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Condensação cromossômica 
Cromatina 
Composição química: 
-Filamentos de DNA; 
-Proteínas básicas (histonas - H1, H2A, H2B, H3 e H4) - 
ricas em aminoácidos; 
-Proteínas Não-Histonas: Proteínas de Remodelação 
da 
Cromatina: ATPases da família SWI/SNF. 
-Enzimas de Modificação: Incluem acetiltransferases, 
metiltransferases e fosfatases. 
-RNA Não Codificante: papéis na regulação da 
expressão gênica e na estrutura da cromatina. 
-Íons Metálicos: estabilizando a estrutura da 
cromatina. 
Classificação da cromatina: 
Eucromatina: Fibras menos condensadas. (DNA 
ativo, está associada à atividade gênica, onde o 
DNA está acessível para a transcrição. 
Heterocromatina: Regiões cromossômicas mais 
densamente condensadas (DNA inativo). Esta pode 
ser dividida em duas classificações: 
• Constitutiva: sequências repetitivas nos 
centrômeros (importante para a disjunção 
das cromátides) e telômeros (importante 
para a manutenção do DNA após o 
encurtamento do cromossomo na divisão 
celular). Mantém a estrutura do 
cromossomo, protege as extremidades 
do DNA e impede a degradação ou 
fusão de cromossomos. Permanece em 
um estado condensado 
• Facultativa: Condensada e 
descondensada em algumas células de 
um mesmo organismo (ex: cromatina 
sexual X). Ex: Corpo de Barr, que é a 
forma inativa de um dos cromossomos X 
nas fêmeas de mamíferos. A cromatina 
facultativa se torna altamente 
compactada, inibindo a expressão dos 
genes desse cromossomo. 
 
 
Formação da Cromatina 
• Histonas: 
São proteínas básicas que têm cargas positivas, o 
que permite interagir fortemente com o DNA, que 
é negativo. Existem cinco principais tipos de 
histonas: H1, H2A, H2B, H3 e H4. 
• Formação de Nucleossomos: 
O DNA se enrola em torno de um núcleo de 
histonas, formando uma estrutura chamada 
nucleossomo. Cada nucleossomo é formado por 
um octâmero de histonas, que consiste em 2 
moléculas de H2A, 2 de H2B, 2 de H3 e 2 de H4. 
Cada nucleossomo contém cerca de 146 pares de 
bases de DNA enrolados em torno de um 
octâmero de histonas formando a estrutura básica 
da cromatina. ‘’Colar de Contas’’-> Essa 
configuração permite uma compactação inicial 
do DNA. 
• Os nucleossomos são interligados por DNA de 
ligação, que não estão enrolados nas 
histonas, e que está associado à histona H1, 
que se liga a esses segmentos de DNA de 
ligação, conectando os nucleossomos 
adjacentes e ajudando a estabilizar a 
estrutura – vários desses formam um 
núcleofilamento, essa estrutura tem um 
diâmetro de aproximadamente 10 a 30 nm. 
Essa estrutura ainda é relativamente 
acessível, mas não é a forma mais compacta 
da cromatina. 
 
• Formação do solenoide: 
 O núcleofilamento pode se enrolar em uma 
estrutura mais compacta chamada solenoide. 
Essa estrutura é como uma espiral ou tubo, onde 
o núcleofilamento se dobra em uma 
configuração helicoidal. Onde cerca de 6 
nucleossomos se agrupam em uma volta 
completa da hélice. Isso resulta em uma 
compactação significativa do DNA. As proteínas 
ácidas (condensinas e coesinas) fornecem 
estrutura para a manutenção do enrolamento 
(condensação) do DNA e da formação das 
alças e ativação ou repressão gênica. Tem um 
diâmetro de aproximadamente 30 a 40 nm. 
