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Prévia do material em texto

Gestão de preços e custos
Autoria
Lucas Mendes Pereira
GESTÃO DE PREÇOS E 
CUSTOS
ReitoR:
Prof. Cláudio ferreira Bastos
Pró-reitor administrativo financeiro: 
Prof. rafael raBelo Bastos
Pró-reitor de relações institucionais:
Prof. Cláudio raBelo Bastos
diretor de oPerações:
Prof. José Pereira de oliveira
coordenação Pedagógica:
Profa. Maria aliCe duarte G. soares
coordenação nead:
Profa. luCiana r. raMos
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou par-
cialmente, por quaisquer métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotos-
tática ou outros, sem a autorização escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos para 
tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser 
dirigidos à Reitoria.
expediente
Ficha técnica
autoria: 
luCas Mendes Pereira
suPervisão de Produção nead:
franCisCo Cleuson do nasCiMento alves
design instrucional:
antonio Carlos vieira / Ana Lúcia do 
Nascimento
Projeto gráfico e caPa:
franCisCo erBínio alves rodriGues / 
MiGuel José de andrade Carvalho
diagramação e tratamento de imagens:
MiGuel José de andrade Carvalho
revisão textual: 
antonio Carlos vieira
Ficha catalogRáFica
catalogação na publicação
biblioteca centRo univeRsitáRio ateneu
PEREIRA, Lucas Mendes. Gestão de preços e custos. / Lucas Mendes Pereira. – Fortaleza: 
Centro Universitário Ateneu, 2019.
120 p. 
ISBN:
1. Gestão de preços e custos. 2. Métodos de custeio. 3. Formação de preços. 4. Estrutu-
ra de mercado. Centro Universitário Ateneu. II. Título.
SEJA BEM-VINDO!
Caro estudante, é com grande satisfação que apresento o material 
didático da disciplina Gestão de Preços e Custos. Ao ler e estudar por este 
material, você terá condições de responder as atividades preparadas para o 
seu curso.
Este livro está dividido em quatro unidades de acordo com a ementa 
da disciplina. Iniciaremos com conceitos básicos sobre gastos, desembolsos, 
investimentos, desperdícios, perdas, despesas e custos, buscando promover 
o entendimento do processo de formação de preços a partir da análise da 
estrutura de custos de cada produto e serviço.
Em seguida, demonstraremos os principais métodos de rateio através 
da apropriação dos custos diretos e indiretos, fazendo comparações entre 
um método e outro, para depois entendermos como realizar um diagnóstico 
de mercado (demanda e concorrentes) e os mecanismos de avaliação da 
produtividade, que podem ser usados por uma empresa, projetando lucro 
ou prejuízo, a partir de indicadores fundamentais como: a margem de 
contribuição unitária e os pontos de equilíbrio.
Posteriormente, avaliaremos a formação de preços a partir da técnica 
de mark-up e o valor percebido pelo cliente. E, por fim, conheceremos os 
principais impostos que incidem no comércio das mercadorias, como o ICMS 
e o IPI, as características do preço de transferência, a estrutura de mercado, 
as estratégias de penetração de preço e desnatamento de mercado no 
lançamento de produtos e serviços, a importância do uso da planilha P&L; 
os elementos que determinam a lei geral da demanda; a mensuração de 
desempenho nas operações de uma empresa e as decisões de investimento 
de capital.
Não é nosso objetivo esgotar todo o assunto neste material didático, ao 
contrário, você deverá procurar outras fontes além deste livro para aprofundar 
seu conhecimento e estar sempre atualizado sobre os temas estudados aqui.
Bons estudos!
