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NOSSA HISTÓRIA 
TERMOS SUBORDINADOS AO NOME 
 
 
 
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SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................3 
2.CLASSES DE PALAVRAS........................................................................................5 
2.1 Os Três Critérios.........................................................................................5 
2.2 O Critério Semântico....................................................................................5 
 2.2.2 O Critério morfológico..................................................................................6 
3. CONCEITUANDO....................................................................................................8 
 3.1 Classificação do Substantivo......................................................................,8 
4. FLEXÃO DO SUBSTANTIVO.................................................................................12 
 4.1 Formação do Feminino.............................................................................12 
 4.1.1 Substantivo Uniformes ............................................................................14 
 4.2 Formação do Plural..................................................................................15 
5 OUTROS CASOS DE PLURAL..............................................................................18 
 5.1 Adjetivo.....................................................................................................19 
 5.2 Formação do Adjetivo..............................................................................19 
 5.3 Adjetivos Pátrios......................................................................................20 
 5.4 Flexão dos Adjetivos...............................................................................21 
 5.5 Flexão de Grau........................................................................................22 
6. TIPOS DE PREDICADOS......................................................................................24 
 6.1 Predicação Verbal na sua Classificação..................................................26 
 6.2 Verbo Transitivo Indireto..........................................................................27 
 7. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO..............................................................27 
 7.1 Complementos Verbais...........................................................................27 
 7.2 Complemento Nominal............................................................................30 
 Referencias..........................................................................................................33 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
Podemos afirmar que a sintaxe estabelece as possibilidades de associação das 
estruturas linguísticas para a formação de enunciados, bem como organiza a estrutura 
dos sintagmas que se combinarão em uma sentença. Estudar a sintaxe, nesse 
sentido, é conhecer as relações que as palavras mantêm entre si em uma oração. 
Mas não é apenas isso. Azeredo (1990, p. 10) traz uma contribuição importante para 
nosso estudo: 
A cada instante pode-se estar pronunciando uma frase nova. Afinal, ninguém 
pode garantir que a frase que inicia este parágrafo e a que estou escrevendo 
agora não são inéditas. Eu não as tinha memorizadas, muito menos o leitor, 
e, apesar disso, não houve qualquer dificuldade para produzi-las e entendê-
las. Nós não apreendemos o significado de cada uma das frases possíveis 
como se nada tivessem em comum umas com as outras. Todas elas, aceitas 
como estruturas da língua pelos usuários, se criam graças a um sistema de 
unidades – sons, palavras, afixos, acentos – e regras que as combinam. 
A sintaxe, numa definição provisória, visto que ambiciosa, é a parte desse 
sistema que permite criar e interpretar frases. A sintaxe do português, por exemplo, 
compreende as regras que tanto tornam possíveis enunciados banais como “Hoje é 
domingo” ou “Que dia é hoje”, ou excêntricos, como “Napoleão temia que as tartarugas 
desovassem no seu imponente chapéu”, quanto impedem sequências como “Que dia 
serem hoje?” ou “Seu imponente temia as que chapéu desovassem Napoleão 
tartarugas no”. A sintaxe, portanto, preocupa-se em analisar e explicar as relações 
entre a forma e o sentido das orações. Assim, seu estudo permite que conheçamos 
como as orações se estruturam em nossa língua e as possíveis relações que 
estabelecem entre si e umas com as outras. 
Bechara (2009) menciona que alguns usam o termo morfossintaxe por julgarem 
que os enunciados podem ser vistos por sua forma (as palavras e sua estrutura 
individual) e por suas relações, mas, de acordo com sua concepção, a pura gramática 
se baseia na sintaxe, porque ela já traz consigo a concepção de forma. “Ocorre que, 
a rigor, tudo na língua se refere sempre a combinações de ‘formas’, ainda que seja 
combinação com zero ou ausência de ‘forma’; assim toda essa pura gramática é na 
 
 
 
5 
realidade sintaxe, já que a própria oração não deixa de ser uma ‘forma’ [...].” 
(BECHARA, 2009, p. 54, grifos do autor). 
A sintaxe é objeto de grandes discussões no meio acadêmico, especialmente 
no que se refere às questões sobre sintaxe e sala de aula. Pesquisadores como José 
Carlos de Azeredo, Maria Helena de Moura Neves, Luiz Carlos Travaglia, comprovam, 
em seus estudos, que nossas escolas, embora tenham avançado consideravelmente 
neste campo, insistem em apresentar um sem fim de regras, exemplificadas com 
exemplos forjados, que só tornam o estudo dessa área gramatical difícil e sem 
propósito. 
Todos defendem a tese de que é preciso mostrar a utilidade prática da sintaxe, 
como é seu funcionamento em nossa produção textual diária porque, assim como a 
língua está em constante processo de transformação, as relações sintáticas também 
se modificam para que a comunicação ocorra de forma eficiente e eficaz. Assim, 
defendem o que chamam de “o ensino da gramática do uso da língua”. Mas antes de 
aprofundarmos nossas reflexões nesta direção, vamos, a seguir, estudar o 
funcionamento da sintaxe: sua estrutura, relações e funções. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
2. CLASSES DE PALAVRAS 
 
Já é quase uma tradição em estudos da linguagem dizer-se que as classes de 
palavras (também conhecidas como partes do discurso ou categorias lexicais) podem 
ser definidas por critérios semânticos, sintáticos e morfológicos. As gramáticas 
normativas privilegiam o critério semântico na classificaçãodas palavras, embora 
utilizem todos os critérios. No estruturalismo, critica-se a gramática tradicional pela 
mistura de critérios e privilegiam-se os critérios morfológico e funcional. Na teoria 
gerativa transformacional, as classes de palavras são definidas apenas em termos de 
propriedades sintáticas. 
A questão da definição de classes de palavras é bastante complexa, quer em relação 
aos critérios, quer em relação ao fato de que a adequação de definições de classes 
varia de língua para língua. Aqui, vamos colocar a questão a partir das necessidades 
de uma abordagem adequada aos processos de formação de palavras em português. 
 
2.1 Os três critérios 
 
 Passaremos a considerar a questão dos critérios de definição de classes de 
palavras a partir das motivações internas à formação de palavras. Para isso, vamos 
inicialmente caracterizar cada critério e posteriormente estudar sua relevância. Dado 
que apenas substantivos, adjetivos, verbos e advérbios estão envolvidos em 
processos de formação de palavras, vamos nos deter aqui apenas nessas classes. 
 
