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SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos ........................................................................ 1
1.1 Ortografia .................................................................................................................... 3
1.2 Sintaxe ........................................................................................................................ 7
1.3 Morfologia: substantivo ............................................................................................ 15
1.3.1 Artigo ..................................................................................................................... 22
1.3.2 Adjetivo ................................................................................................................. 23
1.3.3 Pronome ................................................................................................................. 25
1.3.4 Verbo ..................................................................................................................... 33
1.3.5 Advérbio ................................................................................................................ 46
Caderno de Questões – Língua Portuguesa ............................................................... 50
MATEMÁTICA
2. Operações com números naturais ............................................................................... 87
2.1 Múltiplos e divisores ................................................................................................ 88
2.2 Números primos ....................................................................................................... 89
2.3 Máximo divisor comum ............................................................................................ 89
2.3.1 Mínimo múltiplo comum ....................................................................................... 90
2.4 Frações ...................................................................................................................... 91
2.5 Números decimais .................................................................................................... 95
2.6 Porcentagem ............................................................................................................. 96
2.7 Áreas de figuras planas ............................................................................................. 96
2.8 Medidas de comprimento: área ................................................................................. 98
2.8.1 Tempo .................................................................................................................... 98
2.8.2 Massa ..................................................................................................................... 98
2.8.3 Capacidade e velocidade ....................................................................................... 99
2.9 Juros simples e compostos ........................................................................................ 99
2.10 Média e noções de estatística ................................................................................ 102
Caderno de Questões - Matemática .......................................................................... 108
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
3. Atendimento ao cidadão com base na Lei 13.460/2017 ........................................... 122
3.1 Constituição Federal Brasileira de 1988 ................................................................. 126
3.2 Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal – Lei 1.171/1994 ........ 234
3.3 Administração de materiais .................................................................................... 237
3.4 Administração estratégica ....................................................................................... 240
3.4.1 Administração financeira e orçamentária ............................................................ 243
3.4.2 Administração geral ............................................................................................. 244
3.4.3 Administração Pública ......................................................................................... 244
3.4.4 Atendimento ao público ....................................................................................... 245
3.5 Correio eletrônico ................................................................................................... 246
3.6 Ética profissional .................................................................................................... 246
3.7 Funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle .............. 250
3.8 Gerenciamento de qualidade .................................................................................. 251
3.9 Gestão de processos ................................................................................................ 253
3.9.1 Gestão de projetos ............................................................................................... 256
3.9.2 Gestão de recursos humanos ................................................................................ 260
3.9.3 Gestão por resultados ........................................................................................... 261
3.10 Lei complementar 101, de 4 de maio de 2000 (lei de responsabilidade fiscal) .... 261
3.11 Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (lei de acesso à informação) ............ 278
3.12 Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (licitações e contratos) .............................. 286
3.13 Microsoft Excel, PowerPoint e Word da versão 2003 até a mais atual ................ 321
3.13.1 Navegadores Google Chrome, Internet Explorer e Mozilla Firefox ................. 325
3.14 Noções de contabilidade ....................................................................................... 327
3.15 Noções de hardware, redes de computadores e softwares .................................... 331
3.15.1 Segurança na internet ......................................................................................... 335
3.15.2 Sistema operacional Windows na versão XP até a mais atual .......................... 337
3.15.3 Windows Explorer ............................................................................................. 340
Caderno de Questões – Conhecimentos Específicos ................................................ 342
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 361
1
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos
A compreensão e interpretação de texto são duas ações que
estão relacionadas, uma vez que quando se compreende
corretamente um texto e seu propósito comunicativo
chegamos a determinadas conclusões (interpretação). Hoje
em dia é essencial saber interpretar corretamente os textos,
entender melhor sobre suas tipologias e as funções da
linguagem relacionadas a ele.
Resumindo:
• Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem,
ou seja, análise do que está no explícito do texto.
• Interpretação de textos: é a interpretação que fazemos do
conteúdo, ou seja, quais conclusões chegamos por meio da
conexão de ideias e, por isso, vai além do texto.
Compreensão
A compreensão faz uma análise objetiva do texto, buscando
decodificá-lo e verificar o que realmente está escrito,
assimilando as principais palavras e ideias presentes no
conteúdo e coletando dados e informaçõesconcretas. De
maneira geral, os enunciados de questões que pedem a
compreensão de um texto utilizam as seguintes expressões:
• O autor afirma que…
• O autor sugere…
• Segundo o texto…
• O autor/narrador do texto diz que…
• O texto informa que…
• No texto…
• De acordo com o autor…
• Na opinião do autor do texto…
• Tendo em vista o texto…
• O autor sugere ainda…
• De acordo com o texto…
Desta forma, a compreensão textual envolve a decodificação
da mensagem que é realizada pelo leitor. Quando ouvimos,
por exemplo, um noticiário, compreendemos a mensagem
passada e qual sua finalidade (informar o ouvinte de algum
acontecimento, por exemplo).
Para compreender os textos escritos não é diferente, porém
requer o conhecimento da língua, do vocabulário e das
funções relacionadas com linguagem e a comunicação.
Logo, por meio da interpretação das palavras e das frases
podemos compreender melhor a mensagem que está sendo
transmitida. Por isso, ter um dicionário por perto é sempre
uma dica boa, se caso houver algum termo desconhecido.
Interpretação
A interpretação de texto trata-se daquilo que podemos
concluir sobre ele, estabelecendo conexões entre o que está
escrito e a realidade. Essas conclusões são feitas analisando
as ideias do autor, sendo que essa análise é subjetiva. Esse
recurso envolve a capacidade de chegar a determinadas
conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto
(visual, auditivo, escrito, oral). Por isso, a interpretação de
texto é algo subjetivo e que pode variar de leitor para leitor.
Isso porque cada um possui um repertório interpretativo que
foi sendo adquirido ao longo da vida.
A interpretação de um texto requer:
• Existência de conhecimento prévio quanto ao
assunto/conceito abordado no texto;
• Apreciação pessoal e crítica por parte do leitor já que, de
alguma forma, ainterpretação sempre depende das
considerações feitas por quem está lendo o texto.
De forma geral, os enunciados de questões que pedem a
interpretação de um texto utilizam as seguintes expressões:
• Conclui-se do texto que…
• O texto permite deduzir que…
• Diante do que foi exposto, podemos concluir…
• É possível subentender-se a partir do texto que…
• Qual a intenção do autor quando afirma que…
• O texto possibilita o entendimento de que…
• Infere-se do texto que…
• Com o apoio do texto, infere-se que…
• O texto encaminha o leitor para…
Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém,
em grande parte, da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e
que auxilia na melhor interpretação dos textos e conexão das
ideias.
Como esses dois conceitos podem ser confundidos em
alguns contextos, preparamos uma tabela que contém as
principais diferenças entre a compreensão textual e a
interpretação textual.
2
Item Compreensão Interpretação
O que é
Analisa estritamente
o que está escrito no
texto,
compreendendo de
froma objetiva, as
frases e ideias
presentes.
Aquilo que se conclui
sobre o texto. É a
maneira que o leitor
interpreta o conteúdo.
Informação
Todas as
informações estão
presentes no texto.
A informação está fora
do texto (ou além do
texto), mas possui
forte conexão com ele.
Análise Preza pela
objetividade
Trabalha com
subjetividade.
Podemos, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto.
Para isso, devemos observar o seguinte:
1 - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
assunto;
2 - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa
a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;
3 - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto
pelo menos umas três vezes ou mais;
4 - Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
5 - Volar ao texto quantas vezes precisar;
6 - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
autor;
7 - Partir o texto em pedações (parágrafos, partes) para
melhor compreensão;
8 - Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo,
partes) do texto correspondente; 9 - Verificar, com
atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10 - Cuidado com os vocábulos: destoa (= diferente de...),
não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira,
exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e
que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o
que se pediu;
11 - Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar
a mais exata ou a mais completa;
12 - Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um
fundamento de lógica objetiva;
13 13 - Cuidado com as questões voltadas para dados
superficiais;
14 - Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela
resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido
do texto;
15 - Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras
denuncia a resposta;
16 - Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas
pelo autor, definido o tema e a mensagem;
17 - O autor defende ideias e você deve percebê-las;
18 - Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são
importantissimos na interpretação do texto.
Ex: Ele morreu de fome.
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na
realização do fato ( = morte de "ele" ).
Ex: ele morreu faminto
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se
encontrava quando morreu.
• Textos verbais e não verbais
A leitura é uma atividade de captação de ideias de um autor
e, para isso, espera-se que o leitor processe, critique ou
avalie a informação que possui para obter um sentido e
significado à leitura. De acordo com o dicionário Michaelis,
interpretar é determinar com precisão o sentido de um texto.
Logo, o leitor deve não só ler um texto, mas sim prestar
atenção aos detalhes presentes na leitura, por exemplo, os
elementos verbais(palavras) e não verbais (imagens,
símbolos).
Para interpretar um texto verbal é necessário,
primeiramente, identificar se é um texto literário ou não
literário. Observe a estrutura, se é escrito em prosa ou em
verso e parta para a bibliografia para investigar outras
informações, por exemplo, se a fonte é de um periódico ou
de um livro de um autor conhecido da literatura. Dessa
forma, pode-se inferir que o texto não literário apresenta
uma informação e a importância é no que se diz, enquanto o
texto literário o mais importante é a forma, o como se diz..
Além disso, os elementos verbais e não verbais, podem
aparecer em um texto de forma integrada ou independente,
apenas compartilhando o mesmo espaço. Logo, deve-se
perceber o nível de interação entre os elementos para melhor
interpretar um texto e saber decodificar a interação que os
elementos possuem e que mensagem veiculam ao leitor.
Por fim, em um texto verbal, deve-se:
- Observar quem fala no texto: eu lírico (poema), narrador,
cronista, articulista (prosa);
- Perceber o ponto de vista do enunciador, ou seja, a
utilização da 1ª pessoa pessoa (visão particular) ou da 3º
pessoa (visão coletiva);
- Analisar os aspectos linguísticos (gramaticais), lexicais
(escolha vocabular) e estilística (como se faz o uso da
gramática);
- Descobrir o estilo do poema; -Identificar recursos
expressivos (figuras e funções da linguagem);
3
-Relacionar à época contextual.
• Como Interpretar textos não-verbais
Interpretar textos não verbais ou mistos envolve as seguintes
operações: analisar, explicar, identificar, comparar, etc.
Porém esses tipos de texto requerem do estudante
sensibilidade para ler outros códigos, como os gestos, as
expressões fisionômicas, as cores, a própria imagem, e
aquilo que está nas entrelinhas.
• Orientações para ler e Interpretar textos mistos
1. Olhe quadro a quadro;
2. Perceba objetos, pessoas, atividades;
3. Note frases e palavras;
4. Observe se há intertextualidade;
Considere as expressões faciais,os gestos, as cores e outros
códigos não verbais.
• Textos verbais e não verbais
A leitura é uma atividade de captação de ideias de um
autor e, para isso, espera-se que o leitor processe, critique
ou avalie a informação que possui para obter um sentido e
significado à leitura. De acordo com o dicionário
Michaelis, interpretar é determinar com precisão o sentido
de um texto. Logo, o leitor deve não só ler um texto, mas
sim prestar atenção aos detalhes presentes na leitura, por
exemplo, os elementos verbais(palavras) e não verbais
(imagens, símbolos).
Para interpretar um texto verbal é necessário,
primeiramente, identificar se é um texto literário ou não
literário. Observe a estrutura, se é escrito em prosa ou em
verso e parta para a bibliografia para investigar outras
informações, por exemplo, se a fonte é de um periódico ou
de um livro de um autor conhecido da literatura. Dessa
forma, pode-se inferir que o texto não literário apresenta
uma informação e a importância é no que se diz, enquanto
o texto literário o mais importante é a forma, o como se
diz..
Além disso, os elementos verbais e não verbais, podem
aparecer em um texto de forma integrada ou independente,
apenas compartilhando o mesmo espaço. Logo, deve-se
perceber o nível de interação entre os elementos para
melhor interpretar um texto e saber decodificar a
interação que os elementos possuem e que mensagem
veiculam ao leitor.
Por fim, em um texto verbal, deve-se:
- Observar quem fala no texto: eu lírico (poema), narrador,
cronista, articulista (prosa);
- Perceber o ponto de vista do enunciador, ou seja, a
utilização da 1ª pessoa pessoa (visão particular) ou da 3º
pessoa (visão coletiva);
- Analisar os aspectos linguísticos (gramaticais),
lexicais (escolha vocabular) e estilística (como se faz o
uso da gramática);
- Descobrir o estilo do poema; -Identificar recursos
expressivos (figuras e funções da linguagem);
-Relacionar à época contextual.
• Como Interpretar textos não-verbais
Interpretar textos não verbais ou mistos envolve as
seguintes operações: analisar, explicar, identificar,
comparar, etc. Porém esses tipos de texto requerem do
estudante sensibilidade para ler outros códigos, como os
gestos, as expressões fisionômicas, as cores, a própria
imagem, e aquilo que está nas entrelinhas.
• Orientações para ler e Interpretar textos mistos
5. Olhe quadro a quadro;
6. Perceba objetos, pessoas, atividades;
7. Note frases e palavras;
8. Observe se há intertextualidade;
9. Considere as expressões faciais, os gestos, as cores e
outros códigos não verbais.
1.1 Ortografia
A ortografia oficial da Língua Portuguesa é a parte da
gramática que tem a finalidade de estudar a forma correta de
escrever as palavras. Para isso, são observados os padrões,
regras e o uso correto dos sinais de pontuação e acentuação.
A palavra grega orthos faz referência a ideia daquilo que é
reto, exato, direito. Já a palavra latina graphia significa
escrever. Portanto, a prática da ortografia está ligada além
da escrita correta, ao conhecimento das regras que
enquadram a escrita nas condições da Língua Portuguesa,
observando características etimológicas e fonológicas. Para
tanto, aqui serão apresentados as regras ortográficas
determinadas pela Língua Portuguesa.
Acentos
Em síntese, a acentuação tem como finalidade mudar o som
de alguma letra, portanto, fazendo com que palavras escritas
de forma semelhante sejam lidas de um jeito diferente e
tenham significados diferentes.
4
Na Língua Portuguesa há quatro acentos gráficos, que
podem ser definidos da seguinte forma:
Acento agudo (´) – é usado em vogais para indicar que a
sílaba em que ela se encontra é tônica, ou seja, possui o som
mais forte. O acento agudo faz com que as palavras sejam
pronunciadas de forma aberta: célebre, acarajé, filé.
Acento circunflexo (^) – pode ser usado apenas nas vogais,
A, E e O, indicando que elas devem ser pronunciadas de
forma fechada: ângulo, ônus, ônibus, bônus.
Til (~) – é ele que dá o som anasalado às vogais A e O:
propõem, constituição, preposição, ação.
Acento grave (`) – é usado para indicar a ocorrência de
crase, assunto que será aprofundado em um tópico seguinte.
X e CH
Na hora de escrever, uma das dúvidas mais recorrentes diz
respeito ao uso do X e do CH. Ainda mais porque, além de
conhecer as regras, é necessário conhecer também as
exceções.
Para fixar o uso correto de cada uma das situações a seguir,
o ideal é ter uma boa rotina de leitura para assimilar a grafia
correta das palavras. Observem os usos adequados de cada
um deles.
Uso do X e CH nas palavras provenientes do latim:
CH: quando são traduzidas do latim para o português, as
sequências “pl” “fl” e “cl” transformam-se em CH.
Exemplos:
planus – chão flamma – chama clamare – chamar
X: palavras originárias do X latino ou quando há palatização
do S em grupos ssi ou sce:
Exemplos: examen – exame luxu – luxo
laxare – deibar pisce – peixe passione – paixão
Casos em que o CH é utilizado:
Em palavras de origem francesa (chofer (chauffeur), creche
(crèche), debochar (débaucher), fetiche (fétiche), guichê
(guichet) e champignon (champignon)
Casos em que o X é utilizado:
Depois de ditongos (peixe, ameixa e caixa)
Algumas exceções são as palavras guache, recauchutar e
caucho.
• Em palavras iniciadas pela sílaba “en”: enxada, enxerto e
enxurrada;
Neste caso há duas exceções. A primeira diz respeito à
palavra enchova, que é um regionalismo da palavra
anchova, que tem origem genovesa: anciua.
A segunda exceção são as palavras formadas pela sílaba
inicial “en”, seguidas por radical com “ch”. Alguns
exemplos são: enchente, enchumaçar e encharcar.
• Em palavras iniciadas pela sílaba: “me” (mexilhão,
México e mexer).
Aqui, a exceção é a palavra mecha (referindo-se aos
cabelos) cuja origem é francesa, da palavra mèche. Algumas
vezes a confusão pode ser ocasionada por conta da palavra
mexe (do verbo mexer) que é grafada com x.
• Em palavras de origem tupi (capixaba, caxumba, xaxim,
queixada, Pataxó, abacaxi, araxá e Xingu).
Um das exceções é a palavra que nomeia a cidade
catarinense de Chapecó, que é uma derivação do tupi
Xapeco e quer dizer, da donde se avista o caminho da roça.
• Em palavras de origem africana (afoxé, axé, xingar, xangô,
maxixe, orixá, borocoxô, xodó e fuxico)
• Algumas exceções são as palavras cachaça, chilique, e
cachimbo.
Em palavras de origem árabe (almoxarifado, elixir, haxixe,
xarope, xadrez, xeque e enxaqueca) As exceções são as
palavras alcachofra e chafariz.
S ou Z
Na hora de escrever, outra confusão frequente está
relacionada ao uso do S e do Z. Conheça algumas regrinhas
que podem auxiliar:
• Casos em que o S é utilizado:
Em palavras que derivam de uma primitiva grafada com s
(casa – casinha, casarão, análise – analisar e pesquisa –
pesquisar)
Como exceção podemos citar: catequese – catequizar.
5
• Após ditongo quando houver o som de z (coisa e maisena)
• Nos sufixos “ês”, “esa”, “esia” e “isia”, quando indicarem
nacionalidade, título ou origem (burguesia, portuguesa,
poetisa e camponês)
A exceção é a palavra juíza, que deriva do masculino, juiz.
• Na conjugação dos verbos pôr e querer (ele pôs, ele quis,
e nós quisemos)
• Nos sufixos gregos “ase”, “ese”, “ise” e “ose” (crise, tese,
frase e osmose) As exceções são as palavras deslize e
gaze.
• Em palavras terminadas em “oso” e “osa” (gostosa e
populoso)
Casos em que o Z é utilizado:
• Palavras terminadas em ez e eza serão escritas com z
quando se tratarem de substantivos abstratos provenientes
de adjetivos, portanto, indicando uma qualidade (certeza,
nobreza, maciez e sensatez)
• Utiliza-se oz nas palavras derivadas com os sufixos
“zinho” “zito” “zada” “zarrão”, “zorra”, “zudo”, “zeiro”,
“zal” e “zona” (cafezal, homenzarrão, papelzinho e
açaizeiro)
As exceções ocorrem quando o radical da palavra de origem
possui o s: casa – casinha, asa – asinha e Teresa – Teresinha.
• Quando a derivação resultam em verbos terminados com o
som de “izar” (economizar e aterrorizar)
Da mesma forma, há exceção quando o radical da palavra de
origem possui o s: analisar e improvisar.
C, Ç, S e SS
Outra parte, ainda mais confusa, são as possibilidades de uso
do c, ç, s e ss. Entretanto, as regrinhas são muito simples e
fáceis de serem entendidas.
• O C tem valor de S com as vogais E e I. Antes de A, O ou
U, utiliza-se o Ç (ocioso, acetato, açúcar e aço)
• Depois de consoante, utiliza-se S. Entre vogais, o correto é
usar SS (concurso e pessoa)
• O S é utilizado em palavras que derivam de verbos
terminados em “correr” “pelir” e “ergir” (compelir –
compulsório, discorrer – discurso e imergir – imersão)
• Os verbos terminados em “dar” “der” “dir” “ter” “tir” e
“mir” recebem o S quando perdem as letras D, T e M em
suas derivações (redimir – remissão – remisso, expandir –
expansão – expansível e iludir – ilusão – ilusório)
• Verbos não terminados em “dar” “der” “dir”, “ter” “tir” e
“mir” recebem Ç quando mudam o radical (excetuar –
exceção e proteger – proteção)
• Verbos que mantêm o radical recebem Ç em suas
derivações (fundir – fundição e reter
– retenção)
• Utiliza-se C ou Ç após o ditongo quando houver som de S
(traição e coice)
• Utiliza-se C ou Ç nos sufixos “aça”, “aço”, “ação”, “çar”,
“ecer’, “iça”, “iço”, “nça”, “uça”, “uço” (esperar –
esperança, dente – dentuço, rico – ricaço e merece –
merecer)
• Em palavras de origem árabe (açude, alface, alvoroço,
celeste, cetim, açoite, açafrão) Algumas exceções são
arsenal, safra, salada e carmesim.
• Em palavras de origem tupi (camaçari, açaí, cacique,
piaçava, paçoca, Iguaçu e cupuaçu)
• Em palavras de origem africana (caçula, cachaça, miçanga,
lambança, cangaço e jagunço)
G e J
Em relação ao uso do G e J é seguida a mesma tendência.
Além de ter várias regras, há, ainda, diversas exceções.
Confira quais são as principais e nunca mais erre a grafia
dessas palavras.
Nas palavras originárias do latim e do grego,
normalmente, o G da Língua Portuguesa é equivalente.
Latim
gestu – gesto gelu – gelo agitare – agitar
Grego gymnastics – ginástica hégemonikós – hegemônico
Em relação ao J, ele não existe nem no latim e nem no grego
clássico. Portanto, ele ocorre quando há consonantização do
I semiconsoante latino ou palatalização do S + I, ou do
6
grupo DI + Vogal.
Casos em que o G é utilizado:
• Quando a palavra é derivada de outras palavras grifadas
com G (faringite – faringe e selvageria – selvagem)
Algumas exceções são coragem – corajoso e viagem –
viajar.
• Quando as palavras terminam nos sufixos “ágio”, “égio”,
“ígio”, “ógio” e “úgio” (refúgio, prestígio e sacrilégio)
• Utiliza-se G quando os substantivos são terminados em
“gem” (sondagem, viagem e passagem)
Exemplos de exceção são as palavras pajem e lambujem.
• Quando os verbos são terminados em “ger” e “gir” (eleger
e rugir)
• Depois de R (divergir esubmergir)
• Casos em que o J é utilizado:
• Nas palavras derivadas de outras que são grafadas com J
(lojista – loja, gorjeta – gorja).
• Nos verbos terminados em “jar” (arranjar, encorajar,
enferrujar)
• Palavras de origem árabe (azulejo, berinjela, jaleco, jarra,
laranja) Algumas exceções são giz, girafa e álgebra
• Em palavras de origem tupi (jururu, maracujá, jerimum,
marajó, jibóia). Sergipe é uma exceção.
• Palavras que possuem origem africana (jabá, Iemanjá,
acarajé, jiló, Jurema) Mal e mau
É uma das dúvidas mais frequentes, que as duas palavras são
muito parecidas.
Vejamos,
A palavra mal é oposto de bem, enquanto a palavra mau é
oposto de bom. Basta fazer a substituição para perceber se o
uso é correto, ou não.
Vale lembrar, ainda, que quando estiver acompanhado de
artigo ou pronome, mal será um substantivo.
Exemplo: Sofro desse mal desde os dez anos de idade.
Porém, quando modificar um verbo ou adjetivo, mal será
um advérbio.
Exemplo: Chegou em casa e mal olhou para o marido.
Na direção contrária, a palavra mau sempre é usada como
um adjetivo.
Exemplo: Os maus exemplos não devem ser seguidos.
Uso dos porquês
Há quatro categorias distintas e cada uma delas com um uso.
Entretanto, depois de entender com elas funcionam, o uso
dos porquês se tornará muito mais simples.
Porque (junto e sem acento) – é usado basicamente em
respostas e explicações, indicando a causa ou explicação de
algo. Pode ser substituído por: pois, uma vez que, dado que,
visto que, etc.
Exemplo: Não vou ao shopping porque estou me sentindo
mal.
Por que (separado e sem acento) – é usado para fazer
perguntas ou para fazer relação com um termo anterior da
oração. Confira algumas formas de substituí-lo: por qual
razão e por qual motivo.
Exemplo: Por que você não cumpriu o acordo de venda?
Por quê (separado e com acento) – é usado no final de
frases interrogativas, podendo ser seguido tanto por ponto de
interrogação, quanto por ponto final.
Exemplos: Minha irmã foi embora sem que eu soubesse o
por quê. Você deixou o caderno em casa por quê?
Porquê (junto e com acento) – é usado para indicar o
motivo, razão ou causa de alguma coisa. Sempre aparece
acompanhado de artigos definidos ou indefinidos, mas pode
aparecer, ainda, acompanhado de numeral ou pronome.
Exemplo: Gostaria de saber os porquês de eu não ter sido
convidada para a festa do condomínio.
Resumindo:
Porque – Usado em respostas.
Por que – Usado no início de uma questão.
Por quê – Usado no fim de perguntas.
Porquê – Usado como substantivo.
7
1.2 Sintaxe
Sintaxe de regência
Chama-se regência à relação estabelecida, na oração, entre
um termo regente e um termo regido. A regência pode ser
classificada em regência verbal ou regência nominal,
conforme a natureza do termo regente:
• Na regência verbal o termo regente é um verbo;
• Na regência nominal o termo regente é um nome.
O termo regente depende do termo regido. O sentido do
termo regente permanece incompleto sem a presença do
termo regido.
Regência verbal:
Termo regente: verbo
Termos regidos: objeto direto e objeto indireto
Regência verbal
Regência verbal é a relação que existe entre um verbo e o
termo da oração que o complementa, ou seja, a regência
verbal é estabelecida entre o verbo e os complementos
verbais.
Na regência verbal há um termo regente que estabelece uma
relação com um termo regido. O termo regente é sempre o
verbo e o termo regido é o complemento verbal. Quando o
termo regido é um objeto direto, a regência verbal é
estabelecida através de uma preposição.
Exemplo de regência verbal
Ele não se lembrou do nosso acordo.
Termo regente = verbo = lembrou-se
Termo regido = objeto indireto = do nosso acordo
Preposição que estabelece a regência = de (de + o = do)
Regência verbal com preposição
Os verbos transitivos indiretos estabelecem regência com o
objeto indireto com a presença obrigatória de uma
preposição.
Exemplos de regência verbal preposicionada:
Eu duvidei da opinião do garoto.
O aluno respondeu à pergunta da professora.
O objeto indireto responde principalmente às perguntas de
quê? para quê? de quem? para quem? em quem?.
Exemplos de verbos que exigem preposição para
regência verbal
Verbos chegar, ir e voltar
Quando indicam destino ou direção = ir a, ir de, ir para,
voltar a, voltar de, voltar para, chegar a, chegar de, chegar
para.Fui à feira comprar melancia.
Voltei para Pernambuco.
Cheguei da escola ao meio-dia.
Verbo comparecer
Quando indica local = comparecer a ou comparecer em.
Compareci ao escritório no domingo para resolver um
problema.
Compareci no escritório no domingo para resolver um
problema.
Verbo assistir
Quando significa ver ou presenciar = assistir a.
Meus vizinhos assistiram ao acidente e ficaram muito
perturbados.
Verbo aspirar
Quando significa desejar, pretender ou ambicionar = aspirar
a.
Mariana aspira ao papel principal naquela peça.
Verbo visar
Quando significa desejar, pretender ou ambicionar = visar a.
Mariana visa ao papel principal naquela peça.
Verbos esquecer-se e lembrar-se
Quando são verbos pronominais = esquecer-se de e
lembrar-se de.
Não me esqueci de seu aniversário.
Não me lembrei de seu aniversário.
Verbo preferir
Quando se prefere algo a alguma coisa = preferir a.
Eu prefiro suco de melão a suco de laranja.
Verbos implicar e simpatizar
Quando se referem a simpatizar ou antipatizar com alguém,
bem como incomodar = implicar com e simpatizar com.
Pare de implicar com meu filho!
Nunca simpatizei com ela.
Verbo querer
Quando tem sentido de estimar ou de querer bem = querer a.
Quero muito a minha filha. Verbo obedecer Quando se
obedece a alguém ou a alguma coisa = obedecer a.
Aquele aluno nunca obedece à professora.
Verbo responder
8
Quando se responde a alguém ou a alguma coisa = responde
a.
Pedro não soube responder ao que lhe foi perguntado.
Verbo agradar
Quando significa contentar ou satisfazer = agradar a.
O serviço realizado agradou ao diretor da empresa.
Verbos avisar, comunicar, advertir, prevenir,…
Com sentido de informar com antecedência = avisar a,
comunicar a, advertir a, prevenir a,…
Avisei ao diretor que os funcionários estão descontentes.
Comuniquei ao diretor que os funcionários estão
descontentes.
Adverti ao diretor que os funcionários estão descontentes.
Preveni ao diretor que os funcionários estão descontentes.
Verbo perdoar
Quando se perdoa a uma pessoa, não uma coisa = perdoar
a.
Nunca perdoarei a minha mãe por me ter abandonado.
Verbo pagar
Quando se paga a uma pessoa, não uma coisa = pagar a.
Pagou ao empregado o que lhe devia, antes de o despedir.
Verbos morar e residir
Quando indica local = morar em e residir em.
Meu irmão mora em Londres há três anos.
Meu irmão reside em Londres há três anos.
Verbo proceder
Com sentido de realizar ou dar início = proceder a.
Procederemos à destruição das peças defeituosas.
Observação
Existem vários verbos que têm um sentido quando exigem
preposição e outro sentido quando não exigem preposição.
Verbo querer
Com sentido de desejar = transitivo direto = regência sem
preposição.
Exemplo:
Eu quero uns patins novos.
Com sentido de gostar e querer bem = transitivo indireto =
regência com preposição.
Exemplo:
Eu quero a meu irmão.
Lista de verbos e preposições para a regência verbal
Para estabelecer regência verbal, as preposições mais
utilizadas são: a, de, com, em, para, por, sobre:
• abdicar de;
• advertir a;
• agradar a;
• agradecer a;
• alertar sobre;
• ansiar por;
• apaixonar-se por;
• apoiar-se em;
• aspirar a;
• assistir a, assistir em;
• avaliar em;
• avisar a, avisar de;
• cair sobre;
• chegar a, chegar de, chegar para;
• chorar por;
• começar por;
• comparecer a, comparecer em;
• comungar com;
• comunicar a;
• concentrar em;
• constar de;
• continuar em;
• convidar para;
• convocar para;
• dedicar a;
• deitar-se a;
• desafiar para;
• desagradar a;
• desdenhar de;
• empatar em, empatar por, empatar com;
• emprestar a, emprestar de, emprestar para;
• encontrar-se com;
• ensaiar para;
• esforçar-se para;
• esquecer de;
• excluir de;
• gostar de;
• guarnecer com;
• habilitar para;
• habituar-se a;
• impedir de, impedir que;
• implicar com;
• imputar a;
• incorrer em;
• indignar-se com;
• informar de;
• ingressar em;
• interessar-se por;
• ir a, ir de, ir para;
9
• lembrar-se de;
• libertar de;
• matizar de;
• meditar sobre;
• mexer em, mexer com, mexer de;
• morar em;
• morrer de;
• namorar com.
• necessitar de;
• obedecer a;
• obrigar a;
• orar por;
• pagar a;
• parecer com;
• participar em;
• pedir a;
• usufruir de;
• uniformizar com;
• trocar por;
• tremer de;
• tratar de;
• transformar em;
• teimar em;
• tapar com;
• sujeitar-se a;
• suceder a;
• sonhar com;
• sobreviver a;
• simpatizar com;
• sentar a, sentar em;
• rogar por;
• responder a;
• residir em;
• regular-se por;
• referir-se a;
• recair sobre;
• querer a;
• propender para;
• proceder a;
• prevenir a;
• prevalecer sobre;
• preferir a;
• precisar de;
• precaver-se de;
• pertencer a;
• perdoar a;
• vangloriar-se de;
• vedar a;
• viciar-se em;
• vingar-se de;
• visar a;
• voltar a, voltar de,
•voltar para;
• zangar-se com.
Regência verbal sem preposição
Os verbos transitivos diretos estabelecem regência com o
objeto direto sem a presença obrigatória de uma preposição.
Exemplos de regência verbal sem preposição:
Mariana comeu o quibe.
Mirim esperava a irmã.
O objeto direto responde principalmente às perguntas o quê?
ou quem?.
Regência nominal
Regência nominal é a relação que um nome estabelece com
o seu complemento através de uma preposição. Esse nome
pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio.
O complemento, chamado de complemento nominal,
completa o significado do nome, que teria o seu sentido
incompleto sem esse complemento.
Exemplos de regência nominal
Infelizmente, uma boa educação ainda não é acessível a
todos.
Meu namorado sempre foi amoroso com meu filho.
Ele parece estar descontente com a vida.
Por favor, tenha respeito por mim!
Preposições usadas na regência nominal
Para estabelecer regência nominal, as preposições mais
utilizadas são: a, de, com, em, para, por.
Regência nominal com a preposição A
• acessível a;
• agradável a;
• alheio a;
• análogo a;
• anterior a;
• apto a;
• atento a;
• avesso a;
• cego a;
• cheiro a;
• comum a;
10
• contrário a;
• desatento a;
• equivalente a;
• estranho a;
• favorável a;
• fiel a;
• grato a;
• horror a;
• idêntico a;
• inacessível a;
• indiferente a;
• inerente a;
• necessário a;
• nocivo a;
• oposto a;
• perpendicular a;
• posterior a;
• prestes a;
• surdo a;
• visível a.
Regência nominal com a preposição DE
• amante de;
• amigo de;
• ávido de;
• capaz de;
• cheio de;
• cobiçoso de;
• contemporâneo de;
• desejoso de;
• diferente de;
• difícil de;
• digno de;
• dotado de;
• fácil de;
• impossível de;
• incapaz de
;• inimigo de;
• livre de;
• longe de;
• louco de;
• maior de;
• natural de;
• obrigação de;
• orgulhoso de;
• passível de;
• possível de;
• sedento de;
• seguro de;
• sonho de.
Regência nominal com a preposição COM
• amoroso com;
• aparentado com;
• caritativo com;
• compatível com;
• cruel com;
• cuidadoso com;
• descontente com;
• furioso com;
• impaciente com;
• intolerante com;
• liberal com;
• solícito com.
Regência nominal com a preposição EM
• doutor em;
• exato em;
• firme em;
• hábil em;
• incessante em;
• indeciso em;
• interesse em;
• lento em;
• morador em;
• negligente em;
• parco em;
• perito em;
• primeiroem;
• versado em.
Regência nominal com a preposição PARA
• apto para;
• bastante para;
• bom para;
• essencial para;
• impróprio para;
• inútil para;
• mau para;
• pronto para;
• próprio para.
Regência nominal com a preposição POR
•admiração por;
• ansioso por;
• devoção por;
11
• respeito por;
• responsável por.
Regência nominal e complemento nominal
O complemento nominal é o termo regido. Completa o
sentido de um nome que, sozinho, tem significado
incompleto. Vem sempre precedido de uma preposição. O
complemento nominal pode ser representado por um
substantivo, por um pronome, por um numeral e até por uma
oração subordinada substantiva completiva nominal.
Exemplos de complemento nominal
Tenho muita saudade de você!
Pedro sempre sentiu ciúme de Luísa.
Por vezes, ele é cruel com os animais.
É indispensável haver respeito por todos.
Regência nominal e regência verbal
Na regência nominal, o termo regente é um nome.
Na regência verbal, o termo regente é um verbo.
Assim, a regência verbal é a relação que um verbo
estabelece com os seus complementos (objeto direto e objeto
indireto), bem como com adjunto adverbial, que o
caracteriza.
Alguns verbos necessitam obrigatoriamente de uma
preposição para estabelecer regência verbal:
• obedecer a;
• simpatizar com;
• comparecer em;
• esquecer-se de;
• proceder a;
• morrer de;
• tapar com;
• esforçar-se para;
• teimar em;
• alertar sobre;
• trocar por;
• …
Sintaxe da Concordância verbal e nominal
Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que
estuda a conformidade estabelecida entre cada componente
da oração. Enquanto a concordância verbal se ocupa da
relação entre sujeito e verbo, a concordância nominal se
ocupa da relação entre as classes de palavras:
concordância verbal = sujeito e verbo
concordância nominal = classes de palavras
Exemplificação: Nós estudaremos regras e exemplos
complicados juntos.
Observem:
Na oração acima, temos esses dois tipos de concordância:
Ao concordar o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos),
estamos diante de um caso de concordância verbal.
Já, quando os substantivos (regras e exemplos) concordam
com o adjetivo (complicados), estamos diante de um caso de
concordância nominal.
Concordância Verbal
Concordância verbal é a relação estabelecida de forma
harmônica entre sujeito e verbo. Isso quer dizer que quando
o sujeito está no singular, o verbo também deve estar;
quando o sujeito estiver no plural, o verbo também estará.
Exemplos:
Eu adoro quando as flores desabrocham na Primavera.
Elas adoram quando as flores desabrocham na Primavera.
A seguir, serão explanadas as regras para se efetuar a
Concordância Verbal da maneira prescrita pela Língua
portuguesa:
Regras para sujeito simples
1. Sujeito coletivo
Nesta situação, o verbo fica sempre no singular.
Exemplo:
A multidão ultrapassou o limite.
Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo
pode ser conjugado no singular ou no plural.
Exemplo: A multidão de fãs ultrapassou o limite. A
multidão de fãs ultrapassaram o limite.
2. Coletivos partitivos
O verbo pode ser usado no singular ou no plural em
coletivos partitivos, tais como "a maioria de", "a maior parte
de", "grande número de".
Exemplo:
Grande número dos presentes se retirou.
Grande número dos presentes se retiraram
3. Expressões "mais de", "menos de", "cerca de"
Nestes casos, o verbo concorda com o numeral.
Exemplo: Mais de uma mulher quis trocar as mercadorias.
Mais de duas pessoas chegaram antes do horário.
Nos casos em que “mais de” é repetido indicando
reciprocidade, o verbo vai para o plural.
Exemplo: Mais de uma professora se abraçaram.
4. Nomes próprios
Com nomes próprios, a concordância deve ser feita
considerando a presença ou não de artigos.
12
Exemplo:
Os Estados Unidos influenciam o mundo. Estados Unidos
influencia o mundo.
5. Pronome relativo "que"
O verbo deve concordar com o antecedente do pronome
“que”.
Exemplo:
Fui eu que levei. Foste tu que levaste. Foi ele que levou.
6. Pronome relativo "quem"
O verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular
ou pode concordar com o antecedente do pronome "quem".
Exemplo:
Fui eu quem afirmou.
Fui eu quem afirmei.
7. Expressão "um dos que"
Este é mais um dos casos em que tanto o verbo pode ser
conjugado no singular como no plural.
Exemplo:
Ele foi um dos que mais contribuiu. Ele foi um dos que mais
contribuíram.
Regras para sujeito composto
1. Sujeitos formados por sinônimos
O verbo tanto pode ir para o plural, como pode ficar no
singular e concordar com o núcleo mais próximo.
Exemplo:
Preguiça e lentidão destacaram aquela gerência. Preguiça e
lentidão destacou aquela gerência.
2. Sujeito formado por palavras em graduação e
enumeração
Este é mais um caso em que tanto o verbo pode flexionar
para o plural, como também pode concordar com o núcleo
mais próximo.
Exemplo:
Um mês, um ano, uma década de poder não supriu a
saúde.
Um mês, um ano, uma década de poder não supriram a
saúde.
3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes
Nesta situação, o verbo vai para o plural e concorda com a
pessoa, por ordem de prioridade.
Exemplo:
Eu, tu e Cássio só chegaremos ao fim da noite. (eu, 1.ª
pessoa + tu, 2.ª pessoa + ele, 3.ª pessoa), ou seja, a 1.ª pessoa
do singular tem prioridade e, no plural, ela equivale a nós,
ou seja, "nós chegaremos".
Jair e eu conseguimos comprar um apartamento.
(eu, 1.ª pessoa + Jair, 3.ª pessoa). Aqui também é a 1.ª
pessoa do singular que tem prioridade. No plural, ela
equivale a nós, ou seja, "nós conseguimos".
4. Sujeitos ligados por "ou"
Os verbos ligados pela partícula "ou" vão para o plural
quando a ação verbal estiver se referindo a todos os
elementos do sujeito.
Exemplo:
Doces ou chocolate desagradam ao menino.
Quando a partícula “ou” é utilizada como retificação, o
verbo concorda com o último elemento.
Exemplo:
A menina ou as meninas esqueceram muitos acessórios.
Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos
elementos, o verbo permanece no singular.
Exemplo:
Laís ou Elisa ganhará mais tempo.
5. Sujeitos ligados por "nem" Quando os sujeitos são ligados
por "nem", o verbo vai para o plural.
Exemplo:
Nem chuva nem frio são bem recebidos.
6. Sujeitos ligados por "com"
Quando semelhante à ligação "e", o verbo vai para o plural.
Exemplo:
O ator com seus convidados chegaram às 6 horas.
Mas, quando "com" representar “em companhia de”, o verbo
concorda com o antecedente e o segmento "com" é grafado
entre vírgulas:
Exemplo:
O pintor, com todos os auxiliares, resolveu mudar a data
da exposição.
7. Sujeitos ligados por "não só, mas também", "tanto,
quanto", "não só, como"
Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o
núcleo mais próximo.
Exemplo:
Tanto Rafael como Marina participaram da mostra.
Tanto Rafael como Marina participou da mostra.
13
8. Partícula "se"
No caso em que a palavra "se" é índice de indeterminação
do sujeito, o verbo deve ser conjugado na 3.ª pessoa do
singular.
Exemplo:
Confia-se em todos.
No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o
verbo deve ser conjugado concordando com o sujeito da
oração.
Exemplo:
Construiu-se uma igreja.
Construíram-se novas igrejas.
9. Verbos impessoais
Os verbos impessoais sempre são conjugados na 3.ª pessoa
do singular.
Exemplo:
Havia muitos copos naquela mesa.
Houve dois meses sem mudanças.
10. Sujeito seguido por "tudo","nada", "ninguém",
"nenhum", "cada um"
Neste caso, o verbo fica no singular.
Exemplo:
Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de mudar a
opinião.
11. Sujeitos ligados por "como", "assim como", "bem
como"
O verbo é conjugado no plural.
Exemplo
O trabalho, assim como a confiança, fizeram dela uma
mulher forte.
12. Locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é
menos de"
Nestes casos, em que as locuções indicam preço, peso e
quantidade, o verbo fica sempre no singular.
Exemplo:
Três vezes é muito.
13. Verbos "dar", "soar" e "bater" + hora(s)
O verbo sempre concorda com o sujeito.
Exemplos:
Deu uma hora que espero.
Soaram duas horas.
14. Indicações de datas
O verbo deve concordar com a indicação numérica da data.
Exemplo:
Hoje são 2 de maio.
Mas o verbo também pode concordar com a palavra dia.
Exemplo: Hoje é dia 2 de maio.
15. Verbos no infinitivo
Infinitivo impessoal
Verbos no infinitivo não devem ser flexionados nas
seguintes situações:
a) quando têm valor de substantivo.
Exemplo:
Comer é o melhor que há.
b) quando têm valor imperativo.
Exemplo:
Vá dormir!
c) quando são os verbos principais de uma locução verbal.
Exemplo:
Íamos sair quando você chegou.
d) quando são regidos por preposição.
Exemplo:
Começamos a cantar.
Infinitivo pessoal
Verbos no infinitivo devem ser flexionados quando os
sujeitos são diferentes e queremos defini-los.
Exemplo:
Comprei a pizza para eles comerem.
Concordância Nominal
Concordância nominal é a relação que se estabelece entre as
classes de palavras (nomes). É o que faz com que
substantivos concordem com pronomes, numerais e
adjetivos, entre outros.
Exemplo: Estas três obras maravilhosas estavam esquecidas
na biblioteca. Neste caso, pronome, numeral e adjetivo
concordam com o substantivo "obras". "Estas" e não "estes"
obras, pronome que está no plural, já que a oração refere que
são três e não apenas uma obra maravilhosa.
E por que "maravilhosas" e não "maravilhoso"? Porque o
substantivo está no plural e é feminino, ou seja, tudo muito
bem combinado.
Regras de Concordância Nominal
1. Adjetivo e um substantivo
O adjetivo deve concordar em gênero e número com o
substantivo.
Exemplo:
Que pintura bonita!
1.1. Quando há mais do que um substantivo, o adjetivo deve
concordar com aquele que está mais próximo.
Exemplo:
Que bonita pintura e poema!
14
Mas, se os substantivos forem nomes próprios, o adjetivo
deve ficar no plural.
Exemplo:
Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos é uma composição•
dos grandes Roberto Carlos e Erasmo Carlos em
homenagem à Caetano Veloso.
1.2. Quando há mais do que um substantivo, e o adjetivo
vem depois dos substantivos, deve concordar com aquele
que está mais próximo ou com todos eles.
Exemplos:
Que pintura e poema bonito!
Que poema e pintura bonita!
Que pintura e poema bonitos!
Que poema e pintura bonitos!
2. Substantivo e mais do que um adjetivo
Quando um substantivo é caracterizado por mais do que um
adjetivo, a concordância pode ser feita das seguintes formas:
2.1. Colocando o artigo antes do último adjetivo.
Exemplo:
Adoro a comida italiana e a chinesa.
2.2. Colocando o substantivo e o artigo que o antecede no
plural.
Exemplo:
Adoro as comidas italiana e chinesa.
3. Números ordinais
3.1. Nos casos em que há número ordinais antes do
substantivo, o substantivo pode ser usado tanto no singular
como no plural.
Exemplos:
A segunda e a terceira casa.
A segunda e a terceira casas.
3.2. Nos casos em que há número ordinais depois do
substantivo, o substantivo deve ser usado no plural.
Exemplo:
As casas segunda e terceira.
Expressões
Anexo
A palavra "anexo" deve concordar em gênero e número
com o substantivo.
Exemplos:
Segue anexo o recibo.
Segue anexa a fatura.
Mas, a expressão "em anexo" não varia.
Exemplo:
Segue em anexo a fatura.
Bastante (s)
Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" deve
concordar em gênero e número com o substantivo.
Exemplo: Recebemos bastantes telefonemas.
Quando tem a função de advérbio, a palavra "bastante" não
varia.
Exemplo:
Eles cantam bastante bem.
Meio
Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" deve
concordar em gênero e número com o substantivo.
Exemplos:
Atrasado, tomou meio copo de leite e saiu correndo.
Atrasado, tomou meia xícara de leite e saiu correndo.
Quando tem a função de advérbio, a palavra "meio" não
varia.
Exemplo:
Ele é meio maluco.
Ela é meio maluca.
Menos
A palavra "menos" não varia.
Exemplos:
Hoje, tenho menos alunos.
Hoje, tenho menos alunas.
É proibido, é bom, é necessário
As expressões "é proibido, é bom, é necessário" não variam,
a não ser que sejam acompanhadas por determinantes que as
modifiquem.
Exemplos:
É proibido entrada.
É proibida a entrada.
Verdura é bom.
A verdura é boa.
Paciência é necessário.
A paciência é necessária.
Sintaxe da colocação
A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos
átonos, embora possam ser dispostos de maneira livre,
possuem uma posição adequada na oração. Quando há
liberdade de posição desses termos, o enunciado poderá
assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é
bem-vindo.
15
Existem três possíveis colocações para os pronomes
oblíquos átonos:
Próclise: o pronome será posicionado antes do verbo.
Veja os exemplos:
Não se esqueça de comprar novos livros.
Não me fale novamente sobre esse assunto.
Aqui se vive melhor do que na cidade grande.
Tudo me incomoda quando não estou em casa.
Quem te chamou para a festa?
Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro
do presente ou no futuro do pretérito do indicativo.
O pronome surge intercalado ao verbo.
A mesóclise é mais encontrada na linguagem literária ou na
língua culta e, havendo possibilidade de próclise, ela deverá
ser eliminada.
Observe os exemplos:
Dizer-lhe-ei sobre tuas queixas. (Direi + lhe)
Convidar-me-iam para a formatura, mas viajei para o
campo. (convidariam + me)
Ênclise: o pronome surgirá depois do verbo, obedecendo à
sequência verbo-complemento.
Observe os exemplos:
Diga-me o que você fez nas férias.
Espero encontrá-lo (la) na festa hoje à noite.
Acolheram o filhote abandonado, dando-lhe abrigo e
comida.
1.3 Morfologia: substantivo
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um
nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos,
pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam:
- lugares: Alemanha, Porto Alegre...
- sentimentos: raiva, amor...
- estados: alegria, tristeza...
- qualidades: honestidade, sinceridade...
- ações: corrida, pescaria...
Morfossintaxe do substantivo
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua
como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto
direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda
funcionar como núcleo do complemento nominal ou do
aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto
ou como núcleo do vocativo. Também encontramos
substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de
adjuntos adverbiais - quando essas funções são
desempenhadas por grupos de palavras.
Você sabia que a palavra substantivo também pode ser um
adjetivo?
Reproduzimos a seguir o verbete substantivo,
do Dicionário de usos do português do Brasil, de Francisco
S. Borba. Observe que as quatro primeiras acepções se
referem à palavra em sua atuação como adjetivo.Substantivo Adj [Qualificador de nome não animado]
1- que tem substância ou essência: destacava-se entre os
homens hábeis daquele país o hábito de fazer uma conversa
prosseguir horas a fio, sem que a proposta substantiva
ganhasse clara configuração (REP); se olham as coisas não
pelos resultados substantivos(VEJ);
2- essencial; profundo: eu te amo por você mesma, de um
modo substantivo e positivo(LC)
3- fundamental; essencial: o submarino foi um elemento
adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo na II Guerra
(VEJ)
4- que equivale a um substantivo, ou que o traz implícito:
onde é que está a ideia substantiva no meio desses
adjetivos?(CNT) . Nm
5- palavra que por si só designa a substância, ou seja, um ser
real ou metafísico; palavra com que se nomeiam os seres,
atos ou conceitos; nome: Há-kodesh é na origem um
substantivo feminino (VEJ); Planctus era um particípio
passado e não um substantivo (ACM)
Classificação dos Substantivos
Substantivos Comuns e Próprios
Observe a definição:
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e
edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a
sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em
oposição aos bairros).
Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e
edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será
chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um
substantivo comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma
mesma espécie de forma genérica.
Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país,
cachorro.
16
Veja agora este outro exemplo:
Estamos voando para Barcelona.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie
cidade. Esse substantivo é próprio.
Substantivo Próprio é aquele que designa os seres de uma
mesma espécie de forma particular.
Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
Substantivos Concretos e Abstratos
LÂMPADA MALA
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com
existência própria, que são independentes de outros seres.
São assim, substantivos concretos.
Substantivo Concreto é aquele que designa o ser que
existe, independentemente de outros seres.
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo
real e do mundo imaginário.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,
Brasília, etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc.
Observe agora:
Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
O substantivo beleza designa uma qualidade.
Substantivo Abstrato é aquele que designa seres que
dependem de outros para se manifestar ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou
coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se
manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo
abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades,
ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser
abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo:
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade
(sentimento).
Substantivos Coletivos
Observe os exemplos:
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra
abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi
necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
mais outra abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular
(enxame) para designar um conjunto de seres da mesma
espécie (abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo é o substantivo comum que, mesmo
estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma
espécie.
Lista de substantivos coletivos
abelha - enxame, cortiço, colmeia;
abutre - bando;
acompanhante - comitiva, cortejo, séquito;
alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada;
aluno - classe;
amigo - (quando em assembleia) tertúlia;
animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de uma região)
fauna, (manada de cavalgaduras) récua, récova, (de carga)
tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça, para
reprodução) plantel, (ferozes ou selvagens) alcateia;
anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria;
apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta,
instrumental;
aplaudidor - (quando pagos) claque;
arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento;
argumento - carrada, monte, montão, multidão;
arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu;
arroz - batelada;
artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco;
árvore - (quando em linha) alameda, carreira, rua, souto,
(quando constituem maciço) arvoredo, bosque, (quando
altas, de troncos retos a aparentar parque artificial) malhada;
asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte;
asno - manada, récova, récua;
assassino - choldra, choldraboldra;
assistente - assistência;
astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo)
constelação;
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ator - elenco;
autógrafo - (quando em lista especial de coleção) álbum;
ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem;
avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha;
bala - saraiva, saraivada;
bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba;
bêbado - corja, súcia, farândola;
boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta,
manada, rebanho, tropa;
bomba - bateria;
borboleta - boana, panapaná;
botão - (de qualquer peça de vestuário) abotoadura, (quando
em fileira) carreira;
burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, (quando
carregado) comboio;
busto - (quando em coleção) galeria;
cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, madeixa, (conforme
a separação) marrafa, trança;
cabo - cordame, cordoalha, enxárcia;
cabra - fato, malhada, rebanho;
cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha,
renque;
cálice - baixela;
cameleiro - caravana;
camelo - (quando em comboio) cáfila;
caminhão - frota;
canção - (quando reunidas em livro) cancioneiro, (quando
populares de uma região) folclore;
canhão - bateria;
cantilena - salsada;
cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, matilha;
capim - feixe, braçada, paveia;
cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando reunidos para a
eleição do papa) conclave, (quando reunidos sob a direção
do papa) consistório;
carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, rebanho;
carro - (quando unidos para o mesmo destino) comboio,
composição, (quando em desfile) corso;
carta - (em geral) correspondência;
casa - (quando unidas em forma de quadrados) quarteirão,
quadra;
castanha - (quando assadas em fogueira) magusto;
cavalariano - (de cavalaria militar) piquete;
cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel;
cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, récua, tropa,
tropilha;
cavalo - manada, tropa;
cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada,
enfiada, réstia;
cédula - bolada, bolaço;
chave - (quando num cordel ou argola) molho, penca;
célula - (quando diferenciadas igualmente) tecido;
cereal - (em geral) fartadela, fartão, fartura, (quando em
feixes) meda, moreia;
cigano - bando, cabilda, pandilha;
cliente - clientela, freguesia;
coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajuntamento, chusma,
coleção, cópia, enfiada, (quando antigas e em coleção
ordenada) museu, (quando em lista de anotação) rol, relação,
(em quantidade que se pode abranger com os braços)
braçada, (quando em série) sequência, série, sequela,
coleção, (quando reunidas e sobrepostas) monte, montão,
cúmulo;
coluna - colunata, renque;
cônego - cabido;
copo - baixela;
corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame)
maço, (de navio) enxárcia, cordame, massame, cordagem;
correia- (em geral) correame, (de montaria) apeiragem;
credor - junta, assembleia;
crença - (quando populares) folclore;
crente - grei, rebanho;
depredador - horda;
deputado - (quando oficialmente reunidos) câmara,
assembleia;
desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, súcia, troça,
turba;
diabo - legião;
dinheiro - bolada, bolaço, disparate;
disco - discoteca;
doze - (coisas ou animais) dúzia;
Formação dos Substantivos
Substantivos Simples e Compostos
Observe a definição:
Chuva: subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou
radical. É um substantivo simples.
Substantivo Simples é aquele formado por um único
elemento.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc.
Veja agora:
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos
(guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto é aquele formado por dois ou mais
elementos.
Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
Substantivos Primitivos e Derivados
Veja:
Meu limão meu limoeiro,
meu pé de jacarandá...
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de
nenhum outro dentro de língua portuguesa.
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Substantivo Primitivo é aquele que não deriva de nenhuma
outra palavra da própria língua portuguesa.
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
da palavra limão.
Substantivo Derivado é aquele que se origina de outra
palavra.
Flexão dos Substantivos
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por
exemplo, pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos
Feminino: menina
Aumentativo: meninão
Diminutivo: menininho
Flexão de Gênero
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo
real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois
gêneros: masculino e feminino.
Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem
vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos
de filmes:
O velho e o mar
Um Natal inesquecível
Os reis da praia
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem
vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
A história sem fim
Uma cidade sem passado
As tartarugas ninjas
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes
de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas,
uma para o masculino e outra para o feminino.
Observe:
gato - gata
homem - mulher
poeta - poetisa
prefeito - prefeita
Substantivos Uniformes são aqueles que apresentam uma
única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o
feminino.
Classificam-se em:
Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Por
exemplo:
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
fêmea.
Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Por
exemplo:
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o
ídolo, o indivíduo.
Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por
meio do artigo. Por exemplo:
o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Saiba que:
- Substantivos de origem grega terminados em -ema ou -
oma são masculinos.
Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o
sintoma, o teorema.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero,
variam em seu significado.
Por exemplo:
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora)
o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
a) Regra: troca-se a terminação -o por -a. Por exemplo:
aluno - aluna
b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
masculino. Por exemplo:
freguês - freguesa
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de
três formas:
- troca-se -ão por -oa. Por exemplo:
patrão - patroa
- troca-se -ão por -ã. Por exemplo:
campeão - campeã
-troca-se -ão por ona. Por exemplo:
solteirão - solteirona
Exceções:
barão - baronesa
ladrão- ladra
sultão - sultana
d) Substantivos terminados em -or:
- acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo:
doutor - doutora
- troca-se -or por -triz:
imperador - imperatriz
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:
-esa - -essa- -isa-
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final
por -a:
elefante - elefanta
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e
no feminino:
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bode - cabra
boi - vaca
h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial,
isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
czar - czarina
réu - ré
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
Epicenos
Observe:
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
para indicar o masculino e o feminino.
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados
de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a
necessidade de especificar o sexo, utilizam-se
palavras macho e fêmea.
Por exemplo: a cobra
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Sobrecomuns
Entregue as crianças à natureza.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo
masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso,
nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar
o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria.
Outros substantivos sobrecomuns:
a criatura
João é uma boa criatura.
Maria é uma boa criatura.
o cônjuge
O cônjuge de João faleceu.
O cônjuge de Marcela faleceu.
Comuns de Dois Gêneros:
Observe a manchete:
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez
que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O
restante da notícia nos informa que se trata de um homem.
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do
artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.
Exemplos:
o colega - a colega
o imigrante - a imigrante
um jovem - uma jovem
artista famoso - artista famosa
repórter francês - repórter francesa
Substantivos de Gênero Incerto
Existem numerosos substantivos de gênero incerto e
flutuante, sendo usados com a mesma significação, ora
como masculinos, ora como femininos.
a abusão - erro comum, superstição, crendice
a aluvião - sedimentos deixados pelas águas, inundação,
grande numero
a cólera ou cólera-morbo - doença infecciosa
a personagem - pessoa importante, pessoa que figura numa
história
a trama - intriga, conluio, maquinação, cilada
a xerox (ou xérox) - cópia xerográfica, xerocópia
o ágape - refeição que os cristãos faziam em comum,
banquete de confraternização
o caudal - torrente, rio
o diabetes ou diabete - doença
o jângal - floresta própria da Índia
o lhama - mamífero ruminante da família dos camelídeos
o ordenança - soldado às ordens de um oficial
o praça - soldado raso
o preá - pequeno roedor
Note que:
1. A palavra personagem é usada indistintamente nos dois
gêneros.
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
preferência pelo masculino. Por exemplo:
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos
de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:
O problema está nas mulheres de mais idade, que não
aceitam a personagem.
Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma
personagem.2. Ordenança, praça (soldado) e sentinela (soldado, atalaia)
são sentidos e usados na língua atual, como masculinos, por
se referirem, ordinariamente, a homens.
3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte.
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
Masculinos:
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o tapa
o eclipse
o lança-perfume
o dó (pena)
o sanduíche
o clarinete
o champanha
o sósia
o maracajá
o clã
o hosana
o herpes
o pijama
o suéter
o soprano
o proclama
o pernoite
o púbis
Femininos:
a dinamite
a áspide
a derme
a hélice
a alcíone
a filoxera
a clâmide
a omoplata
a cataplasma
a pane
a mascote
a gênese
a entorse
a libido
a cal
a faringe
a cólera (doença)
a ubá (canoa)
São geralmente masculinos os substantivos de origem grega
terminados em -ma:
o grama (peso)
o quilograma
o plasma
o apostema
o diagrama
o epigrama
o telefonema
o estratagema
o dilema
o teorema
o apotegma
o trema
o eczema
o edema
o magma
o anátema
o estigma
o axioma
o tracoma
o hematoma
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
Gênero dos Nomes de Cidades
Salvo raras exceções, nomes de cidades são femininos. Por
exemplo:
A histórica Ouro Preto.
A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
Uma Londres imensa e triste.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
Gênero e Significação
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e
outra no feminino. Observe:
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão)
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou
proibição de trânsito)
o cabeça (chefe)
a cabeça (parte do corpo)
o cisma (separação religiosa, dissidência)
a cisma (ato de cismar, desconfiança)
o cinza (a cor cinzenta)
a cinza (resíduos de combustão)
o capital (dinheiro)
a capital (cidade)
o coma (perda dos sentidos)
a coma (cabeleira)
o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro)
a coral (cobra venenosa)
o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e
de outros sacramentos)
a crisma (sacramento da confirmação)
o cura (pároco)
a cura (ato de curar)
o estepe (pneu sobressalente)
a estepe (vasta planície de vegetação)
o guia (pessoa que guia outras)
a guia (documento, pena grande das asas das aves)
o grama (unidade de peso)
a grama (relva)
o caixa (funcionário da caixa)
a caixa (recipiente, setor de pagamentos)
o lente (professor)
a lente (vidro de aumento)
o moral (ânimo)
a moral (honestidade, bons costumes, ética)
o nascente (lado onde nasce o Sol)
a nascente (a fonte)
o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor)
a maria-fumaça (locomotiva movida a vapor)
o pala (poncho)
a pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo)
o rádio (aparelho receptor)
a rádio (estação emissora)
o voga (remador)
a voga (moda, popularidade)
Flexão de Número do Substantivo
Em português, há dois números gramaticais:
O singular, que indica um ser ou um grupo de seres;
O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres.
A característica do plural é o s final.
Plural dos Substantivos Simples
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo
oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s. Por exemplo:
pai - pais
ímã - ímãs
hífen - hifens (sem acento, no plural).
Exceção: cânon - cânones.
b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns.
Por exemplo:
homem - homens.
c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo
acréscimo de es. Por exemplo:
revólver - revólveres
raiz - raízes
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Atenção: O plural de caráter é caracteres.
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se
no plural, trocando o l por is. Por exemplo:
quintal - quintais
caracol - caracóis
hotel - hotéis
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas
maneiras:
- Quando oxítonos, em is. Por exemplo:
canil - canis
- Quando paroxítonos, em eis. Por exemplo:
míssil - mísseis.
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
maneiras:
répteis ou reptis (pouco usada).
f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas
maneiras:
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
acréscimo de es. Por exemplo:
ás - ases
retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos,
ficam invariáveis. Por exemplo:
o lápis - os lápis
o ônibus - os ônibus.
g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três
maneiras.
- substituindo o -ão por -ões:
Por exemplo:
ação - ações
- substituindo o -ão por -ães:
Por exemplo:
cão - cães
- substituindo o -ão por -ãos:
Por exemplo:
grão - grãos
h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis.
Por exemplo:
o látex - os látex.
Plural dos Substantivos Compostos
A formação do plural dos substantivos compostos depende
da forma como são grafados, do tipo de palavras que
formam o composto e da relação que estabelecem entre si.
Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os
substantivos simples:
aguardente e aguardentes
girassol e girassóis
pontapé e pontapés
malmequer e malmequeres
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos
são ligados por hífen, observe as orientações a seguir:
a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se
optar por colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no
plural:
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves
couve-flor = couves-flor ou couves-flores
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
vapor e cavalos-vapor
e) Permanecem invariáveis, quando formados de:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-
rolhas
f) Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
o joão-ninguém e os joões-ninguém.
Plural dos Substantivos Compostos
A formação do plural dos substantivos compostos depende
da forma como são grafados, do tipo de palavras que
formam o composto e da relação que estabelecem entre si.
Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os
substantivos simples:
aguardente e aguardentes
girassol e girassóis
pontapé e pontapés
malmequer e malmequeres
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos
são ligados por hífen, observe as orientações a seguir:
a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se
optar por colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no
plural:
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves
couve-flor = couves-flor ou couves-flores
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
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formados de:
verbo + substantivo= guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
vapor e cavalos-vapor
e) Permanecem invariáveis, quando formados de:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-
rolhas
f) Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
o joão-ninguém e os joões-ninguém.
Plural dos Diminutivos
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e
acrescenta-se o sufixo diminutivo.
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
animai(s) + zinhos = animaizinhos
botõe(s) + zinhos = botõezinhos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos
colhere(s) + zinhas = colherezinhas
flore(s) + zinhas = florezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhas
papéi(s) + zinhos = papeizinhos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
pai(s) + zinhos = paizinhos
pé(s) + zinhos = pezinhos
pé(s) + zitos = pezitos
Obs.: são anômalos os plurais pastorinhos(as), papelinhos,
florzinhas, florinhas, colherzinhas e mulherzinhas, correntes
na língua popular, e usados até por escritores de renome.
Plural dos Nomes Próprios
Apesar de parecer estranho, segundo a ortografia oficial, os
nomes próprios estão sujeitos às mesmas regras
estabelecidas para os nomes comuns.
Isso significa que os nomes próprios também variam no
plural. Logo, é correto escrever as Marias, os Joões, os
Pedros, os Robertos, etc.
Afinal, podemos estar falando de várias pessoas com o
mesmo prenome. Exemplos:
Os Albertos que estudam comigo não compareceram na aula
hoje.
Gosto das novelas protagonizadas pelos dois Marcelos: o
Faria e o Serrado.
Quanto ao sobrenome, atualmente existe uma tendência a
deixá-lo no singular: os Camargo, os Cavalcanti, os
Figueiredo.
Na verdade, você pode escolher entre "os Oliveira" ou "os
Oliveiras", embora o primeiro seja mais bem aceito.
Assim, se você preferir seguir a tendência atual de deixar
tudo invariável, não terá dificuldade alguma. Inclusive para
sobrenomes compostos, como Andrada e Silva, bastaria
acrescentar o artigo: os Andrada e Silva.
Flexão de Grau do Substantivo
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as
variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
Grau Normal
Indica um ser de tamanho considerado normal.
Por exemplo: casa.
Grau Aumentativo
Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo
que indica grandeza.
Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador
de aumento.
Por exemplo: casarão.
Grau Diminutivo
Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que
indica pequenez.
Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador
de diminuição.
Por exemplo: casinha.
1.3.1 Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo,
indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou
indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o
gênero e o número dos substantivos.
23
Classificação dos Artigos
Artigos Definidos
Determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as.
Por exemplo:
Eu comprei o carro.
Artigos Indefinidos
Determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns,
umas. Por exemplo:
Eu comprei um carro.
Combinação dos Artigos
É muito presente a combinação dos artigos definidos e
indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma
assumida por essas combinações:
Preposições Artigos
o, os a, as um, uns uma, umas
a ao, aos à, às - -
de do, dos da, das dum, duns
duma,
dumas
em no, nos na, nas num, nuns
numa,
numas
por (per) pelo, pelos pela, pelas - -
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida
por crase.
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos
artigos definidos com a forma per, equivalente a por.
Artigos, leitura e produção de textos
O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite
não apenas evitar problemas com o gênero e o número de
determinados substantivos, mas principalmente explorar
detalhes de significação bastante expressivos. Em geral,
informações novas, nos textos, são introduzidas por
pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos
definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo
definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo
que mantém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de
muitas modificações de significados transmitidas pelos
artigos faz com que sejam frequentemente usados pelos
escritores em seus textos literários.
1.3.2 Adjetivo
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de
um substantivo.
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo,
percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode
ser "encaixada diretamente" ao lado de um
substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa
bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem
bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade,
portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos
substantivos, atuando como adjunto adnominal ou
como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Classificação do Adjetivo
Explicativo: exprime qualidade própria do ser.
Por exemplo: neve fria.
Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser.
Por exemplo: fruta madura.
Formação do Adjetivo
Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
Adjetivo simples: Formado por um só radical.
Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cômico.
Adjetivo composto: Formado por mais de um radical.
Por exemplo: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-
canário.
Adjetivo primitivo: É aquele que dá origem a outros
adjetivos.
Por exemplo: belo, bom, feliz, puro.
Adjetivo derivado: É aquele que deriva de substantivos,
verbos ou até mesmo de outro adjetivo.
Por exemplo: belíssimo, bondoso, magrelo.
Adjetivo Pátrio
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles.
Estados e cidades do Brasil:
Acre acreano
Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Adjetivo Pátrio Composto
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente,
erudita. Observe alguns exemplos:
África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Alemanha
germano- ou teuto- / Por exemplo: Competições
teuto-inglesas
https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint76.php
24
América
américo- / Por exemplo: Companhia américo-
africana
Ásia ásio- / Por exemplo: Encontros ásio-europeus
Locução Adjetiva
Locução = reunião de palavras.
Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para
contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma
preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo:
é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um
adjetivo.)
Por exemplo:
aves da noite (aves noturnas), paixão sem
freio (paixão desenfreada).
Observe outros exemplos:
de águia aquilino
de aluno discente
de anjo angelical
de ano anualObs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo
correspondente, com o mesmo significado. Por exemplo:
Vi as alunas da 5ª série.
O muro de tijolos caiu.
Flexão dos adjetivos
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Gênero dos Adjetivos
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem
(masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
outra para o feminino. Por exemplo:
ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no
feminino somente o último elemento. Por exemplo:
o moço norte-americano, a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
para o feminino. Por exemplo:
homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
feminino. Por exemplo:
conflito político-social e desavença político-social.
Número dos Adjetivos
Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
substantivos simples. Por exemplo:
mau e maus
feliz e felizes
ruim e ruins
boa e boas
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função
de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um
substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a
palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se
estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo.
Ficará, então invariável.
Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza.
Veja outros exemplos:
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
Adjetivo Composto
Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais
elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por
hífen. Apenas o último elemento concorda com o
substantivo a que se refere; os demais ficam na forma
masculina, singular.
Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto
seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto
ficará invariável.
Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo,
porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará
como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen,
formará um adjetivo composto; como é um substantivo
adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Por
exemplo:
Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Obs.:
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo
composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm
os dois elementos flexionados.
Grau do Adjetivo
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a
intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do
adjetivo: o comparativo e o superlativo.
25
Comparativo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a
dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas
ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade,
de superioridade ou de inferioridade. Observe os
exemplos abaixo:
1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
comparação é introduzido pelas
palavras como, quanto ou quão.
2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo De
Superioridade Analítico
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A
forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do
que" ou "mais...que".
3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De
Superioridade Sintético
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:
bom-melhor pequeno-menor
mau-pior alto-superior
grande-maior baixo-inferior
Adjetivos comparativos
Observe que:
a) As formas menor e pior são comparativos de
superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau,
respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações
feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-
se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais
grande e mais pequeno.
Por exemplo:
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois
elementos.
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas
qualidades de um mesmo elemento.
4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De
Inferioridade
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo
O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado
ou em grau máximo. O grau superlativo pode
ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes
modalidades:
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser
é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se
nas formas:
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras
que dão ideia de intensidade (advérbios).
Por exemplo:
O secretário é muito inteligente.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de
sufixos. Por exemplo:
O secretário é inteligentíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
benéfico beneficentíssimo
bom boníssimo ou ótimo
célebre celebérrimo
comum comuníssimo
cruel crudelíssimo
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser
é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa
relação pode ser:
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos
advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc.,
antepostos ao adjetivo.
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas
formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de
origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical
do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou
érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.
A forma popular é constituída do radical do adjetivo
português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo,
precariíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem
atual, as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo,
sem o desagradável hiato i-í.
1.3.3 Pronome
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele
se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o
de alguma forma.
Exemplos:
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1. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus
sonhos!
[substituição do nome]
2. A moça que morava nos meus sonhos era mesmo
bonita!
[referência ao nome]
3. Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome]
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos,
isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de
um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata
daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no
ato da comunicação.
Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os
demais pronomes têm por função principal apontar para as
pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes
sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa
característica, os pronomes apresentam uma forma
específica para cada pessoa do discurso.
Exemplos:
1. Minha carteira estava vazia quando eu fui
assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
2. Tua carteira estava vazia quando tu foste
assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
3. A carteira dela estava vazia quando ela foi
assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Em termos morfológicos,os pronomes são palavras
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número
(singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
através do pronome seja coerente em termos de gênero e
número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Exemplos:
1. [Fala-se de Roberta]
2. Ele quer participar do desfile
da nossa escola neste ano.
[nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância
adequada]
[neste: pronome que determina "ano" = concordância
adequada]
[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância
inadequada]
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Pronomes Pessoais
São aqueles que substituem os substantivos, indicando
diretamente as pessoas do discurso.
Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os
pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se
dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa
ou às pessoas de quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que
exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
oblíquo.
Pronome Reto
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença,
exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Por
exemplo:
Nós lhe ofertamos flores.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa
forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como
complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi
ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até
aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas
na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem
ser usados os pronomes oblíquos correspondentes:
"Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até
aqui".
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias
formas verbais marcam, através de suas desinências, as
pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto. Por exemplo:
Fizemos boa viagem. (Nós)
Pronome Oblíquo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença,
exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou
indireto) ou complemento nominal. Por exemplo:
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante
27
do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a
função diversa que eles desempenham na oração: pronome
reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o
complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
a acentuação tônica que possuem, podendo
ser átonos ou tônicos.
Pronome Oblíquo Átono
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são
precedidos de preposição.
Possuem acentuação tônica fraca. Por exemplo:
Ele me deu um presente.
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim
configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, os, as, lhes
Observações:
O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta
na forma contraída, ou seja, houve a união entre o
pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompanhar
diretamente uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a
função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos
diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como
objetos diretos.
Saiba que:
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-
se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas
como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha,
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-
las. Observe o uso dessas formas nos exemplos que
seguem:
- Trouxeste o pacote?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- Não contaram a novidade a vocês?
- Não, não no-la contaram.
No português do Brasil, essas combinações não são usadas;
até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito
raro.
Atenção:
Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois
de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -
z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao
mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida. Por
exemplo:
fiz + o = fi-lo
fazeis + o = fazei-lo
dizer + a = dizê-la
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume
as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na
tem + as = tem-nas
Pronome Oblíquo Tônico
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre
precedidos por preposições, em geral as
preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os
pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da
oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim
configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico
são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As
demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes
pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal,
os pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.
Atenção:
Há construções em que a preposição, apesar de surgir
anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração
cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter
sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser
do caso reto. Por exemplo:
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.
