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G1 Aula 2 - Estrutura das DC

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Estrutura e Análise das Demonstrações Contábeis
Professor Williams Meirelles
Lei 6.404/79 e alterações Lei 11.638/07 e 11.941/09
Pronunciamento Conceitual Básico (R1) do CPC.
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis
Referências:
BP
ATIVO
Ativo Circulante
Disponível
Créditos
Estoques
Despesas Antecipadas
Ativo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
PASSIVO
Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Reservas de Capital
Reservas de Lucros
Ajustes de Variação Patrimonial
(-) Ações em Tesouraria
(-) Prejuízos Acumulados
Receita bruta de vendas 
(-) Deduções
(=) Receita líquida de vendas
(-) CMV 
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas operacionais 
(+) Receitas operacionais
(=) Lucro operacional
(-) Outras despesas
(+) Outras receitas
(=) LAIR (Lucro antes do IR e CSLL) 
(-) Contribuição Social sobre o Lucro - CSLL
(-) Imposto de Renda - IR
(=) LAP (Lucro antes das participações)
(-) participações nos lucros
(=) LLE (Lucro Líquido Exercício)
DRE
Normalmente é elaborada antes do balanço patrimonial sendo o seu resultado transferido para as contas de lucros ou prejuízos acumulado.
No caso de haver Lucro, a conta Lucros Acumulados terá seu saldo transferido para formação de reservas de lucros, distribuição de dividendos ou aumento de capital.
DRE
(=) LLE (Lucro Líquido Exercício)
(+ ou -) Itens de Outros Resultados Abrangentes
= Resultado Abrangente Total
DRA
DFC
A Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC tem por objetivo primordial apresentar de forma clara todos os ingressos e todas as saídas de dinheiro da conta caixa e equivalentes de caixa. 
São aplicações financeiras de curto prazo (3 meses), de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
DFC
É por meio da DFC, que a administração apresentará aos usuários das informações a movimentação dos recursos financeiros, incluindo não somente saldos de moeda em caixa como também depósitos em conta bancária e as aplicações financeiras com característica de liquidez imediata, que são os equivalentes a caixa.
 De uma maneira simples e direta a DFC busca apresentar todas as entradas e saídas de dinheiro da conta caixa, do banco e do equivalente a caixa, ou seja, do disponível da empresa. 
DFC
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e, não, para investimento ou outros propósitos. 
Para que um investimento seja qualificado como equivalente de caixa, ele precisa ter conversibilidade imediata em montante conhecido de caixa e estar sujeito a um insignificante risco de mudança de valor. 
DFC
A partir de 01/01/08, de acordo com a lei 11.638/07, a DFC passou a ser obrigatória para todas as sociedades anônimas de capital aberto e para as sociedades anônimas de capital fechado com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) na data do Balanço Patrimonial. 
A lei 6.404/76 trata do assunto da seguinte forma:
Art.176
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e 
§ 6º  A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.” (NR)
 
DFC
Art. 188.  As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo:
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos:
a) das operações;
b) dos financiamentos; e
c) dos investimentos;
DFC
Na sua essência a DFC quer apresentar somente o que foi pago ou recebido, tendo como base as seguintes transações: 
1) Transações que aumentam o caixa ou equivalente
Aporte de capital pelos proprietários em dinheiro; 
Empréstimos bancários e financiamentos oriundos das instituições financeiras; 
Vendas de ativos a vista; 
Recebimentos de créditos;
Recebimentos em geral como aluguel, juros, indenizações de seguros. 
DFC
2) Transações que diminuem o caixa ou equivalente
Compras a vista;
Pagamentos de contas e débitos em geral;
Pagamento de dividendos aos acionistas; 
Pagamento de juros sobre capital próprio;
Pagamento de juros, correção monetária de dívidas; 
Aquisição de itens do Ativo a vista; 
Pagamentos de despesas incorridas, impostos, salários etc. 
DFC
3) Transações que não afetam o caixa
 
 Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de caixa não devem ser incluídas na demonstração dos fluxos de caixa. Tais transações devem ser divulgadas nas notas explicativas , de modo que forneçam todas as informações relevantes sobre essas atividades de financiamento e de investimento.
DFC
 Dentre as transações realizadas pela empresa que não afetam o caixa, destaco:
As despesas com depreciação, amortização e exaustão; 
Os registros de provisões;
A apropriação de despesas sem o pagamento;
A compra de ativos para pagamento a prazo;
Aporte de capital em bens e direitos;
Conversão de dívidas em ações. 
DFC
Uma demonstração de fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais demonstrações contábeis, proporciona informações que habilitam os usuários a avaliar as mudanças nos ativos líquidos de uma entidade, sua estrutura financeira (liquidez e solvência) e sua capacidade para alterar os valores e prazos dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades. 
DFC
Como foi apresentado a demonstração de fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa durante o período classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento. 
Entretanto, é importante atentar para o fato de que uma única transação pode incluir fluxos de caixa que são classificados diferentemente. 
Por exemplo, o desembolso de caixa para pagamento de um empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser classificada como atividade operacional e a parte do principal, como atividade de financiamento.
DFC
Outro exemplo são as transações envolvendo imóveis.
 