 2.2.O critério semântico 
 
 Dizemos que as classes de palavras são definidas pelo critério semântico 
quando estabelecemos tipos de significado como base para a atribuição de palavras 
a classes. A maior parte das definições de substantivo que encontramos nas 
gramáticas é de base semântica. Em geral, o substantivo é definido como a palavra 
com que designamos os seres. Pela sua própria natureza, o substantivo é definido 
com relativa facilidade pelo critério semântico. O adjetivo, no entanto, é de definição 
 
 
 
7 
bem mais difícil a partir de um critério semântico puro, dada a sua vocação sintática, 
por assim dizer. De fato, o adjetivo não pode ser definido por si só, sem a 
pressuposição do substantivo, já que sua razão de ser é a especificação do 
substantivo. 
No entanto, a função semântica do adjetivo é de importância crucial na 
estrutura linguística: de certa maneira, o adjetivo tem a mesma razão de ser que os 
afixos, no sentido de permitir a expressão ilimitada de conceitos sem a exigência de 
uma sobrecarga da memória com rótulos particulares. Para esclarecer esse ponto, 
considere o exemplo a seguir: 
criança: 
a) bonita, feia, simpática; 
b) magra, gorda, alta, baixa; 
c) sadia, doente, subnutrida; 
d) bem-educada, malcriada; 
e) feliz, infeliz; 
 f) neurótica, autista; 
g) brasileira, estrangeira e assim por diante 
Como vemos, uma série de conceitos diferentes podem ser expressos pela 
especificação de um adjetivo ao substantivo; é esta a função do adjetivo: uma função 
nitidamente semântica, a de especificar o substantivo, assim permitindo a expressão 
de um teor praticamente ilimitado de especificações com o uso de elementos fixos; 
mas uma função dependente do substantivo por sua própria natureza e razão de ser. 
Quanto ao verbo, é normal defini-lo semanticamente como a palavra que 
exprime ações, estados ou fenômenos. Essa definição pura e simples em termos 
semânticos não é suficiente, no entanto, já que ações, estados e fenômenos podem 
ser expressos por substantivos. Assim, há que se acrescer à definição semântica do 
verbo ou uma dimensão morfológica, em virtude da gama de variações flexionais que 
lhe são características, ou uma dimensão discursiva, relacionada à questão do 
momento do enunciado, por exemplo. 
 No caso do advérbio, teríamos algo análogo ao caso do adjetivo, já que 
advérbios permitem especificação da ação, estado ou fenômeno descrito pelo verbo. 
Em suma, o critério semântico é fundamental para a definição das classes 
vocabulares produtivas no léxico. Mas não é um critério suficiente, pelo menos nos 
 
 
 
8 
termos até agora encontrados em definições, já que noções igualmente rotuladas 
podem ser expressas por mais de uma das classes estabelecidas. Por exemplo, ações 
podem ser expressas por nomes e verbos, qualidades são designadas por 
substantivos e adjetivos, e assim por diante. 
 
2.2.2 O critério morfológico 
 
 Entendemos por critério morfológico a atribuição de palavras a diferentes 
classes, a partir das categorias gramaticais que apresentem, assim como das 
características de variação de forma que se mostrem em conjunção com tais 
categorias. 
 De acordo com o critério morfológico, o substantivo é definido como uma 
palavra que apresenta as categorias de gênero e número, com as flexões 
correspondentes. 
Embora demonstre alto teor de eficiência em relação a classes como verbo e 
advérbio, a definição morfológica do substantivo não distingue adequadamente esta 
classe da dos adjetivos, já que estes possuem as mesmas categorias. A diferença 
entre substantivos e adjetivos, neste particular, pode ser abarcada, no entanto, pela 
distinção imanente/dependente, já que o gênero e o número dos adjetivos dependem 
do gênero e número de substantivos a que se referem, enquanto no caso dos 
substantivos o gênero e o número são imanentes. 
A classe dos verbos é talvez a mais privilegiada no que respeita a uma definição 
pelo critério morfológico, dada a riqueza e particularidade da flexão verbal. 
Assim, o verbo às vezes é definido exclusivamente em termos de sua 
caracterização morfológica. Quanto ao advérbio, este pode ser definido em oposição 
às demais classes observadas, pela simples propriedade de ser morfologicamente 
invariável. 
Por exemplo, afirma-se que o substantivo é a palavra que pode exercer a 
função de núcleo do sujeito, objeto e agente da passiva. Outra possibilidade de 
caracterização é a posição de núcleo frente a determinantes, como artigos, 
demonstrativos e possessivos, ou modificadores, como adjetivos e sintagmas 
preposicionados. Assim, por exemplo, dizemos que sapato é um substantivo porque 
podemos dizer o sapato, meu sapato, este sapato, sapato bonito, sapato de Pedro. Já 
 
 
 
9 
bonito não é um substantivo, pois não podemos dizer o bonito, meu bonito, este bonito, 
bonito bonito ou bonito de Pedro. 
A definição do adjetivo em termos funcionais é bastante fácil, dada a função 
natural do adjetivo em relação ao substantivo. Assim, muitas vezes o adjetivo é 
definido como palavra que acompanha, modifica ou caracteriza o substantivo. É 
interessante notar, no entanto, que a definição puramente sintática do adjetivo não é 
suficiente, dado que não distingue adjetivos de determinantes: estes últimos também 
acompanham o substantivo. A diferença é que determinantes apontam e estabelecem 
relações, enquanto adjetivos caracterizam ou especificam. Mas essa diferença é mais 
de natureza semântica e discursiva do que sintática. 
A classe dos verbos é bastante difícil de definir em termos sintáticos, dado que 
o predicado pode não ser verbal. 
Já no caso do advérbio, a definição sintática é fácil, pois o advérbio exerce junto 
ao verbo função de modificador, análoga à função exercida pelo adjetivo junto ao 
nome. Essa colocação não cobre todos os casos, naturalmente, já que as palavras 
que consideramos como advérbios podem se referir à frase como um todo, entre 
outras possibilidades que necessitam de um estudo detalhado. 
 
 
3. CONCEITUANDO 
 
Entendemos por substantivo uma palavra que designa diferentes entidades 
(pessoas, entidade, coisas). Desta forma, são substantivos: 
• Os nomes de uma espécie ou de seus representantes, de um gênero, 
de instituições, de lugares, de pessoas: Roma, cachorro, Luiza, cartório, 
Alemanha, bananeira, homem, João, igreja, boi; os nomes de noções, ações, 
estados e qualidades, tomados como seres: corrida viagem altura, maldade, 
mentira, negócio, saúde, consciência, beleza, culto, raiva, brancura. 
 
3.1 Classificação dos substantivos 
 
 a) Comuns/próprios: chamamos de substantivo próprio aquele que designa um 
objeto individualmente. 
 