SUMÁRIO
CONECTE-SE
ANOTAÇÕES
REFERÊNCIAS
Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem e significam:
SUMÁRIO
1. Introdução à gestão de preços e custos.................. 8
2. Gastos e desembolsos ............................................ 9
3. Custos de fabricação e despesas ......................... 10
4. Perdas, desperdícios e investimentos ................... 11
5. Classificação dos custos ....................................... 13
6. Sistemas de acumulação de custos ...................... 16
7. Custos na indústria e no comércio ........................ 20
8. Custos nas empresas de serviços......................... 21
Referências ............................................................... 26
01
1. Método do custeio variável ou direto ..................... 28
2. Método de custeio por absorção ........................... 30
3. Método de custeio por absorção total ou pleno .... 33
4. Método de custeio activity based costing (abc) ..... 36
5. Método de custeio padrão ..................................... 44
Referências ............................................................... 52
02
MÉTODOS DE CUSTEIO
GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS
1. Preço de transferência .......................................... 84
2. Estrutura de mercado ............................................ 92
3. Preço de penetração de mercado 
e desnatamento ......................................................... 97
4. Planilha P&L ........................................................ 101
5. Lei geral da demanda .......................................... 103
6. Mensuração de desempenho .............................. 108
7. Decisões de investimento de capital ................... 111
Referências ............................................................. 119
04
APERFEIÇOAMENTO NO APREÇAMENTO
1. Análise do custo-volume-lucro .......................... 54
2. Considerações sobre ICMS e IPI ...................... 76
 Referências ............................................................ 81
03
FORMAÇÃO DE PREÇOS
Apresentação
Nesta unidade, iniciaremos o curso falando sobre as diferenças e os 
conceitos básicos de gastos, desembolsos, investimentos, desperdícios, 
perdas, despesas e custos. Esta etapa é de suma importância para que 
possamos entender os conceitos principais do assunto e darmos seguimento 
aos estudos.
Posteriormente, classificaremos o que são custos diretos, indiretos, 
fixos e variáveis. Para, então, entendermos os sistemas de acumulação de 
custos.
Em seguida, conheceremos as características dos custos na indústria, 
comércio e na prestação de serviços.
A presente unidade pretende promover o entendimento do processo 
de formação de preços a partir da análise da estrutura de custos de cada 
produto, mercadoria e serviço com o intuito de ajudar profissionais do 
mercado, empreendedores e administradores na análise de resultados nas 
vendas e, assim, alcançar ótimos resultados na gestão dos negócios.
Unidade
01
Gestão de preços e 
custos
lucas Mendes peReiRa
8 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS|
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM
• Conhecer os conceitos da contabilidade de custos;
• Diferenciar os termos: gastos, custos, despesas, investimentos, desperdícios 
e perdas; 
• Diferenciar custos de fabricação e despesas;
• Entender os sistemas de acumulação de custos;
• Compreender o processo de formação de preço a partir da classificação de 
custos na indústria, comércio e prestação de serviços.
1. Introdução à Gestão de preços e custos
De acordo com Padoveze (2015), a contabilidade de custos é o 
segmento da ciência contábil especializado na gestão econômica do custo 
e dos preços de venda dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas. 
Desta forma, a contabilidade de custos surge no contexto histórico da 
Revolução Industrial com a chegada da automação dos processos e com o 
novo paradigma de produção em massa. Daí a importância do entendimento 
da estrutura dos custos dos produtos para obtenção da margem de lucro. 
Conforme Yanase (2018), compreender a relevância sobre a formação 
de custos e preços dos produtos é uma boa maneira para a gestão dos 
negócios. Ele estabelece uma relação de importância do conhecimento sobre 
os custos dos produtos, mercadorias e serviços afirmando que é tão 
importante quanto dominar o mercado, a concorrência e o chão de fábrica. Já 
que a partir desses pressupostos se obtém uma administração adequada dos 
custos e das despesas, e, portanto, melhor formação do preço.Já Kotler (2000) afirma que dentre os elementos do mix de marketing, 
é o preço o responsável pela produção de receita, os demais produzem 
custos. Além de ele ser um dos mais flexíveis devido à possibilidade de ser 
alterado com maior facilidade diante de outros fatores mais complexos, como 
a mudança de canais de distribuição e características dos produtos. O autor 
ainda considera que a concorrência de preços é o maior problema com o 
qual as empresas se deparam. E muitas delas não determinam seus preços 
de forma adequada.
GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 9|
2. Gastos e desembolsos
Muitas pessoas se confundem na hora de classificar os seus gastos. 
De uma forma geral, podemos classificar gastos ou desembolso como 
qualquer saída de dinheiro do seu bolso ou do bolso da empresa para pagar 
alguma coisa.
Segundo Padoveze (2015, p. 20), a diferenciação do conceito de 
custo e despesa direciona os tipos de gastos: os custos são gastos para o 
produto (efetuados para o processo de produção, manufatura dos produtos) 
e as despesas representam todos os gastos que são associados às vendas 
de um período (os gastos administrativos e comerciais).
Figura 01: Gastos, custos e despesas no comércio.
 
Fonte: .