 
• Formação de Alças: Cromatina em Loops: 
Segmentos de 
núcleofilamentos podem se 
dobrar e formar estruturas 
chamadas alças ou loops. Essas alças são 
formadas por interações entre diferentes 
regiões da cromatina, permitindo que 
segmentos distantes do DNA se aproximem. 
• Estruturas de Rosetas: As alças 
podem se agrupar para formar 
estruturas chamadas rosetas. 
Cada roseta consiste em várias 
alças que se organizam em uma 
configuração radial. Essa estrutura é essencial 
para compactar ainda mais o material 
genético. As rosetas são estabilizadas por 
proteínas, cohesinas e condesinas, específicas que 
ajudam a manter a estrutura e facilitam a 
organização do DNA. 
• As rosetas se enrolam ainda mais, formando uma 
estrutura mais densa que resulta na formação de 
cromossomos 
Modificação do grau de compactação e regulação da 
expressão gênica 
- ACETILAÇÃO: forma de descompactar o DNA. 
ligação de um grupo acetil (carga negativa) nos 
aminoácidos (carga positiva), 
diminuindo a afinidade 
das histonas pelo DNA (carga negativa), 
formando eucromatina. 
 As caudas de histonas, especialmente 
os resíduos de lisina, têm carga positiva, o que lhes 
permite interagir fortemente com o DNA, que é 
negativamente carregado devido aos grupos fosfato. 
Quando um grupo acetil é adicionado a essas lisinas, a 
carga positiva é neutralizada, o que reduz a interação 
entre as histonas e o DNA. 
 Como a acetilação diminui a interação entre as 
histonas e o DNA, a cromatina torna-se menos 
compactada (eucromatina), o que facilita o acesso de 
fatores de transcrição e outras proteínas necessárias para 
a transcrição gênica. Assim, a acetilação está associada 
a um aumento na expressão gênica, pois permite que os 
genes naquela região se tornem mais acessíveis para 
serem lidos e transcritos. 
Histona Acetiltransferases (HATs): São as enzimas que 
adicionam grupos acetil às histonas, promovendo a 
abertura da cromatina e facilitando a transcrição. 
Histona Desacetilases (HDACs): São enzimas que 
removem grupos acetil das histonas, o que resulta em 
uma maior compactação da cromatina 
(heterocromatina) e, geralmente, na repressão da 
expressão gênica. 
 
METILAÇÃO: forma de compactação do DNA. 
adição de um grupo de metila (carga negativa) ao 
carbono 5 de uma citosina (CpG- onde uma citosina é 
seguida por uma guanina no DNA), tornando o DNA 
mais negativo, portanto, aumentando a afinidade e a 
sua compactação. O processo é catalisado por enzimas 
chamadas DNA metiltransferases (DNMTs), que adicionam 
grupos metil ao carbono 5 do anel da citosina, formando 
5-metilcitosina. 
Efeitos da Metilação do DNA: 
- A metilação do DNA, especialmente em regiões 
promotoras de genes, está fortemente associada à 
inibição da expressão gênica. Quando uma região 
promotora de um gene está metilada, os fatores de 
transcrição e outras proteínas necessárias para ativar a 
transcrição não conseguem se ligar adequadamente ao 
DNA, bloqueando o processo de transcrição. 
-Recrutamento de proteínas que compactam a 
cromatina: A metilação do DNA também atrai proteínas 
chamadas MeCPs (proteínas de ligação que 
compactam à metilcitosina), que podem recrutar outras 
proteínas a cromatina, formando heterocromatina 
(cromatina compactada). Esse processo torna o DNA 
ainda menos acessível para a maquinaria de transcrição, 
reforçando a repressão gênica. 
Ex: Inativação do cromossomo X: Em fêmeas de 
mamíferos, um dos dois cromossomos X é inativado em 
cada célula, e esse processo é mediado pela metilação. 
