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EM COPIADORAS É CRIME. 
 
MATERIAL PROTEGIDO PELA LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. 
 
 
SUMÁRIO 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
1. Compreensão e interpretação de textos ........................................................................ 1 
1.1 Ortografia .................................................................................................................... 3 
1.2 Sintaxe ........................................................................................................................ 7 
1.3 Morfologia: substantivo ............................................................................................ 15 
1.3.1 Artigo ..................................................................................................................... 22 
1.3.2 Adjetivo ................................................................................................................. 23 
1.3.3 Pronome ................................................................................................................. 25 
1.3.4 Verbo ..................................................................................................................... 33 
1.3.5 Advérbio ................................................................................................................ 46 
Caderno de Questões – Língua Portuguesa ............................................................... 50 
MATEMÁTICA 
2. Operações com números naturais ............................................................................... 87 
2.1 Múltiplos e divisores ................................................................................................ 88 
2.2 Números primos ....................................................................................................... 89 
2.3 Máximo divisor comum ............................................................................................ 89 
2.3.1 Mínimo múltiplo comum ....................................................................................... 90 
2.4 Frações ...................................................................................................................... 91 
2.5 Números decimais .................................................................................................... 95 
2.6 Porcentagem ............................................................................................................. 96 
2.7 Áreas de figuras planas ............................................................................................. 96 
2.8 Medidas de comprimento: área ................................................................................. 98 
2.8.1 Tempo .................................................................................................................... 98 
2.8.2 Massa ..................................................................................................................... 98 
2.8.3 Capacidade e velocidade ....................................................................................... 99 
2.9 Juros simples e compostos ........................................................................................ 99 
2.10 Média e noções de estatística ................................................................................ 102 
Caderno de Questões - Matemática .......................................................................... 108 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
3. Atendimento ao cidadão com base na Lei 13.460/2017 ........................................... 122 
3.1 Constituição Federal Brasileira de 1988 ................................................................. 126 
3.2 Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal – Lei 1.171/1994 ........ 234 
3.3 Administração de materiais .................................................................................... 237 
3.4 Administração estratégica ....................................................................................... 240 
3.4.1 Administração financeira e orçamentária ............................................................ 243 
3.4.2 Administração geral ............................................................................................. 244 
3.4.3 Administração Pública ......................................................................................... 244 
3.4.4 Atendimento ao público ....................................................................................... 245 
3.5 Correio eletrônico ................................................................................................... 246 
3.6 Ética profissional .................................................................................................... 246 
3.7 Funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle .............. 250 
3.8 Gerenciamento de qualidade .................................................................................. 251 
3.9 Gestão de processos ................................................................................................ 253 
 
 
3.9.1 Gestão de projetos ............................................................................................... 256 
3.9.2 Gestão de recursos humanos ................................................................................ 260 
3.9.3 Gestão por resultados ........................................................................................... 261 
3.10 Lei complementar 101, de 4 de maio de 2000 (lei de responsabilidade fiscal) .... 261 
3.11 Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (lei de acesso à informação) ............ 278 
3.12 Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (licitações e contratos) .............................. 286 
3.13 Microsoft Excel, PowerPoint e Word da versão 2003 até a mais atual ................ 321 
3.13.1 Navegadores Google Chrome, Internet Explorer e Mozilla Firefox ................. 325 
3.14 Noções de contabilidade ....................................................................................... 327 
3.15 Noções de hardware, redes de computadores e softwares .................................... 331 
3.15.1 Segurança na internet ......................................................................................... 335 
3.15.2 Sistema operacional Windows na versão XP até a mais atual .......................... 337 
3.15.3 Windows Explorer ............................................................................................. 340 
Caderno de Questões – Conhecimentos Específicos ................................................ 342 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 361 
 
 
1 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
1. Compreensão e interpretação de textos 
A compreensão e interpretação de texto são duas ações que 
estão relacionadas, uma vez que quando se compreende 
corretamente um texto e seu propósito comunicativo 
chegamos a determinadas conclusões (interpretação). Hoje 
em dia é essencial saber interpretar corretamente os textos, 
entender melhor sobre suas tipologias e as funções da 
linguagem relacionadas a ele. 
 
Resumindo: 
 
• Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem, 
ou seja, análise do que está no explícito do texto. 
 
• Interpretação de textos: é a interpretação que fazemos do 
conteúdo, ou seja, quais conclusões chegamos por meio da 
conexão de ideias e, por isso, vai além do texto. 
 
Compreensão 
 
A compreensão faz uma análise objetiva do texto, buscando 
decodificá-lo e verificar o que realmente está escrito, 
assimilando as principais palavras e ideias presentes no 
conteúdo e coletando dados e informaçõesconcretas. De 
maneira geral, os enunciados de questões que pedem a 
compreensão de um texto utilizam as seguintes expressões: 
 
• O autor afirma que… 
• O autor sugere… 
• Segundo o texto… 
• O autor/narrador do texto diz que… 
• O texto informa que… 
• No texto… 
• De acordo com o autor… 
• Na opinião do autor do texto… 
• Tendo em vista o texto… 
• O autor sugere ainda… 
• De acordo com o texto… 
Desta forma, a compreensão textual envolve a decodificação 
da mensagem que é realizada pelo leitor. Quando ouvimos, 
por exemplo, um noticiário, compreendemos a mensagem 
passada e qual sua finalidade (informar o ouvinte de algum 
acontecimento, por exemplo). 
 
Para compreender os textos escritos não é diferente, porém 
requer o conhecimento da língua, do vocabulário e das 
funções relacionadas com linguagem e a comunicação. 
Logo, por meio da interpretação das palavras e das frases 
podemos compreender melhor a mensagem que está sendo 
transmitida. Por isso, ter um dicionário por perto é sempre 
uma dica boa, se caso houver algum termo desconhecido. 
 
Interpretação 
 
A interpretação de texto trata-se daquilo que podemos 
concluir sobre ele, estabelecendo conexões entre o que está 
escrito e a realidade. Essas conclusões são feitas analisando 
as ideias do autor, sendo que essa análise é subjetiva. Esse 
recurso envolve a capacidade de chegar a determinadas 
conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto 
(visual, auditivo, escrito, oral). Por isso, a interpretação de 
texto é algo subjetivo e que pode variar de leitor para leitor. 
Isso porque cada um possui um repertório interpretativo que 
foi sendo adquirido ao longo da vida. 
 
A interpretação de um texto requer: 
 
• Existência de conhecimento prévio quanto ao 
assunto/conceito abordado no texto; 
• Apreciação pessoal e crítica por parte do leitor já que, de 
alguma forma, ainterpretação sempre depende das 
considerações feitas por quem está lendo o texto. 
 
De forma geral, os enunciados de questões que pedem a 
interpretação de um texto utilizam as seguintes expressões: 
 
• Conclui-se do texto que… 
• O texto permite deduzir que… 
• Diante do que foi exposto, podemos concluir… 
• É possível subentender-se a partir do texto que… 
• Qual a intenção do autor quando afirma que… 
• O texto possibilita o entendimento de que… 
• Infere-se do texto que… 
• Com o apoio do texto, infere-se que… 
• O texto encaminha o leitor para… 
 
Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, 
em grande parte, da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e 
que auxilia na melhor interpretação dos textos e conexão das 
ideias. 
 
Como esses dois conceitos podem ser confundidos em 
alguns contextos, preparamos uma tabela que contém as 
principais diferenças entre a compreensão textual e a 
interpretação textual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
Item Compreensão Interpretação 
 
 
 
 
O que é 
Analisa estritamente 
o que está escrito no 
texto, 
compreendendo de 
froma objetiva, as 
frases e ideias 
presentes. 
Aquilo que se conclui 
sobre o texto. É a 
maneira que o leitor 
interpreta o conteúdo. 
 
 
 
Informação 
Todas as 
informações estão 
presentes no texto. 
A informação está fora 
do texto (ou além do 
texto), mas possui 
forte conexão com ele. 
Análise Preza pela 
objetividade 
Trabalha com 
subjetividade. 
 
Podemos, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. 
Para isso, devemos observar o seguinte: 
 
1 - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
2 - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 
3 - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos umas três vezes ou mais; 
4 - Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 
5 - Volar ao texto quantas vezes precisar; 
6 - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
7 - Partir o texto em pedações (parágrafos, partes) para 
melhor compreensão; 
8 - Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, 
partes) do texto correspondente; 9 - Verificar, com 
atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 
10 - Cuidado com os vocábulos: destoa (= diferente de...), 
não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, 
exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e 
que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o 
que se pediu; 
11 - Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar 
a mais exata ou a mais completa; 
12 - Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um 
fundamento de lógica objetiva; 
13 13 - Cuidado com as questões voltadas para dados 
superficiais; 
14 - Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela 
resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido 
do texto; 
15 - Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras 
denuncia a resposta; 
16 - Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas 
pelo autor, definido o tema e a mensagem; 
17 - O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
18 - Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são 
importantissimos na interpretação do texto. 
 
Ex: Ele morreu de fome. 
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na 
realização do fato ( = morte de "ele" ). 
Ex: ele morreu faminto 
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se 
encontrava quando morreu. 
 
• Textos verbais e não verbais 
 
A leitura é uma atividade de captação de ideias de um autor 
e, para isso, espera-se que o leitor processe, critique ou 
avalie a informação que possui para obter um sentido e 
significado à leitura. De acordo com o dicionário Michaelis, 
interpretar é determinar com precisão o sentido de um texto. 
Logo, o leitor deve não só ler um texto, mas sim prestar 
atenção aos detalhes presentes na leitura, por exemplo, os 
elementos verbais(palavras) e não verbais (imagens, 
símbolos). 
 
Para interpretar um texto verbal é necessário, 
primeiramente, identificar se é um texto literário ou não 
literário. Observe a estrutura, se é escrito em prosa ou em 
verso e parta para a bibliografia para investigar outras 
informações, por exemplo, se a fonte é de um periódico ou 
de um livro de um autor conhecido da literatura. Dessa 
forma, pode-se inferir que o texto não literário apresenta 
uma informação e a importância é no que se diz, enquanto o 
texto literário o mais importante é a forma, o como se diz.. 
 
Além disso, os elementos verbais e não verbais, podem 
aparecer em um texto de forma integrada ou independente, 
apenas compartilhando o mesmo espaço. Logo, deve-se 
perceber o nível de interação entre os elementos para melhor 
interpretar um texto e saber decodificar a interação que os 
elementos possuem e que mensagem veiculam ao leitor. 
Por fim, em um texto verbal, deve-se: 
 
- Observar quem fala no texto: eu lírico (poema), narrador, 
cronista, articulista (prosa); 
- Perceber o ponto de vista do enunciador, ou seja, a 
utilização da 1ª pessoa pessoa (visão particular) ou da 3º 
pessoa (visão coletiva); 
- Analisar os aspectos linguísticos (gramaticais), lexicais 
(escolha vocabular) e estilística (como se faz o uso da 
gramática); 
- Descobrir o estilo do poema; -Identificar recursos 
expressivos (figuras e funções da linguagem); 
 
3 
 
-Relacionar à época contextual. 
 
• Como Interpretar textos não-verbais 
 
Interpretar textos não verbais ou mistos envolve as seguintes 
operações: analisar, explicar, identificar, comparar, etc. 
Porém esses tipos de texto requerem do estudante 
sensibilidade para ler outros códigos, como os gestos, as 
expressões fisionômicas, as cores, a própria imagem, e 
aquilo que está nas entrelinhas. 
 
• Orientações para ler e Interpretar textos mistos 
 
1. Olhe quadro a quadro; 
2. Perceba objetos, pessoas, atividades; 
3. Note frases e palavras; 
4. Observe se há intertextualidade; 
Considere as expressões faciais,os gestos, as cores e outros 
códigos não verbais. 
 
• Textos verbais e não verbais 
 
A leitura é uma atividade de captação de ideias de um 
autor e, para isso, espera-se que o leitor processe, critique 
ou avalie a informação que possui para obter um sentido e 
significado à leitura. De acordo com o dicionário 
Michaelis, interpretar é determinar com precisão o sentido 
de um texto. Logo, o leitor deve não só ler um texto, mas 
sim prestar atenção aos detalhes presentes na leitura, por 
exemplo, os elementos verbais(palavras) e não verbais 
(imagens, símbolos). 
Para interpretar um texto verbal é necessário, 
primeiramente, identificar se é um texto literário ou não 
literário. Observe a estrutura, se é escrito em prosa ou em 
verso e parta para a bibliografia para investigar outras 
informações, por exemplo, se a fonte é de um periódico ou 
de um livro de um autor conhecido da literatura. Dessa 
forma, pode-se inferir que o texto não literário apresenta 
uma informação e a importância é no que se diz, enquanto 
o texto literário o mais importante é a forma, o como se 
diz.. 
Além disso, os elementos verbais e não verbais, podem 
aparecer em um texto de forma integrada ou independente, 
apenas compartilhando o mesmo espaço. Logo, deve-se 
perceber o nível de interação entre os elementos para 
melhor interpretar um texto e saber decodificar a 
interação que os elementos possuem e que mensagem 
veiculam ao leitor. 
Por fim, em um texto verbal, deve-se: 
 
- Observar quem fala no texto: eu lírico (poema), narrador, 
cronista, articulista (prosa); 
- Perceber o ponto de vista do enunciador, ou seja, a 
utilização da 1ª pessoa pessoa (visão particular) ou da 3º 
pessoa (visão coletiva); 
- Analisar os aspectos linguísticos (gramaticais), 
lexicais (escolha vocabular) e estilística (como se faz o 
uso da gramática); 
- Descobrir o estilo do poema; -Identificar recursos 
expressivos (figuras e funções da linguagem); 
-Relacionar à época contextual. 
 
• Como Interpretar textos não-verbais 
 
Interpretar textos não verbais ou mistos envolve as 
seguintes operações: analisar, explicar, identificar, 
comparar, etc. Porém esses tipos de texto requerem do 
estudante sensibilidade para ler outros códigos, como os 
gestos, as expressões fisionômicas, as cores, a própria 
imagem, e aquilo que está nas entrelinhas. 
 
• Orientações para ler e Interpretar textos mistos 
 
5. Olhe quadro a quadro; 
6. Perceba objetos, pessoas, atividades; 
7. Note frases e palavras; 
8. Observe se há intertextualidade; 
9. Considere as expressões faciais, os gestos, as cores e 
outros códigos não verbais. 
 
1.1 Ortografia 
 
A ortografia oficial da Língua Portuguesa é a parte da 
gramática que tem a finalidade de estudar a forma correta de 
escrever as palavras. Para isso, são observados os padrões, 
regras e o uso correto dos sinais de pontuação e acentuação. 
 
A palavra grega orthos faz referência a ideia daquilo que é 
reto, exato, direito. Já a palavra latina graphia significa 
escrever. Portanto, a prática da ortografia está ligada além 
da escrita correta, ao conhecimento das regras que 
enquadram a escrita nas condições da Língua Portuguesa, 
observando características etimológicas e fonológicas. Para 
tanto, aqui serão apresentados as regras ortográficas 
determinadas pela Língua Portuguesa. 
 
Acentos 
Em síntese, a acentuação tem como finalidade mudar o som 
de alguma letra, portanto, fazendo com que palavras escritas 
de forma semelhante sejam lidas de um jeito diferente e 
tenham significados diferentes. 
 
4 
 
 
Na Língua Portuguesa há quatro acentos gráficos, que 
podem ser definidos da seguinte forma: 
 
Acento agudo (´) – é usado em vogais para indicar que a 
sílaba em que ela se encontra é tônica, ou seja, possui o som 
mais forte. O acento agudo faz com que as palavras sejam 
pronunciadas de forma aberta: célebre, acarajé, filé. 
 
Acento circunflexo (^) – pode ser usado apenas nas vogais, 
A, E e O, indicando que elas devem ser pronunciadas de 
forma fechada: ângulo, ônus, ônibus, bônus. 
Til (~) – é ele que dá o som anasalado às vogais A e O: 
propõem, constituição, preposição, ação. 
 
Acento grave (`) – é usado para indicar a ocorrência de 
crase, assunto que será aprofundado em um tópico seguinte. 
 
X e CH 
 
Na hora de escrever, uma das dúvidas mais recorrentes diz 
respeito ao uso do X e do CH. Ainda mais porque, além de 
conhecer as regras, é necessário conhecer também as 
exceções. 
 
Para fixar o uso correto de cada uma das situações a seguir, 
o ideal é ter uma boa rotina de leitura para assimilar a grafia 
correta das palavras. Observem os usos adequados de cada 
um deles. 
 
Uso do X e CH nas palavras provenientes do latim: 
 
CH: quando são traduzidas do latim para o português, as 
sequências “pl” “fl” e “cl” transformam-se em CH. 
 
Exemplos: 
planus – chão flamma – chama clamare – chamar 
 
X: palavras originárias do X latino ou quando há palatização 
do S em grupos ssi ou sce: 
 
Exemplos: examen – exame luxu – luxo 
laxare – deibar pisce – peixe passione – paixão 
 
Casos em que o CH é utilizado: 
Em palavras de origem francesa (chofer (chauffeur), creche 
(crèche), debochar (débaucher), fetiche (fétiche), guichê 
(guichet) e champignon (champignon) 
 
Casos em que o X é utilizado: 
 
Depois de ditongos (peixe, ameixa e caixa) 
 
Algumas exceções são as palavras guache, recauchutar e 
caucho. 
 
• Em palavras iniciadas pela sílaba “en”: enxada, enxerto e 
enxurrada; 
 
Neste caso há duas exceções. A primeira diz respeito à 
palavra enchova, que é um regionalismo da palavra 
anchova, que tem origem genovesa: anciua. 
 
A segunda exceção são as palavras formadas pela sílaba 
inicial “en”, seguidas por radical com “ch”. Alguns 
exemplos são: enchente, enchumaçar e encharcar. 
 
• Em palavras iniciadas pela sílaba: “me” (mexilhão, 
México e mexer). 
 
Aqui, a exceção é a palavra mecha (referindo-se aos 
cabelos) cuja origem é francesa, da palavra mèche. Algumas 
vezes a confusão pode ser ocasionada por conta da palavra 
mexe (do verbo mexer) que é grafada com x. 
 
• Em palavras de origem tupi (capixaba, caxumba, xaxim, 
queixada, Pataxó, abacaxi, araxá e Xingu). 
 
Um das exceções é a palavra que nomeia a cidade 
catarinense de Chapecó, que é uma derivação do tupi 
Xapeco e quer dizer, da donde se avista o caminho da roça. 
 
• Em palavras de origem africana (afoxé, axé, xingar, xangô, 
maxixe, orixá, borocoxô, xodó e fuxico) 
 
• Algumas exceções são as palavras cachaça, chilique, e 
cachimbo. 
 
Em palavras de origem árabe (almoxarifado, elixir, haxixe, 
xarope, xadrez, xeque e enxaqueca) As exceções são as 
palavras alcachofra e chafariz. 
 
S ou Z 
 
Na hora de escrever, outra confusão frequente está 
relacionada ao uso do S e do Z. Conheça algumas regrinhas 
que podem auxiliar: 
 
• Casos em que o S é utilizado: 
 
Em palavras que derivam de uma primitiva grafada com s 
(casa – casinha, casarão, análise – analisar e pesquisa – 
pesquisar) 
 
Como exceção podemos citar: catequese – catequizar. 
 
5 
 
 
• Após ditongo quando houver o som de z (coisa e maisena) 
 
• Nos sufixos “ês”, “esa”, “esia” e “isia”, quando indicarem 
nacionalidade, título ou origem (burguesia, portuguesa, 
poetisa e camponês) 
 
A exceção é a palavra juíza, que deriva do masculino, juiz. 
 
 
• Na conjugação dos verbos pôr e querer (ele pôs, ele quis, 
e nós quisemos) 
 
• Nos sufixos gregos “ase”, “ese”, “ise” e “ose” (crise, tese, 
frase e osmose) As exceções são as palavras deslize e 
gaze. 
• Em palavras terminadas em “oso” e “osa” (gostosa e 
populoso) 
 
Casos em que o Z é utilizado: 
 
• Palavras terminadas em ez e eza serão escritas com z 
quando se tratarem de substantivos abstratos provenientes 
de adjetivos, portanto, indicando uma qualidade (certeza, 
nobreza, maciez e sensatez) 
 
• Utiliza-se oz nas palavras derivadas com os sufixos 
“zinho” “zito” “zada” “zarrão”, “zorra”, “zudo”, “zeiro”, 
“zal” e “zona” (cafezal, homenzarrão, papelzinho e 
açaizeiro) 
 
As exceções ocorrem quando o radical da palavra de origem 
possui o s: casa – casinha, asa – asinha e Teresa – Teresinha. 
 
• Quando a derivação resultam em verbos terminados com o 
som de “izar” (economizar e aterrorizar) 
 
Da mesma forma, há exceção quando o radical da palavra de 
origem possui o s: analisar e improvisar. 
 
C, Ç, S e SS 
 
Outra parte, ainda mais confusa, são as possibilidades de uso 
do c, ç, s e ss. Entretanto, as regrinhas são muito simples e 
fáceis de serem entendidas. 
• O C tem valor de S com as vogais E e I. Antes de A, O ou 
U, utiliza-se o Ç (ocioso, acetato, açúcar e aço) 
 
• Depois de consoante, utiliza-se S. Entre vogais, o correto é 
usar SS (concurso e pessoa) 
 
• O S é utilizado em palavras que derivam de verbos 
terminados em “correr” “pelir” e “ergir” (compelir – 
compulsório, discorrer – discurso e imergir – imersão) 
 
• Os verbos terminados em “dar” “der” “dir” “ter” “tir” e 
“mir” recebem o S quando perdem as letras D, T e M em 
suas derivações (redimir – remissão – remisso, expandir – 
expansão – expansível e iludir – ilusão – ilusório) 
 
• Verbos não terminados em “dar” “der” “dir”, “ter” “tir” e 
“mir” recebem Ç quando mudam o radical (excetuar – 
exceção e proteger – proteção) 
 
• Verbos que mantêm o radical recebem Ç em suas 
derivações (fundir – fundição e reter 
– retenção) 
 
• Utiliza-se C ou Ç após o ditongo quando houver som de S 
(traição e coice) 
 
• Utiliza-se C ou Ç nos sufixos “aça”, “aço”, “ação”, “çar”, 
“ecer’, “iça”, “iço”, “nça”, “uça”, “uço” (esperar – 
esperança, dente – dentuço, rico – ricaço e merece – 
merecer) 
 
• Em palavras de origem árabe (açude, alface, alvoroço, 
celeste, cetim, açoite, açafrão) Algumas exceções são 
arsenal, safra, salada e carmesim. 
• Em palavras de origem tupi (camaçari, açaí, cacique, 
piaçava, paçoca, Iguaçu e cupuaçu) 
 
• Em palavras de origem africana (caçula, cachaça, miçanga, 
lambança, cangaço e jagunço) 
 
G e J 
 
Em relação ao uso do G e J é seguida a mesma tendência. 
Além de ter várias regras, há, ainda, diversas exceções. 
Confira quais são as principais e nunca mais erre a grafia 
dessas palavras. 
 
Nas palavras originárias do latim e do grego, 
normalmente, o G da Língua Portuguesa é equivalente. 
 
Latim 
gestu – gesto gelu – gelo agitare – agitar 
Grego gymnastics – ginástica hégemonikós – hegemônico 
 
Em relação ao J, ele não existe nem no latim e nem no grego 
clássico. Portanto, ele ocorre quando há consonantização do 
I semiconsoante latino ou palatalização do S + I, ou do 
 
6 
 
grupo DI + Vogal. 
 
Casos em que o G é utilizado: 
• Quando a palavra é derivada de outras palavras grifadas 
com G (faringite – faringe e selvageria – selvagem) 
 
Algumas exceções são coragem – corajoso e viagem – 
viajar. 
 
 
• Quando as palavras terminam nos sufixos “ágio”, “égio”, 
“ígio”, “ógio” e “úgio” (refúgio, prestígio e sacrilégio) 
 
• Utiliza-se G quando os substantivos são terminados em 
“gem” (sondagem, viagem e passagem) 
 
Exemplos de exceção são as palavras pajem e lambujem. 
 
• Quando os verbos são terminados em “ger” e “gir” (eleger 
e rugir) 
 
• Depois de R (divergir esubmergir) 
• Casos em que o J é utilizado: 
• Nas palavras derivadas de outras que são grafadas com J 
(lojista – loja, gorjeta – gorja). 
 
• Nos verbos terminados em “jar” (arranjar, encorajar, 
enferrujar) 
 
• Palavras de origem árabe (azulejo, berinjela, jaleco, jarra, 
laranja) Algumas exceções são giz, girafa e álgebra 
 
• Em palavras de origem tupi (jururu, maracujá, jerimum, 
marajó, jibóia). Sergipe é uma exceção. 
 
• Palavras que possuem origem africana (jabá, Iemanjá, 
acarajé, jiló, Jurema) Mal e mau 
É uma das dúvidas mais frequentes, que as duas palavras são 
muito parecidas. 
 
Vejamos, 
 
A palavra mal é oposto de bem, enquanto a palavra mau é 
oposto de bom. Basta fazer a substituição para perceber se o 
uso é correto, ou não. 
 
Vale lembrar, ainda, que quando estiver acompanhado de 
artigo ou pronome, mal será um substantivo. 
 
Exemplo: Sofro desse mal desde os dez anos de idade. 
Porém, quando modificar um verbo ou adjetivo, mal será 
um advérbio. 
 
Exemplo: Chegou em casa e mal olhou para o marido. 
Na direção contrária, a palavra mau sempre é usada como 
um adjetivo. 
 
Exemplo: Os maus exemplos não devem ser seguidos. 
 
Uso dos porquês 
 
Há quatro categorias distintas e cada uma delas com um uso. 
Entretanto, depois de entender com elas funcionam, o uso 
dos porquês se tornará muito mais simples. 
 
Porque (junto e sem acento) – é usado basicamente em 
respostas e explicações, indicando a causa ou explicação de 
algo. Pode ser substituído por: pois, uma vez que, dado que, 
visto que, etc. 
 
Exemplo: Não vou ao shopping porque estou me sentindo 
mal. 
 
Por que (separado e sem acento) – é usado para fazer 
perguntas ou para fazer relação com um termo anterior da 
oração. Confira algumas formas de substituí-lo: por qual 
razão e por qual motivo. 
 
Exemplo: Por que você não cumpriu o acordo de venda? 
 
Por quê (separado e com acento) – é usado no final de 
frases interrogativas, podendo ser seguido tanto por ponto de 
interrogação, quanto por ponto final. 
 
Exemplos: Minha irmã foi embora sem que eu soubesse o 
por quê. Você deixou o caderno em casa por quê? 
 
Porquê (junto e com acento) – é usado para indicar o 
motivo, razão ou causa de alguma coisa. Sempre aparece 
acompanhado de artigos definidos ou indefinidos, mas pode 
aparecer, ainda, acompanhado de numeral ou pronome. 
 
Exemplo: Gostaria de saber os porquês de eu não ter sido 
convidada para a festa do condomínio. 
 
Resumindo: 
Porque – Usado em respostas. 
Por que – Usado no início de uma questão. 
Por quê – Usado no fim de perguntas. 
Porquê – Usado como substantivo. 
 
 
 
 
 
7 
 
1.2 Sintaxe 
 
Sintaxe de regência 
 
Chama-se regência à relação estabelecida, na oração, entre 
um termo regente e um termo regido. A regência pode ser 
classificada em regência verbal ou regência nominal, 
conforme a natureza do termo regente: 
• Na regência verbal o termo regente é um verbo; 
 
• Na regência nominal o termo regente é um nome. 
 
O termo regente depende do termo regido. O sentido do 
termo regente permanece incompleto sem a presença do 
termo regido. 
 
Regência verbal: 
Termo regente: verbo 
Termos regidos: objeto direto e objeto indireto 
 
Regência verbal 
 
Regência verbal é a relação que existe entre um verbo e o 
termo da oração que o complementa, ou seja, a regência 
verbal é estabelecida entre o verbo e os complementos 
verbais. 
 
Na regência verbal há um termo regente que estabelece uma 
relação com um termo regido. O termo regente é sempre o 
verbo e o termo regido é o complemento verbal. Quando o 
termo regido é um objeto direto, a regência verbal é 
estabelecida através de uma preposição. 
 
Exemplo de regência verbal 
Ele não se lembrou do nosso acordo. 
Termo regente = verbo = lembrou-se 
Termo regido = objeto indireto = do nosso acordo 
Preposição que estabelece a regência = de (de + o = do) 
 
Regência verbal com preposição 
Os verbos transitivos indiretos estabelecem regência com o 
objeto indireto com a presença obrigatória de uma 
preposição. 
 
Exemplos de regência verbal preposicionada: 
 Eu duvidei da opinião do garoto. 
 O aluno respondeu à pergunta da professora. 
 O objeto indireto responde principalmente às perguntas de 
quê? para quê? de quem? para quem? em quem?. 
 
Exemplos de verbos que exigem preposição para 
regência verbal 
 
Verbos chegar, ir e voltar 
Quando indicam destino ou direção = ir a, ir de, ir para, 
voltar a, voltar de, voltar para, chegar a, chegar de, chegar 
para.Fui à feira comprar melancia. 
Voltei para Pernambuco. 
Cheguei da escola ao meio-dia. 
 
Verbo comparecer 
Quando indica local = comparecer a ou comparecer em. 
Compareci ao escritório no domingo para resolver um 
problema. 
Compareci no escritório no domingo para resolver um 
problema. 
 
Verbo assistir 
Quando significa ver ou presenciar = assistir a. 
Meus vizinhos assistiram ao acidente e ficaram muito 
perturbados. 
 
Verbo aspirar 
Quando significa desejar, pretender ou ambicionar = aspirar 
a. 
Mariana aspira ao papel principal naquela peça. 
 
Verbo visar 
Quando significa desejar, pretender ou ambicionar = visar a. 
Mariana visa ao papel principal naquela peça. 
 
Verbos esquecer-se e lembrar-se 
Quando são verbos pronominais = esquecer-se de e 
lembrar-se de. 
 Não me esqueci de seu aniversário. 
Não me lembrei de seu aniversário. 
 
Verbo preferir 
 
Quando se prefere algo a alguma coisa = preferir a. 
Eu prefiro suco de melão a suco de laranja. 
 
Verbos implicar e simpatizar 
Quando se referem a simpatizar ou antipatizar com alguém, 
bem como incomodar = implicar com e simpatizar com. 
Pare de implicar com meu filho! 
 Nunca simpatizei com ela. 
 
Verbo querer 
Quando tem sentido de estimar ou de querer bem = querer a. 
Quero muito a minha filha. Verbo obedecer Quando se 
obedece a alguém ou a alguma coisa = obedecer a. 
Aquele aluno nunca obedece à professora. 
 
Verbo responder 
 
8 
 
Quando se responde a alguém ou a alguma coisa = responde 
a. 
Pedro não soube responder ao que lhe foi perguntado. 
 
Verbo agradar 
Quando significa contentar ou satisfazer = agradar a. 
O serviço realizado agradou ao diretor da empresa. 
Verbos avisar, comunicar, advertir, prevenir,… 
Com sentido de informar com antecedência = avisar a, 
comunicar a, advertir a, prevenir a,… 
Avisei ao diretor que os funcionários estão descontentes. 
Comuniquei ao diretor que os funcionários estão 
descontentes. 
Adverti ao diretor que os funcionários estão descontentes. 
 Preveni ao diretor que os funcionários estão descontentes. 
 
Verbo perdoar 
Quando se perdoa a uma pessoa, não uma coisa = perdoar 
a. 
Nunca perdoarei a minha mãe por me ter abandonado. 
 
Verbo pagar 
 Quando se paga a uma pessoa, não uma coisa = pagar a. 
 Pagou ao empregado o que lhe devia, antes de o despedir. 
 
 Verbos morar e residir 
Quando indica local = morar em e residir em. 
Meu irmão mora em Londres há três anos. 
Meu irmão reside em Londres há três anos. 
 
Verbo proceder 
 Com sentido de realizar ou dar início = proceder a. 
Procederemos à destruição das peças defeituosas. 
 
Observação 
 Existem vários verbos que têm um sentido quando exigem 
preposição e outro sentido quando não exigem preposição. 
 
Verbo querer 
Com sentido de desejar = transitivo direto = regência sem 
preposição. 
 
Exemplo: 
Eu quero uns patins novos. 
Com sentido de gostar e querer bem = transitivo indireto = 
regência com preposição. 
 
Exemplo: 
Eu quero a meu irmão. 
 
Lista de verbos e preposições para a regência verbal 
 
Para estabelecer regência verbal, as preposições mais 
utilizadas são: a, de, com, em, para, por, sobre: 
• abdicar de; 
• advertir a; 
• agradar a; 
• agradecer a; 
• alertar sobre; 
• ansiar por; 
• apaixonar-se por; 
• apoiar-se em; 
• aspirar a; 
• assistir a, assistir em; 
• avaliar em; 
• avisar a, avisar de; 
• cair sobre; 
• chegar a, chegar de, chegar para; 
• chorar por; 
• começar por; 
• comparecer a, comparecer em; 
• comungar com; 
• comunicar a; 
• concentrar em; 
• constar de; 
• continuar em; 
• convidar para; 
• convocar para; 
• dedicar a; 
• deitar-se a; 
• desafiar para; 
• desagradar a; 
• desdenhar de; 
• empatar em, empatar por, empatar com; 
• emprestar a, emprestar de, emprestar para; 
• encontrar-se com; 
• ensaiar para; 
• esforçar-se para; 
• esquecer de; 
• excluir de; 
• gostar de; 
• guarnecer com; 
• habilitar para; 
• habituar-se a; 
• impedir de, impedir que; 
• implicar com; 
• imputar a; 
• incorrer em; 
• indignar-se com; 
• informar de; 
• ingressar em; 
• interessar-se por; 
• ir a, ir de, ir para; 
 
9 
 
• lembrar-se de; 
• libertar de; 
• matizar de; 
• meditar sobre; 
• mexer em, mexer com, mexer de; 
• morar em; 
• morrer de; 
• namorar com. 
• necessitar de; 
• obedecer a; 
• obrigar a; 
• orar por; 
• pagar a; 
• parecer com; 
• participar em; 
• pedir a; 
• usufruir de; 
• uniformizar com; 
• trocar por; 
• tremer de; 
 • tratar de; 
 • transformar em; 
• teimar em; 
• tapar com; 
• sujeitar-se a; 
• suceder a; 
• sonhar com; 
• sobreviver a; 
• simpatizar com; 
• sentar a, sentar em; 
• rogar por; 
• responder a; 
 • residir em; 
 • regular-se por; 
 • referir-se a; 
• recair sobre; 
• querer a; 
• propender para; 
• proceder a; 
• prevenir a; 
• prevalecer sobre; 
 • preferir a; 
• precisar de; 
• precaver-se de; 
• pertencer a; 
• perdoar a; 
• vangloriar-se de; 
 • vedar a; 
• viciar-se em; 
• vingar-se de; 
• visar a; 
• voltar a, voltar de, 
•voltar para; 
• zangar-se com. 
 
Regência verbal sem preposição 
 
Os verbos transitivos diretos estabelecem regência com o 
objeto direto sem a presença obrigatória de uma preposição. 
Exemplos de regência verbal sem preposição: 
 
Mariana comeu o quibe. 
 Mirim esperava a irmã. 
 
O objeto direto responde principalmente às perguntas o quê? 
ou quem?. 
 
Regência nominal 
 
Regência nominal é a relação que um nome estabelece com 
o seu complemento através de uma preposição. Esse nome 
pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. 
 
O complemento, chamado de complemento nominal, 
completa o significado do nome, que teria o seu sentido 
incompleto sem esse complemento. 
 
Exemplos de regência nominal 
 
Infelizmente, uma boa educação ainda não é acessível a 
todos. 
 Meu namorado sempre foi amoroso com meu filho. 
 Ele parece estar descontente com a vida. 
 Por favor, tenha respeito por mim! 
Preposições usadas na regência nominal 
 
 
Para estabelecer regência nominal, as preposições mais 
utilizadas são: a, de, com, em, para, por. 
Regência nominal com a preposição A 
 
• acessível a; 
• agradável a; 
• alheio a; 
• análogo a; 
• anterior a; 
• apto a; 
• atento a; 
• avesso a; 
• cego a; 
• cheiro a; 
• comum a; 
 
10 
 
• contrário a; 
• desatento a; 
• equivalente a; 
• estranho a; 
• favorável a; 
• fiel a; 
• grato a; 
• horror a; 
• idêntico a; 
• inacessível a; 
• indiferente a; 
• inerente a; 
• necessário a; 
• nocivo a; 
• oposto a; 
• perpendicular a; 
• posterior a; 
• prestes a; 
• surdo a; 
• visível a. 
 
 Regência nominal com a preposição DE 
 
• amante de; 
• amigo de; 
• ávido de; 
• capaz de; 
• cheio de; 
• cobiçoso de; 
• contemporâneo de; 
• desejoso de; 
• diferente de; 
• difícil de; 
• digno de; 
• dotado de; 
• fácil de; 
• impossível de; 
• incapaz de 
;• inimigo de; 
• livre de; 
• longe de; 
• louco de; 
• maior de; 
• natural de; 
• obrigação de; 
• orgulhoso de; 
• passível de; 
• possível de; 
• sedento de; 
• seguro de; 
• sonho de. 
 
 Regência nominal com a preposição COM 
 
• amoroso com; 
• aparentado com; 
• caritativo com; 
• compatível com; 
• cruel com; 
• cuidadoso com; 
• descontente com; 
• furioso com; 
• impaciente com; 
• intolerante com; 
• liberal com; 
• solícito com. 
 
Regência nominal com a preposição EM 
 
• doutor em; 
• exato em; 
• firme em; 
• hábil em; 
• incessante em; 
• indeciso em; 
• interesse em; 
• lento em; 
• morador em; 
• negligente em; 
• parco em; 
• perito em; 
• primeiroem; 
• versado em. 
 
Regência nominal com a preposição PARA 
 
• apto para; 
• bastante para; 
• bom para; 
• essencial para; 
• impróprio para; 
• inútil para; 
• mau para; 
• pronto para; 
• próprio para. 
 
 Regência nominal com a preposição POR 
 
•admiração por; 
• ansioso por; 
• devoção por; 
 
11 
 
• respeito por; 
• responsável por. 
 
Regência nominal e complemento nominal 
 
 O complemento nominal é o termo regido. Completa o 
sentido de um nome que, sozinho, tem significado 
incompleto. Vem sempre precedido de uma preposição. O 
complemento nominal pode ser representado por um 
substantivo, por um pronome, por um numeral e até por uma 
oração subordinada substantiva completiva nominal. 
 
Exemplos de complemento nominal 
 
Tenho muita saudade de você! 
Pedro sempre sentiu ciúme de Luísa. 
 Por vezes, ele é cruel com os animais. 
 É indispensável haver respeito por todos. 
 
 Regência nominal e regência verbal 
 
Na regência nominal, o termo regente é um nome. 
 
Na regência verbal, o termo regente é um verbo. 
 
Assim, a regência verbal é a relação que um verbo 
estabelece com os seus complementos (objeto direto e objeto 
indireto), bem como com adjunto adverbial, que o 
caracteriza. 
 
Alguns verbos necessitam obrigatoriamente de uma 
preposição para estabelecer regência verbal: 
• obedecer a; 
• simpatizar com; 
• comparecer em; 
• esquecer-se de; 
• proceder a; 
• morrer de; 
• tapar com; 
• esforçar-se para; 
• teimar em; 
• alertar sobre; 
• trocar por; 
• … 
 
Sintaxe da Concordância verbal e nominal 
 
Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que 
estuda a conformidade estabelecida entre cada componente 
da oração. Enquanto a concordância verbal se ocupa da 
relação entre sujeito e verbo, a concordância nominal se 
ocupa da relação entre as classes de palavras: 
 
concordância verbal = sujeito e verbo 
 
concordância nominal = classes de palavras 
Exemplificação: Nós estudaremos regras e exemplos 
complicados juntos. 
 
Observem: 
Na oração acima, temos esses dois tipos de concordância: 
Ao concordar o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos), 
estamos diante de um caso de concordância verbal. 
Já, quando os substantivos (regras e exemplos) concordam 
com o adjetivo (complicados), estamos diante de um caso de 
concordância nominal. 
 
Concordância Verbal 
Concordância verbal é a relação estabelecida de forma 
harmônica entre sujeito e verbo. Isso quer dizer que quando 
o sujeito está no singular, o verbo também deve estar; 
quando o sujeito estiver no plural, o verbo também estará. 
 
Exemplos: 
Eu adoro quando as flores desabrocham na Primavera. 
Elas adoram quando as flores desabrocham na Primavera. 
 
A seguir, serão explanadas as regras para se efetuar a 
Concordância Verbal da maneira prescrita pela Língua 
portuguesa: 
Regras para sujeito simples 
 
1. Sujeito coletivo 
Nesta situação, o verbo fica sempre no singular. 
Exemplo: 
A multidão ultrapassou o limite. 
 Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo 
pode ser conjugado no singular ou no plural. 
 Exemplo: A multidão de fãs ultrapassou o limite. A 
multidão de fãs ultrapassaram o limite. 
 
2. Coletivos partitivos 
O verbo pode ser usado no singular ou no plural em 
coletivos partitivos, tais como "a maioria de", "a maior parte 
de", "grande número de". 
Exemplo: 
Grande número dos presentes se retirou. 
Grande número dos presentes se retiraram 
 
3. Expressões "mais de", "menos de", "cerca de" 
 Nestes casos, o verbo concorda com o numeral. 
Exemplo: Mais de uma mulher quis trocar as mercadorias. 
Mais de duas pessoas chegaram antes do horário. 
Nos casos em que “mais de” é repetido indicando 
reciprocidade, o verbo vai para o plural. 
Exemplo: Mais de uma professora se abraçaram. 
 
4. Nomes próprios 
Com nomes próprios, a concordância deve ser feita 
considerando a presença ou não de artigos. 
 
12 
 
 
Exemplo: 
 
Os Estados Unidos influenciam o mundo. Estados Unidos 
influencia o mundo. 
 
 5. Pronome relativo "que" 
O verbo deve concordar com o antecedente do pronome 
“que”. 
Exemplo: 
Fui eu que levei. Foste tu que levaste. Foi ele que levou. 
 
6. Pronome relativo "quem" 
O verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular 
ou pode concordar com o antecedente do pronome "quem". 
 
Exemplo: 
 
Fui eu quem afirmou. 
Fui eu quem afirmei. 
 
7. Expressão "um dos que" 
 Este é mais um dos casos em que tanto o verbo pode ser 
conjugado no singular como no plural. 
 Exemplo: 
Ele foi um dos que mais contribuiu. Ele foi um dos que mais 
contribuíram. 
 
Regras para sujeito composto 
 
1. Sujeitos formados por sinônimos 
O verbo tanto pode ir para o plural, como pode ficar no 
singular e concordar com o núcleo mais próximo. 
Exemplo: 
Preguiça e lentidão destacaram aquela gerência. Preguiça e 
lentidão destacou aquela gerência. 
 
2. Sujeito formado por palavras em graduação e 
enumeração 
Este é mais um caso em que tanto o verbo pode flexionar 
para o plural, como também pode concordar com o núcleo 
mais próximo. 
 
Exemplo: 
 
Um mês, um ano, uma década de poder não supriu a 
saúde. 
 