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- A combinação da preposição "com" e alguns pronomes
originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de
companhia. Por exemplo:
Ele carregava o documento consigo.
- As formas "conosco" e "convosco" são substituídas
por "com nós" e "com vós" quando os pronomes pessoais
são reforçados por palavras
como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum
numeral. Por exemplo:
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más
notícias.
Ele disse que iria com nós três.
Pronome Reflexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem
como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da
oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. Por exemplo:
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.Por exemplo:
Assim tu teprejudicas.
Conhece a ti mesmo.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.Por
exemplo:
Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversouconsigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.Por exemplo:
Lavamo-nos no rio.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.Por exemplo:
Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
Por exemplo:
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. Por
exemplo:
Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.
A Segunda Pessoa Indireta
A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando
utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso
interlocutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo
na terceira pessoa.
É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que
podem ser observados no quadro seguinte:
Pronomes de Tratamento
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa
Reverendíssima
V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s)
altas autoridades e
oficiais-generais
Vossa
Magnificência
V. Mag.ª (s)
reitores de
universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade
Imperial
V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s)
tratamento
cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus
Também são pronomes de tratamento o senhor, a
senhora e você, vocês. "O senhor" e "a senhora" são
empregados no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês",
no tratamento familiar. Você e vocês são largamente
empregados no português do Brasil; em algumas regiões, a
forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco
empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem
litúrgica, ultraformal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
tratamento que possuem "Vossa (s)" são empregados em
relação à pessoa com quem falamos. Por exemplo:
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este
encontro.
Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa.
Por exemplo:
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência,
o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam
à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os
pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem
ficar na 3ª pessoa. Por exemplo:
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas,
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para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim,
por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você",
não poderemos usar "te" ou "teu". O uso correto exigirá,
ainda, verbo na terceira pessoa.
Por exemplo:
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei
nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei
nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei
nos teus cabelos. (correto)
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
(coisa possuída). Por exemplo:
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
singular)
Observe o quadro:
NÚMERO PESSOA PRONOME
singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)
Note que:
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que
se refere; o gênero e o número concordam com o objeto
possuído.Por exemplo:
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento
difícil.
Observações:
1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da
alteração fonética da palavra senhor. Por exemplo:
Muito obrigado, seu José.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse.
Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade. Por exemplo:
Não faça isso, minha filha.
b) indicar cálculo aproximado.Por exemplo:
Ele já deve ter seus 40 anos.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Por exemplo:
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
pronome possessivo fica na 3ª pessoa. Por exemplo:
Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
concorda com o mais próximo. Por exemplo:
Trouxe-me seus livros e anotações.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos
átonos assumem valor de possessivo. Por exemplo:
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a
posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço,
tempo ou discurso.
No espaço:
Compro este carro (aqui).
O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que
fala.
Compro esse carro (aí).
O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com
quem falo, ou afastado da pessoa que fala.
Compro aquele carro (lá).
O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa
que fala e daquela com quem falo.
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto
por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita
de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o
primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo,
em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar
ambiguidade.
Exemplos:
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da
universidade destinatária).
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade
que envia a mensagem).
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se
ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se
a um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está
se referindo a um passado distante.
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s),
aquela(s).
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Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem
ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. Por
exemplo:
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que
te indiquei.)
mesmo (s), mesma (s):
Por exemplo:
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
próprio (s), própria (s):
Por exemplo:
Os próprios alunos resolveram o problema.
semelhante (s):
Por exemplo:
Não compre semelhante livro.
tal, tais:
Por exemplo:
Tal era a solução para o problema.
Pronomes Demonstrativos (continuação)
Note que:
a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
construções redundantes, com finalidade expressiva, para
salientar algum termo anterior. Por exemplo:
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José
Afonso. Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
b) O pronome demonstrativo neutro o pode representar um
termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que
aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou
aposto. Por exemplo:
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente
expresso, é comum empregar-se, em tais casos,o
verbo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui,
que faz as vezes de). Por exemplo:
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.
Diz-se corretamente:
Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer.
Mas:
Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o que fazer.)
d) Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa
mencionada em último lugar, aquele à mencionada em
primeiro lugar. Por exemplo:
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos
íntimos: aquele casado, solteiro este. [ou
então: este solteiro, aquele casado.]
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
irônica. Por exemplo:
A menina foi a tal que ameaçou o professor?
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com
pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta,
disso, nisso, no, etc. Por exemplo:
Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
Pronomes Indefinidos
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso,
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando
quantidade indeterminada. Por exemplo:
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
plantadas.
Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de
quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser
humano que seguramente existe, mas cuja identidade é
desconhecida ou não se quer revelar.
Classificam-se em:
Pronomes Indefinidos Substantivos
Assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de
seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada,
ninguém, outrem, quem, tudo. Por exemplo:
Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é.
Pronomes Indefinidos Adjetivos
Qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção
de quantidade aproximada.
São eles: cada, certo(s), certa(s). Por exemplo:
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
Note que:
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes
indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum,
nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s),
pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s),
quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um,
uns, uma(s), vários, várias.
Por exemplo:
Poucos vieram para o passeio.
Poucos alunos vieram para o passeio.
31
Os pronomes indefinidos podem ser divididos
em variáveis e invariáveis. Observe o quadro:
Variáveis
Invariáveis Singular Plural
Masculino Feminino Masculino Feminino
algum
nenhum
todo
muito
pouco
vário
tanto
outro
quanto
alguma
nenhuma
toda
muita
pouca
vária
tanta
outra
quanta
alguns
nenhuns
todos
muitos
poucos
vários
tantos
outros
quantos
algumas
nenhumas
todas
muitas
poucas
várias
tantas
outras
quantas
alguém
ninguém
outrem
tudo
nada
algo
cada
qualquer quaisquer
São locuções pronominais indefinidas:
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que),
quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo
aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um
ou outro, uma ou outra, etc. Por exemplo:
Cada um escolheu o vinho desejado.
Indefinidos Sistemáticos
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
percebemos que existem alguns grupos que criam oposição
de sentido. É o caso de:
algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo,
e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo;
todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa,
e nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa;
alguém/ninguém, que se referem a pessoa, e algo/nada,
que se referem a coisa;
certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
Essas oposições de sentido são muito importantes na
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos
expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de que fazem parte:
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
prático.
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
pessoas quaisquer.
Pronomes Relativos
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já
mencionados anteriormente e com os quais se relacionam.
Introduzem as orações subordinadas adjetivas. Por exemplo:
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um
grupo racial sobre outros.
(que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros
= oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
"sistema" é antecedente do pronome relativo "que".
Os pronomes relativos "que" e "qual" podem ser
antecedidos pelos pronomes demonstrativos "o", "a", "os",
"as" (quando esses equivalerem a "isto", "isso", "aquele(s)",
"aquela(s)", "aquilo".). Por exemplo:
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
expresso. Por exemplo:
Quem casa, quer casa.
Observe o quadro abaixo:
Quadro dos Pronomes Relativos
Variáveis
Invariáveis
Masculino Feminino
o qual
cujo
quanto
os quais
cujos
quantos
a qual
cuja
quanta
as quais
cujas
quantas
quem
que
onde
Note que:
a) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego,
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser
substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais"
quando seu antecedente for um substantivo. Por exemplo:
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as
quais)
b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente
para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que
podem ter várias classificações) são pronomes relativos.
Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por
motivo de clareza ou depois de determinadas preposições.
Por exemplo:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o
qual me deixou encantado. (O uso de "que" neste caso
geraria ambiguidade.)
32
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas
dúvidas? (Não se poderia usar "que" depois de "sobre".)
c) O relativo "que" às vezes equivale a "o que", "coisa que"
e se refere a uma oração. Por exemplo:
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a
sua vocação natural.
Obs.: os pronomes relativos podem vir precedidos de
preposição de acordo com a regência verbal dos verbos da
oração. Por exemplo:
Havia condições com que não concordávamos. (concordar
com)
Havia condições de que desconfiávamos. (desconfiar de)
Pronomes Relativos (continuação)
d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente,
mas com o consequente. Equivale a "do qual", "da qual",
"dos quais", "das quais".
Por exemplo:
Este é o caderno cujas folhas
estão
rasgadas.
(antecedente) (consequente)
e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente
um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Por exemplo:
Emprestei tantos quantos
foram
necessários.
(antecedente)
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente)
f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre
precedido de preposição.
Por exemplo:
É um
professor
a quem
muito
devemos.
(preposição)
g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui
antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
Por exemplo:
A casa onde morava foi assaltada.
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar "quando" ou"em que". Por exemplo:
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no
exterior.
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as
palavras:
- como (= pelo qual)
Por exemplo:
Não me parece correto o modo como você agiu semana
passada.
- quando (= em que)
Por exemplo:
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
numa só frase. Por exemplo:
O futebol é um esporte.
O povo gosta muito deste esporte.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
ocorrer a elipse do relativo "que". Por exemplo:
A sala estava cheia de gente que conversava, (que)
ria, (que) fumava.
Pronomes Interrogativos
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas
ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-
se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso.
São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e
variações), quanto (e variações).
Por exemplo:
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas
preferes.
Quantos passageiros desembarcaram? /
Pergunte quantos passageiros desembarcaram.
Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos
Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um
substantivo ao qual se referem. Por exemplo:
Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão perdidos.)
Aquilo me deixou alegre.
Obs.: ao assumir para si as características do nome que
substitui, o pronome seguirá todas as demais concordâncias
(gênero - número - pessoa do discurso - marca de sujeito
inanimado - marca de situação no espaço).
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o
substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma
característica. Por exemplo:
Este moço é meu irmão.
Alguma coisa me deixou alegre.
33
Observação: a classificação dos pronomes em substantivos
ou adjetivos não exclui sua classificação específica. Por
exemplo:
Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo
indefinido).
Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adjetivo
possessivo / teu = pronome substantivo possessivo).
1.3.4 Verbo
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
processos:
ação (correr);
estado (ficar);
fenômeno (chover);
ocorrência (nascer);
desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus
possíveis significados. Observe que palavras como corrida,
chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de
alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém,
todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Estrutura das Formas Verbais
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
apresentar os seguintes elementos:
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado
essencial do verbo. Por exemplo:
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a
conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
fala-r
São três as conjugações:
1ª - Vogal Temática - A - (falar)
2ª - Vogal Temática - E - (vender)
3ª - Vogal Temática - I - (partir)
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o
tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a
pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou
plural). Por exemplo:
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
falavam(indica a 3ª pessoa do plural.)
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois
a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar
de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas
formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos
verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos
com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico
cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
no radical, mas sim na terminação verbal: opinei,
aprenderão, nutriríamos.
Classificação dos Verbos
Classificam-se em:
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca
alterações no radical. Por exemplo:
canto
cantei
cantarei
cantava
cantasse
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações
no radical ou nas desinências. Por exemplo:
faço
fiz
farei
fizesse
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
completa. Classificam-se
em impessoais, unipessoais e pessoais.
Impessoais: são os verbos que não têm sujeito.
Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
principais verbos impessoais são:
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se
ou fazer (em orações temporais). Por exemplo:
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo). Por exemplo:
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia.
34
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são
impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar,
amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói,
"Amanheci mal-humorado", usa-se o
verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo
impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser
impessoal para ser pessoal. Por exemplo:
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo.
(Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
d) São impessoais, ainda:
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo.
Ex.: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de,
indicando suficiência. Ex.: Basta de tolices. Chega
de blasfêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem,
Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem
referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda,
nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-
se, tais verbos, então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente
de "ser possível". Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se
apenas nas terceiras pessoas do singular e do plural. Entre
os unipessoais estão os verbos que significam vozes de
animais, como:
bramar (tigre)
bramir (crocodilo)
cacarejar (galinha)
coaxar (sapo)
cricrilar (grilo)
Os principais verbos unipessoais são:
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer,
ser (preciso, necessário, etc.).
Observe os exemplos:
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
bastante)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova)
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos
da conjunção que. Observe os exemplos:
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
fumar)
Vai para dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não
vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos
morfológicos ou eufônicos.
Por exemplo: verbo falir
Este verbo teria como formas do presente do
indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o
que provavelmentecausaria problemas de interpretação em
certos contextos.
Por exemplo: verbo computar
Este verbo teria como formas do presente do indicativo
computo, computas, computa - formas de sonoridade
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas
verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o
próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a
popularização da informática, tem sido conjugado em todos
os tempos, modos e pessoas.
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno
costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas
regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as
chamadas formas curtas (particípio irregular). Observe:
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular
Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto
e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical
em sua conjugação. Por exemplo:
Ir Pôr
vou
vais
ides
fui
foste
ponho
pus
pôs
punha
Ser Saber
35
sou
és
fui
foste
seja
sei
sabes
soube
saiba
f) Auxiliares
São aqueles que entram na formação dos tempos compostos
e das locuções verbais.
O verbo principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é
expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio
ou particípio.
Por exemplo:
Vou espantar as moscas.
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)
Está chegando
a hora do
debate.
(verbo
auxiliar)
(verbo principal no
gerúndio)
Os
noivos
foram cumprimentados
por todos os
presentes.
(verbo
auxiliar)
(verbo principal no
particípio)
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e
haver.
Conjugação dos Verbos Auxiliares
SER - Modo Indicativo
Presente Pretérito Perfeito
sou fui
és foste
é foi
somos fomos
sois fostes
são foram
Pretérito Imperfeito Pretérito Mais-Que-Perfeito
era fora
eras foras
era fora
éramos fôramos
éreis fôreis
eram foram
Futuro do Presente Futuro do Pretérito
serei seria
serás serias
será seria
seremos seríamos
sereis seríeis
serão seriam
SER - Modo Subjuntivo
Presente Pretérito Imperfeito Futuro
que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem
SER - Modo Imperativo
Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês
SER - Formas Nominais
Infinitivo
Impessoal
Infinitivo
Pessoal
Gerúndio Particípio
ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles
ESTAR - Modo Indicativo
Presente
Pretérito
Perfeito
estou estive
estás estiveste
está esteve
estamos estivemos
estais estivestes
estão estiveram
Pretérito
Imperfeito
Pretérito
Mais-Que-Perfeito
estava estivera
estavas estiveras
estava estivera
estávamos estivéramos
estáveis estivéreis
estavam estiveram
Futuro do
Presente
Futuro do
Pretérito
estarei estaria
estarás estarias
estará estaria
estaremos estaríamos
estareis estaríeis
estarão estariam
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo
Presente
Pretérito
Imperfeito
Futuro Afirmativo Negativo
esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
36
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam
ESTAR - Formas Nominais
Infinitivo
Impessoal
Infinitivo
Pessoal
Gerúndio Particípio
estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem
Haver - Modo Indicativo
Presente Pretérito Perfeito
hei houve
hás houveste
há houve
havemos houvemos
haveis houvestes
hão houveram
Pretérito Imperfeito Pretérito Mais-Que-Perfeito
havia houvera
havias houveras
havia houvera
havíamos houvéramos
havíeis houvéreis
haviam houveram
Futuro do Presente Futuro do Pretérito
haverei haveria
haverás haverias
haverá haveria
haveremos haveríamos
havereis haveríeis
haverão haveriam
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Presente
Pretérito
Imperfeito
Futuro Afirmativo Negativo
haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam
HAVER - Formas Nominais
Infinitivo
Impessoal
Infinitivo
Pessoal
Gerúndio Particípio
haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem
TER - Modo Indicativo
Presente
Pretérito
Perfeito
Pretérito
Imperfeito
Pretérito
Mais-
Que-
Perfeito
Futuro
do
Presente
Futuro
do
Pretérito
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Presente
Pretérito
Imperfeito
Futuro Afirmativo Negativo
tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham
g) Pronominais
São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes
oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma pessoa do
sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais)
ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido
do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os
pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se,
arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a
reflexibilidade já está implícita no radical do verbo.
Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem
um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma,
pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o
pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo.
Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia
reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e
respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que
37
a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto
representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do
sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele
mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos
diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes
mencionados, formando o que se chama voz reflexiva.
Por exemplo: Maria se penteava.
A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva pode
ser exercida também sobre outra pessoa.
Por exemplo: Maria penteou-me.
Observações:
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem
função sintática.
2- Há verbos que também são acompanhadosde pronomes
oblíquos átonos, mas que não são essencialmente
pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos
reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa
idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas.
Por exemplo: Eu me feri. --- Eu (sujeito)-1ª pessoa do
singular
me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo
verbo na expressão de um fato. Em português, existem três
modos:
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por
exemplo: Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por
exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por
exemplo: Estuda agora, menino.
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que
podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais.
Observe:
a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de
modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
substantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por
exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do
impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical
+ ES
Ex.: teres (tu)
1ª pessoa do plural: Radical +
MOS
Ex.: termos (nós)
2ª pessoa do plural: Radical +
DES
Ex.: terdes (vós)
3ª pessoa do plural: Radical +
EM
Ex.: terem (eles)
Por exemplo:
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou
advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de
advérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso;
na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
d) Particípio: quando não é empregado na formação dos
tempos compostos, o particípio indica geralmente o
resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero,
número e grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo:
Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a
ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Veja:
1. Tempos do Indicativo
38
Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo:
Eu estudo neste colégio.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num
momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado. Por exemplo:
Ele estudava as lições quando foi interrompido.
Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido
num momento anterior ao atual e que foi totalmente
terminado. Por exemplo:
Ele estudou as lições ontem à noite.
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve
início no passado e que pode se prolongar até o momento
atual. Por exemplo:
Tenho estudado muito para os exames.
Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido
antes de outro fato já terminado. Por exemplo:
Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram.
(forma composta)
Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
(forma simples)
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve
ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
Por exemplo:
Ele estudará as lições amanhã.
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que
deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já
terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo:
Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste.
Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por
exemplo:
Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que
poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
passado. Por exemplo:
Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas
férias.
Tempos do Subjuntivo
Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento
atual. Por exemplo:
É conveniente que estudes para o exame.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas
posterior a outro já ocorrido. Por exemplo:
Eu esperava que ele vencesse o jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções
em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por
exemplo:
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato
totalmente terminado num momento passado. Por exemplo:
Embora tenha estudado bastante, não passou no teste.
Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um
fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Por exemplo:
Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam
entrar na sala de exames.
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode
ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por
exemplo:
Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que
indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo:
Se ele vier à loja, levará as encomendas.
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato
posterior ao momento atual mas já terminado antes de outro
fato futuro. Por exemplo:
Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.
Formação dos Tempos Simples
Quanto à formação dos tempos simples, estes dividem-se em
primitivos e derivados.
Primitivos:
Presente do indicativo
Pretérito perfeito do indicativo
Infinitivo impessoal
Derivados do Presente do Indicativo:
Presente do subjuntivo
Imperativo afirmativo
Imperativo negativo
Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo:
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
Pretérito imperfeito do subjuntivo
Futuro do subjuntivo
39
Derivados do Infinitivo Impessoal:
Futuro do presente do indicativo
Futuro do pretérito do indicativo
Imperfeito do indicativo
Gerúndio
Particípio
Tempos Primitivos
Presente do Indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
Desinência
pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
Pretérito Perfeito do Indicativo
O pretérito perfeito do indicativo é marcado basicamente
pela desinência pessoal.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
Desinência
pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM
Infinitivo Impessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a
desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação)
ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
1ª
conjugaç
ão
2ª
conjugaçã
o
3ª
conjugaç
ão
Des.
tempor
al
Des.
tempor
al
Desinênc
ia pessoal
1ª conj.
2ª/3ª
conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendApartA E A Ø
cantES vendAS partaAS E A S
cantE vendA partaA E A Ø
cantEMO
S
vendAMO
S
partAMO
S
E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
Imperativo
Imperativo Afirmativo ou Positivo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente
do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa
do plural (vós) eliminando-se o "S" final. As demais pessoas
vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo.
Veja:
Presente do
Indicativo
Imperativo
Afirmativo
Presente do
Subjuntivo
Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a
negação às formas do presente do subjuntivo.
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem vocês
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa
(singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem,
pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com
quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê
(tu), sede (vós).
Pretérito mais-que-perfeito
Para formar o pretérito mais-que-perfeito do indicativo
elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do
pretérito perfeito. Acrescenta-se a esse tema a desinência
temporal -RA mais a desinência de número e pessoa
correspondente.
Existem gramáticos que afirmam que este tempo origina-se
40
da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito
(cantaram/venderam/partiram), mediante a supressão
do m final e acréscimo da desinência de número e pessoa.
Ou simplesmente:
tema + {-ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram (1ª, 2ª e 3ª conj.)
Observe o quadro:
1ª
conjugação
2ª
conjugação
3ª
conjugação
Des.
tempora
l
Desinênci
a pessoal
1ª/2ª e 3ª
conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMO
S
vendêRAMO
S
partíRAMO
S
RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a
desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito
perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo.
Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais
a desinência de número e pessoa correspondente.
Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da
terceira pessoa do pretérito perfeito
(cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -
ram final e acréscimo da desinência modo-temporal -SSE e
da desinência de número e pessoa.
Ou simplesmente:
tema +{ -sse, -sses, -sse, -ssemos, -sseis, -ssem (1ª, 2ª e 3ª
conj.)
Observe o quadro:
1ª
conjugação
2ª
conjugação
3ª
conjugação
Des.
tempor
al
Desinênci
a pessoal
1ª /2ª e
3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEM
OS
vendêSSEM
OS
partíSSEM
OS
SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -
STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a
desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da
terceira pessoa do pretérito perfeito
(cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -
am final e acréscimo da desinência de número e pessoa.
Ou simplesmente:
tema + { -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem (1ª, 2ª e 3ª conj.)
Observe o quadro:
1ª
conjugação
2ª
conjugação
3ª
conjugação
Des.
temporal
Desinência
pessoal
1ª /2ª e 3ª
conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM VendeREM PartiREM R EM
Atenção:
Sempre que tivermos dúvidas sobre a conjugação do futuro
do subjuntivo, bastar-nos-á verificar a 3ª p. p. do pretérito
perfeito. Se formos confrontar o futuro do subjuntivo com o
infinitivo pessoal, notaremos haver igualdade de forma para
muitos verbos, o que não ocorre sempre. O verbo fazer, por
exemplo, conjuga-se no infinitivo pessoal: fazer, fazeres,
fazer, fazermos, fazerdes, fazerem; mas no futuro do
subjuntivo veremos as formas: quando eu fizer, fizeres, fizer,
fizermos, fizerdes, fizerem, pois este tempo se origina da 3ª
pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo.
Tempos Derivados do Infinitivo Impessoal
Futuro do Presente do Indicativo
Infinitivo Impessoal + { -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão (1ª,2ª e
3ª conj.) }
Veja:
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
41
cantar ão vender ão partir ão
Futuro do Pretérito do Indicativo
Infinitivo Impessoal + { -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam (1ª,
2ª e 3ª conj.)
Veja:
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM
Infinitivo Pessoal
Infinitivo Impessoal + { -es (2ª pessoa do singular), -mos (1ª
pessoa do plural), -des (2ª pessoa do plural), -em ( 3ª pessoa
do plural) (1ª, 2ª e 3ª conj.)
Veja:
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM
Tempos Compostos
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares
os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo
no particípio. São eles:
1) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo:
É a formação de locução verbal com o
auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal
no particípio, indicando fato que tem ocorrido com
frequência ultimamente. Por exemplo:
Eu tenho estudado demais ultimamente.
2) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo:
É a formação de locução verbal com o
auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o
principal no particípio, indicando desejo de que algo já tenha
ocorrido. Por exemplo:
Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir
a aprovação.
3) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:
É a formação de locução verbal com o
auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor
que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples. Por
exemplo:
Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali.
4) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo:
É a formação de locução verbal com o
auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do
Subjuntivo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor
que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. Por
exemplo:
Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de
cidade.
Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação
obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse,
aprenderia é completamentediferente de Se eu tivesse
estudado, teria aprendido.
5) Futuro do Presente Composto do Indicativo:
É a formação de locução verbal com o
auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor
que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por
exemplo:
Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido.
6) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo:
É a formação de locução verbal com o
auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor
que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. Por
exemplo:
Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de
cidade.
7) Futuro Composto do Subjuntivo:
É a formação de locução verbal com o
auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o
principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro
do Subjuntivo simples. Por exemplo:
Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu
caminharei 6 Km.
Veja os exemplos:
Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel.
42
Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a
Manuel.
Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas
as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei "você"
praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no
segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do
advérbio "já". Assim, observe que o mesmo ocorre nas
frases a seguir:
Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a
Manuel.
Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a
Manuel.
8) Infinitivo Pessoal Composto:
É a formação de locução verbal com o
auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o
principal no particípio, indicando ação passada em relação
ao momento da fala. Por exemplo:
Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito
dinheiro.
Locuções Verbais
Outro tipo de conjugação composta - também
chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais,
constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou
infinitivo.
São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham
papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o
último verbo, chamado principal, surge sempre numa de
suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e
pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos:
Estou lendo o jornal.
Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.
Ninguém poderá sair antes do término da sessão.
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas
locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais
variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas
construções) é usado nas locuções verbais que exprimem a
voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são auxiliares
que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que
determinado processo se realize ou não. Veja:
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.
Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade,
desejo. Por exemplo:
Quero ver você hoje.
Também são largamente usados como auxiliares: começar
a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vir e estar,
todos ligados à noção de aspecto verbal.
Aspecto Verbal
No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tempos
verbais, é possível perceber diferenças entre o pretérito
perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo. A diferença
entre esses tempos é uma diferença de aspecto, pois está
ligada à duração do processo verbal. Observe:
- Quando o vi, cumprimentei-o.
O aspecto é perfeito, pois o processo está concluído.
- Quando o via cumprimentava-o.
O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites
claros, prolongando-se por período impreciso de tempo.
O presente do indicativo e o presente do subjuntivo
apresentam aspecto imperfeito, pois não impõem precisos ao
processo verbal:
- Faço isso sempre.
- É provável que ele faça isso sempre.
Já o pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome
indica, apresenta aspecto perfeito em suas várias formas do
indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos já
concluídos:
- Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a
bandeira que ele fincara (ou havia fincado) dois dias antes.
- Se tivéssemos chegado antes, teríamos conseguido fazer o
exame.
Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito
e imperfeito pode fornecer diz respeito à localização do
processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados
para exprimir processos localizados num ponto preciso do
tempo:
- No momento em que o vi, acenei-lhe.
- Tinha-o cumprimentado logo que o vira.
Já os tempos imperfeitos podem indicar processos
frequentes e repetidos:
- Sempre que saía, trancava todas as portas.
O aspecto permite a indicação de outros detalhes
relacionados com a duração do processo verbal. Veja:
- Tenho encontrado problemas em meu trabalho.
Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do
indicativo, indica um processo repetido ou frequente, que se
43
prolonga até o presente.
- Estou almoçando.
A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio
do verbo principal indica um processo que se prolonga. É
largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no
presente, mas também em outros tempos (estava almoçando,
estive almoçando, estarei almoçando, etc.).
Obs.: em Portugal, costuma-se utilizar o infinitivo precedido
da preposição a em lugar do gerúndio.
Por exemplo: Estou a almoçar.
- Tudo estará resolvido quando ele chegar.
Tudo estaria resolvido quando ele chegasse.
As formas compostas: estará resolvido e estaria
resolvido, conhecidas como futuro do presente e futuro do
pretérito compostos do indicativo, exprimem processo
concluído - é a ideia do aspecto perfeito - ao qual se
acrescenta a noção de que os efeitos produzidos
permanecem, uma vez realizada a ação.
- Os animais noturnos terminaram de se
recolher mal começou a raiar o dia.
Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas ao
aspecto verbal: a indicação do término e do início do
processo verbal.
- Eles vinham chegando à proporção que nós íamos
saindo.
As locuções formadas com os auxiliares vir e ir exprimem
processos que se prolongam.
- Ele voltou a trabalhar depois de deixar de
sonhar projetos irrealizáveis.
As locuções destacadas exprimem o início de um processo
interrompido e a interrupção de outro, respectivamente.
Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal
Infinitivo Impessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal,
isso significa que ele apresenta sentido genérico ou
indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é
invariável.
Assim, considera-se apenas o processo verbal. Por exemplo:
Amar é sofrer.
O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de
número e pessoa. Veja:
- Eu
falar -es Tu
vender - Ele
partir -mos Nós
-des Vós
-em Eles
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo
impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas
pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo
contexto da frase). Por exemplo:
Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa)
Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)
Note: as regras que orientam o emprego da forma variável
ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente
definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e
vago, e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado,
recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar
à frase maior clareza ou ênfase.
Observações importantes:
O infinitivo impessoal é usado:
1. Quandoapresenta uma ideia vaga, genérica, sem se
referir a um sujeito determinado;
Exemplos:
Querer é poder.
Fumar prejudica a saúde.
É proibido colar cartazes neste muro.
2. Quando tiver o valor de Imperativo;
Exemplos:
Soldados, marchar! (= Marchai!)
3. Quando é regido de preposição e funciona como
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da
oração anterior;
Exemplos:
Eles não têm o direito de gritar assim.
As meninas foram impedidas de participar do jogo.
Eu os convenci a aceitar.
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar",
"tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo
auxiliar) deve ser flexionado. Por exemplo:
Exemplos:
Eram pessoas difíceis de serem contentadas.
Aqueles remédios são ruins de serem tomados.
Os CDs que você me emprestou são agradáveis
44
de serem ouvidos.
4. Nas locuções verbais;
Exemplos:
Queremos acordar bem cedo amanhã.
Eles não podiam reclamar do colégio.
Vamos pensar no seu caso.
5. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da
oração anterior;
Exemplos:
Eles foram condenados a pagar pesadas multas.
Devemos sorrir ao invés de chorar.
Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.
Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não,
preceder ou estiver distante do verbo da oração principal
(verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do
período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da
ação verbal. Por exemplo:
Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos.
Foram dois amigos à casa de outro, a
fim de jogarem futebol.
Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas
crianças.
6. Com os verbos
causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e seus
sinônimos que não formam locução verbal com o
infinitivo que os segue;
Exemplos:
Deixei-os sair cedo hoje.
7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e
sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem
flexão.
Exemplos:
Vi-os entrar atrasados.
Ouvi-as dizer que não iriam à festa.
Observações:
a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos
objetos diretos de verbos como "pedir", "dizer", "falar" e
sinônimos;
Pediu para Carlos entrar. (errado)
Pediu para que Carlos entrasse. (errado)
Pediu que Carlos entrasse. (correto)
b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo,
como na oração "Este trabalho é para eu fazer", pede-se o
emprego do pronome pessoal "eu", que se revela, neste caso,
como sujeito. Outros exemplos:
Aquele exercício era para eu corrigir.
Esta salada é para eu comer?
Ela me deu um relógio para eu consertar.
Atenção:
Em orações como "Esta carta é para mim!", a preposição
está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar
oblíquo tônico.
Infinitivo Pessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso
significa que ele atribui um agente ao processo verbal,
flexionando-se.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
1. Quando o sujeito da oração estiver claramente
expresso; Por exemplo:
Se tu não perceberes isto...
Convém vocês irem primeiro.
O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito
desinencial, sujeito implícito = nós)
2. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração
principal; Por exemplo:
O professor deu um prazo de cinco dias para os
alunos estudarem bastante para a prova.
Perdoo-te por me traíres.
O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade.
O guarda fez sinal para os motoristas pararem.
3. Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na
terceira pessoa do plural); Por exemplo:
Faço isso para não me acharem inútil.
Temos de agir assim para nos promoverem.
Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua
conduta.
4. Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade
de ação; Por exemplo:
Vi os alunos abraçarem-se alegremente.
Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza.
Mandei as meninas olharem-se no espelho.
Nota: como se pode observar, a escolha do Infinitivo
Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente
(sujeito) da ação expressa pelo verbo.
DICAS:
45
a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com "j",
esse "j" aparecerá em todas as outras formas. Por exemplo:
Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem,
enferrujarão, enferrujassem, etc. (Lembre, contudo, que o
substantivo ferrugem é grafado com "g".)
Viajar: viajou, viajaria, viajem ( 3ª pessoa do plural do
presente do subjuntivo, não confundir com o
substantivo viagem) viajarão, viajasses, etc.
b) Quando o verbo tem o infinitivo com "g", como em
"dirigir" e "agir" este "g" deverá ser trocado por um "j"
apenas na primeira pessoa do presente do indicativo. Por
exemplo:
eu dirijo/ eu ajo
c) O verbo "parecer" pode relacionar-se de duas maneiras
distintas com o infinitivo.
- Quando "parecer" é verbo auxiliar de um outro verbo:
Elas parecem mentir.
- Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade,
um período composto. "Parece" é o verbo de uma oração
principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva
subjetiva reduzida de infinitivo "elas mentirem". Como
desdobramento dessa reduzida, podemos ter a oração
"Parece que elas mentem."
Vozes do Verbo
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para
indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação.
São três as vozes verbais:
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação
expressa pelo verbo. Por exemplo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)
b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação
expressa pelo verbo. Por exemplo:
O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e
paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo:
O menino feriu-se.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a
noção de reciprocidade. Por exemplo:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Formação da Voz Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois
processos: analítico e sintético.
1- Voz Passiva Analítica
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do
verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada.
O trabalho é feito por ele.
Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da
preposição por, mas pode ocorrer a construção com a
preposição de. Por exemplo:
A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja
explícito na frase. Por exemplo:
A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER),
pois o particípio é invariável.
Observe a transformação das frases seguintes:
Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o
mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva
analítica com outros verbos que podem eventualmente
funcionar como auxiliares. Por exemplo:
A moça ficou marcada pela doença.
2- Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o
verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por
exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio daescola.
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva
sintética.
46
Curiosidade
A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão
(latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o
significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado
de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação
sofrida pelo sujeito.
Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre
aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA
PASSIVA.
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar
substancialmente o sentido da frase. Por exemplo:
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa Objeto Direto
A imprensa
foi
inventada
por Gutenberg
(Voz
Passiva)
Sujeito da
Passiva
Agente da
Passiva
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva,
o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo
ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo
tempo.
Observe mais exemplos:
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
mestres.
Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não
haverá complemento agente na passiva. Por exemplo:
Prejudicaram-me.
Fui prejudicado.
Saiba que:
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou
reflexivos, são chamados neutros. Por exemplo:
O vinho é bom.
Aqui chove muito.
2) Há formas passivas com sentido ativo. Por exemplo:
É chegada a hora. (= Chegou a hora.)
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido
passivo. Por exemplo:
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o
sujeito é paciente. Por exemplo:
Chamo-me Luís.
Batizei-me na Igreja do Carmo.
Operou-se de hérnia.
Vacinaram-se contra a gripe.
1.3.5 Advérbio
Compare estes exemplos:
O ônibus chegou.
O ônibus chegou ontem.
A palavra ontem acrescentou ao verbo chegou uma
circunstância de tempo: ontem é um advérbio.
Marcos jogou bem.
Marcos jogou muito bem.
A palavra muito intensificou o sentido do
advérbio bem: muito, aqui, é um advérbio.
A criança é linda.
A criança é muito linda.
A palavra muito intensificou a qualidade contida no
adjetivo linda: muito, nessa frase, é um advérbio.
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido
do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira;
nessa situação, normalmente transmitem a avaliação de
quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração. Por
exemplo:
As providências tomadas foram
infrutíferas, lamentavelmente.
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar
várias ideias, tais como:
Tempo: Ela chegou tarde.
Lugar: Ele mora aqui.
Modo: Eles agiram mal.
Negação: Ela não saiu de casa.
Dúvida: Talvez ele volte.
Observações:
- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que
47
expressam circunstâncias do processo verbal, podendo
assim, ser classificados como determinantes. Por exemplo:
Ninguém manda aqui!
mandar: verbo
aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo
- Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a
ideia de intensidade. Por exemplo:
O filme era muito bom.
- Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido
frequentes os advérbios associados a substantivos. Por
exemplo:
" Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador.
"Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha
publicitária ufanista.
Flexão do Advérbio
Outra característica dos advérbios se refere a sua
organização morfológica. Os advérbios são palavras
invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e
número.
Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau.
Observe a seguir.
Grau Comparativo
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o
comparativo do adjetivo:
de igualdade: tão + advérbio + quanto (como)
Por exemplo:
Renato fala tão alto quanto João.
de inferioridade: menos + advérbio + que (do que)
Por exemplo:
Renato fala menos alto do que João.
de superioridade:
Analítico: mais + advérbio + que (do que)
Por exemplo:
Renato fala mais alto do que João.
Sintético: melhor ou pior que (do que)
Por exemplo:
Renato fala melhor que João.
Grau Superlativo
O superlativo pode ser analítico ou sintético:
Analítico: acompanhado de outro advérbio.
Por exemplo:
Renato fala muito alto.
muito = advérbio de intensidade
alto = advérbio de modo
Sintético: formado com sufixos.
Por exemplo:
Renato fala altíssimo.
Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são
comuns na língua popular. Observe:
Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
A criança levantou cedinho. (muito cedo)
Classificação dos Advérbios
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio
pode ser de:
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo,
aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro,
afora, alhures, embaixo, externamente, a distância, à
distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à
esquerda, ao lado, em volta.
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã,
cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já,
enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes,
imediatamente, primeiramente, provisoriamente,
sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de
repente, de vez em quando, de quando em quando, a
qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje
em dia.
Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa,
acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à
toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse
modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a
pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-
mente": calmamente, tristemente, propositadamente,
pacientemente, amorosamente, docemente,
escandalosamente, bondosamente, generosamente.
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto,
efetivamente, certo, decididamente, deveras,
indubitavelmente.
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente,
provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem
48
sabe.
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso,
bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto,
assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de
todo, de muito, por
completo, extremamente, intensamente, grandemente,
bem (quando aplicado a propriedades graduáveis).
Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente,
simplesmente, só, unicamente.
Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das
árvores.
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também.
Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a
adolescência.
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente.
Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos
meus amigos por comparecerem à festa.
Saiba que:
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao
advérbio o mais ou o menos.
Por exemplo:
Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o
menos tarde possível.
- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em
geral sufixamos apenas o último:
Por exemplo:
O aluno respondeu calma e respeitosamente.Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido
Há palavras como muito, bastante, etc. que podem aparecer
como advérbio e como pronome indefinido.
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo:
Eu corri muito.
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre
flexões. Por exemplo:
Eu corri muitos quilômetros.
Advérbios Interrogativos
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?
por que? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja:
Interrogação Direta Interrogação Indireta
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde morava.
Por que choras? Não sei por que choras.
Aonde vai? Perguntei aonde ia.
Donde vens? Pergunto donde vens.
Quando voltas? Pergunto quando voltas.
Locução Adverbial
Quando há duas ou mais palavras que exercem função de
advérbio, temos a locução adverbial, que pode expressar as
mesmas noções dos advérbios.
Iniciam ordinariamente por uma preposição. Veja:
Lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para dentro,
por aqui, etc.
Afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
Modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em geral,
frente a frente, etc.
Tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje em
dia, nunca mais, etc.
Obs.: tanto a locução adverbial como o advérbio modificam
o verbo, o adjetivo e outro advérbio. Observe os exemplos:
Chegou muito cedo. (advérbio)
Joana é muito bela. (adjetivo)
De repente correram para a rua. (verbo)
Relação de Algumas Locuções Adverbiais
às vezes
às claras
às cegas
à esquerda
à direita
à distância
ao lado
ao fundo
ao longo
a cavalo
a pé
às pressas
ao vivo
a esmo
à toa
de repente
de súbito
de vez em quando
por fora
por dentro
por perto
por trás
por ali
por ora
com certeza
sem dúvida
de propósito
lado a lado
passo a passo
49
o mais das vezes
Atenção: não confunda locução adverbial com a locução
prepositiva. Nesta última, a preposição vem
sempre depois do advérbio ou da locução adverbial.
Por exemplo:
perto de, antes de, dentro de, etc.
Palavras e Locuções Denotativas
São palavras que, embora, em alguns aspectos (ser
invariável, por exemplo), assemelhem-se a advérbios, não
possuem, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira,
classificação especial.
Do ponto de vista sintático, são expletivas, isto é, não
assumem nenhuma função; do ponto de vista morfológico,
são invariáveis (muitas delas vindas de outras classes
gramaticais); do ponto de vista semântico, são
inegavelmente importantes no contexto em que se
encontram (daí seu nome). Classificam-se em função da
ideia que expressam:
Adição: ainda, além disso, etc. Por exemplo:
Comeu tudo e ainda repetiu.
Afastamento: embora . Por exemplo:
Foi embora daqui.
Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente. Por
exemplo:
Ainda bem que passei de ano
Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta
de, etc. Por exemplo:
Ela quase revelou o segredo.
Designação: eis. Por exemplo:
Eis nosso carro novo.
Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente,
exclusive, exceto, senão, sequer, apenas, etc. Por exemplo:
Não me descontou sequer um real.
Explicação: isto é, por exemplo, a saber, etc. Por exemplo:
Li vários livros, a saber, os clássicos.
Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive, etc. Por
exemplo:
Eu também vou viajar.
Limitação: só, somente, unicamente, apenas, etc. Por
exemplo:
Só ele veio à festa.
Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque, etc. Por exemplo:
E você lá sabe essa questão?
O que não diria essa senhora se soubesse que já fui famoso.
Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. Por
exemplo:
Somos três, ou melhor, quatro.
Situação: então, mas, se, agora, afinal, etc. Por exemplo:
Mas quem foi que fez isso?
As palavras denotativas frequentemente ocorrem em frases e
textos diretamente envolvidos com as estratégias
argumentativas. Por essa razão, fique atento para o papel de
palavras como até, aliás, também, etc. e para os efeitos de
sentido que produzem nas situações efetivas de interlocução.
Podem ser difíceis de classificar, mas isso não impede que
sejam importantes e necessárias.
50
CADERNO DE QUESTÕES:
LÍNGUA PORTUGUESA
Questão 1
Leia as afirmativas a seguir:
I. A grafia do verbo seguinte está correta: começar.
II. A grafia do verbo seguinte está correta: comer.
III. A grafia do verbo seguinte está correta: pulàr.
IV. A grafia do verbo seguinte está correta: rir.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Apenas três afirmativas estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 2
Leia as afirmativas a seguir:
I. A grafia do verbo seguinte está correta: bravêjar.
II. A grafia do adjetivo seguinte está correta: bipólar.
III. Recebe acento o vocábulo seguinte: frenético.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa I, apenas.
c) Está correta a afirmativa II, apenas.
d) Está correta a afirmativa III, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 3
Leia as afirmativas a seguir:
I. O adjetivo varia em gênero, número e grau.
II. A grafia do verbo seguinte está correta: compulsar.
III. Está correta a acentuação do vocábulo: júdiar.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa I, apenas.
c) Está correta a afirmativa II, apenas.
d) Estão corretas as afirmativas I e II, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas
Questão 4
Leia as afirmativas a seguir:
I. As palavras seguintes foram grafadas corretamente:
antigiênico, antigeno, antigüidade, anti-sémita.
II. Para Piaget, o aluno nunca deve questionar os saberes
vigentes, as políticas, as regras e as condutas sociais.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 5
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA:
a) A grafia do adjetivo seguinte está correta: bom.
b) A grafia do verbo seguinte está correta: balisàr.
c) Na seguinte frase, há um substantivo: corra rapidamente.
d) A grafia do verbo seguinte está correta: crèr.
e) Na oração "O medo o fez lívido", o vocábulo "lívido" é
classificado como preposição.
Questão 6
Leia as afirmativas a seguir:
I. A grafia do adjetivo seguinte está correta: cazado.
II. Nas escolas municipais brasileiras, o ensino público é
obrigatoriamente pago, nunca gratuito.
III. A grafia dos vocábulos seguintes está correta: aguardar,
aguente, agudo.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa I, apenas.
c) Está correta a afirmativa II, apenas.
d) Está correta a afirmativa III, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 7
Leia as afirmativas a seguir:
I. Conhecer e desrespeitar as diferentes variedades
linguísticas do português falado é um dos objetivos do
ensino de língua portuguesa no Ensino Fundamental.
II. De acordo com as atuais regras ortográficas vigentes no
Brasil, as letras K, W e Y não podem ser usadas na escrita
de símbolos de unidades de medida.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.51
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 8
Leia as afirmativas a seguir:
I. A grafia do verbo seguinte está correta: estar.
II. A grafia do verbo seguinte está correta: escrever.
III. No período "Para mim, tanto faz se ele vem ou não à
minha festa", o vocábulo "festa" é classificado como
pronome.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa I, apenas.
c) Está correta a afirmativa II, apenas.
d) Estão corretas as afirmativas I e II, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 9
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA:
a) A grafia do verbo seguinte está correta: nascer.
b) A grafia do verbo seguinte está correta: dàr.
c) No período "Ele faria melhor se mudasse de profissão", o
vocábulo "faria" é classificado como interjeição.
d) A grafia do verbo seguinte está correta: dizêr.
e) A grafia do verbo seguinte está correta: brincár.
Questão 10
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA:
a) O verbo “vir” está grafado corretamente no exemplo: “A
eutanásia vêm acompanhada de outras questões para a
família”
b) As palavras seguintes estão grafadas corretamente:
avaresa; belesa; nobreza.
c) O verbo “vir” está grafado corretamente no exemplo: “A
questão dos direitos femininos vêm acompanhada por
pressões machistas”.
d) O verbo “manter” está grafado corretamente no exemplo:
“Os índices de violência contra a mulher mantém alta”.
e) As palavras seguintes estão grafadas corretamente:
braveza; esperteza; franqueza.
Questão 11
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA:
a) As palavras seguintes estão grafadas corretamente:
delicadesa; belesa; nobreza.
b) As palavras seguintes estão grafadas corretamente:
avaresa; franquesa; nobreza.
c) O verbo “manter” está grafado corretamente no exemplo:
“O feminicídio mantêm um índice absurdo”.
d) O verbo “ter” está grafado corretamente no exemplo: “As
mulheres, hoje, têm acesso à política”.
e) As palavras seguintes estão grafadas corretamente:
sutilesa; belesa; nobreza.
Questão 12
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA:
a) A grafia dos vocábulos seguintes está correta: enxergar,
chuva, enxente.
b) A grafia dos vocábulos seguintes está correta: engessar;
contágio; vestíjio.
c) A grafia dos vocábulos seguintes está correta: privilégio;
refúgio; contágio.
d) A grafia dos vocábulos seguintes está correta: enxame;
enxarcar; eximento.
e) A grafia dos vocábulos seguintes está correta: refúgio;
fulijem; priviléjio.
Questão 13
DILMA: GOVERNO BRASILEIRO E SOCIEDADE
NÃO
TOLERAM E NÃO TOLERARÃO A CORRUPÇÃO
O desenvolvimento com inclusão social alcançado pelo
Brasil nos últimos anos só foi possível por existir no País
um ambiente democrático consolidado. E é justamente essa
condição que o governo se preocupa em preservar,
permitindo assim que as instituições funcionem plenamente
sem serem cerceadas por pressões de qualquer natureza,
inclusive ao fiscalizar o próprio governo, assegurou a
presidenta Dilma Rousseff em seu discurso na abertura da
Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira (28).
“Graças à plena vigência da legalidade e ao vigor das
instituições democráticas, o funcionamento do Estado tem
sido escrutinado de forma firme e imparcial pelos poderes e
organismos públicos encarregados de fiscalizar, investigar e
punir desvios e crimes. O governo e a sociedade brasileiros
não toleram e não tolerarão a corrupção”.
Dilma reafirmou que é necessário(E) que as autoridades
assumam o limite da lei como o seu próprio limite para que
a democracia brasileira se fortaleça. Ela lembrou que foi por
isso que muitos brasileiros lutaram durante a ditadura,
momento no qual leis e direitos foram violados. Ao defender
que as sanções da lei recaiam sobre todos os que praticam e
praticaram atos ilícitos, no entanto, a presidenta defendeu
que seja respeitado o princípio do contraditório e da ampla
defesa, condição também necessária para que se continue
“trilhando(A) o caminho democrático”.
“Queremos um País em que os governantes se comportem
rigorosamente segundo suas atribuições, sem ceder a
excessos. Em que os juízes julguem com liberdade e
imparcialidade, sem pressões de qualquer natureza e
desligados de paixões político-partidárias, jamais
transigindo com a presunção da inocência de quaisquer
cidadãos”.
52
Dilma defendeu a liberdade de imprensa e o direito à
manifestação de posições diversas, direito de cada um dos
brasileiros. Mas ressalvou que o direito de opinião e o
confronto de ideias sejam exercidos “em um ambiente de
civilidade e respeito”. A presidenta relembrou o que disse
José Mujica, ex-presidente uruguaio, sobre a manutenção do
ambiente democrático.
( Adaptado . Disponível em :
http://blog.planalto.gov.br/dilma-
governo-brasileiro-e-socie dade-nao-toleram-e-nao-
tolerarao-a-corrupcao/. Acesso em: 30.09.2015).
Com base no texto 'DILMA: GOVERNO BRASILEIRO E
SOCIEDADE NÃO TOLERAM E NÃO TOLERARÃO A
CORRUPÇÃO ', marque a opção INCORRETA
a) Na palavra: “trilhando”, existe o encontro de duas letras
que emitem um único som.
b) Está correta a grafia das palavras seguintes: ressabiada,
democrática.
c) Está correta a grafia das palavras seguintes: assegurar,
parreira.
d) Está correta a grafia das palavras seguintes: debrussar-se,
manutenção.
e) Na palavra: “necessário”, há um ditongo assim como no
termo: “história”
Questão 14
DILMA: GOVERNO BRASILEIRO E SOCIEDADE
NÃO
TOLERAM E NÃO TOLERARÃO A CORRUPÇÃO
O desenvolvimento com inclusão social alcançado pelo
Brasil nos últimos anos só foi possível por existir no País
um ambiente democrático consolidado. E é justamente essa
condição que o governo se preocupa em preservar,
permitindo assim que as instituições funcionem plenamente
sem serem cerceadas por pressões de qualquer natureza,
inclusive ao fiscalizar o próprio governo, assegurou(E) a
presidenta Dilma Rousseff em seu discurso na abertura da
Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira (28).
“Graças à plena vigência da legalidade e ao vigor das
instituições democráticas, o funcionamento do Estado tem
sido escrutinado de forma firme e imparcial pelos poderes e
organismos públicos encarregados de fiscalizar, investigar e
punir desvios e crimes. O governo e a sociedade brasileiros
não toleram e não tolerarão a corrupção”.
Dilma reafirmou que é necessário que as autoridades
assumam o limite da lei como o seu próprio limite para que
a democracia brasileira se fortaleça. Ela lembrou que foi por
isso que muitos brasileiros lutaram durante a ditadura,
momento no qual leis e direitos foram violados. Ao defender
que as sanções da lei recaiam sobre todos os que praticam e
praticaram atos ilícitos, no entanto, a presidenta defendeu
que seja respeitado o princípio do contraditório e da ampla
defesa, condição também necessária para que se continue
“trilhando o caminho democrático”.
“Queremos um País em que os governantes se comportem
rigorosamente segundo suas atribuições, sem ceder a
excessos. Em que os juízes julguem com liberdade e
imparcialidade, sem pressões(A) de qualquer natureza e
desligados de paixões político-partidárias, jamais
transigindo com a presunção da inocência de quaisquer
cidadãos”.
Dilma defendeu a liberdade de imprensa e o direito à
manifestação de posições diversas, direito de cada um dos
brasileiros. Mas ressalvou que o direito de opinião e o
confronto de ideias sejam exercidos “em um ambiente de
civilidade e respeito”. A presidenta relembrou o que disse
José Mujica, ex-presidente uruguaio, sobre a manutenção do
ambiente democrático.
( Adaptado . Disponível em :
http://blog.planalto.gov.br/dilma-
governo-brasileiro-e-sociedade-nao-toleram-e-nao-
tolerarao-a-corrupcao/. Acesso em: 30.09.2015).
Com base no texto 'DILMA: GOVERNO BRASILEIRO E
SOCIEDADE NÃO TOLERAM E NÃO TOLERARÃO A
CORRUPÇÃO ' , marque a opção INCORRETA
a) Na palavra: “pressões”, existe o encontro de duas letras
que emitem um único som.
b) Está correta a grafia das palavras seguintes: país, história.
c) Está correta a grafia das palavras seguintes: confronto,
enssaboar.
d) Está correta a grafia das palavras seguintes: crimes,
protótipo.
e) Em: “assegurou”, existe o encontro de duas letras que
emitem um único som.
Questão 15
Pesquisa pernambucana pretende desenvolver vacinas
contra zika vírus
Uma pesquisa pernambucana pretende desenvolver
potenciais vacinas e meios de diagnóstico mais rápidos
contra o zika vírus. O trabalho de Rafael Freitas de Oliveira
Franca, pesquisador em saúde pública da Fiocruz, tem o
propósito de investigar a biologia do vírus para combater
possíveis epidemias causadas por ele. Balanço divulgado
pelo Ministério da Saúde na terça (17) revela que
Pernambuco chegou a 268 notificações de microcefalia este
ano. O Ministério suspeita de que haja relação entre o vírus
e o aumento nos casos da má-formação.
O pesquisador frisa que a concepção do projeto se deu antes
do Ministério da Saúde decretar emergência em saúde
pública devido à situação crítica. Por isso, a microcefalia
53
não foi listada especificamente entre os temas que serão
analisados. “A ideia do nosso projeto exclui a microcefalia.
Mas com certeza isso está preocupando todo mundo e tudo
está sendo investigado. Nosso projeto é voltado mais para a
área básica, mas são várias frentes que estão sendo
estudadas”, ressalta Oliveira Franca.
Mesmo tendo registros de que o vírus tenha surgido em
Uganda, na África, em 1947, e reaparecido em 2013, na
Polinésia Francesa, Rafael adianta que pouco se sabe do
vírus no meio científico. “Até então ele estava sumido e
agora voltou causando esse surto grande no Brasil. Por
exemplo, não tínhamos ideia de que a microcefalia pudesse
estar ligada a ele porque não houve registro de casos do tipo
nessas localidades. Não sabemos nem se é só Aedes Aegypti
que transmite, podem ser outros mosquitos também”,
pondera.
A pesquisa se dará por estudos epidemiológicos e biológicos
do vírus através da interação vírus-célula, usando modelos
in vitro. “A intenção é desenvolver ferramentas de
diagnóstico para compreender o Zika e assim controlar a
infecção, desenvolver novos insumos para o diagnóstico,
potenciais vacinas e novos produtos”, explica o pesquisador.
Para isso, espera que possa utilizar animais para a
experimentação das técnicas descobertas. “Assim podemos
entender um pouco da biologia e propor novas terapias,
entendendo como ele funciona e como podemos intervir”,
diz Oliveira Franca. O projeto, aprovado na semana anterior,
está previsto para começar no início de janeiro de 2016.
(Adaptado. Disponível em:
http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2015/11/
pesquisa-pernambucana-pretende-desenvolver-vacinas-
contra-zika-virus.html)
Com base no texto 'Pesquisa pernambucana pretende
desenvolver vacinas contra zika vírus', marque a opção
INCORRETA
a) Os termos “microcefalia” e “nanocefalia” estão grafados
de maneira correta.
b) Os termos “experimentação” e “exceto” estão grafados de
maneira correta.
c) Os termos “epidemiológico” e “epidemiologia” estão
grafados de maneira correta.
d) Os termos “abrupto” e “esseção” estão grafados de
maneira correta.
e) Os termos “pandemia” e “epidemia” estão grafados de
maneira correta.
Questão 16
90% das pessoas subestimam fator emocional na perda
de peso
Um estudo americano concluiu que 90% das pessoas não
consideram o bem-estar psicológico como um fator
importante para a conquista de um peso saudável.
A pesquisa, que ouviu mais de mil pessoas nos Estados
Unidos, foi conduzida pela rede de atendimento médico
Orlando Health. Para a neuropsicóloga Diane Robinson,
diretora do Programa de Medicina Integrativa da Orlando
Health, subestimar o papel emocional da alimentação pode
ser um dos motivos que levam muitas pessoas a recuperarem
o peso original depois de uma dieta.
"A maioria das pessoas se focam quase totalmente nos
aspectos físicos da perda de peso, como dieta e exercício.
Mas existe um componente emocional relacionado à comida
que a vasta maioria das pessoas simplesmente negligencia e
isso pode facilmente sabotar seus esforços", diz a
especialista.
O levantamento concluiu que 31% dos americanos pensam
que a falta de exercício é a maior barreira para a perda de
peso. Outros 26% acham que a alimentação é o maior
desafio. Há também 17% dos entrevistados que acham que o
custo de uma vida saudável é o que os impede de perder
peso.
O fator psicológico só foi citado por 10% das pessoas.
“Caso estejamos conscientes disso ou não, estamos
condicionados a usar a comida não apenas para nos nutrir,
mas para ter conforto”, diz Diane. “Isso não é
necessariamente ruim, desde que tenhamos consciência e
lidemos com isso de forma adequada”.
Segundo ela, o problema ocorre quando as pessoas
começam a usar a comida como um sistema de recompensa
para ser acionado em momentos de estresse, por exemplo.
Para evitar esse mecanismo, a especialista recomenda que as
pessoas que estão buscando emagrecer mantenham um
diário para registrar as comidas ingeridas e o humor de cada
dia, para facilitar o reconhecimento de padrões ruins. Além
disso, antes de comer qualquer coisa, é importante se
perguntar se está realmente com fome ou se a comida está
sendo usada para obter algum tipo de conforto.
(Adaptado. Disponível em:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/90-
das-pessoas-subestimam-fator-emocional-na-perda-de-
peso-diz-estudo.html)
Com base no texto '90% das pessoas subestimam fator
emocional na perda de peso', marque a opção INCORRETA
a) Os vocábulos “peso” e “esôfago” estão grafados
corretamente.
b) Os vocábulos “achar” e “encher” estão grafados
corretamente.
c) Os vocábulos “peso” e “azia” estão grafados
corretamente.
54
d) Os vocábulos “achar” e “enxergar” estão grafados
corretamente.
e) Os vocábulos “pesquisa” e “baroneza” estão grafados
corretamente.
Questão 17
Assinale a única frase em que as palavras destacadas foram
corretamente grafadas.
a) A música eletrônica REDEFINIO um valor da
ESPERIÊNCIA humana, daquilo que é estar diante da
música.
b) No novo corpo PULÇANTE que se desconhece, velhas
coisas humanas como dormir, acordar, sonhar ou viver estão
em SUSPENSSÃO.
c) A árvore da ciência, TRANSPLANTADA do Éden,
trouxe consigo a dor, a condenação e a morte; mas a sua pior
PEÇONHA guardou-se para o presente: foi o ceticismo.
d) Mas é a CRÊNÇA na política, e não a descrença, que
pode COMSERTAR o que está errado.
Questão 18
Leia as afirmativas a seguir:
I. Na frase “acordamos cedo” há um substantivo.
II. Na frase “clique para enviar” ocorre substantivo.
III. O termo "enxame" é um substantivo coletivo.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa I, apenas.
c) Está correta a afirmativa II, apenas.
d) Está correta a afirmativa III, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 19
Leia as afirmativas a seguir:
I. Na seguinte frase, há um substantivo: a casa é verde.
II. A aprendizagem corresponde à assimilação passiva de
conhecimentos para aplicá-los inconscientemente.
III. No Brasil, é vedado à instituição de ensino vincular a
educação escolar ao mundo do trabalho.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa I, apenas.
c) Está correta a afirmativa II, apenas.
d) Estácorreta a afirmativa III, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 20
Leia as afirmativas a seguir:
I. Na seguinte frase, há um substantivo: o homem é alto.
II. É vedada a bolsa de aprendizagem ao adolescente até
quatorze anos de idade.
III. É prejudicial aos objetivos do ensino nas escolas
promover a valorização do profissional da educação escolar,
dos professores e demais servidores da instituição de ensino.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa I, apenas.
c) Está correta a afirmativa II, apenas.
d) Está correta a afirmativa III, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 21
Seguro-desemprego
Segundo o anúncio feito pelo Ministro do Trabalho nesta
quarta-feira (19), os trabalhadores que forem demitidos vão
poder pedir o seguro-desemprego pela internet, sem a
necessidade de entregar os documentos presencialmente.
Chamado de seguro-desemprego 100% web, o serviço vai
permitir que esse benefício seja concedido sem precisar ir a
um posto de atendimento. Fonte: diarioonline.com.br (com
adaptações).
Leia o texto 'Seguro-desemprego', analise as assertivas a
seguir e marque a opção CORRETA:
a) No texto, o vocábulo "demitidos" é classificado como
pronome.
b) No texto, o vocábulo "anúncio" é classificado como
substantivo.
c) No texto, o vocábulo "precisar" é classificado como
preposição.
d) No texto, o vocábulo "web" é classificado como
interjeição.
e) No texto, o vocábulo "concedido" é classificado como
numeral.
Questão 22
Leia as afirmativas a seguir:
I. Na frase “não estacione” há um substantivo.
II. Não é dever do Estado disponibilizar ao adolescente
trabalhador a oferta de ensino noturno regular.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 23
Leia as afirmativas a seguir:
55
I. O substantivo concreto é aquele que designa o ser que não
existe, como os sentimentos e as notas musicais.
II. Avaliar é um processo que deve estar limitado a realizar
provas e testes para os alunos do Ensino Fundamental.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 24
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA:
a) O vocábulo "baixela" é um substantivo coletivo que serve
para designar um conjunto de selos.
b) A grafia do adjetivo seguinte está correta: rózado.
c) Na frase “clique para enviar” ocorre substantivo.
d) O termo "alcateia" é um substantivo coletivo que serve
para designar um conjunto de lobos.
Questão 25
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA:
a) A grafia do verbo seguinte está correta: bálisar.
b) O termo "plumagem" é um substantivo coletivo que serve
para designar um conjunto de penas de aves.
c) O vocábulo "tertúlia" é um substantivo coletivo que serve
para designar um conjunto de pássaros ou aves de um modo
geral.
d) A grafia do adjetivo seguinte está correta: brábu.
Questão 26
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA:
a) A grafia do verbo seguinte está correta: decompor.
b) Está correta a acentuação do vocábulo: júdiar.
c) Na seguinte frase, há um substantivo: corra rapidamente.
d) Na seguinte frase, há um substantivo: voaremos agora.
Questão 27
Terrorismo
O terrorismo é o nome dado a protestos violentos realizados
por grupos ou indivíduos que objetivam transformar ordens
do governo, bem como o próprio governo, por meio do
pânico, gerando decisões precipitadas e radicais.
Nos dias atuais, o terrorismo é visto e praticado de forma
diferente daquela que se manifestava antigamente, pois
exige planejamento, objetivos em foco, recursos financeiros
e a presença de guerreiros. Nesse contexto, acredita-se que
atos terroristas são financiados por pessoas bem sucedidas
que simpatizam com o movimento, por pessoas ligadas ao
governo que tentam secretamente destruir algo e ainda
pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. Os terroristas
utilizam explosivos, gases nocivos, vírus, bactérias,
materiais radioativos, armamentos atômicos e ainda
sequestros e assassinatos.
( Adaptado. Disponível em :
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/terrorism
o.htm
Com base no texto 'Terrorismo', marque a
opção CORRETA
a) No trecho: “gases nocivos”, a palavra “nocivos” é um
substantivo que designa uma pluralidade de seres.
b) No contexto, a palavra “terrorismo” é classificada como
um substantivo próprio, por estar grafada com letra inicial
maiúscula.
c) A palavra “indivíduos” é um substantivo flexionado no
plural.
d) A palavra “explosivos”, no texto, caracteriza o modo
como se dão os atos terroristas. Ou seja, é um verbo.
e) O termo “financiados” é um adjetivo que caracteriza o ato
de sigilo.
Questão 28
Leia as afirmativas a seguir:
I. A avaliação educacional deve considerar apenas a
interpretação quantitativa do conhecimento construído pelo
aluno.
II. O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 29
Leia as afirmativas a seguir:
I. Na pedagogia libertadora, o professor deve adotar uma
postura exclusivamente autoritária.
II. O adjetivo se refere sempre a um substantivo, mesmo que
subentendido.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 30
Leia as afirmativas a seguir:
56
I. A grafia do adjetivo seguinte está correta: cearense.
II. A pedagogia libertadora limita-se aos conhecimentos
herdados e transmitidos pela geração adulta.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 31
Leia as afirmativas a seguir: I. É proibido qualquer trabalho
a menores de dezoito anos de idade, ainda que na condição
de aprendiz. II. O currículo escolar não deve ser construído
de forma colaborativa. III. A grafia do adjetivo seguinte está
correta: enigmático. Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa I, apenas.
c) Está correta a afirmativa II, apenas.
d) Está correta a afirmativa III, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 32
Leia as afirmativas a seguir:
I. A grafia do adjetivo seguinte está correta: excandalozo.
II. É assegurado à criança o direito de ser respeitada por seus
educadores na escola.
III. A grafia do adjetivo seguinte está correta: enpremdedor.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa I, apenas.
c) Está correta a afirmativa II, apenas.
d) Está correta a afirmativa III, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 33
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA:
a) Na frase seguinte, há uma locução adjetiva que indica
posse: “Os pronomes nos libertam da repetição excessiva”.
b) Na frase seguinte, há um adjetivo pátrio: “Os pronomes
são termos referenciadores”.
c) Na frase seguinte, há um adjetivo composto: “Os
pronomes são termos referenciadores”.d) Na frase seguinte, há um adjetivo no grau superlativo:
“Existe a falsa crença de que português é um idioma
dificílimo”.
e) Na frase seguinte, há um adjetivo pátrio: “Nosso povo se
caracteriza pelo uso equivocado das formas pronominais”.
Questão 34
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção
INCORRETA:
a) O adjetivo destacado em letras maiúsculas na frase
seguinte é composto: “A nossa gramática é LUSO-
BRASILEIRA”.
b) O adjetivo destacado em letras maiúsculas na frase
seguinte é biforme: “O povo brasileiro é FELIZ”.
c) O adjetivo destacado em letras maiúsculas na frase
seguinte é composto: “Vendemos uma camisa AMARELO-
CANÁRIO”.
d) O adjetivo destacado em letras maiúsculas na frase
seguinte é pátrio: “Os escritores BRASILEIROS também
são responsáveis pela mudança linguística”.
e) O adjetivo destacado em letras maiúsculas na frase
seguinte é derivado: “Os especialistas são BONDOSOS
quando o assunto é a norma”.
Questão 35
Leia as afirmativas a seguir:
I. O verbo é a palavra que exprime quantidade, podendo ser
cardinal, ordinal, multiplicativo ou fracionário.
II. Do ponto de vista morfológico, o verbo marca pessoa (1ª,
2ª ou 3ª), número (singular ou plural), tempo (pretérito,
presente ou futuro), modo (indicativo, subjuntivo ou
imperativo) e voz.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 36
Seguro-desemprego
Segundo o anúncio feito pelo Ministro do Trabalho nesta
quarta-feira (19), os trabalhadores que forem demitidos vão
poder pedir o seguro-desemprego pela internet, sem a
necessidade de entregar os documentos presencialmente.
Chamado de seguro-desemprego 100% web, o serviço vai
permitir que esse benefício seja concedido sem precisar ir a
um posto de atendimento.
Fonte: diarioonline.com.br (com adaptações).
Leia o texto 'Seguro-desemprego', analise as assertivas a
seguir e marque a opção CORRETA:
a) O vocábulo "entregar", no texto, é classificado como
verbo.
b) O vocábulo "que", no texto, é classificado como adjetivo.
c) O vocábulo "sem", no texto, é classificado como numeral.
d) O vocábulo "Chamado", no texto, é classificado como
conjunção.
e) No texto, o vocábulo "necessidade" é classificado como
57
advérbio.
Questão 37
Seguro-desemprego
Segundo o anúncio feito pelo Ministro do Trabalho nesta
quarta-feira (19), os trabalhadores que forem demitidos vão
poder pedir o seguro-desemprego pela internet, sem a
necessidade de entregar os documentos presencialmente.
Chamado de seguro-desemprego 100% web, o serviço vai
permitir que esse benefício seja concedido sem precisar ir a
um posto de atendimento.
Fonte: diarioonline.com.br (com adaptações).
Leia o texto 'Seguro-desemprego', analise as assertivas a
seguir e marque a opção CORRETA:
a) O vocábulo "Ministro", no texto, é classificado como
adjetivo.
b) O vocábulo "internet", no texto, é classificado como
verbo.
c) O autor aborda, no texto, um tema relacionado aos
esportes.
d) No texto, o vocábulo "permitir" é classificado como
verbo.
e) O texto pode ser classificado como uma crônica.
Questão 38
Leia as afirmativas a seguir:
I. O vocábulo "rato" é um verbo.
II. O vocábulo "casa" é um verbo.
III. O vocábulo "avião" é um verbo.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa I, apenas.
c) Estão corretas as afirmativas II e III, apenas.
d) Estão corretas as afirmativas I e III, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 39
Leia as afirmativas a seguir:
I. Diferentemente dos verbos, os nomes apresentam as
categorias gramaticais de modo, tempo, pessoa e número.
II. A espiritualidade, a transcendentalidade, o subconsciente
e o inconsciente são características da 1ª fase do
Modernismo no Brasil.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 40
AS FORMIGAS
Quando minha prima e eu descemos do táxi, já era quase
noite. Ficamos imóveis diante do velho sobrado de janelas
ovaladas, iguais a dois olhos tristes, um deles vazado por
uma pedrada. Descansei a mala no chão e apertei o braço da
prima.
– É sinistro.
Ela me impeliu na direção da porta. Tínhamos outra
escolha? Nenhuma pensão nas redondezas oferecia um
preço melhor a duas pobres estudantes com liberdade de
usar o fogareiro no quarto, a dona nos avisara por telefone
que podíamos fazer refeições ligeiras com a condição de não
provocar incêndio. Subimos a escada velhíssima, cheirando
a creolina.
– Pelo menos não vi sinal de barata – disse minha prima.
A dona era uma velha balofa, de peruca mais negra do que a
asa da graúna. Vestia um desbotado pijama de seda japonesa
e tinha as unhas aduncas recobertas por uma crosta de
esmalte vermelho-escuro, descascado nas pontas encardidas.
Acendeu um charutinho.
– É você que estuda medicina? – perguntou soprando a
fumaça na minha direção.
– Estudo direito. Medicina é ela.
A mulher nos examinou com indiferença. Devia estar
pensando em outra coisa quando soltou uma baforada tão
densa que precisei desviar a cara. A saleta era escura,
atulhada de móveis velhos, desparelhados. No sofá de
palhinha furada no assento, duas almofadas que pareciam ter
sido feitas com os restos de um antigo vestido, os bordados
salpicados de vidrilho. [...]
(TELLES, Lygia Fagundes. As formigas. Disponível em:
contobrasileiro.com.br)
Com base no texto 'AS FORMIGAS', leia as afirmativas a
seguir:
I. A forma verbal “subimos” é rizotônica.
II. Em “A mulher nos examinou com indiferença”, o verbo é
pronominal.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
58
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 41
CONSOADA
Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.
( Manuel Bandeira. Disponível em :
www.poesiaspoemaseversos.com.br)
Com base no texto 'CONSOADA', leia as afirmativas a
seguir:
I. O vocábulo "chegar" é um verbo.
II. A subjetividade do eu-poético é marcada também no
texto pelas formas de primeira pessoa.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 42
Sucesso nas Finanças: na corrida contra o tempo
O último dia para entrega da declaração do Imposto de
Renda 2016 foi 29 de abril. Quem tinha a obrigação de
prestar contas com a Receita, mas não cumpriu o prazo, terá
que declarar com multa a partir de dois de maio. Diante
disso, é importante enviar o documento para a Receita o
quanto antes, pois a multa é calculada conforme o tempo de
atraso.
A Receita Federal recebeu quase 28 milhões de declarações
do Imposto de Renda de 2016. Cerca de 240 mil
contribuintes perderam o prazo de entrega. Das declarações
entregues até o dia 30 de abril, já havia 716 mil
contribuintes na “malha fina”, com o fornecimento de dados
inconsistentes. A situação mais comum que faz o
contribuinte ter sua declaração retida na “malha fina”é a
omissão de rendimentos, conforme aponta a Receita Federal.
( A d a p t a d o . D i s p o n í v e l e m :
http://odia.ig.com.br/opiniao/2016-05-04/sucesso-nas-
financas-na-corrida-contra-o-tempo.html)
Com base no texto 'Sucesso nas Finanças: na corrida contra
o tempo', marque a opção CORRETA
a) No trecho: “... a multa é calculada...”, existe um verbo de
ligação.
b) No fragmento: “A Receita Federal recebeu quase 28
milhões...”, o verbo “receber” indica tempo futuro.
c) No trecho: “... havia 716 mil contribuintes na ‘malha
fina’...”, há uma locução verbal.
d) No exemplo: “O último dia para entrega...”, há um verbo
de segunda conjugação.
e) No trecho: “... é importante enviar o documento...”, o
verbo “ser” está no gerúndio, indicando ação continuada.
Questão 43
Ética no trabalho
Ética é o conjunto de regras que orientam as pessoas a terem
um comportamento que corresponda adequadamente dentro
de uma sociedade, com o objetivo de dar limites, valorizar e
dar respeito ao indivíduo e suas relações.
Um grupo social, esteja ele inserido em qualquer tipo de
organização, deve resguardar-se e valer-se da ética para
manter as relações saudáveis. Nessa perspectiva, a ética no
trabalho é uma prática que deveria ser normalmente adotada
por todos, já que os comportamentos inaceitáveis ferem e
mexem com as pessoas, prejudicando-as direta e
indiretamente.
Algumas pessoas não entendem completamente a relação
homem x mercado de trabalho e, sem pensar muito nisso,
cometem faltas graves que as comprometem rapidamente
nesse contexto.
( Adaptado. Disponível em :
http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/etica_profissio
nal.htm)
Com base no texto 'Ética no trabalho', marque a
opção CORRETA
a) No fragmento: “esteja ele inserido”, também é pertinente,
segundo a gramática normativa, o uso da forma verbal
“estejemos”, no lugar de “esteja”.
b) No trecho: “Algumas pessoas não entendem...”, o verbo
“entender” possui uma desinência que indica a segunda
pessoa do plural (vós).
c) No trecho: “Ética é o conjunto...”, a palavra “é” refere-se
ao verbo “estar”, flexionado na segunda pessoa do singular.
d) No trecho: “dar limites, valorizar e dar respeito”, existem
verbos no infinitivo.
e) No fragmento: “que orientam as pessoas”, o verbo
“orientar” se apresenta na forma nominal gerúndio.