Metilação das Histonas 
A metilação das histonas é outro processo epigenético que 
afeta a compactação da cromatina e, 
consequentemente, a expressão gênica. A metilação 
ocorre em certos aminoácidos nas caudas das histonas, 
especialmente a lisina (K) e a arginina (R), e pode ter 
diferentes efeitos na expressão gênica dependendo do 
local e da quantidade de grupos metil adicionados. 
- Ao contrário da metilação do DNA, que é geralmente 
repressiva, a metilação das histonas pode tanto ativar 
quanto reprimir a expressão gênica, dependendo do 
contexto. EX: a metilação da lisina 4 na histona H3 
(H3K4me) está associada à ativação da expressão gênica. 
Já a metilação da lisina 9 ou 27 na histona H3 (H3K9me ou 
H3K27me) está associada à repressão gênica e à 
formação de heterocromatina. 
Enzimas envolvidas: 
DNA metiltransferases (DNMTs): Enzimas responsáveis por 
adicionar grupos metil ao DNA. DNMT1 (responsável pela 
manutenção da metilação durante a replicação do DNA) 
e DNMT3A e DNMT3B (envolvidas na metilação de novo, ou 
seja, em locais previamentenão metilados). 
Histona metiltransferases (HMTs): Enzimas que adicionam 
grupos metil às histonas. Elas são específicas para certos 
resíduos de lisina ou arginina nas caudas das histonas. 
Desmetilases de histonas (HDMs): Enzimas que removem os 
grupos metil das histonas, revertendo seus efeitos. 
Hipótese de Lyon- Inativação do cromossomo X 
- Mary Lyon propôs que, em cada célula de fêmeas de 
mamíferos, um dos dois cromossomos X é inativado de 
forma aleatória durante o desenvolvimento embrionário 
precoce. Esse cromossomo inativado permanece em 
estado silencioso na maior parte das células descendentes 
dessa célula ao longo da vida do organismo. 
- Nas células somáticas femininas, apenas um cromossomo 
X é geneticamente ativo, enquanto o outro não se 
expressa completamente e aparecem durante a interfase 
como corpúsculo de Barr. 
➢A inativação do cromossomo X começa nos estágios 
iniciais do desenvolvimento do embrião, quando o embrião 
tem cerca de 16 a 64 células, aleatoriamente. No entanto, 
após a inativação de um dos cromossomos, todas as células 
descendentes terão esse mesmo X inativado. (surgimento do 
mosaicismo). 
➢A célula conta, de alguma forma, quantos cromossomos 
X existem. Um cromossomo X é selecionado para se tornar 
ativo e desativar todos os outros. 
➢A inativação é reversível nas células germinativas, 
possibilitando a escolha. O processo de inativação é 
realizado pela metilação diferencial e é iniciada pelo gene 
XIST, presente no centro de inativação. No cromossomo a ser 
desativado, o gene Xist está ativo, produzindo uma molécula 
de RNA com nucleotídeos que revestem o cromossomo X e 
inativa os seus genes, já que acaba alterando a estrutura da 
cromatina. 
➢Os genes do X não são completamente inativados. Isso 
permite a manifestação de doenças como a de Turner. 
➢O cromossomo X inativado aparece como uma estrutura 
densa, chamada corpúsculo de Barr, que pode ser 
observada no núcleo de células de fêmeas. Este corpúsculo 
representa o cromossomo X inativado em seu estado 
altamente compactado e não funcional em termos de 
transcrição. 
CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS E GENÉTICAS 
➢Compensação de dose: mulheres XX têm o mesmo nível 
de proteína ligada ao X de homens XY. 
➢Mosaicismo: presença de duas populações de células 
com inativações de X diferentes - heterozigose. 
➢ Variabilidade de expressão em mulheres heterozigotas 
para genes localizados no X: como a inativação é precoce, 
as mulheres heterozigotas apresentam proporções variáveis 
de células nas quais um determinado alelo é ativo, exibindo 
fenótipos variáveis. 