Logo, os gastos para produto é o custo de tudo aquilo que está 
associado à necessidade fim do processo de produção, ou seja, são os gastos 
industriais ligados diretamente à manufatura de produtos. Por exemplo: se 
eu tenho uma loja de calçados, comprar os calçados é custo, se eu tenho uma 
indústria e fabrico sabonetes, a matéria-prima para produzir esses sabonetes é 
custo. Todas as outras como aluguel do espaço, salário dos funcionários, entre 
outros, chamamos de gastos para o período e com isso temos a diferenciação 
de uma forma mais clara do que são custos e despesas.
10 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS|
3. custos de fabrIcação e despesas
Classificar os custos e despesas de forma correta é importante para 
a apuração segura e precisa dos resultados de um negócio.
Como já explicado no tópico anterior, os custos são todos aqueles 
gastos embutidos no processo produtivo. Ou seja, na linha de produção 
seria o salário da pessoa que trabalha na fábrica, a manutenção de uma 
máquina, o valor da matéria-prima utilizada no processo produtivo, a energia 
elétrica consumida, enfim, tudo aquilo que está ligado diretamente à linha de 
produção de uma fábrica.
Figura 02: Saber a diferença de custos e despesas é essencial para a 
formação de um bom gestor.
Fonte: .
A despesa é identificada como sacrifício de recurso para obtenção 
da receita e manutenção da estrutura administrativa do negócio. Ela é um 
desembolso que visa à obtenção de receitas. Ou seja, são os gastos com 
salário do pessoal do administrativo, telemarketing, vendas, tarifas bancárias, 
comissões, frete de entrega, dentre outros. Resumindo, as despesas são 
aqueles gastos externos ao produto e que são direcionados para vender ou 
administrar a empresa que faz o produto.
Já a relação de custo-despesa da embalagem de um produto vai ser 
considerada um custo se no processo produtivo essa embalagem estiver 
acondicionada ao produto. Caso a embalagem seja apenas um adereço do 
GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 11|
produto, por exemplo, uma sacola personalizada com a marca da empresa, 
não precisando necessariamente daquela embalagem para o produto ser 
comercializado, ela se torna uma despesa.
Se ainda estiver em dúvida de como distinguir custos de despesas, 
faça a seguinte pergunta para um melhor entendimento: se por acaso eu 
eliminar determinado gasto dentro do processo produtivo de minha empresa, 
o meu estoque de produtos seria afetado diretamente? Se a resposta for sim, 
então, temos um custo e não uma despesa.
Logo, se o custo para fabricação das unidades de produtos de uma 
empresa estiver acima da média setorial, então, há algum problema dentro 
do processo, ou seu preço precisa ser revisto. Caso a despesa que esteja 
elevada, então, a empresa possui uma estrutura muito superior ao volume 
de vendas e precisa reestruturar o seu negócio ou alavancar as vendas.
MEMORIZE
Custos são todos os gastos associado à fabricação de um produto numa 
indústria ou aquisição de mercadoria para revenda no comércio. Despesas 
são os gastos para manutenção de toda a estrutura administrativa de uma 
empresa e que tem a intenção de obter receita.
4. perdas, desperdícIos e InvestImentos
Organizar atividades diversas como compra e estoque de produtos, 
definição de preços e verbas para propaganda e marketing, dentre outras 
atividades, exige uma boa gestão financeira, visto que um equívoco na 
contabilidade de custos pode gerar uma cadeia de prejuízos para uma 
empresa. Portanto, conhecer as diferenças entre, perdas, desperdícios e 
investimentos é de suma importância para que um negócio funcione de 
forma eficaz.
• Perdas: é um prejuízo que a empresa adquire devido a danos ou 
sobras anormais. Pode ser devido a causas naturais como uma en-
chente ou terremoto que danifica máquinas e equipamentos, danifica 
12 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS|
a matéria-prima, o prazo de validade vencido de um produto, roubo 
ou pode ser uma sobra anormal em excesso, como o corte errado de 
um pano de uma calça ou camisa que não pode ser mais aproveitado. 
Figura 03: Segundo a ONU, perdas econômicas causadas por desastres 
relacionados com o clima subiram 151% nos últimos 20 anos. 
 
Fonte: .
