma, colostro e leite materno. Pré-natal, perinatal ou pós-natal. Via transplacentária, por secreções durante o parto e na amamentação. Grande relevância no período gravídico-puerperal em virtude da sua capacidade de gerar disrupções fetais PERÍODO DE INCUBAÇÃO E SINTOMATOLOGIA ‹#› Citomegalovírus O período de incubação, após a infecção, é de 4 a 12 semanas, quando o antígeno já pode ser detectado. Nesse período, há o aparecimento de IgM-CMV ou, mais tarde, aumento de cerca de 400% no nível de IgG-CMV. A IgM torna-se reagente 1 a 3 semanas após a infecção e permanece reagente por 9 a 12 meses. A IgG torna-se reagente três a cinco semanas após a infecção e permanece reagente por tempo indeterminado. ‹#› Citomegalovírus O CMV pode infectar a retina, trato gastrointestinal, fígado, pulmões e sistema nervoso. A manifestação mais comum é a retinite, responsável por 85% de todos os casos de sintomas clínicos do CMV. Doenças gastrintestinais são a segunda mais comum e incluem esofagite, colite, gastrite e hepatite. O quadro clínico da CMV pode ser acompanhado por manifestações dermatológicas na forma de um exantema maculopapular. Uma síndrome semelhante à mononucleose infecciosa é a apresentação mais comum, sendo caracterizada por febre de duração prolongada, fraqueza, sudorese e mialgia. PERÍODO DE INCUBAÇÃO E SINTOMATOLOGIA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO ‹#› Citomegalovírus O vírus geralmente está presente na urina com elevados Títulos (após três a cinco dias). Essa técnica requer assepsia rigorosa na coleta de urina e processamento até 12 horas da amostra a 4º C. Baseia-se em resultados clínicos e imunológicos; O isolamento viral em cultura de fibroblastos humanos é o método convencional; Detecção citológica e histológica; As detecções de IgM e IgG através dos diversos métodos sorológicos (imunofluorescência indireta, ELISA, radioimunoensaio) O tratamento é baseado na administração de drogas antivirais, como ganciclovir e o foscarnet; Não tem cura e não pode ser removido do organismo. TRATAMENTO NA GESTANTE ‹#› Citomegalovírus O tratamento medicamentoso nas pacientes com soroconversão comprovada ainda envolve aspectos polêmicos. O uso da globulina hiperimune não demonstrou eficácia na redução da taxa de transmissão. O tratamento com valaciclovir tem se mostrado promissor, embora de custo elevado e ainda não disponível na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) Tem sido recomendado na dose de 2 g via oral de 6 em 6 horas, a partir da confirmação diagnóstica até 21 semanas de gestação. Quanto às gestantes com soroconversão no segundo ou no terceiro trimestre, o tratamento não é recomendado. MEDIDAS PROFILÁTICAS ‹#› Citomegalovírus Gestantes suscetíveis (IgG e IgM não reagentes) devem realizar medidas profiláticas para infecções, pois, nos grupos de alto risco, estão associadas à redução de 86% na taxa de transmissão vertical. As medidas profiláticas são: Lavar as mãos com sabão e água quente após qualquer cuidado com a criança. Não compartilhar talheres, copos, toalhas, lençóis e travesseiros. Evitar dormir na mesma cama. Lavar as roupas separadamente Uso de máscara em caso de infecção confirmada PONTOS IMPORTANTES ‹#› Citomegalovírus A infecção aguda por citomegalovírus em lactantes pode ser transmissível através da amamentação, devendo-se, portanto, considerar riscos e benefícios. O Manual de Normas e Rotinas de Aleitamento Materno da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) recomenda: Não amamentar recém-nascido com idade gestacional 2,0 mg/dL. Se essas alterações persistirem além de 1 semana ou piorarem, a droga deverá ser SUSPENSA até a normalização dos