Resumo: A hipótese de Lyon descreve o processo pelo 
qual um dos dois cromossomos X em fêmeas é inativado 
de forma aleatória para equilibrar a dose gênica com os 
machos, que possuem apenas um X. Esse processo ocorre 
cedo no desenvolvimento, envolve modificações 
epigenéticas como a metilação e o papel do gene XIST, e 
resulta na formação do corpúsculo de Barr. A inativação 
do cromossomo X garante que os genes no X sejam 
expressos de maneira equilibrada entre machos e fêmeas. 
Mosaicismo 
->Consiste em 2 ou mais linhagens celulares de um mesmo 
zigoto, resultando em 2 cariótipos em um mesmo indivíduo. 
A inativação de um cromossomo X em uma célula resulta 
em todas as células descendentes com o mesmo X inativo. 
Isso gera uma hemizigose funcional que acarreta células 
não idênticas quando se trata da expressão dos genes no 
cromossomo X: elas são um mosaico 
-> No caso de fêmeas heterozigotas, 50% das suas células 
expressará um alelo e 50% expressará o outro. Assim, 
proteínas codificadas por ambos os alelos serão 
codificadas, mas não na mesma célula. 
Ex: gatinha vênus. ⇒ um único lócus ligado ao X determina 
a cor laranja. Elas podem ser pretas (X+X+), laranjas (X0X0) 
ou vênus (X+X0). Cada segmento de pelo laranja é um 
clone de células derivadas de uma célula original na qual 
o homologo preto e seu alelo X+ foi inativo, e vice-versa. 
Ex2: mosaicismo também pode ocorrer no caso da não 
disjunção em uma célula nas mitoses iniciais, gerando, a 
partir dela, descendentes iguais e defeituosos. Enquanto 
outras células normais, que não sofreram erros na mitose, 
vão gerar células, também, normais. 
Ex: síndrome de down. 
->Indivíduos com mosaicismo de síndrome de Down 
podem ter uma mistura de células normais e células com 
trissomia 21. Isso pode resultar em uma variação na 
gravidade dos sintomas associados à síndrome de Down, 
já que a proporção de células com anomalias pode 
influenciar as características fenotípicas e a saúde geral do 
indivíduo. 
Síndrome de Turner Mosaicismo: Algumas fêmeas com 
características da síndrome de Turner podem ter 
mosaicismo, apresentando células com diferentes 
cariótipos (por exemplo, algumas com X0 e outras com XX). 
Isso pode resultar em uma gravidade variável dos sintomas. 
Síndrome de Klinefelter Mosaicismo: Indivíduos com 
mosaicismo de Klinefelter podem ter cariótipos que variam 
entre 47,XXY (Klinefelter clássico) e 46,XY. Isso pode resultar 
em características como ginecomastia e infertilidade, mas 
a gravidade dos sintomas pode variar dependendo da 
proporção de células com cada cariótipo 
 
Quimerismo 
-Ocorrência, em um mesmo indivíduo, de 
duas ou mais linhagens celulares geneticamente 
diferentes, derivadas de mais de um zigoto. 
- Fenômeno biológico em que um organismo contém 
células geneticamente distintas, originadas de mais de um 
zigoto. 
Quimera disperma: Resulta de dupla fertilização, em que 
dois espermatozoides diferentes fecundam dois óvulos, 
formando dois zigotos que se fundem., resultando em um 
único embrião. Se os zigotos forem de sexos diferentes é 
gerado um indivíduo hermafrodita, com cariótipo XX/XY. 
• Se a fusão entre os óvulos ocorrer após o quarto 
dia de gestação, produz gêmeos siameses. 
Quimerismo Natural: Quando dois ou mais zigotos se 
fundem durante as primeiras etapas do desenvolvimento. 
Ex: em gêmeos fraternos, se eles se fundem no útero, o 
resultado é um organismo quimérico que contém células 
de ambos os zigotos. Transfusão Materna: Em algumas 
situações, células da mãe podem atravessar a placenta e 
se integrar ao feto, resultando em um organismo com 
células maternas e fetais. 