59
Questão 44
EUTANÁSIA
Todos aqueles que acham a eutanásia um ato necessário em
situações extremas apresentam algumas argumentos a favor
dessa prática. Eles acham que a eutanásia é um modo de
fugir ao sofrimento quando há falta de qualidade de vida em
fase terminal. Também pensam que morrer de uma forma
pouco dolorosa é significado de morte digna.
Segundo os defensores, cada pessoa tem autonomia para
decidir por si próprio, estando na base da escolha a prática
ou não da eutanásia. Nessa perspectiva, vale dizer que não
se apoia nem se defende a morte em si, mas se convidam os
seres humanos a uma reflexão sobre uma morte mais suave e
menos dolorosa, que algumas pessoas optam por ter, em vez
de viverem uma batalha lenta e sofrida até o óbito.
( A d a p t a d o . D i s p o n í v e l e m :
https://eutanasia11a.wordpress.com/argumentos-a-
favorcontra/)
Com base no texto 'EUTANÁSIA', marque a
opção CORRETA
a) No trecho: “Todos aqueles que acham...”, o verbo “achar”
se encontra no presente do subjuntivo.
b) No fragmento: “... estando na base da escolha...”, o verbo
“estar” se encontra no gerúndio.
c) No trecho: “Todos aqueles que acham...”, o verbo “achar”
se encontra no modo imperativo e sugere uma ordem.
d) No fragmento: “... cada pessoa tem autonomia...”, o verbo
“ter” se encontra no futuro do subjuntivo.
e) No fragmento: “... cada pessoa tem autonomia...”, o verbo
“ter” se encontra no imperativo, sugerindo uma instrução
Questão 45
GOVERNO VAI APERFEIÇOAR AÇÕES DE
PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
O Ministério da Justiça criou um grupo de trabalho para
desenvolver ações de proteção às mulheres vítimas de
violência em todo o País. O órgão também estuda um
projeto pedagógico nacional para capacitar profissionais de
policiamento preventivo.
Segundo a secretária nacional de Segurança Pública, Regina
Miki, o governo federal quer trabalhar com profissionais dos
Estados para implementar esse policiamento preventivo, que
será voltado para a realização de visitas comunitárias:
“queremos ampliar e fortalecer essa política de
enfrentamento à violência de gênero”.
Além de fortalecer o trabalho preventivo das polícias, o
governo busca também qualificar a investigação de crimes
de violência contra mulheres. O objetivo é a redução do
feminicídio, definido como a meta para 2016 da Estratégia
Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp).
( A d a p t a d o . D i s p o n í v e l e m :
http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-
justica/2016/02/governo-vai-aperfeicoar-acoes-de-
prevencao-a-violencia-contraa-mulher)
Com base no texto 'GOVERNO VAI APERFEIÇOAR
AÇÕES DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER', marque a opção CORRETA
a) No trecho: “... o governo federal quer trabalhar...”, o
verbo “querer” está no infinitivo.
b) Em: “queremos ampliar e fortalecer...”, o verbo “querer”
está conjugado na terceira pessoa do plural, pois faz
referência ao Ministério da Justiça.
c) No trecho: “... para desenvolver ações...”, o verbo
“desenvolver” está no infinitivo.
d) No trecho: “O órgão também estuda...”, o verbo “estudar”
se encontra no modo subjuntivo e exprime incerteza.
e) No trecho: “... o governo busca também...”, o verbo
“buscar” apresenta uma desinência modo-temporal que
sugere o pretérito imperfeito do indicativo.
Questão 46
NORMA LINGUÍSTICA, HIBRIDISMO e
TRADUÇÃO
[...] Por ser um construto sociocultural e nunca uma
variedade linguística real, a norma-padrão da língua é
reconhecida pelos falantes, mas nunca totalmente conhecida
por eles. O caráter eminentemente anacrônico do padrão –
no nosso caso, elaborado com base nos usos de escritores
portugueses do Romantismo (século XIX) – faz que ele seja
antes de mais nada contraintuitivo, isto é, refratário à
intuição linguística do falante nativo, pleno conhecedor da
gramática de sua língua, gramática intrinsecamente diferente
das regras prescritas no padrão. Essas regras prescrevem,
sempre, como únicas formas “corretas”, precisamente os
usos menos comuns, menos habituais, menos normais. O
exemplo “eu conheço ele muito bem” comprova isso:
enquanto a gramática normativa só aceita os pronomes
oblíquos o/a/os/as para a retomada de objeto direto, a
realidade dos usos comprova que esses clíticos são de uso
raríssimo, enquanto os pronomes ele/ela/eles/elas e a
anáfora-zero (quando os pronomes podem ser inferidos
pragmaticamente) são, de fato, as estratégias anafóricas
privilegiadas por todos os brasileiros. [...]
(Adaptado de: BAGNO, M. Norma linguística, hibridismo
&tradução.Disponível
em:periodicos.unb.br/index.php/traduzires/article/download/
6
652/5368)
60
Com base no texto 'NORMA LINGUÍSTICA,
HIBRIDISMO e TRADUÇÃO', marque a
opção CORRETA
a) No trecho: “enquanto a gramática normativa só aceita os
pronomes oblíquos o/a/os/as...”, o verbo “aceitar” se
encontra no modo imperativo e sugere uma ordem.
b) No trecho: “que ele seja antes de mais nada...”, o verbo
“ser” está conjugado no modo indicativo.
c) No fragmento: “a norma-padrão da língua é reconhecida
pelos falantes...”, existe um verbo de ligação.
d) No fragmento: “Essas regras prescrevem...”, o verbo
“prescrever” é de ligação.
e) No trecho: “que ele seja antes de mais nada...”, o verbo
“ser” se apresenta na forma nominal gerúndio.
Questão 47
Declarações racistas de Fernando Pessoa reacendem
a discussão sobre a relaçãoentre os artistas e suas obras
Causou estarrecimento em muita gente a descoberta de um
texto racista escrito pelo poeta Fernando Pessoa (1888 –
1935). A discussão correu as redes sociais depois que o
escritor Antonio Carlos Secchin reproduziu um trecho em
sua página no Facebook. O estarrecimento certamente ficou
por conta da contundência das frases e também porque
Fernando Pessoa ocupa um imaginário quase etéreo e mítico
dentro da cultura ocidental contemporânea. Para nós, hoje, é
difícil aceitar que um artista do calibre do poeta português,
que simplesmente reescreveu liricamente a empreitada
lusitana, criou complexos heterônimos e se tornou um dos
pilares da literatura e da língua portuguesa, fosse capaz de
escrever palavras tão assombrosas. [...]
Fernando Pessoa tinha 28 anos quando escreveu que “a
escravatura é lógica e legítima; um zulu ou um landim não
representa coisa alguma de útil neste mundo.” Anos mais
tarde, aos 32 anos, Pessoa escreveu que “a escravidão é lei
da vida, e não há outra lei, porque esta tem que cumprir-se,
sem revolta possível. Uns nascem escravos, e a outros a
escravidão é dada.” E, mesmo próximo de completar 40
anos, as ideias racistas ainda persistiam: “Ninguém ainda
provou que a abolição da escravatura fosse um bem social
(...) quem nos diz que a escravatura não seja uma lei natural
da vida das sociedades sãs?” [...]
O caso de Fernando Pessoa reacende a discussão sobre a
relação entre os escritores e suas obras e nos faz refletir o
quanto suas biografias podem nos influenciar como leitores.
Mesmo considerado um grande gênio pela crítica, não se
pode esquecer que Fernando Pessoa é fruto de um país
colonialista, ou seja, ele está inserido na longa tradição
lusitana de exploração colonial. [...]
É doloroso descobrir que um ícone literário tenha um lado
tão sombrio. Portanto, o nosso desafio como leitores é o de
sabermos separar a obra do autor, pois antes de ser poeta,
Fernando é humano com toda a complexidade e contradição
que ele carrega. A indignação e a decepção com o literato é
válida e necessária porque nos aproxima dele e nos afasta
daquela figura mítica e sobrenatural, ao mesmo tempo em
que resgata a humanidade que há em nós ao refutarmos seus
textos racistas e misóginos. A discussão foi posta, mas não
percamos de vista a literatura. Guimarães Rosa já cantava
essa pedra: “Às vezes, quase sempre, um livro é maior que a
gente”.
(Adaptado. Disponível em:
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/proa/noticia/2016/01/d
eclaracoes-racistas-de-fernando-pessoa-reacendem-
adiscussao-
sobre-a-relacao-entre-os-artistas-e-suasobras-
4952826.html)
Com base no texto 'Declarações racistas de Fernando Pessoa
reacendem a discussão sobre a relação entre os artistas e
suas obras', marque a opção INCORRETA
a) No trecho: “Fernando é humano”, há um verbo de
ligação.
b) No fragmento: “ele está inserido”, o verbo “estar” indica
ação.
c) Em: “a escravidão é dada”, o verbo “ser” está flexionado.
d) Em: “a escravatura é lógica e legítima”, existe verbo de
ligação.
e) Em: “é difícil aceitar que...”, o verbo “ser” possui um
sujeito oracional.
Questão 48
Mundo faz progressos na redução da fome; Brasil se
destaca
A luta contra a fome no mundo registou "progressos
significativos" nos últimos 15 anos, com uma redução global
de 27%. O Brasil foi um dos países que mais diminuiu a
subnutrição entre os 128 países analisados no estudo do
Índex Global sobre Fome (IGF), elaborado pelo Instituto
Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares
(IFPRI, na sigla em inglês).
Entre os nove integrantes da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP), cinco foram avaliados - Angola,
Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste.
O Brasil reduziu em cerca de 66% os casos de fome entre
2000 e 2015 (A) e (B) e já se encontra entre os países mais
61
próximos de erradicar a fome, com pontuação inferior a 5 no
IGF. Os países que estão perto de acabar com a fome ficam
com pontuação entre 0 e 7,9.
Segundo os critérios para a definição do IGF, pontuações
entre 8 e 13,2 representam níveis baixos ou moderados de
fome; entre 13,3 e 19,9, valores médios, e entre 20 e 34,9,
são considerados "sérios". Acima de 35 pontos, são
considerados alarmantes, estando nessa situação o Timor-
Leste, que obteve 40,7 pontos.
Angola, juntamente com Ruanda e a Etiópia, registrou uma
das maiores quedas na redução da fome, ficando entre 25 e
28 pontos. Os três países mantêm-se, entretanto, em nível
"sério", obtendo, segundo os critérios da IFPRI, 32,6 pontos.
A Guiné-Bissau (30,3 pontos) e Moçambique (32,5) estão na
mesma lista de Angola.
Por regiões, a África Subsaariana (média de 32,2 pontos) e o
Sul da Ásia (média de 29,4) mantêm-se como as áreas mais
afetadas pela fome, com valores que estão dentro dos
parâmetros que o Instituto considera "sérios".
O Sudeste asiático, o Oriente Médio, o Norte da África, a
América Latina e as Caraíbas, o Leste da Europa e os
Estados independentes da Comunidade Britânica
(Commonwealth) registraram valores entre 8 e 13,2 pontos.
Segundo o ranking do IFPRI, 17 países, entre eles o Brasil,
obtiveram resultados "notáveis" na redução da fome,
baixando em 50% ou mais os percentuais.
Os dados do relatório também mostram que 68 países
registraram "progressos consideráveis"(E), com queda entre
25% e 49,9%, e 28 reduziram o Índex Global sobre Fome
em menos de 25%.
Apesar de todos os progressos, há ainda 52 países que
continuam com níveis de fome(B) que variam entre o "sério"
e o "alarmante".
No período de 15 anos, entre 2000 e 2015, a lista dos dez
países com maior redução dos níveis de fome inclui três
latino-americanos (Brasil, Peru e Venezuela), um da Ásia
(Mongólia, quatro antigas repúblicas soviéticas (Azerbaijão,
República da Quirguízia, Lituânia e Ucrânia) e dois ex-
Estados iugoslavos (Bósnia-Herzegovina e Croácia).
O IGF de 2015 não inclui os resultados de alguns dos países
menos desenvolvidos, como Burundi, Comores, Eritreia,
Sudão ou Sudão do Sul, entre outros, devido à inexistência
de dados. O mesmo ocorre com a República do Congo que
não disponibilizou informações(C). O Congo teve o pior
resultado em 2011. A Somália, em crise desde 1991, nunca
foi analisada.
( Disponível em :
http://www.vermelho.org.br/noticia/271379-10. Acesso em:
25.11.2015)
Com base no texto 'Mundo faz progressos na redução da
fome; Brasil se destaca', marque a opção INCORRETA
a) No trecho: “O Brasil reduziu em cerca de 66% os casos
de fome entre 2000 e 2015...”, o uso do verbo “reduzir”
indica que o Brasil diminuiu os casos de fome em cerca de
66%.
b) No trecho: “O Brasil reduziu em cerca de 66% os casos
de fome entre 2000 e 2015...”, o uso do verbo “reduzir”
indica que o Brasil diminuirá os casos de fome em cerca de
66%.
c) No trecho: “... há ainda 52 países que continuam com
níveis de fome”, o verbo “haver” tem o sentido de “existir”.
d) No fragmento: “O mesmo ocorre com a República do
Congo que não disponibilizou informações”, existem dois
verbos.
e) No fragmento: “Os dados do relatório também mostram
que 68 países registraram 'progressos consideráveis’”, o
verbo “mostrar” é transitivo direto, ou seja, possui um
complemento sem preposição.
Questão 49
Leia as afirmativas a seguir:
I. Os pronomes são palavras que substituem os substantivos
ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
II. A composição por aglutinação é o processo de
composição no qual ocorre alteração fonética no (s)
constituinte (s).
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 50
NORMA LINGUÍSTICA,HIBRIDISMO e
TRADUÇÃO
[...] Por ser um construto sociocultural e nunca uma
variedade linguística real, a norma-padrão da língua é
reconhecida pelos falantes, mas nunca totalmente conhecida
por eles. O caráter eminentemente anacrônico do padrão –
no nosso caso, elaborado com base nos usos de escritores
portugueses do Romantismo (século XIX) – faz que ele seja
antes de mais nada contraintuitivo, isto é, refratário à
intuição linguística do falante nativo, pleno conhecedor da
gramática de sua língua, gramática intrinsecamente diferente
das regras prescritas no padrão. Essas regras prescrevem,
sempre, como únicas formas “corretas”, precisamente os
usos menos comuns, menos habituais, menos normais. O
exemplo “eu conheço ele muito bem” comprova isso:
62
enquanto a gramática normativa só aceita os pronomes
oblíquos o/a/os/as para a retomada de objeto direto, a
realidade dos usos comprova que esses clíticos são de uso
raríssimo, enquanto os pronomes ele/ela/eles/elas e a
anáfora-zero (quando os pronomes podem ser inferidos
pragmaticamente) são, de fato, as estratégias anafóricas
privilegiadas por todos os brasileiros. [...]
(Adaptado de: BAGNO, M. Norma linguística, hibridismo
&tradução.Disponível
em:periodicos.unb.br/index.php/traduzires/article/download/
6
652/5368)
Com base no texto 'NORMA LINGUÍSTICA,
HIBRIDISMO e TRADUÇÃO', marque a
opção CORRETA
a) No exemplo discutido no texto: “eu conheço ele muito
bem”, o pronome “ele” é considerado pela gramática
normativa como sendo do caso reto, mas atua, no contexto,
com a função de pronome indefinido.
b) No exemplo discutido no texto: “eu conheço ele muito
bem”, o pronome “eu” é considerado pela gramática
normativa como sendo demonstrativo.
c) No exemplo discutido no texto: “eu conheço ele muito
bem”, o pronome “ele” é considerado pela gramática
normativa como sendo do caso reto, mas atua, no contexto,
com a função de pronome relativo.
d) No exemplo mostrado no texto: “eu conheço ele muito
bem”, o pronome “ele” é considerado pela gramática
normativa como sendo do caso oblíquo, mas atua, no
contexto, com a função de pronome relativo.
e) No exemplo discutido no texto: “eu conheço ele muito
bem”, o pronome “eu” é considerado pela gramática
normativa como sendo do caso reto.
Questão 51
Leia as afirmativas a seguir:
I. Usam-se os pronomes esse, esses, essa, essas e isso para
indicar um momento presente mencionado anteriormente,
não muito longínquo. Por exemplo: Nesse ano, conheci meu
atual namorado.
II. Usam-se os pronomes este, estes, esta, estas e isto para
indicar o tempo presente ou futuro bem distante em relação
ao momento do discurso. Pode ser a hora, o dia, o mês ou
mesmo o ano e a estação em que ocorre o discurso. Por
exemplo: "Este ano passou muito rápido".
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 52
CUJO
O pronome relativo “cujo” não faz parte do vernáculo
brasileiro (vernáculo, como termo técnico da
sociolinguística). Pelo que indicam os estudos da história da
língua, parece que esse pronome sempre esteve limitado à
escrita mais monitorada e, por conseguinte, às manifestações
faladas mais formais, inspiradas na escrita. Realmente, se
você prestar atenção no que ouve no seu dia a dia, nas
conversas familiares, nos papos com os amigos, no ambiente
de trabalho, nas novelas da televisão, nos telejornais, nos
programas de entrevistas com pessoas de formação superior,
você vai ouvir pouquíssimos “cujos”, se é que vai ouvir
algum...
Só conhecem o pronome “cujo” as pessoas que têm um
longo histórico de escolarização e tiveram contato com ele
por meio de textos escritos. Mas nem mesmo essas pessoas
empregam corretamente esse pronome em sua fala diária ou
mesmo em sua produção escrita habitual. [...]
(BAGNO, Marcos. Não é errado falar assim. São Paulo:
Parábola Editorial, 2009, p. 123-124)
Com base no texto 'CUJO', leia as afirmativas a seguir:
I. No tocante à produção escrita habitual, corrobora
com o ponto de vista do último período do texto a
aplicação do pronome “cujo” em: O grupo cujo o
resultado foi o melhor será recompensado.
II. No tocante à produção escrita habitual, corrobora
com o ponto de vista do último período do texto a
aplicação do pronome “cujo” em: Esta é a empresa
de cuja diretora me refiro.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 53
Leia as afirmativas a seguir:
I. A grafia do verbo seguinte está correta: decompor.
II. No Brasil, é vedada a gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais.
III. Compreender a cidadania como participação social e
63
política não é um dos objetivos do Ensino Fundamental nas
escolas públicas.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Está correta a afirmativa I, apenas.
c) Está correta a afirmativa II, apenas.
d) Está correta a afirmativa III, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 54
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção
INCORRETA:
a) A concordância verbal foi devidamente respeitada em: “A
maioria das pessoas não compreende o funcionamento
adequado da norma-padrão”.
b) A concordância verbal foi devidamente respeitada em:
“As regras da norma-padrão da língua não são conhecidas
pelos falantes”.
c) A concordância verbal foi devidamente respeitada em:
“Tanto a norma-padrão como as normas cultas urbanas atua
entre os indivíduos”.
d) A concordância verbal foi devidamente respeitada em: “A
norma-padrão é, também, produto das relações sociais”.
e) A concordância verbal foi devidamente respeitada em:
“Há linguistas que defendem a inexistência de uma norma-
padrão”.
Questão 55
Os países do Terceiro Mundo são subdesenvolvidos
Os países do Terceiro Mundo são subdesenvolvidos(E), não
por razões naturais – pela força das coisas – mas por razões
históricas – pela força das circunstâncias. Circunstâncias
históricas desfavoráveis, principalmente o colonialismo
político e econômico que manteve essas regiões à margem
do processo da economia mundial em rápida evolução.
Na verdade, o subdesenvolvimento não é a ausência de
desenvolvimento, mas o produto de um tipo universal de
desenvolvimento mal conduzido. É a concentração abusiva
de riqueza – sobretudo neste período histórico dominado
pelo neocolonialismo capitalista que foi o fator determinante
do subdesenvolvimento de uma grande parte do mundo: as
regiões dominadas sob a forma de colônias políticas diretas
ou de colônias econômicas.
O subdesenvolvimento é o produto da má utilização dos
recursos naturais e humanos(B) realizada de forma(D) a não
conduzir à expansão econômica e a impedir as mudanças
sociais indispensáveis ao processo da integração dos grupos
humanos subdesenvolvidos dentro de um sistema econômico
integrado. Só através de uma estratégia global do
desenvolvimento, capaz de mobilizar todos os fatores de
produção no interesse da coletividade, poderão ser
eliminados o subdesenvolvimento e a fome da superfície da
terra.
O maior de todos esses erros foi considerar o processo do
desenvolvimento em toda parte como semelhante ao
desenvolvimento dos países ricos do Ocidente. Uma espécie
de etnocentrismo conduziu os teóricos do desenvolvimento a
assentar as suas ideias e estabelecer os seus sistemas de
pensamento em concepções de economia clássica que
ignoravam quase totalmente a realidade socioeconômica das
regiões de economia ocidental capitalista,uma economia
socialista em elaboração acelerada e uma rede de
abastecimento e de venda no resto do mundo. Não se
ocupavam, pois, das estruturas econômicas desse resto do
mundo, abandonado quer aos sociólogos, quer, antes, aos
folcloristas.
Essa tremenda desigualdade social entre os povos divide
economicamente o mundo em dois mundos diferentes: o
mundo dos ricos e o mundo dos pobres, o mundo dos países
bem desenvolvidos e industrializados e o mundo dos países
proletários e subdesenvolvidos. Esse fosso econômico
divide hoje a humanidade em dois grupos que se entendem
com dificuldade: o grupo dos que não comem, constituído
por dois terços da humanidade, e que habitam as áreas
subdesenvolvidas do mundo, e o grupo dos que não
dormem, que é o terço restante dos países ricos, e que não
dormem, com receio da revolta dos que não comem.
Um dos fatores mais constantes e efetivos das terríveis
tensões sociais reinantes é o desequilíbrio econômico do
mundo, com as resultantes desigualdades sociais. Constitui
um dos maiores perigos para a paz o profundo desnível
econômico que existe entre os países economicamente bem
desenvolvidos de um lado, e de outro lado os países
insuficientemente desenvolvidos. Desnível que se vem
acentuando cada vez mais(C), intensificando as dissensões
sociais e gerando a inquietação, intranquilidade e os
conflitos políticos e ideológicos.
Ora, o problema do subdesenvolvimento não é exclusivo
desses países; é antes um problema universal, que só pode
ter soluções igualmente em escala universal. Viver na
opulência, num mundo em que 2/3 estão mergulhados na
miséria, não é apenas perigoso, é um crime. A tensão social
na qual se vive hoje é, na maior parte das vezes, o produto
desta conhecida injustiça social, uma vez que os povos
dominados tomaram consciência(A) da realidade
socioeconômica do mundo, nesta fase da história da
humanidade que vivemos, fase de transformações
explosivas, caracterizadas essencialmente por explosões
diversas: a explosão psicológica dos povos explorados, não
menos perigosa do que a explosão atômica com a qual se
abriu uma nova era no nosso planeta: a era atômica.
(CASTRO, Josué de. Agenda 21.
Disponível em:
64
http://www.josuedecastro.com.br/port/desenv.html)
Com base no texto 'Os países do Terceiro Mundo são
subdesenvolvidos', marque a opção INCORRETA
a) No fragmento: “uma vez que os povos dominados
tomaram consciência...”, o verbo “tomar” está no plural
concordando com o núcleo do sujeito, a palavra
“dominados”.
b) No fragmento: “O subdesenvolvimento é o produto da má
utilização dos recursos naturais e humanos”, o verbo “ser”
concorda com o sujeito a que se refere.
c) No fragmento: “Desnível que se vem acentuando cada
vez mais...”, o verbo “vir” está no singular.
d) No trecho: “O subdesenvolvimento é o produto da má
utilização dos recursos naturais e humanos realizada de
forma...”, o termo “realizada” concorda com a palavra
“utilização”.
e) No trecho: “Os países do Terceiro Mundo são
subdesenvolvidos...”, a palavra “subdesenvolvidos”
concorda em gênero e número com o termo “países”
Questão 56
Pragmático ou idealista ao investir?
Por Sérgio Teixeira Jr.
Publicado em 15 de dezembro de 2019
Gestores de fundos de investimentos e investidores estão
acostumados a analisar os números da bolsa de valores, da
economia e das empresas antes de decidir onde aplicar o
dinheiro, mas eles também prestam cada vez mais atenção a
outros tipos de dados.
A temperatura do planeta é um deles. Os índices de pobreza
em países em desenvolvimento é outro, junto com acesso à
água, qualidade do ensino, consumo responsável, igualdade
de gênero… a lista é longa, e ela representa um dos
segmentos que mais crescem no mundo dos investimentos
hoje em dia.
Essa nova categoria é conhecida como investimento de
impacto, e também pelas siglas em inglês ESG (ambiente,
social e governança) ou SRI (investimento socialmente
responsável).
Essencialmente, trata-se de investimentos – diretamente ou
por meio de fundos de investimentos – em empresas e
instituições que medem seu sucesso não só no balanço, mas
também no impacto social de suas atividades-fim.
Os investimentos em ESG representam 26% dos recursos
sob gestão nos Estados Unidos, um aumento de 8 pontos
percentuais em relação a 2016, de acordo com a organização
Forum for Sustainable and Responsible Investment.
Globalmente, estima-se que o mercado seja de US$ 500
bilhões, um número que decuplicou nos últimos cinco anos,
de acordo com a Global Impact Investing Network (Giin),
rede que reúne gestores desse tipo de fundos de
investimentos do mundo todo.
Num relatório recente, o Bank of America incluiu o
“capitalismo moral” como um dos dez principais temas do
mundo dos investimentos na próxima década. E uma
pesquisa recente do Morgan Stanley Institute for Sustainable
Investing indicou que 85% dos investidores individuais
americanos estão de olho na tendência.
“Os esforços para coibir o aquecimento global exigirão
mudanças comportamentais e sistêmicas, que oferecerão
oportunidades substanciais para os investidores”, escreveu o
autor principal do relatório do Bank of America, Haim
Israel.
O Bank of America estima que US$ 20 trilhões serão
destinados a estratégias que lidem com desafios ambientais,
sociais e de governança nas duas próximas décadas –
especialmente quando se leva em conta a ascensão dos
millennials e da geração Z como investidores.
“Investimento de impacto não é algo necessariamente novo,
mas é um estilo que vem crescendo tanto em tamanho
quanto em evidência”, diz Patrick Scheurle, em entrevista ao
InfoMoney.
De fato, tentar aliar responsabilidade social e retorno
financeiro é algo que se faz há muito tempo, como os fundos
de investimentos que evitam ações de empresas de bebidas
alcoólicas e de cigarros, por exemplo. Mas, hoje, a ideia é ir
além desse tipo de triagem passiva, buscando ativamente
companhias que tenham uma missão transformadora.
A Royal Exchange, seguradora mais antiga da Nigéria, foi
uma das companhias que receberam investimento do braço
de private equity do BlueOrchard, que tem 3,5 bilhões de
dólares em ativos e foi recentemente adquirido pela britânica
Schroders.
“Existe um mercado enorme no país para seguros
relacionados ao clima. Mais de 40 milhões de nigerianos
dependem da agricultura. Nosso investimento ajuda a Royal
Exchange a aumentar seu portfólio de seguros relacionados
ao clima e também aumentar a proteção contra eventos da
mudança climática na Nigéria”, afirma Scheurle,
representante do braço de private equity do BlueOrchard.
Outro exemplo típico de um investimento de impacto é o
aporte de US$ 1 milhão da The David and Lucile Packard
Foundation na Ecotrust Forests, um fundo de equity que já
investiu mais de US$ 30 milhões na exploração sustentável
de áreas florestais privadas do noroeste dos Estados Unidos.
A Ecotrusts Forest gera retornos com a venda de madeira e
65
de créditos de carbono, sempre levando em conta a
sustentabilidade do ecossistema local.
A ONG americana As You Sow, que tem como missão
defender os direitos de acionistas, avalia papéis e fundos de
investimentos do ângulo do impacto social e ambiental. Um
dos recortes oferecidos pela As You Sow é a igualdade de
gênero.
A ferramenta da As You Sow, desenvolvida em parceria
com a holandesa Equileap, analisa 19 critérios para
identificar as companhias que estejam “ajudando a construir
um mundo mais igualitário e que ofereçam às mulheres as
chances de obter sucesso profissional, sem sacrificar os
retornos [financeiros].”
MAS DÁ DINHEIRO?
Por melhores que sejam as intenções, entretanto, obter
medidas exatas do impacto real desses investimentos é umatarefa muito complicada.
O impacto de um sistema de microfinanciamento é muito
diferente em Bangladesh e no Brasil. Como comparar o real
efeito de uma startup que quer reduzir o uso de plásticos
com medidas sustentáveis tomadas por uma companhia do
tamanho de uma Unilever?
Igualmente, do ponto de vista do retorno financeiro, é difícil
afirmar categoricamente se o investimento de impacto é um
bom negócio. Essa modalidade pode tomar várias formas
(dos fundos de venture capital e private equity a ações
individuais ou fundos mútuos), e as companhias têm os mais
variados tamanhos e estágios de maturação.
Tampouco existem definições precisas do que seja um
investimento de impacto. Segundo uma reportagem recente
do The Wall Street Journal, oito dos dez maiores fundos de
investimentos sustentáveis dos Estados Unidos incluíam
pelo menos uma ação de empresas do setor de petróleo ou
gás natural.
Existem alguns resultados positivos. O fundo Vanguard ETF
ESG registrava alta de 27% no ano até meados de novembro
de 2019, uma performance dois pontos percentuais acima do
desempenho de um fundo que acompanha o índice S&P 500.
O fundo Impact Shares YWCA Women’s Empowerment,
concentrado em empresas comprometidas com o
empoderamento feminino e a igualdade de gêneros,
registrava alta parecida, de 26% no ano.
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/38ViEBJ.
Com base no texto 'Pragmático ou idealista ao investir?', leia
as afirmativas a seguir:
I. O autor aponta que, do ponto de vista do retorno
financeiro, é difícil afirmar categoricamente se o
investimento de impacto é um bom negócio. Essa
modalidade, explica o autor, pode tomar várias formas (dos
fundos de venture capital e private equity a ações
individuais ou fundos mútuos), e as companhias têm os mais
variados tamanhos e estágios de maturação.
II. O texto permite deduzir que, na perspectiva de Haim
Israel, os esforços para coibir o aquecimento global exigirão
mudanças comportamentais e sistêmicas, que oferecerão
oportunidades substanciais para os investidores. Assim, de
acordo com as informações presentes no texto, a melhor
forma de aproveitar a onda conservacionista que está
tomando conta do mercado financeiro é evitar adquirir ações
de empresas que adotam medidas sustentáveis ou
ambientalmente corretas.
III. É possível subentender-se a partir do texto que tentar
aliar responsabilidade social e retorno financeiro é algo que
se faz há muito tempo, como os fundos de investimentos que
evitam ações de empresas de bebidas alcoólicas e de
cigarros, por exemplo. No entanto, atualmente, a
necessidade de aumentar a rentabilidade dos investimentos
tem forçado os governos de diversos países a criar leis que
tornam ilegais as iniciativas sustentáveis nos negócios.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 57
Pragmático ou idealista ao investir?
Por Sérgio Teixeira Jr.
Publicado em 15 de dezembro de 2019
Gestores de fundos de investimentos e investidores estão
acostumados a analisar os números da bolsa de valores, da
economia e das empresas antes de decidir onde aplicar o
dinheiro, mas eles também prestam cada vez mais atenção a
outros tipos de dados.
A temperatura do planeta é um deles. Os índices de pobreza
em países em desenvolvimento é outro, junto com acesso à
água, qualidade do ensino, consumo responsável, igualdade
de gênero… a lista é longa, e ela representa um dos
segmentos que mais crescem no mundo dos investimentos
hoje em dia.
Essa nova categoria é conhecida como investimento de
impacto, e também pelas siglas em inglês ESG (ambiente,
social e governança) ou SRI (investimento socialmente
responsável).
66
Essencialmente, trata-se de investimentos – diretamente ou
por meio de fundos de investimentos – em empresas e
instituições que medem seu sucesso não só no balanço, mas
também no impacto social de suas atividades-fim.
Os investimentos em ESG representam 26% dos recursos
sob gestão nos Estados Unidos, um aumento de 8 pontos
percentuais em relação a 2016, de acordo com a organização
Forum for Sustainable and Responsible Investment.
Globalmente, estima-se que o mercado seja de US$ 500
bilhões, um número que decuplicou nos últimos cinco anos,
de acordo com a Global Impact Investing Network (Giin),
rede que reúne gestores desse tipo de fundos de
investimentos do mundo todo.
Num relatório recente, o Bank of America incluiu o
“capitalismo moral” como um dos dez principais temas do
mundo dos investimentos na próxima década. E uma
pesquisa recente do Morgan Stanley Institute for Sustainable
Investing indicou que 85% dos investidores individuais
americanos estão de olho na tendência.
“Os esforços para coibir o aquecimento global exigirão
mudanças comportamentais e sistêmicas, que oferecerão
oportunidades substanciais para os investidores”, escreveu o
autor principal do relatório do Bank of America, Haim
Israel.
O Bank of America estima que US$ 20 trilhões serão
destinados a estratégias que lidem com desafios ambientais,
sociais e de governança nas duas próximas décadas –
especialmente quando se leva em conta a ascensão dos
millennials e da geração Z como investidores.
“Investimento de impacto não é algo necessariamente novo,
mas é um estilo que vem crescendo tanto em tamanho
quanto em evidência”, diz Patrick Scheurle, em entrevista ao
InfoMoney.
De fato, tentar aliar responsabilidade social e retorno
financeiro é algo que se faz há muito tempo, como os fundos
de investimentos que evitam ações de empresas de bebidas
alcoólicas e de cigarros, por exemplo. Mas, hoje, a ideia é ir
além desse tipo de triagem passiva, buscando ativamente
companhias que tenham uma missão transformadora.
A Royal Exchange, seguradora mais antiga da Nigéria, foi
uma das companhias que receberam investimento do braço
de private equity do BlueOrchard, que tem 3,5 bilhões de
dólares em ativos e foi recentemente adquirido pela britânica
Schroders.
“Existe um mercado enorme no país para seguros
relacionados ao clima. Mais de 40 milhões de nigerianos
dependem da agricultura. Nosso investimento ajuda a Royal
Exchange a aumentar seu portfólio de seguros relacionados
ao clima e também aumentar a proteção contra eventos da
mudança climática na Nigéria”, afirma Scheurle,
representante do braço de private equity do BlueOrchard.
Outro exemplo típico de um investimento de impacto é o
aporte de US$ 1 milhão da The David and Lucile Packard
Foundation na Ecotrust Forests, um fundo de equity que já
investiu mais de US$ 30 milhões na exploração sustentável
de áreas florestais privadas do noroeste dos Estados Unidos.
A Ecotrusts Forest gera retornos com a venda de madeira e
de créditos de carbono, sempre levando em conta a
sustentabilidade do ecossistema local.
A ONG americana As You Sow, que tem como missão
defender os direitos de acionistas, avalia papéis e fundos de
investimentos do ângulo do impacto social e ambiental. Um
dos recortes oferecidos pela As You Sow é a igualdade de
gênero.
A ferramenta da As You Sow, desenvolvida em parceria
com a holandesa Equileap, analisa 19 critérios para
identificar as companhias que estejam “ajudando a construir
um mundo mais igualitário e que ofereçam às mulheres as
chances de obter sucesso profissional, sem sacrificar os
retornos [financeiros].”
MAS DÁ DINHEIRO?
Por melhores que sejam as intenções, entretanto, obter
medidas exatas do impacto real desses investimentos é uma
tarefa muito complicada.
O impacto de um sistema de microfinanciamento é muito
diferente em Bangladesh e no Brasil. Como comparar o real
efeito de uma startupque quer reduzir o uso de plásticos
com medidas sustentáveis tomadas por uma companhia do
tamanho de uma Unilever?
Igualmente, do ponto de vista do retorno financeiro, é difícil
afirmar categoricamente se o investimento de impacto é um
bom negócio. Essa modalidade pode tomar várias formas
(dos fundos de venture capital e private equity a ações
individuais ou fundos mútuos), e as companhias têm os mais
variados tamanhos e estágios de maturação.
Tampouco existem definições precisas do que seja um
investimento de impacto. Segundo uma reportagem recente
do The Wall Street Journal, oito dos dez maiores fundos de
investimentos sustentáveis dos Estados Unidos incluíam
pelo menos uma ação de empresas do setor de petróleo ou
gás natural.
Existem alguns resultados positivos. O fundo Vanguard ETF
ESG registrava alta de 27% no ano até meados de novembro
de 2019, uma performance dois pontos percentuais acima do
67
desempenho de um fundo que acompanha o índice S&P 500.
O fundo Impact Shares YWCA Women’s Empowerment,
concentrado em empresas comprometidas com o
empoderamento feminino e a igualdade de gêneros,
registrava alta parecida, de 26% no ano.
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/38ViEBJ.
Com base no texto 'Pragmático ou idealista ao investir?', leia
as afirmativas a seguir:
I. De acordo com o texto, a Schroders, seguradora mais
antiga da Nigéria, foi uma das companhias que receberam
investimento do braço de private equity do BlueOrchard,
que tem 3,5 bilhões de dólares em ativos e foi recentemente
adquirido pela britânica Royal Exchange. Com esse
investimento, espera-se que essa seguradora possa conceder
crédito para os pequenos produtores rurais dos países
africanos, assim como financiar a utilização de energia solar
no campo.