parâmetros laboratoriais. - Exame de líquor - Hemograma completo com plaquetas - Ureia e creatinina - TGO, bilirrubina total e frações - Monitorização a urina pela coleta para isolamento viral e PCR. Indicações = critérios de inclusão. ‹#› Citomegalovírus Avaliação Clínica Hepatimetria e tamanho do baço Fundoscopia ocular ao nascimento e com 12 e 60 meses Avaliação Auditiva Otoemissões acústicas Potencial evocado da audição (BERA) ao nascimento, com 3, 6, 12, 18, 24, 30 e 36 meses A partir de 36 meses, audiometria infantil condicionada a cada 6 meses até 6 anos de idade. Avaliação do SNC Tomografia computadorizada de crânio ao nascimento e, se alterada, repetir de acordo com a necessidade clínica. TRATAMENTO Herpes Vírus ‹#› ‹#› INTRODUÇÃO ‹#› Herpes Vírus O Vírus da herpes simples (HSV), tipos I e II são DNA pertencentes à família Herpesviridae humano. Podem acometer as regiões orofaciais e genitais, tornando-se uma infecção crônica, caracterizada por períodos de remissão e recorrência das lesões; Há mais de 130 herpes vírus identificados desde o primeiro isolamento em 1960; Estima-se que 21% das mulheres sexualmente ativas sejam portadoras do HSV II. Foto: Google imagens INTRODUÇÃO ‹#› Herpes VírusVesículas com líquido claro, que se rompem e liberam vírus. As vesículas secam e geram crostas, com posterior cura tecidual e entrada em latência viral. Foto: Google imagens Foto: Google imagens Ambos os tipos de herpes vírus simples, HSV-1 e HSV-2, podem causar infecção oral ou genital. Com mais frequência, HSV-1 provoca gengivoestomatite, herpes labial e queratite por herpes. HSV-2 geralmente causa lesões genitais. INTRODUÇÃO ‹#› Herpes Vírus CLASSIFICAÇÃO DOS EPISÓDIOS DE INFECÇÕES GENITAIS POR HSV Primário: A pessoa não possui anticorpos contra nenhum tipo de HSV e desenvolve lesões genitais – o quadro clínico é exuberante. Primeiro episódio não primário: pessoa já possui anticorpos específicos contra um determinado tipo de HSV e adquire infecção genital pelo outro tipo de HSV. Recorrente: o episódio é causado pelo vírus já previamente adquirido. INTRODUÇÃO ‹#› Herpes Vírus Estímulos do estresse Hospedeiro : hormônios, trauma, stress, infecções, UV Após a infecção aguda de células epiteliais, terminais nervosos sensoriais são infectados, havendo o transporte nos nucleocapsídeos através dos axônios. Reativação viral Foto: Google imagens INTRODUÇÃO ‹#› Herpes Vírus Latência – gânglio trigêmio HSV1 : Porta de entrada – orofaringe Infecção assintomática Infecção sintomática – PI - 3 a 5 dias Gengivoestomatite Herpética Linfoadenopatia local - Recuperação Foto: Google imagens Foto: Google imagens INTRODUÇÃO ‹#› Herpes Vírus Recuperação HSV2 : Porta de entrada – Abrasões na pele e mucosas do trato genital, anal e perianal. Infecção sintomática – PI de 2 a 10 dias - sintomas locais e sistêmicos Latência – gânglio sacro Foto: Google imagens Foto: Google imagens INTRODUÇÃO ‹#› Herpes Vírus A gravidade do quadro clínico depende do tipo de episódio: Prurido, vesículas que evoluem para exulcerações e úlceras extremamente dolorosas, disúria, febre, cefaleia, mal-estar e linfadenopatia locorregional não supurativa. É importante salientar que apenas um terço das infecções apresentam sintomas, o que torna a prevenção da transmissão vertical um desafio durante o pré-natal e o parto. Em muitos casos de herpes neonatal, a mãe pode não referir antecedente de manifestação clínica genital. INTRODUÇÃO ‹#› Herpes Vírus HSV1 : adquirido na infância HSV 2: pouco comum antes da adolescência, sendo mais prevalente na fase adulta. O modo de transmissão é pelo contato direto (beijo/saliva, relações sexuais) As portas de entrada são membranas