 
 
10 
 Exemplos: Pedro, Matilde, Joana, Brasil. 
Cada um desses substantivos nomeia um ser dentre outros da mesma espécie; 
designa, portanto, umser específico e particular. Já o substantivo comum designa a 
espécie (designação genérica), que reúne características inerentes de determinada 
classe. 
 Exemplos: rio, mesa, livro, papa, planeta, animal, cidade. 
Cada um desses substantivos nomeia um ser dentre outros da mesma espécie; 
designa, portanto, um ser específico e particular. Já o substantivo comum designa a 
espécie (designação genérica), que reúne características inerentes de determinada 
classe. 
 Exemplos: rio, mesa, livro, papa, planeta, animal, cidade. 
 
b) Concretos/abstratos 
 Por substantivos concretos devemos entender aqueles que nomeiam um ser de 
existência independente. São os que designam os seres propriamente ditos. 
 Exemplos: mulher, cidade, sol, automóvel, pai, avô. 
Os substantivos abstratos designam noções, ações, estados e qualidades dos seres, 
dos quais se podem abstrair (=separar). 
São os que designam uma essência ou qualidade separada de seu sujeito, como se 
tivessem existência individual. 
Exemplos: 
• Substantivos abstratos de qualidade (derivados de adjetivos): altura (de alto); 
largura (de largo); 
 • Substantivos abstratos de ação (derivados de verbos): estudo (de estudar); 
recordação (de recordar), trabalho (de trabalhar). 
 
c) Simples/compostos 
 Os substantivos simples são aqueles que possuem apenas um radical. 
 Exemplos: mulher, cidade, sol. 
Já os compostos são formados por dois radicais. 
 Exemplos: vaivém, girassol, segunda-feira. 
 
 
 
 
11 
 Em 1º de janeiro de 2009 entrou em vigor o Novo Acordo Ortográfico. Embora as 
alterações que ele apresente para a nossa língua sejam pequenas, não significa que 
não precisem ser estudadas ou não exijam um pouco da nossa atenção. Uma das 
mudanças se refere ao uso do hífen em vocábulos compostos, em sua maioria 
substantivos compostos, por isso, nossa preocupação em mostrá-las aqui. 
 
● Hífen em vocábulos compostos 
 a) Separam-se por hífen os vocábulos compostos formados pela justaposição de 
duas palavras existentes na língua que, deixando de lado seu significado original, 
passam a constituir uma nova unidade significativa. 
 Exemplos: ano-luz arco-íris decreto-lei médico-cirurgião tenente-coronel tio-avô 
amor-perfeito guarda-noturno mato-grossense norte-americano porto-alegrense, sul-
africano, primeiro-ministro, conta-gotas, guarda-chuva, zás-trás, blá-blá-blá, etc. 
 
• Haverá hífen em nomes cujo elemento inicial seja grã ou grão. 
 Exemplos: Grã-Bretanha Grão-Pará grã-fino grão-duque etc. 
• Separam-se por hífen os nomes de espécies botânicas ou zoológicas. 
 Exemplos: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde, andorinha-
grande, formiga-branca, cobra-d’água, bem-te-vi etc. 
 
● Hífen em vocábulos compostos em que o primeiro elemento é um prefixo ou falso 
prefixo. 
Trata-se dos casos em que o primeiro elemento é um prefixo ou elemento antepositivo 
(de origem grega ou latina) que, geralmente não tendo autonomia na língua, são 
considerados falsos prefixos. 
Prefixos citados pelo Acordo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper, 
infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, super-, sub-, supra-, ultra- , etc. 
 Antepositivos, ou falsos prefixos, citados pelo Acordo: aero-, agro-, arqui-, auto-, 
hio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, 
proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele- etc. (LEME, 2009, p. 5). 
 
 
 
12 
a) Separam-se por hífen os prefixos e falsos prefixos do segundo elemento 
quando este começar com a letra h. 
 Exemplos: anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, super-homem, mini-hotel, 
semi-hospitalar, macro-história, etc. 
Quando o primeiro elemento for um prefixo ou falso prefixo, terminado em vogal e o 
segundo elemento iniciar com a mesma vogal, deve-se separar por hífen. 
 Exemplos: anti-ibérico, contra-almirante, infra-auxiliar, anti-inflamatório, micro-
ondas, contra-ataque, aqui-inimigo, etc. 
● Serão sempre separados por hífen: 
 a) Prefixos: ex, sota, soto, vice e vizo. 
 Exemplos: ex-almirante, ex-diretor, soto-mestre, sota-piloto, vice-rei, vice-
reitor. 
b) Prefixos tônicos acentuados graficamente pós, pré, pró, quando o segundo 
elemento tiver utilização própria. 
 Exemplos: pós-graduação, pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-europeu, 
pró-africano 
c) Prefixos: além, recém, sem. 
 Exemplos: além-mar, recém-casado, recém-nascido, sem-vergonha, sem-
número. 
d) Prefixos: hiper, inter e super serão separados por hífen se o segundo elemento 
iniciar com h ou r. 
 Exemplos: hiper-humano, inter-relacionar, super-reativo. 
e) Prefixo sub quando o segundo elemento começar por r. 
 Exemplos: sub-região, sub-raça, sub-radial 
f) Prefixos circum e pan antes de palavra iniciada por m, n e vogal. 
 Exemplos: circum-navegação, circum-escolar, pan-americano, pan-africano 
 
 
 
13 
● Uso de hífen com sufixos. 
 a) Separam-se por hífen os sufixos de origem tupi-guarani.] 
 Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, Itajaí-mirim, capim-açu. 
Casos em que não ocorre o hífen. 
a) Não se emprega o hífen em locuções de qualquer tipo. 
 Exemplos: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar, cor de vinho, dia a 
dia, à toa, etc. 
b) Não se usa hífen entre o prefixo que termina em vogal e o elemento que começa 
com s ou r, ocorrendo duplicação dessas consoantes. 
 Exemplos: antirreligioso, antissemita, autorregulamentação, contrarregra, 
cosseno, cossecante, extrarregular, infrassom, microssistema, intrarrenal, 
ultrarromântico, suprassensível, etc. 
c) Não haverá hífen quando o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento 
começar por qualquer consoante diferente de r ou s. 
 Exemplos: autopeça antipedagógico anteprojeto geopolítica autoproteção 
semideus microcomputador semicírculo etc. 
d) O hífen não será usado quando o prefixo terminar em vogal diferente da vogal com 
que se inicia o segundo elemento. 
 Exemplos: antiaéreo, socioeconômico, antiamericano, autoafirmação, 
autoescola, autoestrada, infraestrutura, semiaberto, supraocular, ultraelevado. 
• Quando o prefixo terminar em consoante e o segundo elemento começar por 
consoante diferente ou vogal não haverá hífen. 
 Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interestadual, superamigo, superexigente, 
superinteressante, hipermercado, intermunicipal, etc. 
e) Primitivos/derivados Os substantivos primitivos são aqueles que não derivam de 
outra palavra da Língua Portuguesa. 
Exemplo: pedra, folha, real. 
 
 
 
14 
Os substantivos derivados são aqueles formados a partir de outra palavra da Língua 
Portuguesa. 
 Exemplo: pedreira, folhagem, irreal. 
 f) Coletivos: entre os substantivos comuns, encontramos os coletivos. São aqueles 
que, no singular, designam um conjunto de seres ou coisas da mesma espécie. 
 Exemplos: O povo brasileiro é hospitaleiro. 
 