II. Segundo o autor, um exemplo típico de um investimento
de impacto é o aporte de US$ 1 milhão da The David and
Lucile Packard Foundation na Ecotrust Forests, um fundo de
equity que já investiu mais de US$ 30 milhões na
exploração sustentável de áreas florestais privadas do
noroeste dos Estados Unidos.
III. O autor afirma que os investimentos em ESG
representam 26% dos recursos sob gestão nos Estados
Unidos. Ele afirma, ainda, que globalmente, estima-se que o
mercado seja de US$ 500 bilhões, um número que
decuplicou nos últimos cinco anos, de acordo com a Global
Impact Investing Network (Giin), rede que reúne gestores
desse tipo de fundos do mundo todo.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 58
Pragmático ou idealista ao investir?
Por Sérgio Teixeira Jr.
Publicado em 15 de dezembro de 2019
Gestores de fundos de investimentos e investidores estão
acostumados a analisar os números da bolsa de valores, da
economia e das empresas antes de decidir onde aplicar o
dinheiro, mas eles também prestam cada vez mais atenção a
outros tipos de dados.
A temperatura do planeta é um deles. Os índices de pobreza
em países em desenvolvimento é outro, junto com acesso à
água, qualidade do ensino, consumo responsável, igualdade
de gênero… a lista é longa, e ela representa um dos
segmentos que mais crescem no mundo dos investimentos
hoje em dia.
Essa nova categoria é conhecida como investimento de
impacto, e também pelas siglas em inglês ESG (ambiente,
social e governança) ou SRI (investimento socialmente
responsável).
Essencialmente, trata-se de investimentos – diretamente ou
por meio de fundos de investimentos – em empresas e
instituições que medem seu sucesso não só no balanço, mas
também no impacto social de suas atividades-fim.
Os investimentos em ESG representam 26% dos recursos
sob gestão nos Estados Unidos, um aumento de 8 pontos
percentuais em relação a 2016, de acordo com a organização
Forum for Sustainable and Responsible Investment.
Globalmente, estima-se que o mercado seja de US$ 500
bilhões, um número que decuplicou nos últimos cinco anos,
de acordo com a Global Impact Investing Network (Giin),
rede que reúne gestores desse tipo de fundos de
investimentos do mundo todo.
Num relatório recente, o Bank of America incluiu o
“capitalismo moral” como um dos dez principais temas do
mundo dos investimentos na próxima década. E uma
pesquisa recente do Morgan Stanley Institute for Sustainable
Investing indicou que 85% dos investidores individuais
americanos estão de olho na tendência.
“Os esforços para coibir o aquecimento global exigirão
mudanças comportamentais e sistêmicas, que oferecerão
oportunidades substanciais para os investidores”, escreveu o
autor principal do relatório do Bank of America, Haim
Israel.
O Bank of America estima que US$ 20 trilhões serão
destinados a estratégias que lidem com desafios ambientais,
sociais e de governança nas duas próximas décadas –
especialmente quando se leva em conta a ascensão dos
millennials e da geração Z como investidores.
“Investimento de impacto não é algo necessariamente novo,
mas é um estilo que vem crescendo tanto em tamanho
quanto em evidência”, diz Patrick Scheurle, em entrevista ao
InfoMoney.
De fato, tentar aliar responsabilidade social e retorno
financeiro é algo que se faz há muito tempo, como os fundos
de investimentos que evitam ações de empresas de bebidas
alcoólicas e de cigarros, por exemplo. Mas, hoje, a ideia é ir
além desse tipo de triagem passiva, buscando ativamente
68
companhias que tenham uma missão transformadora.
A Royal Exchange, seguradora mais antiga da Nigéria, foi
uma das companhias que receberam investimento do braço
de private equity do BlueOrchard, que tem 3,5 bilhões de
dólares em ativos e foi recentemente adquirido pela britânica
Schroders.
“Existe um mercado enorme no país para seguros
relacionados ao clima. Mais de 40 milhões de nigerianos
dependem da agricultura. Nosso investimento ajuda a Royal
Exchange a aumentar seu portfólio de seguros relacionados
ao clima e também aumentar a proteção contra eventos da
mudança climática na Nigéria”, afirma Scheurle,
representante do braço de private equity do BlueOrchard.
Outro exemplo típico de um investimento de impacto é o
aporte de US$ 1 milhão da The David and Lucile Packard
Foundation na Ecotrust Forests, um fundo de equity que já
investiu mais de US$ 30 milhões na exploração sustentável
de áreas florestais privadas do noroeste dos Estados Unidos.
A Ecotrusts Forest gera retornos com a venda de madeira e
de créditos de carbono, sempre levando em conta a
sustentabilidade do ecossistema local.
A ONG americana As You Sow, que tem como missão
defender os direitos de acionistas, avalia papéis e fundos de
investimentos do ângulo do impacto social e ambiental. Um
dos recortes oferecidos pela As You Sow é a igualdade de
gênero.
A ferramenta da As You Sow, desenvolvida em parceria
com a holandesa Equileap, analisa 19 critérios para
identificar as companhias que estejam “ajudando a construir
um mundo mais igualitário e que ofereçam às mulheres as
chances de obter sucesso profissional, sem sacrificar os
retornos [financeiros].”
MAS DÁ DINHEIRO?
Por melhores que sejam as intenções, entretanto, obter
medidas exatas do impacto real desses investimentos é uma
tarefa muito complicada.
O impacto de um sistema de microfinanciamento é muito
diferente em Bangladesh e no Brasil. Como comparar o real
efeito de uma startup que quer reduzir o uso de plásticos
com medidas sustentáveis tomadas por uma companhia do
tamanho de uma Unilever?
Igualmente, do ponto de vista do retorno financeiro, é difícil
afirmar categoricamente se o investimento de impacto é um
bom negócio. Essa modalidade pode tomar várias formas
(dos fundosde venture capital e private equity a ações
individuais ou fundos mútuos), e as companhias têm os mais
variados tamanhos e estágios de maturação.
Tampouco existem definições precisas do que seja um
investimento de impacto. Segundo uma reportagem recente
do The Wall Street Journal, oito dos dez maiores fundos de
investimentos sustentáveis dos Estados Unidos incluíam
pelo menos uma ação de empresas do setor de petróleo ou
gás natural.
Existem alguns resultados positivos. O fundo Vanguard ETF
ESG registrava alta de 27% no ano até meados de novembro
de 2019, uma performance dois pontos percentuais acima do
desempenho de um fundo que acompanha o índice S&P 500.
O fundo Impact Shares YWCA Women’s Empowerment,
concentrado em empresas comprometidas com o
empoderamento feminino e a igualdade de gêneros,
registrava alta parecida, de 26% no ano.
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/38ViEBJ.
Com base no texto 'Pragmático ou idealista ao investir?', leia
as afirmativas a seguir:
I. O autor do texto afirma que, num relatório recente, o Bank
of America incluiu o capitalismo moral como um dos dez
principais temas do mundo dos investimentos na próxima
década. O autor informa, ainda, que uma pesquisa recente do
Morgan Stanley Institute for Sustainable Investing indicou
que 85% dos investidores
individuais americanos estão de olho na tendência.
II. Conclui-se do texto que a As You Sow desenvolveu em
parceria com a Equileap uma ferramenta que analisa 19
critérios para identificar as companhias que estejam
ajudando a construir um mundo mais igualitário e que
ofereçam às mulheres as chances de obter sucesso
profissional, sem sacrificar os retornos financeiros.
III. Segundo o texto, não existem definições precisas do que
seja um investimento de impacto. O autor afirma, no texto,
que segundo uma reportagem recente do The Wall Street
Journal, oito dos dez maiores fundos sustentáveis dos
Estados Unidos incluíam pelo menos uma ação de empresas
do setor de petróleo ou gás natural.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas
Questão 59
Pragmático ou idealista ao investir?
Por Sérgio Teixeira Jr.
Publicado em 15 de dezembro de 2019
69
Gestores de fundos de investimentos e investidores estão
acostumados a analisar os números da bolsa de valores, da
economia e das empresas antes de decidir onde aplicar o
dinheiro, mas eles também prestam cada vez mais atenção a
outros tipos de dados.
A temperatura do planeta é um deles. Os índices de pobreza
em países em desenvolvimento é outro, junto com acesso à
água, qualidade do ensino, consumo responsável, igualdade
de gênero… a lista é longa, e ela representa um dos
segmentos que mais crescem no mundo dos investimentos
hoje em dia.
Essa nova categoria é conhecida como investimento de
impacto, e também pelas siglas em inglês ESG (ambiente,
social e governança) ou SRI (investimento socialmente
responsável).
Essencialmente, trata-se de investimentos – diretamente ou
por meio de fundos de investimentos – em empresas e
instituições que medem seu sucesso não só no balanço, mas
também no impacto social de suas atividades-fim.
Os investimentos em ESG representam 26% dos recursos
sob gestão nos Estados Unidos, um aumento de 8 pontos
percentuais em relação a 2016, de acordo com a organização
Forum for Sustainable and Responsible Investment.
Globalmente, estima-se que o mercado seja de US$ 500
bilhões, um número que decuplicou nos últimos cinco anos,
de acordo com a Global Impact Investing Network (Giin),
rede que reúne gestores desse tipo de fundos de
investimentos do mundo todo.
Num relatório recente, o Bank of America incluiu o
“capitalismo moral” como um dos dez principais temas do
mundo dos investimentos na próxima década. E uma
pesquisa recente do Morgan Stanley Institute for Sustainable
Investing indicou que 85% dos investidores individuais
americanos estão de olho na tendência.
“Os esforços para coibir o aquecimento global exigirão
mudanças comportamentais e sistêmicas, que oferecerão
oportunidades substanciais para os investidores”, escreveu o
autor principal do relatório do Bank of America, Haim
Israel.
O Bank of America estima que US$ 20 trilhões serão
destinados a estratégias que lidem com desafios ambientais,
sociais e de governança nas duas próximas décadas –
especialmente quando se leva em conta a ascensão dos
millennials e da geração Z como investidores.
“Investimento de impacto não é algo necessariamente novo,
mas é um estilo que vem crescendo tanto em tamanho
quanto em evidência”, diz Patrick Scheurle, em entrevista ao
InfoMoney.
De fato, tentar aliar responsabilidade social e retorno
financeiro é algo que se faz há muito tempo, como os fundos
de investimentos que evitam ações de empresas de bebidas
alcoólicas e de cigarros, por exemplo. Mas, hoje, a ideia é ir
além desse tipo de triagem passiva, buscando ativamente
companhias que tenham uma missão transformadora.
A Royal Exchange, seguradora mais antiga da Nigéria, foi
uma das companhias que receberam investimento do braço
de private equity do BlueOrchard, que tem 3,5 bilhões de
dólares em ativos e foi recentemente adquirido pela britânica
Schroders.
“Existe um mercado enorme no país para seguros
relacionados ao clima. Mais de 40 milhões de nigerianos
dependem da agricultura. Nosso investimento ajuda a Royal
Exchange a aumentar seu portfólio de seguros relacionados
ao clima e também aumentar a proteção contra eventos da
mudança climática na Nigéria”, afirma Scheurle,
representante do braço de private equity do BlueOrchard.
Outro exemplo típico de um investimento de impacto é o
aporte de US$ 1 milhão da The David and Lucile Packard
Foundation na Ecotrust Forests, um fundo de equity que já
investiu mais de US$ 30 milhões na exploração sustentável
de áreas florestais privadas do noroeste dos Estados Unidos.
A Ecotrusts Forest gera retornos com a venda de madeira e
de créditos de carbono, sempre levando em conta a
sustentabilidade do ecossistema local.
A ONG americana As You Sow, que tem como missão
defender os direitos de acionistas, avalia papéis e fundos de
investimentos do ângulo do impacto social e ambiental. Um
dos recortes oferecidos pela As You Sow é a igualdade de
gênero.
A ferramenta da As You Sow, desenvolvida em parceria
com a holandesa Equileap, analisa 19 critérios para
identificar as companhias que estejam “ajudando a construir
um mundo mais igualitário e que ofereçam às mulheres as
chances de obter sucesso profissional, sem sacrificar os
retornos [financeiros].”
MAS DÁ DINHEIRO?
Por melhores que sejam as intenções, entretanto, obter
medidas exatas do impacto real desses investimentos é uma
tarefa muito complicada.
O impacto de um sistema de microfinanciamento é muito
diferente em Bangladesh e no Brasil. Como comparar o real
efeito de uma startup que quer reduzir o uso de plásticos
com medidas sustentáveis tomadas por uma companhia do
tamanho de uma Unilever?
70
Igualmente, do ponto de vista do retorno financeiro, é difícil
afirmar categoricamente se o investimento de impacto é um
bom negócio. Essa modalidade pode tomar várias formas
(dos fundos de venture capital e private equity a ações
individuais ou fundos mútuos), e as companhias têm os mais
variados tamanhos e estágios de maturação.
Tampouco existem definições precisas do que seja um
investimento de impacto. Segundo uma reportagem recente
do The Wall Street Journal, oito dos dez maiores fundos de
investimentos sustentáveis dos Estados Unidos incluíam
pelo menos uma ação de empresas do setor de petróleo ougás natural.
Existem alguns resultados positivos. O fundo Vanguard ETF
ESG registrava alta de 27% no ano até meados de novembro
de 2019, uma performance dois pontos percentuais acima do
desempenho de um fundo que acompanha o índice S&P 500.
O fundo Impact Shares YWCA Women’s Empowerment,
concentrado em empresas comprometidas com o
empoderamento feminino e a igualdade de gêneros,
registrava alta parecida, de 26% no ano.
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/38ViEBJ.
Com base no texto 'Pragmático ou idealista ao investir?', leia
as afirmativas a seguir:
I. No texto, o autor afirma que gestores de fundos de
investimentos e investidores estão acostumados a analisar os
números da bolsa de valores, da economia e das empresas
antes de decidir onde aplicar o dinheiro. No entanto, alega o
autor, todas essas informações são ignoradas quando se
decide investir nas ações de uma empresa ambientalmente
sustentável, pois o interesse do investidor não é obter lucro,
mas apoiar a preservação da natureza.
II. O texto informa que o impacto de um sistema de
microfinanciamento em Bangladesh é análogo a que se pode
encontrar no Brasil, em todos os aspectos. Em ambos os
países, defende o autor, esse sistema tem ajudado empresas
de todos os tamanhos a conquistar mais clientes e
desenvolver produtos com menores taxas de falha. Assim,
afirma o texto, o microfinanciamento pode ser a solução
definitiva para ampliar a competitividade dos produtores
rurais dos países pobres.
III. Depreende-se do texto que a temperatura do planeta, os
índices de pobreza em países em desenvolvimento, o acesso
à água, a qualidade do ensino, o consumo responsável, a
igualdade de gênero são exemplos de dados aos quais os
gestores de fundos e investidores prestam cada vez mais
atenção.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 60
EFICIÊNCIA E ÉTICA
A eficiência é uma característica que faz com que o agente
público consiga atingir resultados positivos, garantindo à
sociedade uma real efetivação dos propósitos necessários,
como, por exemplo, saúde, qualidade de vida, educação etc.
O termo eficiência significa que as ações dos agentes
públicos devem ser realizadas da melhor forma possível,
visando à economia de recursos, à destinação correta de
materiais e serviços etc. O termo eficácia, por sua vez,
significa que determinada ação atingiu os objetivos
propostos.
O agente público deve pensar também na efetividade dos
serviços oferecidos, pois, além de destinar recursos para
determinados objetivos, é necessário acompanhar a
continuidade das ações. Assim, a efetividade significa que as
ações e os serviços estão em pleno funcionamento e que os
recursos destinados estão de acordo com o serviço proposto.
Os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade são
relevantes para garantir a qualidade do serviço público. Eles
permitem ao servidor compreender que o cidadão tem
direito a ter acesso aos mais elevados níveis de serviços
públicos.
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2ZkKT8L.
Com base no texto 'EFICIÊNCIA E ÉTICA', leia as
afirmativas a
seguir:
I. De acordo com o texto, os conceitos de eficiência, eficácia
e efetividade são relevantes para garantir a qualidade do
serviço público. O texto afirma, ainda, que eles permitem ao
servidor compreender que o cidadão tem direito a ter acesso
aos mais elevados níveis de serviços públicos.
II. De acordo com o texto, a eficiência é uma característica
que faz com que o agente público consiga atingir resultados
positivos no seu trabalho, ao mesmo texto que eleva os
custos e reduz a qualidade dos serviços públicos de saúde e
de educação.
III. De acordo com o texto, o agente público deve pensar na
efetividade dos serviços oferecidos, pois, além de destinar
recursos para determinados objetivos, é necessário
acompanhar a continuidade das ações.
71
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 61
EFICIÊNCIA E ÉTICA
A eficiência é uma característica que faz com que o agente
público consiga atingir resultados positivos, garantindo à
sociedade uma real efetivação dos propósitos necessários,
como, por exemplo, saúde, qualidade de vida, educação etc.
O termo eficiência significa que as ações dos agentes
públicos devem ser realizadas da melhor forma possível,
visando à economia de recursos, à destinação correta de
materiais e serviços etc. O termo eficácia, por sua vez,
significa que determinada ação atingiu os objetivos
propostos.
O agente público deve pensar também na efetividade dos
serviços oferecidos, pois, além de destinar recursos para
determinados objetivos, é necessário acompanhar a
continuidade das ações. Assim, a efetividade significa que as
ações e os serviços estão em pleno funcionamento e que os
recursos destinados estão de acordo com o serviço proposto.
Os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade são
relevantes para garantir a qualidade do serviço público. Eles
permitem ao servidor compreender que o cidadão tem
direito a ter acesso aos mais elevados níveis de serviços
públicos.
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2ZkKT8L.
Com base no texto 'EFICIÊNCIA E ÉTICA', leia as
afirmativas a seguir:
I. De acordo com o texto, a efetividade significa que as
ações e os serviços estão em pleno funcionamento e que os
recursos destinados estão de acordo com o serviço proposto.
II. De acordo com o texto, o termo eficiência significa que
as ações dos agentes públicos devem ser realizadas da
melhor forma possível, visando à elevação dos gastos e à
destinação indevida de materiais e serviços.
III. De acordo com o texto, o termo eficácia significa que
determinada ação atingiu os objetivos propostos.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 62
INTEGRIDADE E ÉTICA
Diversos servidores públicos deparam-se, cotidianamente,
com situações nas quais é necessário tomar uma decisão
difícil. Essas situações (chamaremos de “situações
sensíveis”) exigem do servidor não apenas um profundo
conhecimento sobre a ética profissional, mas também sobre
os aspectos técnicos do seu trabalho e os objetivos da
organização.
Treinamentos que aliam elementos teóricos com questões
práticas do dia a dia do órgão ou entidade são necessários
para orientar os servidores sobre qual caminho seguir diante
de situações sensíveis. Um dos métodos mais eficazes para
abordar questões do dia a dia é a resolução de dilemas, que
são situações que testam os limites dos valores e normas,
exigindo que se faça uma escolha entre diversas alternativas
válidas. O objetivo desse tipo de treinamento é demonstrar
que situações conflitantes são inevitáveis em qualquer tipo
de trabalho, e que existem maneiras de se aprender a lidar
com elas sem infringir os padrões éticos. O debate franco
sobre tais questões aumenta as chances de que os servidores,
ao se depararem com situações e problemas semelhantes no
futuro, tomem melhores decisões.
Com base no mapeamento de riscos, devem-se oferecer
treinamentos específicos, direcionados especialmente para
agentes públicos que atuam diretamente em atividades
sensíveis.
Deve-se definir a periodicidade adequada para os
treinamentos gerais e específicos sobre ética e integridade,
fazendo com que sejam obrigatórios os treinamentos gerais
para os servidores públicos que ingressemno órgão, em
virtude de concurso público ou de nomeação para cargo ou
função de confiança, e para os prestadores de serviço
terceirizado que iniciem suas atividades.
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2SrNzzQ.
Com base no texto 'INTEGRIDADE E ÉTICA', leia as
afirmativas a seguir:
I. De acordo com o texto, deve-se definir a periodicidade
adequada para os treinamentos gerais e específicos sobre
ética e integridade, fazendo com que sejam obrigatórios os
treinamentos gerais para os servidores públicos que
ingressem no órgão, em virtude de concurso público ou de
nomeação para cargo ou função de confiança, e para os
prestadores de serviço terceirizado que iniciem suas
atividades.
II. De acordo com o texto, um dos métodos mais eficazes
72
para abordar questões sensíveis do dia a dia é a resolução de
dilemas, que são situações que testam os limites dos valores
e normas, exigindo que se faça uma escolha entre duas
alternativas igualmente válidas. Ainda com base no texto,
todos os servidores públicos conhecem todas as normas
éticas e, assim, sempre conseguem resolver dilemas com
facilidade.
III. De acordo com o texto, com base no mapeamento de
riscos, devem-se oferecer treinamentos específicos,
direcionados especialmente para agentes públicos que atuam
diretamente em atividades sensíveis.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 63
INTEGRIDADE E ÉTICA
Diversos servidores públicos deparam-se, cotidianamente,
com situações nas quais é necessário tomar uma decisão
difícil. Essas situações (chamaremos de “situações
sensíveis”) exigem do servidor não apenas um profundo
conhecimento sobre a ética profissional, mas também sobre
os aspectos técnicos do seu trabalho e os objetivos da
organização.
Treinamentos que aliam elementos teóricos com questões
práticas do dia a dia do órgão ou entidade são necessários
para orientar os servidores sobre qual caminho seguir diante
de situações sensíveis. Um dos métodos mais eficazes para
abordar questões do dia a dia é a resolução de dilemas, que
são situações que testam os limites dos valores e normas,
exigindo que se faça uma escolha entre diversas alternativas
válidas. O objetivo desse tipo de treinamento é demonstrar
que situações conflitantes são inevitáveis em qualquer tipo
de trabalho, e que existem maneiras de se aprender a lidar
com elas sem infringir os padrões éticos. O debate franco
sobre tais questões aumenta as chances de que os servidores,
ao se depararem com situações e problemas semelhantes no
futuro, tomem melhores decisões.
Com base no mapeamento de riscos, devem-se oferecer
treinamentos específicos, direcionados especialmente para
agentes públicos que atuam diretamente em atividades
sensíveis.
Deve-se definir a periodicidade adequada para os
treinamentos gerais e específicos sobre ética e integridade,
fazendo com que sejam obrigatórios os treinamentos gerais
para os servidores públicos que ingressem no órgão, em
virtude de concurso público ou de nomeação para cargo ou
função de confiança, e para os prestadores de serviço
terceirizado que iniciem suas atividades.
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2SrNzzQ.
Com base no texto 'INTEGRIDADE E ÉTICA', leia as
afirmativas a seguir:
I. De acordo com o texto, a realização de treinamentos que
aliam elementos teóricos com questões práticas do dia a dia
do órgão ou entidade são necessários para orientar os
servidores sobre qual caminho seguir diante de situações
sensíveis. Esses treinamentos, defende o texto, devem ser
realizados prioritariamente entre os servidores que lidam
com fornecedores e com os contratos da organização.
II. De acordo com o texto, o objetivo dos treinamentos que
aliam elementos teóricos com questões práticas é
demonstrar que situações conflitantes são inevitáveis em
qualquer tipo de trabalho, e que existem maneiras de se
aprender a lidar com elas sem infringir os padrões éticos. O
texto afirma, ainda, que o debate franco sobre tais questões
aumenta as chances de que os servidores, ao se depararem
com situações e problemas semelhantes no futuro, tomem
melhores decisões.
III. De acordo com o texto, diversos servidores públicos
deparam-se, cotidianamente, com situações nas quais é
necessário tomar uma decisão difícil. Essas situações
sensíveis exigem do servidor um profundo conhecimento
sobre a ética profissional, apenas, não estando relacionadas
com os aspectos técnicos do seu trabalho ou com os
objetivos da organização, afirma o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 64
Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador
Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então
deputado constituinte Florestan Fernandes.
Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na
eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara
dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado
Federal).
“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte!
No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da
República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar
alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”.
Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos
da Praça dos Três Poderes.
73
O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos
pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o
Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos
políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada
parlamentar.
Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das
sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção
nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da
grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível.
Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição
do cientista social que era, cumprindo sua função
parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir
o mestre.
Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava
todos os dias no restaurante dos funcionários. Não
costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares.
Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia,
em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi
e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele,
preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que
estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital
acompanhar o pai.
Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa
fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C,
doença que havia se agravado e lhe causava crises muito
fortes.
Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não
procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou
outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores
condições. Ele respondeu que era servidor público e que
aquele era o hospital que teria que cuidar dele.
Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de
procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele
disse que estava na fila porque tinha fila e que todas as
pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com
algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser
atendido na frente de ninguém.
Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao
plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que
o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca
e fosse medicado. Na parede onde a maca estava encostada
havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia,
olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte
de jornalamarelado pelo tempo.
Apontou o dedo e disse ao filho:
– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S.
Paulo.
Nesse eu defendo a saúde pública.
Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez
mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele
decidiram fazer transplante do fígado.
Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na
USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da
República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a
cirurgia.
Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland,
nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a
Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas
prerrogativas.
Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e
disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se
ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação
mais grave do que a dele.
Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no
hospital por complicações pós-operatórias provocadas por
erro humano.
Nesse momento de indigência moral e de decadência
institucional do país, em que autoridades como magistrados,
procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da
República, posam com exuberantes imposturas, usam e
abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar
proveitos próprios, lembrar de homens públicos e
intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan
Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar
o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de
Estado.
(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018.
Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU)
Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICA NA CORTE', leia
as afirmativas a seguir:
I. O principal preceito evidenciado no texto é o de que
nenhum cidadão deve usar e abusar dos cargos e funções
públicas que ocupa para tirar proveitos próprios.
II. Apesar de ter alta comenda do país, a Ordem de Rio
Branco, que lhe facultava certas prerrogativas, o professor e
deputado recusou a oferta de traslado e realização do
transplante de fígado no melhor hospital de Cleveland, nos
Estados Unidos.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
74
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 65
Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador
Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então
deputado constituinte Florestan Fernandes.
Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na
eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara
dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado
Federal).
“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte!
No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da
República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar
alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”.
Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos
da Praça dos Três Poderes.
O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos
pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o
Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos
políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada
parlamentar.
Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das
sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção
nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da
grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível.
Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição
do cientista social que era, cumprindo sua função
parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir
o mestre.
Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava
todos os dias no restaurante dos funcionários. Não
costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares.
Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia,
em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi
e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele,
preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que
estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital
acompanhar o pai.
Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa
fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C,
doença que havia se agravado e lhe causava crises muito
fortes.
Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não
procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou
outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores
condições. Ele respondeu que era servidor público e que
aquele era o hospital que teria que cuidar dele.
Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de
procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele
disse que estava na fila porque tinha fila e que todas as
pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com
algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser
atendido na frente de ninguém.
Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao
plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que
o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca
e fosse medicado. Na parede onde a maca estava encostada
havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia,
olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte
de jornal amarelado pelo tempo.
Apontou o dedo e disse ao filho:
– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S.
Paulo.
Nesse eu defendo a saúde pública.
Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez
mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele
decidiram fazer transplante do fígado.
Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na
USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da
República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a
cirurgia.
Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland,
nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a
Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas
prerrogativas.
Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e
disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se
ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação
mais grave do que a dele.
Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no
hospital por complicações pós-operatórias provocadas por
erro humano.
Nesse momento de indigência moral e de decadência
institucional do país, em que autoridades como magistrados,
procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da
República, posam com exuberantes imposturas, usam e
abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar
proveitos próprios, lembrar de homens públicos e
intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan
Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar
o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de
Estado.
75
(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018.
Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU)
Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICA NA CORTE', leia
as afirmativas a seguir:
I. A fala de Florestan ao filho, em um hospital, reforça o
ponto de vista apresentado no último parágrafo do texto de
que o professor se utilizou da máquina pública em seu
próprio benefício.
II. A ideia central do texto está presente no fragmento “Ao
mesmo tempo era um homem despojado, almoçava todos os
dias no restaurante dos funcionários”. Ou seja, para o
professor Florestan, estar entre o povo é uma maneira de
agir eticamente, considerando o cargo que ocupava.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.Questão 66
Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador
Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então
deputado constituinte Florestan Fernandes.
Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na
eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara
dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado
Federal).
“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte!
No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da
República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar
alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”.
Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos
da Praça dos Três Poderes.
O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos
pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o
Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos
políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada
parlamentar.
Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das
sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção
nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da
grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível.
Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição
do cientista social que era, cumprindo sua função
parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir
o mestre.
Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava
todos os dias no restaurante dos funcionários. Não
costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares.
Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia,
em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi
e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele,
preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que
estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital
acompanhar o pai.
Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa
fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C,
doença que havia se agravado e lhe causava crises muito
fortes.
Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não
procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou
outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores
condições. Ele respondeu que era servidor público e que
aquele era o hospital que teria que cuidar dele.
Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de
procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele
disse que estava na fila porque tinha fila e que todas as
pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com
algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser
atendido na frente de ninguém.
Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao
plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que
o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca
e fosse medicado. Na parede onde a maca estava encostada
havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia,
olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte
de jornal amarelado pelo tempo.
Apontou o dedo e disse ao filho:
– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S.
Paulo.
Nesse eu defendo a saúde pública.
Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez
mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele
decidiram fazer transplante do fígado.
Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na
USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da
República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a
cirurgia.
Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland,
nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a
Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas
76
prerrogativas.
Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e
disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se
ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação
mais grave do que a dele.
Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no
hospital por complicações pós-operatórias provocadas por
erro humano.
Nesse momento de indigência moral e de decadência
institucional do país, em que autoridades como magistrados,
procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da
República, posam com exuberantes imposturas, usam e
abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar
proveitos próprios, lembrar de homens públicos e
intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan
Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar
o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de
Estado.
(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018.
Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU)
Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICA NA CORTE', leia
as afirmativas a seguir:
I. Para justificar o cuidado que tinha o professor e deputado
Florestan Fernandes, com sua própria conduta, o autor
utiliza exemplos como “cumpria rigorosamente os horários
das sessões” e “Ele respondeu que era servidor público e que
aquele era o hospital que teria que cuidar dele” (referindo-se
ao hospital público).
II. Pode-se inferir que a ética está ligada, no texto, não
somente às atitudes de Florestan Fernandes e de Darcy
Ribeiro, mas, outrossim, às diversas instâncias do poder
público do Brasil atual.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 67
Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador
Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então
deputado constituinte Florestan Fernandes.
Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na
eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara
dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado
Federal).
“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte!
No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da
República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar
alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”.
Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos
da Praça dos Três Poderes.
O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos
pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o
Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos
políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada
parlamentar.
Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das
sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção
nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da
grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível.
Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição
do cientista social que era, cumprindo sua função
parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir
o mestre.
Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava
todos os dias no restaurante dos funcionários. Não
costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares.
Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia,
em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi
e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele,
preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que
estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital
acompanhar o pai.
Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa
fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C,
doença que havia se agravado e lhe causava crises muito
fortes.
Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não
procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou
outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores
condições. Ele respondeu que era servidor público e que
aquele era o hospital que teria que cuidar dele.
Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de
procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele
disse queestava na fila porque tinha fila e que todas as
pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com
algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser
atendido na frente de ninguém.
Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao
plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que
o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca
e fosse medicado. Na parede onde a maca estava encostada
havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia,
olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte
77
de jornal amarelado pelo tempo.
Apontou o dedo e disse ao filho:
– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S.
Paulo.
Nesse eu defendo a saúde pública.
Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez
mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele
decidiram fazer transplante do fígado.
Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na
USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da
República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a
cirurgia.
Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland,
nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a
Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas
prerrogativas.
Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e
disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se
ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação
mais grave do que a dele.
Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no
hospital por complicações pós-operatórias provocadas por
erro humano.
Nesse momento de indigência moral e de decadência
institucional do país, em que autoridades como magistrados,
procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da
República, posam com exuberantes imposturas, usam e
abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar
proveitos próprios, lembrar de homens públicos e
intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan
Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar
o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de
Estado.
(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018.
Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU)
Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICA NA CORTE', leia
as afirmativas a seguir:
I. A ironia contida no título do texto e presente nas atitudes
do professor Florestan corresponde também à atitude do
expresidente, elucidada no trecho “Imediatamente [Fernando
Henrique Cardoso] ligou para ele, ofereceu traslado e a
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland,
nos Estados Unidos”.
II. O texto tem como objetivo mostrar que, no Brasil,
existem/existiram homens públicos e intelectuais de
grandeza ética como o professor Florestan Fernandes e o
professor Darcy Ribeiro. Estes são exemplos a serem
seguidos, pois se destacaram no campo da saúde pública.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 68
Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador
Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então
deputado constituinte Florestan Fernandes.
Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na
eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara
dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado
Federal).
“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte!
No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da
República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar
alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”.
Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos
da Praça dos Três Poderes.
O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos
pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o
Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos
políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada
parlamentar.
Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das
sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção
nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da
grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível.
Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição
do cientista social que era, cumprindo sua função
parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir
o mestre.
Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava
todos os dias no restaurante dos funcionários. Não
costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares.
Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia,
em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi
e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele,
preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que
estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital
acompanhar o pai.
Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa
78
fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C,
doença que havia se agravado e lhe causava crises muito
fortes.
Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não
procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou
outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores
condições. Ele respondeu que era servidor público e que
aquele era o hospital que teria que cuidar dele.
Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de
procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele
disse que estava na fila porque tinha fila e que todas as
pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com
algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser
atendido na frente de ninguém.
Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao
plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que
o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca
e fosse medicado. Na parede onde a maca estava encostada
havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia,
olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte
de jornal amarelado pelo tempo.
Apontou o dedo e disse ao filho:
– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S.
Paulo.
Nesse eu defendo a saúde pública.
Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez
mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele
decidiram fazer transplante do fígado.
Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na
USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da
República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a
cirurgia.
Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland,
nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a
Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas
prerrogativas.
Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e
disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se
ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação
mais grave do que a dele.
Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no
hospital por complicações pós-operatórias provocadas por
erro humano.
Nesse momento de indigência moral e de decadência
institucional do país, em que autoridades como magistrados,
procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da
República, posam com exuberantes imposturas, usam e
abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar
proveitos próprios, lembrar de homens públicos e
intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan
Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar
o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de
Estado.
(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018.
Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU)
Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICANA CORTE', leia
as afirmativas a seguir:
I. A resposta de Florestan Fernandes à gentileza do
presidente, na ocasião do transplante de fígado, foi a de que
aceitaria ir ao hospital de Cleveland, nos Estados Unidos, se
Fernando Henrique fizesse o mesmo com todos os
brasileiros em situação mais grave do que a do enfermo.
II. O texto é do ano de 2018 e o autor se posiciona
criticamente acerca do comportamento de algumas
autoridades do país, o que faz o leitor conjecturar um viés
ideológico. Isso fica nítido também no excerto “ambiente
degradado da sociedade brasileira pelo golpe de Estado”.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.
Questão 69
ÉTICA E MORAL: O QUE É ISSO?
O conceito de ética refere-se ao estudo dos princípios e
valores morais. A ética desenvolve uma reflexão sobre a
moral e questiona a moral de um povo, um grupo ou uma
sociedade, por exemplo. Ela busca o entendimento sobre o
que é certo e errado independentemente dos costumes
vigentes. Desta forma, a ética caracteriza-se por ser racional,
atemporal e transversal (independe do local).
A moral, por sua vez, é a prática de costumes e valores
locais e temporais. Está ligada a hábitos sociais, aos
costumes pessoais, familiares e religiosos, assim como às
tradições culturais, regionais e sociais. A moral é, portanto,
eminentemente prática.
MISSÃO DO SERVIDOR PÚBLICO
No serviço público, os servidores servem à população, e, por
isso, não podem basear suas decisões em aspectos morais e
subjetivos. O comportamento de um servidor público deve
79
ser pautado pela ética. Ou seja, o servidor deve agir de
acordo com o que é certo na perspectiva do bem comum,
independentemente dos costumes locais e temporais.
Por exemplo, o enfermeiro de um centro de saúde não pode
se recusar a atender um paciente por que este pertence a uma
religião diferente da sua. Da mesma forma, um professor
não pode criticar a opinião política de um estudante apenas
porque essa é diferente da sua.
Assim, o servidor público, durante ou após o período
probatório, tem, entre outras, as seguintes missões:
• Agir em conformidade com os princípios da administração
pública;
• Mediar as relações entre os cidadãos e o governo;
• Mediar as relações entre os próprios cidadãos;
• Prestar um serviço de qualidade;
• Promover o bem comum;
• Representar a comunidade perante outras comunidades.
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2ZkKT8L.
Com base no texto 'ÉTICA E MORAL: O QUE É ISSO?',
leia as afirmativas a seguir:
I. De acordo com o texto, no serviço público, os servidores
servem à população e, por isso, devem basear suas decisões
em aspectos morais e subjetivos, independentemente dos
princípios éticos. O comportamento de um servidor público
deve ser pautado pela moral, não pela ética, defende o texto.