Um mês, um ano, uma década de poder não supriram a 
saúde. 
 
3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes 
 
Nesta situação, o verbo vai para o plural e concorda com a 
pessoa, por ordem de prioridade. 
 
Exemplo: 
 
Eu, tu e Cássio só chegaremos ao fim da noite. (eu, 1.ª 
pessoa + tu, 2.ª pessoa + ele, 3.ª pessoa), ou seja, a 1.ª pessoa 
do singular tem prioridade e, no plural, ela equivale a nós, 
ou seja, "nós chegaremos". 
 
Jair e eu conseguimos comprar um apartamento. 
(eu, 1.ª pessoa + Jair, 3.ª pessoa). Aqui também é a 1.ª 
pessoa do singular que tem prioridade. No plural, ela 
equivale a nós, ou seja, "nós conseguimos". 
 
4. Sujeitos ligados por "ou" 
 
Os verbos ligados pela partícula "ou" vão para o plural 
quando a ação verbal estiver se referindo a todos os 
elementos do sujeito. 
Exemplo: 
 
Doces ou chocolate desagradam ao menino. 
 
Quando a partícula “ou” é utilizada como retificação, o 
verbo concorda com o último elemento. 
 
Exemplo: 
 
A menina ou as meninas esqueceram muitos acessórios. 
 
Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos 
elementos, o verbo permanece no singular. 
Exemplo: 
 
 Laís ou Elisa ganhará mais tempo. 
 
5. Sujeitos ligados por "nem" Quando os sujeitos são ligados 
por "nem", o verbo vai para o plural. 
 Exemplo: 
Nem chuva nem frio são bem recebidos. 
 
6. Sujeitos ligados por "com" 
Quando semelhante à ligação "e", o verbo vai para o plural. 
Exemplo: 
O ator com seus convidados chegaram às 6 horas. 
Mas, quando "com" representar “em companhia de”, o verbo 
concorda com o antecedente e o segmento "com" é grafado 
entre vírgulas: 
 Exemplo: 
 O pintor, com todos os auxiliares, resolveu mudar a data 
da exposição. 
 
7. Sujeitos ligados por "não só, mas também", "tanto, 
quanto", "não só, como" 
Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o 
núcleo mais próximo. 
Exemplo: 
 Tanto Rafael como Marina participaram da mostra. 
Tanto Rafael como Marina participou da mostra. 
 
 
13 
 
8. Partícula "se" 
No caso em que a palavra "se" é índice de indeterminação 
do sujeito, o verbo deve ser conjugado na 3.ª pessoa do 
singular. 
Exemplo: 
Confia-se em todos. 
 No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o 
verbo deve ser conjugado concordando com o sujeito da 
oração. 
Exemplo: 
Construiu-se uma igreja. 
Construíram-se novas igrejas. 
 
9. Verbos impessoais 
 Os verbos impessoais sempre são conjugados na 3.ª pessoa 
do singular. 
Exemplo: 
Havia muitos copos naquela mesa. 
Houve dois meses sem mudanças. 
 
10. Sujeito seguido por "tudo","nada", "ninguém", 
"nenhum", "cada um" 
Neste caso, o verbo fica no singular. 
Exemplo: 
Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de mudar a 
opinião. 
 
11. Sujeitos ligados por "como", "assim como", "bem 
como" 
 O verbo é conjugado no plural. 
 Exemplo 
O trabalho, assim como a confiança, fizeram dela uma 
mulher forte. 
 
12. Locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é 
menos de" 
Nestes casos, em que as locuções indicam preço, peso e 
quantidade, o verbo fica sempre no singular. 
Exemplo: 
Três vezes é muito. 
 
13. Verbos "dar", "soar" e "bater" + hora(s) 
O verbo sempre concorda com o sujeito. 
Exemplos: 
Deu uma hora que espero. 
Soaram duas horas. 
 
14. Indicações de datas 
O verbo deve concordar com a indicação numérica da data. 
 
Exemplo: 
Hoje são 2 de maio. 
Mas o verbo também pode concordar com a palavra dia. 
Exemplo: Hoje é dia 2 de maio. 
 
15. Verbos no infinitivo 
 
Infinitivo impessoal 
Verbos no infinitivo não devem ser flexionados nas 
seguintes situações: 
a) quando têm valor de substantivo. 
 
Exemplo: 
Comer é o melhor que há. 
 b) quando têm valor imperativo. 
 
Exemplo: 
Vá dormir! 
c) quando são os verbos principais de uma locução verbal. 
 
Exemplo: 
Íamos sair quando você chegou. 
 d) quando são regidos por preposição. 
 
Exemplo: 
Começamos a cantar. 
 
Infinitivo pessoal 
Verbos no infinitivo devem ser flexionados quando os 
sujeitos são diferentes e queremos defini-los. 
 
Exemplo: 
Comprei a pizza para eles comerem. 
 
Concordância Nominal 
 
Concordância nominal é a relação que se estabelece entre as 
classes de palavras (nomes). É o que faz com que 
substantivos concordem com pronomes, numerais e 
adjetivos, entre outros. 
 
Exemplo: Estas três obras maravilhosas estavam esquecidas 
na biblioteca. Neste caso, pronome, numeral e adjetivo 
concordam com o substantivo "obras". "Estas" e não "estes" 
obras, pronome que está no plural, já que a oração refere que 
são três e não apenas uma obra maravilhosa. 
E por que "maravilhosas" e não "maravilhoso"? Porque o 
substantivo está no plural e é feminino, ou seja, tudo muito 
bem combinado. 
 
Regras de Concordância Nominal 
 
1. Adjetivo e um substantivo 
O adjetivo deve concordar em gênero e número com o 
substantivo. 
 
Exemplo: 
Que pintura bonita! 
 
1.1. Quando há mais do que um substantivo, o adjetivo deve 
concordar com aquele que está mais próximo. 
 
Exemplo: 
Que bonita pintura e poema! 
 
14 
 
Mas, se os substantivos forem nomes próprios, o adjetivo 
deve ficar no plural. 
 
Exemplo: 
Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos é uma composição• 
dos grandes Roberto Carlos e Erasmo Carlos em 
homenagem à Caetano Veloso. 
 
1.2. Quando há mais do que um substantivo, e o adjetivo 
vem depois dos substantivos, deve concordar com aquele 
que está mais próximo ou com todos eles. 
 
Exemplos: 
Que pintura e poema bonito! 
Que poema e pintura bonita! 
Que pintura e poema bonitos! 
Que poema e pintura bonitos! 
 
2. Substantivo e mais do que um adjetivo 
 
Quando um substantivo é caracterizado por mais do que um 
adjetivo, a concordância pode ser feita das seguintes formas: 
 
2.1. Colocando o artigo antes do último adjetivo. 
 
Exemplo: 
 Adoro a comida italiana e a chinesa. 
 
 2.2. Colocando o substantivo e o artigo que o antecede no 
plural. 
 Exemplo: 
Adoro as comidas italiana e chinesa. 
 
3. Números ordinais 
3.1. Nos casos em que há número ordinais antes do 
substantivo, o substantivo pode ser usado tanto no singular 
como no plural. 
 
Exemplos: 
A segunda e a terceira casa. 
A segunda e a terceira casas. 
3.2. Nos casos em que há número ordinais depois do 
substantivo, o substantivo deve ser usado no plural. 
 
Exemplo: 
 As casas segunda e terceira. 
 
Expressões 
 
Anexo 
 A palavra "anexo" deve concordar em gênero e número 
com o substantivo. 
 
Exemplos: 
Segue anexo o recibo. 
Segue anexa a fatura. 
 Mas, a expressão "em anexo" não varia. 
 
Exemplo: 
Segue em anexo a fatura. 
 
Bastante (s) 
Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" deve 
concordar em gênero e número com o substantivo. 
 
 Exemplo: Recebemos bastantes telefonemas. 
Quando tem a função de advérbio, a palavra "bastante" não 
varia. 
 
Exemplo: 
Eles cantam bastante bem. 
 
Meio 
Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" deve 
concordar em gênero e número com o substantivo. 
 
Exemplos: 
Atrasado, tomou meio copo de leite e saiu correndo. 
Atrasado, tomou meia xícara de leite e saiu correndo. 
Quando tem a função de advérbio, a palavra "meio" não 
varia. 
 
Exemplo: 
 Ele é meio maluco. 
 Ela é meio maluca. 
Menos 
 
A palavra "menos" não varia. 
Exemplos: 
Hoje, tenho menos alunos. 
 Hoje, tenho menos alunas. 
 
É proibido, é bom, é necessário 
 
As expressões "é proibido, é bom, é necessário" não variam, 
a não ser que sejam acompanhadas por determinantes que as 
modifiquem. 
 
Exemplos: 
 É proibido entrada. 
 É proibida a entrada. 
Verdura é bom. 
A verdura é boa. 
Paciência é necessário. 
A paciência é necessária. 
 
Sintaxe da colocação 
 
A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos 
átonos, embora possam ser dispostos de maneira livre, 
possuem uma posição adequada na oração. Quando há 
liberdade de posição desses termos, o enunciado poderá 
assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é 
bem-vindo. 
 
15 
 
 
Existem três possíveis colocações para os pronomes 
oblíquos átonos: 
 
Próclise: o pronome será posicionado antes do verbo. 
 
Veja os exemplos: 
 
Não se esqueça de comprar novos livros. 
Não me fale novamente sobre esse assunto. 
Aqui se vive melhor do que na cidade grande. 
Tudo me incomoda quando não estou em casa. 
Quem te chamou para a festa? 
 
Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro 
do presente ou no futuro do pretérito do indicativo. 
 
O pronome surge intercalado ao verbo. 
 
A mesóclise é mais encontrada na linguagem literária ou na 
língua culta e, havendo possibilidade de próclise, ela deverá 
ser eliminada. 
 
Observe os exemplos: 
 
 Dizer-lhe-ei sobre tuas queixas. (Direi + lhe) 
Convidar-me-iam para a formatura, mas viajei para o 
campo. (convidariam + me) 
 
Ênclise: o pronome surgirá depois do verbo, obedecendo à 
sequência verbo-complemento. 
 
Observe os exemplos: 
 
Diga-me o que você fez nas férias. 
Espero encontrá-lo (la) na festa hoje à noite. 
Acolheram o filhote abandonado, dando-lhe abrigo e 
comida. 
 
1.3 Morfologia: substantivo 
 
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um 
nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras 
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, 
pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam: 
 
- lugares: Alemanha, Porto Alegre... 
- sentimentos: raiva, amor... 
- estados: alegria, tristeza... 
- qualidades: honestidade, sinceridade... 
- ações: corrida, pescaria... 
 
Morfossintaxe do substantivo 
 
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral 
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua 
como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto 
direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda 
funcionar como núcleo do complemento nominal ou do 
aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto 
ou como núcleo do vocativo. Também encontramos 
substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de 
adjuntos adverbiais - quando essas funções são 
desempenhadas por grupos de palavras. 
 
Você sabia que a palavra substantivo também pode ser um 
adjetivo? 
 
Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, 
do Dicionário de usos do português do Brasil, de Francisco 
S. Borba. Observe que as quatro primeiras acepções se 
referem à palavra em sua atuação como adjetivo.Substantivo Adj [Qualificador de nome não animado] 
 
1- que tem substância ou essência: destacava-se entre os 
homens hábeis daquele país o hábito de fazer uma conversa 
prosseguir horas a fio, sem que a proposta substantiva 
ganhasse clara configuração (REP); se olham as coisas não 
pelos resultados substantivos(VEJ); 
2- essencial; profundo: eu te amo por você mesma, de um 
modo substantivo e positivo(LC) 
3- fundamental; essencial: o submarino foi um elemento 
adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo na II Guerra 
(VEJ) 
4- que equivale a um substantivo, ou que o traz implícito: 
onde é que está a ideia substantiva no meio desses 
adjetivos?(CNT) . Nm 
5- palavra que por si só designa a substância, ou seja, um ser 
real ou metafísico; palavra com que se nomeiam os seres, 
atos ou conceitos; nome: Há-kodesh é na origem um 
substantivo feminino (VEJ); Planctus era um particípio 
passado e não um substantivo (ACM) 
 
Classificação dos Substantivos 
 
Substantivos Comuns e Próprios 
 
Observe a definição: 
 
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e 
edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a 
sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em 
oposição aos bairros). 
Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e 
edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será 
chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um 
substantivo comum. 
 
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma 
mesma espécie de forma genérica. 
Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, 
cachorro. 
 
 
16 
 
Veja agora este outro exemplo: 
 
Estamos voando para Barcelona. 
 
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie 
cidade. Esse substantivo é próprio. 
 
Substantivo Próprio é aquele que designa os seres de uma 
mesma espécie de forma particular. 
Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. 
 
Substantivos Concretos e Abstratos 
 
 
LÂMPADA MALA 
 
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com 
existência própria, que são independentes de outros seres. 
São assim, substantivos concretos. 
 
Substantivo Concreto é aquele que designa o ser que 
existe, independentemente de outros seres. 
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo 
real e do mundo imaginário. 
 
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, 
Brasília, etc. 
 
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc. 
 
Observe agora: 
 
Beleza exposta 
 
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. 
 
O substantivo beleza designa uma qualidade. 
 
Substantivo Abstrato é aquele que designa seres que 
dependem de outros para se manifestar ou existir. 
 
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser 
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou 
coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se 
manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo 
abstrato. 
 
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, 
ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser 
abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo: 
 
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade 
(sentimento). 
 
Substantivos Coletivos 
 
Observe os exemplos: 
 
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra 
abelha, mais outra abelha. 
 
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. 
 
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. 
 
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi 
necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, 
mais outra abelha... 
 
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. 
 
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular 
(enxame) para designar um conjunto de seres da mesma 
espécie (abelhas). 
 
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. 
Substantivo Coletivo é o substantivo comum que, mesmo 
estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma 
espécie. 
 
Lista de substantivos coletivos 
 
abelha - enxame, cortiço, colmeia; 
abutre - bando; 
acompanhante - comitiva, cortejo, séquito; 
alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada; 
aluno - classe; 
amigo - (quando em assembleia) tertúlia; 
animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de uma região) 
fauna, (manada de cavalgaduras) récua, récova, (de carga) 
tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça, para 
reprodução) plantel, (ferozes ou selvagens) alcateia; 
anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria; 
apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta, 
instrumental; 
aplaudidor - (quando pagos) claque; 
arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento; 
argumento - carrada, monte, montão, multidão; 
arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu; 
arroz - batelada; 
artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco; 
árvore - (quando em linha) alameda, carreira, rua, souto, 
(quando constituem maciço) arvoredo, bosque, (quando 
altas, de troncos retos a aparentar parque artificial) malhada; 
asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte; 
asno - manada, récova, récua; 
assassino - choldra, choldraboldra; 
assistente - assistência; 
astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo) 
constelação; 
 
17 
 
ator - elenco; 
autógrafo - (quando em lista especial de coleção) álbum; 
ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem; 
avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha; 
bala - saraiva, saraivada; 
bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba; 
bêbado - corja, súcia, farândola; 
boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta, 
manada, rebanho, tropa; 
bomba - bateria; 
borboleta - boana, panapaná; 
botão - (de qualquer peça de vestuário) abotoadura, (quando 
em fileira) carreira; 
burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, (quando 
carregado) comboio; 
busto - (quando em coleção) galeria; 
cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, madeixa, (conforme 
a separação) marrafa, trança; 
cabo - cordame, cordoalha, enxárcia; 
cabra - fato, malhada, rebanho; 
cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha, 
renque; 
cálice - baixela; 
cameleiro - caravana; 
camelo - (quando em comboio) cáfila; 
caminhão - frota; 
canção - (quando reunidas em livro) cancioneiro, (quando 
populares de uma região) folclore; 
canhão - bateria; 
cantilena - salsada; 
cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, matilha; 
capim - feixe, braçada, paveia; 
cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando reunidos para a 
eleição do papa) conclave, (quando reunidos sob a direção 
do papa) consistório; 
carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, rebanho; 
carro - (quando unidos para o mesmo destino) comboio, 
composição, (quando em desfile) corso; 
carta - (em geral) correspondência; 
casa - (quando unidas em forma de quadrados) quarteirão, 
quadra; 
castanha - (quando assadas em fogueira) magusto; 
cavalariano - (de cavalaria militar) piquete; 
cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel; 
cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, récua, tropa, 
tropilha; 
cavalo - manada, tropa; 
cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada, 
enfiada, réstia; 
cédula - bolada, bolaço; 
chave - (quando num cordel ou argola) molho, penca; 
célula - (quando diferenciadas igualmente) tecido; 
cereal - (em geral) fartadela, fartão, fartura, (quando em 
feixes) meda, moreia; 
cigano - bando, cabilda, pandilha; 
cliente - clientela, freguesia; 
coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajuntamento, chusma, 
coleção, cópia, enfiada, (quando antigas e em coleção 
ordenada) museu, (quando em lista de anotação) rol, relação, 
(em quantidade que se pode abranger com os braços) 
braçada, (quando em série) sequência, série, sequela, 
coleção, (quando reunidas e sobrepostas) monte, montão, 
cúmulo; 
coluna - colunata, renque; 
cônego - cabido; 
copo - baixela; 
corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame) 
maço, (de navio) enxárcia, cordame, massame, cordagem; 
correia- (em geral) correame, (de montaria) apeiragem; 
credor - junta, assembleia; 
crença - (quando populares) folclore; 
crente - grei, rebanho; 
depredador - horda; 
deputado - (quando oficialmente reunidos) câmara, 
assembleia; 
desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, súcia, troça, 
turba; 
diabo - legião; 
dinheiro - bolada, bolaço, disparate; 
disco - discoteca; 
doze - (coisas ou animais) dúzia; 
 
Formação dos Substantivos 
 
Substantivos Simples e Compostos 
Observe a definição: 
Chuva: subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. 
 
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou 
radical. É um substantivo simples. 
Substantivo Simples é aquele formado por um único 
elemento. 
 
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. 
 
Veja agora: 
 
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos 
(guarda + chuva). Esse substantivo é composto. 
 
Substantivo Composto é aquele formado por dois ou mais 
elementos. 
 
Outros exemplos: beija-flor, passatempo. 
 
Substantivos Primitivos e Derivados 
 
Veja: 
 
Meu limão meu limoeiro, 
meu pé de jacarandá... 
 
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de 
nenhum outro dentro de língua portuguesa. 
 
18 
 
 
Substantivo Primitivo é aquele que não deriva de nenhuma 
outra palavra da própria língua portuguesa. 
 
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir 
da palavra limão. 
 
Substantivo Derivado é aquele que se origina de outra 
palavra. 
 
Flexão dos Substantivos 
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável 
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por 
exemplo, pode sofrer variações para indicar: 
Plural: meninos 
Feminino: menina 
Aumentativo: meninão 
Diminutivo: menininho 
 
Flexão de Gênero 
 
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo 
real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois 
 
gêneros: masculino e feminino. 
 
Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem 
vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos 
de filmes: 
 
O velho e o mar 
Um Natal inesquecível 
Os reis da praia 
 
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem 
vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: 
 
A história sem fim 
Uma cidade sem passado 
As tartarugas ninjas 
 
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes 
 
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes 
de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está 
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, 
uma para o masculino e outra para o feminino. 
 
Observe: 
gato - gata 
homem - mulher 
poeta - poetisa 
prefeito - prefeita 
 
Substantivos Uniformes são aqueles que apresentam uma 
única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o 
feminino. 
 
Classificam-se em: 
Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Por 
exemplo: 
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré 
fêmea. 
Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Por 
exemplo: 
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o 
ídolo, o indivíduo. 
Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por 
meio do artigo. Por exemplo: 
o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. 
 
Saiba que: 
- Substantivos de origem grega terminados em -ema ou -
 oma são masculinos. 
Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o 
sintoma, o teorema. 
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, 
variam em seu significado. 
Por exemplo: 
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) 
o capital (dinheiro) e a capital (cidade) 
 
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes 
a) Regra: troca-se a terminação -o por -a. Por exemplo: 
aluno - aluna 
b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao 
masculino. Por exemplo: 
freguês - freguesa 
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de 
três formas: 
- troca-se -ão por -oa. Por exemplo: 
patrão - patroa 
- troca-se -ão por -ã. Por exemplo: 
campeão - campeã 
-troca-se -ão por ona. Por exemplo: 
solteirão - solteirona 
Exceções: 
barão - baronesa 
ladrão- ladra 
sultão - sultana 
d) Substantivos terminados em -or: 
- acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo: 
doutor - doutora 
- troca-se -or por -triz: 
imperador - imperatriz 
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: 
-esa - -essa- -isa- 
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa 
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa 
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final 
por -a: 
elefante - elefanta 
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e 
no feminino: 
 
19 
 
bode - cabra 
boi - vaca 
h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, 
isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: 
czar - czarina 
réu - ré 
 
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes 
 
Epicenos 
 
Observe: 
 
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. 
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso 
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma 
para indicar o masculino e o feminino. 
 
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para 
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados 
de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a 
necessidade de especificar o sexo, utilizam-se 
palavras macho e fêmea. 
 
Por exemplo: a cobra 
 
A cobra macho picou o marinheiro. 
 
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. 
 
Sobrecomuns 
 
Entregue as crianças à natureza. 
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo 
masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, 
nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar 
o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: 
A criança chorona chamava-se João. 
A criança chorona chamava-se Maria. 
 
Outros substantivos sobrecomuns: 
 
a criatura 
João é uma boa criatura. 
Maria é uma boa criatura. 
o cônjuge 
O cônjuge de João faleceu. 
O cônjuge de Marcela faleceu. 
 
Comuns de Dois Gêneros: 
 
Observe a manchete: 
 
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. 
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? 
 
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez 
que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O 
restante da notícia nos informa que se trata de um homem. 
 
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do 
artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo. 
Exemplos: 
 
o colega - a colega 
o imigrante - a imigrante 
um jovem - uma jovem 
artista famoso - artista famosa 
repórter francês - repórter francesa 
 
Substantivos de Gênero Incerto 
Existem numerosos substantivos de gênero incerto e 
flutuante, sendo usados com a mesma significação, ora 
como masculinos, ora como femininos. 
a abusão - erro comum, superstição, crendice 
a aluvião - sedimentos deixados pelas águas, inundação, 
grande numero 
a cólera ou cólera-morbo - doença infecciosa 
a personagem - pessoa importante, pessoa que figura numa 
história 
a trama - intriga, conluio, maquinação, cilada 
a xerox (ou xérox) - cópia xerográfica, xerocópia 
o ágape - refeição que os cristãos faziam em comum, 
banquete de confraternização 
o caudal - torrente, rio 
o diabetes ou diabete - doença 
o jângal - floresta própria da Índia 
o lhama - mamífero ruminante da família dos camelídeos 
o ordenança - soldado às ordens de um oficial 
o praça - soldado raso 
o preá - pequeno roedor 
Note que: 
1. A palavra personagem é usada indistintamente nos dois 
gêneros. 
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada 
preferência pelo masculino. Por exemplo: 
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos 
de carochinha. 
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: 
O problema está nas mulheres de mais idade, que não 
aceitam a personagem. 
Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma 
personagem.2. Ordenança, praça (soldado) e sentinela (soldado, atalaia) 
são sentidos e usados na língua atual, como masculinos, por 
se referirem, ordinariamente, a homens. 
3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo 
fotográfico Ana Belmonte. 
Observe o gênero dos substantivos seguintes: 
Masculinos: 
 
 
20 
 
o tapa 
o eclipse 
o lança-perfume 
o dó (pena) 
o sanduíche 
o clarinete 
o champanha 
o sósia 
o maracajá 
o clã 
o hosana 
o herpes 
o pijama 
o suéter 
o soprano 
o proclama 
o pernoite 
o púbis 
Femininos: 
a dinamite 
a áspide 
a derme 
a hélice 
a alcíone 
a filoxera 
a clâmide 
a omoplata 
a cataplasma 
a pane 
a mascote 
a gênese 
a entorse 
a libido 
a cal 
a faringe 
a cólera (doença) 
a ubá (canoa) 
São geralmente masculinos os substantivos de origem grega 
terminados em -ma: 
o grama (peso) 
o quilograma 
o plasma 
o apostema 
o diagrama 
o epigrama 
o telefonema 
o estratagema 
o dilema 
o teorema 
o apotegma 
o trema 
o eczema 
o edema 
o magma 
o anátema 
o estigma 
o axioma 
o tracoma 
o hematoma 
 
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. 
 
Gênero dos Nomes de Cidades 
 
Salvo raras exceções, nomes de cidades são femininos. Por 
exemplo: 
 
A histórica Ouro Preto. 
A dinâmica São Paulo. 
A acolhedora Porto Alegre. 
Uma Londres imensa e triste. 
 
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. 
 
Gênero e Significação 
 
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e 
outra no feminino. Observe: 
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os 
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à 
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão) 
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou 
proibição de trânsito) 
o cabeça (chefe) 
a cabeça (parte do corpo) 
o cisma (separação religiosa, dissidência) 
a cisma (ato de cismar, desconfiança) 
o cinza (a cor cinzenta) 
a cinza (resíduos de combustão) 
o capital (dinheiro) 
a capital (cidade) 
o coma (perda dos sentidos) 
a coma (cabeleira) 
o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro) 
a coral (cobra venenosa) 
o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e 
de outros sacramentos) 
a crisma (sacramento da confirmação) 
o cura (pároco) 
a cura (ato de curar) 
o estepe (pneu sobressalente) 
a estepe (vasta planície de vegetação) 
o guia (pessoa que guia outras) 
a guia (documento, pena grande das asas das aves) 
o grama (unidade de peso) 
a grama (relva) 
o caixa (funcionário da caixa) 
a caixa (recipiente, setor de pagamentos) 
o lente (professor) 
a lente (vidro de aumento) 
o moral (ânimo) 
a moral (honestidade, bons costumes, ética) 
o nascente (lado onde nasce o Sol) 
a nascente (a fonte) 
o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor) 
a maria-fumaça (locomotiva movida a vapor) 
o pala (poncho) 
a pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo) 
o rádio (aparelho receptor) 
a rádio (estação emissora) 
o voga (remador) 
a voga (moda, popularidade) 
 
Flexão de Número do Substantivo 
Em português, há dois números gramaticais: 
O singular, que indica um ser ou um grupo de seres; 
O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. 
 A característica do plural é o s final. 
Plural dos Substantivos Simples 
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo 
oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s. Por exemplo: 
pai - pais 
ímã - ímãs 
hífen - hifens (sem acento, no plural). 
Exceção: cânon - cânones. 
b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. 
Por exemplo: 
homem - homens. 
c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo 
acréscimo de es. Por exemplo: 
revólver - revólveres 
raiz - raízes 
 
21 
 
Atenção: O plural de caráter é caracteres. 
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se 
no plural, trocando o l por is. Por exemplo: 
quintal - quintais 
caracol - caracóis 
hotel - hotéis 
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. 
e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas 
maneiras: 
- Quando oxítonos, em is. Por exemplo: 
canil - canis 
- Quando paroxítonos, em eis. Por exemplo: 
míssil - mísseis. 
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas 
maneiras: 
répteis ou reptis (pouco usada). 
f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas 
maneiras: 
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o 
acréscimo de es. Por exemplo: 
ás - ases 
retrós - retroses 
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, 
ficam invariáveis. Por exemplo: 
o lápis - os lápis 
o ônibus - os ônibus. 
g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três 
maneiras. 
- substituindo o -ão por -ões: 
Por exemplo: 
ação - ações 
- substituindo o -ão por -ães: 
Por exemplo: 
cão - cães 
- substituindo o -ão por -ãos: 
Por exemplo: 
grão - grãos 
h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis. 
Por exemplo: 
o látex - os látex. 
 
Plural dos Substantivos Compostos 
 
A formação do plural dos substantivos compostos depende 
da forma como são grafados, do tipo de palavras que 
formam o composto e da relação que estabelecem entre si. 
Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os 
substantivos simples: 
 
aguardente e aguardentes 
girassol e girassóis 
pontapé e pontapés 
malmequer e malmequeres 
 
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos 
são ligados por hífen, observe as orientações a seguir: 
 
a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se 
optar por colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no 
plural: 
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves 
couve-flor = couves-flor ou couves-flores 
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios 
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas 
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: 
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos 
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens 
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras 
c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando 
formados de: 
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas 
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
falantes 
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos 
d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando 
formados de: 
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
colônia e águas-de-colônia 
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
vapor e cavalos-vapor 
e) Permanecem invariáveis, quando formados de: 
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora 
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-
rolhas 
f) Casos Especiais 
o louva-a-deus e os louva-a-deus 
o bem-te-vi e os bem-te-vis 
o bem-me-quer e os bem-me-queres 
o joão-ninguém e os joões-ninguém. 
 
Plural dos Substantivos Compostos 
A formação do plural dos substantivos compostos depende 
da forma como são grafados, do tipo de palavras que 
formam o composto e da relação que estabelecem entre si. 
Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os 
substantivos simples: 
aguardente e aguardentes 
girassol e girassóis 
pontapé e pontapés 
malmequer e malmequeres 
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos 
são ligados por hífen, observe as orientações a seguir: 
a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se 
optar por colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no 
plural: 
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves 
couve-flor = couves-flor ou couves-flores 
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios 
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas 
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: 
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos 
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens 
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras 
c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando 
 
22 
 
formados de: 
verbo + substantivo= guarda-roupa e guarda-roupas 
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
falantes 
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos 
d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando 
formados de: 
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
colônia e águas-de-colônia 
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
vapor e cavalos-vapor 
e) Permanecem invariáveis, quando formados de: 
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora 
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-
rolhas 
f) Casos Especiais 
o louva-a-deus e os louva-a-deus 
o bem-te-vi e os bem-te-vis 
o bem-me-quer e os bem-me-queres 
o joão-ninguém e os joões-ninguém. 
 
Plural dos Diminutivos 
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e 
acrescenta-se o sufixo diminutivo. 
pãe(s) + zinhos = pãezinhos 
animai(s) + zinhos = animaizinhos 
botõe(s) + zinhos = botõezinhos 
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos 
farói(s) + zinhos = faroizinhos 
tren(s) + zinhos = trenzinhos 
colhere(s) + zinhas = colherezinhas 
flore(s) + zinhas = florezinhas 
mão(s) + zinhas = mãozinhas 
papéi(s) + zinhos = papeizinhos 
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas 
funi(s) + zinhos = funizinhos 
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos 
pai(s) + zinhos = paizinhos 
pé(s) + zinhos = pezinhos 
pé(s) + zitos = pezitos 
 
Obs.: são anômalos os plurais pastorinhos(as), papelinhos, 
florzinhas, florinhas, colherzinhas e mulherzinhas, correntes 
na língua popular, e usados até por escritores de renome. 
 
Plural dos Nomes Próprios 
 
Apesar de parecer estranho, segundo a ortografia oficial, os 
nomes próprios estão sujeitos às mesmas regras 
estabelecidas para os nomes comuns. 
 
Isso significa que os nomes próprios também variam no 
plural. Logo, é correto escrever as Marias, os Joões, os 
Pedros, os Robertos, etc. 
 
Afinal, podemos estar falando de várias pessoas com o 
mesmo prenome. Exemplos: 
 
Os Albertos que estudam comigo não compareceram na aula 
hoje. 
 
Gosto das novelas protagonizadas pelos dois Marcelos: o 
Faria e o Serrado. 
 
Quanto ao sobrenome, atualmente existe uma tendência a 
deixá-lo no singular: os Camargo, os Cavalcanti, os 
Figueiredo. 
 
Na verdade, você pode escolher entre "os Oliveira" ou "os 
Oliveiras", embora o primeiro seja mais bem aceito. 
 
Assim, se você preferir seguir a tendência atual de deixar 
tudo invariável, não terá dificuldade alguma. Inclusive para 
sobrenomes compostos, como Andrada e Silva, bastaria 
acrescentar o artigo: os Andrada e Silva. 
 
Flexão de Grau do Substantivo 
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as 
variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: 
 
Grau Normal 
Indica um ser de tamanho considerado normal. 
Por exemplo: casa. 
 
Grau Aumentativo 
 
Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em: 
 
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo 
que indica grandeza. 
Por exemplo: casa grande. 
 
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador 
de aumento. 
Por exemplo: casarão. 
 
Grau Diminutivo 
 
Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser: 
 
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que 
indica pequenez. 
Por exemplo: casa pequena. 
 
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador 
de diminuição. 
Por exemplo: casinha. 
 
1.3.1 Artigo 
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, 
indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou 
indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o 
gênero e o número dos substantivos. 
 
 
23 
 
Classificação dos Artigos 
 
Artigos Definidos 
 
Determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. 
Por exemplo: 
Eu comprei o carro. 
 
Artigos Indefinidos 
 
Determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, 
umas. Por exemplo: 
 
Eu comprei um carro. 
 
Combinação dos Artigos 
 
É muito presente a combinação dos artigos definidos e 
indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma 
assumida por essas combinações: 
 
Preposições Artigos 
 o, os a, as um, uns uma, umas 
a ao, aos à, às - - 
de do, dos da, das dum, duns 
duma, 
dumas 
em no, nos na, nas num, nuns 
numa, 
numas 
por (per) pelo, pelos pela, pelas - - 
 
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o 
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida 
por crase. 
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos 
artigos definidos com a forma per, equivalente a por. 
 
Artigos, leitura e produção de textos 
 
O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite 
não apenas evitar problemas com o gênero e o número de 
determinados substantivos, mas principalmente explorar 
detalhes de significação bastante expressivos. Em geral, 
informações novas, nos textos, são introduzidas por 
pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos 
definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo 
definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo 
que mantém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de 
muitas modificações de significados transmitidas pelos 
artigos faz com que sejam frequentemente usados pelos 
escritores em seus textos literários. 
 
1.3.2 Adjetivo 
 
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou 
característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de 
um substantivo. 
 
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, 
percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode 
ser "encaixada diretamente" ao lado de um 
substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa 
bondosa. 
 
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, 
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem 
bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, 
portanto, não é adjetivo, mas substantivo. 
 
Morfossintaxe do Adjetivo: 
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos 
substantivos, atuando como adjunto adnominal ou 
como predicativo (do sujeito ou do objeto). 
 
Classificação do Adjetivo 
 
Explicativo: exprime qualidade própria do ser. 
Por exemplo: neve fria. 
Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. 
Por exemplo: fruta madura. 
 
Formação do Adjetivo 
 
Quanto à formação, o adjetivo pode ser: 
 
Adjetivo simples: Formado por um só radical. 
Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cômico. 
Adjetivo composto: Formado por mais de um radical. 
Por exemplo: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-
canário. 
Adjetivo primitivo: É aquele que dá origem a outros 
adjetivos. 
Por exemplo: belo, bom, feliz, puro. 
Adjetivo derivado: É aquele que deriva de substantivos, 
verbos ou até mesmo de outro adjetivo. 
Por exemplo: belíssimo, bondoso, magrelo. 
 
Adjetivo Pátrio 
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. 
Observe alguns deles. 
Estados e cidades do Brasil: 
Acre acreano 
Alagoas alagoano 
Amapá amapaense 
Aracaju aracajuano ou aracajuense 
Amazonas amazonense ou baré 
 
Adjetivo Pátrio Composto 
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro 
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, 
erudita. Observe alguns exemplos: 
África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana 
Alemanha 
germano- ou teuto- / Por exemplo: Competições 
teuto-inglesas 
https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint76.php
 
24 
 
América 
américo- / Por exemplo: Companhia américo-
africana 
Ásia ásio- / Por exemplo: Encontros ásio-europeus 
 
Locução Adjetiva 
Locução = reunião de palavras. 
 
Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para 
contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma 
preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: 
é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um 
adjetivo.) 
 
Por exemplo: 
 
aves da noite (aves noturnas), paixão sem 
freio (paixão desenfreada). 
 
Observe outros exemplos: 
de águia aquilino 
de aluno discente 
de anjo angelical 
de ano anualObs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo 
correspondente, com o mesmo significado. Por exemplo: 
 
Vi as alunas da 5ª série. 
 
O muro de tijolos caiu. 
 
Flexão dos adjetivos 
O adjetivo varia em gênero, número e grau. 
Gênero dos Adjetivos 
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem 
(masculino e feminino). De forma semelhante aos 
substantivos, classificam-se em: 
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e 
outra para o feminino. Por exemplo: 
ativo e ativa, mau e má, judeu e judia. 
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no 
feminino somente o último elemento. Por exemplo: 
o moço norte-americano, a moça norte-americana. 
Exceção: surdo-mudo e surda-muda. 
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como 
para o feminino. Por exemplo: 
homem feliz e mulher feliz. 
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no 
feminino. Por exemplo: 
conflito político-social e desavença político-social. 
Número dos Adjetivos 
Plural dos adjetivos simples 
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com 
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos 
substantivos simples. Por exemplo: 
 
mau e maus 
feliz e felizes 
ruim e ruins 
boa e boas 
 
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função 
de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que 
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um 
substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a 
palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se 
estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. 
Ficará, então invariável. 
 
Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza. 
 
Veja outros exemplos: 
 
Motos vinho (mas: motos verdes) 
Paredes musgo (mas: paredes brancas). 
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). 
 
Adjetivo Composto 
Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais 
elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por 
hífen. Apenas o último elemento concorda com o 
substantivo a que se refere; os demais ficam na forma 
masculina, singular. 
 
Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto 
seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto 
ficará invariável. 
 
Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo, 
porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará 
como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, 
formará um adjetivo composto; como é um substantivo 
adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Por 
exemplo: 
 
Camisas rosa-claro. 
Ternos rosa-claro. 
Olhos verde-claros. 
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. 
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. 
 
Obs.: 
 
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo 
composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis. 
 
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm 
os dois elementos flexionados. 
 
Grau do Adjetivo 
 
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a 
intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do 
adjetivo: o comparativo e o superlativo. 
 
25 
 
 
Comparativo 
 
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a 
dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas 
ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, 
de superioridade ou de inferioridade. Observe os 
exemplos abaixo: 
 
1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade 
No comparativo de igualdade, o segundo termo da 
comparação é introduzido pelas 
palavras como, quanto ou quão. 
2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo De 
Superioridade Analítico 
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois 
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A 
forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do 
que" ou "mais...que". 
3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De 
Superioridade Sintético 
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de 
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: 
 
bom-melhor pequeno-menor 
mau-pior alto-superior 
grande-maior baixo-inferior 
 
Adjetivos comparativos 
 
Observe que: 
a) As formas menor e pior são comparativos de 
superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, 
respectivamente. 
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas 
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações 
feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-
se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais 
grande e mais pequeno. 
 
Por exemplo: 
 
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois 
elementos. 
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas 
qualidades de um mesmo elemento. 
4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De 
Inferioridade 
 Sou menos passivo (do) que tolerante. 
 
Superlativo 
 
O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado 
ou em grau máximo. O grau superlativo pode 
ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes 
modalidades: 
 
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser 
é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se 
nas formas: 
 
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras 
que dão ideia de intensidade (advérbios). 
 
Por exemplo: 
 
O secretário é muito inteligente. 
 
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de 
sufixos. Por exemplo: 
 
O secretário é inteligentíssimo. 
 
Observe alguns superlativos sintéticos: 
 
benéfico beneficentíssimo 
bom boníssimo ou ótimo 
célebre celebérrimo 
comum comuníssimo 
cruel crudelíssimo 
 
 
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser 
é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa 
relação pode ser: 
 
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. 
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. 
 
Note bem: 
 
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos 
advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc., 
antepostos ao adjetivo. 
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas 
formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de 
origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical 
do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou 
érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. 
A forma popular é constituída do radical do adjetivo 
português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. 
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, 
precariíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem 
atual, as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, 
sem o desagradável hiato i-í. 
 
1.3.3 Pronome 
 
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele 
se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o 
de alguma forma. 
 
Exemplos: 
 
 
26 
 
1. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus 
sonhos! 
[substituição do nome] 
2. A moça que morava nos meus sonhos era mesmo 
bonita! 
[referência ao nome] 
3. Essa moça morava nos meus sonhos! 
[qualificação do nome] 
 
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, 
isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de 
um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata 
daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no 
ato da comunicação. 
 
Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os 
demais pronomes têm por função principal apontar para as 
pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes 
sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa 
característica, os pronomes apresentam uma forma 
específica para cada pessoa do discurso. 
 
Exemplos: 
 
1. Minha carteira estava vazia quando eu fui 
assaltada. 
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] 
2. Tua carteira estava vazia quando tu foste 
assaltada? 
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] 
3. A carteira dela estava vazia quando ela foi 
assaltada. 
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala] 
 
Em termos morfológicos,os pronomes são palavras 
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número 
(singular ou plural). Assim, espera-se que a referência 
através do pronome seja coerente em termos de gênero e 
número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, 
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. 
 
Exemplos: 
 
1. [Fala-se de Roberta] 
2. Ele quer participar do desfile 
da nossa escola neste ano. 
 
[nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância 
adequada] 
[neste: pronome que determina "ano" = concordância 
adequada] 
[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância 
inadequada] 
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, 
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. 
 
Pronomes Pessoais 
São aqueles que substituem os substantivos, indicando 
diretamente as pessoas do discurso. 
Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os 
pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se 
dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa 
ou às pessoas de quem fala. 
 
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que 
exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso 
oblíquo. 
 
Pronome Reto 
 
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, 
exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Por 
exemplo: 
 
Nós lhe ofertamos flores. 
 
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero 
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal 
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa 
forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado: 
 
- 1ª pessoa do singular: eu 
- 2ª pessoa do singular: tu 
- 3ª pessoa do singular: ele, ela 
- 1ª pessoa do plural: nós 
- 2ª pessoa do plural: vós 
- 3ª pessoa do plural: eles, elas 
 
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como 
complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi 
ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até 
aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas 
na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem 
ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: 
 
"Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até 
aqui". 
 
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome 
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias 
formas verbais marcam, através de suas desinências, as 
pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto. Por exemplo: 
 
Fizemos boa viagem. (Nós) 
 
Pronome Oblíquo 
 
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, 
exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou 
indireto) ou complemento nominal. Por exemplo: 
 
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) 
 
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante 
 
27 
 
do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a 
função diversa que eles desempenham na oração: pronome 
reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o 
complemento da oração. 
 
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com 
a acentuação tônica que possuem, podendo 
ser átonos ou tônicos. 
 
Pronome Oblíquo Átono 
 
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são 
precedidos de preposição. 
 
Possuem acentuação tônica fraca. Por exemplo: 
Ele me deu um presente. 
 
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim 
configurado: 
 
- 1ª pessoa do singular (eu): me 
- 2ª pessoa do singular (tu): te 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, o, a, lhe 
- 1ª pessoa do plural (nós): nos 
- 2ª pessoa do plural (vós): vos 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, os, as, lhes 
 
Observações: 
 
O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta 
na forma contraída, ou seja, houve a união entre o 
pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompanhar 
diretamente uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a 
função de objeto indireto na oração. 
 
Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos 
diretos como objetos indiretos. 
 
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como 
objetos diretos. 
 
Saiba que: 
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-
se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas 
como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, 
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-
las. Observe o uso dessas formas nos exemplos que 
seguem: 
- Trouxeste o pacote? 
- Sim, entreguei-to ainda há pouco. 
- Não contaram a novidade a vocês? 
- Não, não no-la contaram. 
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; 
até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito 
raro. 
 