Numa confecção de tecidos, por exemplo, se o fabricante faz cortes 
estilizados pequenos para dar um design a uma calça, esse material que 
sobrou é considerado como custo, mas se o corte for fora dessa proposta, e 
for cortado equivocadamente, não dando para aproveitar nada do que sobrou, 
esse tecido é considerado uma perda.
• Desperdícios: “Podemos caracterizar desperdício como a realização 
atual de um processo, tarefa ou atividade que já poderia ser realizada 
de forma mais eficiente ou eficaz com um menor dispêndio de recur-
sos.” (PADOVEZE, 2013, p. 18). Como exemplo, pode-se citar uma 
empresa especializada em desenvolvimento de games que decide 
utilizar a verba de marketing disponível para direcionar sua campanha 
para estratégias de marketing digital, com o intuito de divulgar de 
maneira mais segmentada e assertiva informações e ofertas para o 
seu público-alvo, ao invés de desperdiçar tempo e dinheiro fazendo 
propaganda de seus produtos e serviços nos meios tradicionais como 
TV, rádio e jornal, que atinge toda uma massa consumidora. 
GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 13|
Figura 04: Ter uma boa segmentação torna mais fácil planejar estratégias e 
evitar desperdícios.
 
Fonte: .
• Investimento: investimento se refere a todo gasto que vai produzir 
benefícios futuros, ou seja, um gasto efetuado hoje que gerará be-
nefícios por um determinado período de tempo. É tudo aquilo com a 
busca ou finalidade de trazer mais receita ou melhorar a imagem de 
uma empresa. Esse investimento pode ser em pesquisa de marketing, 
adoção de uma auditoria ou consultoria empresarial, na compra de 
maquinário, equipamentos, imóveis, veículos, softwares, na realização 
de uma obra para melhorar ou aumentar a estrutura de uma loja ou 
fábrica, e quaisquer outros serviços ligados a produtividade.
A compra por si só de matéria-prima que vai para estoque ao chegar 
numa indústria é considerável um investimento. No momento que ela é 
utilizada na produção, o consumo dessa matéria-prima é considerado um 
custo, mas no ato da compra ela é um investimento. Portanto, nem sempre 
a matéria-prima vai ser um custo.
Numa visão econômica, o investimento constitui aplicação de capital 
para aumento da capacidade de produção de uma empresa.
5. classIfIcação dos custos
A classificação de custos e despesas é importante para cálculos de 
precificação, definição do ponto de equilíbrio, entre outras diversas análises 
econômicas e financeiras. Abaixo segue a classificação dos principais tipos 
de custos de umaempresa.
14 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS|
• Custos diretos: são os custos vinculados diretamente a um de-
terminado produto que foi fabricado na indústria ou empresa, são 
perfeitamente mensuráveis, e de forma objetiva. Podem ser alocados 
diretamente a cada unidade/produto vendido, com uma proporção pré-
-estabelecida e conhecida. Exemplos: na produção de uma geladeira, 
a quantidade de peças já é determinada na fabricação, logo é possível 
saber a quantidade exata do custo de cada unidade. Já o serviço de 
uma loja especializada em consertos de celulares e/ou computadores, 
por exemplo, identificam-se quais peças foram trocadas e quanto tem-
po o profissional gastou no conserto, dessa maneira os custos diretos 
têm maior clareza de serem mensuráveis, e de forma objetiva. Outros 
exemplos são as comissões definidas por venda de um determinado 
produto, os custos com insumos para produzir um item numa fábrica, 
o custo de aquisição de uma mercadoria, dentre outros.
• Custos indiretos: são aqueles custos mais difíceis de calcular, pois 
não são conhecidas as quantidades exatas para a produção de cada 
unidade de produto. Sabemos, por exemplo, que foi gasto aluguel e 
energia na produção de uma calculadora, mas não se sabe dizer o 
quanto foi gasto por cada item. Portanto, a forma de se calcular isso 
é através do critério de rateio. Uma proporção aproximada para 
calcular o custo unitário daquele produto. Exemplo: imagine que 
você tem uma loja de produtos eletrônicos e o custo de aluguel é de 
R$ 2.000,00 e ao longo de um mês você comprou direto no fabricante 
1.000 calculadoras para revenda, então, dividindo o custo do aluguel 
pelo número de unidades adquiridas, você tem R$ 2,00, assim, den-
tro da estrutura do custo unitário de cada calculadora, você tem, por 
exemplo, além de R$ 1,50 de aquisição de cada produto junto ao 
fornecedor, R$ 2,00 de aluguel e R$ 0,50 de comissão por vendedor 
em cima de cada calculadora. E isso tem que ser repetido com conta 
luz, água, e todos os outros custos indiretos, que você consegue 
visualizar no seu negócio. Outros exemplos de custos indiretos são 
a mão de obra indireta, no caso dos supervisores, manutenção de 
equipamentos e estruturas, entre outros custos.