II. De acordo com o texto, a ética é a prática de costumes e
valores locais e temporais. A ética, explica o texto, está
ligada aos hábitos sociais, aos costumes pessoais, familiares
e religiosos, assim como às tradições culturais, regionais e
sociais. A ética é, portanto, eminentemente prática, afirma o
texto.
III. O texto utiliza-se de exemplos para ilustrar o
comportamento ideal de um servidor público, como, por
exemplo, ao afirmar que um enfermeiro não pode se recusar
a atender um paciente porque este pertence a uma religião
diferente da sua, ou quando afirma que um professor não
pode criticar a opinião política de um estudante apenas
porque essa é diferente da sua.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 70
ÉTICA E MORAL: O QUE É ISSO?
O conceito de ética refere-se ao estudo dos princípios e
valores morais. A ética desenvolve uma reflexão sobre a
moral e questiona a moral de um povo, um grupo ou uma
sociedade, por exemplo. Ela busca o entendimento sobre o
que é certo e errado independentemente dos costumes
vigentes. Desta forma, a ética caracteriza-se por ser racional,
atemporal e transversal (independe do local).
A moral, por sua vez, é a prática de costumes e valores
locais e temporais. Está ligada a hábitos sociais, aos
costumes pessoais, familiares e religiosos, assim como às
tradições culturais, regionais e sociais. A moral é, portanto,
eminentemente prática.
MISSÃO DO SERVIDOR PÚBLICO
No serviço público, os servidores servem à população, e, por
isso, não podem basear suas decisões em aspectos morais e
subjetivos. O comportamento de um servidor público deve
ser pautado pela ética. Ou seja, o servidor deve agir de
acordo com o que é certo na perspectiva do bem comum,
independentemente dos costumes locais e temporais.
Por exemplo, o enfermeiro de um centro de saúde não pode
se recusar a atender um paciente por que este pertence a uma
religião diferente da sua. Da mesma forma, um professor
não pode criticar a opinião política de um estudante apenas
porque essa é diferente da sua.
Assim, o servidor público, durante ou após o período
probatório, tem, entre outras, as seguintes missões:
• Agir em conformidade com os princípios da administração
pública;
• Mediar as relações entre os cidadãos e o governo;
• Mediar as relações entre os próprios cidadãos;
• Prestar um serviço de qualidade;
• Promover o bem comum;
• Representar a comunidade perante outras comunidades.
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2ZkKT8L.
Com base no texto 'ÉTICA E MORAL: O QUE É ISSO?',
leia as afirmativas a seguir:
I. De acordo com o texto, o servidor público, durante ou
após o período probatório, tem, entre outras, as missões de
promover o bem comum, de representar a comunidade
perante outras comunidades e de mediar as relações entre os
cidadãos e o governo.
II. De acordo com o texto, o conceito de moral refere-se ao
estudo dos princípios e valores éticos. A moral, afirma o
texto, desenvolve uma reflexão sobre a ética e questiona os
costumes de um povo, um grupo ou uma sociedade, por
exemplo. A moral busca o entendimento sobre o que é certo
e errado independentemente dos costumes vigentes, explica
80
o texto.
III. De acordo com o texto, o servidor público, durante ou
após o período probatório, tem, entre outras, as missões de
mediar as relações entre os próprios cidadãos, de prestar um
serviço de qualidade e de agir em conformidade com os
princípios da administração pública.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas
Questão 71
CAMINHONEIROS
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje
(16/12/2019) que acredita que está descartada uma greve
nacional de caminhoneiros, como ocorreu em maio de 2018.
“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas,
não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso
com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente.
Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que têm as
portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”,
disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no
Ministério da Infraestrutura, em Brasília.
Na semana passada, um grupo de caminhoneiros falou sobre
a possibilidade de uma greve que se iniciaria nesta segunda-
feira (16/12/2019), mas a maior parte dos representantes da
categoria descarta o movimento.
De acordo com o ministro, o governo tem mantido um
excelente diálogo com a maioria da categoria e já realizou,
em 2019, seis encontrosdo Fórum Permanente para o
Transporte Rodoviário de Carga (Fórum TRC). No início de
dezembro de 2019, foi realizada a 35ª reunião do grupo que
representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas,
1.584 sindicatos e 75 federações.
Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das
condições de trabalho e renda da categoria, o ministro
Tarcísio citou a diminuição da multa por excesso de peso e a
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada
e descanso em rodovias.
Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema
de documentação de transporte eletrônico e uma resolução
que trata do código identificador da operação de transporte.
“Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir
tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento
portuário automático, diminuir a necessidade de ter
atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou.
O ministro disse ainda que nesta semana será lançado o
projeto Roda Bem Caminhoneiro de estímulo ao
cooperativismo da categoria.
MALHA FERROVIÁRIA
Em reunião, hoje (16/12/2019), no Ministério da
Infraestrutura, o presidente da república, Jair Bolsonaro,
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha
ferroviária brasileira. De acordo com o ministro da
Infraestrutura, para o ano de 2020, há “possibilidades muito
concretas” da realização das concessões da Ferrovia de
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão. “E
discutimos soluções para a Transnordestina. Muito em breve
teremos boas notícias para dar à população dos três estados -
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra”,
afirmou o ministro.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
O transporte rodoviário é aquele feito por meio de vias,
como estradas, rodovias e ruas, as quais podem ser
asfaltadas ou não. Esse meio de transporte tem a função de
deslocar cargas, pessoas e animais para diversos lugares.
A consolidação do transporte rodoviário ocorreu com a
intensificação da indústria automobilística, fato ocorrido nas
primeiras décadas do século XX. Atualmente, no Brasil, o
transporte rodoviário representa uma das mais importantes
formas de movimentação de cargas no país.
Apesar de ter seu uso bastante difundido no mundo, o
transporte rodoviário gera custos altos, se comparado com o
transporte ferroviário e hidroviário. O alto valor do frete é
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que
deve ser feita periodicamente nos veículos. Nesse sistema de
transporte, a infraestrutura necessária para seu
funcionamento possui um valor elevado em sua construção e
manutenção e o custo pode se elevar ainda mais quando o
terreno é acidentado, característica essa bastante presente no
Brasil. Esse fator gera a necessidade de construções
adaptadas às condições do relevo, como túneis, viadutos,
entre outros. A principal indicação do transporte rodoviário
é o seu uso em casos de deslocamentos curtos, pois o mesmo
possibilita uma grande agilidade.
Adaptado. Fontes: http://bit.ly/34D38Y1;
http://bit.ly/2Z15JK9.
Com base no texto 'CAMINHONEIROS', leia as afirmativas
a seguir:
I. O texto aponta que, de acordo com o ministro da
Infraestrutura, para o ano de 2020 há possibilidades muito
concretas da realização das concessões da Ferrovia de
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão para grupos
de investidores estrangeiros ou para empresas
81
multinacionais que atuam no setor de transportes. Ainda de
acordo com o ministro, as concessões permitirão ao
Governo Federal reduzir custos e ampliar o atendimento às
necessidades das organizações brasileiras em termos de
transporte de cargas.
II. É possível subentender-se, a partir do texto, que o
ministro da Infraestrutura afirmou que será lançado o projeto
denominado Roda Bem Caminhoneiro que terá por objetivo
estimular o cooperativismo da categoria de profissionais de
transporte público no Brasil. Entre os benefícios que serão
trazidos para a categoria, o ministro citou a redução dos
custos com serviços de saúde e alimentação, além de uma
ampla gama de incentivos fiscais à redução do preço dos
combustíveis.
III. O autor aponta que, entre as ações já desenvolvidas para
a melhoria das condições de trabalho e renda dos
caminhoneiros, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas,
citou a diminuição da multa por excesso de peso e a
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada
e descanso em rodovias.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 72
CAMINHONEIROS
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje
(16/12/2019) que acredita que está descartada uma greve
nacional de caminhoneiros, como ocorreu em maio de 2018.
“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas,
não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso
com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente.
Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que têm as
portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”,
disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no
Ministério da Infraestrutura, em Brasília.
Na semana passada, um grupo de caminhoneiros falou sobre
a possibilidade de uma greve que se iniciaria nesta segunda-
feira (16/12/2019), mas a maior parte dos representantes da
categoria descarta o movimento.
De acordo com o ministro, o governo tem mantido um
excelente diálogo com a maioria da categoria e já realizou,
em 2019, seis encontros do Fórum Permanente para o
Transporte Rodoviário de Carga (Fórum TRC). No início de
dezembro de 2019, foi realizada a 35ª reunião do grupo que
representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas,
1.584 sindicatos e 75 federações.
Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das
condições de trabalho e renda da categoria, o ministro
Tarcísio citou a diminuição da multa por excesso de peso e a
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada
e descanso em rodovias.
Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema
de documentação de transporte eletrônico e uma resolução
que trata do código identificador da operação de transporte.
“Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir
tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento
portuário automático, diminuir a necessidade de ter
atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou.
O ministro disse ainda que nesta semana será lançado o
projeto Roda Bem Caminhoneiro de estímulo ao
cooperativismo da categoria.
MALHA FERROVIÁRIA
Em reunião, hoje (16/12/2019), no Ministério da
Infraestrutura, o presidente da república, Jair Bolsonaro,
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha
ferroviária brasileira. De acordo com o ministro da
Infraestrutura, para o ano de 2020, há “possibilidades muito
concretas” da realização das concessões da Ferrovia de
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão. “E
discutimos soluções para a Transnordestina. Muito em breve
teremos boas notícias para dar à população dos três estados -
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra”,
afirmou o ministro.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
O transporte rodoviário é aquele feito por meio de vias,
como estradas, rodovias e ruas, as quais podem ser
asfaltadas ou não. Esse meio de transporte tem a função de
deslocar cargas, pessoas e animais para diversos lugares.
A consolidação do transporte rodoviário ocorreu com a
intensificação da indústria automobilística, fato ocorrido nas
primeiras décadas do século XX. Atualmente, no Brasil, o
transporte rodoviário representa uma das mais importantes
formas de movimentação de cargas no país.
Apesar de ter seu uso bastante difundido no mundo,o
transporte rodoviário gera custos altos, se comparado com o
transporte ferroviário e hidroviário. O alto valor do frete é
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que
deve ser feita periodicamente nos veículos. Nesse sistema de
transporte, a infraestrutura necessária para seu
funcionamento possui um valor elevado em sua construção e
manutenção e o custo pode se elevar ainda mais quando o
terreno é acidentado, característica essa bastante presente no
Brasil. Esse fator gera a necessidade de construções
adaptadas às condições do relevo, como túneis, viadutos,
82
entre outros. A principal indicação do transporte rodoviário
é o seu uso em casos de deslocamentos curtos, pois o mesmo
possibilita uma grande agilidade.
Adaptado. Fontes: http://bit.ly/34D38Y1;
http://bit.ly/2Z15JK9.
Com base no texto 'CAMINHONEIROS', leia as afirmativas
a seguir:
I. O texto informa que, de acordo com o ministro da
Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o governo tem mantido um
excelente diálogo com a maioria da categoria de
caminhoneiros e já realizou, em 2019, seis encontros do
Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Carga
(Fórum TRC). No início de dezembro de 2019, foi realizada
a 35ª reunião do grupo que representa 2,6 milhões de
caminhoneiros, 37.386 empresas, 1.584 sindicatos e 75
federações.
II. De acordo com o que afirma o texto, infere-se que o
ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, acredita que está
descartada uma greve nacional de caminhoneiros, como
ocorreu em maio de 2018. De acordo com o ministro, o dia
16 de dezembro de 2019 era o dia do início das
manifestações e não está havendo nada nas estradas. Não
houve ponto de bloqueio, porque há uma relação de respeito
com os caminhoneiros.
III. Depreende-se do texto que o transporte rodoviário é
aquele feito por meio de vias como estradas, hidrovias,
rodovias e ruas, as quais podem ser asfaltadas ou não. Esse
meio de transporte tem a função de deslocar cargas, pessoas
e animais para diversos lugares e, atualmente, é a
modalidade de transporte mais utilizadas nas cidades do
interior do Brasil, sendo pouco explorada nas capitais e
regiões metropolitanas.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 73
CAMINHONEIROS
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje
(16/12/2019) que acredita que está descartada uma greve
nacional de caminhoneiros, como ocorreu em maio de 2018.
“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas,
não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso
com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente.
Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que têm as
portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”,
disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no
Ministério da Infraestrutura, em Brasília.
Na semana passada, um grupo de caminhoneiros falou sobre
a possibilidade de uma greve que se iniciaria nesta segunda-
feira (16/12/2019), mas a maior parte dos representantes da
categoria descarta o movimento.
De acordo com o ministro, o governo tem mantido um
excelente diálogo com a maioria da categoria e já realizou,
em 2019, seis encontros do Fórum Permanente para o
Transporte Rodoviário de Carga (Fórum TRC). No início de
dezembro de 2019, foi realizada a 35ª reunião do grupo que
representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas,
1.584 sindicatos e 75 federações.
Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das
condições de trabalho e renda da categoria, o ministro
Tarcísio citou a diminuição da multa por excesso de peso e a
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada
e descanso em rodovias.
Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema
de documentação de transporte eletrônico e uma resolução
que trata do código identificador da operação de transporte.
“Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir
tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento
portuário automático, diminuir a necessidade de ter
atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou.
O ministro disse ainda que nesta semana será lançado o
projeto Roda Bem Caminhoneiro de estímulo ao
cooperativismo da categoria.
MALHA FERROVIÁRIA
Em reunião, hoje (16/12/2019), no Ministério da
Infraestrutura, o presidente da república, Jair Bolsonaro,
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha
ferroviária brasileira. De acordo com o ministro da
Infraestrutura, para o ano de 2020, há “possibilidades muito
concretas” da realização das concessões da Ferrovia de
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão. “E
discutimos soluções para a Transnordestina. Muito em breve
teremos boas notícias para dar à população dos três estados -
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra”,
afirmou o ministro.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
O transporte rodoviário é aquele feito por meio de vias,
como estradas, rodovias e ruas, as quais podem ser
asfaltadas ou não. Esse meio de transporte tem a função de
deslocar cargas, pessoas e animais para diversos lugares.
A consolidação do transporte rodoviário ocorreu com a
intensificação da indústria automobilística, fato ocorrido nas
83
primeiras décadas do século XX. Atualmente, no Brasil, o
transporte rodoviário representa uma das mais importantes
formas de movimentação de cargas no país.
Apesar de ter seu uso bastante difundido no mundo, o
transporte rodoviário gera custos altos, se comparado com o
transporte ferroviário e hidroviário. O alto valor do frete é
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que
deve ser feita periodicamente nos veículos. Nesse sistema de
transporte, a infraestrutura necessária para seu
funcionamento possui um valor elevado em sua construção e
manutenção e o custo pode se elevar ainda mais quando o
terreno é acidentado, característica essa bastante presente no
Brasil. Esse fator gera a necessidade de construções
adaptadas às condições do relevo, como túneis, viadutos,
entre outros. A principal indicação do transporte rodoviário
é o seu uso em casos de deslocamentos curtos, pois o mesmo
possibilita uma grande agilidade.
Adaptado. Fontes: http://bit.ly/34D38Y1;
http://bit.ly/2Z15JK9.
Com base no texto 'CAMINHONEIROS', leia as afirmativas
a seguir:
I. No texto, é possível identificar a ideia de que o ministro
da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou ter conseguido
estabelecer o diálogo com os caminhoneiros. O texto afirma,
ainda, de acordo com o ministro, que os caminhoneiros
sabem que têm as portas abertas e, a cada dia, uma solução
nova é construída.
II. Segundo o texto, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio
Freitas, participou de uma discussão sobre soluções para a
Transnordestina. O texto afirma, ainda, que muito em breve
haverá boas notícias para dar à população dos três estados -
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra.
III. Conclui-se do texto que, segundo o ministro da
Infraestrutura, estão sendo preparados sistema de
documentação de transporte eletrônico e uma resolução que
trata do código identificador da operação de transporte.
Essas medidas, de acordo com as informações presentes no
texto, têm por objetivo reduzir a dependência das empresas
brasileiras do transporte rodoviário, ampliando a
participação de outros modais (como o hidroviário e o
ferroviário) no transporte de cargas no Brasil.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 74
CAMINHONEIROS
O ministroda Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje
(16/12/2019) que acredita que está descartada uma greve
nacional de caminhoneiros, como ocorreu em maio de 2018.
“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas,
não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso
com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente.
Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que têm as
portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”,
disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no
Ministério da Infraestrutura, em Brasília.
Na semana passada, um grupo de caminhoneiros falou sobre
a possibilidade de uma greve que se iniciaria nesta segunda-
feira (16/12/2019), mas a maior parte dos representantes da
categoria descarta o movimento.
De acordo com o ministro, o governo tem mantido um
excelente diálogo com a maioria da categoria e já realizou,
em 2019, seis encontros do Fórum Permanente para o
Transporte Rodoviário de Carga (Fórum TRC). No início de
dezembro de 2019, foi realizada a 35ª reunião do grupo que
representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas,
1.584 sindicatos e 75 federações.
Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das
condições de trabalho e renda da categoria, o ministro
Tarcísio citou a diminuição da multa por excesso de peso e a
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada
e descanso em rodovias.
Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema
de documentação de transporte eletrônico e uma resolução
que trata do código identificador da operação de transporte.
“Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir
tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento
portuário automático, diminuir a necessidade de ter
atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou.
O ministro disse ainda que nesta semana será lançado o
projeto Roda Bem Caminhoneiro de estímulo ao
cooperativismo da categoria.
MALHA FERROVIÁRIA
Em reunião, hoje (16/12/2019), no Ministério da
Infraestrutura, o presidente da república, Jair Bolsonaro,
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha
ferroviária brasileira. De acordo com o ministro da
Infraestrutura, para o ano de 2020, há “possibilidades muito
concretas” da realização das concessões da Ferrovia de
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão. “E
discutimos soluções para a Transnordestina. Muito em breve
teremos boas notícias para dar à população dos três estados -
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra”,
afirmou o ministro.
84
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
O transporte rodoviário é aquele feito por meio de vias,
como estradas, rodovias e ruas, as quais podem ser
asfaltadas ou não. Esse meio de transporte tem a função de
deslocar cargas, pessoas e animais para diversos lugares.
A consolidação do transporte rodoviário ocorreu com a
intensificação da indústria automobilística, fato ocorrido nas
primeiras décadas do século XX. Atualmente, no Brasil, o
transporte rodoviário representa uma das mais importantes
formas de movimentação de cargas no país.
Apesar de ter seu uso bastante difundido no mundo, o
transporte rodoviário gera custos altos, se comparado com o
transporte ferroviário e hidroviário. O alto valor do frete é
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que
deve ser feita periodicamente nos veículos. Nesse sistema de
transporte, a infraestrutura necessária para seu
funcionamento possui um valor elevado em sua construção e
manutenção e o custo pode se elevar ainda mais quando o
terreno é acidentado, característica essa bastante presente no
Brasil. Esse fator gera a necessidade de construções
adaptadas às condições do relevo, como túneis, viadutos,
entre outros. A principal indicação do transporte rodoviário
é o seu uso em casos de deslocamentos curtos, pois o mesmo
possibilita uma grande agilidade.
Adaptado. Fontes: http://bit.ly/34D38Y1;
http://bit.ly/2Z15JK9.
Com base no texto 'CAMINHONEIROS', leia as afirmativas
a seguir:
I. O autor do texto diz que o presidente da república
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha
ferroviária brasileira. De acordo com o autor, essa
informação foi dita em reunião no dia 16 de setembro de
2019, no Ministério da Infraestrutura, na qual diversos
representantes do governo defenderam a diversificação das
modalidades de transportes no Brasil.
II. Segundo o autor, a consolidação do transporte rodoviário
ocorreu com a intensificação da indústria automobilística,
fato ocorrido nas primeiras décadas do século XX.
Atualmente, no Brasil, ele afirma, o transporte rodoviário
representa uma das mais importantes formas de
movimentação de cargas no país.
III. O texto afirma que, segundo o ministro da
Infraestrutura, Tarcísio Freitas, estão sendo adotadas
medidas que vão simplificar muito a vida do caminhoneiro,
diminuir tempo de parada em posto fiscal, permitir
agendamento portuário automático e diminuir a necessidade
de ter atravessador na ponta.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
Questão 75
CAMINHONEIROS
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje
(16/12/2019) que acredita que está descartada uma greve
nacional de caminhoneiros, como ocorreu em maio de 2018.
“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas,
não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso
com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente.
Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que têm as
portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”,
disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no
Ministério da Infraestrutura, em Brasília.
Na semana passada, um grupo de caminhoneiros falou sobre
a possibilidade de uma greve que se iniciaria nesta segunda-
feira (16/12/2019), mas a maior parte dos representantes da
categoria descarta o movimento.
De acordo com o ministro, o governo tem mantido um
excelente diálogo com a maioria da categoria e já realizou,
em 2019, seis encontros do Fórum Permanente para o
Transporte Rodoviário de Carga (Fórum TRC). No início de
dezembro de 2019, foi realizada a 35ª reunião do grupo que
representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas,
1.584 sindicatos e 75 federações.
Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das
condições de trabalho e renda da categoria, o ministro
Tarcísio citou a diminuição da multa por excesso de peso e a
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada
e descanso em rodovias.
Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema
de documentação de transporte eletrônico e uma resolução
que trata do código identificador da operação de transporte.
“Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir
tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento
portuário automático, diminuir a necessidade de ter
atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou.
O ministro disse ainda que nesta semana será lançado o
projeto Roda Bem Caminhoneiro de estímulo ao
cooperativismo da categoria.
MALHA FERROVIÁRIA
Em reunião, hoje (16/12/2019), no Ministério da
Infraestrutura, o presidente da república, Jair Bolsonaro,
85
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha
ferroviária brasileira. De acordo com o ministro da
Infraestrutura, para o ano de 2020, há “possibilidades muito
concretas” da realização das concessões da Ferrovia de
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão. “E
discutimos soluções para a Transnordestina. Muito em breve
teremos boas notícias para dar à população dos três estados -
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra”,
afirmouo ministro.
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
O transporte rodoviário é aquele feito por meio de vias,
como estradas, rodovias e ruas, as quais podem ser
asfaltadas ou não. Esse meio de transporte tem a função de
deslocar cargas, pessoas e animais para diversos lugares.
A consolidação do transporte rodoviário ocorreu com a
intensificação da indústria automobilística, fato ocorrido nas
primeiras décadas do século XX. Atualmente, no Brasil, o
transporte rodoviário representa uma das mais importantes
formas de movimentação de cargas no país.
Apesar de ter seu uso bastante difundido no mundo, o
transporte rodoviário gera custos altos, se comparado com o
transporte ferroviário e hidroviário. O alto valor do frete é
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que
deve ser feita periodicamente nos veículos. Nesse sistema de
transporte, a infraestrutura necessária para seu
funcionamento possui um valor elevado em sua construção e
manutenção e o custo pode se elevar ainda mais quando o
terreno é acidentado, característica essa bastante presente no
Brasil. Esse fator gera a necessidade de construções
adaptadas às condições do relevo, como túneis, viadutos,
entre outros. A principal indicação do transporte rodoviário
é o seu uso em casos de deslocamentos curtos, pois o mesmo
possibilita uma grande agilidade.
Adaptado. Fontes: http://bit.ly/34D38Y1;
http://bit.ly/2Z15JK9.
Com base no texto 'CAMINHONEIROS', leia as afirmativas
a seguir:
I. No texto, é possível identificar a ideia de que, apesar de
um grupo de caminhoneiros ter falado sobre a possibilidade
de uma greve que se iniciaria no dia 16 de agosto de 2019, a
maior parte dos representantes da categoria descarta o
movimento. De acordo com o autor, a baixa aderência da
categoria ao movimento é resultado das medidas do Banco
Central em favor da redução da taxa Selic, que afeta
diretamente o custo do frete rodoviário.
II. O texto permite deduzir que, apesar de ter seu uso
bastante difundido no mundo, o transporte rodoviário gera
custos altos, se comparado com o transporte ferroviário e
hidroviário. O alto valor do frete, afirma o texto, é
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que
deve ser feita periodicamente nos veículos.
III. No texto, o autor afirma que, no sistema de transporte
rodoviário, a infraestrutura possui um valor elevado em sua
construção e manutenção. Ainda de acordo com o autor,
esse custo pode se elevar também quando o terreno é
acidentado, característica essa bastante rara no Brasil, ou
quando o caminhoneiro deixa de tomar os cuidados
essenciais para a manutenção da segurança da carga.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
86
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D D D D A D D D A E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D C D C D E C D B B
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B D D D B A C C C B
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
D C D B C A D A D C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
A A D B C C B B A E
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
D A B C A B C D B C
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
C C B A D B D A B C
71 72 73 74 75
C C C C B
87
MATEMÁTICA
2. Operações com números naturais
Adição
A operação que associa cada par de números naturais á sua
soma é chamada de adição. Indica-se por:
Subtração
A operação que associa cada par de números naturais
m ≥ s com à sua diferença d é chamada de subtração.
Indica-se por:
Multiplicação em N
A operação que associa cada par de números
naturais a e b ao seu produto P é chamada multiplicação.
Indica-se por:
Divisão em N
Definição
A operação que associa cada par de números naturaisDedao
maior natural q, que multiplicado por dnão supera D, é
chamada de divisão, com resto r. Indica-se por:
Propriedades da adição
Fechamento: A adição no conjunto dos números naturais é
fechada, pois a soma de dois números naturais é ainda um
número natural. O fato que a operação de adição é fechada
em N é conhecido na literatura do assunto como: A adição é
uma lei de composição interna no conjunto N.
Associativa: A adição no conjunto dos números naturais é
associativa, pois na adição de três ou mais parcelas de
números naturais quaisquer é possível associar as parcelas
de quaisquer modos, ou seja, com três números naturais,
somando o primeiro com o segundo e ao resultado obtido
somarmos um terceiro, obteremos um resultado que é igual à
soma do primeiro com a soma do segundo e o terceiro.
Elemento neutro: No conjunto dos números naturais, existe
o elemento neutro que é o zero, pois tomando um número
natural qualquer e somando com o elemento neutro (zero), o
resultado será o próprio número natural.
Comutativa: No conjunto dos números naturais, a adição é
comutativa, pois a ordem das parcelas não altera a soma, ou
seja, somando a primeira parcela com a segunda parcela,
teremos o mesmo resultado que se somando a segunda
parcela com a primeira parcela.
Propriedades da multiplicação
Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto N dos
números naturais, pois realizando o produto de dois ou mais
númros naturais, o resultado estará em N. O fato que a
operação de multiplicação é fechada em N é conhecido na
literatura do assunto como: A multiplicação é uma lei de
composição interna no conjunto N.
Associativa: Na multiplicação, podemos associar 3 ou mais
fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o
primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por
um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado que
multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo
segundo.
(m.n).p = m.(n.p)
(3.4).5 = 3.(4.5) = 60
Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais existe
um elemento neutro para a multiplicação que é o 1.
Qualquer que seja o número natural n, tem-se que:
88
1.n = n.1 = n
1.7 = 7.1 = 7
Comutativa: Quando multiplicamos dois números naturais
quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto, ou seja,
multiplicando o primeiro elemento pelo segundo elemento
teremos o mesmo resultado que multiplicando o segundo
elemento pelo primeiro elemento.
m.n = n.m
3.4 = 4.3 = 12
Propriedade Distributiva
Multiplicando um número natural pela soma de dois
números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por
cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados
obtidos.
m.(p+q) = m.p + m.q
6x(5+3) = 6x5 + 6x3 = 30 + 18 = 48
Representação geométrica dos números naturais
A representação geométrica nos números naturais é feita da
seguinte maneira:
Construimos uma reta, em seguida estabelecemos um ponto
de origem zero. Em intervalo iguais fazemos uma sucessão
acrescentando 1 à unidade anterior.
2.1 Múltiplos e divisores
Os conceitos de múltiplos e divisores de um número natural
estendem-se para o conjunto dos números inteiros. Quando
tratamos do assunto múltiplos e divisores, referimo-nos
a conjuntos numéricos que satisfazem algumas
condições. Os múltiplos são encontrados após a
multiplicação por números inteiros, e os divisores são
números divisíveis por um certo número.
Devido a isso, encontraremos subconjuntos dos números
inteiros, pois os elementos dos conjuntos dos múltiplos e
divisores são elementos do conjunto dos números inteiros.
Para entender o que são números primos, é necessário
compreender o conceito de divisores.
Múltiplos de um número
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, o número a é
múltiplo de b se, e somente se, existir um número
inteiro k tal que a = b · k. Desse modo, o conjuntodos
múltiplos de a é obtido multiplicando a por todos
números inteiros, os resultados dessas multiplicações são
os múltiplos de a.
Por exemplo, listemos os 12 primeiros múltiplos de 2. Para
isso temos que multiplicar o número 2 pelos 12 primeiros
números inteiros, assim:
2 · 1 = 2
2 · 2 = 4
2 · 3 = 6
2 · 4 = 8
2 · 5 = 10
2 · 6 = 12
2 · 7 = 14
2 · 8 = 16
2 · 9 = 18
2 · 10 = 20
2 · 11 = 22
2 · 12 = 24
Portanto, os múltiplos de 2 são:
M(2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24}
Observe que listamos somente os 12 primeiros números,
mas poderíamos ter listado quantos fossem necessários, pois
a lista de múltiplos é dada pela multiplicação de um número
por todos os inteiros. Assim, o conjunto dos múltiplos é
infinito.
Para verificar se um número é ou não múltiplo de outro,
devemos encontrar um número inteiro de forma que a
multiplicação entre eles resulte no primeiro número. Veja os
exemplos:
→ O número 49 é múltiplo de 7, pois existe número inteiro
que, multiplicado por 7, resulta em 49.
49 = 7 · 7
→ O número 324 é múltiplo de 3, pois existe número inteiro
que, multiplicado por 3, resulta em 324.
324 = 3 · 108
→ O número 523 não é múltiplo de 2, pois não existe
número inteiro que, multiplicado por 2, resulte em 523.
523 = 2 · ?
Divisores de um número
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos dizer
que b é divisor de a se o número b for múltiplo de a, ou seja,
a divisão entre b e a é exata (deve deixar resto 0).
Veja alguns exemplos:
→ 22 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 22.
→ 63 é múltiplo de 3, logo, 3 é divisor de 63.
→ 121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de 121.
Para listar os divisores de um número, devemos buscar os
números que o dividem. Veja:
– Liste os divisores de 2, 3 e 20.
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/numeros-inteiros.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/conjuntos-numericos.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/multiplicacao-numeros-inteiros.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/o-resto-divisao.htm
89
D(2) = {1, 2}
D(3) = {1, 3}
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Observe que os números da lista dos divisores sempre são
divisíveis pelo número em questão e que o maior valor que
aparece nessa lista é o próprio número, pois nenhum
número maior que ele será divisível por ele.
Por exemplo, nos divisores de 30, o maior valor dessa lista é
o próprio 30, pois nenhum número maior que 30 será
divisível por ele. Assim:
D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}
Propriedade dos múltiplos e divisores
Essas propriedades estão relacionadas à divisão entre dois
inteiros. Observe que quando um inteiro é múltiplo de outro,
é também divisível por esse outro número.
Considere o algoritmo da divisão para que possamos melhor
compreender as propriedades.
N = d · q + r, em que q e r são números inteiros.
Lembre-se de que N é chamado de dividendo; d, de
divisor; q, de quociente; e r, de resto.
→ Propriedade 1: A diferença entre o dividendo e o resto
(N – r) é múltipla do divisor, ou o número d é divisor de (N
– r).
→ Propriedade 2: (N – r + d) é um múltiplo de d, ou seja, o
número d é um divisor de (N – r + d).
Veja o exemplo:
– Ao realizar a divisão de 525 por 8, obtemos quociente q =
65 e resto r = 5. Assim, temos o dividendo N = 525 e o
divisor d = 8. Veja que as propriedades são satisfeitas, pois
(525 – 5 + 8) = 528 é divisível por 8 e:
528 = 8 · 66
2.2 Números primos
Os números primos são aqueles que possuem como divisor
em sua listagem somente o número 1 e o próprio número.
Para verificar se um número é primo ou não, um dos
métodos mais triviais é fazer a listagem dos divisores desse
número. Caso apareça números a mais que 1 e o número em
questão, este não é primo.
→ Verifique quais são os números primos entre 2 e 20. Para
isso, vamos fazer a lista dos divisores de todos esses
números entre 2 e 20.
D(2) = {1, 2}
D(3) = {1, 3}
D(4) = {1, 2, 4}
D(5) = {1, 5}
D(6) = {1, 2, 3, 6}
D(7) = {1, 7}
D(8) = {1, 2, 4, 8}
D(9) = {1, 3, 9}
D(10) = {1, 2, 5, 10}
D(11) = {1, 11}
D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
D(13) = {1, 13}
D(14) = {1, 2, 7, 14}
D(15) = {1, 3, 5, 15}
D(16) = {1, 2, 4, 16}
D(17) = {1, 17}
D(18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}
D(19) = {1, 19}
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Assim, os números primos entre 2 e 20 são:
{2, 3, 5, 7, 11, 13, 17 e 19}
Observe que o conjunto é de alguns dos primeiros primos,
essa lista continua. Veja que quanto maior é o número, mais
difícil torna-se dizer se ele é primo ou não.
2.3 Máximo divisor comum
Dois números naturais sempre têm divisores comuns. Por
exemplo: os divisores comuns de 12 e 18 são 1,2,3 e 6.
Dentre eles, 6 é o maior. Então chamamos o 6 de máximo
divisor comum de 12 e 18 e indicamos m.d.c.(12,18) = 6.
* O maior divisor comum de dois ou mais números é
chamado de máximo divisor comum desses números.
Usamos a abreviação m.d.c.
Alguns exemplos:
mdc (6,12) = 6
mdc (12,20) = 4
mdc (20,24) = 4
mdc (12,20,24) = 4
mdc (6,12,15) = 3
Cálculo do M.D.C.
Um modo de calcular o m.d.c. de dois ou mais números é
utilizar a decomposição desses números em fatores primos.
1) decompomos os números em fatores primos;
2) o m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns.
Acompanhe o cálculo do m.d.c. entre 36 e 90:
36 = 2 x 2 x 3 x 3
90 = 2 x 3 x 3 x 5
O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns =>
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/numeros-primos.htm
90
m.d.c.(36,90) = 2 x 3 x 3
Portanto m.d.c.(36,90) = 18.
Escrevendo a fatoração do número na forma de potência
temos:
36 = 22 x 32
90 = 2 x 32 x5
Portanto m.d.c.(36,90) = 2 x 32 = 18.
* O m.d.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é
o produto dos fatores comuns a eles, cada um elevado ao
menor expoente.
Cálculo do M.D.C. pelo processo das divisões sucessivas
Nesse processo efetuamos várias divisões até chegar a uma
divisão exata. O divisor desta divisão é o m.d.c. Acompanhe
o cálculo do m.d.c.(48,30).
Regra prática:
1º) dividimos o número maior pelo número menor;
48 / 30 = 1 (com resto 18)
2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão anterior,
por 18, que é o resto da divisão anterior, e assim
sucessivamente;
30 / 18 = 1 (com resto 12)
18 / 12 = 1 (com resto 6)
12 / 6 = 2 (com resto zero - divisão exata)
3º) O divisor da divisão exata é 6. Então m.d.c.(48,30) = 6.
Números primos entre si
* Dois ou mais números são primos entre si quando o
máximo
divisor comum desses números é 1.
Exemplos:
Os números 35 e 24 são números primos entre si, pois mdc
(35,24) = 1.
Os números 35 e 21 não são números primos entre si, pois
mdc (35,21) = 7.
Propriedade do M.D.C.
Dentre os números 6, 18 e 30, o número 6 é divisor dos
outros dois. Neste caso, 6 é o m.d.c.(6,18,30).
Observe:
6 = 2 x 3
18 = 2 x 32
30 = 2 x 3 x 5
Portanto m.d.c.(6,18,30) = 6
* Dados dois ou mais números, se um deles é divisor de
todos os outros, então ele é o m.d.c. dos números dados.
2.3.1 Mínimo múltiplo comum
Como 24 é divisível por 3, dizemos que 24 é múltiplo de 3.
24 também é múltiplo de 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12 e 24.
* Se um número é divisível por outro, diferente de zero,
então dizemos que ele é múltiplo desse outro.
Os múltiplos de um número são calculados multiplicando-se
esse número pelos números naturais.
Exemplo: os múltiplos de 7 são:
7x0 , 7x1, 7x2 , 7x3 , 7x4 , ... = 0 , 7 , 14 , 21 , 28 , ...
Observações importantes:
1) Um número tem infinitos múltiplos
2) Zero é múltiplo de qualquer número natural
O que é M.M.C.?
Dois ou mais números sempre têm múltiplos comuns a eles.
Vamos achar os múltiplos comuns de 4 e 6:
Múltiplos de6: 0, 6, 12, 18, 24, 30,...
Múltiplos de 4: 0, 4, 8, 12, 16, 20, 24,...
Múltiplos comuns de 4 e 6: 0, 12, 24,...
Dentre estes múltiplos, diferentes de zero, 12 é o menor
deles. Chamamos o 12 de mínimo múltiplo comum de 4 e
6.
* O menor múltiplo comum de dois ou mais números,
diferente de zero, é chamado de mínimo múltiplo
comum desses números. Usamos a abreviação m.m.c.
Cálculo do M.M.C.