4. FLEXÃO DO SUBSTANTIVO 
Os substantivos admitem flexão de gênero, número e grau. 
Flexão de gênero 
O primeiro esclarecimento importante é não confundirmos gênero gramatical e 
gênero biológico (sexo do indivíduo). O gênero gramatical é um princípio puramente 
linguístico e diz respeito a todos os substantivos, quer se refiram a seres animados 
providos de sexo (aluno, aluna), quer nomeiem apenas coisas (relógio, caneta, bola). 
Repare no substantivo caneta, temos aqui um nome que designa uma coisa, 
isto é, não existe a ideia de sexo; o que se aplica neste caso é a ideia de gênero 
gramatical: o substantivo caneta pertence ao gênero feminino, assim como relógio ao 
gênero masculino. 
Dizemos ainda que quando é possível usar os artigos “o”, os na frente de um 
substantivo, ele é masculino. São femininos os substantivos a que antepomos os 
artigos “a”, “as”. 
O substantivo criança, por exemplo, pode ser usado para se referir tanto a 
pessoas do sexo feminino quanto do masculino, porém pertence ao gênero feminino 
visto que é possível construirmos “a criançaprecisa de cuidados”. 
 
4.1 Formação do feminino 
 
 
 
15 
Ocorre a flexão de gênero geralmente para aqueles substantivos que designam 
pessoas e animais. Estes substantivos, portanto, vão apresentar uma forma para 
indicar os seres do sexo masculino e outra para o feminino. 
 Vejamos alguns casos: 
 homem/mulher - bode/cabra - cantor/cantora - cavalo/égua - galo/galinha - 
gato/gata - mestre/mestra - pai/mãe. 
Os casos anteriormente apresentados mostram que a formação do feminino 
pode ser: 
a) Uma forma diferente da do masculino, isto é, formada por um radical distinto: 
bode/cabra, homem/mulher. 
 b) Derivada da forma masculina, ocorrendo apenas a substituição das vogais “o” 
e “e” por “a” ou pelo acréscimo da desinência –“a”. Essa troca pode ser vista em 
gato – gata, mestre – mestra. 
Os substantivos terminados em “o” trocam o por “a”: filho/filha, gato/gata, 
aluno/aluna, menino/menina. Ainda no grupo dos que trocam “o” por “a”, temos 
alguns casos cuja forma feminina é formada por desinências especiais, como: 
diácono/diaconisa, papa/papisa, imperador/imperatriz, duque/duquesa, 
príncipe/princesa. 
 Os substantivos terminados em consoante acrescentam a desinência “a”, sem 
qualquer alteração: camponês/camponesa, freguês/freguesa, juiz/juíza, oficial/ 
oficiala. 
 Os substantivos terminados em “or” formam o feminino com o acréscimo da 
desinência “a”: cantor/cantora, autor/autora, pastor/pastora. 
Outros casos: 
A forma feminina dos substantivos terminados em “ão” pode ocorrer de três 
maneiras: 
a) trocando “ão” por “ao”: leitão/leitoa, leão/leoa, patrão/patroa; 
b) trocando “ão” por “ã”: cidadão/cidadã, irmão/irmã, cirurgião/cirurgiã; 
 
 
 
16 
c) trocando “ão” por “ona”: comilão/comilona, sabichão/sabichona, valentão/ 
valentona. 
 Para os substantivos terminados em “e” há duas possibilidades: ou ficam 
invariáveis (amante, cliente, doente, habitante, ouvinte) ou trocam o “e” pela 
desinência “a” (mestre, mestra, governante, governanta, parente, parenta). 
Não se enquadram em nenhum dos casos listados anteriormente: avô/avó, 
maestro/ maestrina, galo/galinha, herói/heroína, rapaz/rapariga, rei/rainha, réu/ré. 
Até aqui, estudamos os substantivos que apresentavam uma forma para o 
masculino e outra para o feminino. Porém, nem todos os substantivos da Língua 
Portuguesa seguem essa regra, há casos em que só existe uma forma gramatical para 
indicar o gênero, são os chamados substantivos uniformes. 
 
4.1.1 Substantivos uniformes 
a) Substantivos epicenos: referem-se aos nomes de animais que só possuem uma 
forma gramatical para os dois gêneros. Exemplos: a baleia, a onça, o gavião, o tigre. 
Se quisermos especificar o sexo do animal, acrescentamos as palavras macho e 
fêmea ao substantivo, assim: tigre macho/ tigre fêmea; o macho ou a fêmea do tigre. 
b) Substantivos sobrecomuns: são aqueles que possuem apenas um gênero para 
designar pessoas de ambos os sexos. Exemplos: o cônjuge, o indivíduo, a criança, a 
pessoa, a vítima. 
Se houver necessidade de discriminar o sexo, podemos dizer: a vítima do sexo 
masculino, uma pessoa do sexo feminino. 
c) Substantivos comuns de dois gêneros: também apresentam só uma forma para 
os dois gêneros, porém diferenciam o masculino do feminino com o auxílio de um 
artigo colocado antes do substantivo. 
Exemplos: o agente/ a agente, o colega/ a colega, o estudante/ a estudante, o cliente/ 
a cliente, o gerente/ a gerente, o jovem/ a jovem, o servente/ a servente. 
 
 
 
17 
d) Mudança de sentido na mudança de gênero: alguns substantivos sofrem 
alteração na sua significação quando empregados no masculino ou no feminino. Veja 
alguns casos em que os substantivos são femininos ou masculinos, conforme o 
sentido com que estão empregados. 
Exemplos: o cabeça (chefe, líder) / a cabeça (parte do corpo) / o capital (bens 
materiais) / a capital (cidade) / o guia (pessoa) / a guia (documento) / o rádio 
(aparelho) / a rádio (emissora) / o moral (ânimo) / a moral (bons costumes). 
e) Substantivos de gênero vacilante: há alguns substantivos na Língua Portuguesa 
cujo emprego geralmente causa dúvida quanto ao gênero. Portanto, apresentamos 
aqui as ocorrências mais comuns. 
a) São masculinos: alvará, champanha, diabete(s), dó, eclipse, herpes, guaraná, 
grama (unidade de peso), milhar, pijama, telefonema. 
b) São femininos: alface, cal, dinamite, faringe, omoplata 
 
Flexão de número 
Em relação à flexão de número, os substantivos podem estar no singular ou plural. 
a) Singular: os substantivos no singular indicam um ser único (ave, aluno, gato, 
soldado) ou um grupo de seres (bando, manada, tropa). 
b) Plural: os substantivos no plural indicam mais de um ser (aves, alunos, gatos, 
soldados) ou mais de um desses conjuntos orgânicos (bandos, manadas, 
tropas). 
4.2 Formação do plural 
A Língua Portuguesa dispõe de várias flexões para fazer o plural dos 
substantivos. O que regula a formação do plural é a terminação do substantivo no 
singular. Vejamos: 
a) Substantivos terminados em vogal ou ditongo formam o plural com o acréscimo 
de “s” ao singular. 
Exemplos: mesa – mesas, pé – pés, boi – bois, cipó – cipós, pau – paus, lei – leis, 
chapéu – chapéus, herói – heróis, mãe – mães. 
 