Estas operações geralmente são consideradas como atividades de investimentos. 
Todavia, se um imóvel é adquirido com o objetivo de revenda, o fluxo de caixa gerado por essa transação é considerado como operacional, por possuir a característica de estoques, como numa entidade do ramo imobiliário.
DFC
Os fluxos de caixa excluem movimentos entre itens que constituem caixa ou equivalentes de caixa porque esses componentes são partes da gestão financeira da entidade e não parte de suas atividades operacionais, de investimentos ou de financiamento, ou seja, as transferências de recursos entre contas do disponível não serão apresentadas na demonstração do fluxo de caixa. 
DFC
Os fluxos de caixa referentes a juros, dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos e pagos devem ser apresentados separadamente. 
Cada um deles deve ser classificado de maneira uniforme, de período a período, como decorrentes de atividades operacionais, de investimento ou de financiamento. 
O CPC encoraja fortemente as entidades a classificarem os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades operacionais;
Os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos como fluxos de caixa das atividades de financiamento.
Alternativa diferente deve ser seguida de nota evidenciando esse fato.
DFC
Empréstimos bancários são geralmente considerados como atividades de financiamento. 
Entretanto, saldos bancários a descoberto, decorrentes de empréstimos obtidos por meio de instrumentos como cheques especiais ou contas correntes garantidas que são liquidados em curto lapso temporal compõem parte integral da gestão de caixa da entidade.
Nessas circunstâncias, saldos bancários a descoberto são incluídos como componente de caixa e equivalentes de caixa. 
DFC
métodos de apresentação
Existem dois métodos de divulgação do fluxo de caixa, o método direto e o método indireto. 
a) O método direto é o método segundo o qual as principais classes de recebimentos e desembolsos são divulgadas, neste método serão apresentadas de forma simples e de acordo com a sua atividade, as entradas e saídas de dinheiro da conta caixa e equivalente; 
b) O método indireto, neste método o resultado do exercício é ajustado pelas transações que alteraram o caixa, mas não alteraram o resultado e pelas transações que alteraram o resultado e não modificaram o caixa. 
DFC
métodos de apresentação
No método direto são identificadas as movimentações oriundas de entradas ou saídas efetuadas no caixa e equivalente, de forma simples, partindo do saldo inicial; enquanto que no método indireto o lucro líquido ou o prejuízo será ajustado pelos efeitos das transações que alteraram o resultado do exercício e que não envolveram o caixa. 
DFC pelo método DIRETO
DFC
métodos de apresentação
MÉTODO INDIRETO
De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais é determinado ajustando o resultado aos efeitos de:
Mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar;
Itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, impostos diferidos, variações cambiais não realizadas, resultado de equivalência patrimonial em investimentos e participação de minoritários, quando aplicável; e
Todos os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento ou de financiamento.
DFC
métodos de apresentação
O Método Indireto é aquele onde o fluxo de caixa operacional é demonstrado a partir do resultado do exercício, que será ajustado pelas receitas ou despesas que alteraram o resultado e não alteraram o caixa, são as receitas e despesas não financeiras. 
Também serão ajustadas ao resultado as entradas e saídas de dinheiro do caixa que não alteraram o resultado. 
DFC
métodos de apresentação
Em uma seqüência lógica o método indireto deve estabelecer:
1) As despesas que diminuíram o lucro, entretanto não foram pagas, devem ser somadas ao lucro do exercício;
2) As receitas que aumentaram o lucro, mas não foram recebidas devem ser diminuídas do lucro no ajuste. 
3) Deverão ser ajustadas ao resultado as variações ocorridas no ativo circulante e no passivo circulante que representaram entradas ou saídas de dinheiro que estão relacionadas com as atividades operacionais da empresa, em regra, recebimentos e pagamentos, que não movimentaram o resultado do exercício.
DFC
métodos de apresentação
Os ajustes 1 e 2 são feitos porque como as despesas não foram pagas e as receitas não foram recebidas, o lucro líquido financeiro é diferente do lucro apresentado. 
Por exemplo, uma despesa com devedores duvidosos diminui o lucro, contudo, como não houve a saída de dinheiro o lucro financeiro foi maior, neste caso o valor da despesa será adicionado ao lucro para fins de ajuste. 
Outro exemplo é a reversão de uma provisão para perda; a reversão é considerada uma receita na DRE, aumentando o lucro da empresa sem a entrada de dinheiro, no ajuste o valor revertido deverá ser diminuído do lucro para assim encontrar qual foi o lucro efetivamente recebido no caixa.
DFC
métodos de apresentação
O raciocínio do ajuste 3 é que quando há um aumento nos ativos circulantes (estoques, contas a receber, despesas antecipadas), foi usado dinheiro do caixa, para comprar estoques ou conceder crédito a clientes ou pagar uma despesa antecipada. No entanto se os estoques, contas a receber ou despesas antecipadas diminuírem é porque a empresa está tendo receita ou recebimento de clientes.
DFC
métodos de apresentação
Observação 1: Os aumentos do ativo circulante usam recursos do caixa e serão diminuídos no ajuste, as diminuições do ativo circulante representam entradas na conta caixa e serão aumentadas no ajuste.
DFC
métodos de apresentação
Os aumentos do passivo circulante têm o efeito contrário ao do ativo circulante. Quando as contas a pagar, as receitas antecipadas têm o seu saldo aumentado é sinal que está entrando dinheiro no caixa, de forma direta ou indireta, os credores concedem créditos, assim o dinheiro na conta caixa é liberado para outras atividades. Quando o passivo circulante diminui é sinal que está existindo um pagamento, saindo dinheiro do caixa.
DFC
métodos de apresentação
Observação 2: Os aumentos do passivo circulante produzem caixa e serão adicionados ao lucro, as diminuições do passivo circulante representam saídas de recursos e serão diminuídas no ajuste ao lucro líquido.
DFC
métodos de apresentação
Guarde o seguinte:
I – Se o ativo circulante operacional aumentou, diminui o valor no ajuste ao lucro.
II – Se o ativo circulante operacional diminuiu, aumenta o valor no ajuste ao lucro.
III – Se o passivo circulante operacional aumentou, aumenta o valor no ajuste. 
IV – Se o passivo circulante operacional diminuiu, diminui o valor no ajuste.
Todos estes ajustes fazem parte das atividades operacionais. 
As demais atividades de investimento e de financiamento serão elaboradas da mesma forma que a elaboração do método direto, usando-se para tanto os dados do Balanço Patrimonial.
DFC pelo método indireto
Apresenta as variações na conta lucro ou prejuízos acumulados, originadas de ajustes de exercícios anteriores, absorção do resultado do exercício, formação de reservas de lucro ou distribuição de dividendos aos sócios. 
Segundo a lei 6.404/76 é obrigatória para todas as sociedades anônimas e devera apresentar o total dos dividendos por ação do capital social.
No artigo 186 a lei 6.404/76 faculta para as empresas obrigadas a elaborarem a DMPL a inclusão da DLPA.
 