mucosas e pele, tendo células epiteliais como alvo INTRODUÇÃO ‹#› Herpes Vírus DIAGNÓSTICO Na maioria das vezes, o diagnóstico é baseado apenas na anamnese e no exame físico, embora a sensibilidade seja baixa, de no máximo de 40%. A abordagem diagnóstica das lesões genitais deve se basear na exclusão de sífilis e de outras infecções sexualmente transmissíveis. SÍFILIS HERPES HPV Foto: Google imagens Foto: Google imagens Foto: Google imagens INTRODUÇÃO ‹#› Herpes Vírus DIAGNÓSTICO Os testes diagnósticos se baseiam na pesquisa do vírus na lesão, podendo ser feita por cultura ou PCR. Os anticorpos aparecem 12 semanas após a infecção. O IgM não é tipo específico e pode reaparecer nas reativações. SÍFILIS HERPES HPV INTRODUÇÃO ‹#› Herpes Vírus ABORDAGEM TERAPÊUTICA Durante a gestação deve ser composta por analgésicos e medicação antiviral e planejamento da via de parto. O aciclovir inibe a replicação viral. É uma droga considerada segura e pode ser utilizada na gestação em todos os trimestres. Quando ocorrem durante 1º ou 2º trimestres, deve-se administrar aciclovir 400 mg, via oral, de 8 em 8 horas, por 5 a 7 dias. Se o episódio ocorrer no terceiro trimestre, o aciclovir deve ser mantido com a mesma posologia até o parto. Nos episódios primário e não primário, a replicação viral é alta e contínua mesmo após o desaparecimento das lesões. Por isso, indica-se a via alta diante de lesões ativas. INTRODUÇÃO ‹#› Herpes Vírus Na maioria das vezes, a transmissão ocorre no momento do parto. Intrauterina Perinatal Pós-natal RARA 85% 10% Alta mortalidade do feto e malformações oculares e do SNC. Pode evoluir com 3 quadros de gravidade crescente: infecção de pele, olhos e boca infecção do SNC infecção sistêmica Ocorre pelo contato do RN com indivíduos com lesões ativas. Na forma dissmenidada os órgãos que geralmente são acometidos são: fígado, adrenais e cérebro (se o cérebro é acometido, o prognóstico é grave). Na encefalite o tecido cerebral pode ser necrosado e explica sua severidade. ‹#› Herpes Vírus QUADRO CLÍNICO 45%- 1ª e 2ª semana de vida 30%- 2ª a 3ª semana de vida 25% Vesículas agrupadas sob uma base eritematosa localizada ou disseminadas; hiperemia conjuntival (lacrimejamento); úlceras orais. Convulsões, letargia, irritabilidade, tremores, recusa alimentar, instabilidade térmica e fontanela anterior tensa. Sinais de sepse: hipotermia, irritabilidade, apneia, letargia, distensão abdominal. ‹#› Herpes Vírus QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO ‹#› Herpes Vírus Quadro clínico; Culturas virais obtidas nas lesões; Imunológico: Os anticorpos contra HSV podem ser detectados por fixação do complemento, ELISA e a imunofluorescência; Exame do líquor: presença de hemácias no líquor ocorre em 75 a 85% dos casos de encefalite herpética, sendo um achado muito sugestivo de envolvimento do SNC. TRATAMENTO ‹#› Herpes Vírus Aciclovir endovenoso Mínimo 14 dias Mínimo 21 dias Mínimo 21 dias dose de 60 mg/kg/dia, de 8/8 horas, IV PREVENÇÃO ‹#› Herpes Vírus Prevenção da infecção neonatal - Cesariana menos de 4 horas após ruptura de membranas em gestante com infecção ATIVA. - Se houver lesão na mama, o RN não deve ser amamentado naquela mama e a lesão deve ser coberta. - Portadores de lesões herpéticas não devem entrar em contato com o RN. Sífilis ‹#› ‹#› INTRODUÇÃO ‹#› Sífilis A sífilis é uma doença infectocontagiosa bacteriana, sistêmica, crônica, curável e exclusiva do ser humano. Quando não tratada, evolui para estágios de gravidade variada, podendo acometer diversos órgãos e sistemas do corpo. Continua sendo uma infecção de transmissão sexual (IST) muito frequente, com potencial acometimento grave do feto e