 
 
18 
Os substantivos terminados em “ão” formam o plural de três maneiras, conforme o 
quadro abaixo: 
 
Figura 1 : Formação do plural de substantivos terminados em “ão” 
 
b) Substantivos terminados em “r” ou “z”: formam plural acrescentando “es” ao 
singular. 
Exemplos: colher – colheres, mar – mares, diretor – diretores, raiz – raízes, juiz 
– juízes, cruz – cruzes, noz – nozes, rapaz – rapazes. Fique atento ao plural da 
palavra caráter – caracteres. 
c) Substantivos terminados em “m”: trocam o “m” por “ns”. 
Exemplos: bem – bens, som – sons, fim – fins, refém – reféns, pajem – pajens, 
álbum – álbuns, atum – atuns, item – itens. 
d) Substantivos terminados em “s”: os monossílabos e oxítonos formam o plural 
com o acréscimo da desinência “es” ao singular. 
Exemplos: país – países, deus – deuses, gás – gases, mês – meses, português 
– portugueses. 
e) Fique atento: se o substantivo terminar em “s”, mas for paroxítono, ele fica 
invariável. 
Observe estes casos: o atlas – os atlas, o lápis – os lápis, o vírus – os vírus. 
f) Substantivos terminados em “al”, –“el”,”ol” e “ul”: trocam o “l” por “is”. 
Exemplos: animal – animais, papel – papéis, móvel – móveis, farol – faróis, 
lençol – lençóis, jornal – jornais. Exceções: mal – males, cônsul – cônsules. 
 
 
 
19 
g) Substantivos terminados em “il” formam o plural de duas maneiras: se oxítonos: 
trocam o “il” por “is” (barril – barris, funil – funis, fuzil – fuzis). Se paroxítonos: 
trocam o “il” por “eis” (fóssil – fósseis, réptil – répteis, projétil – projéteis). 
Plural dos substantivos compostos 
O plural dos substantivos compostos acontece conforme as seguintes normas: 
• Se o substantivo composto é formado por palavras unidas sem hífen, seu plural 
ocorre como se fosse um substantivo simples. 
 Exemplos: aguardente(s), malmequer(es), pontapé(s), vaivén(s). 
• Se o substantivo composto é formado por palavras unidas por hífen, seus 
termos componentes podem ir ambos para o plural ou apenas um deles. Vamos 
analisar quando ocorre cada uma dessas situações. 
a) substantivo + substantivo: cirurgião-dentista, cirurgiões-dentistas, abelha-
mestra, abelhas-mestras, couve-flor, couves-flores. 
b) substantivo + adjetivo: amor-perfeito, amores-perfeitos, carro-forte, carros-
fortes, cachorro-quente, cachorros-quentes, obra-prima, obras-primas, 
guarda-noturno, guardas-noturnos. 
 
5. OUTROS CASOS DE PLURAL 
Plural com alteração de timbre 
Alguns substantivos formam plural com mudança de timbre da vogal tônica (“o” 
fechado e “o” aberto). 
Observamos essa alteração em: corpo (ô), corpos (ó), ovo (ô), ovos (ó). Além 
desses, temosainda: corno, corvo, destroço, fogo, forno, imposto, jogo, poço, porto, 
posto, reforço. 
Plural dos diminutivos 
Naqueles formados pelos sufixos “zinho” e “zito”, tanto o substantivo primitivo 
como o sufixo vão para o plural. 
 
 
 
 
20 
Flexão de grau 
Quanto à flexão de grau o substantivo pode se apresentar: 
a) na sua forma normal: homem, boca; 
b) na sua forma exagerada (grau aumentativo): homenzarrão, homem grande, 
bocarra, boca enorme; 
c) na sua forma atenuada (grau diminutivo): homenzinho, homem pequeno, 
boquinha, boca minúscula. 
Para que os substantivos possam expressar essa “gradação” do seu significado, há 
dois processos possíveis na Língua Portuguesa: 
• Sintético: quando ocorre um acréscimo de sufixo derivacional aumentativo ou 
diminutivo: livrinho, bocarra. 
• Analítico: quando empregamos um adjetivo junto ao substantivo que indique 
aumento ou diminuição: boca minúscula, homem pequeno. 
 
 
 
 
 
 
5.1 - ADJETIVO 
O adjetivo é um modificador do substantivo, com o qual concorda em gênero e 
número, se for variável. O adjetivo apresenta as seguintes funções, conforme Cunha 
e Cintra (2001): 
a) caracterizar os seres, objetos ou as noções nomeadas pelo substantivo, 
expressando: 
• qualidade (ou defeito): postura elegante, mulher honesta; 
 • o modo de ser: pessoa quieta, funcionário dinâmico; 
 • o aspecto ou aparência: noite clara, cozinha limpa; 
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Indicação de leitura! No site do Brasil Escola 
(www.brasilescola.com) você encontra mais informações sobre os 
substantivos e outros assuntos da língua portuguesa. 
 
 
 
 
 
21 
• o estado: pessoa triste, restaurante vazio. 
b) estabelecer com o substantivo uma relação de tempo, de espaço, de matéria, 
de finalidade, de propriedade, de procedência, etc. (adjetivo de relação): 
 • fatura anual (= fatura relativa ao ano); 
• movimento sindical (= movimento feito pelo sindicato); 
 • vinho italiano (= vinho proveniente da Itália). 
Os autores apresentam uma situação muito interessante referente à relação 
entre substantivos e adjetivos. Às vezes, existe uma única forma para as duas classes 
de palavras e, nesse caso, a distinção é feita na frase. 
Exemplo: Uma preta velha vendia laranjas. Uma velha preta vendia laranjas. 
Analisando as orações acima, verificamos que na primeira preta é substantivo, 
porque é a palavra núcleo, caracterizada por velha, que neste caso é adjetivo, por 
caracterizar o termo núcleo. Já na segunda oração, velha funciona como substantivo 
e preta como adjetivo. 
 
5.2 Formação dos adjetivos 
O adjetivo quanto à formação pode ser: 
a) primitivo: quando não deriva de outra palavra (grande, lindo, forte); 
b) derivado: quando deriva de substantivos (bondoso, amoroso) ou verbos 
(agradável, quebrado); 
c) simples: formado por um radical apenas (bondoso, agradável); 
d) composto: formado por mais de um radical (surdo-mudo, amarelo-canário, 
médico-cirurgião). 
 
5.3 Adjetivos pátrios 
São adjetivos, derivados de substantivos, que se referem a cidades, estados, 
regiões, países ou continentes e indicam a nacionalidade ou a origem de alguém de 
ou de alguma coisa. A esses adjetivos chamamos de adjetivos pátrios. 
 
 
 
22 
Inicialmente, vamos conhecer alguns adjetivos pátrios de estados e capitais do 
Brasil: 
 
 Figura 2 : Alguns Adjetivos Pátrios de Estado e capitais do Brasil 
 
Abaixo alguns adjetivos pátrios que designam a nacionalidade das pessoas. 
Exemplos: Angola – angolano; Áustria – austríaco; Egito – egípcio; Estados Unidos – 
norte-americano, ianque; Japão – japonês, nipônico. 
Existem também os chamados adjetivos pátrios compostos. 
Exemplos: romance anglo-americano (anglo = inglês), império austrohúngaro 
(austro = austríaco); relações ítalo-europeias (ítalo = italiano), acordo nipo-brasileiro 
(nipo = japonês). 
 