Atenção: 
Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois 
de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -
z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao 
mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida. Por 
exemplo: 
 
fiz + o = fi-lo 
fazeis + o = fazei-lo 
dizer + a = dizê-la 
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume 
as formas no, nos, na, nas. Por exemplo: 
viram + o: viram-no 
repõe + os = repõe-nos 
retém + a: retém-na 
tem + as = tem-nas 
 
Pronome Oblíquo Tônico 
 
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre 
precedidos por preposições, em geral as 
preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os 
pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da 
oração. Possuem acentuação tônica forte. 
 
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim 
configurado: 
 
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo 
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela 
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco 
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas 
 
- Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico 
são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As 
demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. 
 
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes 
pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos 
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, 
os pronomes costumam ser usados desta forma: 
 
Não há mais nada entre mim e ti. 
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. 
Não há nenhuma acusação contra mim. 
Não vá sem mim. 
 
Atenção: 
Há construções em que a preposição, apesar de surgir 
anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração 
cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter 
sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser 
do caso reto. Por exemplo: 
 
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. 
Não vá sem eu mandar. 
 
28 
 
 
- A combinação da preposição "com" e alguns pronomes 
originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, 
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos 
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de 
companhia. Por exemplo: 
 
Ele carregava o documento consigo. 
- As formas "conosco" e "convosco" são substituídas 
por "com nós" e "com vós" quando os pronomes pessoais 
são reforçados por palavras 
como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum 
numeral. Por exemplo: 
 
Você terá de viajar com nós todos. 
Estávamos com vós outros quando chegaram as más 
notícias. 
Ele disse que iria com nós três. 
 
Pronome Reflexivo 
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem 
como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da 
oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação 
expressa pelo verbo. 
 
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado: 
 
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. Por exemplo: 
Eu não me vanglorio disso. 
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. 
 
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.Por exemplo: 
Assim tu teprejudicas. 
Conhece a ti mesmo. 
 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.Por 
exemplo: 
Guilherme já se preparou. 
 
Ela deu a si um presente. 
Antônio conversouconsigo mesmo. 
 
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.Por exemplo: 
Lavamo-nos no rio. 
 
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.Por exemplo: 
Vós vos beneficiastes com a esta conquista. 
Por exemplo: 
 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. Por 
exemplo: 
 
Eles se conheceram. 
Elas deram a si um dia de folga. 
 
A Segunda Pessoa Indireta 
A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando 
utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso 
interlocutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo 
na terceira pessoa. 
É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que 
podem ser observados no quadro seguinte: 
Pronomes de Tratamento 
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques 
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais 
Vossa 
Reverendíssima 
V. Revma.(s) sacerdotes e bispos 
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) 
altas autoridades e 
oficiais-generais 
Vossa 
Magnificência 
V. Mag.ª (s) 
reitores de 
universidades 
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas 
Vossa Majestade 
Imperial 
V. M. I. Imperadores 
Vossa Santidade V. S. Papa 
Vossa Senhoria V. S.ª (s) 
tratamento 
cerimonioso 
Vossa Onipotência V. O. Deus 
 
Também são pronomes de tratamento o senhor, a 
senhora e você, vocês. "O senhor" e "a senhora" são 
empregados no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês", 
no tratamento familiar. Você e vocês são largamente 
empregados no português do Brasil; em algumas regiões, a 
forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco 
empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem 
litúrgica, ultraformal ou literária. 
 
Observações: 
 
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de 
tratamento que possuem "Vossa (s)" são empregados em 
relação à pessoa com quem falamos. Por exemplo: 
 
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este 
encontro. 
Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa. 
Por exemplo: 
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, 
o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. 
 
- Os pronomes de tratamento representam uma forma 
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao 
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, 
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado 
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa. 
 
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam 
à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª 
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os 
pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem 
ficar na 3ª pessoa. Por exemplo: 
 
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, 
 
29 
 
para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. 
 
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou 
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do 
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, 
por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", 
não poderemos usar "te" ou "teu". O uso correto exigirá, 
ainda, verbo na terceira pessoa. 
Por exemplo: 
 
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei 
nos teus cabelos. (errado) 
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei 
nos seus cabelos. (correto) 
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei 
nos teus cabelos. (correto) 
 
Pronomes Possessivos 
 
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical 
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo 
(coisa possuída). Por exemplo: 
 
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do 
singular) 
 
Observe o quadro: 
 
NÚMERO PESSOA PRONOME 
singular primeira meu(s), minha(s) 
singular segunda teu(s), tua(s) 
singular terceira seu(s), sua(s) 
plural primeira nosso(s), nossa(s) 
plural segunda vosso(s), vossa(s) 
plural terceira seu(s), sua(s) 
 
Note que: 
 
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que 
se refere; o gênero e o número concordam com o objeto 
possuído.Por exemplo: 
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento 
difícil. 
 
Observações: 
 
1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da 
alteração fonética da palavra senhor. Por exemplo: 
Muito obrigado, seu José. 
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. 
Podem ter outros empregos, como: 
a) indicar afetividade. Por exemplo: 
Não faça isso, minha filha. 
b) indicar cálculo aproximado.Por exemplo: 
Ele já deve ter seus 40 anos. 
c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Por exemplo: 
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. 
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o 
pronome possessivo fica na 3ª pessoa. Por exemplo: 
Vossa Excelência trouxe sua mensagem? 
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo 
concorda com o mais próximo. Por exemplo: 
Trouxe-me seus livros e anotações. 
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos 
átonos assumem valor de possessivo. Por exemplo: 
 
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.) 
 
Pronomes Demonstrativos 
 Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a 
posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao 
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, 
tempo ou discurso. 
No espaço: 
Compro este carro (aqui). 
O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que 
fala. 
Compro esse carro (aí). 
O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com 
quem falo, ou afastado da pessoa que fala. 
Compro aquele carro (lá). 
O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa 
que fala e daquela com quem falo. 
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto 
por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita 
de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o 
primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, 
em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar 
ambiguidade. 
 
Exemplos: 
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar 
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da 
universidade destinatária). 
 
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar 
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade 
que envia a mensagem). 
 
No tempo: 
 
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se 
ao ano presente. 
 
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se 
a um passado próximo. 
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está 
se referindo a um passado distante. 
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou 
invariáveis, observe: 
 
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), 
aquela(s). 
 
 
30 
 
Invariáveis: isto, isso, aquilo. 
 
- Também aparecem como pronomes demonstrativos: 
 
o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem 
ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. Por 
exemplo: 
 
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) 
 
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que 
te indiquei.) 
 
mesmo (s), mesma (s): 
 
Por exemplo: 
 
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. 
próprio (s), própria (s): 
Por exemplo: 
Os próprios alunos resolveram o problema. 
semelhante (s): 
Por exemplo: 
Não compre semelhante livro. 
tal, tais: 
Por exemplo: 
Tal era a solução para o problema. 
 
Pronomes Demonstrativos (continuação) 
Note que: 
 
a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em 
construções redundantes, com finalidade expressiva, para 
salientar algum termo anterior. Por exemplo: 
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José 
Afonso. Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte! 
b) O pronome demonstrativo neutro o pode representar um 
termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que 
aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou 
aposto. Por exemplo: 
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam. 
c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente 
expresso, é comum empregar-se, em tais casos,o 
verbo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, 
que faz as vezes de). Por exemplo: 
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse. 
Diz-se corretamente: 
Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer. 
Mas: 
Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o que fazer.) 
d) Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa 
mencionada em último lugar, aquele à mencionada em 
primeiro lugar. Por exemplo: 
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos 
íntimos: aquele casado, solteiro este. [ou 
então: este solteiro, aquele casado.] 
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação 
irônica. Por exemplo: 
A menina foi a tal que ameaçou o professor? 
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com 
pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, 
disso, nisso, no, etc. Por exemplo: 
Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo) 
 
Pronomes Indefinidos 
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, 
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando 
quantidade indeterminada. Por exemplo: 
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
plantadas. 
Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de 
quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma 
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser 
humano que seguramente existe, mas cuja identidade é 
desconhecida ou não se quer revelar. 
Classificam-se em: 
 
Pronomes Indefinidos Substantivos 
 
Assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de 
seres na frase. 
 
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, 
ninguém, outrem, quem, tudo. Por exemplo: 
Algo o incomoda? 
Quem avisa amigo é. 
 
Pronomes Indefinidos Adjetivos 
 
Qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção 
de quantidade aproximada. 
 
São eles: cada, certo(s), certa(s). Por exemplo: 
 
Cada povo tem seus costumes. 
Certas pessoas exercem várias profissões. 
 
Note que: 
 
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes 
indefinidos adjetivos: 
 
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), 
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, 
nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), 
pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), 
quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, 
uns, uma(s), vários, várias. 
 
Por exemplo: 
 
Poucos vieram para o passeio. 
Poucos alunos vieram para o passeio. 
 
 
31 
 
Os pronomes indefinidos podem ser divididos 
em variáveis e invariáveis. Observe o quadro: 
 
 
Variáveis 
Invariáveis Singular Plural 
Masculino Feminino Masculino Feminino 
algum 
nenhum 
todo 
muito 
pouco 
vário 
tanto 
outro 
quanto 
alguma 
nenhuma 
toda 
muita 
pouca 
vária 
tanta 
outra 
quanta 
alguns 
nenhuns 
todos 
muitos 
poucos 
vários 
tantos 
outros 
quantos 
algumas 
nenhumas 
todas 
muitas 
poucas 
várias 
tantas 
outras 
quantas 
alguém 
ninguém 
outrem 
tudo 
nada 
algo 
cada 
qualquer quaisquer 
 
São locuções pronominais indefinidas: 
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), 
quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo 
aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um 
ou outro, uma ou outra, etc. Por exemplo: 
 
Cada um escolheu o vinho desejado. 
 
Indefinidos Sistemáticos 
 
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, 
percebemos que existem alguns grupos que criam oposição 
de sentido. É o caso de: 
 
algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo, 
e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo; 
todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, 
e nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa; 
alguém/ninguém, que se referem a pessoa, e algo/nada, 
que se referem a coisa; 
certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza. 
 
Essas oposições de sentido são muito importantes na 
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas 
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos 
expostos. Observe nas frases seguintes a força que os 
pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações 
de que fazem parte: 
 
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado 
prático. 
 
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são 
pessoas quaisquer. 
 
Pronomes Relativos 
 
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já 
mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. 
Introduzem as orações subordinadas adjetivas. Por exemplo: 
 
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um 
grupo racial sobre outros. 
(que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros 
= oração subordinada adjetiva). 
 
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e 
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra 
"sistema" é antecedente do pronome relativo "que". 
 
Os pronomes relativos "que" e "qual" podem ser 
antecedidos pelos pronomes demonstrativos "o", "a", "os", 
"as" (quando esses equivalerem a "isto", "isso", "aquele(s)", 
"aquela(s)", "aquilo".). Por exemplo: 
 
Não sei o que você está querendo dizer. 
 
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem 
expresso. Por exemplo: 
 
Quem casa, quer casa. 
 
Observe o quadro abaixo: 
 
Quadro dos Pronomes Relativos 
Variáveis 
Invariáveis 
Masculino Feminino 
o qual 
cujo 
quanto 
os quais 
cujos 
quantos 
a qual 
cuja 
quanta 
as quais 
cujas 
quantas 
quem 
que 
onde 
 
Note que: 
 
a) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, 
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser 
substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" 
quando seu antecedente for um substantivo. Por exemplo: 
 
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) 
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) 
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) 
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as 
quais) 
 
b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente 
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente 
para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que 
podem ter várias classificações) são pronomes relativos. 
Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por 
motivo de clareza ou depois de determinadas preposições. 
Por exemplo: 
 
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o 
qual me deixou encantado. (O uso de "que" neste caso 
geraria ambiguidade.) 
 
 
32 
 
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas 
dúvidas? (Não se poderia usar "que" depois de "sobre".) 
 
c) O relativo "que" às vezes equivale a "o que", "coisa que" 
e se refere a uma oração. Por exemplo: 
 
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a 
sua vocação natural. 
 
Obs.: os pronomes relativos podem vir precedidos de 
preposição de acordo com a regência verbal dos verbos da 
oração. Por exemplo: 
 
Havia condições com que não concordávamos. (concordar 
com) 
Havia condições de que desconfiávamos. (desconfiar de) 
 
Pronomes Relativos (continuação) 
 
d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, 
mas com o consequente. Equivale a "do qual", "da qual", 
"dos quais", "das quais". 
Por exemplo: 
 
Este é o caderno cujas folhas 
estão 
rasgadas. 
 (antecedente) (consequente) 
 
e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente 
um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo: 
 
Por exemplo: 
 
Emprestei tantos quantos 
foram 
necessários. 
 (antecedente) 
Ele fez tudo quanto havia falado. 
 (antecedente) 
f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre 
precedido de preposição. 
 
Por exemplo: 
 
É um 
professor 
a quem 
muito 
devemos. 
 (preposição) 
g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui 
antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar. 
Por exemplo: 
A casa onde morava foi assaltada. 
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar "quando" ou"em que". Por exemplo: 
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no 
exterior. 
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as 
palavras: 
- como (= pelo qual) 
Por exemplo: 
Não me parece correto o modo como você agiu semana 
passada. 
- quando (= em que) 
 
Por exemplo: 
 
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame. 
 
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações 
numa só frase. Por exemplo: 
 
O futebol é um esporte. 
O povo gosta muito deste esporte. 
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. 
 
k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode 
ocorrer a elipse do relativo "que". Por exemplo: 
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) 
ria, (que) fumava. 
 
Pronomes Interrogativos 
 
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas 
ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-
se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. 
 
São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e 
variações), quanto (e variações). 
 
Por exemplo: 
 
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. 
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas 
preferes. 
Quantos passageiros desembarcaram? / 
Pergunte quantos passageiros desembarcaram. 
Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos 
Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um 
substantivo ao qual se referem. Por exemplo: 
 
Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão perdidos.) 
 
Aquilo me deixou alegre. 
 
Obs.: ao assumir para si as características do nome que 
substitui, o pronome seguirá todas as demais concordâncias 
(gênero - número - pessoa do discurso - marca de sujeito 
inanimado - marca de situação no espaço). 
 
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o 
substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma 
característica. Por exemplo: 
 
Este moço é meu irmão. 
Alguma coisa me deixou alegre. 
 
 
33 
 
Observação: a classificação dos pronomes em substantivos 
ou adjetivos não exclui sua classificação específica. Por 
exemplo: 
 
Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo 
indefinido). 
 
Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adjetivo 
possessivo / teu = pronome substantivo possessivo). 
 
1.3.4 Verbo 
 
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, 
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros 
processos: 
 
ação (correr); 
estado (ficar); 
fenômeno (chover); 
ocorrência (nascer); 
desejo (querer). 
 
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus 
possíveis significados. Observe que palavras como corrida, 
chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de 
alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, 
todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem. 
 
Estrutura das Formas Verbais 
 
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode 
apresentar os seguintes elementos: 
 
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado 
essencial do verbo. Por exemplo: 
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) 
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a 
conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: 
fala-r 
 
São três as conjugações: 
 
1ª - Vogal Temática - A - (falar) 
2ª - Vogal Temática - E - (vender) 
3ª - Vogal Temática - I - (partir) 
 
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o 
tempo e o modo do verbo. Por exemplo: 
falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo.) 
 
falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) 
 
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a 
pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou 
plural). Por exemplo: 
 
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) 
falavam(indica a 3ª pessoa do plural.) 
 
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados 
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois 
a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar 
de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas 
formas do verbo: põe, pões, põem, etc. 
 
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas 
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos 
verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos 
com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico 
cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por 
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai 
no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, 
aprenderão, nutriríamos. 
 
Classificação dos Verbos 
 
Classificam-se em: 
 
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências 
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca 
alterações no radical. Por exemplo: 
canto 
cantei 
cantarei 
cantava 
cantasse 
 
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações 
no radical ou nas desinências. Por exemplo: 
faço 
fiz 
farei 
fizesse 
 
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação 
completa. Classificam-se 
em impessoais, unipessoais e pessoais. 
 
Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. 
Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os 
principais verbos impessoais são: 
 
 
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se 
ou fazer (em orações temporais). Por exemplo: 
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) 
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) 
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) 
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) 
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo). Por exemplo: 
 
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. 
Era primavera quando a conheci. 
Estava frio naquele dia. 
 
34 
 
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são 
impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, 
amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, 
"Amanheci mal-humorado", usa-se o 
verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo 
impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser 
impessoal para ser pessoal. Por exemplo: 
 
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) 
 
Choveram candidatos ao cargo. 
 
(Sujeito: candidatos) 
 
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) 
d) São impessoais, ainda: 
 
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. 
Ex.: Já passa das seis. 
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, 
indicando suficiência. Ex.: Basta de tolices. Chega 
de blasfêmias. 
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, 
Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem 
referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, 
nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-
se, tais verbos, então, pessoais. 
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente 
de "ser possível". Por exemplo: 
Não deu para chegar mais cedo. 
Dá para me arrumar uns trocados? 
 
Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se 
apenas nas terceiras pessoas do singular e do plural. Entre 
os unipessoais estão os verbos que significam vozes de 
animais, como: 
 
bramar (tigre) 
bramir (crocodilo) 
cacarejar (galinha) 
coaxar (sapo) 
cricrilar (grilo) 
 
Os principais verbos unipessoais são: 
 
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, 
ser (preciso, necessário, etc.). 
 
Observe os exemplos: 
 
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos 
bastante) 
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover) 
É preciso que chova. (Sujeito: que chova) 
 
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos 
da conjunção que. Observe os exemplos: 
 
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de 
fumar) 
Vai para dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não 
vejo Cláudia) 
 
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais. 
Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos 
morfológicos ou eufônicos. 
 
Por exemplo: verbo falir 
 
Este verbo teria como formas do presente do 
indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o 
que provavelmentecausaria problemas de interpretação em 
certos contextos. 
Por exemplo: verbo computar 
 
Este verbo teria como formas do presente do indicativo 
computo, computas, computa - formas de sonoridade 
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas 
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas 
verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o 
próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a 
popularização da informática, tem sido conjugado em todos 
os tempos, modos e pessoas. 
 
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma 
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno 
costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas 
regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as 
chamadas formas curtas (particípio irregular). Observe: 
 
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular 
 
Anexar Anexado Anexo 
Dispersar Dispersado Disperso 
Eleger Elegido Eleito 
Envolver Envolvido Envolto 
Imprimir Imprimido Impresso 
Matar Matado Morto 
Morrer Morrido Morto 
Pegar Pegado Pego 
Soltar Soltado Solto 
 
e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical 
em sua conjugação. Por exemplo: 
 
Ir Pôr 
vou 
vais 
ides 
fui 
foste 
ponho 
pus 
pôs 
punha 
Ser Saber 
 
35 
 
sou 
és 
fui 
foste 
seja 
sei 
sabes 
soube 
saiba 
 
f) Auxiliares 
São aqueles que entram na formação dos tempos compostos 
e das locuções verbais. 
 
O verbo principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é 
expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio 
ou particípio. 
Por exemplo: 
 
 
 
Vou espantar as moscas. 
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo) 
Está chegando 
a hora do 
debate. 
(verbo 
auxiliar) 
(verbo principal no 
gerúndio) 
 
Os 
noivos 
foram cumprimentados 
por todos os 
presentes. 
 (verbo 
auxiliar) 
(verbo principal no 
particípio) 
 
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e 
haver. 
 
Conjugação dos Verbos Auxiliares 
SER - Modo Indicativo 
Presente Pretérito Perfeito 
sou fui 
és foste 
é foi 
somos fomos 
sois fostes 
são foram 
Pretérito Imperfeito Pretérito Mais-Que-Perfeito 
era fora 
eras foras 
era fora 
éramos fôramos 
éreis fôreis 
eram foram 
Futuro do Presente Futuro do Pretérito 
serei seria 
serás serias 
será seria 
seremos seríamos 
sereis seríeis 
serão seriam 
SER - Modo Subjuntivo 
Presente Pretérito Imperfeito Futuro 
que eu seja se eu fosse quando eu for 
que tu sejas se tu fosses quando tu fores 
que ele seja se ele fosse quando ele for 
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos 
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes 
que eles sejam se eles fossem quando eles forem 
SER - Modo Imperativo 
Afirmativo Negativo 
sê tu não sejas tu 
seja você não seja você 
sejamos nós não sejamos nós 
sede vós não sejais vós 
sejam vocês não sejam vocês 
SER - Formas Nominais 
Infinitivo 
Impessoal 
Infinitivo 
Pessoal 
Gerúndio Particípio 
ser ser eu sendo sido 
 seres tu 
 ser ele 
 sermos nós 
 serdes vós 
 serem eles 
ESTAR - Modo Indicativo 
Presente 
Pretérito 
Perfeito 
estou estive 
estás estiveste 
está esteve 
estamos estivemos 
estais estivestes 
estão estiveram 
Pretérito 
Imperfeito 
Pretérito 
Mais-Que-Perfeito 
estava estivera 
estavas estiveras 
estava estivera 
estávamos estivéramos 
estáveis estivéreis 
estavam estiveram 
Futuro do 
Presente 
Futuro do 
Pretérito 
estarei estaria 
estarás estarias 
estará estaria 
estaremos estaríamos 
estareis estaríeis 
estarão estariam 
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo 
Presente 
Pretérito 
Imperfeito 
Futuro Afirmativo Negativo 
esteja estivesse estiver 
estejas estivesses estiveres está estejas 
 
36 
 
esteja estivesse estiver esteja esteja 
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos 
estejais estivésseis estiverdes estai estejais 
estejam estivessem estiverem estejam estejam 
ESTAR - Formas Nominais 
Infinitivo 
Impessoal 
Infinitivo 
Pessoal 
Gerúndio Particípio 
estar estar estando estado 
 estares 
 estar 
 estarmos 
 estardes 
 estarem 
 
 
Haver - Modo Indicativo 
Presente Pretérito Perfeito 
hei houve 
hás houveste 
há houve 
havemos houvemos 
haveis houvestes 
hão houveram 
Pretérito Imperfeito Pretérito Mais-Que-Perfeito 
havia houvera 
havias houveras 
havia houvera 
havíamos houvéramos 
havíeis houvéreis 
haviam houveram 
Futuro do Presente Futuro do Pretérito 
haverei haveria 
haverás haverias 
haverá haveria 
haveremos haveríamos 
havereis haveríeis 
haverão haveriam 
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo 
Presente 
Pretérito 
Imperfeito 
Futuro Afirmativo Negativo 
haja houvesse houver 
hajas houvesses houveres há hajas 
haja houvesse houver haja haja 
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos 
hajais houvésseis houverdes havei hajais 
hajam houvessem houverem hajam hajam 
HAVER - Formas Nominais 
Infinitivo 
Impessoal 
Infinitivo 
Pessoal 
Gerúndio Particípio 
haver haver havendo havido 
 haveres 
 haver 
 havermos 
 haverdes 
 haverem 
TER - Modo Indicativo 
Presente 
Pretérito 
Perfeito 
Pretérito 
Imperfeito 
Pretérito 
Mais-
Que-
Perfeito 
Futuro 
do 
Presente 
Futuro 
do 
Pretérito 
tenho tive tinha tivera terei teria 
tens tiveste tinhas tiveras terás terias 
tem teve tinha tivera terá teria 
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos 
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis 
têm tiveram tinham tiveram terão teriam 
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo 
Presente 
Pretérito 
Imperfeito 
Futuro Afirmativo Negativo 
tenha tivesse tiver 
tenhas tivesses tiveres tem tenhas 
tenha tivesse tiver tenha tenha 
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos 
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais 
tenham tivessem tiverem tenham tenham 
g) Pronominais 
São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes 
oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma pessoa do 
sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) 
ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido 
do verbo (reflexivos essenciais). Veja: 
 
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os 
pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: 
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, 
arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a 
reflexibilidade já está implícita no radical do verbo. 
 
Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá. 
 
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem 
um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, 
pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o 
pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do 
verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. 
Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia 
reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo. 
 
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e 
respectivos pronomes): 
 
Eu me arrependo 
Tu te arrependes 
Ele se arrepende 
Nós nos arrependemos 
Vós vos arrependeis 
Eles se arrependem 
 
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que 
 
37 
 
a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto 
representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do 
sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele 
mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos 
diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes 
mencionados, formando o que se chama voz reflexiva. 
 
Por exemplo: Maria se penteava. 
 
A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva pode 
ser exercida também sobre outra pessoa. 
 
Por exemplo: Maria penteou-me. 
Observações: 
 
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes 
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem 
função sintática. 
 
2- Há verbos que também são acompanhadosde pronomes 
oblíquos átonos, mas que não são essencialmente 
pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos 
reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa 
idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. 
 
Por exemplo: Eu me feri. --- Eu (sujeito)-1ª pessoa do 
singular 
me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular 
 
Modos Verbais 
 
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo 
verbo na expressão de um fato. Em português, existem três 
modos: 
 
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por 
exemplo: Eu sempre estudo. 
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por 
exemplo: Talvez eu estude amanhã. 
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por 
exemplo: Estuda agora, menino. 
 
Formas Nominais 
 
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que 
podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, 
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. 
Observe: 
 
a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de 
modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de 
substantivo. Por exemplo: 
Viver é lutar. (= vida é luta) 
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) 
 
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente 
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por 
exemplo: 
 
É preciso ler este livro. 
Era preciso ter lido este livro. 
 
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três 
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não 
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do 
impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira: 
 
2ª pessoa do singular: Radical 
+ ES 
Ex.: teres (tu) 
1ª pessoa do plural: Radical + 
MOS 
Ex.: termos (nós) 
2ª pessoa do plural: Radical + 
DES 
Ex.: terdes (vós) 
3ª pessoa do plural: Radical + 
EM 
Ex.: terem (eles) 
 
Por exemplo: 
 
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. 
 
c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou 
advérbio. Por exemplo: 
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de 
advérbio) 
 
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo) 
 
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; 
na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: 
 
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. 
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. 
 
d) Particípio: quando não é empregado na formação dos 
tempos compostos, o particípio indica geralmente o 
resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, 
número e grau. Por exemplo: 
 
Terminados os exames, os candidatos saíram. 
 
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma 
relação temporal, assume verdadeiramente a função de 
adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: 
 
Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. 
 
Tempos Verbais 
 
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a 
ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. 
Veja: 
 
1. Tempos do Indicativo 
 
 
38 
 
Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo: 
Eu estudo neste colégio. 
 
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num 
momento anterior ao atual, mas que não foi completamente 
terminado. Por exemplo: 
 
Ele estudava as lições quando foi interrompido. 
 
Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido 
num momento anterior ao atual e que foi totalmente 
terminado. Por exemplo: 
 
Ele estudou as lições ontem à noite. 
 
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve 
início no passado e que pode se prolongar até o momento 
atual. Por exemplo: 
 
Tenho estudado muito para os exames. 
 
Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido 
antes de outro fato já terminado. Por exemplo: 
 
Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. 
(forma composta) 
 
Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. 
(forma simples) 
 
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve 
ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. 
Por exemplo: 
Ele estudará as lições amanhã. 
 
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que 
deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já 
terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo: 
 
Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste. 
 
Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode 
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por 
exemplo: 
 
Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. 
 
Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que 
poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato 
passado. Por exemplo: 
 
Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas 
férias. 
 
Tempos do Subjuntivo 
 
Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento 
atual. Por exemplo: 
 
É conveniente que estudes para o exame. 
 
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas 
posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: 
Eu esperava que ele vencesse o jogo. 
 
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções 
em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por 
exemplo: 
 
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. 
 
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato 
totalmente terminado num momento passado. Por exemplo: 
 
Embora tenha estudado bastante, não passou no teste. 
Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um 
fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Por exemplo: 
 
Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam 
entrar na sala de exames. 
 
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode 
ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por 
exemplo: 
 
Quando ele vier à loja, levará as encomendas. 
 
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que 
indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: 
 
Se ele vier à loja, levará as encomendas. 
 
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato 
posterior ao momento atual mas já terminado antes de outro 
fato futuro. Por exemplo: 
 
Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos. 
 
Formação dos Tempos Simples 
 
Quanto à formação dos tempos simples, estes dividem-se em 
primitivos e derivados. 
Primitivos: 
Presente do indicativo 
Pretérito perfeito do indicativo 
Infinitivo impessoal 
Derivados do Presente do Indicativo: 
Presente do subjuntivo 
Imperativo afirmativo 
Imperativo negativo 
Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo: 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo 
Pretérito imperfeito do subjuntivo 
Futuro do subjuntivo 
 
39 
 
Derivados do Infinitivo Impessoal: 
Futuro do presente do indicativo 
Futuro do pretérito do indicativo 
Imperfeito do indicativo 
Gerúndio 
Particípio 
 
Tempos Primitivos 
 
Presente do Indicativo 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
Desinência 
pessoal 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantO vendO partO O 
cantaS vendeS parteS S 
canta vende parte - 
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS 
cantaIS vendeIS partIS IS 
cantaM vendeM parteM M 
 
Pretérito Perfeito do Indicativo 
 
O pretérito perfeito do indicativo é marcado basicamente 
pela desinência pessoal. 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
Desinência 
pessoal 
CANTAR VENDER PARTIR 
canteI vendI partI I 
cantaSTE vendeSTE partISTE STE 
cantoU vendeU partiU U 
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS 
cantaSTES vendeSTES partISTES STES 
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM 
 
Infinitivo Impessoal 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
 
 
Presente do Subjuntivo 
 
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a 
desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do 
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) 
ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação). 
 
1ª 
conjugaç
ão 
2ª 
conjugaçã
o 
3ª 
conjugaç
ão 
Des. 
tempor
al 
Des. 
tempor
al 
Desinênc
ia pessoal 
 1ª conj. 
2ª/3ª 
conj. 
 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantE vendApartA E A Ø 
cantES vendAS partaAS E A S 
cantE vendA partaA E A Ø 
cantEMO
S 
vendAMO
S 
partAMO
S 
E A MOS 
cantEIS vendAIS partAIS E A IS 
cantEM vendAM partAM E A M 
Imperativo 
 
Imperativo Afirmativo ou Positivo 
 
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente 
do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa 
do plural (vós) eliminando-se o "S" final. As demais pessoas 
vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. 
 
Veja: 
 
Presente do 
Indicativo 
Imperativo 
Afirmativo 
Presente do 
Subjuntivo 
Eu canto --- Que eu cante 
Tu cantas CantA tu Que tu cantes 
Ele canta Cante você Que ele cante 
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos 
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis 
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem 
Imperativo Negativo 
 
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a 
negação às formas do presente do subjuntivo. 
 
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo 
Que eu cante --- 
Que tu cantes Não cantes tu 
Que ele cante Não cante você 
Que nós cantemos Não cantemos nós 
Que vós canteis Não canteis vós 
Que eles cantem Não cantem vocês 
 
Observações: 
 
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa 
(singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, 
pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com 
quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês. 
 
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê 
(tu), sede (vós). 
 
Pretérito mais-que-perfeito 
 
Para formar o pretérito mais-que-perfeito do indicativo 
elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do 
pretérito perfeito. Acrescenta-se a esse tema a desinência 
temporal -RA mais a desinência de número e pessoa 
correspondente. 
 
Existem gramáticos que afirmam que este tempo origina-se 
 
40 
 
da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito 
(cantaram/venderam/partiram), mediante a supressão 
do m final e acréscimo da desinência de número e pessoa. 
 
Ou simplesmente: 
 
tema + {-ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram (1ª, 2ª e 3ª conj.) 
Observe o quadro: 
1ª 
conjugação 
2ª 
conjugação 
3ª 
conjugação 
Des. 
tempora
l 
Desinênci
a pessoal 
 1ª/2ª e 3ª 
conj. 
 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø 
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S 
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø 
cantáRAMO
S 
vendêRAMO
S 
partíRAMO
S 
RA MOS 
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS 
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M 
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo 
 
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a 
desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito 
perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. 
Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais 
a desinência de número e pessoa correspondente. 
 
Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da 
terceira pessoa do pretérito perfeito 
(cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -
ram final e acréscimo da desinência modo-temporal -SSE e 
da desinência de número e pessoa. 
 
Ou simplesmente: 
 
tema +{ -sse, -sses, -sse, -ssemos, -sseis, -ssem (1ª, 2ª e 3ª 
conj.) 
 
Observe o quadro: 
1ª 
conjugação 
2ª 
conjugação 
3ª 
conjugação 
Des. 
tempor
al 
Desinênci
a pessoal 
 1ª /2ª e 
3ª conj. 
 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø 
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S 
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø 
cantáSSEM
OS 
vendêSSEM
OS 
partíSSEM
OS 
SSE MOS 
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS 
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M 
Futuro do Subjuntivo 
 
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -
STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a 
desinência temporal -R mais a desinência de número e 
pessoa correspondente. 
 
Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da 
terceira pessoa do pretérito perfeito 
(cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -
am final e acréscimo da desinência de número e pessoa. 
Ou simplesmente: 
 
tema + { -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem (1ª, 2ª e 3ª conj.) 
Observe o quadro: 
 
1ª 
conjugação 
2ª 
conjugação 
3ª 
conjugação 
Des. 
temporal 
Desinência 
pessoal 
 1ª /2ª e 3ª 
conj. 
 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantaR vendeR partiR Ø 
cantaRES vendeRES partiRES R ES 
cantaR vendeR partiR R Ø 
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS 
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES 
cantaREM VendeREM PartiREM R EM 
Atenção: 
 
Sempre que tivermos dúvidas sobre a conjugação do futuro 
do subjuntivo, bastar-nos-á verificar a 3ª p. p. do pretérito 
perfeito. Se formos confrontar o futuro do subjuntivo com o 
infinitivo pessoal, notaremos haver igualdade de forma para 
muitos verbos, o que não ocorre sempre. O verbo fazer, por 
exemplo, conjuga-se no infinitivo pessoal: fazer, fazeres, 
fazer, fazermos, fazerdes, fazerem; mas no futuro do 
subjuntivo veremos as formas: quando eu fizer, fizeres, fizer, 
fizermos, fizerdes, fizerem, pois este tempo se origina da 3ª 
pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo. 
 
Tempos Derivados do Infinitivo Impessoal 
 
Futuro do Presente do Indicativo 
 
Infinitivo Impessoal + { -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão (1ª,2ª e 
3ª conj.) } 
 
Veja: 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantar ei vender ei partir ei 
cantar ás vender ás partir ás 
cantar á vender á partir á 
cantar emos vender emos partir emos 
cantar eis vender eis partir eis 
 
41 
 
cantar ão vender ão partir ão 
Futuro do Pretérito do Indicativo 
 
Infinitivo Impessoal + { -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam (1ª, 
2ª e 3ª conj.) 
 
Veja: 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantarIA venderIA partirIA 
cantarIAS venderIAS partirIAS 
cantarIA venderIA partirIA 
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS 
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS 
cantarIAM venderIAM partirIAM 
Infinitivo Pessoal 
 
Infinitivo Impessoal + { -es (2ª pessoa do singular), -mos (1ª 
pessoa do plural), -des (2ª pessoa do plural), -em ( 3ª pessoa 
do plural) (1ª, 2ª e 3ª conj.) 
 
Veja: 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantar vender partir 
cantarES venderES partirES 
cantar vender partir 
cantarMOS venderMOS partirMOS 
cantarDES venderDES partirDES 
cantarEM venderEM partirEM 
 
Tempos Compostos 
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares 
os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo 
no particípio. São eles: 
 
1) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: 
 
É a formação de locução verbal com o 
auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal 
no particípio, indicando fato que tem ocorrido com 
frequência ultimamente. Por exemplo: 
 
Eu tenho estudado demais ultimamente. 
 
2) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: 
 
É a formação de locução verbal com o 
auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o 
principal no particípio, indicando desejo de que algo já tenha 
ocorrido. Por exemplo: 
Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir 
a aprovação. 
 
3) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo: 
 
É a formação de locução verbal com o 
auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do 
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor 
que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples. Por 
exemplo: 
 
Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali. 
 
4) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo: 
 
É a formação de locução verbal com o 
auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do 
Subjuntivo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor 
que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. Por 
exemplo: 
 
Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de 
cidade. 
 
Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação 
obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse, 
aprenderia é completamentediferente de Se eu tivesse 
estudado, teria aprendido. 
5) Futuro do Presente Composto do Indicativo: 
É a formação de locução verbal com o 
auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do 
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor 
que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por 
exemplo: 
 
Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido. 
 
6) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo: 
É a formação de locução verbal com o 
auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do 
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor 
que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. Por 
exemplo: 
 
Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de 
cidade. 
 
7) Futuro Composto do Subjuntivo: 
 
É a formação de locução verbal com o 
auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o 
principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro 
do Subjuntivo simples. Por exemplo: 
Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu 
caminharei 6 Km. 
 
Veja os exemplos: 
 
Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel. 
 
42 
 
 
Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a 
Manuel. 
 
Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas 
as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei "você" 
praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no 
segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do 
advérbio "já". Assim, observe que o mesmo ocorre nas 
frases a seguir: 
 
Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a 
Manuel. 
 
Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a 
Manuel. 
 
8) Infinitivo Pessoal Composto: 
 
É a formação de locução verbal com o 
auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o 
principal no particípio, indicando ação passada em relação 
ao momento da fala. Por exemplo: 
 
Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito 
dinheiro. 
 
Locuções Verbais 
 
Outro tipo de conjugação composta - também 
chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, 
constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou 
infinitivo. 
 
São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham 
papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o 
último verbo, chamado principal, surge sempre numa de 
suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e 
pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos: 
 
Estou lendo o jornal. 
 
Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar. 
 
Ninguém poderá sair antes do término da sessão. 
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas 
locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais 
variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas 
construções) é usado nas locuções verbais que exprimem a 
voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são auxiliares 
que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que 
determinado processo se realize ou não. Veja: 
 
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa. 
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa. 
 
Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, 
desejo. Por exemplo: 
 
Quero ver você hoje. 
 
Também são largamente usados como auxiliares: começar 
a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vir e estar, 
todos ligados à noção de aspecto verbal. 
 
Aspecto Verbal 
No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tempos 
verbais, é possível perceber diferenças entre o pretérito 
perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo. A diferença 
entre esses tempos é uma diferença de aspecto, pois está 
ligada à duração do processo verbal. Observe: 
 
- Quando o vi, cumprimentei-o. 
 
O aspecto é perfeito, pois o processo está concluído. 
 
- Quando o via cumprimentava-o. 
O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites 
claros, prolongando-se por período impreciso de tempo. 
 
O presente do indicativo e o presente do subjuntivo 
apresentam aspecto imperfeito, pois não impõem precisos ao 
processo verbal: 
 
- Faço isso sempre. 
- É provável que ele faça isso sempre. 
 
Já o pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome 
indica, apresenta aspecto perfeito em suas várias formas do 
indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos já 
concluídos: 
- Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a 
bandeira que ele fincara (ou havia fincado) dois dias antes. 
- Se tivéssemos chegado antes, teríamos conseguido fazer o 
exame. 
 
Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito 
e imperfeito pode fornecer diz respeito à localização do 
processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados 
para exprimir processos localizados num ponto preciso do 
tempo: 
 
- No momento em que o vi, acenei-lhe. 
- Tinha-o cumprimentado logo que o vira. 
Já os tempos imperfeitos podem indicar processos 
frequentes e repetidos: 
- Sempre que saía, trancava todas as portas. 
 
O aspecto permite a indicação de outros detalhes 
relacionados com a duração do processo verbal. Veja: 
 
- Tenho encontrado problemas em meu trabalho. 
Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do 
indicativo, indica um processo repetido ou frequente, que se 
 
43 
 
prolonga até o presente. 
 
- Estou almoçando. 
 
A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio 
do verbo principal indica um processo que se prolonga. É 
largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no 
presente, mas também em outros tempos (estava almoçando, 
estive almoçando, estarei almoçando, etc.). 
 
Obs.: em Portugal, costuma-se utilizar o infinitivo precedido 
da preposição a em lugar do gerúndio. 
Por exemplo: Estou a almoçar. 
 
- Tudo estará resolvido quando ele chegar. 
 
Tudo estaria resolvido quando ele chegasse. 
 
As formas compostas: estará resolvido e estaria 
resolvido, conhecidas como futuro do presente e futuro do 
pretérito compostos do indicativo, exprimem processo 
concluído - é a ideia do aspecto perfeito - ao qual se 
acrescenta a noção de que os efeitos produzidos 
permanecem, uma vez realizada a ação. 
 
- Os animais noturnos terminaram de se 
recolher mal começou a raiar o dia. 
Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas ao 
aspecto verbal: a indicação do término e do início do 
processo verbal. 
 
- Eles vinham chegando à proporção que nós íamos 
saindo. 
 
As locuções formadas com os auxiliares vir e ir exprimem 
processos que se prolongam. 
- Ele voltou a trabalhar depois de deixar de 
sonhar projetos irrealizáveis. 
 
As locuções destacadas exprimem o início de um processo 
interrompido e a interrupção de outro, respectivamente. 
 
Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal 
Infinitivo Impessoal 
 
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, 
isso significa que ele apresenta sentido genérico ou 
indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é 
invariável. 
 
Assim, considera-se apenas o processo verbal. Por exemplo: 
 
Amar é sofrer. 
 
O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de 
número e pessoa. Veja: 
 - Eu 
falar -es Tu 
vender - Ele 
partir -mos Nós 
 -des Vós 
 -em Eles 
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª 
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo 
impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas 
pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo 
contexto da frase). Por exemplo: 
 
Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa) 
Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa) 
 
Note: as regras que orientam o emprego da forma variável 
ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente 
definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e 
vago, e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado, 
recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar 
à frase maior clareza ou ênfase. 
 
Observações importantes: 
 
O infinitivo impessoal é usado: 
 
1. Quandoapresenta uma ideia vaga, genérica, sem se 
referir a um sujeito determinado; 
 
Exemplos: 
 
Querer é poder. 
Fumar prejudica a saúde. 
É proibido colar cartazes neste muro. 
 
2. Quando tiver o valor de Imperativo; 
Exemplos: 
Soldados, marchar! (= Marchai!) 
 
3. Quando é regido de preposição e funciona como 
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da 
oração anterior; 
 
Exemplos: 
 
Eles não têm o direito de gritar assim. 
As meninas foram impedidas de participar do jogo. 
Eu os convenci a aceitar. 
 
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", 
"tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo 
auxiliar) deve ser flexionado. Por exemplo: 
 
Exemplos: 
 
Eram pessoas difíceis de serem contentadas. 
Aqueles remédios são ruins de serem tomados. 
Os CDs que você me emprestou são agradáveis 
 
44 
 
de serem ouvidos. 
 
4. Nas locuções verbais; 
 
Exemplos: 
 
Queremos acordar bem cedo amanhã. 
Eles não podiam reclamar do colégio. 
Vamos pensar no seu caso. 
 
5. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da 
oração anterior; 
 
Exemplos: 
 
Eles foram condenados a pagar pesadas multas. 
Devemos sorrir ao invés de chorar. 
Tenho ainda alguns livros por (para) publicar. 
 
Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não, 
preceder ou estiver distante do verbo da oração principal 
(verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do 
período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da 
ação verbal. Por exemplo: 
 
Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos. 
 