Quimera sanguínea: Resulta de uma troca de células, via 
placenta, entre gêmeos dizigóticos, no útero. Se um 
gêmeo receber as células em sua corrente sanguínea, 
formará os 2 antígenos. Em alguns casos, pessoas podem 
ter células sanguíneas de diferentes origens, como 
resultado de transfusões ou da fusão de gêmeos. Isso pode 
levar a resultados inesperados em testes de paternidade 
ou características genéticas variadas. 
 
Ex: Teen Wolf: é a presença de células geneticamente 
distintas em um único organismo. A personagem Kira é uma 
quimera, que possui características de um humano e uma 
kitsune, da mitologia, tornando-a híbrida. E é um exemplo 
de quimeirismo porque possui heranças genéticas de duas 
fontes distintas 
Não disjunção: 
- Erro que ocorre durante a divisão celular (meiose ou 
mitose) em que os cromossomos homólogos ou cromátides 
irmãs não se separam corretamente. Isso resulta em células 
que têm um número anormal de cromossomos. Se ocorrer 
não disjunção, um gameta pode receber um cromossomo 
a mais (trissomia) ou a menos (monossomia). 
Consequências: Síndrome de Down (Trissomia 21), 
Síndrome de Turner (Monossomia X), Síndrome de 
Klinefelter (XXY). 
 
Alterações cromossômicas 
-> : 
-Alteram as estruturas (translocação ou inversão) dos 
cromossomos ou o número de genes (deleção e 
duplicação). Como ocorre: erro no crossing over ou 
quando há o rompimento das fitas duplas nas 
moléculas de DNA de um cromossomo e, no 
momento do ajuste, as extremidades erradas são 
conectadas, alterando a estrutura original do 
cromossomo. 
Existem 4 tipos: Duplicação, deleção, inversão e 
translocação. 
-Tem a parte deum cromossomo duplicada. 
- Importância para a evolução: uma cópia funcional 
e uma livre para sofrer mutações 
- Heterozigotos criam uma alça para o pareamento 
1. Tandem: região duplicada imediatamente 
adjacente ao segmento original 
Ex: AB-CDEFG ⇒ AB-CDEFEFG 
2. Deslocada: Segmento duplicado distante do 
original, podendo ser no mesmo cromossomo ou 
até em outro. (intra ou Intercromossômica) 
Ex: AB-CDEFG ⇒ AB-CDEFGEF 
3. Reversa: quando a duplicação, em vez de se 
apresentar em sua sequência original, fica 
invertida. 
Ex: AB-CDEFG ⇒ AB-CDEFFEG 
-> 
- Perda de um segmento cromossômico. 
Cromossomo normal cria uma alça para parear com 
o defeituoso. 
- Efeitos: Se em homozigose, pode ser letal. 
Se envolver o centrômero, há perda do 
Cromossomo. 
Se em heterozigose, há um desequilíbrio 
da expressão gênica, pois afeta a dose. 
Nesse caso, gera pseudodominância de 
genes recessivos e inibe a expressão de 
genes haploinsuficientes. 
Ex: Cri-du-chat, deleção na região 14 do braço p do 
cromossomo 5. 
-Pode ser terminal ou intersticial: 
1. Terminal: uma quebra sem união das pontas 
quebradas. 
2. Intersticial: dupla quebra, uma região da parte 
interna é perdida e há a união das pontas 
rompidas. 
->
- Mudança de 180° de um segmento do 
cromossomo. 
- Efeitos: Perda de função dos genes que dependem 
da sua posição - efeito de posição. 
- Pareamento: Homozigotos: pareamento normal 
 Heterozigotos: ambos homólogos formam alça para 
que as regiões consigam se parear. 
Pode ser de dois tipos, pericêntrica ou paracêntrica. 
1. Pericêntrica: envolve o centrômero 
2. Paracêntrica: não envolve o centrômero. 
 
- Transferência do segmento de um cromossomo 
para outro, geralmente não homólogo. 
