Buscar

Estudo Dirigido 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estudo Dirigido- Bizerril 13/03/12 RESPOSTAS
1- A etnografia designa a experiência de pesquisa no trabalho de campo, bem como seu registro como texto etnográfico como produto e resultado dessa experiência.
2- Convenções literárias realistas- falam do modo da escrita. A versão clássica do método etnográfico valoriza o etnógrafo como observador privilegiado, em permanência longa no campo, aprendendo a língua nativa, participando de sua vida e anotando no diário de campo.
3- Observação participante é um método de antropologia profissional que Clifford aponta como essencial, implicando em aproximação e distanciamento em diferentes graus em diferentes situações, sem haver um roteiro prévio de quando se aproximar e quando se distanciar. Há momentos para observação, reflexão solitária, interação e envolvimento.
4- Geertz acredita que a empatia seria uma extraordinária capacidade sensível do pesquisador, quase paranormal, que não é viável. O nativo e o pesquisador possuem premissas diferentes nas suas noções de pessoas, e tentar “sentir-se como nativo” teria um resultado desastroso.
5- É possível um compartilhamento do ponto de vista do nativo em nível maior e uma compreensão acurada das experiências vividas, pois o nativo e o antropólogo não necessariamente estão em uma posição colonial de metrópole e locais exóticos mais ou menos definidos. O nativo pode ser de um grupo cultural no mesmo país ou em região próxima do local em que o antropólogo vive, e isso se observa em tradições periféricas, em que a proximidade é real e evidente.
6- Nos países de Primeiro Mundo, a posição colonial ainda predomina, há mais recursos financeiros para pesquisas e os interesses políticos dos acadêmicos são diferentes dentro do contexto geopolítico que seu país ocupa no cenário global, como um país dominante. Nos países de Terceiro Mundo, por outro lado, há menos recursos financeiros, há uma quebra do estereótipo de um pesquisador ocidental e um nativo “exótico” distante, até pela impossibilidade financeira de sustentar pesquisas mais caras em locais longínquos e as pesquisas tem um interesse geopolítico mais restrito aos interesses nacionais da sociedade ampla do país, e não interesses globais, pelo menos em um primeiro encontro.
7- As relações humanas são fundamentais para a pesquisa, pois o cientista não está em integração com seu “objeto”, e sim com um ser humano em um universo intersubjetivo. A pesquisa qualitativa é dialógica e implica em co-autoria entre nativo e pesquisador, mesmo que de forma implícita. Apenas pelas relações humanas é possível acessar o mundo do nativo, seu ponto de vista e suas experiências. Além disso, essa experiência de campo prolongada e estreita modifica o pesquisador, tornando-o uma pessoa diferente ao se confrontar com um universo extraordinário, que não pode ser explicado pelos modelos convencionais.
8- Da Matta valoriza a empatia, e acredita que questões que são deixadas de lado para conversas anedóticas informais entre pesquisadores requerem projetos científicos sérios, valorizando a afetividade e resgatando aspectos românticos da disciplina.
9- Geertz não valoriza a empatia, é intelectual, se interessa por sistemas simbólicos públicos e acredita que a empatia seria algo praticamente paranormal, inviável na prática etnográfica. Da Matta se posiciona em defesa da afetividade e do uso da empatia para conseguir acessar episódios curiosos, engraçados, dramáticos e bizarros que ocorrem no campo e são deixados em segundo plano pelos antropólogos.
10- O vínculo etnográfico é uma relação de confiança, fundamental para aplicar o método, pois somente com um pacto, aliança ou compromisso entre pesquisador e nativo é possível interagir de forma a estabelecer relações emocionais e de reciprocidade que permitam acessar o mundo de concepções, praticas e experiências dos nativos.
11- Os envolvimentos românticos e sexuais dependem das regras dos nativos, caso esteja dentro dos limites éticos esse tipo de envolvimento e for bem aceito entre os mesmos. Tornar-se nativo depende da forma como isso será feito. É preciso analisar as conseqüências para os nativos e aceitar a decisão deles, sem impor o ponto de vista ou tentar ser aceito de qualquer maneira. 
(analisar as conseqüências para o grupo)
*problemas econômicos (dinheiro) (pesquisador e informante) *

Outros materiais