Foram dois amigos à casa de outro, a 
fim de jogarem futebol. 
Para estudarmos, estaremos sempre dispostos. 
Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas 
crianças. 
6. Com os verbos 
causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e seus 
sinônimos que não formam locução verbal com o 
infinitivo que os segue; 
 
Exemplos: 
Deixei-os sair cedo hoje. 
7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e 
sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem 
flexão. 
Exemplos: 
Vi-os entrar atrasados. 
Ouvi-as dizer que não iriam à festa. 
Observações: 
a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos 
objetos diretos de verbos como "pedir", "dizer", "falar" e 
sinônimos; 
 
Pediu para Carlos entrar. (errado) 
Pediu para que Carlos entrasse. (errado) 
Pediu que Carlos entrasse. (correto) 
 
b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo, 
como na oração "Este trabalho é para eu fazer", pede-se o 
emprego do pronome pessoal "eu", que se revela, neste caso, 
como sujeito. Outros exemplos: 
 
Aquele exercício era para eu corrigir. 
Esta salada é para eu comer? 
Ela me deu um relógio para eu consertar. 
 
Atenção: 
 
Em orações como "Esta carta é para mim!", a preposição 
está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar 
oblíquo tônico. 
 
Infinitivo Pessoal 
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso 
significa que ele atribui um agente ao processo verbal, 
flexionando-se. 
 
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: 
 
1. Quando o sujeito da oração estiver claramente 
expresso; Por exemplo: 
 
Se tu não perceberes isto... 
Convém vocês irem primeiro. 
O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito 
desinencial, sujeito implícito = nós) 
 
2. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração 
principal; Por exemplo: 
 
O professor deu um prazo de cinco dias para os 
alunos estudarem bastante para a prova. 
Perdoo-te por me traíres. 
O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. 
O guarda fez sinal para os motoristas pararem. 
 
3. Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na 
terceira pessoa do plural); Por exemplo: 
 
Faço isso para não me acharem inútil. 
Temos de agir assim para nos promoverem. 
Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua 
conduta. 
 
4. Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade 
de ação; Por exemplo: 
 
Vi os alunos abraçarem-se alegremente. 
Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza. 
Mandei as meninas olharem-se no espelho. 
 
Nota: como se pode observar, a escolha do Infinitivo 
Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente 
(sujeito) da ação expressa pelo verbo. 
 
DICAS: 
 
 
45 
 
a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com "j", 
esse "j" aparecerá em todas as outras formas. Por exemplo: 
 
Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, 
enferrujarão, enferrujassem, etc. (Lembre, contudo, que o 
substantivo ferrugem é grafado com "g".) 
 
Viajar: viajou, viajaria, viajem ( 3ª pessoa do plural do 
presente do subjuntivo, não confundir com o 
substantivo viagem) viajarão, viajasses, etc. 
b) Quando o verbo tem o infinitivo com "g", como em 
"dirigir" e "agir" este "g" deverá ser trocado por um "j" 
apenas na primeira pessoa do presente do indicativo. Por 
exemplo: 
eu dirijo/ eu ajo 
c) O verbo "parecer" pode relacionar-se de duas maneiras 
distintas com o infinitivo. 
 
- Quando "parecer" é verbo auxiliar de um outro verbo: 
Elas parecem mentir. 
 
- Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade, 
um período composto. "Parece" é o verbo de uma oração 
principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva 
subjetiva reduzida de infinitivo "elas mentirem". Como 
desdobramento dessa reduzida, podemos ter a oração 
"Parece que elas mentem." 
 
Vozes do Verbo 
 
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para 
indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. 
 
São três as vozes verbais: 
 
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação 
expressa pelo verbo. Por exemplo: 
Ele fez o trabalho. 
sujeito agente ação objeto (paciente) 
 
b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação 
expressa pelo verbo. Por exemplo: 
O trabalho foi feito por ele. 
sujeito paciente ação agente da passiva 
 
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e 
paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: 
 
O menino feriu-se. 
 
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a 
noção de reciprocidade. Por exemplo: 
Os lutadores feriram-se. (um ao outro) 
 
Formação da Voz Passiva 
A voz passiva pode ser formada por dois 
processos: analítico e sintético. 
 
1- Voz Passiva Analítica 
 
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do 
verbo principal. Por exemplo: 
 
A escola será pintada. 
O trabalho é feito por ele. 
 
Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da 
preposição por, mas pode ocorrer a construção com a 
preposição de. Por exemplo: 
 
A casa ficou cercada de soldados. 
 
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja 
explícito na frase. Por exemplo: 
A exposição será aberta amanhã. 
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), 
pois o particípio é invariável. 
 
Observe a transformação das frases seguintes: 
 
Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) 
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo) 
Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) 
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) 
Ele fará o trabalho. (futuro do presente) 
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) 
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o 
mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. 
Observe a transformação da frase seguinte: 
 
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) 
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) 
 
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva 
analítica com outros verbos que podem eventualmente 
funcionar como auxiliares. Por exemplo: 
 
A moça ficou marcada pela doença. 
 
2- Voz Passiva Sintética 
 
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o 
verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por 
exemplo: 
 
Abriram-se as inscrições para o concurso. 
Destruiu-se o velho prédio daescola. 
 
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva 
sintética. 
 
 
46 
 
Curiosidade 
A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão 
(latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o 
significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado 
de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação 
sofrida pelo sujeito. 
Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre 
aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA 
PASSIVA. 
 
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva 
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar 
substancialmente o sentido da frase. Por exemplo: 
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa) 
Sujeito da Ativa Objeto Direto 
 
A imprensa 
foi 
inventada 
por Gutenberg 
(Voz 
Passiva) 
Sujeito da 
Passiva 
 Agente da 
Passiva 
 
 
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, 
o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo 
ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo 
tempo. 
 
Observe mais exemplos: 
 
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. 
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos 
mestres. 
 
Eu o acompanharei. 
Ele será acompanhado por mim. 
 
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não 
haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: 
 
Prejudicaram-me. 
Fui prejudicado. 
 
Saiba que: 
 
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou 
reflexivos, são chamados neutros. Por exemplo: 
 
O vinho é bom. 
Aqui chove muito. 
 
2) Há formas passivas com sentido ativo. Por exemplo: 
 
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) 
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.) 
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) 
 
3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido 
passivo. Por exemplo: 
 
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) 
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) 
 
4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido 
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o 
sujeito é paciente. Por exemplo: 
 
Chamo-me Luís. 
Batizei-me na Igreja do Carmo. 
Operou-se de hérnia. 
Vacinaram-se contra a gripe. 
 
1.3.5 Advérbio 
Compare estes exemplos: 
O ônibus chegou. 
O ônibus chegou ontem. 
 
A palavra ontem acrescentou ao verbo chegou uma 
circunstância de tempo: ontem é um advérbio. 
 
Marcos jogou bem. 
Marcos jogou muito bem. 
 
A palavra muito intensificou o sentido do 
advérbio bem: muito, aqui, é um advérbio. 
 
A criança é linda. 
A criança é muito linda. 
 
A palavra muito intensificou a qualidade contida no 
adjetivo linda: muito, nessa frase, é um advérbio. 
 
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido 
do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. 
 
Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; 
nessa situação, normalmente transmitem a avaliação de 
quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração. Por 
exemplo: 
 
As providências tomadas foram 
infrutíferas, lamentavelmente. 
 
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar 
várias ideias, tais como: 
 
Tempo: Ela chegou tarde. 
Lugar: Ele mora aqui. 
Modo: Eles agiram mal. 
Negação: Ela não saiu de casa. 
Dúvida: Talvez ele volte. 
 
Observações: 
 
- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que 
 
47 
 
expressam circunstâncias do processo verbal, podendo 
assim, ser classificados como determinantes. Por exemplo: 
Ninguém manda aqui! 
 
mandar: verbo 
aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo 
 
- Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a 
ideia de intensidade. Por exemplo: 
 
O filme era muito bom. 
 
- Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido 
frequentes os advérbios associados a substantivos. Por 
exemplo: 
 
" Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador. 
 
"Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha 
publicitária ufanista. 
 
Flexão do Advérbio 
 
Outra característica dos advérbios se refere a sua 
organização morfológica. Os advérbios são palavras 
invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e 
número. 
 
Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau. 
Observe a seguir. 
 
Grau Comparativo 
 
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o 
comparativo do adjetivo: 
 
de igualdade: tão + advérbio + quanto (como) 
Por exemplo: 
 
Renato fala tão alto quanto João. 
 
de inferioridade: menos + advérbio + que (do que) 
 
Por exemplo: 
 
Renato fala menos alto do que João. 
de superioridade: 
 
Analítico: mais + advérbio + que (do que) 
Por exemplo: 
Renato fala mais alto do que João. 
Sintético: melhor ou pior que (do que) 
 
Por exemplo: 
Renato fala melhor que João. 
 
Grau Superlativo 
 
O superlativo pode ser analítico ou sintético: 
 
Analítico: acompanhado de outro advérbio. 
 
Por exemplo: 
Renato fala muito alto. 
muito = advérbio de intensidade 
alto = advérbio de modo 
Sintético: formado com sufixos. 
 
Por exemplo: 
 
Renato fala altíssimo. 
 
Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são 
comuns na língua popular. Observe: 
 
Maria mora pertinho daqui. (muito perto) 
A criança levantou cedinho. (muito cedo) 
 
Classificação dos Advérbios 
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio 
pode ser de: 
 
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, 
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, 
aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, 
afora, alhures, embaixo, externamente, a distância, à 
distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à 
esquerda, ao lado, em volta. 
 
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, 
cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, 
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, 
enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, 
imediatamente, primeiramente, provisoriamente, 
sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de 
repente, de vez em quando, de quando em quando, a 
qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje 
em dia. 
Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, 
acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à 
toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse 
modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a 
pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-
mente": calmamente, tristemente, propositadamente, 
pacientemente, amorosamente, docemente, 
escandalosamente, bondosamente, generosamente. 
 
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, 
efetivamente, certo, decididamente, deveras, 
indubitavelmente. 
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de 
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. 
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, 
provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem 
 
48 
 
sabe. 
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso, 
bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, 
assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de 
todo, de muito, por 
completo, extremamente, intensamente, grandemente, 
bem (quando aplicado a propriedades graduáveis). 
Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, 
simplesmente, só, unicamente. 
Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das 
árvores. 
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. 
Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a 
adolescência. 
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. 
Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos 
meus amigos por comparecerem à festa. 
 
Saiba que: 
 
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao 
advérbio o mais ou o menos. 
 
Por exemplo: 
 
Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o 
menos tarde possível. 
- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em 
geral sufixamos apenas o último: 
 
Por exemplo: 
 
O aluno respondeu calma e respeitosamente.Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido 
Há palavras como muito, bastante, etc. que podem aparecer 
como advérbio e como pronome indefinido. 
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro 
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: 
Eu corri muito. 
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre 
flexões. Por exemplo: 
Eu corri muitos quilômetros. 
Advérbios Interrogativos 
 
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? 
 por que? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes 
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: 
 
Interrogação Direta Interrogação Indireta 
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu. 
Onde mora? Indaguei onde morava. 
Por que choras? Não sei por que choras. 
Aonde vai? Perguntei aonde ia. 
Donde vens? Pergunto donde vens. 
Quando voltas? Pergunto quando voltas. 
 
 
Locução Adverbial 
 
Quando há duas ou mais palavras que exercem função de 
advérbio, temos a locução adverbial, que pode expressar as 
mesmas noções dos advérbios. 
 
Iniciam ordinariamente por uma preposição. Veja: 
Lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para dentro, 
por aqui, etc. 
Afirmação: por certo, sem dúvida, etc. 
 
Modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em geral, 
frente a frente, etc. 
 
Tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje em 
dia, nunca mais, etc. 
 
Obs.: tanto a locução adverbial como o advérbio modificam 
o verbo, o adjetivo e outro advérbio. Observe os exemplos: 
 
Chegou muito cedo. (advérbio) 
Joana é muito bela. (adjetivo) 
De repente correram para a rua. (verbo) 
 
Relação de Algumas Locuções Adverbiais 
 
às vezes 
às claras 
às cegas 
à esquerda 
à direita 
à distância 
ao lado 
ao fundo 
ao longo 
a cavalo 
a pé 
às pressas 
ao vivo 
a esmo 
à toa 
de repente 
de súbito 
de vez em quando 
por fora 
por dentro 
por perto 
por trás 
por ali 
por ora 
com certeza 
sem dúvida 
de propósito 
lado a lado 
passo a passo 
 
49 
 
o mais das vezes 
 
Atenção: não confunda locução adverbial com a locução 
prepositiva. Nesta última, a preposição vem 
sempre depois do advérbio ou da locução adverbial. 
 
Por exemplo: 
 
perto de, antes de, dentro de, etc. 
 
Palavras e Locuções Denotativas 
 
São palavras que, embora, em alguns aspectos (ser 
invariável, por exemplo), assemelhem-se a advérbios, não 
possuem, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, 
classificação especial. 
 
Do ponto de vista sintático, são expletivas, isto é, não 
assumem nenhuma função; do ponto de vista morfológico, 
são invariáveis (muitas delas vindas de outras classes 
gramaticais); do ponto de vista semântico, são 
inegavelmente importantes no contexto em que se 
encontram (daí seu nome). Classificam-se em função da 
ideia que expressam: 
Adição: ainda, além disso, etc. Por exemplo: 
 
Comeu tudo e ainda repetiu. 
 
Afastamento: embora . Por exemplo: 
Foi embora daqui. 
 
Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente. Por 
exemplo: 
 
Ainda bem que passei de ano 
Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta 
de, etc. Por exemplo: 
Ela quase revelou o segredo. 
Designação: eis. Por exemplo: 
Eis nosso carro novo. 
Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, 
exclusive, exceto, senão, sequer, apenas, etc. Por exemplo: 
 
Não me descontou sequer um real. 
 
Explicação: isto é, por exemplo, a saber, etc. Por exemplo: 
 
Li vários livros, a saber, os clássicos. 
 
Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive, etc. Por 
exemplo: 
 
Eu também vou viajar. 
 
Limitação: só, somente, unicamente, apenas, etc. Por 
exemplo: 
 
Só ele veio à festa. 
Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque, etc. Por exemplo: 
E você lá sabe essa questão? 
O que não diria essa senhora se soubesse que já fui famoso. 
 
Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. Por 
exemplo: 
 
Somos três, ou melhor, quatro. 
 
Situação: então, mas, se, agora, afinal, etc. Por exemplo: 
 
Mas quem foi que fez isso? 
 
As palavras denotativas frequentemente ocorrem em frases e 
textos diretamente envolvidos com as estratégias 
argumentativas. Por essa razão, fique atento para o papel de 
palavras como até, aliás, também, etc. e para os efeitos de 
sentido que produzem nas situações efetivas de interlocução. 
Podem ser difíceis de classificar, mas isso não impede que 
sejam importantes e necessárias. 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
CADERNO DE QUESTÕES: 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
Questão 1 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. A grafia do verbo seguinte está correta: começar. 
II. A grafia do verbo seguinte está correta: comer. 
III. A grafia do verbo seguinte está correta: pulàr. 
IV. A grafia do verbo seguinte está correta: rir. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Apenas três afirmativas estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 2 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. A grafia do verbo seguinte está correta: bravêjar. 
II. A grafia do adjetivo seguinte está correta: bipólar. 
III. Recebe acento o vocábulo seguinte: frenético. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Está correta a afirmativa I, apenas. 
c) Está correta a afirmativa II, apenas. 
d) Está correta a afirmativa III, apenas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 3 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. O adjetivo varia em gênero, número e grau. 
II. A grafia do verbo seguinte está correta: compulsar. 
III. Está correta a acentuação do vocábulo: júdiar. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Está correta a afirmativa I, apenas. 
c) Está correta a afirmativa II, apenas. 
d) Estão corretas as afirmativas I e II, apenas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas 
 
Questão 4 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. As palavras seguintes foram grafadas corretamente: 
antigiênico, antigeno, antigüidade, anti-sémita. 
II. Para Piaget, o aluno nunca deve questionar os saberes 
vigentes, as políticas, as regras e as condutas sociais. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 5 
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) A grafia do adjetivo seguinte está correta: bom. 
b) A grafia do verbo seguinte está correta: balisàr. 
c) Na seguinte frase, há um substantivo: corra rapidamente. 
d) A grafia do verbo seguinte está correta: crèr. 
e) Na oração "O medo o fez lívido", o vocábulo "lívido" é 
classificado como preposição. 
 
Questão 6 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. A grafia do adjetivo seguinte está correta: cazado. 
II. Nas escolas municipais brasileiras, o ensino público é 
obrigatoriamente pago, nunca gratuito. 
III. A grafia dos vocábulos seguintes está correta: aguardar, 
aguente, agudo. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Está correta a afirmativa I, apenas. 
c) Está correta a afirmativa II, apenas. 
d) Está correta a afirmativa III, apenas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 7 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. Conhecer e desrespeitar as diferentes variedades 
linguísticas do português falado é um dos objetivos do 
ensino de língua portuguesa no Ensino Fundamental. 
II. De acordo com as atuais regras ortográficas vigentes no 
Brasil, as letras K, W e Y não podem ser usadas na escrita 
de símbolos de unidades de medida. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.51 
 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 8 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. A grafia do verbo seguinte está correta: estar. 
II. A grafia do verbo seguinte está correta: escrever. 
III. No período "Para mim, tanto faz se ele vem ou não à 
minha festa", o vocábulo "festa" é classificado como 
pronome. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Está correta a afirmativa I, apenas. 
c) Está correta a afirmativa II, apenas. 
d) Estão corretas as afirmativas I e II, apenas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 9 
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) A grafia do verbo seguinte está correta: nascer. 
b) A grafia do verbo seguinte está correta: dàr. 
c) No período "Ele faria melhor se mudasse de profissão", o 
vocábulo "faria" é classificado como interjeição. 
d) A grafia do verbo seguinte está correta: dizêr. 
e) A grafia do verbo seguinte está correta: brincár. 
 
Questão 10 
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) O verbo “vir” está grafado corretamente no exemplo: “A 
eutanásia vêm acompanhada de outras questões para a 
família” 
b) As palavras seguintes estão grafadas corretamente: 
avaresa; belesa; nobreza. 
c) O verbo “vir” está grafado corretamente no exemplo: “A 
questão dos direitos femininos vêm acompanhada por 
pressões machistas”. 
d) O verbo “manter” está grafado corretamente no exemplo: 
“Os índices de violência contra a mulher mantém alta”. 
e) As palavras seguintes estão grafadas corretamente: 
braveza; esperteza; franqueza. 
 
Questão 11 
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) As palavras seguintes estão grafadas corretamente: 
delicadesa; belesa; nobreza. 
b) As palavras seguintes estão grafadas corretamente: 
avaresa; franquesa; nobreza. 
c) O verbo “manter” está grafado corretamente no exemplo: 
“O feminicídio mantêm um índice absurdo”. 
d) O verbo “ter” está grafado corretamente no exemplo: “As 
mulheres, hoje, têm acesso à política”. 
e) As palavras seguintes estão grafadas corretamente: 
sutilesa; belesa; nobreza. 
 
Questão 12 
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) A grafia dos vocábulos seguintes está correta: enxergar, 
chuva, enxente. 
b) A grafia dos vocábulos seguintes está correta: engessar; 
contágio; vestíjio. 
c) A grafia dos vocábulos seguintes está correta: privilégio; 
refúgio; contágio. 
d) A grafia dos vocábulos seguintes está correta: enxame; 
enxarcar; eximento. 
e) A grafia dos vocábulos seguintes está correta: refúgio; 
fulijem; priviléjio. 
 
Questão 13 
DILMA: GOVERNO BRASILEIRO E SOCIEDADE 
NÃO 
TOLERAM E NÃO TOLERARÃO A CORRUPÇÃO 
 
O desenvolvimento com inclusão social alcançado pelo 
Brasil nos últimos anos só foi possível por existir no País 
um ambiente democrático consolidado. E é justamente essa 
condição que o governo se preocupa em preservar, 
permitindo assim que as instituições funcionem plenamente 
sem serem cerceadas por pressões de qualquer natureza, 
inclusive ao fiscalizar o próprio governo, assegurou a 
presidenta Dilma Rousseff em seu discurso na abertura da 
Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira (28). 
 
“Graças à plena vigência da legalidade e ao vigor das 
instituições democráticas, o funcionamento do Estado tem 
sido escrutinado de forma firme e imparcial pelos poderes e 
organismos públicos encarregados de fiscalizar, investigar e 
punir desvios e crimes. O governo e a sociedade brasileiros 
não toleram e não tolerarão a corrupção”. 
 
Dilma reafirmou que é necessário(E) que as autoridades 
assumam o limite da lei como o seu próprio limite para que 
a democracia brasileira se fortaleça. Ela lembrou que foi por 
isso que muitos brasileiros lutaram durante a ditadura, 
momento no qual leis e direitos foram violados. Ao defender 
que as sanções da lei recaiam sobre todos os que praticam e 
praticaram atos ilícitos, no entanto, a presidenta defendeu 
que seja respeitado o princípio do contraditório e da ampla 
defesa, condição também necessária para que se continue 
“trilhando(A) o caminho democrático”. 
 
“Queremos um País em que os governantes se comportem 
rigorosamente segundo suas atribuições, sem ceder a 
excessos. Em que os juízes julguem com liberdade e 
imparcialidade, sem pressões de qualquer natureza e 
desligados de paixões político-partidárias, jamais 
transigindo com a presunção da inocência de quaisquer 
cidadãos”. 
 
 
52 
 
Dilma defendeu a liberdade de imprensa e o direito à 
manifestação de posições diversas, direito de cada um dos 
brasileiros. Mas ressalvou que o direito de opinião e o 
confronto de ideias sejam exercidos “em um ambiente de 
civilidade e respeito”. A presidenta relembrou o que disse 
José Mujica, ex-presidente uruguaio, sobre a manutenção do 
ambiente democrático. 
 
( Adaptado . Disponível em : 
http://blog.planalto.gov.br/dilma- 
governo-brasileiro-e-socie dade-nao-toleram-e-nao-
tolerarao-a-corrupcao/. Acesso em: 30.09.2015). 
 
Com base no texto 'DILMA: GOVERNO BRASILEIRO E 
SOCIEDADE NÃO TOLERAM E NÃO TOLERARÃO A 
CORRUPÇÃO ', marque a opção INCORRETA 
 
a) Na palavra: “trilhando”, existe o encontro de duas letras 
que emitem um único som. 
b) Está correta a grafia das palavras seguintes: ressabiada, 
democrática. 
c) Está correta a grafia das palavras seguintes: assegurar, 
parreira. 
d) Está correta a grafia das palavras seguintes: debrussar-se, 
manutenção. 
e) Na palavra: “necessário”, há um ditongo assim como no 
termo: “história” 
 
Questão 14 
DILMA: GOVERNO BRASILEIRO E SOCIEDADE 
NÃO 
TOLERAM E NÃO TOLERARÃO A CORRUPÇÃO 
 
O desenvolvimento com inclusão social alcançado pelo 
Brasil nos últimos anos só foi possível por existir no País 
um ambiente democrático consolidado. E é justamente essa 
condição que o governo se preocupa em preservar, 
permitindo assim que as instituições funcionem plenamente 
sem serem cerceadas por pressões de qualquer natureza, 
inclusive ao fiscalizar o próprio governo, assegurou(E) a 
presidenta Dilma Rousseff em seu discurso na abertura da 
Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira (28). 
 
“Graças à plena vigência da legalidade e ao vigor das 
instituições democráticas, o funcionamento do Estado tem 
sido escrutinado de forma firme e imparcial pelos poderes e 
organismos públicos encarregados de fiscalizar, investigar e 
punir desvios e crimes. O governo e a sociedade brasileiros 
não toleram e não tolerarão a corrupção”. 
 
Dilma reafirmou que é necessário que as autoridades 
assumam o limite da lei como o seu próprio limite para que 
a democracia brasileira se fortaleça. Ela lembrou que foi por 
isso que muitos brasileiros lutaram durante a ditadura, 
momento no qual leis e direitos foram violados. Ao defender 
que as sanções da lei recaiam sobre todos os que praticam e 
praticaram atos ilícitos, no entanto, a presidenta defendeu 
que seja respeitado o princípio do contraditório e da ampla 
defesa, condição também necessária para que se continue 
“trilhando o caminho democrático”. 
 
“Queremos um País em que os governantes se comportem 
rigorosamente segundo suas atribuições, sem ceder a 
excessos. Em que os juízes julguem com liberdade e 
imparcialidade, sem pressões(A) de qualquer natureza e 
desligados de paixões político-partidárias, jamais 
transigindo com a presunção da inocência de quaisquer 
cidadãos”. 
 
Dilma defendeu a liberdade de imprensa e o direito à 
manifestação de posições diversas, direito de cada um dos 
brasileiros. Mas ressalvou que o direito de opinião e o 
confronto de ideias sejam exercidos “em um ambiente de 
civilidade e respeito”. A presidenta relembrou o que disse 
José Mujica, ex-presidente uruguaio, sobre a manutenção do 
ambiente democrático. 
 
( Adaptado . Disponível em : 
http://blog.planalto.gov.br/dilma- 
governo-brasileiro-e-sociedade-nao-toleram-e-nao-
tolerarao-a-corrupcao/. Acesso em: 30.09.2015). 
 
Com base no texto 'DILMA: GOVERNO BRASILEIRO E 
SOCIEDADE NÃO TOLERAM E NÃO TOLERARÃO A 
CORRUPÇÃO ' , marque a opção INCORRETA 
 
a) Na palavra: “pressões”, existe o encontro de duas letras 
que emitem um único som. 
b) Está correta a grafia das palavras seguintes: país, história. 
c) Está correta a grafia das palavras seguintes: confronto, 
enssaboar. 
d) Está correta a grafia das palavras seguintes: crimes, 
protótipo. 
e) Em: “assegurou”, existe o encontro de duas letras que 
emitem um único som. 
 
Questão 15 
Pesquisa pernambucana pretende desenvolver vacinas 
contra zika vírus 
 
Uma pesquisa pernambucana pretende desenvolver 
potenciais vacinas e meios de diagnóstico mais rápidos 
contra o zika vírus. O trabalho de Rafael Freitas de Oliveira 
Franca, pesquisador em saúde pública da Fiocruz, tem o 
propósito de investigar a biologia do vírus para combater 
possíveis epidemias causadas por ele. Balanço divulgado 
pelo Ministério da Saúde na terça (17) revela que 
Pernambuco chegou a 268 notificações de microcefalia este 
ano. O Ministério suspeita de que haja relação entre o vírus 
e o aumento nos casos da má-formação. 
 
O pesquisador frisa que a concepção do projeto se deu antes 
do Ministério da Saúde decretar emergência em saúde 
pública devido à situação crítica. Por isso, a microcefalia 
 
53 
 
não foi listada especificamente entre os temas que serão 
analisados. “A ideia do nosso projeto exclui a microcefalia. 
Mas com certeza isso está preocupando todo mundo e tudo 
está sendo investigado. Nosso projeto é voltado mais para a 
área básica, mas são várias frentes que estão sendo 
estudadas”, ressalta Oliveira Franca. 
 
Mesmo tendo registros de que o vírus tenha surgido em 
Uganda, na África, em 1947, e reaparecido em 2013, na 
Polinésia Francesa, Rafael adianta que pouco se sabe do 
vírus no meio científico. “Até então ele estava sumido e 
agora voltou causando esse surto grande no Brasil. Por 
exemplo, não tínhamos ideia de que a microcefalia pudesse 
estar ligada a ele porque não houve registro de casos do tipo 
nessas localidades. Não sabemos nem se é só Aedes Aegypti 
que transmite, podem ser outros mosquitos também”, 
pondera. 
 
A pesquisa se dará por estudos epidemiológicos e biológicos 
do vírus através da interação vírus-célula, usando modelos 
in vitro. “A intenção é desenvolver ferramentas de 
diagnóstico para compreender o Zika e assim controlar a 
infecção, desenvolver novos insumos para o diagnóstico, 
potenciais vacinas e novos produtos”, explica o pesquisador. 
 
Para isso, espera que possa utilizar animais para a 
experimentação das técnicas descobertas. “Assim podemos 
entender um pouco da biologia e propor novas terapias, 
entendendo como ele funciona e como podemos intervir”, 
diz Oliveira Franca. O projeto, aprovado na semana anterior, 
está previsto para começar no início de janeiro de 2016. 
 
(Adaptado. Disponível em: 
http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2015/11/ 
pesquisa-pernambucana-pretende-desenvolver-vacinas-
contra-zika-virus.html) 
 
Com base no texto 'Pesquisa pernambucana pretende 
desenvolver vacinas contra zika vírus', marque a opção 
INCORRETA 
 
a) Os termos “microcefalia” e “nanocefalia” estão grafados 
de maneira correta. 
b) Os termos “experimentação” e “exceto” estão grafados de 
maneira correta. 
c) Os termos “epidemiológico” e “epidemiologia” estão 
grafados de maneira correta. 
d) Os termos “abrupto” e “esseção” estão grafados de 
maneira correta. 
e) Os termos “pandemia” e “epidemia” estão grafados de 
maneira correta. 
 
Questão 16 
90% das pessoas subestimam fator emocional na perda 
de peso 
 
Um estudo americano concluiu que 90% das pessoas não 
consideram o bem-estar psicológico como um fator 
importante para a conquista de um peso saudável. 
 
A pesquisa, que ouviu mais de mil pessoas nos Estados 
Unidos, foi conduzida pela rede de atendimento médico 
Orlando Health. Para a neuropsicóloga Diane Robinson, 
diretora do Programa de Medicina Integrativa da Orlando 
Health, subestimar o papel emocional da alimentação pode 
ser um dos motivos que levam muitas pessoas a recuperarem 
o peso original depois de uma dieta. 
 
"A maioria das pessoas se focam quase totalmente nos 
aspectos físicos da perda de peso, como dieta e exercício. 
Mas existe um componente emocional relacionado à comida 
que a vasta maioria das pessoas simplesmente negligencia e 
isso pode facilmente sabotar seus esforços", diz a 
especialista. 
 
O levantamento concluiu que 31% dos americanos pensam 
que a falta de exercício é a maior barreira para a perda de 
peso. Outros 26% acham que a alimentação é o maior 
desafio. Há também 17% dos entrevistados que acham que o 
custo de uma vida saudável é o que os impede de perder 
peso. 
 
O fator psicológico só foi citado por 10% das pessoas. 
“Caso estejamos conscientes disso ou não, estamos 
condicionados a usar a comida não apenas para nos nutrir, 
mas para ter conforto”, diz Diane. “Isso não é 
necessariamente ruim, desde que tenhamos consciência e 
lidemos com isso de forma adequada”. 
 
Segundo ela, o problema ocorre quando as pessoas 
começam a usar a comida como um sistema de recompensa 
para ser acionado em momentos de estresse, por exemplo. 
 
Para evitar esse mecanismo, a especialista recomenda que as 
pessoas que estão buscando emagrecer mantenham um 
diário para registrar as comidas ingeridas e o humor de cada 
dia, para facilitar o reconhecimento de padrões ruins. Além 
disso, antes de comer qualquer coisa, é importante se 
perguntar se está realmente com fome ou se a comida está 
sendo usada para obter algum tipo de conforto. 
 
(Adaptado. Disponível em: 
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/90- 
das-pessoas-subestimam-fator-emocional-na-perda-de-
peso-diz-estudo.html) 
 
Com base no texto '90% das pessoas subestimam fator 
emocional na perda de peso', marque a opção INCORRETA 
a) Os vocábulos “peso” e “esôfago” estão grafados 
corretamente. 
b) Os vocábulos “achar” e “encher” estão grafados 
corretamente. 
c) Os vocábulos “peso” e “azia” estão grafados 
corretamente. 
 
54 
 
d) Os vocábulos “achar” e “enxergar” estão grafados 
corretamente. 
e) Os vocábulos “pesquisa” e “baroneza” estão grafados 
corretamente. 
 
Questão 17 
Assinale a única frase em que as palavras destacadas foram 
corretamente grafadas. 
 
a) A música eletrônica REDEFINIO um valor da 
ESPERIÊNCIA humana, daquilo que é estar diante da 
música. 
b) No novo corpo PULÇANTE que se desconhece, velhas 
coisas humanas como dormir, acordar, sonhar ou viver estão 
em SUSPENSSÃO. 
c) A árvore da ciência, TRANSPLANTADA do Éden, 
trouxe consigo a dor, a condenação e a morte; mas a sua pior 
PEÇONHA guardou-se para o presente: foi o ceticismo. 
d) Mas é a CRÊNÇA na política, e não a descrença, que 
pode COMSERTAR o que está errado. 
 
Questão 18 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. Na frase “acordamos cedo” há um substantivo. 
II. Na frase “clique para enviar” ocorre substantivo. 
III. O termo "enxame" é um substantivo coletivo. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Está correta a afirmativa I, apenas. 
c) Está correta a afirmativa II, apenas. 
d) Está correta a afirmativa III, apenas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 19 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. Na seguinte frase, há um substantivo: a casa é verde. 
II. A aprendizagem corresponde à assimilação passiva de 
conhecimentos para aplicá-los inconscientemente. 
III. No Brasil, é vedado à instituição de ensino vincular a 
educação escolar ao mundo do trabalho. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Está correta a afirmativa I, apenas. 
c) Está correta a afirmativa II, apenas. 
d) Estácorreta a afirmativa III, apenas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 20 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. Na seguinte frase, há um substantivo: o homem é alto. 
II. É vedada a bolsa de aprendizagem ao adolescente até 
quatorze anos de idade. 
III. É prejudicial aos objetivos do ensino nas escolas 
promover a valorização do profissional da educação escolar, 
dos professores e demais servidores da instituição de ensino. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Está correta a afirmativa I, apenas. 
c) Está correta a afirmativa II, apenas. 
d) Está correta a afirmativa III, apenas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 21 
Seguro-desemprego 
 
Segundo o anúncio feito pelo Ministro do Trabalho nesta 
quarta-feira (19), os trabalhadores que forem demitidos vão 
poder pedir o seguro-desemprego pela internet, sem a 
necessidade de entregar os documentos presencialmente. 
Chamado de seguro-desemprego 100% web, o serviço vai 
permitir que esse benefício seja concedido sem precisar ir a 
um posto de atendimento. Fonte: diarioonline.com.br (com 
adaptações). 
 
Leia o texto 'Seguro-desemprego', analise as assertivas a 
seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) No texto, o vocábulo "demitidos" é classificado como 
pronome. 
b) No texto, o vocábulo "anúncio" é classificado como 
substantivo. 
c) No texto, o vocábulo "precisar" é classificado como 
preposição. 
d) No texto, o vocábulo "web" é classificado como 
interjeição. 
e) No texto, o vocábulo "concedido" é classificado como 
numeral. 
 
Questão 22 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. Na frase “não estacione” há um substantivo. 
II. Não é dever do Estado disponibilizar ao adolescente 
trabalhador a oferta de ensino noturno regular. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 23 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
55 
 
 
I. O substantivo concreto é aquele que designa o ser que não 
existe, como os sentimentos e as notas musicais. 
II. Avaliar é um processo que deve estar limitado a realizar 
provas e testes para os alunos do Ensino Fundamental. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 24 
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) O vocábulo "baixela" é um substantivo coletivo que serve 
para designar um conjunto de selos. 
b) A grafia do adjetivo seguinte está correta: rózado. 
c) Na frase “clique para enviar” ocorre substantivo. 
d) O termo "alcateia" é um substantivo coletivo que serve 
para designar um conjunto de lobos. 
 
Questão 25 
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) A grafia do verbo seguinte está correta: bálisar. 
b) O termo "plumagem" é um substantivo coletivo que serve 
para designar um conjunto de penas de aves. 
c) O vocábulo "tertúlia" é um substantivo coletivo que serve 
para designar um conjunto de pássaros ou aves de um modo 
geral. 
d) A grafia do adjetivo seguinte está correta: brábu. 
 
Questão 26 
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) A grafia do verbo seguinte está correta: decompor. 
b) Está correta a acentuação do vocábulo: júdiar. 
c) Na seguinte frase, há um substantivo: corra rapidamente. 
d) Na seguinte frase, há um substantivo: voaremos agora. 
 
Questão 27 
Terrorismo 
 
O terrorismo é o nome dado a protestos violentos realizados 
por grupos ou indivíduos que objetivam transformar ordens 
do governo, bem como o próprio governo, por meio do 
pânico, gerando decisões precipitadas e radicais. 
 
Nos dias atuais, o terrorismo é visto e praticado de forma 
diferente daquela que se manifestava antigamente, pois 
exige planejamento, objetivos em foco, recursos financeiros 
e a presença de guerreiros. Nesse contexto, acredita-se que 
atos terroristas são financiados por pessoas bem sucedidas 
que simpatizam com o movimento, por pessoas ligadas ao 
governo que tentam secretamente destruir algo e ainda 
pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. Os terroristas 
utilizam explosivos, gases nocivos, vírus, bactérias, 
materiais radioativos, armamentos atômicos e ainda 
sequestros e assassinatos. 
 
( Adaptado. Disponível em : 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/terrorism 
o.htm 
 
Com base no texto 'Terrorismo', marque a 
opção CORRETA 
 
a) No trecho: “gases nocivos”, a palavra “nocivos” é um 
substantivo que designa uma pluralidade de seres. 
b) No contexto, a palavra “terrorismo” é classificada como 
um substantivo próprio, por estar grafada com letra inicial 
maiúscula. 
c) A palavra “indivíduos” é um substantivo flexionado no 
plural. 
d) A palavra “explosivos”, no texto, caracteriza o modo 
como se dão os atos terroristas. Ou seja, é um verbo. 
e) O termo “financiados” é um adjetivo que caracteriza o ato 
de sigilo. 
 
Questão 28 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. A avaliação educacional deve considerar apenas a 
interpretação quantitativa do conhecimento construído pelo 
aluno. 
II. O adjetivo varia em gênero, número e grau. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 29 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. Na pedagogia libertadora, o professor deve adotar uma 
postura exclusivamente autoritária. 
II. O adjetivo se refere sempre a um substantivo, mesmo que 
subentendido. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 30 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
 
56 
 
I. A grafia do adjetivo seguinte está correta: cearense. 
II. A pedagogia libertadora limita-se aos conhecimentos 
herdados e transmitidos pela geração adulta. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 31 
Leia as afirmativas a seguir: I. É proibido qualquer trabalho 
a menores de dezoito anos de idade, ainda que na condição 
de aprendiz. II. O currículo escolar não deve ser construído 
de forma colaborativa. III. A grafia do adjetivo seguinte está 
correta: enigmático. Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Está correta a afirmativa I, apenas. 
c) Está correta a afirmativa II, apenas. 
d) Está correta a afirmativa III, apenas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 32 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. A grafia do adjetivo seguinte está correta: excandalozo. 
II. É assegurado à criança o direito de ser respeitada por seus 
educadores na escola. 
III. A grafia do adjetivo seguinte está correta: enpremdedor. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Está correta a afirmativa I, apenas. 
c) Está correta a afirmativa II, apenas. 
d) Está correta a afirmativa III, apenas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 33 
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) Na frase seguinte, há uma locução adjetiva que indica 
posse: “Os pronomes nos libertam da repetição excessiva”. 
b) Na frase seguinte, há um adjetivo pátrio: “Os pronomes 
são termos referenciadores”. 
c) Na frase seguinte, há um adjetivo composto: “Os 
pronomes são termos referenciadores”.d) Na frase seguinte, há um adjetivo no grau superlativo: 
“Existe a falsa crença de que português é um idioma 
dificílimo”. 
e) Na frase seguinte, há um adjetivo pátrio: “Nosso povo se 
caracteriza pelo uso equivocado das formas pronominais”. 
 
Questão 34 
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção 
INCORRETA: 
 
a) O adjetivo destacado em letras maiúsculas na frase 
seguinte é composto: “A nossa gramática é LUSO-
BRASILEIRA”. 
b) O adjetivo destacado em letras maiúsculas na frase 
seguinte é biforme: “O povo brasileiro é FELIZ”. 
c) O adjetivo destacado em letras maiúsculas na frase 
seguinte é composto: “Vendemos uma camisa AMARELO-
CANÁRIO”. 
d) O adjetivo destacado em letras maiúsculas na frase 
seguinte é pátrio: “Os escritores BRASILEIROS também 
são responsáveis pela mudança linguística”. 
e) O adjetivo destacado em letras maiúsculas na frase 
seguinte é derivado: “Os especialistas são BONDOSOS 
quando o assunto é a norma”. 
 
Questão 35 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. O verbo é a palavra que exprime quantidade, podendo ser 
cardinal, ordinal, multiplicativo ou fracionário. 
II. Do ponto de vista morfológico, o verbo marca pessoa (1ª, 
2ª ou 3ª), número (singular ou plural), tempo (pretérito, 
presente ou futuro), modo (indicativo, subjuntivo ou 
imperativo) e voz. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 36 
Seguro-desemprego 
 
Segundo o anúncio feito pelo Ministro do Trabalho nesta 
quarta-feira (19), os trabalhadores que forem demitidos vão 
poder pedir o seguro-desemprego pela internet, sem a 
necessidade de entregar os documentos presencialmente. 
Chamado de seguro-desemprego 100% web, o serviço vai 
permitir que esse benefício seja concedido sem precisar ir a 
um posto de atendimento. 
 
Fonte: diarioonline.com.br (com adaptações). 
 
Leia o texto 'Seguro-desemprego', analise as assertivas a 
seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) O vocábulo "entregar", no texto, é classificado como 
verbo. 
b) O vocábulo "que", no texto, é classificado como adjetivo. 
c) O vocábulo "sem", no texto, é classificado como numeral. 
d) O vocábulo "Chamado", no texto, é classificado como 
conjunção. 
e) No texto, o vocábulo "necessidade" é classificado como 
 
57 
 
advérbio. 
 
Questão 37 
Seguro-desemprego 
 
Segundo o anúncio feito pelo Ministro do Trabalho nesta 
quarta-feira (19), os trabalhadores que forem demitidos vão 
poder pedir o seguro-desemprego pela internet, sem a 
necessidade de entregar os documentos presencialmente. 
Chamado de seguro-desemprego 100% web, o serviço vai 
permitir que esse benefício seja concedido sem precisar ir a 
um posto de atendimento. 
 
Fonte: diarioonline.com.br (com adaptações). 
 
Leia o texto 'Seguro-desemprego', analise as assertivas a 
seguir e marque a opção CORRETA: 
 
a) O vocábulo "Ministro", no texto, é classificado como 
adjetivo. 
b) O vocábulo "internet", no texto, é classificado como 
verbo. 
c) O autor aborda, no texto, um tema relacionado aos 
esportes. 
d) No texto, o vocábulo "permitir" é classificado como 
verbo. 
e) O texto pode ser classificado como uma crônica. 
 
Questão 38 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. O vocábulo "rato" é um verbo. 
II. O vocábulo "casa" é um verbo. 
III. O vocábulo "avião" é um verbo. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Está correta a afirmativa I, apenas. 
c) Estão corretas as afirmativas II e III, apenas. 
d) Estão corretas as afirmativas I e III, apenas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 39 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. Diferentemente dos verbos, os nomes apresentam as 
categorias gramaticais de modo, tempo, pessoa e número. 
II. A espiritualidade, a transcendentalidade, o subconsciente 
e o inconsciente são características da 1ª fase do 
Modernismo no Brasil. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 40 
AS FORMIGAS 
 
Quando minha prima e eu descemos do táxi, já era quase 
noite. Ficamos imóveis diante do velho sobrado de janelas 
ovaladas, iguais a dois olhos tristes, um deles vazado por 
uma pedrada. Descansei a mala no chão e apertei o braço da 
prima. 
 