- Efeito: União de cromossomos diferentes e genes 
translocados para novos locais podem ficar sob 
controle de diferentes sequências regulatórias ou de 
genes que afetam a sua expressão. Além disso, a 
ruptura pode ocorrer em um gene e afetar sua 
função. 
- No pareamento: há a formação de uma estrutura 
semelhante a uma cruz para parear as regiões 
homólogas. 
- Ocorre quando há quebra de dois cromossomos 
seguidas de trocas, podendo ser recíproca, não 
recíproca ou robertsoniana. 
1. Recíproca: Um cromossomo doa uma parte 
quebrada e recebe outra 
2. Não recíproca: parte de um cromossomo se 
prende a outro cromossomo sem troca análoga, 
ou seja, sem que o inverso ocorra. 
3. Robertsoniana: os braços longos de um 
cromossomo acrocêntrico se unem em um 
centrômero comum e os braços curtos em 
outro. O cromossomo menor é perdido. 
Isocromossômo 
-Quebra horizontal do 
centrômero, formando 
cromossomos → com braços 
iguais. 
Um dos braços do 
cromossomo é perdido, e o outro braço é duplicado, 
levando à formação de dois braços idênticos. 
Doenças: Isocromossomos estão associados a várias 
doenças genéticas e síndromes, como a Síndrome de 
Turner, que é causada pela presença de um 
isocromossomo do braço curto do cromossomo X 
(isocromossomo Xq) 
Cromossomo em anel 
- União de suas extremidades cromossômicas sem 
telômeros que sofreram deleções terminais. Ex: 
Cromossomos em Células Tumorais: Alguns tipos de câncer 
podem apresentar cromossomos em anel como resultado 
de rearranjos genéticos. 
Numéricas: 
perda ou acréscimo de um ou mais cromossomos 
Euploidias: 
- Alterações no número de conjuntos de 
cromossomos que dão origem a múltiplos exatos do 
número haplóide (1N) da espécie. 
1. Haploidia (n): Quando os cromossomos se apresentam 
em dose simples – anormais em células somáticas de 
organismos diploides. 
2. Poliploidia (+2n): quando o cariótipo é representado por 
três, quatro ou mais genomas. Nos humanos, a poliploidia 
não é conhecida, sendo observada apenas em abortos 
espontâneos ou morte neonatal. 
COMO OCORRE: Erro na fase de maturação dos gametas, 
levando, por exemplo, à retenção de um corpúsculo polar 
ou a formação de um espermatozoide diploide. 
- Dispermia – penetração de dois espermatozoides em 
um ovócito. 
Aneuploidias: 
- Alteração no número de unidades de cromossomos 
1. Nulissomia: Quando um ou mais PARES de cromossomos 
está totalmente ausente. É incompatível com a vida. 2N-2 
2. Monossomia: Quando há presença de somente um 
cromossomo de um par. – 2N-1 
3. Trissomia: Quando há um cromossomo a mais nos pares. 
Trissomia dupla ocorre quando há trissomia em dois 
cromossomos de pares diferentes. – 2N+1 
4. Tetrassomia: Quando um cromossomo está presente 
quatro vezes. – 2N+2. 
COMO OCORRE: 
-Cromossomos perdidos por ausência de centrômero. 
-Translocação robertsoniana (cromossomo muito 
pequeno) 
-Não disjunção de cromátides 
-Na meiose 1: Um dos gametas terá dois cromossomos de 
um mesmo par 
-Na meiose 2: Os cromossomos do gameta que ficou com 
excesso terão a mesma origem 
Cromossomopatias 
- Síndrome de Down; 
- Aneuploidia autossômica 
do tipo trissomia do 21. 