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia.
	
DLPA
A DMPL inclui a movimentação de todas as contas do patrimônio líquido, inclusive a conta lucros ou prejuízos acumulados, ou seja, a DMPL compreende a DLPA.
DLPA x DMPL
DMPL
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) tem como objetivo evidenciar o quanto de riqueza uma empresa produziu, o quanto ela adicionou de valor aos seus fatores de produção, e de que forma essa riqueza foi distribuída entre empregados, governo, acionistas, financiadores de capital e quanto ficou retido na empresa. 
Apresenta a participação econômica efetiva da empresa, juntos aos usuários e a sociedade em geral; é obrigatória para todas as sociedades anônimas de capital aberto.
DVA
1 – RECEITAS
1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2) Outras receitas
1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios
1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão / (Constituição)
Estrutura da DVA
2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
(inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS)
2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos.
2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros.
2.3) Perda / Recuperação de valores ativos.
2.4) Outras (especificar)
Estrutura da DVA
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
6.1) Resultado de equivalência patrimonial
6.2) Receitas financeiras
6.3) Outras
7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
Estrutura da DVA
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*)
8.1) Empregados
8.1.1 – Remuneração direta
8.1.2 – Benefícios
8.1.3 – F.G.T.S
8.2) Governo
8.2.1 – Federal
8.2.2 – Estadual
8.2.3 – Municipal
Estrutura da DVA
8.3) Financiadores 
8.3.1 – Juros
8.3.2 – Aluguéis
8.3.3 – Outras
8.4) Sócios
8.4.1 – Juros sobre o Capital Próprio
8.4.2 – Dividendos
8.5) Lucros retidos
8.6) Outras distribuições
8.6.1 – Doações 
8.6.2 – Patrocínios
(*) O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7. 
Estrutura da DVA

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