– É sinistro. 
 
Ela me impeliu na direção da porta. Tínhamos outra 
escolha? Nenhuma pensão nas redondezas oferecia um 
preço melhor a duas pobres estudantes com liberdade de 
usar o fogareiro no quarto, a dona nos avisara por telefone 
que podíamos fazer refeições ligeiras com a condição de não 
provocar incêndio. Subimos a escada velhíssima, cheirando 
a creolina. 
 
– Pelo menos não vi sinal de barata – disse minha prima. 
 
A dona era uma velha balofa, de peruca mais negra do que a 
asa da graúna. Vestia um desbotado pijama de seda japonesa 
e tinha as unhas aduncas recobertas por uma crosta de 
esmalte vermelho-escuro, descascado nas pontas encardidas. 
Acendeu um charutinho. 
 
– É você que estuda medicina? – perguntou soprando a 
fumaça na minha direção. 
 
– Estudo direito. Medicina é ela. 
 
A mulher nos examinou com indiferença. Devia estar 
pensando em outra coisa quando soltou uma baforada tão 
densa que precisei desviar a cara. A saleta era escura, 
atulhada de móveis velhos, desparelhados. No sofá de 
palhinha furada no assento, duas almofadas que pareciam ter 
sido feitas com os restos de um antigo vestido, os bordados 
salpicados de vidrilho. [...] 
 
(TELLES, Lygia Fagundes. As formigas. Disponível em: 
contobrasileiro.com.br) 
 
 
Com base no texto 'AS FORMIGAS', leia as afirmativas a 
seguir: 
 
I. A forma verbal “subimos” é rizotônica. 
 
II. Em “A mulher nos examinou com indiferença”, o verbo é 
pronominal. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
 
58 
 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 41 
CONSOADA 
 
Quando a Indesejada das gentes chegar 
(Não sei se dura ou caroável), 
Talvez eu tenha medo. 
Talvez sorria, ou diga: 
- Alô, iniludível! 
O meu dia foi bom, pode a noite descer. 
(A noite com os seus sortilégios.) 
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, 
A mesa posta, 
Com cada coisa em seu lugar. 
 
( Manuel Bandeira. Disponível em : 
www.poesiaspoemaseversos.com.br) 
 
Com base no texto 'CONSOADA', leia as afirmativas a 
seguir: 
 
I. O vocábulo "chegar" é um verbo. 
 
II. A subjetividade do eu-poético é marcada também no 
texto pelas formas de primeira pessoa. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 42 
Sucesso nas Finanças: na corrida contra o tempo 
 
O último dia para entrega da declaração do Imposto de 
Renda 2016 foi 29 de abril. Quem tinha a obrigação de 
prestar contas com a Receita, mas não cumpriu o prazo, terá 
que declarar com multa a partir de dois de maio. Diante 
disso, é importante enviar o documento para a Receita o 
quanto antes, pois a multa é calculada conforme o tempo de 
atraso. 
 
A Receita Federal recebeu quase 28 milhões de declarações 
do Imposto de Renda de 2016. Cerca de 240 mil 
contribuintes perderam o prazo de entrega. Das declarações 
entregues até o dia 30 de abril, já havia 716 mil 
contribuintes na “malha fina”, com o fornecimento de dados 
inconsistentes. A situação mais comum que faz o 
contribuinte ter sua declaração retida na “malha fina”é a 
omissão de rendimentos, conforme aponta a Receita Federal. 
 
( A d a p t a d o . D i s p o n í v e l e m : 
http://odia.ig.com.br/opiniao/2016-05-04/sucesso-nas-
financas-na-corrida-contra-o-tempo.html) 
 
Com base no texto 'Sucesso nas Finanças: na corrida contra 
o tempo', marque a opção CORRETA 
 
a) No trecho: “... a multa é calculada...”, existe um verbo de 
ligação. 
b) No fragmento: “A Receita Federal recebeu quase 28 
milhões...”, o verbo “receber” indica tempo futuro. 
c) No trecho: “... havia 716 mil contribuintes na ‘malha 
fina’...”, há uma locução verbal. 
d) No exemplo: “O último dia para entrega...”, há um verbo 
de segunda conjugação. 
e) No trecho: “... é importante enviar o documento...”, o 
verbo “ser” está no gerúndio, indicando ação continuada. 
 
Questão 43 
Ética no trabalho 
 
Ética é o conjunto de regras que orientam as pessoas a terem 
um comportamento que corresponda adequadamente dentro 
de uma sociedade, com o objetivo de dar limites, valorizar e 
dar respeito ao indivíduo e suas relações. 
 
Um grupo social, esteja ele inserido em qualquer tipo de 
organização, deve resguardar-se e valer-se da ética para 
manter as relações saudáveis. Nessa perspectiva, a ética no 
trabalho é uma prática que deveria ser normalmente adotada 
por todos, já que os comportamentos inaceitáveis ferem e 
mexem com as pessoas, prejudicando-as direta e 
indiretamente. 
 
Algumas pessoas não entendem completamente a relação 
homem x mercado de trabalho e, sem pensar muito nisso, 
cometem faltas graves que as comprometem rapidamente 
nesse contexto. 
 
( Adaptado. Disponível em : 
http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/etica_profissio 
nal.htm) 
 
Com base no texto 'Ética no trabalho', marque a 
opção CORRETA 
 
a) No fragmento: “esteja ele inserido”, também é pertinente, 
segundo a gramática normativa, o uso da forma verbal 
“estejemos”, no lugar de “esteja”. 
b) No trecho: “Algumas pessoas não entendem...”, o verbo 
“entender” possui uma desinência que indica a segunda 
pessoa do plural (vós). 
c) No trecho: “Ética é o conjunto...”, a palavra “é” refere-se 
ao verbo “estar”, flexionado na segunda pessoa do singular. 
d) No trecho: “dar limites, valorizar e dar respeito”, existem 
verbos no infinitivo. 
e) No fragmento: “que orientam as pessoas”, o verbo 
“orientar” se apresenta na forma nominal gerúndio. 
 
59 
 
 
Questão 44 
EUTANÁSIA 
 
Todos aqueles que acham a eutanásia um ato necessário em 
situações extremas apresentam algumas argumentos a favor 
dessa prática. Eles acham que a eutanásia é um modo de 
fugir ao sofrimento quando há falta de qualidade de vida em 
fase terminal. Também pensam que morrer de uma forma 
pouco dolorosa é significado de morte digna. 
 
Segundo os defensores, cada pessoa tem autonomia para 
decidir por si próprio, estando na base da escolha a prática 
ou não da eutanásia. Nessa perspectiva, vale dizer que não 
se apoia nem se defende a morte em si, mas se convidam os 
seres humanos a uma reflexão sobre uma morte mais suave e 
menos dolorosa, que algumas pessoas optam por ter, em vez 
de viverem uma batalha lenta e sofrida até o óbito. 
 
( A d a p t a d o . D i s p o n í v e l e m : 
https://eutanasia11a.wordpress.com/argumentos-a-
favorcontra/) 
 
 
Com base no texto 'EUTANÁSIA', marque a 
opção CORRETA 
 
a) No trecho: “Todos aqueles que acham...”, o verbo “achar” 
se encontra no presente do subjuntivo. 
b) No fragmento: “... estando na base da escolha...”, o verbo 
“estar” se encontra no gerúndio. 
c) No trecho: “Todos aqueles que acham...”, o verbo “achar” 
se encontra no modo imperativo e sugere uma ordem. 
d) No fragmento: “... cada pessoa tem autonomia...”, o verbo 
“ter” se encontra no futuro do subjuntivo. 
e) No fragmento: “... cada pessoa tem autonomia...”, o verbo 
“ter” se encontra no imperativo, sugerindo uma instrução 
 
Questão 45 
GOVERNO VAI APERFEIÇOAR AÇÕES DE 
PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
 
O Ministério da Justiça criou um grupo de trabalho para 
desenvolver ações de proteção às mulheres vítimas de 
violência em todo o País. O órgão também estuda um 
projeto pedagógico nacional para capacitar profissionais de 
policiamento preventivo. 
 
Segundo a secretária nacional de Segurança Pública, Regina 
Miki, o governo federal quer trabalhar com profissionais dos 
Estados para implementar esse policiamento preventivo, que 
será voltado para a realização de visitas comunitárias: 
“queremos ampliar e fortalecer essa política de 
enfrentamento à violência de gênero”. 
 
Além de fortalecer o trabalho preventivo das polícias, o 
governo busca também qualificar a investigação de crimes 
de violência contra mulheres. O objetivo é a redução do 
feminicídio, definido como a meta para 2016 da Estratégia 
Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp). 
 
( A d a p t a d o . D i s p o n í v e l e m : 
http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-
justica/2016/02/governo-vai-aperfeicoar-acoes-de-
prevencao-a-violencia-contraa-mulher) 
 
 
Com base no texto 'GOVERNO VAI APERFEIÇOAR 
AÇÕES DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A 
MULHER', marque a opção CORRETA 
a) No trecho: “... o governo federal quer trabalhar...”, o 
verbo “querer” está no infinitivo. 
b) Em: “queremos ampliar e fortalecer...”, o verbo “querer” 
está conjugado na terceira pessoa do plural, pois faz 
referência ao Ministério da Justiça. 
c) No trecho: “... para desenvolver ações...”, o verbo 
“desenvolver” está no infinitivo. 
d) No trecho: “O órgão também estuda...”, o verbo “estudar” 
se encontra no modo subjuntivo e exprime incerteza. 
e) No trecho: “... o governo busca também...”, o verbo 
“buscar” apresenta uma desinência modo-temporal que 
sugere o pretérito imperfeito do indicativo. 
 
Questão 46 
NORMA LINGUÍSTICA, HIBRIDISMO e 
TRADUÇÃO 
 
[...] Por ser um construto sociocultural e nunca uma 
variedade linguística real, a norma-padrão da língua é 
reconhecida pelos falantes, mas nunca totalmente conhecida 
por eles. O caráter eminentemente anacrônico do padrão – 
no nosso caso, elaborado com base nos usos de escritores 
portugueses do Romantismo (século XIX) – faz que ele seja 
antes de mais nada contraintuitivo, isto é, refratário à 
intuição linguística do falante nativo, pleno conhecedor da 
gramática de sua língua, gramática intrinsecamente diferente 
das regras prescritas no padrão. Essas regras prescrevem, 
sempre, como únicas formas “corretas”, precisamente os 
usos menos comuns, menos habituais, menos normais. O 
exemplo “eu conheço ele muito bem” comprova isso: 
enquanto a gramática normativa só aceita os pronomes 
oblíquos o/a/os/as para a retomada de objeto direto, a 
realidade dos usos comprova que esses clíticos são de uso 
raríssimo, enquanto os pronomes ele/ela/eles/elas e a 
anáfora-zero (quando os pronomes podem ser inferidos 
pragmaticamente) são, de fato, as estratégias anafóricas 
privilegiadas por todos os brasileiros. [...] 
 
(Adaptado de: BAGNO, M. Norma linguística, hibridismo 
&tradução.Disponível 
em:periodicos.unb.br/index.php/traduzires/article/download/
6 
652/5368) 
 
 
60 
 
Com base no texto 'NORMA LINGUÍSTICA, 
HIBRIDISMO e TRADUÇÃO', marque a 
opção CORRETA 
 
a) No trecho: “enquanto a gramática normativa só aceita os 
pronomes oblíquos o/a/os/as...”, o verbo “aceitar” se 
encontra no modo imperativo e sugere uma ordem. 
b) No trecho: “que ele seja antes de mais nada...”, o verbo 
“ser” está conjugado no modo indicativo. 
c) No fragmento: “a norma-padrão da língua é reconhecida 
pelos falantes...”, existe um verbo de ligação. 
d) No fragmento: “Essas regras prescrevem...”, o verbo 
“prescrever” é de ligação. 
e) No trecho: “que ele seja antes de mais nada...”, o verbo 
“ser” se apresenta na forma nominal gerúndio. 
 
Questão 47 
Declarações racistas de Fernando Pessoa reacendem 
a discussão sobre a relaçãoentre os artistas e suas obras 
Causou estarrecimento em muita gente a descoberta de um 
texto racista escrito pelo poeta Fernando Pessoa (1888 – 
1935). A discussão correu as redes sociais depois que o 
escritor Antonio Carlos Secchin reproduziu um trecho em 
sua página no Facebook. O estarrecimento certamente ficou 
por conta da contundência das frases e também porque 
Fernando Pessoa ocupa um imaginário quase etéreo e mítico 
dentro da cultura ocidental contemporânea. Para nós, hoje, é 
difícil aceitar que um artista do calibre do poeta português, 
que simplesmente reescreveu liricamente a empreitada 
lusitana, criou complexos heterônimos e se tornou um dos 
pilares da literatura e da língua portuguesa, fosse capaz de 
escrever palavras tão assombrosas. [...] 
Fernando Pessoa tinha 28 anos quando escreveu que “a 
escravatura é lógica e legítima; um zulu ou um landim não 
representa coisa alguma de útil neste mundo.” Anos mais 
tarde, aos 32 anos, Pessoa escreveu que “a escravidão é lei 
da vida, e não há outra lei, porque esta tem que cumprir-se, 
sem revolta possível. Uns nascem escravos, e a outros a 
escravidão é dada.” E, mesmo próximo de completar 40 
anos, as ideias racistas ainda persistiam: “Ninguém ainda 
provou que a abolição da escravatura fosse um bem social 
(...) quem nos diz que a escravatura não seja uma lei natural 
da vida das sociedades sãs?” [...] 
O caso de Fernando Pessoa reacende a discussão sobre a 
relação entre os escritores e suas obras e nos faz refletir o 
quanto suas biografias podem nos influenciar como leitores. 
Mesmo considerado um grande gênio pela crítica, não se 
pode esquecer que Fernando Pessoa é fruto de um país 
colonialista, ou seja, ele está inserido na longa tradição 
lusitana de exploração colonial. [...] 
É doloroso descobrir que um ícone literário tenha um lado 
tão sombrio. Portanto, o nosso desafio como leitores é o de 
sabermos separar a obra do autor, pois antes de ser poeta, 
Fernando é humano com toda a complexidade e contradição 
que ele carrega. A indignação e a decepção com o literato é 
válida e necessária porque nos aproxima dele e nos afasta 
daquela figura mítica e sobrenatural, ao mesmo tempo em 
que resgata a humanidade que há em nós ao refutarmos seus 
textos racistas e misóginos. A discussão foi posta, mas não 
percamos de vista a literatura. Guimarães Rosa já cantava 
essa pedra: “Às vezes, quase sempre, um livro é maior que a 
gente”. 
(Adaptado. Disponível em: 
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/proa/noticia/2016/01/d 
eclaracoes-racistas-de-fernando-pessoa-reacendem-
adiscussao- 
sobre-a-relacao-entre-os-artistas-e-suasobras- 
4952826.html) 
Com base no texto 'Declarações racistas de Fernando Pessoa 
reacendem a discussão sobre a relação entre os artistas e 
suas obras', marque a opção INCORRETA 
a) No trecho: “Fernando é humano”, há um verbo de 
ligação. 
b) No fragmento: “ele está inserido”, o verbo “estar” indica 
ação. 
c) Em: “a escravidão é dada”, o verbo “ser” está flexionado. 
d) Em: “a escravatura é lógica e legítima”, existe verbo de 
ligação. 
e) Em: “é difícil aceitar que...”, o verbo “ser” possui um 
sujeito oracional. 
 
Questão 48 
Mundo faz progressos na redução da fome; Brasil se 
destaca 
 
A luta contra a fome no mundo registou "progressos 
significativos" nos últimos 15 anos, com uma redução global 
de 27%. O Brasil foi um dos países que mais diminuiu a 
subnutrição entre os 128 países analisados no estudo do 
Índex Global sobre Fome (IGF), elaborado pelo Instituto 
Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares 
(IFPRI, na sigla em inglês). 
 
Entre os nove integrantes da Comunidade dos Países de 
Língua Portuguesa (CPLP), cinco foram avaliados - Angola, 
Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste. 
 
O Brasil reduziu em cerca de 66% os casos de fome entre 
2000 e 2015 (A) e (B) e já se encontra entre os países mais 
 
61 
 
próximos de erradicar a fome, com pontuação inferior a 5 no 
IGF. Os países que estão perto de acabar com a fome ficam 
com pontuação entre 0 e 7,9. 
 
Segundo os critérios para a definição do IGF, pontuações 
entre 8 e 13,2 representam níveis baixos ou moderados de 
fome; entre 13,3 e 19,9, valores médios, e entre 20 e 34,9, 
são considerados "sérios". Acima de 35 pontos, são 
considerados alarmantes, estando nessa situação o Timor- 
Leste, que obteve 40,7 pontos. 
 
Angola, juntamente com Ruanda e a Etiópia, registrou uma 
das maiores quedas na redução da fome, ficando entre 25 e 
28 pontos. Os três países mantêm-se, entretanto, em nível 
"sério", obtendo, segundo os critérios da IFPRI, 32,6 pontos. 
A Guiné-Bissau (30,3 pontos) e Moçambique (32,5) estão na 
mesma lista de Angola. 
 
Por regiões, a África Subsaariana (média de 32,2 pontos) e o 
Sul da Ásia (média de 29,4) mantêm-se como as áreas mais 
afetadas pela fome, com valores que estão dentro dos 
parâmetros que o Instituto considera "sérios". 
 
O Sudeste asiático, o Oriente Médio, o Norte da África, a 
América Latina e as Caraíbas, o Leste da Europa e os 
Estados independentes da Comunidade Britânica 
(Commonwealth) registraram valores entre 8 e 13,2 pontos. 
 
Segundo o ranking do IFPRI, 17 países, entre eles o Brasil, 
obtiveram resultados "notáveis" na redução da fome, 
baixando em 50% ou mais os percentuais. 
 
Os dados do relatório também mostram que 68 países 
registraram "progressos consideráveis"(E), com queda entre 
25% e 49,9%, e 28 reduziram o Índex Global sobre Fome 
em menos de 25%. 
 
Apesar de todos os progressos, há ainda 52 países que 
continuam com níveis de fome(B) que variam entre o "sério" 
e o "alarmante". 
 
No período de 15 anos, entre 2000 e 2015, a lista dos dez 
países com maior redução dos níveis de fome inclui três 
latino-americanos (Brasil, Peru e Venezuela), um da Ásia 
(Mongólia, quatro antigas repúblicas soviéticas (Azerbaijão, 
República da Quirguízia, Lituânia e Ucrânia) e dois ex- 
Estados iugoslavos (Bósnia-Herzegovina e Croácia). 
 
O IGF de 2015 não inclui os resultados de alguns dos países 
menos desenvolvidos, como Burundi, Comores, Eritreia, 
Sudão ou Sudão do Sul, entre outros, devido à inexistência 
de dados. O mesmo ocorre com a República do Congo que 
não disponibilizou informações(C). O Congo teve o pior 
resultado em 2011. A Somália, em crise desde 1991, nunca 
foi analisada. 
 
( Disponível em : 
http://www.vermelho.org.br/noticia/271379-10. Acesso em: 
25.11.2015) 
 
Com base no texto 'Mundo faz progressos na redução da 
fome; Brasil se destaca', marque a opção INCORRETA 
 
a) No trecho: “O Brasil reduziu em cerca de 66% os casos 
de fome entre 2000 e 2015...”, o uso do verbo “reduzir” 
indica que o Brasil diminuiu os casos de fome em cerca de 
66%. 
b) No trecho: “O Brasil reduziu em cerca de 66% os casos 
de fome entre 2000 e 2015...”, o uso do verbo “reduzir” 
indica que o Brasil diminuirá os casos de fome em cerca de 
66%. 
c) No trecho: “... há ainda 52 países que continuam com 
níveis de fome”, o verbo “haver” tem o sentido de “existir”. 
d) No fragmento: “O mesmo ocorre com a República do 
Congo que não disponibilizou informações”, existem dois 
verbos. 
e) No fragmento: “Os dados do relatório também mostram 
que 68 países registraram 'progressos consideráveis’”, o 
verbo “mostrar” é transitivo direto, ou seja, possui um 
complemento sem preposição. 
 
Questão 49 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. Os pronomes são palavras que substituem os substantivos 
ou os determinam, indicando a pessoa do discurso. 
II. A composição por aglutinação é o processo de 
composição no qual ocorre alteração fonética no (s) 
constituinte (s). 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 50 
NORMA LINGUÍSTICA,HIBRIDISMO e 
TRADUÇÃO 
 
[...] Por ser um construto sociocultural e nunca uma 
variedade linguística real, a norma-padrão da língua é 
reconhecida pelos falantes, mas nunca totalmente conhecida 
por eles. O caráter eminentemente anacrônico do padrão – 
no nosso caso, elaborado com base nos usos de escritores 
portugueses do Romantismo (século XIX) – faz que ele seja 
antes de mais nada contraintuitivo, isto é, refratário à 
intuição linguística do falante nativo, pleno conhecedor da 
gramática de sua língua, gramática intrinsecamente diferente 
das regras prescritas no padrão. Essas regras prescrevem, 
sempre, como únicas formas “corretas”, precisamente os 
usos menos comuns, menos habituais, menos normais. O 
exemplo “eu conheço ele muito bem” comprova isso: 
 
62 
 
enquanto a gramática normativa só aceita os pronomes 
oblíquos o/a/os/as para a retomada de objeto direto, a 
realidade dos usos comprova que esses clíticos são de uso 
raríssimo, enquanto os pronomes ele/ela/eles/elas e a 
anáfora-zero (quando os pronomes podem ser inferidos 
pragmaticamente) são, de fato, as estratégias anafóricas 
privilegiadas por todos os brasileiros. [...] 
 
(Adaptado de: BAGNO, M. Norma linguística, hibridismo 
&tradução.Disponível 
em:periodicos.unb.br/index.php/traduzires/article/download/
6 
652/5368) 
 
 
Com base no texto 'NORMA LINGUÍSTICA, 
HIBRIDISMO e TRADUÇÃO', marque a 
opção CORRETA 
 
a) No exemplo discutido no texto: “eu conheço ele muito 
bem”, o pronome “ele” é considerado pela gramática 
normativa como sendo do caso reto, mas atua, no contexto, 
com a função de pronome indefinido. 
b) No exemplo discutido no texto: “eu conheço ele muito 
bem”, o pronome “eu” é considerado pela gramática 
normativa como sendo demonstrativo. 
c) No exemplo discutido no texto: “eu conheço ele muito 
bem”, o pronome “ele” é considerado pela gramática 
normativa como sendo do caso reto, mas atua, no contexto, 
com a função de pronome relativo. 
d) No exemplo mostrado no texto: “eu conheço ele muito 
bem”, o pronome “ele” é considerado pela gramática 
normativa como sendo do caso oblíquo, mas atua, no 
contexto, com a função de pronome relativo. 
e) No exemplo discutido no texto: “eu conheço ele muito 
bem”, o pronome “eu” é considerado pela gramática 
normativa como sendo do caso reto. 
 
Questão 51 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. Usam-se os pronomes esse, esses, essa, essas e isso para 
indicar um momento presente mencionado anteriormente, 
não muito longínquo. Por exemplo: Nesse ano, conheci meu 
atual namorado. 
 
II. Usam-se os pronomes este, estes, esta, estas e isto para 
indicar o tempo presente ou futuro bem distante em relação 
ao momento do discurso. Pode ser a hora, o dia, o mês ou 
mesmo o ano e a estação em que ocorre o discurso. Por 
exemplo: "Este ano passou muito rápido". 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 52 
CUJO 
O pronome relativo “cujo” não faz parte do vernáculo 
brasileiro (vernáculo, como termo técnico da 
sociolinguística). Pelo que indicam os estudos da história da 
língua, parece que esse pronome sempre esteve limitado à 
escrita mais monitorada e, por conseguinte, às manifestações 
faladas mais formais, inspiradas na escrita. Realmente, se 
você prestar atenção no que ouve no seu dia a dia, nas 
conversas familiares, nos papos com os amigos, no ambiente 
de trabalho, nas novelas da televisão, nos telejornais, nos 
programas de entrevistas com pessoas de formação superior, 
você vai ouvir pouquíssimos “cujos”, se é que vai ouvir 
algum... 
Só conhecem o pronome “cujo” as pessoas que têm um 
longo histórico de escolarização e tiveram contato com ele 
por meio de textos escritos. Mas nem mesmo essas pessoas 
empregam corretamente esse pronome em sua fala diária ou 
mesmo em sua produção escrita habitual. [...] 
(BAGNO, Marcos. Não é errado falar assim. São Paulo: 
Parábola Editorial, 2009, p. 123-124) 
Com base no texto 'CUJO', leia as afirmativas a seguir: 
I. No tocante à produção escrita habitual, corrobora 
com o ponto de vista do último período do texto a 
aplicação do pronome “cujo” em: O grupo cujo o 
resultado foi o melhor será recompensado. 
II. No tocante à produção escrita habitual, corrobora 
com o ponto de vista do último período do texto a 
aplicação do pronome “cujo” em: Esta é a empresa 
de cuja diretora me refiro. 
Marque a alternativa CORRETA: 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 53 
Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. A grafia do verbo seguinte está correta: decompor. 
II. No Brasil, é vedada a gratuidade do ensino público em 
estabelecimentos oficiais. 
III. Compreender a cidadania como participação social e 
 
63 
 
política não é um dos objetivos do Ensino Fundamental nas 
escolas públicas. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Está correta a afirmativa I, apenas. 
c) Está correta a afirmativa II, apenas. 
d) Está correta a afirmativa III, apenas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 54 
Leia as afirmativas a seguir e marque a opção 
INCORRETA: 
 
a) A concordância verbal foi devidamente respeitada em: “A 
maioria das pessoas não compreende o funcionamento 
adequado da norma-padrão”. 
b) A concordância verbal foi devidamente respeitada em: 
“As regras da norma-padrão da língua não são conhecidas 
pelos falantes”. 
c) A concordância verbal foi devidamente respeitada em: 
“Tanto a norma-padrão como as normas cultas urbanas atua 
entre os indivíduos”. 
d) A concordância verbal foi devidamente respeitada em: “A 
norma-padrão é, também, produto das relações sociais”. 
e) A concordância verbal foi devidamente respeitada em: 
“Há linguistas que defendem a inexistência de uma norma-
padrão”. 
 
Questão 55 
Os países do Terceiro Mundo são subdesenvolvidos 
 
Os países do Terceiro Mundo são subdesenvolvidos(E), não 
por razões naturais – pela força das coisas – mas por razões 
históricas – pela força das circunstâncias. Circunstâncias 
históricas desfavoráveis, principalmente o colonialismo 
político e econômico que manteve essas regiões à margem 
do processo da economia mundial em rápida evolução. 
 
Na verdade, o subdesenvolvimento não é a ausência de 
desenvolvimento, mas o produto de um tipo universal de 
desenvolvimento mal conduzido. É a concentração abusiva 
de riqueza – sobretudo neste período histórico dominado 
pelo neocolonialismo capitalista que foi o fator determinante 
do subdesenvolvimento de uma grande parte do mundo: as 
regiões dominadas sob a forma de colônias políticas diretas 
ou de colônias econômicas. 
 
O subdesenvolvimento é o produto da má utilização dos 
recursos naturais e humanos(B) realizada de forma(D) a não 
conduzir à expansão econômica e a impedir as mudanças 
sociais indispensáveis ao processo da integração dos grupos 
humanos subdesenvolvidos dentro de um sistema econômico 
integrado. Só através de uma estratégia global do 
desenvolvimento, capaz de mobilizar todos os fatores de 
produção no interesse da coletividade, poderão ser 
eliminados o subdesenvolvimento e a fome da superfície da 
terra. 
 
O maior de todos esses erros foi considerar o processo do 
desenvolvimento em toda parte como semelhante ao 
desenvolvimento dos países ricos do Ocidente. Uma espécie 
de etnocentrismo conduziu os teóricos do desenvolvimento a 
assentar as suas ideias e estabelecer os seus sistemas de 
pensamento em concepções de economia clássica que 
ignoravam quase totalmente a realidade socioeconômica das 
regiões de economia ocidental capitalista,uma economia 
socialista em elaboração acelerada e uma rede de 
abastecimento e de venda no resto do mundo. Não se 
ocupavam, pois, das estruturas econômicas desse resto do 
mundo, abandonado quer aos sociólogos, quer, antes, aos 
folcloristas. 
 
Essa tremenda desigualdade social entre os povos divide 
economicamente o mundo em dois mundos diferentes: o 
mundo dos ricos e o mundo dos pobres, o mundo dos países 
bem desenvolvidos e industrializados e o mundo dos países 
proletários e subdesenvolvidos. Esse fosso econômico 
divide hoje a humanidade em dois grupos que se entendem 
com dificuldade: o grupo dos que não comem, constituído 
por dois terços da humanidade, e que habitam as áreas 
subdesenvolvidas do mundo, e o grupo dos que não 
dormem, que é o terço restante dos países ricos, e que não 
dormem, com receio da revolta dos que não comem. 
 
Um dos fatores mais constantes e efetivos das terríveis 
tensões sociais reinantes é o desequilíbrio econômico do 
mundo, com as resultantes desigualdades sociais. Constitui 
um dos maiores perigos para a paz o profundo desnível 
econômico que existe entre os países economicamente bem 
desenvolvidos de um lado, e de outro lado os países 
insuficientemente desenvolvidos. Desnível que se vem 
acentuando cada vez mais(C), intensificando as dissensões 
sociais e gerando a inquietação, intranquilidade e os 
conflitos políticos e ideológicos. 
 
Ora, o problema do subdesenvolvimento não é exclusivo 
desses países; é antes um problema universal, que só pode 
ter soluções igualmente em escala universal. Viver na 
opulência, num mundo em que 2/3 estão mergulhados na 
miséria, não é apenas perigoso, é um crime. A tensão social 
na qual se vive hoje é, na maior parte das vezes, o produto 
desta conhecida injustiça social, uma vez que os povos 
dominados tomaram consciência(A) da realidade 
socioeconômica do mundo, nesta fase da história da 
humanidade que vivemos, fase de transformações 
explosivas, caracterizadas essencialmente por explosões 
diversas: a explosão psicológica dos povos explorados, não 
menos perigosa do que a explosão atômica com a qual se 
abriu uma nova era no nosso planeta: a era atômica. 
 
(CASTRO, Josué de. Agenda 21. 
Disponível em: 
 
64 
 
http://www.josuedecastro.com.br/port/desenv.html) 
 
Com base no texto 'Os países do Terceiro Mundo são 
subdesenvolvidos', marque a opção INCORRETA 
 
a) No fragmento: “uma vez que os povos dominados 
tomaram consciência...”, o verbo “tomar” está no plural 
concordando com o núcleo do sujeito, a palavra 
“dominados”. 
b) No fragmento: “O subdesenvolvimento é o produto da má 
utilização dos recursos naturais e humanos”, o verbo “ser” 
concorda com o sujeito a que se refere. 
c) No fragmento: “Desnível que se vem acentuando cada 
vez mais...”, o verbo “vir” está no singular. 
d) No trecho: “O subdesenvolvimento é o produto da má 
utilização dos recursos naturais e humanos realizada de 
forma...”, o termo “realizada” concorda com a palavra 
“utilização”. 
e) No trecho: “Os países do Terceiro Mundo são 
subdesenvolvidos...”, a palavra “subdesenvolvidos” 
concorda em gênero e número com o termo “países” 
 
Questão 56 
Pragmático ou idealista ao investir? 
 
Por Sérgio Teixeira Jr. 
Publicado em 15 de dezembro de 2019 
 
Gestores de fundos de investimentos e investidores estão 
acostumados a analisar os números da bolsa de valores, da 
economia e das empresas antes de decidir onde aplicar o 
dinheiro, mas eles também prestam cada vez mais atenção a 
outros tipos de dados. 
 
A temperatura do planeta é um deles. Os índices de pobreza 
em países em desenvolvimento é outro, junto com acesso à 
água, qualidade do ensino, consumo responsável, igualdade 
de gênero… a lista é longa, e ela representa um dos 
segmentos que mais crescem no mundo dos investimentos 
hoje em dia. 
 
Essa nova categoria é conhecida como investimento de 
impacto, e também pelas siglas em inglês ESG (ambiente, 
social e governança) ou SRI (investimento socialmente 
responsável). 
 
Essencialmente, trata-se de investimentos – diretamente ou 
por meio de fundos de investimentos – em empresas e 
instituições que medem seu sucesso não só no balanço, mas 
também no impacto social de suas atividades-fim. 
 
Os investimentos em ESG representam 26% dos recursos 
sob gestão nos Estados Unidos, um aumento de 8 pontos 
percentuais em relação a 2016, de acordo com a organização 
Forum for Sustainable and Responsible Investment. 
 
Globalmente, estima-se que o mercado seja de US$ 500 
bilhões, um número que decuplicou nos últimos cinco anos, 
de acordo com a Global Impact Investing Network (Giin), 
rede que reúne gestores desse tipo de fundos de 
investimentos do mundo todo. 
 
Num relatório recente, o Bank of America incluiu o 
“capitalismo moral” como um dos dez principais temas do 
mundo dos investimentos na próxima década. E uma 
pesquisa recente do Morgan Stanley Institute for Sustainable 
Investing indicou que 85% dos investidores individuais 
americanos estão de olho na tendência. 
 
“Os esforços para coibir o aquecimento global exigirão 
mudanças comportamentais e sistêmicas, que oferecerão 
oportunidades substanciais para os investidores”, escreveu o 
autor principal do relatório do Bank of America, Haim 
Israel. 
 
O Bank of America estima que US$ 20 trilhões serão 
destinados a estratégias que lidem com desafios ambientais, 
sociais e de governança nas duas próximas décadas – 
especialmente quando se leva em conta a ascensão dos 
millennials e da geração Z como investidores. 
 
“Investimento de impacto não é algo necessariamente novo, 
mas é um estilo que vem crescendo tanto em tamanho 
quanto em evidência”, diz Patrick Scheurle, em entrevista ao 
InfoMoney. 
 
De fato, tentar aliar responsabilidade social e retorno 
financeiro é algo que se faz há muito tempo, como os fundos 
de investimentos que evitam ações de empresas de bebidas 
alcoólicas e de cigarros, por exemplo. Mas, hoje, a ideia é ir 
além desse tipo de triagem passiva, buscando ativamente 
companhias que tenham uma missão transformadora. 
 
A Royal Exchange, seguradora mais antiga da Nigéria, foi 
uma das companhias que receberam investimento do braço 
de private equity do BlueOrchard, que tem 3,5 bilhões de 
dólares em ativos e foi recentemente adquirido pela britânica 
Schroders. 
 
“Existe um mercado enorme no país para seguros 
relacionados ao clima. Mais de 40 milhões de nigerianos 
dependem da agricultura. Nosso investimento ajuda a Royal 
Exchange a aumentar seu portfólio de seguros relacionados 
ao clima e também aumentar a proteção contra eventos da 
mudança climática na Nigéria”, afirma Scheurle, 
representante do braço de private equity do BlueOrchard. 
 
Outro exemplo típico de um investimento de impacto é o 
aporte de US$ 1 milhão da The David and Lucile Packard 
Foundation na Ecotrust Forests, um fundo de equity que já 
investiu mais de US$ 30 milhões na exploração sustentável 
de áreas florestais privadas do noroeste dos Estados Unidos. 
 
A Ecotrusts Forest gera retornos com a venda de madeira e 
 
65 
 
de créditos de carbono, sempre levando em conta a 
sustentabilidade do ecossistema local. 
 
A ONG americana As You Sow, que tem como missão 
defender os direitos de acionistas, avalia papéis e fundos de 
investimentos do ângulo do impacto social e ambiental. Um 
dos recortes oferecidos pela As You Sow é a igualdade de 
gênero. 
 
A ferramenta da As You Sow, desenvolvida em parceria 
com a holandesa Equileap, analisa 19 critérios para 
identificar as companhias que estejam “ajudando a construir 
um mundo mais igualitário e que ofereçam às mulheres as 
chances de obter sucesso profissional, sem sacrificar os 
retornos [financeiros].” 
 
MAS DÁ DINHEIRO? 
 
Por melhores que sejam as intenções, entretanto, obter 
medidas exatas do impacto real desses investimentos é umatarefa muito complicada. 
 
O impacto de um sistema de microfinanciamento é muito 
diferente em Bangladesh e no Brasil. Como comparar o real 
efeito de uma startup que quer reduzir o uso de plásticos 
com medidas sustentáveis tomadas por uma companhia do 
tamanho de uma Unilever? 
 
Igualmente, do ponto de vista do retorno financeiro, é difícil 
afirmar categoricamente se o investimento de impacto é um 
bom negócio. Essa modalidade pode tomar várias formas 
(dos fundos de venture capital e private equity a ações 
individuais ou fundos mútuos), e as companhias têm os mais 
variados tamanhos e estágios de maturação. 
 
Tampouco existem definições precisas do que seja um 
investimento de impacto. Segundo uma reportagem recente 
do The Wall Street Journal, oito dos dez maiores fundos de 
investimentos sustentáveis dos Estados Unidos incluíam 
pelo menos uma ação de empresas do setor de petróleo ou 
gás natural. 
 
Existem alguns resultados positivos. O fundo Vanguard ETF 
ESG registrava alta de 27% no ano até meados de novembro 
de 2019, uma performance dois pontos percentuais acima do 
desempenho de um fundo que acompanha o índice S&P 500. 
 
O fundo Impact Shares YWCA Women’s Empowerment, 
concentrado em empresas comprometidas com o 
empoderamento feminino e a igualdade de gêneros, 
registrava alta parecida, de 26% no ano. 
 
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/38ViEBJ. 
 
Com base no texto 'Pragmático ou idealista ao investir?', leia 
as afirmativas a seguir: 
 
I. O autor aponta que, do ponto de vista do retorno 
financeiro, é difícil afirmar categoricamente se o 
investimento de impacto é um bom negócio. Essa 
modalidade, explica o autor, pode tomar várias formas (dos 
fundos de venture capital e private equity a ações 
individuais ou fundos mútuos), e as companhias têm os mais 
variados tamanhos e estágios de maturação. 
 
II. O texto permite deduzir que, na perspectiva de Haim 
Israel, os esforços para coibir o aquecimento global exigirão 
mudanças comportamentais e sistêmicas, que oferecerão 
oportunidades substanciais para os investidores. Assim, de 
acordo com as informações presentes no texto, a melhor 
forma de aproveitar a onda conservacionista que está 
tomando conta do mercado financeiro é evitar adquirir ações 
de empresas que adotam medidas sustentáveis ou 
ambientalmente corretas. 
 
III. É possível subentender-se a partir do texto que tentar 
aliar responsabilidade social e retorno financeiro é algo que 
se faz há muito tempo, como os fundos de investimentos que 
evitam ações de empresas de bebidas alcoólicas e de 
cigarros, por exemplo. No entanto, atualmente, a 
necessidade de aumentar a rentabilidade dos investimentos 
tem forçado os governos de diversos países a criar leis que 
tornam ilegais as iniciativas sustentáveis nos negócios. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 57 
Pragmático ou idealista ao investir? 
 
Por Sérgio Teixeira Jr. 
Publicado em 15 de dezembro de 2019 
 
Gestores de fundos de investimentos e investidores estão 
acostumados a analisar os números da bolsa de valores, da 
economia e das empresas antes de decidir onde aplicar o 
dinheiro, mas eles também prestam cada vez mais atenção a 
outros tipos de dados. 
 
A temperatura do planeta é um deles. Os índices de pobreza 
em países em desenvolvimento é outro, junto com acesso à 
água, qualidade do ensino, consumo responsável, igualdade 
de gênero… a lista é longa, e ela representa um dos 
segmentos que mais crescem no mundo dos investimentos 
hoje em dia. 
 
Essa nova categoria é conhecida como investimento de 
impacto, e também pelas siglas em inglês ESG (ambiente, 
social e governança) ou SRI (investimento socialmente 
responsável). 
 
66 
 
 
Essencialmente, trata-se de investimentos – diretamente ou 
por meio de fundos de investimentos – em empresas e 
instituições que medem seu sucesso não só no balanço, mas 
também no impacto social de suas atividades-fim. 
 
Os investimentos em ESG representam 26% dos recursos 
sob gestão nos Estados Unidos, um aumento de 8 pontos 
percentuais em relação a 2016, de acordo com a organização 
Forum for Sustainable and Responsible Investment. 
 
Globalmente, estima-se que o mercado seja de US$ 500 
bilhões, um número que decuplicou nos últimos cinco anos, 
de acordo com a Global Impact Investing Network (Giin), 
rede que reúne gestores desse tipo de fundos de 
investimentos do mundo todo. 
 
Num relatório recente, o Bank of America incluiu o 
“capitalismo moral” como um dos dez principais temas do 
mundo dos investimentos na próxima década. E uma 
pesquisa recente do Morgan Stanley Institute for Sustainable 
Investing indicou que 85% dos investidores individuais 
americanos estão de olho na tendência. 
 
“Os esforços para coibir o aquecimento global exigirão 
mudanças comportamentais e sistêmicas, que oferecerão 
oportunidades substanciais para os investidores”, escreveu o 
autor principal do relatório do Bank of America, Haim 
Israel. 
 
O Bank of America estima que US$ 20 trilhões serão 
destinados a estratégias que lidem com desafios ambientais, 
sociais e de governança nas duas próximas décadas – 
especialmente quando se leva em conta a ascensão dos 
millennials e da geração Z como investidores. 
 
“Investimento de impacto não é algo necessariamente novo, 
mas é um estilo que vem crescendo tanto em tamanho 
quanto em evidência”, diz Patrick Scheurle, em entrevista ao 
InfoMoney. 
 
De fato, tentar aliar responsabilidade social e retorno 
financeiro é algo que se faz há muito tempo, como os fundos 
de investimentos que evitam ações de empresas de bebidas 
alcoólicas e de cigarros, por exemplo. Mas, hoje, a ideia é ir 
além desse tipo de triagem passiva, buscando ativamente 
companhias que tenham uma missão transformadora. 
 
A Royal Exchange, seguradora mais antiga da Nigéria, foi 
uma das companhias que receberam investimento do braço 
de private equity do BlueOrchard, que tem 3,5 bilhões de 
dólares em ativos e foi recentemente adquirido pela britânica 
Schroders. 
 
“Existe um mercado enorme no país para seguros 
relacionados ao clima. Mais de 40 milhões de nigerianos 
dependem da agricultura. Nosso investimento ajuda a Royal 
Exchange a aumentar seu portfólio de seguros relacionados 
ao clima e também aumentar a proteção contra eventos da 
mudança climática na Nigéria”, afirma Scheurle, 
representante do braço de private equity do BlueOrchard. 
 
Outro exemplo típico de um investimento de impacto é o 
aporte de US$ 1 milhão da The David and Lucile Packard 
Foundation na Ecotrust Forests, um fundo de equity que já 
investiu mais de US$ 30 milhões na exploração sustentável 
de áreas florestais privadas do noroeste dos Estados Unidos. 
 
A Ecotrusts Forest gera retornos com a venda de madeira e 
de créditos de carbono, sempre levando em conta a 
sustentabilidade do ecossistema local. 
 