5.4 Flexão dos adjetivos 
 O adjetivo, da mesma forma como o substantivo, flexiona-se em gênero, 
número e grau. 
Flexão de número 
O adjetivo simples concorda no singular ou plural com o substantivo a que se 
refere. A formação do plural é a mesma já vista no estudo dos substantivos. 
Exemplos: carro limpo – carros limpos, aluno francês – alunos franceses, 
produto brasileiro – produtos brasileiros. 
 
 
 
23 
É bastante simples a flexão de número quando o adjetivo é simples. Quanto ao 
adjetivo composto apenas o último elemento dos adjetivos compostos vai para o 
plural. Observe: 
Terno verde-claro – ternos verde-claros, evento cívico-religioso – eventos cívico-
religiosos. Porém, na Língua Portuguesa, temos que nos habituar às chamadas 
exceções. Você já deve ter ouvido o famoso adágio “toda regra tem sua exceção”, 
certo? Pois é, lembre então: o plural de surdo-mudo é surdos-mudos. 
 
5.5 Flexão de gênero 
 
Neste caso o adjetivo geralmente assume o gênero do substantivo, assim 
haverá adjetivos biformes (variáveis, portanto) e uniformes (ficam invariáveis). 
Vejamos com mais detalhes esses casos. 
a) Adjetivos uniformes: apresentam uma única forma para o feminino e o 
masculino. Exemplos: menina feliz – menino feliz, garoto leal – garota leal. 
Existem ainda vários outros adjetivos que possuem a mesma forma para 
ambos os gêneros. Vamos listar mais alguns exemplos, conforme a 
terminação, para ajudá-lo(a): 
• terminados em “a”: otimista, paulista, indígena, agrícola. 
• terminados em “e”: breve, nômade, terrestre, doce. 
• terminados em “l”: azul, leal, vil, cordial, infiel, ágil. 
• terminados em “m”: bom, ruim, comum. 
• terminados em “r”: exemplar, regular, ímpar, inferior, superior, maior, anterior. 
• terminados em “s”: simples, cortês, reles. 
• terminados em “z”: feliz, atroz, audaz. 
 
b) Adjetivos biformes: apresentam uma forma para o feminino e uma para o 
masculino. 
 
 
 
24 
Exemplos: limpo – limpa, bom – boa, esperto – esperta. 
Da mesma forma como os substantivos, os adjetivos também possuem alguns 
mecanismos para formação do feminino. Vamos analisar agora esses mecanismos. 
• terminados em “o” átono: trocam o “o” pelo “a” (esperto – esperta, alto – alta); 
• terminados em “u”, “ês” e “or”: acrescentamos –a ao masculino (português – 
portuguesa, sonhador – sonhadora, nu – nua). 
Exceções: alguns adjetivos terminados em “u”, “ês” ou “or” são invariáveis. 
Veja estes casos: melhor, anterior, hindu, cortês; 
• terminados em “ão”: formam o feminino em “ã” ou “ona” (cristão – cristã, chorão 
– chorona); 
• terminados em “eu” (com e fechado): formam o feminino em “eia” (plebeu – 
plebeia, europeu – europeia). O feminino de judeu será judia. 
 
Feminino dos adjetivos compostos 
 
Observação: o feminino de surdo-mudo é menina “surda-muda” 
 
5.5 Flexão de grau 
Grau é flexão que expressa as noções de quantidade e intensidade. Ocorre 
com adjetivos que indicam tamanho ou quantidade: pequeno, grande. O adjetivo tem 
dois graus: o comparativo e o superlativo. 
Grau Comparativo: permite comparar qualidades dos seres. 
No caso de você ter que fazer o feminino 
de um adjetivo composto, como cívico-
religioso, apenas o segundo elemento é 
flexionado, portanto teremos “festa cívico-
religiosa”. 
Essa regra vale também para: verde-
escuro – verde-escura, lusobrasileiro – 
luso-brasileira, médico-cirúrgico – médico-
cirúrgica. 
 
 
 
 
25 
• Comparativo de igualdade: João é tão simpático como (ou quanto) Rute. 
Comparativo de superioridade: João é mais simpático do que Rute. 
• Comparativo de inferioridade: João é menos simpático do que Rute. 
A comparação também pode expressar que num mesmo ser determinada qualidade 
é superior, igual ou inferior a outra que possui. 
Exemplo: 
• João é tão simpático quanto competente. 
• João é mais simpático do que competente. 
• João é menos simpático do que competente. 
 
Nos exemplos dados, observamos que existem três graus de comparação (igualdade, 
superioridadee inferioridade) e que a ideia de comparação pode ocorrer num mesmo 
ser. 
 
Superlativo: indica uma qualidade associada a um ser num grau muito elevado. 
Temos dois tipos de superlativo: absoluto e o relativo. 
• Superlativo Absoluto: destacamos a qualidade de um ser, isolado, considerado de 
forma absoluta. Há duas maneiras de construirmos o superlativo absoluto. 
 Exemplo: João era muito triste. 
Neste exemplo, temos a palavra muito que intensifica a qualidade (triste) associada 
ao ser (João). Como usamos duas palavras (muito = elemento intensificador + triste = 
adjetivo) para expressar a ideia, temos aqui um caso de superlativo absoluto analítico. 
 O exemplo a seguir vai nos levar a um outro modo de fazer o superlativo 
absoluto. 
Exemplo: João era tristíssimo. 
Tristíssimo expressa a ideia de tristeza num grau muito elevado, mas faz isso 
usando apenas uma palavra, portanto temos aqui um caso de superlativo absoluto 
sintético. 
 
 
 
26 
• O superlativo relativo: ocorre quando se destaca uma qualidade de um ser 
em relação à totalidade de outros seres que também tenham a mesma 
característica. Essa característica pode estar presente em grau maior ou menor 
que os demais. Veja exemplos dessas duas possibilidades: 
 
• João era o funcionário mais competente da empresa. 
• João era o funcionário menos competente da empresa. 
 
 No primeiro exemplo, temos o superlativo relativo de superioridade. No 
segundo, o superlativo relativo de inferioridade. Os adjetivos bom, mau, pequeno e 
grande possuem formas especiais para o comparativo de superioridade e para 
superlativo. 
 