Podemos calcular o m.m.c. de dois ou mais números
utilizando a fatoração. Acompanhe o cálculo do m.m.c. de
12 e 30:
1º) decompomos os números em fatores primos
2º) o m.m.c. é o produto dos fatores primos comuns e não-
comuns:
12 = 2 x 2 x 3
30 = 2 x 3 x 5
m.m.c (12,30) = 2 x 2 x 3 x 5
Escrevendo a fatoração dos números na forma de potência,
temos:
12 = 22 x 3
30 = 2 x 3 x 5
m.m.c (12,30) = 22 x 3 x 5
O m.m.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o
91
produto dos fatores comuns e não-comuns a eles, cada um
elevado ao maior expoente.
Processo da decomposição simultânea
Neste processo, decompomos todos os números ao mesmo
tempo, em um dispositivo como mostra a figura ao lado. O
produto dos fatores primos que obtemos nessa
decomposição é o m.m.c. desses números. A seguir vemos o
cálculo do m.m.c.(15,24,60).
Portanto, m.m.c.(15,24,60) = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 120
Propriedade do M.M.C.
Entre os números 3, 6 e 30, o número 30 é múltiplo dos
outros dois. Neste caso, 30 é o m.m.c.(3,6,30). Observe:
m.m.c.(3,6,30) = 2 x 3 x 5 = 30
Dados dois ou mais números, se um deles é múltiplo de
todos os outros, então ele é o m.m.c. dos números dados.
Considere os números 4 e 15, que são primos entre si. O
m.m.c.(4,15) é igual a 60, que é o produto de 4 por 15.
Observe:
m.m.c.(4,15) = 2 x 2 x 3 x 5 = 60
* Dados dois números primos entre si, o m.m.c. deles é o
produto desses números.
2.4 Frações
Frações ordinárias são frações da forma
Sendo a um número inteiro qualquer e b um inteiro positivo
maior que zero.
Exemplo: etc.
Frações decimais
Observe as frações:
Os denominadores são potências de 10.
Assim:
Denominam-se frações decimais todas as frações que
apresentam potências de 10 no denominador.
O francês Viète (1540 - 1603) desenvolveu um método para
escrever as frações decimais. No lugar de frações, Viète
escreveria números com vírgula. Esse método, modernizado,
é utilizado até hoje.
92
Observe no quadro a representação de frações decimais
através de números decimais.
Os números 0,1, 0,01, 0,001 e 1,17, por exemplo, são
números decimais. Nessa representação, verificamos que a
vírgula separa a parte inteira da parte decimal.
Frações: comparação de frações
As frações possuem o objetivo de representar partes de um
inteiro através de situações geométricas ou numéricas.
Podemos comparar frações utilizando a representação
numérica através de algumas técnicas e propriedades.
Comparar significa analisar qual representa a maior ou
menor quantidade ou se elas são iguais.
1º situação
Quando os denominadores são iguais, basta compararmos
somente o valor dos numeradores. Observe a comparação
entre as frações .
Note que os denominadores são iguais, dessa forma, vamos
comparar os numeradores:
4 > 2 (quatro é maior que dois), então .
Veja outra comparação envolvendo as frações .
Os denominadores também são iguais, assim basta
identificarmos qual dos numeradores é maior. Percebemos
que 15 é maior que 7 (15 > 7), portanto .
2ª situação
Quando os denominadores são diferentes, devemos realizar
operações no intuito dos denominadores se tornarem iguais.
Quando eles se tornam iguais aplicamos as definições da 1ª
situação. O processo que irá transformar os denominadores
em valores iguais é chamado de redução e consiste em
descobrir um número pelo qual iremos multiplicar os
membros de uma fração para que os denominadores
assumam o mesmo valor. Observe:
As frações dadas possuem denominador 6 e 3,
respectivamente. Vamos multiplicar os membros da 1ª
equação por 3 e multiplicar os membros da 2ª equação por 6.
Veja:
Note que , portanto .
Observe que multiplicamos os membros da 1ª equação pelo
denominador da 2ª equação e os membros da 2ª equação
pelo denominador da 1ª equação.
Veja mais um exemplo:
Vamos comparar as frações .
Vamos aplicar as reduções nas frações utilizando a regra
prática já enunciada.
93
Observe que , dessa forma temos que .
Operações com frações
O segredo para resolução dos cálculos que envolvem os
números fracionários não está presente apenas na
observância das suas partes, mas também nas possibilidades
de trabalhar com os seus diferentes tipos, a exemplo
as frações mistas e impróprias.
Diante disso, vale conhecer também cada estratégia de
operação com fração matemática.
Adição
A primeira operação a ser abordada é a soma de frações.
Para encontrar a solução desta operação com fração, o
primeiro passo é deixar os denominadores dos números
fracionários envolvidos iguais. Nos casos em que isso já
ocorre, só é necessário executar a soma de todos os
numeradores e manter o denominador comum.
Para os denominadores diferentes, é preciso fazer alguns
cálculos para converter as frações em denominadores de
igual valor. Para tal objetivo, basta escolher como
denominador o resultado do mínimo múltiplo comum
(MMC), considerando todos os denominadores presentes na
operação com fração.
Exemplo:
MMC:
Depois de deixar os números fracionários com o mesmo
denominador, chega o momento de seguir com a estratégia
usada no caso de sentenças de adição que têm o mesmo
denominador.
Para as chamadas frações mistas, aquelas em que estão
presentes uma a parte inteira e outra fracionada, é preciso
deixar a operação com fração com o mesmo valor de
denominador e resolver de forma separada a soma de todas
as partes inteiras e fracionárias.
O segundo método de cálculo é fazer a conversão da fração
mista em fração imprópria, aquela que possui o numerador
maior ou igual ao denominador.
Subtração
Na hora de fazer a subtração de frações ou diferença de
frações, a regra do mesmo denominador segue validada.
Para a operação com fração em que já existe um
denominador comum, basta subtrair os numeradores e
manter os denominadores do número fracionário.
Exemplo:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/soma-de-fracoes
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/minimo-multiplo-comum-mmc
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/minimo-multiplo-comum-mmc
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/subtracao-de-fracoes
94
Resolução:
Com as frações que têm denominadores originais diferentes,
é necessário calcular o MMC, dentro do objetivo de
encontrar o denominador de igual valor.
Exemplo:
MMC:
Feita a igualdade de denominadores, resta apenas seguir
com a subtração.
No caso das frações mistas, a subtração é feita após igualar
os denominadores. Com os denominadores iguais, começa
o processo de cálculo separado dos objetos inteiros e
fracionados.
A transformação da fração mista em imprópria é a segunda
opção para ter a solução da diferença.
Multiplicação
Na multiplicação, os denominadores envolvidos não
precisam ser igualados, pois esta operação com fração é feita
de forma mais simples, através da multiplicação
dos numerados da sentença. A mesma metodologia é usada
para os denominadores das frações.
Exemplo:
A multiplicação de frações mistas é executada por meio da
conversão em frações impróprias.
Divisão
A divisão, última das quatro operações aritméticas básicas, é
realizada por meio da troca das frações que podem ser
divididas, mudando deposição o numerador pelo
denominador e fazendo a multiplicação dos novos objetos da
operação com fração.
Exemplo:
Troca das frações:
95
Resolução:
No caso da fração mista, a divisão segue a mesma linha de
troca em fração imprópria. Depois de fazer a conversão, é
só seguir com a estratégia de divisão de número fracionários
que foi apresentada.
Lembrete: No caso de sentenças com múltiplas operações,
a operação com fração leva em consideração que a
multiplicação e a divisão têm prioridade sobre a adição e a
subtração. É obrigatório fazer primeiro as multiplicações,
divisões e por último as somas e subtrações.
2.5 Números decimais
Os números decimais são caracterizados por ter uma parte
inteira e uma parte decimal separadas por uma vírgula. De
modo geral, dizemos que números decimais não são inteiros,
pois eles representam quantidades “quebradas”, ou seja,
partes fracionadas de algo inteiro. Além disso, todo número
decimal finito e dizima periódica possuem representações
fracionárias.
Os números decimais têm como principal característica
a presença da vírgula. Assim como os números inteiros, os
decimais também utilizam o sistema de numeração decimal,
ou seja, podemos diferenciar os números pela posição em
que os algarismos se encontram.
Os números decimais aparecem com frequência em nosso
cotidiano, como ao realizar compras em um supermercado
ou abastecer um carro. Assim, é importante entender como
funciona o sistema de posição e, consequentemente, a
nomenclatura desses números. Veja os exemplos:
Vamos analisar o número 5,4561.
5 → Parte inteira
4 → Décimos
5 → Centésimos
6 → Milésimos
1 → Décimo de Milésimos
Veja que o algarismo 5 aparece duas vezes no número,
entretanto, ele representa quantidades diferentes. O 5 (parte
inteira) indica 5 unidades, enquanto os números que estão à
direita da vírgula representam frações de um inteiro. Assim,
a leitura do número deve ser feita da seguinte maneira:
Cinco inteiros, quatro mil, quinhentos e sessenta e um
décimo de milésimos
Operações com números decimais
• Adição
A adição de números decimais é definida assim como
a adição de números inteiros. Devemos somar parte inteira
com parte inteira, décimos com décimos, centésimos com
centésimos e assim sucessivamente. Em outras palavras,
devemos colocar vírgula abaixo de vírgula. Veja o
exemplo:
• Subtração
A subtração entre dois números decimais se dá da mesma
forma que a adição de números inteiros. Operamos parte
inteira com parte inteira, décimos com décimos, e assim
sucessivamente. Veja o exemplo:
• Multiplicação
A multiplicação entre dois números decimais é realizada de
maneira semelhante à multiplicação de números inteiros. Ao
final somamos a quantidade de casas decimais dos dois
números e colocamos essas casas decimais no resultado.
https://escolakids.uol.com.br/matematica/fracao-geratriz.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/numeros-negativos.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/numeros-negativos.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/operacao-da-adicao.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/operacao-da-subtracao.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/multiplicacao.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/multiplicacao.htm
96
• Divisão
Para realizar a divisão entre números decimais, precisamos
igualar as casas decimais multiplicando os dois números por
potências de dez, ou seja, dez, cem, mil e assim por diante.
Após as casas decimais estarem iguais, a divisão é realizada
da mesma maneira que a de números inteiros.
Relação entre frações e números decimais
Veja no exemplo:
Sim, isso mesmo. Uma fração é a mesma coisa que um
número decimal, só que representada com uma divisão e não
na forma explícita de número.
Suponha que você tem uma moeda de uma moeda de 10
centavos, todos concordam que 10 centavos é a décima parte
de 1 real, certo? Então dizemos:
Ao mesmo tempo, temos que 10 centavos é o mesmo que R$
0,10, pois é assim que usualmente se fala de dinheiro.
Concluímos que:
Da mesma maneira:
Ou seja, sempre há uma relação entre frações e decimais.
2.6 Porcentagem
É muito utilizada para comparação de valores representando
crescimento ou queda. Também chamada de razão
centesimal ou percentual, significa “por cento”, que quer
dizer uma determinada parte de cada 100 partes.
A porcentagem é representada pelo símbolo % (por cento),
mas pode ser escrita também na forma de número decimal
ou fração. Veja abaixo alguns exemplos de como calcular a
porcentagem:
1. Uma loja de eletrodomésticos possui o preço de custo
de R$ 210 para determinada mercadoria. Para que seja
possível obter um lucro de 20% na venda dessa mercadoria,
por quanto a loja deve vendê-la?
20% de 210 = 0,2 x 210 = 42
210 + 42 = 252
A loja deve vender a mercadoria por R$ 252 para que se
tenha um lucro de 20%.
2. Um sapato custa R$ 82. O desconto para pagamento à
vista é de 15%. Quanto o cliente pagará com o desconto?
15% de 82 = 0,15 x 82 = 12,3
82 – 12,3 = 69,70
O cliente pagará R$ 69,70 pelo sapato.
3. Uma perfumaria ofereceu desconto de 10% em todos os
seus produtos. Isso significa que, em cada R$ 100, foi dado
um desconto de R$ 10.
4. No time do Santos, 90% dos jogadores são craques.
Quer dizer que em cada 100 jogadores corintianos, 90 são
craques.
5. O feijão teve um aumento de 15%. Significa que em
cada R$ 100 houve um acréscimo de R$ 15.
2.7 Áreas de figuras planas
No estudo de áreas de figuras planas as medidas são
expressas em metros quadrados. Vale ressaltar que as áreas
compreendem as partes internas das figuras, ou seja, o
espaço que ela ocupa.
Seguindo o Sistema Internacional de Medidas, sistema
métrico mais utilizado do mundo, as unidades de
https://escolakids.uol.com.br/matematica/divisao-com-virgula.htm
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/unidades-de-medida
https://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads/2013/06/a3im1.png
https://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads/2013/06/a3im2.png
https://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads/2013/06/a3im3.png
https://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads/2013/06/a3im4.png
97
medida mais usadas na definição de áreas planas são:
Mm² – Milímetro quadrado
Cm² – Centímetro quadrado
Dm² – Decímetro quadrado
M² – metro quadrado
Dam² – Decâmetro quadrado
Hm² – Hectômetro quadrado
Km² – quilômetro quadrado
Quadrado
A figura geométrica que possui quatro lados iguais recebe o
nome de quadrado. Além disso, outra característica que
define o quadrado é que seus quatro ângulos internos
possuem 90°.
Para calcular a área do quadrado, vamos começar chamando
os lados da figura de L.
As áreas de figuras planas de quatro lados são chamadas de
quadrado. (Foto: Educa Mais Brasil)
Em seguida, chamaremos a área de A. Logo, a fórmula para
calcular as áreas de figuras planas com essas características
será:
A = L²
Círculo
O círculo é uma figura plana fechada com formato de
circunferência. Mas é importante entender que círculo e
circunferência não são a mesma coisa.
Define-se de circunferência a união de vários pontos que
partem do mesmo lugar. Já o círculo é o espaço ocupado por
essa forma. Ele ainda é composto por diferentes
características.
Raio: distância entre o centro do círculo até qualquer
extremidade.
Diâmetro: linha reta que corta o círculo ao meio e passa
por esse ponto central. Pode ser visto ainda como a junção
de dois raios.
Corda do círculo: linha reta que passa pelo círculo em
qualquer direção, mas que não passa pelo centro.
Arco do círculo: ligação de duas linhas retas dentro do
círculo, mas que não seguem na mesma direção.
Para o cálculoda área do círculo, vamos representar a área
com a letra A. Utilizaremos o número pi, que tem o valor de
3,14 e, por fim, o raio, que será representado pela letra r.
Logo a fórmula será a seguinte:
Fórmula para cálculo da área do círculo. (Foto: Educa
Mais Brasil)
Triângulo
As figuras planas que são formadas por três linhas retas com
o mesmo tamanho e que se fecham nas extremidades são
chamadas de triângulo.
A fórmula que define as áreas de figuras planas com essas
características é formada da seguinte maneira: chamaremos
de B a base da figura, de A a sua área e de h a altura.
A fórmula para cálculo da área do triângulo então tem o
seguinte formato:
Fórmula para cálculo da área do triângulo. (Foto: Educa
Mais Brasil)
Retângulo
Quando uma figura possui quatro lados onde, dois pares são
de um tamanho e os outros dois pares de outro, ela recebe o
nome de retângulo.
Essas figuras têm outra característica específica: todos os
seus ângulos internos possuem 90°. Para calcular a área de
figuras planas com essas definições deve-se chamar a área
de A, a base de B e a altura de h.
A fórmula para o cálculo da área do retângulo então será a
seguinte:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/unidades-de-medida
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/area-do-quadrado
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/area-do-circulo
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/numero-pi
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/area-do-triangulo
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/area-do-retangulo
98
Fórmula para cálculo da área do retângulo. (Foto: Educa
Mais Brasil)
Losango
O losango é uma figura que possui quatro semirretas de
mesmo tamanho, mas essa se difere do quadrado pois seus
quatro ângulos não são iguais. No losango, dois ângulos tem
uma abertura e outros dois outra abertura, por exemplo, dois
ângulos de 90° e dois de 160°.
Para se chegar as áreas de figuras planas com essas
propriedades, deve-se traçar duas semirretas entre esses
ângulos de mesma abertura. Cada uma dessas linhas
receberam uma letra: D (diagonal menor ) d (diagonal
menor). A fórmula para cálculo da área do losango é dada
por:
Fórmula para cálculo da área do losango. (Foto: Educa
Mais Brasil)
2.8 Medidas de comprimento: área
No Sistema Internacional a unidade de medida padrão para
se medir superfícies ou áreas é o metro quadrado (m²)
1 km² → 1.000.000 m² = 106 m²
1 hm² → 10.000 m² = 104 m²
1 dam² →100 m² = 102 m²
1 dm² → 0,01 m² = 10-2 m²
1 cm² → 0,0001 m² = 10-4 m²
1 mm² → 0,000001 m² = 10-6 m²
Área é a medida de uma dimensão determinada, ou seja,
serve para calcular uma superfície plana.
Veja abaixo as fórmulas de cada figura geométrica plana:
2.8.1 Tempo
No Sistema Internacional, a unidade básica de tempo é o
segundo, cujo símbolo é s.
Unidade de medida não decimal
Em questões de concursos os problemas envolvem
conversões das seguintes unidade de tempo: segundo,
minuto, a hora, a semana, o mês, o ano, e o século. Abaixo
coloquei as principais:
1 minuto =60 segundos;
1 hora = 60 minutos;
1 hora = 3.600 segundos;
1 mês comercial = 30 dias;
1 ano comercial = 360 dias;
1 ano civil = 365 dias.
– semana = 7 dias;
– quinzena = 15 dias;
– bimestre = 2 meses;
– trimestre = 3 meses;
– semestre = 6 meses;
– lustro = 5 anos;
– década = 10 anos;
– século = 100 anos.
2.8.2 Massa
A grandeza massa não é muito usual no dia a dia, mas muito
comum quando nos deparamos com problemas de
física. Unidade padrão: quilograma (kg)
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/area-do-losango
99
Quilograma → 1 kg = 1000 g
Hectograma → 1 hg = 100 g
Decagrama → 1 dag = 10 g
Decigrama → 1 dg = 0,1 g
Centigrama → 1 cg = 0,01 g
Miligrama → 1 mg = 0,001 g
Dizemos 1.000 kg corresponde a 1 tonelada
1 t = 1.000 kg
Exemplos:
Converter 32 g em hg:
hg ← dag ← g
Deveremos deslocar a vírgula duas casas decimais para a
esquerda.
32 g = 0,32 hg
Converter 782 kg em toneladas:
Uma tonelada (1 t) equivale a 1.000 kg. Assim, deveremos
dividir a quantidade de kg por 1.000, que é o mesmo que
deslocar a vírgula três casas decimais à esquerda.
Logo, 782 kg = 0,782 t
2.8.3 Capacidade e velocidade
A unidade de medida de capacidade mais utilizada é o litro
(l). São ainda usadas o galão, o barril, o quarto, entre outras.
Os múltiplos e submúltiplos do litro são: quilolitro (kl),
hectolitro (hl), decalitro (dal), decilitro (dl), centilitro (cl),
mililitro (ml).
Na física, a velocidade é uma grandeza que identifica o
deslocamento de um corpo num determinado tempo.
Assim, a velocidade média (Vm) mede num intervalo de
tempo médio, a rapidez da deslocação de um corpo.
Fórmula
Para calcular a velocidade média de um corpo, numa
trajetória em um determinado tempo gasto no percurso,
utiliza-se a seguinte expressão:
onde,
ΔS: intervalo de deslocamento (espaço) – posição final
menos a posição inicial
ΔT: intervalo de tempo – tempo final menos o tempo inicial
Unidade de Medida
No Sistema Internacional de Unidades (SI) a velocidade é
dada em metros por segundo (m/s).
Contudo, outra maneira de medir a velocidade é em
quilômetros por hora (km/h), como notamos nas
velocidades marcadas pelos carros e nas placas de trânsito.
Nesse sentido, importante destacar que para a converter m/s
em km/h multiplica-se por 3,6.
Por outro lado, para transformar km/h em m/s divide-se o
valor por 3,6, visto que 1 km são 1000 metros e 1 hora
correspondem a 3600 s.
2.9 Juros simples e compostos
Juros Simples
A taxa de juros simples é calculada com base no valor
inicial de uma compra ou empréstimo. É mais utilizada em
aplicações de curto prazo. A fórmula utilizada para calcular
os juros simples é (J = C * i *t), sendo que:
J = juros
C = capital
i = taxa fixa
t = período de tempo
Exemplo:
1. Carla aplicou R$ 500 a taxa de 3% de juros simples.
Qual será o montante após 8 meses de aplicação?
Primeiro é necessário calcular os juros:
J = C*i*t
J = 500 x 0,03 x 8 = 120
Em seguida, já é possível calcular o montante:
M (montante) = C+J
M = 500 + 120 = 620
Carla terá um montante de R$ 620 reais.
Juros Composto
Essa taxa é calculada sobre o valor acumulado, que aumenta
100
a cada período. É utilizado na maioria das operações
financeiras, como financiamentos, empréstimos, correção da
poupança, entre outros. A fórmula utilizada para calcular os
juros compostos é:
M = C (1+i)t, sendo que:
J = juros
C = capital
i = taxa fixa
t = período de tempo
M = montante
Exemplo:
1. Qual o montante de um capital de R$ 12.000 aplicado
durante três anos em uma instituição financeira que paga
uma taxa de 1,5% de a.m de juros compostos.
M = C*(1+i)t
M = 12000 x (1 + 0,015)36
M = 12000 x 1,01536
M = 12000 x 1,70914
M = 20.509,68
O montante será de R$ 20.509,68.
Sistemas de capitalização
No regime de capitalização simples, os juros são calculados
sempre sobre o valor inicial, não ocorrendo qualquer
alteração da base de cálculo durante o período de cálculo
dos juros. Na modalidade de juros simples, a base de cálculo
é sempre o Valor Atual ou Valor Presente (PV), enquanto na
modalidade de desconto bancário a base de cálculo é sempre
o valor nominal do título (FV). O regime de capitalização
simples representa, portanto, uma equação aritmética, sendo
que o capital cresce de forma linear, seguindo uma reta;
logo, é indiferente se os juros são pagos periodicamente ou
no final do período total. O regime de capitalização simples
é muito utilizado em países com baixo índice de inflação e
custo real do dinheirobaixo; no entanto, em países com alto
índice de inflação ou custo financeiro real elevado, a
exemplo do Brasil, a utilização de capitalização simples só é
recomendada para aplicações de curto prazo. A capitalização
simples, porém, representa o início do estudo da matemática
financeira, pois todos os estudos de matemática financeira
são oriundos de capitalização simples. (KUHNEN, 2008).
Juros Simples
No regime de juros simples, os juros de cada período são
sempre calculados em função do capital inicial (principal)
aplicado. Os juros do período não são somados ao capital
para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes. Os
juros não são capitalizados e, conseqüentemente, não
rendem juros. Assim, apenas o principal é que rende juros.
(PUCCINI, 2004).
Fórmulas
Valor do juro simples - J
Valor do montante simples - FV
Valor Presente – PV
Cálculo da taxa de juros simples – i
Cálculos do período em juros simples – n
Juros Simples Comerciais, ordinários ou bancários.
Nos juros simples comerciais ou ordinários, para estabelecer
a conformidade entre a taxa e o período utilizam-se o ano
comercial. Logo, em juros comerciais todos os meses têm 30
dias e o ano têm 360 dias, não importando o calendário civil.
Juros Simples Exatos
Já os juros simples exatos apóiam-se no calendário civil
para calcular o número de dias entre duas datas. Sendo que o
mês segue o número de dias do calendário, e o ano civil
possui 365 dias ou 366 em ano bissexto.
Juros Simples pela regra dos banqueiros
Os bancos geralmente utilizam uma combinação entre os
conceitos de juros comerciais e exatos, denominado juros
pela regra dos banqueiros. Sendo que para calcular o número
de dias entre duas datas, utiliza-se o conceito de juros
exatos, ou seja, calendário civil, já para calcular o número
total de dias de um ano ou mês, utiliza-se o conceito de juros
comerciais, ou seja, um mês têm 30 dias e um ano têm 360
dias. Este conceito é geralmente empregado em transações
101
financeiras de curto prazo.
Exemplos
1) Se R$ 3.000,00 foram aplicados por cinco meses à
taxa de juros simples de 4% ao mês, determine:
a) Os juros recebidos;
b) O montante.
Solução:
a)
b)
No regime de capitalização composta, os juros produzidos
num período serão acrescidos ao valor aplicado e no
próximo período também produzirão juros, formando o
chamado “juros sobre juros”. A capitalização composta
caracteriza-se por uma função exponencial, em que o capital
cresce de forma geométrica. O intervalo após o qual os juros
serão acrescidos ao capital é denominado “período de
capitalização”; logo, se a capitalização for mensal, significa
que a cada mês os juros são incorporados ao capital para
formar nova base de cálculo do período seguinte. É
fundamental, portanto, que em regime de capitalização
composta se utilize a chamada “taxa equivalente”, devendo
sempre a taxa estar expressa para o período de capitalização,
sendo que o “n” (número de períodos) represente sempre o
número de períodos de capitalização
Em economia inflacionária ou em economia de juros
elevados, é recomendada a aplicação de capitalização
composta, pois a aplicação de capitalização simples poderá
produzir distorções significativas principalmente em
aplicações de médio e longo prazo, e em economia com
altos índices de inflação produz distorções mesmo em
aplicações de curto prazo. (KUHNEN, 2008).
Juros Compostos
O regime de juros compostos é o mais comum no sistema
financeiro e, portanto, o mais útil para cálculos de
problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são
incorporados ao principal para o cálculo dos juros do
período seguinte. Matematicamente, o cálculo a juros
compostos é conhecido por cálculo exponencial de juros.
(BRANCO, 2002).
Fórmulas
Calculo do valor do juro em capitalização composta
Cálculo do valor futuro em capitalização composta
Cálculo do valor presente em capitalização composta
Cálculo da taxa de juros em capitalização composta
Cálculo do período de aplicação em capitalização
composta
Glossário:
LN = Logaritmo Neperiano.
LOG = Logaritmo Decimal.
Exemplos
1) Quanto uma pessoa deve aplicar hoje, para ter
acumulado um montante de R$ 100.000,00 daqui a 12
102
meses, a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês?
Solução:
2.10 Média e noções de estatística
Média, moda e mediana
Média, moda e mediana são dados da Estatística usados
para simplificar um conjunto de informações em único
elemento, que são chamados de medidas de tendência
central. Esses números permitem que certos valores
quantitativos sejam representados por um dado central e
encontrados através de conjuntos finitos e infinitos.
Além da média, moda e mediana, existem outras medidas, a
exemplo da truncada e harmônica. (Foto: Wikipédia)
Conheça as diferenças entre Média, Moda e Mediana.
Média
Conhecida como média aritmética simples, é a operação
em que todos os dados de um determinado conjunto são
somados e divididos pelo valor total de membros
encontrados, ou seja:
M = (x1 + x2 + x3 + … + xn) /nSendo,
• M: média
• x: os valores quantitativos
• n: quantidade de elementos do conjunto
A média entre {8, 11, 14, 20, 27}, por exemplo, é feita da
seguinte maneira:
• x1: 8
• x2: 11
• x3: 14
• x4: 20
• x5: 27
• n: 5, pois são cinco componentes dentro do conjunto.
Substituindo na fórmula, teremos:
M = (x1 + x2 + x3 + … + xn) /n
M = (8+11+14+20 +27) / 5
M = 80/5 = 16
Percebe-se que o quociente da média aritmética não integra
os elementos do conjunto. Isso acontece porque o cálculo
serve para encontrar a medida de centralidade, que reúne
valores baixos e altos.
Além disso, a soma da média com os componentes do
conjunto deve resultar em zero. A comprovação dessa regra
é dada por:
(x1 – M) + (x2 – M) + (x3 – M) + (x4 – M) + (x5 – M) =
( 8 – 16) + (11 – 16 ) + (14 – 16 ) + (20 – 16) + (27 – 16) =
( - 8) + ( - 5) + ( - 2) + 4 + 11 =
(- 15) + 15 = 0
Moda
A Moda (Mo) é o valor que mais aparece dentro de um
conjunto quantitativo. Com isso, para identificá-la, é
necessário encontrar a frequência de determinados dados.
Entre as medidas de centralidade, a moda é uma das poucas
que podem ser aplicadas em variados conjuntos (estimativas
com nomes, cores, roupas, etc.). Para tal, basta calcular o
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/estatistica
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/media-aritmetica
103
termo de maior presença.
Exemplo:
Supondo que os dados são as idades de um time de futebol,
o levantamento deu origem as conjunto: {18, 19, 19,
20, 21, 21, 21 ,23, 25, 26, 27}.
Como a sequência acima já apresenta formato crescente, o
próximo passo é identificar a idade de maior frequência: 2
jogadores têm 19 anos, outros 2 têm 23 anos e 3 deles
apresentam 21 anos.
Portanto, a moda do time de futebol é 21 anos (Mo = 21).
Mediana
A Mediana (Md) significa a medida central de um conjunto
de dados. O seu cálculo depende de certas regras. Confira:
• Os valores quantitativos devem ser arrumados em ordem
crescente.
• Quando a quantidade de elementos forma um conjunto par,
a mediana é o resultado da soma de duas medidas centrais
divididas por dois, isto, é: (xm + xn) / 2.
• Quando a quantidade de elementos forma um conjunto
ímpar, a mediana é o valor que separa os lados maiores e
menores do próprio conjunto.
Exemplos:
Dado os conjuntos:
T = {10, 1, 4, 12, 15,
6, 8}C = {5, 11, 2, 17,14, 20}
1° passo: colocar os valores em ordem crescente:
T = {1,4,6,8,10,12,15}
C = {2,5,11,14,17,20}
Observa-seque o conjunto T é formado por 7 componentes,
ou seja, um número ímpar. Com isso, a mediana será o 4°
elemento, uma vez que separa as partes maiores e menores
do conjunto.
Logo, Md = 8
Já o conjunto C apresenta 6 membros, ou seja, um número
par. Assim, a mediana será a razão entre a soma de duas
medidas centrais (3° e 4° elementos):
Md = 11 +14 / 2
Md = 25/2 = 12,5
Confirma-se que os dois elementos da esquerda (2 e 5) são
realmente menores que a mediana calculada, e os da direita
são maiores (17 e 20).
Média, Moda e Mediana: valor ponderado
Através da média aritmética simples é possível determinar
a média ponderada (Mp) – método que inclui os pesos dos
valores quantitativos.
O cálculo matemático é dado pela soma dos produtos da
multiplicação de uma medida com o seu respectivo peso e,
em seguida, a divisão do resultado pela soma dos pesos.
Exemplo:
A tabela abaixo mostra uma relação de notas. Então, a média
ponderada será:
Mp = (6.3) + (7,3. 2) + (9.2) / 3+2+2
Mp = 18 + 14,6 + 18 / 7
Mp = 50,6/ 7 = 7, 23
Tabelas
Todo dia, a todo momento somos bombardeados por
diversos tipos de dados. Seja pelos vários veículos de
informações ou pelas sinalizações que nos rodeiam. Os
vestibulares em geral, vêm dando uma atenção especial na
habilidade de interpretar uma imagem, de ler e traduzir
gráficos, na habilidade do tratamento da informação. A
maneira de organizar essas informações pode fazer a
diferença na hora de analisá-las. É isso que faremos agora,
compreender as diversas formas de tratar uma informação.
TABELAS
As tabelas são de fundamental importância para organizar
dados. Pode-se arrumar os dados coletados em diversos
tipos de tabelas. Seguem abaixo alguns exemplos:
A) Pesquisa sobre a quantidade de cafeína de alguns
produtos
104
B) Pesquisa sobre consumo de cerveja
C) Tabela periódica é onde ficam organizados os elementos
químicos
Tabela de distribuição de frequências
Destaca-se dentro das tabelas, uma muito importante
denominada Tabela de distribuição de frequências. Para
isso, os elementos são separados em classes, e em seguida, a
frequência de cada classe é contada. Cabe ressaltar que as
classes podem ser unitárias, ou um intervalo real.
Vejamos abaixo, um exemplo de classe unitária.
Uma loja de roupas durante o mês de agosto vendeu 500
calças jeans dentre as numerações 38, 39, 40, 41 e 42. As
numerações das calças vendidas podem ser classificadas de
acordo com a tabela:
Observe que são 80 calças número 38. Dizemos que 80 é
frequência absoluta desse número de calças. Podemos dizer
simplesmente que a frequência é 80.´
Se quisermos uma noção do quanto esse número representa
em relação ao todo, usamos a frequência relativa, que é
razão entre esse valor e o total. Dessa forma, a frequência
relativa é a porcentagem de cada classe em relação ao total
observado.
Gráficos
Os tipos de gráficos incluem as diversas formas de
representar algumas informações e dados, sendo que os mais
importantes são: coluna, linha, pizza e área.
Compreender os gráficos hoje em dia é uma tarefa essencial,
pois eles estão muito presentes em nosso cotidiano, seja nos
jornais, revistas, internet, etc.
Além disso, os concursos, vestibulares e o Enem, contém
diversas questão em que os gráficos estão presentes. Assim,
105
nada mais importante do que conhecer seus tipos e saber
interpretá-los.
O que são Gráficos?
Gráficos são representações visuais utilizadas para exibir
dados, sejam eles, sobre determinada informação, ou valores
numéricos.
Geralmente, são utilizados para demostrar padrões,
tendências e ainda, comparar informações qualitativas e
quantitativas num determinado espaço de tempo.
São ferramentas utilizadas em diversas áreas de estudo
(matemática, estatística, geografia, economia, história, etc.)
para facilitar a visualização de alguns dados, bem como para
tornar os dados mais claros e informativos.
Dessa forma, o uso de gráficos torna a interpretação e/ou
análise mais rápida e objetiva.
Elementos dos Gráficos
Alguns elementos importantes que estão incluídos nos
gráficos são:
• Título: geralmente possuem um título a respeito da
informação que será apresentada.
• Fonte: muitos gráficos, sobretudo os da área de
estatística, apresentam a fonte, ou seja, de onde as
informações foram retiradas. Também podem
apresentar o ano de publicação da fonte referida.
• Números: estes são essenciais para comparar as
informações dadas pelos gráficos. A maior parte
deles utilizam números, seja para indicar
quantidade ou tempo (mês, ano, trimestre).
• Legendas: grande parte dos gráficos apresentam
legendas que auxiliam na leitura das informações
apresentadas. Junto a ela, cores que destacam
diferentes informações, dados ou períodos, são
utilizadas.
Classificação dos Gráficos
Vejamos agora as diversas maneiras de exibir os dados num
gráfico, de acordo com o objetivo pretendido:
Gráfico de Colunas
Também conhecido como “Gráfico de Barra”, eles são
usados para comparar quantidades ou mesmo demostrar
valores pontuais de determinado período. As colunas podem
surgir de duas maneiras:
Horizontal:
Vertical:
Gráficos de Linha
Também chamado de “Gráfico de Segmento”, ele é usado
para apresentar valores (sequência numérica) em
determinado espaço de tempo. Ou seja, mostra as evoluções
ou diminuições de algum fenômeno.
106
Gráfico Pizza
Também chamado de “Gráfico de Setores”, esse modelo
recebe esse nome pois tem a forma de uma pizza, ou seja, é
circular. Eles são utilizados para reunir valores a partir de
um todo, segundo o conceito de proporcionalidade.
Gráfico de Área
Esse tipo de gráfico é utilizado para demostrar as alterações
ou comparar valores ao longo de um tempo. Ele é formado
por um conjunto de linhas e pontos, onde a área é
preenchida.
Histograma
O Histograma é uma ferramenta de análise de dados que
apresenta diversos retângulos justapostos (barras verticais).
Por esse motivo, ele se assemelha ao gráfico de colunas,
entretanto, o histograma não apresenta espaço entre as
barras.
Ele é muito utilizado na área da estatística, sendo um
importante indicador para a distribuição de dados.
Segundo sua representação gráfica, eles são classificados
em:
• Histogramas Simétricos: composto de uma
frequência mais alta (no centro) e que aos poucos
vai diminuindo conforme se aproxima das bordas.
• Histogramas Assimétricos: apresenta somente um
ponto mais alto, sendo que o resto dos retângulos
são assimétricos.
• Histograma Despenhadeiro: nesse tipo, a
representação parece incompleta, pois é usado
quando alguns dados são eliminados.
• Histograma com Dois Picos: nesse caso, temos
duas análises de dados distintas que apresentam
https://www.todamateria.com.br/estatistica-conceito-fases-metodo/
107
dois picos (pontos maiores).
• Histograma Platô: no centro da figura nota-se a
aproximação das frequências, o que forma uma
figura menos desigual.
• Histograma Retângulos Isolados: também
chamado de “ilha isolada”, esse caso de histograma
apresenta lacunas, que por sua vez, indicam uma
anormalidade ou erros no processo.
Infográficos
Os infográficos representam a união de uma imagem com
um texto informativo. As imagens podem conter alguns
tipos de gráficos.
Infográfico sobre o Consumo de Água
Da mesma maneira que os gráficos, eles facilitam a
compreensão sobre um tema. Esse tipo de ferramenta é
muito utilizado no meio jornalístico e ainda, nos livros
didáticos.
Diagramas
Exemplo de Diagrama
Os diagramas são tipos de representações gráficas, que
demostram, por exemplo, um esquema ou uma maquete.
Também são