A ONG americana As You Sow, que tem como missão 
defender os direitos de acionistas, avalia papéis e fundos de 
investimentos do ângulo do impacto social e ambiental. Um 
dos recortes oferecidos pela As You Sow é a igualdade de 
gênero. 
 
A ferramenta da As You Sow, desenvolvida em parceria 
com a holandesa Equileap, analisa 19 critérios para 
identificar as companhias que estejam “ajudando a construir 
um mundo mais igualitário e que ofereçam às mulheres as 
chances de obter sucesso profissional, sem sacrificar os 
retornos [financeiros].” 
 
MAS DÁ DINHEIRO? 
 
Por melhores que sejam as intenções, entretanto, obter 
medidas exatas do impacto real desses investimentos é uma 
tarefa muito complicada. 
 
O impacto de um sistema de microfinanciamento é muito 
diferente em Bangladesh e no Brasil. Como comparar o real 
efeito de uma startupque quer reduzir o uso de plásticos 
com medidas sustentáveis tomadas por uma companhia do 
tamanho de uma Unilever? 
 
Igualmente, do ponto de vista do retorno financeiro, é difícil 
afirmar categoricamente se o investimento de impacto é um 
bom negócio. Essa modalidade pode tomar várias formas 
(dos fundos de venture capital e private equity a ações 
individuais ou fundos mútuos), e as companhias têm os mais 
variados tamanhos e estágios de maturação. 
 
Tampouco existem definições precisas do que seja um 
investimento de impacto. Segundo uma reportagem recente 
do The Wall Street Journal, oito dos dez maiores fundos de 
investimentos sustentáveis dos Estados Unidos incluíam 
pelo menos uma ação de empresas do setor de petróleo ou 
gás natural. 
 
Existem alguns resultados positivos. O fundo Vanguard ETF 
ESG registrava alta de 27% no ano até meados de novembro 
de 2019, uma performance dois pontos percentuais acima do 
 
67 
 
desempenho de um fundo que acompanha o índice S&P 500. 
 
O fundo Impact Shares YWCA Women’s Empowerment, 
concentrado em empresas comprometidas com o 
empoderamento feminino e a igualdade de gêneros, 
registrava alta parecida, de 26% no ano. 
 
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/38ViEBJ. 
 
 
Com base no texto 'Pragmático ou idealista ao investir?', leia 
as afirmativas a seguir: 
 
I. De acordo com o texto, a Schroders, seguradora mais 
antiga da Nigéria, foi uma das companhias que receberam 
investimento do braço de private equity do BlueOrchard, 
que tem 3,5 bilhões de dólares em ativos e foi recentemente 
adquirido pela britânica Royal Exchange. Com esse 
investimento, espera-se que essa seguradora possa conceder 
crédito para os pequenos produtores rurais dos países 
africanos, assim como financiar a utilização de energia solar 
no campo. 
 
II. Segundo o autor, um exemplo típico de um investimento 
de impacto é o aporte de US$ 1 milhão da The David and 
Lucile Packard Foundation na Ecotrust Forests, um fundo de 
equity que já investiu mais de US$ 30 milhões na 
exploração sustentável de áreas florestais privadas do 
noroeste dos Estados Unidos. 
 
III. O autor afirma que os investimentos em ESG 
representam 26% dos recursos sob gestão nos Estados 
Unidos. Ele afirma, ainda, que globalmente, estima-se que o 
mercado seja de US$ 500 bilhões, um número que 
decuplicou nos últimos cinco anos, de acordo com a Global 
Impact Investing Network (Giin), rede que reúne gestores 
desse tipo de fundos do mundo todo. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 58 
Pragmático ou idealista ao investir? 
 
Por Sérgio Teixeira Jr. 
Publicado em 15 de dezembro de 2019 
 
Gestores de fundos de investimentos e investidores estão 
acostumados a analisar os números da bolsa de valores, da 
economia e das empresas antes de decidir onde aplicar o 
dinheiro, mas eles também prestam cada vez mais atenção a 
outros tipos de dados. 
 
A temperatura do planeta é um deles. Os índices de pobreza 
em países em desenvolvimento é outro, junto com acesso à 
água, qualidade do ensino, consumo responsável, igualdade 
de gênero… a lista é longa, e ela representa um dos 
segmentos que mais crescem no mundo dos investimentos 
hoje em dia. 
 
Essa nova categoria é conhecida como investimento de 
impacto, e também pelas siglas em inglês ESG (ambiente, 
social e governança) ou SRI (investimento socialmente 
responsável). 
 
Essencialmente, trata-se de investimentos – diretamente ou 
por meio de fundos de investimentos – em empresas e 
instituições que medem seu sucesso não só no balanço, mas 
também no impacto social de suas atividades-fim. 
 
Os investimentos em ESG representam 26% dos recursos 
sob gestão nos Estados Unidos, um aumento de 8 pontos 
percentuais em relação a 2016, de acordo com a organização 
Forum for Sustainable and Responsible Investment. 
 
Globalmente, estima-se que o mercado seja de US$ 500 
bilhões, um número que decuplicou nos últimos cinco anos, 
de acordo com a Global Impact Investing Network (Giin), 
rede que reúne gestores desse tipo de fundos de 
investimentos do mundo todo. 
 
Num relatório recente, o Bank of America incluiu o 
“capitalismo moral” como um dos dez principais temas do 
mundo dos investimentos na próxima década. E uma 
pesquisa recente do Morgan Stanley Institute for Sustainable 
Investing indicou que 85% dos investidores individuais 
americanos estão de olho na tendência. 
 
“Os esforços para coibir o aquecimento global exigirão 
mudanças comportamentais e sistêmicas, que oferecerão 
oportunidades substanciais para os investidores”, escreveu o 
autor principal do relatório do Bank of America, Haim 
Israel. 
 
O Bank of America estima que US$ 20 trilhões serão 
destinados a estratégias que lidem com desafios ambientais, 
sociais e de governança nas duas próximas décadas – 
especialmente quando se leva em conta a ascensão dos 
millennials e da geração Z como investidores. 
 
“Investimento de impacto não é algo necessariamente novo, 
mas é um estilo que vem crescendo tanto em tamanho 
quanto em evidência”, diz Patrick Scheurle, em entrevista ao 
InfoMoney. 
 
De fato, tentar aliar responsabilidade social e retorno 
financeiro é algo que se faz há muito tempo, como os fundos 
de investimentos que evitam ações de empresas de bebidas 
alcoólicas e de cigarros, por exemplo. Mas, hoje, a ideia é ir 
além desse tipo de triagem passiva, buscando ativamente 
 
68 
 
companhias que tenham uma missão transformadora. 
 
A Royal Exchange, seguradora mais antiga da Nigéria, foi 
uma das companhias que receberam investimento do braço 
de private equity do BlueOrchard, que tem 3,5 bilhões de 
dólares em ativos e foi recentemente adquirido pela britânica 
Schroders. 
 
“Existe um mercado enorme no país para seguros 
relacionados ao clima. Mais de 40 milhões de nigerianos 
dependem da agricultura. Nosso investimento ajuda a Royal 
Exchange a aumentar seu portfólio de seguros relacionados 
ao clima e também aumentar a proteção contra eventos da 
mudança climática na Nigéria”, afirma Scheurle, 
representante do braço de private equity do BlueOrchard. 
 
Outro exemplo típico de um investimento de impacto é o 
aporte de US$ 1 milhão da The David and Lucile Packard 
Foundation na Ecotrust Forests, um fundo de equity que já 
investiu mais de US$ 30 milhões na exploração sustentável 
de áreas florestais privadas do noroeste dos Estados Unidos. 
 
A Ecotrusts Forest gera retornos com a venda de madeira e 
de créditos de carbono, sempre levando em conta a 
sustentabilidade do ecossistema local. 
 
A ONG americana As You Sow, que tem como missão 
defender os direitos de acionistas, avalia papéis e fundos de 
investimentos do ângulo do impacto social e ambiental. Um 
dos recortes oferecidos pela As You Sow é a igualdade de 
gênero. 
 
A ferramenta da As You Sow, desenvolvida em parceria 
com a holandesa Equileap, analisa 19 critérios para 
identificar as companhias que estejam “ajudando a construir 
um mundo mais igualitário e que ofereçam às mulheres as 
chances de obter sucesso profissional, sem sacrificar os 
retornos [financeiros].” 
 
MAS DÁ DINHEIRO? 
 
Por melhores que sejam as intenções, entretanto, obter 
medidas exatas do impacto real desses investimentos é uma 
tarefa muito complicada. 
 
O impacto de um sistema de microfinanciamento é muito 
diferente em Bangladesh e no Brasil. Como comparar o real 
efeito de uma startup que quer reduzir o uso de plásticos 
com medidas sustentáveis tomadas por uma companhia do 
tamanho de uma Unilever? 
 
Igualmente, do ponto de vista do retorno financeiro, é difícil 
afirmar categoricamente se o investimento de impacto é um 
bom negócio. Essa modalidade pode tomar várias formas 
(dos fundosde venture capital e private equity a ações 
individuais ou fundos mútuos), e as companhias têm os mais 
variados tamanhos e estágios de maturação. 
 
Tampouco existem definições precisas do que seja um 
investimento de impacto. Segundo uma reportagem recente 
do The Wall Street Journal, oito dos dez maiores fundos de 
investimentos sustentáveis dos Estados Unidos incluíam 
pelo menos uma ação de empresas do setor de petróleo ou 
gás natural. 
 
Existem alguns resultados positivos. O fundo Vanguard ETF 
ESG registrava alta de 27% no ano até meados de novembro 
de 2019, uma performance dois pontos percentuais acima do 
desempenho de um fundo que acompanha o índice S&P 500. 
 
O fundo Impact Shares YWCA Women’s Empowerment, 
concentrado em empresas comprometidas com o 
empoderamento feminino e a igualdade de gêneros, 
registrava alta parecida, de 26% no ano. 
 
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/38ViEBJ. 
 
Com base no texto 'Pragmático ou idealista ao investir?', leia 
as afirmativas a seguir: 
 
I. O autor do texto afirma que, num relatório recente, o Bank 
of America incluiu o capitalismo moral como um dos dez 
principais temas do mundo dos investimentos na próxima 
década. O autor informa, ainda, que uma pesquisa recente do 
Morgan Stanley Institute for Sustainable Investing indicou 
que 85% dos investidores 
individuais americanos estão de olho na tendência. 
 
II. Conclui-se do texto que a As You Sow desenvolveu em 
parceria com a Equileap uma ferramenta que analisa 19 
critérios para identificar as companhias que estejam 
ajudando a construir um mundo mais igualitário e que 
ofereçam às mulheres as chances de obter sucesso 
profissional, sem sacrificar os retornos financeiros. 
 
III. Segundo o texto, não existem definições precisas do que 
seja um investimento de impacto. O autor afirma, no texto, 
que segundo uma reportagem recente do The Wall Street 
Journal, oito dos dez maiores fundos sustentáveis dos 
Estados Unidos incluíam pelo menos uma ação de empresas 
do setor de petróleo ou gás natural. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas 
 
Questão 59 
Pragmático ou idealista ao investir? 
 
Por Sérgio Teixeira Jr. 
Publicado em 15 de dezembro de 2019 
 
69 
 
 
Gestores de fundos de investimentos e investidores estão 
acostumados a analisar os números da bolsa de valores, da 
economia e das empresas antes de decidir onde aplicar o 
dinheiro, mas eles também prestam cada vez mais atenção a 
outros tipos de dados. 
 
A temperatura do planeta é um deles. Os índices de pobreza 
em países em desenvolvimento é outro, junto com acesso à 
água, qualidade do ensino, consumo responsável, igualdade 
de gênero… a lista é longa, e ela representa um dos 
segmentos que mais crescem no mundo dos investimentos 
hoje em dia. 
 
Essa nova categoria é conhecida como investimento de 
impacto, e também pelas siglas em inglês ESG (ambiente, 
social e governança) ou SRI (investimento socialmente 
responsável). 
 
Essencialmente, trata-se de investimentos – diretamente ou 
por meio de fundos de investimentos – em empresas e 
instituições que medem seu sucesso não só no balanço, mas 
também no impacto social de suas atividades-fim. 
 
Os investimentos em ESG representam 26% dos recursos 
sob gestão nos Estados Unidos, um aumento de 8 pontos 
percentuais em relação a 2016, de acordo com a organização 
Forum for Sustainable and Responsible Investment. 
 
Globalmente, estima-se que o mercado seja de US$ 500 
bilhões, um número que decuplicou nos últimos cinco anos, 
de acordo com a Global Impact Investing Network (Giin), 
rede que reúne gestores desse tipo de fundos de 
investimentos do mundo todo. 
 
Num relatório recente, o Bank of America incluiu o 
“capitalismo moral” como um dos dez principais temas do 
mundo dos investimentos na próxima década. E uma 
pesquisa recente do Morgan Stanley Institute for Sustainable 
Investing indicou que 85% dos investidores individuais 
americanos estão de olho na tendência. 
 
“Os esforços para coibir o aquecimento global exigirão 
mudanças comportamentais e sistêmicas, que oferecerão 
oportunidades substanciais para os investidores”, escreveu o 
autor principal do relatório do Bank of America, Haim 
Israel. 
 
O Bank of America estima que US$ 20 trilhões serão 
destinados a estratégias que lidem com desafios ambientais, 
sociais e de governança nas duas próximas décadas – 
especialmente quando se leva em conta a ascensão dos 
millennials e da geração Z como investidores. 
 
“Investimento de impacto não é algo necessariamente novo, 
mas é um estilo que vem crescendo tanto em tamanho 
quanto em evidência”, diz Patrick Scheurle, em entrevista ao 
InfoMoney. 
 
De fato, tentar aliar responsabilidade social e retorno 
financeiro é algo que se faz há muito tempo, como os fundos 
de investimentos que evitam ações de empresas de bebidas 
alcoólicas e de cigarros, por exemplo. Mas, hoje, a ideia é ir 
além desse tipo de triagem passiva, buscando ativamente 
companhias que tenham uma missão transformadora. 
 
A Royal Exchange, seguradora mais antiga da Nigéria, foi 
uma das companhias que receberam investimento do braço 
de private equity do BlueOrchard, que tem 3,5 bilhões de 
dólares em ativos e foi recentemente adquirido pela britânica 
Schroders. 
 
“Existe um mercado enorme no país para seguros 
relacionados ao clima. Mais de 40 milhões de nigerianos 
dependem da agricultura. Nosso investimento ajuda a Royal 
Exchange a aumentar seu portfólio de seguros relacionados 
ao clima e também aumentar a proteção contra eventos da 
mudança climática na Nigéria”, afirma Scheurle, 
representante do braço de private equity do BlueOrchard. 
 
Outro exemplo típico de um investimento de impacto é o 
aporte de US$ 1 milhão da The David and Lucile Packard 
Foundation na Ecotrust Forests, um fundo de equity que já 
investiu mais de US$ 30 milhões na exploração sustentável 
de áreas florestais privadas do noroeste dos Estados Unidos. 
 
A Ecotrusts Forest gera retornos com a venda de madeira e 
de créditos de carbono, sempre levando em conta a 
sustentabilidade do ecossistema local. 
 
A ONG americana As You Sow, que tem como missão 
defender os direitos de acionistas, avalia papéis e fundos de 
investimentos do ângulo do impacto social e ambiental. Um 
dos recortes oferecidos pela As You Sow é a igualdade de 
gênero. 
 
A ferramenta da As You Sow, desenvolvida em parceria 
com a holandesa Equileap, analisa 19 critérios para 
identificar as companhias que estejam “ajudando a construir 
um mundo mais igualitário e que ofereçam às mulheres as 
chances de obter sucesso profissional, sem sacrificar os 
retornos [financeiros].” 
 
MAS DÁ DINHEIRO? 
 
Por melhores que sejam as intenções, entretanto, obter 
medidas exatas do impacto real desses investimentos é uma 
tarefa muito complicada. 
 
O impacto de um sistema de microfinanciamento é muito 
diferente em Bangladesh e no Brasil. Como comparar o real 
efeito de uma startup que quer reduzir o uso de plásticos 
com medidas sustentáveis tomadas por uma companhia do 
tamanho de uma Unilever? 
 
70 
 
 
Igualmente, do ponto de vista do retorno financeiro, é difícil 
afirmar categoricamente se o investimento de impacto é um 
bom negócio. Essa modalidade pode tomar várias formas 
(dos fundos de venture capital e private equity a ações 
individuais ou fundos mútuos), e as companhias têm os mais 
variados tamanhos e estágios de maturação. 
 
Tampouco existem definições precisas do que seja um 
investimento de impacto. Segundo uma reportagem recente 
do The Wall Street Journal, oito dos dez maiores fundos de 
investimentos sustentáveis dos Estados Unidos incluíam 
pelo menos uma ação de empresas do setor de petróleo ougás natural. 
 
Existem alguns resultados positivos. O fundo Vanguard ETF 
ESG registrava alta de 27% no ano até meados de novembro 
de 2019, uma performance dois pontos percentuais acima do 
desempenho de um fundo que acompanha o índice S&P 500. 
 
O fundo Impact Shares YWCA Women’s Empowerment, 
concentrado em empresas comprometidas com o 
empoderamento feminino e a igualdade de gêneros, 
registrava alta parecida, de 26% no ano. 
 
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/38ViEBJ. 
 
 
Com base no texto 'Pragmático ou idealista ao investir?', leia 
as afirmativas a seguir: 
 
I. No texto, o autor afirma que gestores de fundos de 
investimentos e investidores estão acostumados a analisar os 
números da bolsa de valores, da economia e das empresas 
antes de decidir onde aplicar o dinheiro. No entanto, alega o 
autor, todas essas informações são ignoradas quando se 
decide investir nas ações de uma empresa ambientalmente 
sustentável, pois o interesse do investidor não é obter lucro, 
mas apoiar a preservação da natureza. 
 
II. O texto informa que o impacto de um sistema de 
microfinanciamento em Bangladesh é análogo a que se pode 
encontrar no Brasil, em todos os aspectos. Em ambos os 
países, defende o autor, esse sistema tem ajudado empresas 
de todos os tamanhos a conquistar mais clientes e 
desenvolver produtos com menores taxas de falha. Assim, 
afirma o texto, o microfinanciamento pode ser a solução 
definitiva para ampliar a competitividade dos produtores 
rurais dos países pobres. 
 
III. Depreende-se do texto que a temperatura do planeta, os 
índices de pobreza em países em desenvolvimento, o acesso 
à água, a qualidade do ensino, o consumo responsável, a 
igualdade de gênero são exemplos de dados aos quais os 
gestores de fundos e investidores prestam cada vez mais 
atenção. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 60 
EFICIÊNCIA E ÉTICA 
 
A eficiência é uma característica que faz com que o agente 
público consiga atingir resultados positivos, garantindo à 
sociedade uma real efetivação dos propósitos necessários, 
como, por exemplo, saúde, qualidade de vida, educação etc. 
 
O termo eficiência significa que as ações dos agentes 
públicos devem ser realizadas da melhor forma possível, 
visando à economia de recursos, à destinação correta de 
materiais e serviços etc. O termo eficácia, por sua vez, 
significa que determinada ação atingiu os objetivos 
propostos. 
 
O agente público deve pensar também na efetividade dos 
serviços oferecidos, pois, além de destinar recursos para 
determinados objetivos, é necessário acompanhar a 
continuidade das ações. Assim, a efetividade significa que as 
ações e os serviços estão em pleno funcionamento e que os 
recursos destinados estão de acordo com o serviço proposto. 
 
Os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade são 
relevantes para garantir a qualidade do serviço público. Eles 
permitem ao servidor compreender que o cidadão tem 
direito a ter acesso aos mais elevados níveis de serviços 
públicos. 
 
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2ZkKT8L. 
 
Com base no texto 'EFICIÊNCIA E ÉTICA', leia as 
afirmativas a 
seguir: 
 
I. De acordo com o texto, os conceitos de eficiência, eficácia 
e efetividade são relevantes para garantir a qualidade do 
serviço público. O texto afirma, ainda, que eles permitem ao 
servidor compreender que o cidadão tem direito a ter acesso 
aos mais elevados níveis de serviços públicos. 
 
II. De acordo com o texto, a eficiência é uma característica 
que faz com que o agente público consiga atingir resultados 
positivos no seu trabalho, ao mesmo texto que eleva os 
custos e reduz a qualidade dos serviços públicos de saúde e 
de educação. 
 
III. De acordo com o texto, o agente público deve pensar na 
efetividade dos serviços oferecidos, pois, além de destinar 
recursos para determinados objetivos, é necessário 
acompanhar a continuidade das ações. 
 
71 
 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 61 
EFICIÊNCIA E ÉTICA 
 
A eficiência é uma característica que faz com que o agente 
público consiga atingir resultados positivos, garantindo à 
sociedade uma real efetivação dos propósitos necessários, 
como, por exemplo, saúde, qualidade de vida, educação etc. 
 
O termo eficiência significa que as ações dos agentes 
públicos devem ser realizadas da melhor forma possível, 
visando à economia de recursos, à destinação correta de 
materiais e serviços etc. O termo eficácia, por sua vez, 
significa que determinada ação atingiu os objetivos 
propostos. 
 
O agente público deve pensar também na efetividade dos 
serviços oferecidos, pois, além de destinar recursos para 
determinados objetivos, é necessário acompanhar a 
continuidade das ações. Assim, a efetividade significa que as 
ações e os serviços estão em pleno funcionamento e que os 
recursos destinados estão de acordo com o serviço proposto. 
 
Os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade são 
relevantes para garantir a qualidade do serviço público. Eles 
permitem ao servidor compreender que o cidadão tem 
direito a ter acesso aos mais elevados níveis de serviços 
públicos. 
 
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2ZkKT8L. 
 
Com base no texto 'EFICIÊNCIA E ÉTICA', leia as 
afirmativas a seguir: 
 
I. De acordo com o texto, a efetividade significa que as 
ações e os serviços estão em pleno funcionamento e que os 
recursos destinados estão de acordo com o serviço proposto. 
 
II. De acordo com o texto, o termo eficiência significa que 
as ações dos agentes públicos devem ser realizadas da 
melhor forma possível, visando à elevação dos gastos e à 
destinação indevida de materiais e serviços. 
 
III. De acordo com o texto, o termo eficácia significa que 
determinada ação atingiu os objetivos propostos. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 62 
INTEGRIDADE E ÉTICA 
 
Diversos servidores públicos deparam-se, cotidianamente, 
com situações nas quais é necessário tomar uma decisão 
difícil. Essas situações (chamaremos de “situações 
sensíveis”) exigem do servidor não apenas um profundo 
conhecimento sobre a ética profissional, mas também sobre 
os aspectos técnicos do seu trabalho e os objetivos da 
organização. 
 
Treinamentos que aliam elementos teóricos com questões 
práticas do dia a dia do órgão ou entidade são necessários 
para orientar os servidores sobre qual caminho seguir diante 
de situações sensíveis. Um dos métodos mais eficazes para 
abordar questões do dia a dia é a resolução de dilemas, que 
são situações que testam os limites dos valores e normas, 
exigindo que se faça uma escolha entre diversas alternativas 
válidas. O objetivo desse tipo de treinamento é demonstrar 
que situações conflitantes são inevitáveis em qualquer tipo 
de trabalho, e que existem maneiras de se aprender a lidar 
com elas sem infringir os padrões éticos. O debate franco 
sobre tais questões aumenta as chances de que os servidores, 
ao se depararem com situações e problemas semelhantes no 
futuro, tomem melhores decisões. 
 
Com base no mapeamento de riscos, devem-se oferecer 
treinamentos específicos, direcionados especialmente para 
agentes públicos que atuam diretamente em atividades 
sensíveis. 
 
Deve-se definir a periodicidade adequada para os 
treinamentos gerais e específicos sobre ética e integridade, 
fazendo com que sejam obrigatórios os treinamentos gerais 
para os servidores públicos que ingressemno órgão, em 
virtude de concurso público ou de nomeação para cargo ou 
função de confiança, e para os prestadores de serviço 
terceirizado que iniciem suas atividades. 
 
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2SrNzzQ. 
 
Com base no texto 'INTEGRIDADE E ÉTICA', leia as 
afirmativas a seguir: 
 
I. De acordo com o texto, deve-se definir a periodicidade 
adequada para os treinamentos gerais e específicos sobre 
ética e integridade, fazendo com que sejam obrigatórios os 
treinamentos gerais para os servidores públicos que 
ingressem no órgão, em virtude de concurso público ou de 
nomeação para cargo ou função de confiança, e para os 
prestadores de serviço terceirizado que iniciem suas 
atividades. 
 
II. De acordo com o texto, um dos métodos mais eficazes 
 
72 
 
para abordar questões sensíveis do dia a dia é a resolução de 
dilemas, que são situações que testam os limites dos valores 
e normas, exigindo que se faça uma escolha entre duas 
alternativas igualmente válidas. Ainda com base no texto, 
todos os servidores públicos conhecem todas as normas 
éticas e, assim, sempre conseguem resolver dilemas com 
facilidade. 
 
III. De acordo com o texto, com base no mapeamento de 
riscos, devem-se oferecer treinamentos específicos, 
direcionados especialmente para agentes públicos que atuam 
diretamente em atividades sensíveis. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 63 
INTEGRIDADE E ÉTICA 
 
Diversos servidores públicos deparam-se, cotidianamente, 
com situações nas quais é necessário tomar uma decisão 
difícil. Essas situações (chamaremos de “situações 
sensíveis”) exigem do servidor não apenas um profundo 
conhecimento sobre a ética profissional, mas também sobre 
os aspectos técnicos do seu trabalho e os objetivos da 
organização. 
 
Treinamentos que aliam elementos teóricos com questões 
práticas do dia a dia do órgão ou entidade são necessários 
para orientar os servidores sobre qual caminho seguir diante 
de situações sensíveis. Um dos métodos mais eficazes para 
abordar questões do dia a dia é a resolução de dilemas, que 
são situações que testam os limites dos valores e normas, 
exigindo que se faça uma escolha entre diversas alternativas 
válidas. O objetivo desse tipo de treinamento é demonstrar 
que situações conflitantes são inevitáveis em qualquer tipo 
de trabalho, e que existem maneiras de se aprender a lidar 
com elas sem infringir os padrões éticos. O debate franco 
sobre tais questões aumenta as chances de que os servidores, 
ao se depararem com situações e problemas semelhantes no 
futuro, tomem melhores decisões. 
 
Com base no mapeamento de riscos, devem-se oferecer 
treinamentos específicos, direcionados especialmente para 
agentes públicos que atuam diretamente em atividades 
sensíveis. 
 
Deve-se definir a periodicidade adequada para os 
treinamentos gerais e específicos sobre ética e integridade, 
fazendo com que sejam obrigatórios os treinamentos gerais 
para os servidores públicos que ingressem no órgão, em 
virtude de concurso público ou de nomeação para cargo ou 
função de confiança, e para os prestadores de serviço 
terceirizado que iniciem suas atividades. 
 
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2SrNzzQ. 
 
 
Com base no texto 'INTEGRIDADE E ÉTICA', leia as 
afirmativas a seguir: 
 
I. De acordo com o texto, a realização de treinamentos que 
aliam elementos teóricos com questões práticas do dia a dia 
do órgão ou entidade são necessários para orientar os 
servidores sobre qual caminho seguir diante de situações 
sensíveis. Esses treinamentos, defende o texto, devem ser 
realizados prioritariamente entre os servidores que lidam 
com fornecedores e com os contratos da organização. 
 
II. De acordo com o texto, o objetivo dos treinamentos que 
aliam elementos teóricos com questões práticas é 
demonstrar que situações conflitantes são inevitáveis em 
qualquer tipo de trabalho, e que existem maneiras de se 
aprender a lidar com elas sem infringir os padrões éticos. O 
texto afirma, ainda, que o debate franco sobre tais questões 
aumenta as chances de que os servidores, ao se depararem 
com situações e problemas semelhantes no futuro, tomem 
melhores decisões. 
 
III. De acordo com o texto, diversos servidores públicos 
deparam-se, cotidianamente, com situações nas quais é 
necessário tomar uma decisão difícil. Essas situações 
sensíveis exigem do servidor um profundo conhecimento 
sobre a ética profissional, apenas, não estando relacionadas 
com os aspectos técnicos do seu trabalho ou com os 
objetivos da organização, afirma o texto. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 64 
Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador 
Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então 
deputado constituinte Florestan Fernandes. 
 
Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na 
eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara 
dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado 
Federal). 
 
“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte! 
No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da 
República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar 
alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”. 
Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos 
da Praça dos Três Poderes. 
 
73 
 
 
O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos 
pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o 
Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos 
políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada 
parlamentar. 
 
Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das 
sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção 
nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da 
grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível. 
Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição 
do cientista social que era, cumprindo sua função 
parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir 
o mestre. 
 
Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava 
todos os dias no restaurante dos funcionários. Não 
costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares. 
 
Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia, 
em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi 
e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele, 
preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que 
estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital 
acompanhar o pai. 
 
Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa 
fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C, 
doença que havia se agravado e lhe causava crises muito 
fortes. 
 
Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não 
procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou 
outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores 
condições. Ele respondeu que era servidor público e que 
aquele era o hospital que teria que cuidar dele. 
 
Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de 
procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele 
disse que estava na fila porque tinha fila e que todas as 
pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com 
algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser 
atendido na frente de ninguém. 
 
Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao 
plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que 
o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca 
e fosse medicado. Na parede onde a maca estava encostada 
havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia, 
olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte 
de jornalamarelado pelo tempo. 
 
Apontou o dedo e disse ao filho: 
 
– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S. 
Paulo. 
 
Nesse eu defendo a saúde pública. 
 
Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez 
mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele 
decidiram fazer transplante do fígado. 
 
Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na 
USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da 
República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a 
cirurgia. 
 
Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a 
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland, 
nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a 
Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas 
prerrogativas. 
 
Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e 
disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se 
ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação 
mais grave do que a dele. 
 
Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no 
hospital por complicações pós-operatórias provocadas por 
erro humano. 
 
Nesse momento de indigência moral e de decadência 
institucional do país, em que autoridades como magistrados, 
procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da 
República, posam com exuberantes imposturas, usam e 
abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar 
proveitos próprios, lembrar de homens públicos e 
intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan 
Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar 
o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de 
Estado. 
 
(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018. 
Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU) 
 
Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICA NA CORTE', leia 
as afirmativas a seguir: 
 
I. O principal preceito evidenciado no texto é o de que 
nenhum cidadão deve usar e abusar dos cargos e funções 
públicas que ocupa para tirar proveitos próprios. 
 
II. Apesar de ter alta comenda do país, a Ordem de Rio 
Branco, que lhe facultava certas prerrogativas, o professor e 
deputado recusou a oferta de traslado e realização do 
transplante de fígado no melhor hospital de Cleveland, nos 
Estados Unidos. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
 
74 
 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 65 
Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador 
Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então 
deputado constituinte Florestan Fernandes. 
 
Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na 
eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara 
dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado 
Federal). 
 
“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte! 
No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da 
República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar 
alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”. 
Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos 
da Praça dos Três Poderes. 
 
O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos 
pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o 
Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos 
políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada 
parlamentar. 
 
Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das 
sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção 
nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da 
grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível. 
Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição 
do cientista social que era, cumprindo sua função 
parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir 
o mestre. 
 
Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava 
todos os dias no restaurante dos funcionários. Não 
costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares. 
 
Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia, 
em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi 
e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele, 
preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que 
estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital 
acompanhar o pai. 
 
Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa 
fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C, 
doença que havia se agravado e lhe causava crises muito 
fortes. 
 
Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não 
procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou 
outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores 
condições. Ele respondeu que era servidor público e que 
aquele era o hospital que teria que cuidar dele. 
 
Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de 
procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele 
disse que estava na fila porque tinha fila e que todas as 
pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com 
algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser 
atendido na frente de ninguém. 
 
Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao 
plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que 
o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca 
e fosse medicado. Na parede onde a maca estava encostada 
havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia, 
olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte 
de jornal amarelado pelo tempo. 
 
Apontou o dedo e disse ao filho: 
 
– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S. 
Paulo. 
 
Nesse eu defendo a saúde pública. 
 
Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez 
mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele 
decidiram fazer transplante do fígado. 
 
Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na 
USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da 
República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a 
cirurgia. 
 
Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a 
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland, 
nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a 
Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas 
prerrogativas. 
 
Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e 
disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se 
ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação 
mais grave do que a dele. 
 
Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no 
hospital por complicações pós-operatórias provocadas por 
erro humano. 
 
Nesse momento de indigência moral e de decadência 
institucional do país, em que autoridades como magistrados, 
procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da 
República, posam com exuberantes imposturas, usam e 
abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar 
proveitos próprios, lembrar de homens públicos e 
intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan 
Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar 
o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de 
Estado. 
 
75 
 
 
(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018. 
Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU) 
 
Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICA NA CORTE', leia 
as afirmativas a seguir: 
 
I. A fala de Florestan ao filho, em um hospital, reforça o 
ponto de vista apresentado no último parágrafo do texto de 
que o professor se utilizou da máquina pública em seu 
próprio benefício. 
 
II. A ideia central do texto está presente no fragmento “Ao 
mesmo tempo era um homem despojado, almoçava todos os 
dias no restaurante dos funcionários”. Ou seja, para o 
professor Florestan, estar entre o povo é uma maneira de 
agir eticamente, considerando o cargo que ocupava. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas.Questão 66 
Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador 
Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então 
deputado constituinte Florestan Fernandes. 
 
Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na 
eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara 
dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado 
Federal). 
 
“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte! 
No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da 
República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar 
alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”. 
Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos 
da Praça dos Três Poderes. 
 
O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos 
pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o 
Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos 
políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada 
parlamentar. 
 
Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das 
sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção 
nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da 
grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível. 
Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição 
do cientista social que era, cumprindo sua função 
parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir 
o mestre. 
 
Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava 
todos os dias no restaurante dos funcionários. Não 
costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares. 
 
Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia, 
em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi 
e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele, 
preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que 
estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital 
acompanhar o pai. 
 
Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa 
fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C, 
doença que havia se agravado e lhe causava crises muito 
fortes. 
 
Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não 
procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou 
outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores 
condições. Ele respondeu que era servidor público e que 
aquele era o hospital que teria que cuidar dele. 
 
Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de 
procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele 
disse que estava na fila porque tinha fila e que todas as 
pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com 
algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser 
atendido na frente de ninguém. 
 
Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao 
plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que 
o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca 
e fosse medicado. Na parede onde a maca estava encostada 
havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia, 
olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte 
de jornal amarelado pelo tempo. 
 
Apontou o dedo e disse ao filho: 
 
– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S. 
Paulo. 
 
Nesse eu defendo a saúde pública. 
 
Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez 
mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele 
decidiram fazer transplante do fígado. 
 
Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na 
USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da 
República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a 
cirurgia. 
 
Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a 
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland, 
nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a 
Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas 
 
76 
 
prerrogativas. 
 
Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e 
disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se 
ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação 
mais grave do que a dele. 
 
Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no 
hospital por complicações pós-operatórias provocadas por 
erro humano. 
 
Nesse momento de indigência moral e de decadência 
institucional do país, em que autoridades como magistrados, 
procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da 
República, posam com exuberantes imposturas, usam e 
abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar 
proveitos próprios, lembrar de homens públicos e 
intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan 
Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar 
o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de 
Estado. 
 
(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018. 
Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU) 
 
Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICA NA CORTE', leia 
as afirmativas a seguir: 
 
I. Para justificar o cuidado que tinha o professor e deputado 
Florestan Fernandes, com sua própria conduta, o autor 
utiliza exemplos como “cumpria rigorosamente os horários 
das sessões” e “Ele respondeu que era servidor público e que 
aquele era o hospital que teria que cuidar dele” (referindo-se 
ao hospital público). 
 
II. Pode-se inferir que a ética está ligada, no texto, não 
somente às atitudes de Florestan Fernandes e de Darcy 
Ribeiro, mas, outrossim, às diversas instâncias do poder 
público do Brasil atual. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 67 
Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador 
Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então 
deputado constituinte Florestan Fernandes. 
 
Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na 
eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara 
dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado 
Federal). 
 
“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte! 
No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da 
República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar 
alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”. 
Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos 
da Praça dos Três Poderes. 
 
O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos 
pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o 
Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos 
políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada 
parlamentar. 
 
Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das 
sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção 
nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da 
grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível. 
Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição 
do cientista social que era, cumprindo sua função 
parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir 
o mestre. 
 
Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava 
todos os dias no restaurante dos funcionários. Não 
costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares. 
 
Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia, 
em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi 
e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele, 
preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que 
estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital 
acompanhar o pai. 
 
Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa 
fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C, 
doença que havia se agravado e lhe causava crises muito 
fortes. 
 
Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não 
procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou 
outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores 
condições. Ele respondeu que era servidor público e que 
aquele era o hospital que teria que cuidar dele. 
 
Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de 
procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele 
disse queestava na fila porque tinha fila e que todas as 
pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com 
algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser 
atendido na frente de ninguém. 
 
Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao 
plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que 
o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca 
e fosse medicado. Na parede onde a maca estava encostada 
havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia, 
olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte 
 
77 
 
de jornal amarelado pelo tempo. 
 
Apontou o dedo e disse ao filho: 
 
– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S. 
Paulo. 
 
Nesse eu defendo a saúde pública. 
 
Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez 
mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele 
decidiram fazer transplante do fígado. 
 
Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na 
USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da 
República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a 
cirurgia. 
 
Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a 
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland, 
nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a 
Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas 
prerrogativas. 
 
Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e 
disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se 
ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação 
mais grave do que a dele. 
 
Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no 
hospital por complicações pós-operatórias provocadas por 
erro humano. 
 
Nesse momento de indigência moral e de decadência 
institucional do país, em que autoridades como magistrados, 
procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da 
República, posam com exuberantes imposturas, usam e 
abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar 
proveitos próprios, lembrar de homens públicos e 
intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan 
Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar 
o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de 
Estado. 
 
(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018. 
Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU) 
 
Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICA NA CORTE', leia 
as afirmativas a seguir: 
 
I. A ironia contida no título do texto e presente nas atitudes 
do professor Florestan corresponde também à atitude do 
expresidente, elucidada no trecho “Imediatamente [Fernando 
Henrique Cardoso] ligou para ele, ofereceu traslado e a 
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland, 
nos Estados Unidos”. 
 
II. O texto tem como objetivo mostrar que, no Brasil, 
existem/existiram homens públicos e intelectuais de 
grandeza ética como o professor Florestan Fernandes e o 
professor Darcy Ribeiro. Estes são exemplos a serem 
seguidos, pois se destacaram no campo da saúde pública. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 68 
Certa vez presenciei uma divertida conversa entre o senador 
Darcy Ribeiro, recém-chegado ao Senado, e o então 
deputado constituinte Florestan Fernandes. 
 
Darcy dizia em tom de brincadeira a Florestan que na 
eleição seguinte ele devia deixar a câmara baixa (Câmara 
dos Deputados) e se candidatar à câmara alta (Senado 
Federal). 
 
“Venha pra cá, Florestan! Isso aqui é um pedaço da corte! 
No Brasil, o lugar mais próximo do céu é o Senado da 
República. Aqui a gente tem tudo que quer. Basta desejar 
alguma coisa que aparece um funcionário para lhe servir”. 
Os dois estavam impressionados com os ares monárquicos 
da Praça dos Três Poderes. 
 
O professor Florestan dizia que, apesar de tudo, um dos 
pontos mais interessantes para se observar o Brasil era o 
Congresso Nacional e que no Plenário chegavam fragmentos 
políticos, sociais e culturais do país trazidos por cada 
parlamentar. 
 
Disciplinado, cumpria rigorosamente os horários das 
sessões. Sentava-se na mesma cadeira e prestava atenção 
nos discursos de cada um com o devido respeito, apesar da 
grande maioria das intervenções serem de baixíssimo nível. 
Às vezes pedia aparte e debatia os assuntos com a erudição 
do cientista social que era, cumprindo sua função 
parlamentar. O burburinho do Plenário abrandava para ouvir 
o mestre. 
 
Ao mesmo tempo era um homem despojado, almoçava 
todos os dias no restaurante dos funcionários. Não 
costumava ir ao mais frequentado pelos parlamentares. 
 
Ele era tão cuidadoso com a própria conduta que certo dia, 
em São Paulo, passou mal em casa à noite, chamou um táxi 
e foi para o hospital do servidor. Dona Myriam, mulher dele, 
preocupada, ligou para Florestan Fernandes Júnior, que 
estava na TV e pediu para que ele fosse ao hospital 
acompanhar o pai. 
 
Quando o filho chegou, o professor Florestan estava numa 
 
78 
 
fila enorme para ser atendido. Ele sofria de hepatite C, 
doença que havia se agravado e lhe causava crises muito 
fortes. 
 
Florestan Júnior perguntou por que ele, como deputado, não 
procurou o hospital Albert Einstein, o Sírio Libanês, ou 
outro que pudesse atendê-lo com rapidez e em melhores 
condições. Ele respondeu que era servidor público e que 
aquele era o hospital que teria que cuidar dele. 
 
Perguntou também por que ele estava na fila, em vez de 
procurar diretamente o atendimento de emergência. Ele 
disse que estava na fila porque tinha fila e que todas as 
pessoas estavam ali em situação semelhante à dele, com 
algum problema de saúde, e que ele não tinha direito de ser 
atendido na frente de ninguém. 
 
Percebendo a gravidade da situação, o filho foi ao 
plantonista. O professor Florestan só saiu da fila depois que 
o médico insistiu para que ele entrasse, deitasse numa maca 
e fosse medicado. Na parede onde a maca estava encostada 
havia um quadro de avisos. Enquanto tomava soro na veia, 
olhando ao redor, viu afixado no canto do quadro um recorte 
de jornal amarelado pelo tempo. 
 
Apontou o dedo e disse ao filho: 
 
– Olha, é um artigo meu, publicado no jornal Folha de S. 
Paulo. 
 
Nesse eu defendo a saúde pública. 
 
Como nos meses seguintes as crises tornaram-se cada vez 
mais fortes e frequentes, os médicos que cuidavam dele 
decidiram fazer transplante do fígado. 
 
Na época, Fernando Henrique Cardoso, seu ex-aluno na 
USP e amigo pessoal de muitos anos, era presidente da 
República e ficou sabendo que o professor Florestan faria a 
cirurgia. 
 
Imediatamente ligou para ele, ofereceu traslado e a 
realização do transplante no melhor hospital de Cleveland, 
nos Estados Unidos. Florestan tinha alta comenda do país, a 
Ordem de Rio Branco, que lhe facultava certas 
prerrogativas. 
 
Florestan agradeceu a gentileza de Fernando Henrique e 
disse que não poderia aceitar o privilégio. Que aceitaria se 
ele fizesse o mesmo com todos os brasileiros em situação 
mais grave do que a dele. 
 
Em seguida ele fez o transplante em São Paulo e morreu no 
hospital por complicações pós-operatórias provocadas por 
erro humano. 
 