 
 
 
 
 
6. TIPOS DE PREDICADOS 
Assim como existem vários tipos de sujeitos, existem alguns tipos de 
predicados. Classificamos o predicado como nominal, verbal e verbo-nominal. 
a) Predicado verbal Predicado verbal é aquele que tem como núcleo um verbo. 
Note estas duas situações: 
 Predicado verbal constituído por um verbo intransitivo, ou seja, não exige 
complemento 
 Exemplo: O jogador saiu. 
Predicado verbal, cujo verbo não seja de ligação com seu complemento. 
Exemplos: 
➢ SAIBA MAIS: sugestão de leituraO 
➢ USO DO ADJETIVO EM COMERCIAIS DE REVISTAS: SUBSÍDIO AO 
ENSINO DE LÍNGUA MATERNA 
Disponível em 
http://entrechoques.ccha.uepb.edu.br/gto206.doc 
 
 
 
 
 
27 
• Os policiais viram o acidente. 
• A situação requer calma. 
• Estudar gramática exige concentração e esforço. 
• Meu irmão contou sua versão da história para a minha mãe. 
 
b) Predicado nominal é aquele que possui um verbo de ligação e o seu 
complemento, que chamamos de predicativo. 
 
 Na oração “Ela é alérgica a rímel”, temos um exemplo de predicado nominal, 
uma vez que um verbo de ligação faz o elo com o sujeito e o predicativo do sujeito, 
formado por expressões que caracterizam o sujeito. 
 
Figura 3: Formação do Predicado nominal 
 
 
 
 
Os demais exemplos seguem a mesma estrutura: 
• O padre permanece em estado grave. 
• O cachorro continua louco. 
• O estagiário anda preguiçoso. 
 
 
c) Predicado verbo-nominal: se um predicado é verbal porque tem como núcleo 
um verbo e nominal, porque traz como núcleo um nome, logo concluímos que 
o predicado verbo-nominal é aquele que apresenta um verbo e um nome como 
núcleo. Temos predicado verbo-nominal em situações como as que 
apresentaremos a seguir: 
1. Verbo intransitivo + predicativo do sujeito: O cão voltou arrependido. [O cão 
voltou e estava arrependido.] 
2. Verbo transitivo direto + predicativo do sujeito: O menino deixou a praça 
chateado. [O menino deixou a praça e estava chateado.] 
 
 
 
28 
3. Verbo transitivo indireto + predicativo do sujeito: O aluno chegou ao colégio 
preocupado. [O aluno chegou ao colégio e estava preocupado] 
 Nos exemplos citados, o predicado tem dois núcleos, sendo um verbo e um 
nome, mas esses tipos de predicados podem ter suas formações ampliadas por 
termos acessórios (adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto). 
Leia: 
• Meu pai ficou muito feliz com o resultado. (com o resultado = adjunto 
adnominal) 
• O padre reuniu os familiares rapidamente. (rapidamente = adjunto adverbial) 
• O poeta ofereceu a poesia a uma bela moça do teatro. 
• O general voltou da guerra gravemente ferido. 
• Eu acho Rodrigo, professor substituto, um excelente profissional. (professor 
substituto = aposto). 
 
6.1 Predicação verbal e sua classificação 
Cegalla (2008) chama de predicação verbal a forma como o verbo constitui o 
predicado e a tipifica como predicação verbal completa e predicação verbal 
incompleta. Você talvez conheça melhor este assunto como transitividade verbal 
(predicação verbal) e seus tipos como verbos intransitivos (predicação verbal 
completa) e verbos transitivos diretos e indiretos (predicação verbal incompleta). 
Predicação verbal completa ou verbos intransitivos 
 Os verbos intransitivos são aqueles que apresentam sentido completo, não sendo 
necessárias quaisquer informações adicionais. 
Exemplos: 
• O general voltou da guerra gravemente ferido. 
• Eu acho Rodrigo, professor substituto, um excelente profissional. (professor 
substituto = aposto). 
• O tempo passa. 
• Ela viajou. 
 
 
 
29 
• Antônio saiu. 
Os verbos “passa”, “viajou”, saiu” apresentam sentido completo, dispensando uma 
complementação. 
Cegalla (2008, p. 336) apresenta algumas observações sobre os verbos intransitivos 
que merecem nossa leitura e atenção: 
• Os verbos intransitivos podem vir acompanhados de um adjunto 
adverbial e mesmo de um predicativo [...]. 
• As orações formadas com verbos intransitivos não podem “transitar” 
(=passar) para a voz passiva. 
• Verbos intransitivos passam, ocasionalmente, a transitivos quando 
construídos com objeto direto ou indireto. [...]. 
Cegalla (2008, p. 336) apresenta algumas observações sobre os verbos intransitivos 
que merecem nossa leitura e atenção: 
• Os verbos intransitivos podem vir acompanhados de um adjunto 
adverbial e mesmo de um predicativo [...]. 
• As orações formadas com verbos intransitivos não podem “transitar” 
(=passar) para a voz passiva. 
• Verbos intransitivos passam, ocasionalmente, a transitivos quando 
construídos com objeto direto ou indireto. [...]. 
• 
6.2 Verbo transitivo indireto 
 É aquele que tem seu sentido completado por um objeto indireto, isto é, por um 
complemento com preposição. Voltando ao texto de Fábio Reynol, no período “[...] 
Brasil sofria de uma grave falta de palavras”, o verbo “sofria” precisa da preposição 
“de” para unir-se aos termos que irão completar seu sentido (“uma grave falta de 
palavras”). A mesma situação se verifica com a oração “[...] cada palavra corresponde 
a um pensamento [...]”. 
Novamente, remetemo-nos a Cegalla (2008, p. 339), que destaca: 
 • Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam a forma passiva. 
Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e poucos mais, usados também 
como transitivos diretos: 
• João paga (perdoa, obedece) o médico. O médico é pago (perdoado, 
obedecido) por João. 
• Há verbos transitivos indiretos, como atirar, investir, contentar-se, etc., que 
admitem mais de uma preposição, sem mudança de sentido. Outros mudam 
de sentido com a troca da preposição [...]. 
 • Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc. variam de significação 
conforme sejam usados como transitivos diretos ou indiretos. 
 
 
 
30 
3. Verbo transitivo direto e indireto (verbo bitransitivo) 
É aquele que tem seu sentido completado por um objeto direto e por um objeto 
indireto, quer dizer, por um complemento sem preposição e um complemento com 
preposição. 
 Exemplo: O homem vendia palavras para quem as quisesse. 
 
7.TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 
Você já percebeu, de acordo com o que vimos sobre o predicado e a 
transitividade dos verbos, que alguns predicados se constituem apenas por um verbo, 
que apresenta sentido absoluto. Quando dizemos ou escrevemos:Joana saiu, não é 
preciso acrescentar mais nenhuma informação para que possamos entender que 
Joana não está mais aqui, foi para outro lugar. 
No entanto, vários verbos e nomes precisam de algo que os complemente, que 
os complete, que integre o seu sentido. A essas expressões, que apresentam a função 
de integrar, completar, complementar o sentido de um verbo ou substantivo, 
chamamos de termos integrantes da oração. São eles: objeto direto e objeto indireto, 
formando os complementos verbais; complemento nominal e agente da passiva. 
7.1 Complementos verbais 
Os complementos verbais, conhecidos também como objetos, são aqueles que 
completam o sentido dos verbos transitivos. 
Observe o exemplo retirado do texto O vendedor de palavras: 
“[...] eu provocarei mil pensamentos novos [...]”. 
 