- 47, XY + 21 
- Fenótipo: Hipotonia no bebê 
(mole, fraco), atraso no 
neurodesenvolvimento com 
deficiência intelectual, baixa 
estatura, língua protrusa, 
palato estreito, prega cervical, orelhas baixas, nariz menor 
e olhos amendoados. 
-Genótipo: Presença de um cromossomo 21 adicional, 
resultando em um total de 47 cromossomos em vez de 46. 
-Síndrome de Edward: 
- Aneuploidia autossômica 
do tipo trissomia do 18 
- 47, XX + 18 
- Fenótipo: Restrição de 
crescimento, atraso no 
neurodesenvolvimento, 
múltiplos órgãos e sistemas afetados, alterações na 
posição da orelha e pés com postura de arqueamento. 
Poucos vivem por mais de 1 ano. 
Síndrome de Patau: 
- Aneuploidia autossômica 
do tipo trissomia do 13. 
- 47, XY + 13 
- Fenótipo: restrição de 
crescimento, grave déficit 
intelectual, cabeça pequena, testa 
inclinada, olhos pequenos, fenda 
labiopalatina, dedos extras nas mãos e nos pés e vários 
outros problemas. Cerca de metade das crianças com trissomia 
do 13 morre no primeiro mês de vida, e 95% morrem até os 3 anos 
de idade. Como o filho do zé vaqueiro. 
 
 
 
Síndrome de Turner: 
- Aneuploidia Alossomica/sexual 
-45, X0 ou X 
- Fenótipo: boa parte dos fetos 
sofrem aborto, manifestações 
variáveis (podem aparecer desde 
sempre ou só posteriormente), 
restrição de crescimento com 
baixa estatura, alterações cardíacas e renais (rins em 
ferradura), tórax largo, mamilos espaçados, pescoço largo, 
baixa implantação capilar e amenorreia primária 
(ausência da primeira menstruação), linfedema de mãos e 
pés. 
Síndrome de Klinefelter: 
- Aneuploidia sexual/Alossomica 
- 47, XXY 
- Fenótipo: alta estatura 
desproporcional (braços e 
pernas), hipogonadismo (não é 
uma regra), infertilidade 
masculina, desenvolvimento do 
tecido mamário e distribuição de 
gordura como mulheres (no quadril). 
Super Macho/Duplo Y: 
- Aneuploidia sexual 
- 47, XYY 
- Fenótipo: comportamento 
agressivo, dificuldades 
verbais, crises convulsivas, 
artropatias, curvatura do 
quinto dedo, mais alto. 
Super Fêmea: 
- Aneuploidia alossomica do 
triplo X 
- 47, XXX 
- Fenótipo: normal, já que o 
terceiro também será inativo, 
pode ter altura acima da média. 
Muitas vezes o diagnóstico é feito por infertilidade, 
pois o terceiro cromossomo X dificulta a formação de 
gametas. Atraso no desenvolvimento e intelectual 
Síndrome Cri-du-chat: 
- Alteração estrutural do 
tipo deleção 
- 46, XY, del 5p 
- Fenótipo: choro parecido com o 
miado de gato (se prolonga por 
algumas semanas e depois 
desaparece), assimetria facial, microcefalia, retardo do 
desenvolvimento físico e intelectual, baixo peso ao nascer 
e hipotonia (tonicidade muscular fraca). 
Fatores que influenciam 
Físicos: 
-Radiações Ionizantes: a passagem desses raios libera 
elétrons, tornando as moléculas suscetíveis a reações 
químicas. Tais substâncias se combinam com o DNA, 
causando erros no pareamento das bases durante a 
duplicação e rompendo as ligações açúcar-fosfatode 
modo a causar quebras cromossômicas. 
- Radiações Ultravioleta: causam mutações pontuais 
(como nas células somáticas ou indução ao câncer de 
pele), mas poucos efeitos estruturais. 
- Artigo publicado na revista científica "Genetics" em 2022: 
Investigou o impacto da radiação ionizante em pacientes 
que receberam radioterapia para o tratamento de 
câncer. O estudo observou um aumento no risco de 
desenvolver cromossomopatias, como a síndrome de 
Down, em filhos desses pacientes. 