Nesse momento de indigência moral e de decadência 
institucional do país, em que autoridades como magistrados, 
procuradores, parlamentares, ministros, o presidente da 
República, posam com exuberantes imposturas, usam e 
abusam dos cargos e funções públicas que ocupam para tirar 
proveitos próprios, lembrar de homens públicos e 
intelectuais de grandeza ética como o professor Florestan 
Fernandes e o professor Darcy Ribeiro talvez ajude a arejar 
o ambiente degradado da sociedade brasileira pelo golpe de 
Estado. 
 
(CERQUEIRA, Laurez. Lufada de ética na corte. 2018. 
Disponível em: http://bit.ly/32n1YiU) 
 
Com base no texto 'LUFADA DE ÉTICANA CORTE', leia 
as afirmativas a seguir: 
 
I. A resposta de Florestan Fernandes à gentileza do 
presidente, na ocasião do transplante de fígado, foi a de que 
aceitaria ir ao hospital de Cleveland, nos Estados Unidos, se 
Fernando Henrique fizesse o mesmo com todos os 
brasileiros em situação mais grave do que a do enfermo. 
 
II. O texto é do ano de 2018 e o autor se posiciona 
criticamente acerca do comportamento de algumas 
autoridades do país, o que faz o leitor conjecturar um viés 
ideológico. Isso fica nítido também no excerto “ambiente 
degradado da sociedade brasileira pelo golpe de Estado”. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) As duas afirmativas são verdadeiras. 
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. 
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. 
d) As duas afirmativas são falsas. 
 
Questão 69 
ÉTICA E MORAL: O QUE É ISSO? 
 
O conceito de ética refere-se ao estudo dos princípios e 
valores morais. A ética desenvolve uma reflexão sobre a 
moral e questiona a moral de um povo, um grupo ou uma 
sociedade, por exemplo. Ela busca o entendimento sobre o 
que é certo e errado independentemente dos costumes 
vigentes. Desta forma, a ética caracteriza-se por ser racional, 
atemporal e transversal (independe do local). 
 
A moral, por sua vez, é a prática de costumes e valores 
locais e temporais. Está ligada a hábitos sociais, aos 
costumes pessoais, familiares e religiosos, assim como às 
tradições culturais, regionais e sociais. A moral é, portanto, 
eminentemente prática. 
 
MISSÃO DO SERVIDOR PÚBLICO 
 
No serviço público, os servidores servem à população, e, por 
isso, não podem basear suas decisões em aspectos morais e 
subjetivos. O comportamento de um servidor público deve 
 
79 
 
ser pautado pela ética. Ou seja, o servidor deve agir de 
acordo com o que é certo na perspectiva do bem comum, 
independentemente dos costumes locais e temporais. 
 
Por exemplo, o enfermeiro de um centro de saúde não pode 
se recusar a atender um paciente por que este pertence a uma 
religião diferente da sua. Da mesma forma, um professor 
não pode criticar a opinião política de um estudante apenas 
porque essa é diferente da sua. 
 
Assim, o servidor público, durante ou após o período 
probatório, tem, entre outras, as seguintes missões: 
 
• Agir em conformidade com os princípios da administração 
pública; 
• Mediar as relações entre os cidadãos e o governo; 
• Mediar as relações entre os próprios cidadãos; 
• Prestar um serviço de qualidade; 
• Promover o bem comum; 
• Representar a comunidade perante outras comunidades. 
 
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2ZkKT8L. 
 
Com base no texto 'ÉTICA E MORAL: O QUE É ISSO?', 
leia as afirmativas a seguir: 
 
I. De acordo com o texto, no serviço público, os servidores 
servem à população e, por isso, devem basear suas decisões 
em aspectos morais e subjetivos, independentemente dos 
princípios éticos. O comportamento de um servidor público 
deve ser pautado pela moral, não pela ética, defende o texto. 
 
II. De acordo com o texto, a ética é a prática de costumes e 
valores locais e temporais. A ética, explica o texto, está 
ligada aos hábitos sociais, aos costumes pessoais, familiares 
e religiosos, assim como às tradições culturais, regionais e 
sociais. A ética é, portanto, eminentemente prática, afirma o 
texto. 
 
III. O texto utiliza-se de exemplos para ilustrar o 
comportamento ideal de um servidor público, como, por 
exemplo, ao afirmar que um enfermeiro não pode se recusar 
a atender um paciente porque este pertence a uma religião 
diferente da sua, ou quando afirma que um professor não 
pode criticar a opinião política de um estudante apenas 
porque essa é diferente da sua. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 70 
ÉTICA E MORAL: O QUE É ISSO? 
 
O conceito de ética refere-se ao estudo dos princípios e 
valores morais. A ética desenvolve uma reflexão sobre a 
moral e questiona a moral de um povo, um grupo ou uma 
sociedade, por exemplo. Ela busca o entendimento sobre o 
que é certo e errado independentemente dos costumes 
vigentes. Desta forma, a ética caracteriza-se por ser racional, 
atemporal e transversal (independe do local). 
 
A moral, por sua vez, é a prática de costumes e valores 
locais e temporais. Está ligada a hábitos sociais, aos 
costumes pessoais, familiares e religiosos, assim como às 
tradições culturais, regionais e sociais. A moral é, portanto, 
eminentemente prática. 
 
MISSÃO DO SERVIDOR PÚBLICO 
 
No serviço público, os servidores servem à população, e, por 
isso, não podem basear suas decisões em aspectos morais e 
subjetivos. O comportamento de um servidor público deve 
ser pautado pela ética. Ou seja, o servidor deve agir de 
acordo com o que é certo na perspectiva do bem comum, 
independentemente dos costumes locais e temporais. 
 
Por exemplo, o enfermeiro de um centro de saúde não pode 
se recusar a atender um paciente por que este pertence a uma 
religião diferente da sua. Da mesma forma, um professor 
não pode criticar a opinião política de um estudante apenas 
porque essa é diferente da sua. 
 
Assim, o servidor público, durante ou após o período 
probatório, tem, entre outras, as seguintes missões: 
 
• Agir em conformidade com os princípios da administração 
pública; 
• Mediar as relações entre os cidadãos e o governo; 
• Mediar as relações entre os próprios cidadãos; 
• Prestar um serviço de qualidade; 
• Promover o bem comum; 
• Representar a comunidade perante outras comunidades. 
 
Adaptado. Fonte: http://bit.ly/2ZkKT8L. 
 
Com base no texto 'ÉTICA E MORAL: O QUE É ISSO?', 
leia as afirmativas a seguir: 
 
I. De acordo com o texto, o servidor público, durante ou 
após o período probatório, tem, entre outras, as missões de 
promover o bem comum, de representar a comunidade 
perante outras comunidades e de mediar as relações entre os 
cidadãos e o governo. 
 
II. De acordo com o texto, o conceito de moral refere-se ao 
estudo dos princípios e valores éticos. A moral, afirma o 
texto, desenvolve uma reflexão sobre a ética e questiona os 
costumes de um povo, um grupo ou uma sociedade, por 
exemplo. A moral busca o entendimento sobre o que é certo 
e errado independentemente dos costumes vigentes, explica 
 
80 
 
o texto. 
 
III. De acordo com o texto, o servidor público, durante ou 
após o período probatório, tem, entre outras, as missões de 
mediar as relações entre os próprios cidadãos, de prestar um 
serviço de qualidade e de agir em conformidade com os 
princípios da administração pública. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas 
 
Questão 71 
CAMINHONEIROS 
 
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje 
(16/12/2019) que acredita que está descartada uma greve 
nacional de caminhoneiros, como ocorreu em maio de 2018. 
 
“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas, 
não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso 
com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente. 
Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que têm as 
portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”, 
disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no 
Ministério da Infraestrutura, em Brasília. 
 
Na semana passada, um grupo de caminhoneiros falou sobre 
a possibilidade de uma greve que se iniciaria nesta segunda-
feira (16/12/2019), mas a maior parte dos representantes da 
categoria descarta o movimento. 
 
De acordo com o ministro, o governo tem mantido um 
excelente diálogo com a maioria da categoria e já realizou, 
em 2019, seis encontrosdo Fórum Permanente para o 
Transporte Rodoviário de Carga (Fórum TRC). No início de 
dezembro de 2019, foi realizada a 35ª reunião do grupo que 
representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas, 
1.584 sindicatos e 75 federações. 
 
Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das 
condições de trabalho e renda da categoria, o ministro 
Tarcísio citou a diminuição da multa por excesso de peso e a 
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada 
e descanso em rodovias. 
 
Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema 
de documentação de transporte eletrônico e uma resolução 
que trata do código identificador da operação de transporte. 
“Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir 
tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento 
portuário automático, diminuir a necessidade de ter 
atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou. 
 
O ministro disse ainda que nesta semana será lançado o 
projeto Roda Bem Caminhoneiro de estímulo ao 
cooperativismo da categoria. 
 
MALHA FERROVIÁRIA 
 
Em reunião, hoje (16/12/2019), no Ministério da 
Infraestrutura, o presidente da república, Jair Bolsonaro, 
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha 
ferroviária brasileira. De acordo com o ministro da 
Infraestrutura, para o ano de 2020, há “possibilidades muito 
concretas” da realização das concessões da Ferrovia de 
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão. “E 
discutimos soluções para a Transnordestina. Muito em breve 
teremos boas notícias para dar à população dos três estados - 
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra”, 
afirmou o ministro. 
 
TRANSPORTE RODOVIÁRIO 
 
O transporte rodoviário é aquele feito por meio de vias, 
como estradas, rodovias e ruas, as quais podem ser 
asfaltadas ou não. Esse meio de transporte tem a função de 
deslocar cargas, pessoas e animais para diversos lugares. 
 
A consolidação do transporte rodoviário ocorreu com a 
intensificação da indústria automobilística, fato ocorrido nas 
primeiras décadas do século XX. Atualmente, no Brasil, o 
transporte rodoviário representa uma das mais importantes 
formas de movimentação de cargas no país. 
 
Apesar de ter seu uso bastante difundido no mundo, o 
transporte rodoviário gera custos altos, se comparado com o 
transporte ferroviário e hidroviário. O alto valor do frete é 
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que 
deve ser feita periodicamente nos veículos. Nesse sistema de 
transporte, a infraestrutura necessária para seu 
funcionamento possui um valor elevado em sua construção e 
manutenção e o custo pode se elevar ainda mais quando o 
terreno é acidentado, característica essa bastante presente no 
Brasil. Esse fator gera a necessidade de construções 
adaptadas às condições do relevo, como túneis, viadutos, 
entre outros. A principal indicação do transporte rodoviário 
é o seu uso em casos de deslocamentos curtos, pois o mesmo 
possibilita uma grande agilidade. 
 
Adaptado. Fontes: http://bit.ly/34D38Y1; 
http://bit.ly/2Z15JK9. 
 
Com base no texto 'CAMINHONEIROS', leia as afirmativas 
a seguir: 
 
I. O texto aponta que, de acordo com o ministro da 
Infraestrutura, para o ano de 2020 há possibilidades muito 
concretas da realização das concessões da Ferrovia de 
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão para grupos 
de investidores estrangeiros ou para empresas 
 
81 
 
multinacionais que atuam no setor de transportes. Ainda de 
acordo com o ministro, as concessões permitirão ao 
Governo Federal reduzir custos e ampliar o atendimento às 
necessidades das organizações brasileiras em termos de 
transporte de cargas. 
 
II. É possível subentender-se, a partir do texto, que o 
ministro da Infraestrutura afirmou que será lançado o projeto 
denominado Roda Bem Caminhoneiro que terá por objetivo 
estimular o cooperativismo da categoria de profissionais de 
transporte público no Brasil. Entre os benefícios que serão 
trazidos para a categoria, o ministro citou a redução dos 
custos com serviços de saúde e alimentação, além de uma 
ampla gama de incentivos fiscais à redução do preço dos 
combustíveis. 
 
III. O autor aponta que, entre as ações já desenvolvidas para 
a melhoria das condições de trabalho e renda dos 
caminhoneiros, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, 
citou a diminuição da multa por excesso de peso e a 
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada 
e descanso em rodovias. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 72 
CAMINHONEIROS 
 
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje 
(16/12/2019) que acredita que está descartada uma greve 
nacional de caminhoneiros, como ocorreu em maio de 2018. 
 
“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas, 
não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso 
com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente. 
Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que têm as 
portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”, 
disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no 
Ministério da Infraestrutura, em Brasília. 
 
Na semana passada, um grupo de caminhoneiros falou sobre 
a possibilidade de uma greve que se iniciaria nesta segunda-
feira (16/12/2019), mas a maior parte dos representantes da 
categoria descarta o movimento. 
 
De acordo com o ministro, o governo tem mantido um 
excelente diálogo com a maioria da categoria e já realizou, 
em 2019, seis encontros do Fórum Permanente para o 
Transporte Rodoviário de Carga (Fórum TRC). No início de 
dezembro de 2019, foi realizada a 35ª reunião do grupo que 
representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas, 
1.584 sindicatos e 75 federações. 
 
Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das 
condições de trabalho e renda da categoria, o ministro 
Tarcísio citou a diminuição da multa por excesso de peso e a 
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada 
e descanso em rodovias. 
 
Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema 
de documentação de transporte eletrônico e uma resolução 
que trata do código identificador da operação de transporte. 
“Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir 
tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento 
portuário automático, diminuir a necessidade de ter 
atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou. 
 
O ministro disse ainda que nesta semana será lançado o 
projeto Roda Bem Caminhoneiro de estímulo ao 
cooperativismo da categoria. 
 
MALHA FERROVIÁRIA 
 
Em reunião, hoje (16/12/2019), no Ministério da 
Infraestrutura, o presidente da república, Jair Bolsonaro, 
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha 
ferroviária brasileira. De acordo com o ministro da 
Infraestrutura, para o ano de 2020, há “possibilidades muito 
concretas” da realização das concessões da Ferrovia de 
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão. “E 
discutimos soluções para a Transnordestina. Muito em breve 
teremos boas notícias para dar à população dos três estados - 
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra”, 
afirmou o ministro. 
 
TRANSPORTE RODOVIÁRIO 
 
O transporte rodoviário é aquele feito por meio de vias, 
como estradas, rodovias e ruas, as quais podem ser 
asfaltadas ou não. Esse meio de transporte tem a função de 
deslocar cargas, pessoas e animais para diversos lugares. 
 
A consolidação do transporte rodoviário ocorreu com a 
intensificação da indústria automobilística, fato ocorrido nas 
primeiras décadas do século XX. Atualmente, no Brasil, o 
transporte rodoviário representa uma das mais importantes 
formas de movimentação de cargas no país. 
 
Apesar de ter seu uso bastante difundido no mundo,o 
transporte rodoviário gera custos altos, se comparado com o 
transporte ferroviário e hidroviário. O alto valor do frete é 
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que 
deve ser feita periodicamente nos veículos. Nesse sistema de 
transporte, a infraestrutura necessária para seu 
funcionamento possui um valor elevado em sua construção e 
manutenção e o custo pode se elevar ainda mais quando o 
terreno é acidentado, característica essa bastante presente no 
Brasil. Esse fator gera a necessidade de construções 
adaptadas às condições do relevo, como túneis, viadutos, 
 
82 
 
entre outros. A principal indicação do transporte rodoviário 
é o seu uso em casos de deslocamentos curtos, pois o mesmo 
possibilita uma grande agilidade. 
 
Adaptado. Fontes: http://bit.ly/34D38Y1; 
http://bit.ly/2Z15JK9. 
 
Com base no texto 'CAMINHONEIROS', leia as afirmativas 
a seguir: 
 
I. O texto informa que, de acordo com o ministro da 
Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o governo tem mantido um 
excelente diálogo com a maioria da categoria de 
caminhoneiros e já realizou, em 2019, seis encontros do 
Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Carga 
(Fórum TRC). No início de dezembro de 2019, foi realizada 
a 35ª reunião do grupo que representa 2,6 milhões de 
caminhoneiros, 37.386 empresas, 1.584 sindicatos e 75 
federações. 
 
II. De acordo com o que afirma o texto, infere-se que o 
ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, acredita que está 
descartada uma greve nacional de caminhoneiros, como 
ocorreu em maio de 2018. De acordo com o ministro, o dia 
16 de dezembro de 2019 era o dia do início das 
manifestações e não está havendo nada nas estradas. Não 
houve ponto de bloqueio, porque há uma relação de respeito 
com os caminhoneiros. 
 
III. Depreende-se do texto que o transporte rodoviário é 
aquele feito por meio de vias como estradas, hidrovias, 
rodovias e ruas, as quais podem ser asfaltadas ou não. Esse 
meio de transporte tem a função de deslocar cargas, pessoas 
e animais para diversos lugares e, atualmente, é a 
modalidade de transporte mais utilizadas nas cidades do 
interior do Brasil, sendo pouco explorada nas capitais e 
regiões metropolitanas. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 73 
CAMINHONEIROS 
 
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje 
(16/12/2019) que acredita que está descartada uma greve 
nacional de caminhoneiros, como ocorreu em maio de 2018. 
 
“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas, 
não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso 
com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente. 
Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que têm as 
portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”, 
disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no 
Ministério da Infraestrutura, em Brasília. 
 
Na semana passada, um grupo de caminhoneiros falou sobre 
a possibilidade de uma greve que se iniciaria nesta segunda-
feira (16/12/2019), mas a maior parte dos representantes da 
categoria descarta o movimento. 
 
De acordo com o ministro, o governo tem mantido um 
excelente diálogo com a maioria da categoria e já realizou, 
em 2019, seis encontros do Fórum Permanente para o 
Transporte Rodoviário de Carga (Fórum TRC). No início de 
dezembro de 2019, foi realizada a 35ª reunião do grupo que 
representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas, 
1.584 sindicatos e 75 federações. 
 
Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das 
condições de trabalho e renda da categoria, o ministro 
Tarcísio citou a diminuição da multa por excesso de peso e a 
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada 
e descanso em rodovias. 
 
Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema 
de documentação de transporte eletrônico e uma resolução 
que trata do código identificador da operação de transporte. 
“Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir 
tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento 
portuário automático, diminuir a necessidade de ter 
atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou. 
 
O ministro disse ainda que nesta semana será lançado o 
projeto Roda Bem Caminhoneiro de estímulo ao 
cooperativismo da categoria. 
 
MALHA FERROVIÁRIA 
 
Em reunião, hoje (16/12/2019), no Ministério da 
Infraestrutura, o presidente da república, Jair Bolsonaro, 
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha 
ferroviária brasileira. De acordo com o ministro da 
Infraestrutura, para o ano de 2020, há “possibilidades muito 
concretas” da realização das concessões da Ferrovia de 
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão. “E 
discutimos soluções para a Transnordestina. Muito em breve 
teremos boas notícias para dar à população dos três estados - 
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra”, 
afirmou o ministro. 
 
TRANSPORTE RODOVIÁRIO 
 
O transporte rodoviário é aquele feito por meio de vias, 
como estradas, rodovias e ruas, as quais podem ser 
asfaltadas ou não. Esse meio de transporte tem a função de 
deslocar cargas, pessoas e animais para diversos lugares. 
 
A consolidação do transporte rodoviário ocorreu com a 
intensificação da indústria automobilística, fato ocorrido nas 
 
83 
 
primeiras décadas do século XX. Atualmente, no Brasil, o 
transporte rodoviário representa uma das mais importantes 
formas de movimentação de cargas no país. 
 
Apesar de ter seu uso bastante difundido no mundo, o 
transporte rodoviário gera custos altos, se comparado com o 
transporte ferroviário e hidroviário. O alto valor do frete é 
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que 
deve ser feita periodicamente nos veículos. Nesse sistema de 
transporte, a infraestrutura necessária para seu 
funcionamento possui um valor elevado em sua construção e 
manutenção e o custo pode se elevar ainda mais quando o 
terreno é acidentado, característica essa bastante presente no 
Brasil. Esse fator gera a necessidade de construções 
adaptadas às condições do relevo, como túneis, viadutos, 
entre outros. A principal indicação do transporte rodoviário 
é o seu uso em casos de deslocamentos curtos, pois o mesmo 
possibilita uma grande agilidade. 
 
Adaptado. Fontes: http://bit.ly/34D38Y1; 
http://bit.ly/2Z15JK9. 
 
Com base no texto 'CAMINHONEIROS', leia as afirmativas 
a seguir: 
 
I. No texto, é possível identificar a ideia de que o ministro 
da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou ter conseguido 
estabelecer o diálogo com os caminhoneiros. O texto afirma, 
ainda, de acordo com o ministro, que os caminhoneiros 
sabem que têm as portas abertas e, a cada dia, uma solução 
nova é construída. 
 
II. Segundo o texto, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio 
Freitas, participou de uma discussão sobre soluções para a 
Transnordestina. O texto afirma, ainda, que muito em breve 
haverá boas notícias para dar à população dos três estados - 
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra. 
 
III. Conclui-se do texto que, segundo o ministro da 
Infraestrutura, estão sendo preparados sistema de 
documentação de transporte eletrônico e uma resolução que 
trata do código identificador da operação de transporte. 
Essas medidas, de acordo com as informações presentes no 
texto, têm por objetivo reduzir a dependência das empresas 
brasileiras do transporte rodoviário, ampliando a 
participação de outros modais (como o hidroviário e o 
ferroviário) no transporte de cargas no Brasil. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 74 
CAMINHONEIROS 
 
O ministroda Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje 
(16/12/2019) que acredita que está descartada uma greve 
nacional de caminhoneiros, como ocorreu em maio de 2018. 
 
“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas, 
não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso 
com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente. 
Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que têm as 
portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”, 
disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no 
Ministério da Infraestrutura, em Brasília. 
 
Na semana passada, um grupo de caminhoneiros falou sobre 
a possibilidade de uma greve que se iniciaria nesta segunda-
feira (16/12/2019), mas a maior parte dos representantes da 
categoria descarta o movimento. 
 
De acordo com o ministro, o governo tem mantido um 
excelente diálogo com a maioria da categoria e já realizou, 
em 2019, seis encontros do Fórum Permanente para o 
Transporte Rodoviário de Carga (Fórum TRC). No início de 
dezembro de 2019, foi realizada a 35ª reunião do grupo que 
representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas, 
1.584 sindicatos e 75 federações. 
 
Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das 
condições de trabalho e renda da categoria, o ministro 
Tarcísio citou a diminuição da multa por excesso de peso e a 
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada 
e descanso em rodovias. 
 
Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema 
de documentação de transporte eletrônico e uma resolução 
que trata do código identificador da operação de transporte. 
“Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir 
tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento 
portuário automático, diminuir a necessidade de ter 
atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou. 
 
O ministro disse ainda que nesta semana será lançado o 
projeto Roda Bem Caminhoneiro de estímulo ao 
cooperativismo da categoria. 
 
MALHA FERROVIÁRIA 
 
Em reunião, hoje (16/12/2019), no Ministério da 
Infraestrutura, o presidente da república, Jair Bolsonaro, 
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha 
ferroviária brasileira. De acordo com o ministro da 
Infraestrutura, para o ano de 2020, há “possibilidades muito 
concretas” da realização das concessões da Ferrovia de 
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão. “E 
discutimos soluções para a Transnordestina. Muito em breve 
teremos boas notícias para dar à população dos três estados - 
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra”, 
afirmou o ministro. 
 
84 
 
 
TRANSPORTE RODOVIÁRIO 
 
O transporte rodoviário é aquele feito por meio de vias, 
como estradas, rodovias e ruas, as quais podem ser 
asfaltadas ou não. Esse meio de transporte tem a função de 
deslocar cargas, pessoas e animais para diversos lugares. 
 
A consolidação do transporte rodoviário ocorreu com a 
intensificação da indústria automobilística, fato ocorrido nas 
primeiras décadas do século XX. Atualmente, no Brasil, o 
transporte rodoviário representa uma das mais importantes 
formas de movimentação de cargas no país. 
 
Apesar de ter seu uso bastante difundido no mundo, o 
transporte rodoviário gera custos altos, se comparado com o 
transporte ferroviário e hidroviário. O alto valor do frete é 
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que 
deve ser feita periodicamente nos veículos. Nesse sistema de 
transporte, a infraestrutura necessária para seu 
funcionamento possui um valor elevado em sua construção e 
manutenção e o custo pode se elevar ainda mais quando o 
terreno é acidentado, característica essa bastante presente no 
Brasil. Esse fator gera a necessidade de construções 
adaptadas às condições do relevo, como túneis, viadutos, 
entre outros. A principal indicação do transporte rodoviário 
é o seu uso em casos de deslocamentos curtos, pois o mesmo 
possibilita uma grande agilidade. 
 
Adaptado. Fontes: http://bit.ly/34D38Y1; 
http://bit.ly/2Z15JK9. 
 
Com base no texto 'CAMINHONEIROS', leia as afirmativas 
a seguir: 
 
I. O autor do texto diz que o presidente da república 
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha 
ferroviária brasileira. De acordo com o autor, essa 
informação foi dita em reunião no dia 16 de setembro de 
2019, no Ministério da Infraestrutura, na qual diversos 
representantes do governo defenderam a diversificação das 
modalidades de transportes no Brasil. 
 
II. Segundo o autor, a consolidação do transporte rodoviário 
ocorreu com a intensificação da indústria automobilística, 
fato ocorrido nas primeiras décadas do século XX. 
Atualmente, no Brasil, ele afirma, o transporte rodoviário 
representa uma das mais importantes formas de 
movimentação de cargas no país. 
 
III. O texto afirma que, segundo o ministro da 
Infraestrutura, Tarcísio Freitas, estão sendo adotadas 
medidas que vão simplificar muito a vida do caminhoneiro, 
diminuir tempo de parada em posto fiscal, permitir 
agendamento portuário automático e diminuir a necessidade 
de ter atravessador na ponta. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
Questão 75 
CAMINHONEIROS 
 
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse hoje 
(16/12/2019) que acredita que está descartada uma greve 
nacional de caminhoneiros, como ocorreu em maio de 2018. 
 
“Hoje era o dia do início e não está tendo nada nas estradas, 
não houve ponto de bloqueio, porque há um respeito nosso 
com os caminhoneiros e dos caminhoneiros com a gente. 
Conseguimos estabelecer o diálogo, eles sabem que têm as 
portas abertas e a cada dia construímos uma solução nova”, 
disse, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, após reunião no 
Ministério da Infraestrutura, em Brasília. 
 
Na semana passada, um grupo de caminhoneiros falou sobre 
a possibilidade de uma greve que se iniciaria nesta segunda-
feira (16/12/2019), mas a maior parte dos representantes da 
categoria descarta o movimento. 
 
De acordo com o ministro, o governo tem mantido um 
excelente diálogo com a maioria da categoria e já realizou, 
em 2019, seis encontros do Fórum Permanente para o 
Transporte Rodoviário de Carga (Fórum TRC). No início de 
dezembro de 2019, foi realizada a 35ª reunião do grupo que 
representa 2,6 milhões de caminhoneiros, 37.386 empresas, 
1.584 sindicatos e 75 federações. 
 
Entre as ações já desenvolvidas para a melhoria das 
condições de trabalho e renda da categoria, o ministro 
Tarcísio citou a diminuição da multa por excesso de peso e a 
obrigação de concessionárias construírem pontos de parada 
e descanso em rodovias. 
 
Segundo o ministro, também estão sendo preparados sistema 
de documentação de transporte eletrônico e uma resolução 
que trata do código identificador da operação de transporte. 
“Ele vai simplificar muito a vida do caminhoneiro, diminuir 
tempo de parada em posto fiscal, permitir agendamento 
portuário automático, diminuir a necessidade de ter 
atravessador na ponta, isso aumenta a renda”, explicou. 
 
O ministro disse ainda que nesta semana será lançado o 
projeto Roda Bem Caminhoneiro de estímulo ao 
cooperativismo da categoria. 
 
MALHA FERROVIÁRIA 
 
Em reunião, hoje (16/12/2019), no Ministério da 
Infraestrutura, o presidente da república, Jair Bolsonaro, 
 
85 
 
manifestou o interesse do governo na ampliação da malha 
ferroviária brasileira. De acordo com o ministro da 
Infraestrutura, para o ano de 2020, há “possibilidades muito 
concretas” da realização das concessões da Ferrovia de 
Integração Oeste Leste (FIOL) e da Ferrogrão. “E 
discutimos soluções para a Transnordestina. Muito em breve 
teremos boas notícias para dar à população dos três estados - 
Piauí, Pernambuco e Ceará - uma solução para aquela obra”, 
afirmouo ministro. 
 
TRANSPORTE RODOVIÁRIO 
 
O transporte rodoviário é aquele feito por meio de vias, 
como estradas, rodovias e ruas, as quais podem ser 
asfaltadas ou não. Esse meio de transporte tem a função de 
deslocar cargas, pessoas e animais para diversos lugares. 
 
A consolidação do transporte rodoviário ocorreu com a 
intensificação da indústria automobilística, fato ocorrido nas 
primeiras décadas do século XX. Atualmente, no Brasil, o 
transporte rodoviário representa uma das mais importantes 
formas de movimentação de cargas no país. 
 
Apesar de ter seu uso bastante difundido no mundo, o 
transporte rodoviário gera custos altos, se comparado com o 
transporte ferroviário e hidroviário. O alto valor do frete é 
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que 
deve ser feita periodicamente nos veículos. Nesse sistema de 
transporte, a infraestrutura necessária para seu 
funcionamento possui um valor elevado em sua construção e 
manutenção e o custo pode se elevar ainda mais quando o 
terreno é acidentado, característica essa bastante presente no 
Brasil. Esse fator gera a necessidade de construções 
adaptadas às condições do relevo, como túneis, viadutos, 
entre outros. A principal indicação do transporte rodoviário 
é o seu uso em casos de deslocamentos curtos, pois o mesmo 
possibilita uma grande agilidade. 
 
Adaptado. Fontes: http://bit.ly/34D38Y1; 
http://bit.ly/2Z15JK9. 
 
Com base no texto 'CAMINHONEIROS', leia as afirmativas 
a seguir: 
 
I. No texto, é possível identificar a ideia de que, apesar de 
um grupo de caminhoneiros ter falado sobre a possibilidade 
de uma greve que se iniciaria no dia 16 de agosto de 2019, a 
maior parte dos representantes da categoria descarta o 
movimento. De acordo com o autor, a baixa aderência da 
categoria ao movimento é resultado das medidas do Banco 
Central em favor da redução da taxa Selic, que afeta 
diretamente o custo do frete rodoviário. 
 
II. O texto permite deduzir que, apesar de ter seu uso 
bastante difundido no mundo, o transporte rodoviário gera 
custos altos, se comparado com o transporte ferroviário e 
hidroviário. O alto valor do frete, afirma o texto, é 
decorrente do preço dos combustíveis e da manutenção que 
deve ser feita periodicamente nos veículos. 
 
III. No texto, o autor afirma que, no sistema de transporte 
rodoviário, a infraestrutura possui um valor elevado em sua 
construção e manutenção. Ainda de acordo com o autor, 
esse custo pode se elevar também quando o terreno é 
acidentado, característica essa bastante rara no Brasil, ou 
quando o caminhoneiro deixa de tomar os cuidados 
essenciais para a manutenção da segurança da carga. 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) Nenhuma afirmativa está correta. 
b) Apenas uma afirmativa está correta. 
c) Apenas duas afirmativas estão corretas. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
86 
 
 
GABARITO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
D D D D A D D D A E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
D C D C D E C D B B 
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 
B D D D B A C C C B 
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 
D C D B C A D A D C 
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 
A A D B C C B B A E 
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 
D A B C A B C D B C 
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 
C C B A D B D A B C 
71 72 73 74 75 
C C C C B 
 
 
87 
 
MATEMÁTICA 
 
2. Operações com números naturais 
 
Adição 
 
A operação que associa cada par de números naturais á sua 
soma é chamada de adição. Indica-se por: 
 
 
Subtração 
A operação que associa cada par de números naturais 
m ≥ s com à sua diferença d é chamada de subtração. 
Indica-se por: 
 
Multiplicação em N 
A operação que associa cada par de números 
naturais a e b ao seu produto P é chamada multiplicação. 
Indica-se por: 
 
Divisão em N 
Definição 
 
A operação que associa cada par de números naturaisDedao 
maior natural q, que multiplicado por dnão supera D, é 
chamada de divisão, com resto r. Indica-se por: 
 
 
 
Propriedades da adição 
 
Fechamento: A adição no conjunto dos números naturais é 
fechada, pois a soma de dois números naturais é ainda um 
número natural. O fato que a operação de adição é fechada 
em N é conhecido na literatura do assunto como: A adição é 
uma lei de composição interna no conjunto N. 
 
Associativa: A adição no conjunto dos números naturais é 
associativa, pois na adição de três ou mais parcelas de 
números naturais quaisquer é possível associar as parcelas 
de quaisquer modos, ou seja, com três números naturais, 
somando o primeiro com o segundo e ao resultado obtido 
somarmos um terceiro, obteremos um resultado que é igual à 
soma do primeiro com a soma do segundo e o terceiro. 
 
Elemento neutro: No conjunto dos números naturais, existe 
o elemento neutro que é o zero, pois tomando um número 
natural qualquer e somando com o elemento neutro (zero), o 
resultado será o próprio número natural. 
 
Comutativa: No conjunto dos números naturais, a adição é 
comutativa, pois a ordem das parcelas não altera a soma, ou 
seja, somando a primeira parcela com a segunda parcela, 
teremos o mesmo resultado que se somando a segunda 
parcela com a primeira parcela. 
 
Propriedades da multiplicação 
Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto N dos 
números naturais, pois realizando o produto de dois ou mais 
númros naturais, o resultado estará em N. O fato que a 
operação de multiplicação é fechada em N é conhecido na 
literatura do assunto como: A multiplicação é uma lei de 
composição interna no conjunto N. 
 
Associativa: Na multiplicação, podemos associar 3 ou mais 
fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o 
primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por 
um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado que 
multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo 
segundo. 
 
(m.n).p = m.(n.p) 
(3.4).5 = 3.(4.5) = 60 
 
Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais existe 
um elemento neutro para a multiplicação que é o 1. 
Qualquer que seja o número natural n, tem-se que: 
 
88 
 
1.n = n.1 = n 
1.7 = 7.1 = 7 
 
Comutativa: Quando multiplicamos dois números naturais 
quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto, ou seja, 
multiplicando o primeiro elemento pelo segundo elemento 
teremos o mesmo resultado que multiplicando o segundo 
elemento pelo primeiro elemento. 
 
m.n = n.m 
3.4 = 4.3 = 12 
 
Propriedade Distributiva 
 
Multiplicando um número natural pela soma de dois 
números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por 
cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados 
obtidos. 
 
m.(p+q) = m.p + m.q 
6x(5+3) = 6x5 + 6x3 = 30 + 18 = 48 
 
Representação geométrica dos números naturais 
A representação geométrica nos números naturais é feita da 
seguinte maneira: 
 
Construimos uma reta, em seguida estabelecemos um ponto 
de origem zero. Em intervalo iguais fazemos uma sucessão 
acrescentando 1 à unidade anterior. 
 
 
 
2.1 Múltiplos e divisores 
 
Os conceitos de múltiplos e divisores de um número natural 
estendem-se para o conjunto dos números inteiros. Quando 
tratamos do assunto múltiplos e divisores, referimo-nos 
a conjuntos numéricos que satisfazem algumas 
condições. Os múltiplos são encontrados após a 
multiplicação por números inteiros, e os divisores são 
números divisíveis por um certo número. 
 
Devido a isso, encontraremos subconjuntos dos números 
inteiros, pois os elementos dos conjuntos dos múltiplos e 
divisores são elementos do conjunto dos números inteiros. 
Para entender o que são números primos, é necessário 
compreender o conceito de divisores. 
 
Múltiplos de um número 
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, o número a é 
múltiplo de b se, e somente se, existir um número 
inteiro k tal que a = b · k. Desse modo, o conjuntodos 
múltiplos de a é obtido multiplicando a por todos 
números inteiros, os resultados dessas multiplicações são 
os múltiplos de a. 
 
Por exemplo, listemos os 12 primeiros múltiplos de 2. Para 
isso temos que multiplicar o número 2 pelos 12 primeiros 
números inteiros, assim: 
2 · 1 = 2 
2 · 2 = 4 
2 · 3 = 6 
2 · 4 = 8 
2 · 5 = 10 
2 · 6 = 12 
2 · 7 = 14 
2 · 8 = 16 
2 · 9 = 18 
2 · 10 = 20 
2 · 11 = 22 
2 · 12 = 24 
 
Portanto, os múltiplos de 2 são: 
 
M(2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24} 
Observe que listamos somente os 12 primeiros números, 
mas poderíamos ter listado quantos fossem necessários, pois 
a lista de múltiplos é dada pela multiplicação de um número 
por todos os inteiros. Assim, o conjunto dos múltiplos é 
infinito. 
 
Para verificar se um número é ou não múltiplo de outro, 
devemos encontrar um número inteiro de forma que a 
multiplicação entre eles resulte no primeiro número. Veja os 
exemplos: 
 
→ O número 49 é múltiplo de 7, pois existe número inteiro 
que, multiplicado por 7, resulta em 49. 
49 = 7 · 7 
→ O número 324 é múltiplo de 3, pois existe número inteiro 
que, multiplicado por 3, resulta em 324. 
324 = 3 · 108 
→ O número 523 não é múltiplo de 2, pois não existe 
número inteiro que, multiplicado por 2, resulte em 523. 
523 = 2 · ? 
 
Divisores de um número 
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos dizer 
que b é divisor de a se o número b for múltiplo de a, ou seja, 
a divisão entre b e a é exata (deve deixar resto 0). 
 
Veja alguns exemplos: 
→ 22 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 22. 
→ 63 é múltiplo de 3, logo, 3 é divisor de 63. 
→ 121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de 121. 
Para listar os divisores de um número, devemos buscar os 
números que o dividem. Veja: 
– Liste os divisores de 2, 3 e 20. 
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/numeros-inteiros.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/conjuntos-numericos.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/multiplicacao-numeros-inteiros.htm
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/o-resto-divisao.htm
 
89 
 
D(2) = {1, 2} 
D(3) = {1, 3} 
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20} 
 
Observe que os números da lista dos divisores sempre são 
divisíveis pelo número em questão e que o maior valor que 
aparece nessa lista é o próprio número, pois nenhum 
número maior que ele será divisível por ele. 
 
Por exemplo, nos divisores de 30, o maior valor dessa lista é 
o próprio 30, pois nenhum número maior que 30 será 
divisível por ele. Assim: 
 
D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30} 
 
Propriedade dos múltiplos e divisores 
Essas propriedades estão relacionadas à divisão entre dois 
inteiros. Observe que quando um inteiro é múltiplo de outro, 
é também divisível por esse outro número. 
 
Considere o algoritmo da divisão para que possamos melhor 
compreender as propriedades. 
 
N = d · q + r, em que q e r são números inteiros. 
 
Lembre-se de que N é chamado de dividendo; d, de 
divisor; q, de quociente; e r, de resto. 
 
→ Propriedade 1: A diferença entre o dividendo e o resto 
(N – r) é múltipla do divisor, ou o número d é divisor de (N 
– r). 
→ Propriedade 2: (N – r + d) é um múltiplo de d, ou seja, o 
número d é um divisor de (N – r + d). 
 
Veja o exemplo: 
 
– Ao realizar a divisão de 525 por 8, obtemos quociente q = 
65 e resto r = 5. Assim, temos o dividendo N = 525 e o 
divisor d = 8. Veja que as propriedades são satisfeitas, pois 
(525 – 5 + 8) = 528 é divisível por 8 e: 
528 = 8 · 66 
 
2.2 Números primos 
Os números primos são aqueles que possuem como divisor 
em sua listagem somente o número 1 e o próprio número. 
Para verificar se um número é primo ou não, um dos 
métodos mais triviais é fazer a listagem dos divisores desse 
número. Caso apareça números a mais que 1 e o número em 
questão, este não é primo. 
 
→ Verifique quais são os números primos entre 2 e 20. Para 
isso, vamos fazer a lista dos divisores de todos esses 
números entre 2 e 20. 
 
D(2) = {1, 2} 
D(3) = {1, 3} 
D(4) = {1, 2, 4} 
D(5) = {1, 5} 
D(6) = {1, 2, 3, 6} 
D(7) = {1, 7} 
D(8) = {1, 2, 4, 8} 
D(9) = {1, 3, 9} 
D(10) = {1, 2, 5, 10} 
D(11) = {1, 11} 
D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12} 
D(13) = {1, 13} 
D(14) = {1, 2, 7, 14} 
D(15) = {1, 3, 5, 15} 
D(16) = {1, 2, 4, 16} 
D(17) = {1, 17} 
D(18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18} 
D(19) = {1, 19} 
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20} 
 
Assim, os números primos entre 2 e 20 são: 
 
{2, 3, 5, 7, 11, 13, 17 e 19} 
 
Observe que o conjunto é de alguns dos primeiros primos, 
essa lista continua. Veja que quanto maior é o número, mais 
difícil torna-se dizer se ele é primo ou não. 
 
2.3 Máximo divisor comum 
Dois números naturais sempre têm divisores comuns. Por 
exemplo: os divisores comuns de 12 e 18 são 1,2,3 e 6. 
Dentre eles, 6 é o maior. Então chamamos o 6 de máximo 
divisor comum de 12 e 18 e indicamos m.d.c.(12,18) = 6. 
 
* O maior divisor comum de dois ou mais números é 
chamado de máximo divisor comum desses números. 
Usamos a abreviação m.d.c. 
 
Alguns exemplos: 
 
mdc (6,12) = 6 
mdc (12,20) = 4 
mdc (20,24) = 4 
mdc (12,20,24) = 4 
mdc (6,12,15) = 3 
 
Cálculo do M.D.C. 
 
Um modo de calcular o m.d.c. de dois ou mais números é 
utilizar a decomposição desses números em fatores primos. 
 
1) decompomos os números em fatores primos; 
2) o m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns. 
 
Acompanhe o cálculo do m.d.c. entre 36 e 90: 
 
36 = 2 x 2 x 3 x 3 
90 = 2 x 3 x 3 x 5 
 
O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns => 
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/numeros-primos.htm
 
90 
 
m.d.c.(36,90) = 2 x 3 x 3 
 
Portanto m.d.c.(36,90) = 18. 
 
Escrevendo a fatoração do número na forma de potência 
temos: 
 
36 = 22 x 32 
90 = 2 x 32 x5 
 
Portanto m.d.c.(36,90) = 2 x 32 = 18. 
 
* O m.d.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é 
o produto dos fatores comuns a eles, cada um elevado ao 
menor expoente. 
 
Cálculo do M.D.C. pelo processo das divisões sucessivas 
Nesse processo efetuamos várias divisões até chegar a uma 
divisão exata. O divisor desta divisão é o m.d.c. Acompanhe 
o cálculo do m.d.c.(48,30). 
 
Regra prática: 
 
1º) dividimos o número maior pelo número menor; 
48 / 30 = 1 (com resto 18) 
 
2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão anterior, 
por 18, que é o resto da divisão anterior, e assim 
sucessivamente; 
 
30 / 18 = 1 (com resto 12) 
18 / 12 = 1 (com resto 6) 
12 / 6 = 2 (com resto zero - divisão exata) 
3º) O divisor da divisão exata é 6. Então m.d.c.(48,30) = 6. 
 
Números primos entre si 
 
* Dois ou mais números são primos entre si quando o 
máximo 
divisor comum desses números é 1. 
 
Exemplos: 
 
Os números 35 e 24 são números primos entre si, pois mdc 
(35,24) = 1. 
Os números 35 e 21 não são números primos entre si, pois 
mdc (35,21) = 7. 
 