É preciso conhecer o custo unitário de cada produto para poder definir 
com segurança o preço de venda ou entender o quanto está o seu custo em 
relação ao preço de venda do mercado. Dessa forma, entender a parcela 
de custos diretos e os custos indiretos são imprescindíveis para análise de 
resultado na venda e assim alcançar ótimos resultados na gestão.
GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 15|
• Custos fixos e variáveis: para Kotler (2000), os custos de um negó-
cio são divididos em custos fixos (também conhecidos como custos 
indiretos) os quais a empresa deve pagar mensalmente independente 
da variação da produtividade ou receita de vendas. Exemplos: 
despesas com energia, juros, folhas de pagamentos, dentre outros. 
E os custos variáveis que se alteram de acordo com o nível de pro-
dutividade. O autor cita, como exemplo, cada calculadora de mão 
produzida pela Texas Instruments, na qual sua produção envolve o 
custo de plástico, de microprocessadores e de embalagem. E esses 
custos são chamados variáveis, pois o seu total varia de acordo com 
o número de unidades fabricadas. Portanto, existem dois principais 
tipos de classificação, uma em relação ao volume e outra em relação 
ao produto.
Quanto ao volume, temos a diferenciação do que é fixo e do que é 
variável. Custos e despesas fixas existem independentemente das vendas, 
seus gastos iniciam-se juntamente com a atividade empresarial, sem relação 
com o volume de receita, como exemplo, podemos citar o salário do segurança, 
que deve ser pago independentemente do desempenho das vendas, e esse 
mesmo raciocínio vale para salários administrativos, despesas com alugueis, 
internet, telefone, tarifas bancárias, entre outras contas. 
Já os custos variáveis estão diretamente relacionados ao faturamento, 
por exemplo, os gastos com comissões possuem comportamento variável, 
aumenta os seus gastos quando a receita cresce e diminuem quando a 
receita cai. Outros exemplos são os impostos sobre vendas, frete de entrega, 
custo da mercadoria vendida etc. Essa análise é realizada na relação ao 
curto e médio prazo da empresa. Quando avaliamos o longo prazo, todos 
os custos e despesas são considerados variáveis, já que o crescimento 
contínuo nas vendas requer um aumento na estrutura do negócio, melhoria 
nos equipamentos e processos, logo um aumento em todos os gastos da 
empresa.
 Quando avaliamos o longo prazo, 
todos os custos e despesas são 
considerados variáveis... 
16 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS|
FIQUE ATENTO
Não devemos confundir classificação de custos fixos com valores iguais 
todo mês. A despesa pode ter valores diferentes entre os meses, e ainda ser 
considerada fixa, como exemplo, pode-se citar as contas de água e energia 
elétrica de uma empresa comercial. Haverá um consumo todo mês, porém, o 
valor pode ser diferente. Contudo, seu comportamento é fixo em relação ao 
faturamento, e mesmo que a empresa fique com zero de receita, ainda deverá 
pagar essas despesas.
6. sIstemas de acumulação de custos
Segundo Yanase (2018, p. 49), “Sistema de acumulação de custos 
refere-se à forma como os custos serão integrados em vista da característica 
principal do processo produtivo: processo contínuo ou processo por ordem 
de produção ou encomenda”
6.1. Sistema de custeio por processo
No sistema de custeio por processo, a produção de determinado item 
segue um padrão de fabricação, uma linha pré-definida de dimensões e 
especificações.
Quadro 01: Características do sistema de custeio por processo.
Produção contínua.
Padronização na linha de produtos.
Mercadoria produzida a partir de estudos de mercado (clientes consomem o que é 
fabricado e disponível pela empresa).
O cálculo do custo médio unitário é feito a partir de informações e gastos incorri-
dos na produção.
Fluxo operacional de produção homogêneo.
Setores que utilizam o sistema: indústrias de confecção, alimentícia, química, 
automobilística etc.
Fonte: YANASE (2018) (adaptado).
GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 17|
Figura 05: Modelo de fluxograma do sistema de produção por processo de 
fabricação de calçados.