do recém-nascido (Brasil, 2022). Agente etiológico: Treponema pallidum. TRANSMISSÃO CONTATO SEXUAL VERTICAL ‹#› Sífilis ‹#› SÍFILIS NA GESTAÇÃO As estratégias de prevenção são baseadas na correta identificação da infecção da SG, habitualmente pelo diagnóstico laboratorial adequado, visto que o diagnóstico clínico é incomum, além da instalação do tratamento adequado para a gestante e para a sua parceria sexual ( BRASIL, 2022). ‹#› Sífilis ‹#› ‹#› Sífilis ‹#› ‹#› Sífilis ‹#› TRANSMISSÃO VERTICAL ‹#› Ocorre por via transplacentária; Quando as gestantes não são adequada e precocemente tratadas; Taxa de transmissão vertical de sífilis para o feto é de até 80% intraútero; Pode ocorrer, ainda, durante o parto vaginal, se a mãe apresentar alguma lesão sifilítica. maior risco nos estágios primário e secundário e pelo tempo durante o qual o feto foi exposto. Pode ocorrer, ainda, durante o parto vaginal, se a mãe apresentar alguma lesão sifilítica. Sífilis ‹#› TRATAMENTO ‹#› A benzilpenicilina benzatina deve ser administrada exclusivamente por via intramuscular (IM). A região ventroglútea é a via preferencial, por ser tecido subcutâneo de menor espessura, livre de vasos e nervos importantes, com poucos efeitos adversos e dor local. Outros locais alternativos para aplicação são a região do vasto lateral da coxa e o dorso glúteo. Sífilis ‹#› ‹#› o tratamento materno só será adequado para prevenção da infecção congênita se realizado e iniciado até 30 dias antes do parto. A benzilpenicilina benzatina é a única opção segura e eficaz para o tratamento adequado das gestantes.Qualquer outro tratamento realizado durante a gestação, para fins de definição de caso e abordagem terapêutica de sífilis congênita, é considerado tratamento não adequado da mãe; por conseguinte, o RN será notificado como caso de sífilis congênita e submetido à avaliação clínica e laboratorial. Sífilis ‹#› ‹#› Sífilis ‹#› TRANSMISSÃO Principais vias de transmissão da sífilis: ‹#› SEXUAL VERTICAL Via transplacentária ou durante o parto (contato com lesões). Sífilis Congênita VERTICAL - Pode ocorrer em qualquer fase da gestação e em qualquer estágio da infecção materna, mas há maior risco nos estágios primário e secundário. ‹#› QUADRO CLÍNICO ‹#› Sífilis Congênita PRECOCE (até 2 anos): os primeiros sinais costumam surgir a partir dos 3 meses: hepatomegalia, icterícia, lesões cutâneas (pênfigo palmo-plantar, condiloma plano), rash cutâneo, rinite sifilítica, linfadenopatia generalizada, alterações esqueléticas. ‹#› QUADRO CLÍNICO ‹#› Sífilis Congênita TARDIA (após 2 anos): Tíbia em lâmina de sabre, alteração nas articulações, fronte olímpica, nariz em sela, mandíbula curta, arco palatino elevado e dificuldade de aprendizado. ‹#› ‹#› Sífilis Congênita ceratite intersticial surdez incisivos em fenda ‹#› DIAGNÓSTICO ‹#› Sífilis Congênita Na conduta ao diagnóstico considerar: RN SINtomáticos o diagnóstico é facilitado quando os antecedentes e exames laboratoriais maternos confirmam a infecção ativa ou achado do treponema em lesões, secreções, tecidos, placenta ou cordão umbilical; RN ASSINtomáticos considerar a história e os testes sorológicos maternos + testes sorológicos e exames complementares no RN; ‹#› DIAGNÓSTICO A sífilis congênita surge até o 2º ano de vida e tem diagnóstico complexo na criança, pois a maioria dos casos são assintomáticos ao nascimento ou com sinais inespecíficos. ‹#› Sífilis Congênita Todos os RN de mãe com diagnóstico de sífilis durante a gestação independentemente do histórico de tratamento materno deverão realizar teste não treponêmico (VDRL) ‹#› DIAGNÓSTICO ‹#› Sífilis Congênita No entanto, a ausência desse achado não exclui a