Propriedade do M.D.C. 
 
Dentre os números 6, 18 e 30, o número 6 é divisor dos 
outros dois. Neste caso, 6 é o m.d.c.(6,18,30). 
 
Observe: 
 
6 = 2 x 3 
18 = 2 x 32 
30 = 2 x 3 x 5 
Portanto m.d.c.(6,18,30) = 6 
* Dados dois ou mais números, se um deles é divisor de 
todos os outros, então ele é o m.d.c. dos números dados. 
 
2.3.1 Mínimo múltiplo comum 
 
Como 24 é divisível por 3, dizemos que 24 é múltiplo de 3. 
24 também é múltiplo de 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12 e 24. 
* Se um número é divisível por outro, diferente de zero, 
então dizemos que ele é múltiplo desse outro. 
 
Os múltiplos de um número são calculados multiplicando-se 
esse número pelos números naturais. 
Exemplo: os múltiplos de 7 são: 
7x0 , 7x1, 7x2 , 7x3 , 7x4 , ... = 0 , 7 , 14 , 21 , 28 , ... 
Observações importantes: 
1) Um número tem infinitos múltiplos 
2) Zero é múltiplo de qualquer número natural 
 
O que é M.M.C.? 
Dois ou mais números sempre têm múltiplos comuns a eles. 
 
Vamos achar os múltiplos comuns de 4 e 6: 
Múltiplos de6: 0, 6, 12, 18, 24, 30,... 
Múltiplos de 4: 0, 4, 8, 12, 16, 20, 24,... 
Múltiplos comuns de 4 e 6: 0, 12, 24,... 
Dentre estes múltiplos, diferentes de zero, 12 é o menor 
deles. Chamamos o 12 de mínimo múltiplo comum de 4 e 
6. 
 
* O menor múltiplo comum de dois ou mais números, 
diferente de zero, é chamado de mínimo múltiplo 
comum desses números. Usamos a abreviação m.m.c. 
 
Cálculo do M.M.C. 
Podemos calcular o m.m.c. de dois ou mais números 
utilizando a fatoração. Acompanhe o cálculo do m.m.c. de 
12 e 30: 
 
1º) decompomos os números em fatores primos 
2º) o m.m.c. é o produto dos fatores primos comuns e não-
comuns: 
 
12 = 2 x 2 x 3 
30 = 2 x 3 x 5 
 
m.m.c (12,30) = 2 x 2 x 3 x 5 
 
Escrevendo a fatoração dos números na forma de potência, 
temos: 
 
12 = 22 x 3 
30 = 2 x 3 x 5 
m.m.c (12,30) = 22 x 3 x 5 
 
O m.m.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o 
 
91 
 
produto dos fatores comuns e não-comuns a eles, cada um 
elevado ao maior expoente. 
 
Processo da decomposição simultânea 
 
Neste processo, decompomos todos os números ao mesmo 
tempo, em um dispositivo como mostra a figura ao lado. O 
produto dos fatores primos que obtemos nessa 
decomposição é o m.m.c. desses números. A seguir vemos o 
cálculo do m.m.c.(15,24,60). 
 
 
 
Portanto, m.m.c.(15,24,60) = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 120 
 
Propriedade do M.M.C. 
 
Entre os números 3, 6 e 30, o número 30 é múltiplo dos 
outros dois. Neste caso, 30 é o m.m.c.(3,6,30). Observe: 
 
 
m.m.c.(3,6,30) = 2 x 3 x 5 = 30 
 
Dados dois ou mais números, se um deles é múltiplo de 
todos os outros, então ele é o m.m.c. dos números dados. 
 
Considere os números 4 e 15, que são primos entre si. O 
m.m.c.(4,15) é igual a 60, que é o produto de 4 por 15. 
Observe: 
 
m.m.c.(4,15) = 2 x 2 x 3 x 5 = 60 
 
* Dados dois números primos entre si, o m.m.c. deles é o 
produto desses números. 
 
2.4 Frações 
Frações ordinárias são frações da forma 
 
 
 
Sendo a um número inteiro qualquer e b um inteiro positivo 
maior que zero. 
 
Exemplo: etc. 
 
Frações decimais 
 
Observe as frações: 
 
Os denominadores são potências de 10. 
Assim: 
 
Denominam-se frações decimais todas as frações que 
apresentam potências de 10 no denominador. 
 
O francês Viète (1540 - 1603) desenvolveu um método para 
escrever as frações decimais. No lugar de frações, Viète 
escreveria números com vírgula. Esse método, modernizado, 
é utilizado até hoje. 
 
 
92 
 
Observe no quadro a representação de frações decimais 
através de números decimais. 
 
 
 
Os números 0,1, 0,01, 0,001 e 1,17, por exemplo, são 
números decimais. Nessa representação, verificamos que a 
vírgula separa a parte inteira da parte decimal. 
 
 
 
Frações: comparação de frações 
As frações possuem o objetivo de representar partes de um 
inteiro através de situações geométricas ou numéricas. 
Podemos comparar frações utilizando a representação 
numérica através de algumas técnicas e propriedades. 
Comparar significa analisar qual representa a maior ou 
menor quantidade ou se elas são iguais. 
1º situação 
Quando os denominadores são iguais, basta compararmos 
somente o valor dos numeradores. Observe a comparação 
entre as frações . 
Note que os denominadores são iguais, dessa forma, vamos 
comparar os numeradores: 
4 > 2 (quatro é maior que dois), então . 
Veja outra comparação envolvendo as frações . 
Os denominadores também são iguais, assim basta 
identificarmos qual dos numeradores é maior. Percebemos 
que 15 é maior que 7 (15 > 7), portanto . 
 
2ª situação 
Quando os denominadores são diferentes, devemos realizar 
operações no intuito dos denominadores se tornarem iguais. 
Quando eles se tornam iguais aplicamos as definições da 1ª 
situação. O processo que irá transformar os denominadores 
em valores iguais é chamado de redução e consiste em 
descobrir um número pelo qual iremos multiplicar os 
membros de uma fração para que os denominadores 
assumam o mesmo valor. Observe: 
 
 
As frações dadas possuem denominador 6 e 3, 
respectivamente. Vamos multiplicar os membros da 1ª 
equação por 3 e multiplicar os membros da 2ª equação por 6. 
Veja: 
 
Note que , portanto . 
 
Observe que multiplicamos os membros da 1ª equação pelo 
denominador da 2ª equação e os membros da 2ª equação 
pelo denominador da 1ª equação. 
 
Veja mais um exemplo: 
 
Vamos comparar as frações . 
 
 
Vamos aplicar as reduções nas frações utilizando a regra 
prática já enunciada. 
 
 
93 
 
Observe que , dessa forma temos que . 
 
Operações com frações 
O segredo para resolução dos cálculos que envolvem os 
números fracionários não está presente apenas na 
observância das suas partes, mas também nas possibilidades 
de trabalhar com os seus diferentes tipos, a exemplo 
as frações mistas e impróprias. 
 
Diante disso, vale conhecer também cada estratégia de 
operação com fração matemática. 
 
Adição 
A primeira operação a ser abordada é a soma de frações. 
Para encontrar a solução desta operação com fração, o 
primeiro passo é deixar os denominadores dos números 
fracionários envolvidos iguais. Nos casos em que isso já 
ocorre, só é necessário executar a soma de todos os 
numeradores e manter o denominador comum. 
 
 
Para os denominadores diferentes, é preciso fazer alguns 
cálculos para converter as frações em denominadores de 
igual valor. Para tal objetivo, basta escolher como 
denominador o resultado do mínimo múltiplo comum 
(MMC), considerando todos os denominadores presentes na 
operação com fração. 
Exemplo: 
 
MMC: 
 
Depois de deixar os números fracionários com o mesmo 
denominador, chega o momento de seguir com a estratégia 
usada no caso de sentenças de adição que têm o mesmo 
denominador. 
 
Para as chamadas frações mistas, aquelas em que estão 
presentes uma a parte inteira e outra fracionada, é preciso 
deixar a operação com fração com o mesmo valor de 
denominador e resolver de forma separada a soma de todas 
as partes inteiras e fracionárias. 
 
O segundo método de cálculo é fazer a conversão da fração 
mista em fração imprópria, aquela que possui o numerador 
maior ou igual ao denominador. 
 
Subtração 
Na hora de fazer a subtração de frações ou diferença de 
frações, a regra do mesmo denominador segue validada. 
Para a operação com fração em que já existe um 
denominador comum, basta subtrair os numeradores e 
manter os denominadores do número fracionário. 
 
 
Exemplo: 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/soma-de-fracoes
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/minimo-multiplo-comum-mmc
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/minimo-multiplo-comum-mmc
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/subtracao-de-fracoes
 
94 
 
 
Resolução: 
 
Com as frações que têm denominadores originais diferentes, 
é necessário calcular o MMC, dentro do objetivo de 
encontrar o denominador de igual valor. 
Exemplo: 
 
MMC: 
 
Feita a igualdade de denominadores, resta apenas seguir 
com a subtração. 
 
No caso das frações mistas, a subtração é feita após igualar 
os denominadores. Com os denominadores iguais, começa 
o processo de cálculo separado dos objetos inteiros e 
fracionados. 
 
A transformação da fração mista em imprópria é a segunda 
opção para ter a solução da diferença. 
 
Multiplicação 
Na multiplicação, os denominadores envolvidos não 
precisam ser igualados, pois esta operação com fração é feita 
de forma mais simples, através da multiplicação 
dos numerados da sentença. A mesma metodologia é usada 
para os denominadores das frações. 
Exemplo: 
 
A multiplicação de frações mistas é executada por meio da 
conversão em frações impróprias. 
 
Divisão 
A divisão, última das quatro operações aritméticas básicas, é 
realizada por meio da troca das frações que podem ser 
divididas, mudando deposição o numerador pelo 
denominador e fazendo a multiplicação dos novos objetos da 
operação com fração. 
 
 
Exemplo: 
 
Troca das frações: 
 
95 
 
 
Resolução: 
 
No caso da fração mista, a divisão segue a mesma linha de 
troca em fração imprópria. Depois de fazer a conversão, é 
só seguir com a estratégia de divisão de número fracionários 
que foi apresentada. 
 
Lembrete: No caso de sentenças com múltiplas operações, 
a operação com fração leva em consideração que a 
multiplicação e a divisão têm prioridade sobre a adição e a 
subtração. É obrigatório fazer primeiro as multiplicações, 
divisões e por último as somas e subtrações. 
 
2.5 Números decimais 
 
Os números decimais são caracterizados por ter uma parte 
inteira e uma parte decimal separadas por uma vírgula. De 
modo geral, dizemos que números decimais não são inteiros, 
pois eles representam quantidades “quebradas”, ou seja, 
partes fracionadas de algo inteiro. Além disso, todo número 
decimal finito e dizima periódica possuem representações 
fracionárias. 
 
Os números decimais têm como principal característica 
a presença da vírgula. Assim como os números inteiros, os 
decimais também utilizam o sistema de numeração decimal, 
ou seja, podemos diferenciar os números pela posição em 
que os algarismos se encontram. 
 
Os números decimais aparecem com frequência em nosso 
cotidiano, como ao realizar compras em um supermercado 
ou abastecer um carro. Assim, é importante entender como 
funciona o sistema de posição e, consequentemente, a 
nomenclatura desses números. Veja os exemplos: 
 
Vamos analisar o número 5,4561. 
 
5 → Parte inteira 
4 → Décimos 
5 → Centésimos 
6 → Milésimos 
1 → Décimo de Milésimos 
 
Veja que o algarismo 5 aparece duas vezes no número, 
entretanto, ele representa quantidades diferentes. O 5 (parte 
inteira) indica 5 unidades, enquanto os números que estão à 
direita da vírgula representam frações de um inteiro. Assim, 
a leitura do número deve ser feita da seguinte maneira: 
 
Cinco inteiros, quatro mil, quinhentos e sessenta e um 
décimo de milésimos 
 
Operações com números decimais 
 
• Adição 
 
A adição de números decimais é definida assim como 
a adição de números inteiros. Devemos somar parte inteira 
com parte inteira, décimos com décimos, centésimos com 
centésimos e assim sucessivamente. Em outras palavras, 
devemos colocar vírgula abaixo de vírgula. Veja o 
exemplo: 
 
 
 
• Subtração 
 
A subtração entre dois números decimais se dá da mesma 
forma que a adição de números inteiros. Operamos parte 
inteira com parte inteira, décimos com décimos, e assim 
sucessivamente. Veja o exemplo: 
 
 
 
• Multiplicação 
 
A multiplicação entre dois números decimais é realizada de 
maneira semelhante à multiplicação de números inteiros. Ao 
final somamos a quantidade de casas decimais dos dois 
números e colocamos essas casas decimais no resultado. 
 
https://escolakids.uol.com.br/matematica/fracao-geratriz.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/numeros-negativos.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/numeros-negativos.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/operacao-da-adicao.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/operacao-da-subtracao.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/multiplicacao.htm
https://escolakids.uol.com.br/matematica/multiplicacao.htm
 
96 
 
 
 
• Divisão 
 
Para realizar a divisão entre números decimais, precisamos 
igualar as casas decimais multiplicando os dois números por 
potências de dez, ou seja, dez, cem, mil e assim por diante. 
Após as casas decimais estarem iguais, a divisão é realizada 
da mesma maneira que a de números inteiros. 
 
Relação entre frações e números decimais 
Veja no exemplo: 
 
Sim, isso mesmo. Uma fração é a mesma coisa que um 
número decimal, só que representada com uma divisão e não 
na forma explícita de número. 
Suponha que você tem uma moeda de uma moeda de 10 
centavos, todos concordam que 10 centavos é a décima parte 
de 1 real, certo? Então dizemos: 
 
Ao mesmo tempo, temos que 10 centavos é o mesmo que R$ 
0,10, pois é assim que usualmente se fala de dinheiro. 
Concluímos que: 
 
Da mesma maneira:
 
Ou seja, sempre há uma relação entre frações e decimais. 
 
2.6 Porcentagem 
 
É muito utilizada para comparação de valores representando 
crescimento ou queda. Também chamada de razão 
centesimal ou percentual, significa “por cento”, que quer 
dizer uma determinada parte de cada 100 partes. 
 
A porcentagem é representada pelo símbolo % (por cento), 
mas pode ser escrita também na forma de número decimal 
ou fração. Veja abaixo alguns exemplos de como calcular a 
porcentagem: 
 
1. Uma loja de eletrodomésticos possui o preço de custo 
de R$ 210 para determinada mercadoria. Para que seja 
possível obter um lucro de 20% na venda dessa mercadoria, 
por quanto a loja deve vendê-la? 
 
20% de 210 = 0,2 x 210 = 42 
210 + 42 = 252 
 
A loja deve vender a mercadoria por R$ 252 para que se 
tenha um lucro de 20%. 
 
2. Um sapato custa R$ 82. O desconto para pagamento à 
vista é de 15%. Quanto o cliente pagará com o desconto? 
 
15% de 82 = 0,15 x 82 = 12,3 
82 – 12,3 = 69,70 
 
O cliente pagará R$ 69,70 pelo sapato. 
 
3. Uma perfumaria ofereceu desconto de 10% em todos os 
seus produtos. Isso significa que, em cada R$ 100, foi dado 
um desconto de R$ 10. 
 
4. No time do Santos, 90% dos jogadores são craques. 
Quer dizer que em cada 100 jogadores corintianos, 90 são 
craques. 
 
5. O feijão teve um aumento de 15%. Significa que em 
cada R$ 100 houve um acréscimo de R$ 15. 
 
2.7 Áreas de figuras planas 
No estudo de áreas de figuras planas as medidas são 
expressas em metros quadrados. Vale ressaltar que as áreas 
compreendem as partes internas das figuras, ou seja, o 
espaço que ela ocupa. 
 
Seguindo o Sistema Internacional de Medidas, sistema 
métrico mais utilizado do mundo, as unidades de 
https://escolakids.uol.com.br/matematica/divisao-com-virgula.htm
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/unidades-de-medida
https://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads/2013/06/a3im1.png
https://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads/2013/06/a3im2.png
https://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads/2013/06/a3im3.png
https://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads/2013/06/a3im4.png
 
97 
 
medida mais usadas na definição de áreas planas são: 
 
Mm² – Milímetro quadrado 
Cm² – Centímetro quadrado 
Dm² – Decímetro quadrado 
M² – metro quadrado 
Dam² – Decâmetro quadrado 
Hm² – Hectômetro quadrado 
Km² – quilômetro quadrado 
 
Quadrado 
 
A figura geométrica que possui quatro lados iguais recebe o 
nome de quadrado. Além disso, outra característica que 
define o quadrado é que seus quatro ângulos internos 
possuem 90°. 
 
Para calcular a área do quadrado, vamos começar chamando 
os lados da figura de L. 
 
As áreas de figuras planas de quatro lados são chamadas de 
quadrado. (Foto: Educa Mais Brasil) 
 
Em seguida, chamaremos a área de A. Logo, a fórmula para 
calcular as áreas de figuras planas com essas características 
será: 
 
A = L² 
 
Círculo 
 
O círculo é uma figura plana fechada com formato de 
circunferência. Mas é importante entender que círculo e 
circunferência não são a mesma coisa. 
 
Define-se de circunferência a união de vários pontos que 
partem do mesmo lugar. Já o círculo é o espaço ocupado por 
essa forma. Ele ainda é composto por diferentes 
características. 
 
 Raio: distância entre o centro do círculo até qualquer 
extremidade. 
 
 Diâmetro: linha reta que corta o círculo ao meio e passa 
por esse ponto central. Pode ser visto ainda como a junção 
de dois raios. 
 
 Corda do círculo: linha reta que passa pelo círculo em 
qualquer direção, mas que não passa pelo centro. 
 Arco do círculo: ligação de duas linhas retas dentro do 
círculo, mas que não seguem na mesma direção. 
Para o cálculoda área do círculo, vamos representar a área 
com a letra A. Utilizaremos o número pi, que tem o valor de 
3,14 e, por fim, o raio, que será representado pela letra r. 
 
Logo a fórmula será a seguinte: 
 
 
Fórmula para cálculo da área do círculo. (Foto: Educa 
Mais Brasil) 
 
Triângulo 
 
As figuras planas que são formadas por três linhas retas com 
o mesmo tamanho e que se fecham nas extremidades são 
chamadas de triângulo. 
 
A fórmula que define as áreas de figuras planas com essas 
características é formada da seguinte maneira: chamaremos 
de B a base da figura, de A a sua área e de h a altura. 
 
A fórmula para cálculo da área do triângulo então tem o 
seguinte formato: 
 
Fórmula para cálculo da área do triângulo. (Foto: Educa 
Mais Brasil) 
 
Retângulo 
 
Quando uma figura possui quatro lados onde, dois pares são 
de um tamanho e os outros dois pares de outro, ela recebe o 
nome de retângulo. 
 
Essas figuras têm outra característica específica: todos os 
seus ângulos internos possuem 90°. Para calcular a área de 
figuras planas com essas definições deve-se chamar a área 
de A, a base de B e a altura de h. 
A fórmula para o cálculo da área do retângulo então será a 
seguinte: 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/unidades-de-medida
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/area-do-quadrado
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/area-do-circulo
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/numero-pi
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/area-do-triangulo
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/area-do-retangulo
 
98 
 
 
Fórmula para cálculo da área do retângulo. (Foto: Educa 
Mais Brasil) 
 
Losango 
O losango é uma figura que possui quatro semirretas de 
mesmo tamanho, mas essa se difere do quadrado pois seus 
quatro ângulos não são iguais. No losango, dois ângulos tem 
uma abertura e outros dois outra abertura, por exemplo, dois 
ângulos de 90° e dois de 160°. 
 
Para se chegar as áreas de figuras planas com essas 
propriedades, deve-se traçar duas semirretas entre esses 
ângulos de mesma abertura. Cada uma dessas linhas 
receberam uma letra: D (diagonal menor ) d (diagonal 
menor). A fórmula para cálculo da área do losango é dada 
por: 
 
Fórmula para cálculo da área do losango. (Foto: Educa 
Mais Brasil) 
 
2.8 Medidas de comprimento: área 
No Sistema Internacional a unidade de medida padrão para 
se medir superfícies ou áreas é o metro quadrado (m²) 
 
1 km² → 1.000.000 m² = 106 m² 
1 hm² → 10.000 m² = 104 m² 
1 dam² →100 m² = 102 m² 
1 dm² → 0,01 m² = 10-2 m² 
1 cm² → 0,0001 m² = 10-4 m² 
1 mm² → 0,000001 m² = 10-6 m² 
Área é a medida de uma dimensão determinada, ou seja, 
serve para calcular uma superfície plana. 
Veja abaixo as fórmulas de cada figura geométrica plana: 
 
 
2.8.1 Tempo 
 
No Sistema Internacional, a unidade básica de tempo é o 
segundo, cujo símbolo é s. 
Unidade de medida não decimal 
 
Em questões de concursos os problemas envolvem 
conversões das seguintes unidade de tempo: segundo, 
minuto, a hora, a semana, o mês, o ano, e o século. Abaixo 
coloquei as principais: 
 
1 minuto =60 segundos; 
1 hora = 60 minutos; 
1 hora = 3.600 segundos; 
1 mês comercial = 30 dias; 
1 ano comercial = 360 dias; 
1 ano civil = 365 dias. 
– semana = 7 dias; 
– quinzena = 15 dias; 
– bimestre = 2 meses; 
– trimestre = 3 meses; 
– semestre = 6 meses; 
– lustro = 5 anos; 
– década = 10 anos; 
– século = 100 anos. 
 
2.8.2 Massa 
 
A grandeza massa não é muito usual no dia a dia, mas muito 
comum quando nos deparamos com problemas de 
física. Unidade padrão: quilograma (kg) 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/area-do-losango
 
99 
 
 
Quilograma → 1 kg = 1000 g 
Hectograma → 1 hg = 100 g 
Decagrama → 1 dag = 10 g 
Decigrama → 1 dg = 0,1 g 
Centigrama → 1 cg = 0,01 g 
Miligrama → 1 mg = 0,001 g 
 
Dizemos 1.000 kg corresponde a 1 tonelada 
 
1 t = 1.000 kg 
 
Exemplos: 
 
Converter 32 g em hg: 
hg ← dag ← g 
 
Deveremos deslocar a vírgula duas casas decimais para a 
esquerda. 
32 g = 0,32 hg 
 
Converter 782 kg em toneladas: 
 
Uma tonelada (1 t) equivale a 1.000 kg. Assim, deveremos 
dividir a quantidade de kg por 1.000, que é o mesmo que 
deslocar a vírgula três casas decimais à esquerda. 
 
Logo, 782 kg = 0,782 t 
 
2.8.3 Capacidade e velocidade 
 
A unidade de medida de capacidade mais utilizada é o litro 
(l). São ainda usadas o galão, o barril, o quarto, entre outras. 
 
Os múltiplos e submúltiplos do litro são: quilolitro (kl), 
hectolitro (hl), decalitro (dal), decilitro (dl), centilitro (cl), 
mililitro (ml). 
 
Na física, a velocidade é uma grandeza que identifica o 
deslocamento de um corpo num determinado tempo. 
 
Assim, a velocidade média (Vm) mede num intervalo de 
tempo médio, a rapidez da deslocação de um corpo. 
 
Fórmula 
 
Para calcular a velocidade média de um corpo, numa 
trajetória em um determinado tempo gasto no percurso, 
utiliza-se a seguinte expressão: 
 
onde, 
 
ΔS: intervalo de deslocamento (espaço) – posição final 
menos a posição inicial 
ΔT: intervalo de tempo – tempo final menos o tempo inicial 
 
Unidade de Medida 
 
No Sistema Internacional de Unidades (SI) a velocidade é 
dada em metros por segundo (m/s). 
 
Contudo, outra maneira de medir a velocidade é em 
quilômetros por hora (km/h), como notamos nas 
velocidades marcadas pelos carros e nas placas de trânsito. 
 
Nesse sentido, importante destacar que para a converter m/s 
em km/h multiplica-se por 3,6. 
 
Por outro lado, para transformar km/h em m/s divide-se o 
valor por 3,6, visto que 1 km são 1000 metros e 1 hora 
correspondem a 3600 s. 
 
2.9 Juros simples e compostos 
 
Juros Simples 
 
A taxa de juros simples é calculada com base no valor 
inicial de uma compra ou empréstimo. É mais utilizada em 
aplicações de curto prazo. A fórmula utilizada para calcular 
os juros simples é (J = C * i *t), sendo que: 
 
J = juros 
C = capital 
i = taxa fixa 
t = período de tempo 
 
Exemplo: 
 
1. Carla aplicou R$ 500 a taxa de 3% de juros simples. 
Qual será o montante após 8 meses de aplicação? 
Primeiro é necessário calcular os juros: 
 
J = C*i*t 
J = 500 x 0,03 x 8 = 120 
 
Em seguida, já é possível calcular o montante: 
 
M (montante) = C+J 
M = 500 + 120 = 620 
 
Carla terá um montante de R$ 620 reais. 
 
Juros Composto 
 
Essa taxa é calculada sobre o valor acumulado, que aumenta 
 
100 
 
a cada período. É utilizado na maioria das operações 
financeiras, como financiamentos, empréstimos, correção da 
poupança, entre outros. A fórmula utilizada para calcular os 
juros compostos é: 
 
M = C (1+i)t, sendo que: 
J = juros 
C = capital 
i = taxa fixa 
t = período de tempo 
M = montante 
 
Exemplo: 
 
1. Qual o montante de um capital de R$ 12.000 aplicado 
durante três anos em uma instituição financeira que paga 
uma taxa de 1,5% de a.m de juros compostos. 
 
M = C*(1+i)t 
M = 12000 x (1 + 0,015)36 
M = 12000 x 1,01536 
M = 12000 x 1,70914 
M = 20.509,68 
 
O montante será de R$ 20.509,68. 
 
Sistemas de capitalização 
No regime de capitalização simples, os juros são calculados 
sempre sobre o valor inicial, não ocorrendo qualquer 
alteração da base de cálculo durante o período de cálculo 
dos juros. Na modalidade de juros simples, a base de cálculo 
é sempre o Valor Atual ou Valor Presente (PV), enquanto na 
modalidade de desconto bancário a base de cálculo é sempre 
o valor nominal do título (FV). O regime de capitalização 
simples representa, portanto, uma equação aritmética, sendo 
que o capital cresce de forma linear, seguindo uma reta; 
logo, é indiferente se os juros são pagos periodicamente ou 
no final do período total. O regime de capitalização simples 
é muito utilizado em países com baixo índice de inflação e 
custo real do dinheirobaixo; no entanto, em países com alto 
índice de inflação ou custo financeiro real elevado, a 
exemplo do Brasil, a utilização de capitalização simples só é 
recomendada para aplicações de curto prazo. A capitalização 
simples, porém, representa o início do estudo da matemática 
financeira, pois todos os estudos de matemática financeira 
são oriundos de capitalização simples. (KUHNEN, 2008). 
 
Juros Simples 
 
No regime de juros simples, os juros de cada período são 
sempre calculados em função do capital inicial (principal) 
aplicado. Os juros do período não são somados ao capital 
para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes. Os 
juros não são capitalizados e, conseqüentemente, não 
rendem juros. Assim, apenas o principal é que rende juros. 
(PUCCINI, 2004). 
 
Fórmulas 
 
Valor do juro simples - J 
 
 
Valor do montante simples - FV 
 
 
Valor Presente – PV 
 
 
Cálculo da taxa de juros simples – i 
 
 
Cálculos do período em juros simples – n 
 
 
Juros Simples Comerciais, ordinários ou bancários. 
 
Nos juros simples comerciais ou ordinários, para estabelecer 
a conformidade entre a taxa e o período utilizam-se o ano 
comercial. Logo, em juros comerciais todos os meses têm 30 
dias e o ano têm 360 dias, não importando o calendário civil. 
 
Juros Simples Exatos 
 
 Já os juros simples exatos apóiam-se no calendário civil 
para calcular o número de dias entre duas datas. Sendo que o 
mês segue o número de dias do calendário, e o ano civil 
possui 365 dias ou 366 em ano bissexto. 
 
Juros Simples pela regra dos banqueiros 
 
Os bancos geralmente utilizam uma combinação entre os 
conceitos de juros comerciais e exatos, denominado juros 
pela regra dos banqueiros. Sendo que para calcular o número 
de dias entre duas datas, utiliza-se o conceito de juros 
exatos, ou seja, calendário civil, já para calcular o número 
total de dias de um ano ou mês, utiliza-se o conceito de juros 
comerciais, ou seja, um mês têm 30 dias e um ano têm 360 
dias. Este conceito é geralmente empregado em transações 
 
101 
 
financeiras de curto prazo. 
 
Exemplos 
 
1) Se R$ 3.000,00 foram aplicados por cinco meses à 
taxa de juros simples de 4% ao mês, determine: 
a) Os juros recebidos; 
b) O montante. 
 
Solução: 
a) 
 
 
b) 
 
 
No regime de capitalização composta, os juros produzidos 
num período serão acrescidos ao valor aplicado e no 
próximo período também produzirão juros, formando o 
chamado “juros sobre juros”. A capitalização composta 
caracteriza-se por uma função exponencial, em que o capital 
cresce de forma geométrica. O intervalo após o qual os juros 
serão acrescidos ao capital é denominado “período de 
capitalização”; logo, se a capitalização for mensal, significa 
que a cada mês os juros são incorporados ao capital para 
formar nova base de cálculo do período seguinte. É 
fundamental, portanto, que em regime de capitalização 
composta se utilize a chamada “taxa equivalente”, devendo 
sempre a taxa estar expressa para o período de capitalização, 
sendo que o “n” (número de períodos) represente sempre o 
número de períodos de capitalização 
 
Em economia inflacionária ou em economia de juros 
elevados, é recomendada a aplicação de capitalização 
composta, pois a aplicação de capitalização simples poderá 
produzir distorções significativas principalmente em 
aplicações de médio e longo prazo, e em economia com 
altos índices de inflação produz distorções mesmo em 
aplicações de curto prazo. (KUHNEN, 2008). 
 
Juros Compostos 
 O regime de juros compostos é o mais comum no sistema 
financeiro e, portanto, o mais útil para cálculos de 
problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são 
incorporados ao principal para o cálculo dos juros do 
período seguinte. Matematicamente, o cálculo a juros 
compostos é conhecido por cálculo exponencial de juros. 
(BRANCO, 2002). 
 
Fórmulas 
 
Calculo do valor do juro em capitalização composta 
 
 
 
Cálculo do valor futuro em capitalização composta 
 
 
 
Cálculo do valor presente em capitalização composta 
 
 
 
Cálculo da taxa de juros em capitalização composta 
 
 
 
Cálculo do período de aplicação em capitalização 
composta 
 
 
Glossário: 
LN = Logaritmo Neperiano. 
LOG = Logaritmo Decimal. 
 
 Exemplos 
 
1) Quanto uma pessoa deve aplicar hoje, para ter 
acumulado um montante de R$ 100.000,00 daqui a 12 
 
102 
 
meses, a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês? 
 
Solução: 
 
 
 
2.10 Média e noções de estatística 
 
Média, moda e mediana 
 
Média, moda e mediana são dados da Estatística usados 
para simplificar um conjunto de informações em único 
elemento, que são chamados de medidas de tendência 
central. Esses números permitem que certos valores 
quantitativos sejam representados por um dado central e 
encontrados através de conjuntos finitos e infinitos. 
 
Além da média, moda e mediana, existem outras medidas, a 
exemplo da truncada e harmônica. (Foto: Wikipédia) 
 
Conheça as diferenças entre Média, Moda e Mediana. 
 
Média 
 
Conhecida como média aritmética simples, é a operação 
em que todos os dados de um determinado conjunto são 
somados e divididos pelo valor total de membros 
encontrados, ou seja: 
 
M = (x1 + x2 + x3 + … + xn) /nSendo, 
 
• M: média 
• x: os valores quantitativos 
• n: quantidade de elementos do conjunto 
 
A média entre {8, 11, 14, 20, 27}, por exemplo, é feita da 
seguinte maneira: 
 
• x1: 8 
• x2: 11 
• x3: 14 
• x4: 20 
• x5: 27 
• n: 5, pois são cinco componentes dentro do conjunto. 
 
Substituindo na fórmula, teremos: 
 
M = (x1 + x2 + x3 + … + xn) /n 
M = (8+11+14+20 +27) / 5 
M = 80/5 = 16 
 
Percebe-se que o quociente da média aritmética não integra 
os elementos do conjunto. Isso acontece porque o cálculo 
serve para encontrar a medida de centralidade, que reúne 
valores baixos e altos. 
 
Além disso, a soma da média com os componentes do 
conjunto deve resultar em zero. A comprovação dessa regra 
é dada por: 
 
(x1 – M) + (x2 – M) + (x3 – M) + (x4 – M) + (x5 – M) = 
( 8 – 16) + (11 – 16 ) + (14 – 16 ) + (20 – 16) + (27 – 16) = 
( - 8) + ( - 5) + ( - 2) + 4 + 11 = 
(- 15) + 15 = 0 
 
Moda 
 
A Moda (Mo) é o valor que mais aparece dentro de um 
conjunto quantitativo. Com isso, para identificá-la, é 
necessário encontrar a frequência de determinados dados. 
 
Entre as medidas de centralidade, a moda é uma das poucas 
que podem ser aplicadas em variados conjuntos (estimativas 
com nomes, cores, roupas, etc.). Para tal, basta calcular o 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/estatistica
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/media-aritmetica
 
103 
 
termo de maior presença. 
 
Exemplo: 
 
Supondo que os dados são as idades de um time de futebol, 
o levantamento deu origem as conjunto: {18, 19, 19, 
20, 21, 21, 21 ,23, 25, 26, 27}. 
 
Como a sequência acima já apresenta formato crescente, o 
próximo passo é identificar a idade de maior frequência: 2 
jogadores têm 19 anos, outros 2 têm 23 anos e 3 deles 
apresentam 21 anos. 
Portanto, a moda do time de futebol é 21 anos (Mo = 21). 
 
Mediana 
 
A Mediana (Md) significa a medida central de um conjunto 
de dados. O seu cálculo depende de certas regras. Confira: 
 
• Os valores quantitativos devem ser arrumados em ordem 
crescente. 
• Quando a quantidade de elementos forma um conjunto par, 
a mediana é o resultado da soma de duas medidas centrais 
divididas por dois, isto, é: (xm + xn) / 2. 
• Quando a quantidade de elementos forma um conjunto 
ímpar, a mediana é o valor que separa os lados maiores e 
menores do próprio conjunto. 
Exemplos: 
 
 
Dado os conjuntos: 
 
T = {10, 1, 4, 12, 15, 
 6, 8}C = {5, 11, 2, 17,14, 20} 
1° passo: colocar os valores em ordem crescente: 
T = {1,4,6,8,10,12,15} 
C = {2,5,11,14,17,20} 
 
Observa-seque o conjunto T é formado por 7 componentes, 
ou seja, um número ímpar. Com isso, a mediana será o 4° 
elemento, uma vez que separa as partes maiores e menores 
do conjunto. 
 
Logo, Md = 8 
 
Já o conjunto C apresenta 6 membros, ou seja, um número 
par. Assim, a mediana será a razão entre a soma de duas 
medidas centrais (3° e 4° elementos): 
 
Md = 11 +14 / 2 
Md = 25/2 = 12,5 
 
Confirma-se que os dois elementos da esquerda (2 e 5) são 
realmente menores que a mediana calculada, e os da direita 
são maiores (17 e 20). 
 
Média, Moda e Mediana: valor ponderado 
 
Através da média aritmética simples é possível determinar 
a média ponderada (Mp) – método que inclui os pesos dos 
valores quantitativos. 
 
O cálculo matemático é dado pela soma dos produtos da 
multiplicação de uma medida com o seu respectivo peso e, 
em seguida, a divisão do resultado pela soma dos pesos. 
 
Exemplo: 
A tabela abaixo mostra uma relação de notas. Então, a média 
ponderada será: 
 
Mp = (6.3) + (7,3. 2) + (9.2) / 3+2+2 
Mp = 18 + 14,6 + 18 / 7 
Mp = 50,6/ 7 = 7, 23 
 
Tabelas 
 
Todo dia, a todo momento somos bombardeados por 
diversos tipos de dados. Seja pelos vários veículos de 
informações ou pelas sinalizações que nos rodeiam. Os 
vestibulares em geral, vêm dando uma atenção especial na 
habilidade de interpretar uma imagem, de ler e traduzir 
gráficos, na habilidade do tratamento da informação. A 
maneira de organizar essas informações pode fazer a 
diferença na hora de analisá-las. É isso que faremos agora, 
compreender as diversas formas de tratar uma informação. 
 
TABELAS 
 
As tabelas são de fundamental importância para organizar 
dados. Pode-se arrumar os dados coletados em diversos 
tipos de tabelas. Seguem abaixo alguns exemplos: 
 
A) Pesquisa sobre a quantidade de cafeína de alguns 
produtos 
 
104 
 
 
 
B) Pesquisa sobre consumo de cerveja 
 
 
 
C) Tabela periódica é onde ficam organizados os elementos 
químicos 
 
Tabela de distribuição de frequências 
 
Destaca-se dentro das tabelas, uma muito importante 
denominada Tabela de distribuição de frequências. Para 
isso, os elementos são separados em classes, e em seguida, a 
frequência de cada classe é contada. Cabe ressaltar que as 
classes podem ser unitárias, ou um intervalo real. 
 
Vejamos abaixo, um exemplo de classe unitária. 
 
Uma loja de roupas durante o mês de agosto vendeu 500 
calças jeans dentre as numerações 38, 39, 40, 41 e 42. As 
numerações das calças vendidas podem ser classificadas de 
acordo com a tabela: 
 
Observe que são 80 calças número 38. Dizemos que 80 é 
frequência absoluta desse número de calças. Podemos dizer 
simplesmente que a frequência é 80.´ 
 
Se quisermos uma noção do quanto esse número representa 
em relação ao todo, usamos a frequência relativa, que é 
razão entre esse valor e o total. Dessa forma, a frequência 
relativa é a porcentagem de cada classe em relação ao total 
observado. 
 
 
Gráficos 
 
Os tipos de gráficos incluem as diversas formas de 
representar algumas informações e dados, sendo que os mais 
importantes são: coluna, linha, pizza e área. 
 
Compreender os gráficos hoje em dia é uma tarefa essencial, 
pois eles estão muito presentes em nosso cotidiano, seja nos 
jornais, revistas, internet, etc. 
 
Além disso, os concursos, vestibulares e o Enem, contém 
diversas questão em que os gráficos estão presentes. Assim, 
 
105 
 
nada mais importante do que conhecer seus tipos e saber 
interpretá-los. 
 
O que são Gráficos? 
 
Gráficos são representações visuais utilizadas para exibir 
dados, sejam eles, sobre determinada informação, ou valores 
numéricos. 
 
Geralmente, são utilizados para demostrar padrões, 
tendências e ainda, comparar informações qualitativas e 
quantitativas num determinado espaço de tempo. 
 
São ferramentas utilizadas em diversas áreas de estudo 
(matemática, estatística, geografia, economia, história, etc.) 
para facilitar a visualização de alguns dados, bem como para 
tornar os dados mais claros e informativos. 
 
Dessa forma, o uso de gráficos torna a interpretação e/ou 
análise mais rápida e objetiva. 
 
Elementos dos Gráficos 
 
 
Alguns elementos importantes que estão incluídos nos 
gráficos são: 
 
• Título: geralmente possuem um título a respeito da 
informação que será apresentada. 
• Fonte: muitos gráficos, sobretudo os da área de 
estatística, apresentam a fonte, ou seja, de onde as 
informações foram retiradas. Também podem 
apresentar o ano de publicação da fonte referida. 
• Números: estes são essenciais para comparar as 
informações dadas pelos gráficos. A maior parte 
deles utilizam números, seja para indicar 
quantidade ou tempo (mês, ano, trimestre). 
• Legendas: grande parte dos gráficos apresentam 
legendas que auxiliam na leitura das informações 
apresentadas. Junto a ela, cores que destacam 
diferentes informações, dados ou períodos, são 
utilizadas. 
 
Classificação dos Gráficos 
Vejamos agora as diversas maneiras de exibir os dados num 
gráfico, de acordo com o objetivo pretendido: 
 
Gráfico de Colunas 
 
Também conhecido como “Gráfico de Barra”, eles são 
usados para comparar quantidades ou mesmo demostrar 
valores pontuais de determinado período. As colunas podem 
surgir de duas maneiras: 
 
Horizontal: 
 
Vertical: 
 
 
Gráficos de Linha 
 
Também chamado de “Gráfico de Segmento”, ele é usado 
para apresentar valores (sequência numérica) em 
determinado espaço de tempo. Ou seja, mostra as evoluções 
ou diminuições de algum fenômeno. 
 
 
106 
 
 
 
 
Gráfico Pizza 
 
Também chamado de “Gráfico de Setores”, esse modelo 
recebe esse nome pois tem a forma de uma pizza, ou seja, é 
circular. Eles são utilizados para reunir valores a partir de 
um todo, segundo o conceito de proporcionalidade. 
 
 
Gráfico de Área 
 
Esse tipo de gráfico é utilizado para demostrar as alterações 
ou comparar valores ao longo de um tempo. Ele é formado 
por um conjunto de linhas e pontos, onde a área é 
preenchida. 
 
 
 
Histograma 
 
O Histograma é uma ferramenta de análise de dados que 
apresenta diversos retângulos justapostos (barras verticais). 
 
Por esse motivo, ele se assemelha ao gráfico de colunas, 
entretanto, o histograma não apresenta espaço entre as 
barras. 
 
 
Ele é muito utilizado na área da estatística, sendo um 
importante indicador para a distribuição de dados. 
Segundo sua representação gráfica, eles são classificados 
em: 
 
• Histogramas Simétricos: composto de uma 
frequência mais alta (no centro) e que aos poucos 
vai diminuindo conforme se aproxima das bordas. 
• Histogramas Assimétricos: apresenta somente um 
ponto mais alto, sendo que o resto dos retângulos 
são assimétricos. 
• Histograma Despenhadeiro: nesse tipo, a 
representação parece incompleta, pois é usado 
quando alguns dados são eliminados. 
• Histograma com Dois Picos: nesse caso, temos 
duas análises de dados distintas que apresentam 
https://www.todamateria.com.br/estatistica-conceito-fases-metodo/
 
107 
 
dois picos (pontos maiores). 
• Histograma Platô: no centro da figura nota-se a 
aproximação das frequências, o que forma uma 
figura menos desigual. 
• Histograma Retângulos Isolados: também 
chamado de “ilha isolada”, esse caso de histograma 
apresenta lacunas, que por sua vez, indicam uma 
anormalidade ou erros no processo. 
 
Infográficos 
 
Os infográficos representam a união de uma imagem com 
um texto informativo. As imagens podem conter alguns 
tipos de gráficos. 
 
 
Infográfico sobre o Consumo de Água 
Da mesma maneira que os gráficos, eles facilitam a 
compreensão sobre um tema. Esse tipo de ferramenta é 
muito utilizado no meio jornalístico e ainda, nos livros 
didáticos. 
 
Diagramas 
 
Exemplo de Diagrama 
 
Os diagramas são tipos de representações gráficas, que 
demostram, por exemplo, um esquema ou uma maquete. 
 
Também são

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