Figura 4: Complementos verbais 
 
 
 
 
31 
Note que o verbo precisa de algo que complete seu sentido. Neste caso, “mil 
pensamentos novos” faz com que o verbo “provocar” tenha sentido pleno. 
Objeto direto: é o termo da oração que complementa, integra o sentido de 
um verbo transitivo. É denominado de direto porque seu vínculo com o verbo se dá 
diretamente, sem o uso de preposições. 
 Cegalla (2008, p. 348-349) faz as seguintes considerações sobre o objeto 
direto. 
 
 
 
32 
 a) O objeto direto tem as seguintes 
características: 
 • completa a significação dos verbos 
transitivos diretos; 
 • normalmente, não vem regido de preposição; 
• traduz o ser sobre o qual recai a ação 
expressa por um verbo ativo: Caim matou Abel. 
• Torna-se sujeito da oração na voz passiva: 
Abel foi morto por Caim. 
b) O objeto direto pode ser constituído: 
 • por um substantivo ou expressão 
substantivada: O lavrador cultiva a terra. [...] 
• pelos pronomes oblíquos o, as, os, as, me, te, 
se, nos, vos: Espero-o na estação. [...] • por 
qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém 
na loja. [...] 
 
 
 
33 
c) Frequentemente transitivam-se verbos 
intransitivos, dando-se-lhes por objeto direto 
uma palavra cognata ou da mesma esfera 
semântica: “Viveu José Joaquim Alves vida 
tranquila e patriarcal.” (Vivaldo Coaraci). 
 
Objeto direto pleonástico: esse tipo de objeto direto é definido por Cegalla (2008, 
p. 352) da seguinte forma: 
 Quando queremos dar destaque ou ênfase à ideia contida no objeto direto, 
colocamo-lo no início da frase e depois o repetimos ou reforçamos por meio 
do pronome oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal chama-se 
pleonástico, enfático ou redundante. 
Exemplo: Os livros, eu mesmo os vi na estante. 
 
Objeto direto preposicionado: embora, como o próprio nome já indica, o objeto 
direto se liga ao verbo sem o auxílio de uma preposição, há casos em que o verbo 
transitivo direto se vincula ao seu objeto direto por meio da preposição. Esses casos 
são: 
Objeto direto formado por nomes de pessoas ou de animais para evitar ambiguidade. 
 Exemplo: João a José assassinou 
Veja que o verbo “assassinar” é transitivo direto, no entanto, para evitar que o leitor 
fique sem saber quem matou e quem morreu, faz-se uso da preposição. 
 Objeto direto, mesmo formado de ente inanimado, vier anteposto ao verbo. 
 Exemplo: Ao dia venceu a noite. 
Em ordem direta teríamos “A noite venceu o dia”, sendo “o dia”, pois, um objeto direto. 
No entanto, como se optou por colocar o objeto antes do verbo, colocou-se a 
 
 
 
34 
preposição “a” para que se evidencie qual é o complemento do verbo e qual é o seu 
sujeito. 
Objeto direto constituído pelas formas pronominais mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, 
elas. 
 Exemplo: Ela nos chamou. 
O verbo “chamar” é transitivo direto, mas aqui vem acompanhado do pronome oblíquo 
“nos” que equivale a “a nós”. 
Objeto direto constituído pelo nome próprio Deus. 
 Exemplo: Amar a Deus. 
 
Objeto direto: formado por um pronome substantivo demonstrativo, indefinido ou 
interrogativo. 
 Exemplo: Apreciei mais a este. 
Para gerar uma harmonia na frase, o verbo “apreciar” uniu-se ao complemento direto 
formado por pronome demonstrativo por meio da preposição “a”. 
 Objeto indireto: há verbos que, em virtude de sua transitividade indireta, precisam 
de uma preposição para unir-se ao seu complemento. Esses complementos que se 
unem ao verbo por meio de uma preposição são denominados de objetos indiretos. 
 
Exemplo: Gostei do vestido azul. 
O verbo gostar precisa da preposição de para juntar-se ao seu complemento. 
Neste caso “do vestido azul” é um objeto indireto. Da mesma forma que o objeto direto, 
o objeto indireto apresenta uma variação: o objeto indireto pleonástico. O objeto 
indireto pleonástico é aquele em que o objeto indireto é retomado na oração por meio 
de um pronome oblíquo. 
 Exemplo: Mas que te importam a ti os meus sentimentos? 
Veja que o uso de “te” e “a ti” são utilizados para enfatizar a ideia, destacando-a. 
 
 
 
35 
 
7.2. Complemento nominal 
Assim como os verbos, alguns nomes, adjetivos ou advérbios necessitam de 
um complemento para que tenham sentido completo. “Complemento nominal é o 
termo da oração que integra o sentido de certos nomes (substantivos e adjetivos) e 
advérbios, especificando-os. Sua relação com o termo, cujo sentido complementa, é 
feita por meio de uma preposição” (ABAURRE; ABAURRE; PONTARA, 2010, p. 531). 
 Exemplo: Estou desgostoso com vocês. 
• Desgostoso: adjetivo 
• Com vocês: complemento nominal 
OBS: Um grande número de nomes que pedem complemento nominal são 
substantivos abstratos derivados de verbos significativos. 
O complemento nominal pode, ainda, ser representado por um pronome oblíquo. 
Nesse caso, a preposição está implícita no pronome. 
 Exemplo: Caminhar a pé lhe era saudável. 
 
 
 
 
36 
Observações: 
• O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da 
declaração expressa por um nome: amor a Deus, a condenação da violência, 
o medo de assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor de 
músicas, etc. 
• O complemento nominal é regido pelas mesmas preposições usadas no objeto 
indireto. 
• O complemento nominal difere deste apenas porque, em vez de complementar 
verbos, completa nomes (substantivos, adjetivos e alguns advérbios em mente. 
 
Há nomes que requerem complemento nominal correspondente, geralmente, verbo 
de mesmo radical: amor ao próximo, amar o próximo; perdão das injúrias, perdoar as 
injúrias; obediente aos pais, obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à pátria; 
remessa de cartas, remeter cartas; criação de impostos, criar impostos; queima de 
fogos, queimar fogos; recordação do passado, recordar o passado; resistência ao mal, 
resistir ao mal, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
REFERÊNCIAS 
ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M.; PONTARA, Marcela. 
Português: contexto, interlocução e sentido. Vol. 2. São Paulo: Moderna, 2010. 
 
ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M.; PONTARA, Marcela. 
Português: contexto, interlocução e sentido. Vol. 2. São Paulo: Moderna, 2008. 
 
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática Metódica da Língua Portuguesa. 45. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 
 
APARÍCIO, A. S. M. As ações didático-discursivas do professor para a 
construção e manutenção dos tópicos em aula de gramática. In: KLEIMAN, 
Angela B. (Org.). A formação do professor: perspectivas da linguística aplicada. 
Campinas, SP: Mercado de Letras, 2001. 
 
AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. 2. ed. São 
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