possibilidade do diagnóstico de sífilis congênita, portanto o seguimento é essencial (repeti-lo com intervalo de 30 dias para confirmar a ausência de infecção). Em criançasrápido durante a gestação e na maternidade SN; Orientar a importância de suspender ou manter a amamentação; Realizar cuidados gerais ao RN (banho, amamentação, vacinação, conforto); ‹#› REFERÊNCIAS ‹#› BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. BRASIL. Protocolo de notificação e investigação: Toxoplasmose gestacional e congênita (Ministério da Saúde, 2018); Toxoplasmose congênita – documento científico (Sociedade Brasileira de Pediatria, 2020). BRASIL. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção de Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais (Ministério da Saúde, 2019). Protocolo FEBRASGO. Rubéola na Gestação, 2018. BRASIL. Atenção à Saúde do Recém-Nascido, Volume 2 - 2ª Edição - Ministério da Saúde, 2014. LOBATO-SILVA, Dorotéa de Fátima. Citomegalovírus: epidemiologia baseada em dados de soroprevalência. Rev Pan-Amaz Saude, Ananindeua , v. 7, n. esp, p. 213-219, dez. 2016 . Disponível em .. REFERÊNCIAS ‹#› PEIXOTO, Sérgio Viana et al. Soroprevalência e fatores associados a infecções crônicas entre idosos residentes na comunidade. Ciência & Saúde Coletiva [online]. v. 26, suppl 3 [Acessado 9 Outubro 2022] , pp. 5109-5121. Disponível em: . ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-81232021261. Protocolo FEBRASGO, Citomegalovírus e Gravidez, 2018. Protocolo FEBRASGO, Herpes e Gravidez, 2018. SOUZA et al. Taxa de mortalidade por toxoplasmose por regiões brasileiras: um estudo retrospectivo do período de 2009-2018. Braz. J. Surg. Clin. Res. V.33 n.2,pp.24-29. Tratado de Pediatria da SBP (2a edição), Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (Ministério da Saúde, 2020). OBRIGADA! ‹#› image1.jpg image23.jpg image20.jpg image18.jpg image21.png image2.jpg image25.png image26.png image34.png image27.png image28.png image37.png image29.png image45.png image31.png image30.png image38.gif image36.png image40.png image33.png image51.png image32.png image35.png image41.png image43.png image39.png image42.png image44.png image49.png image54.png image46.jpg image48.png image50.png image52.png image53.png image56.png image57.png image61.gif image67.png image66.png image60.png image55.png image62.jpg image59.png image58.png image64.png image90.png image63.gif image65.png image69.gif image68.png image84.png image74.png image71.png image73.png image70.png image78.png image76.png image72.gif image75.png image82.png image79.png image77.jpg image80.png image83.png image85.jpg image88.png image86.png image91.png image87.png image89.png image104.png image108.png image92.jpg image94.png image99.png image93.png image110.png image95.png image96.png image109.png image97.png image100.png image98.png image106.png image105.png image101.png image102.png image103.png image107.png image114.png image112.png image115.png image111.png image116.png image113.png image117.png image123.jpg image121.jpg image118.png image137.png image122.png image124.png image132.png image130.png image127.png image134.png image128.png image129.png image154.png image138.png image131.png image144.png image139.png image133.png image140.png image136.png image135.png image141.gif image142.png image169.png image145.png image146.png image143.png image156.png image149.png image148.png image152.png image158.png image150.png image155.png image153.png image160.png image161.png image159.png image168.png image170.jpg image172.png image163.png image162.jpg image165.png image174.png image171.png image166.png image164.png image167.jpg image7.jpg image173.jpg