Químicos: 
- Análogos de bases: estrutura química tão semelhante 
à das bases nitrogenadas que podem ser incorporadas ao 
DNA, substituindo-as durante a replicação deste. Ex: A 
base 5- bromouracil, análoga da timina, aumenta a 
sensibilidade da molécula à radiação ultravioleta. 
- Cafeína: interfere no sistema de reparo do DNA, inibindo 
a síntese das purinas e produzindo, consequentemente, 
quebras e deleções na molécula do DNA. 
Idade: 
- Artigo publicado na revista "Genetics in Medicine" em 
2022: Investigou o risco de translocações cromossômicas 
em filhos de homens com diferentes idades. O estudo 
observou que o risco de translocações aumentava com a 
idade paterna, especialmente após os 40 anos, ou seja, se 
há aumento de translocação, há aumento da 
probabilidade do surgimento de descendentes com 
síndrome de down. 
- Além disso, o fato do ovócito ficar estagnado até sua 
fecundação em um momento da meiose pode acumular 
mutações como a robertsoniana. 
Consanguinidade 
- Está relacionada com o tipo de síndrome de down 
familiar. 
- Uma maior probabilidade dos dois serem portadores da 
translocação robertsoniana e acarretar filhos com down. 
Sugirmento de síndrome de down: 
Primária: trissomia livre - não disjunção na formação 
do óvulo; 
Familiar: translocação - cromossomo 14 possui pedaço 
do 21. O indivíduo não apresentará a síndrome, mas 
será portador, podendo passar para os filhos; 
Mosaicismo: parte das células possuem a trissomia por 
uma mutação no desenvolvimento embrionário. 
Exame do cariótipo: 
1. Coleta de Amostra: sangue periférico, células da 
medula óssea, tecido de biópsia, líquido amniótico 
(em exames pré-natais) ou células de um tumor 
2. Cultura Celular: células são cultivadas em um meio 
de cultura apropriado para estimular a divisão 
celular. Esse processo geralmente leva de 1 a 2 
semanas. 
3. Preparação da Amostra: Quando as células 
atingem uma fase específica do ciclo celular 
(metáfase), são tratadas com uma substância que 
inibe a divisão celular, fazendo com que as células 
parem nessa fase. As células são então coletadas 
e tratadas com soluções que rompem as 
membranas celulares, liberando os cromossomos. 
4. Coloração e Análise 
5. Interpretação dos Resultados 
O 1º cromossomo é o maior, e os números vão diminuindo 
até o 22º, que é o menor dos cromossomos autossômicos. 
 
Aconselhamento genético: 
O aconselhamento genético é uma ferramenta essencial 
que fornece informações, avaliação de risco, suporte 
emocional e estratégias de manejo para indivíduos e 
famílias afetadas por condições genéticas. Ele 
desempenha um papel crucial na tomada de decisões 
informadas sobre saúde e planejamento familiar, 
promovendo a conscientização e o bem-estar nas 
comunidades. 
Além disso, auxilia na gestão de condições de saúde já 
diagnosticadas, orientando sobre cuidados preventivos e 
estratégias de monitoramento. O aconselhamento 
genético também contribui para a pesquisa e educação 
sobre questões genéticas, promovendo a conscientização 
na comunidade. 
Prospectivo: quando previne o aparecimento de uma 
doença genética na família. Geralmente, é fornecido a 
indivíduos que têm um risco teórico aumentado de gerar 
descendentes com doença genética. 
Retrospectivo: Quando já existe(m) afetado(s) nas famílias. 
Exemplos: mulher, filha de hemofílico, que deseja saber a 
probabilidade de vir a ter um filho também hemofílico; 
casal cujo primogênito nasceu com anencefalia quer 
saber se há risco de nascer outra criança com a mesma 
anomalia.

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