1ª FASE: DESIGN
2ª FASE: MODELAGEM
3ª FASE: CORTE
4ª FASE: COSTURA
5ª FASE: MONTAGEM
6ª FASE: ACABAMENTO
Fonte: (adaptada).
6.2. Sistema de custeio por ordem de produção ou por 
encomenda
De acordo com Yanase (2018), é quando uma empresa atende 
demandas específicas de cada cliente ou de cada pedido dentro de 
suas possibilidades técnicas, mobilizando toda a produção para atender 
uma encomenda específica, com condições de pagamentos previamente 
acertadas, com maior qualidade e definição do prazo de entrega. 
Portanto, o sistema de produção por ordem ou encomenda muitas 
vezes envolve produtos de alta tecnologia, valor e complexidade para 
atender os desejos e necessidades do cliente, visto que não são adquiridos 
em quantidade e exigem que todas as atividades da empresa estejam voltadas 
para a produção. E geralmente para fabricação de uma unidade de produto, é 
necessário mais tempo, mão de obra especializada de vários colaboradores, 
peças e materiais com custo elevado.
18 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS|
Quadro 02: Características do sistema de produção por ordem ou 
encomenda.
Produtos que atendem às necessidades específicas dos clientes.
Encomendas são atendidas a partir de: especificações técnicas, de qualidade, 
prazo determinado, preço e condições de pagamento.
Não há estocagem de produtos pela empresa, pois a entrega é imediata após 
fabricação.
Para maior segurança e controle de custos da empresa, geralmente o cliente 
adianta uma parte do pagamento para fabricação do produto.
A fabricação do produto exige mão de obra especializada e um plano específi-
co de produção.
Exemplos de produção por encomenda: impressos gráficos,máquinas espe-
ciais, navios, carros de luxo etc.
Fonte: YANASE (2018) (adaptado).
Figura 06: Etapas de um sistema de produção por encomenda.
 Fonte: (adaptada).
Quadro 03: Demonstrativo das diferenças da produção por ordem e por 
processo.
Característica
analisada
Produção
por ordem
Produção
por processo
Desenvolvimento do 
produto.
Especificação do 
cliente.
Especificação do
fabricante.
Contratação do
fornecimento.
Seleção subjetiva
(concorrência).
Seleção objetiva
(amostra).
Produção. Limitada pelo cliente.
Planejada pelo
fabricante.
Dimensão da produção.
Número de pessoas 
contratadas.
Número de peças do 
período.
Mercado. Poucos compradores. Muitos compradores.
GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 19|
Vendas Procura do cliente.
Procura do cliente ou 
oferta do fabricante.
Produto. Sob medida. Seriado.
Necessidade do
produto.
Especificação do 
cliente.
Global do mercado.
Local de produção.
Na fábrica ou no 
campo.
Na fábrica.
Estoque de
matéria-prima.
Temporário e
específico.
Permanente, geral para 
vários produtos.
Estoque de produtos. Indesejável. Necessário.
Prazos de produção.
Geralmente, médio e 
longos.
Geralmente, curtos.
Fonte: YANASE (2018).
Quadro 04: Demonstrativo das diferenças da produção por ordem e por 
processo.
Característica
analisada
Produção
por ordem
Produção
por processo
Acumulação dos custos. Por ordem de produção.
Por departamento e, em 
seguida, por produto.
Apuração dos custos 
unitários.
Custo específico por 
ordem de produção ou 
lote de produtos.
Custo médio por 
unidade produzida no 
período.
Requisição de mate-
riais.
Indica-se o número de 
ordem de produção.
Indicam-se o departa-
mento e/ou o código do 
produto.
Período de apuração 
dos custos finais.
Início e término de 
produção ou abertura e 
fechamento da ordem 
de produção.
Início e término do 
período contábil.
Custo unitário.
Subsídios para preços 
em atividades futuras.
Compara custo médio 
em diferentes períodos 
para conhecer as cau-
sas das variações.
Forma de custeamento. Predeterminada ou real. Padrão ou real.
Fonte: YANASE (2018).
20 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS|
7. custos na IndústrIa e no comércIo
Conforme Padoveze (2015), as empresas comerciais se diferenciam 
das empresas industriais no que diz respeito à aquisição de insumos e 
estoque, pois as primeiras trabalham com apenas um insumo de custos, 
que são as mercadorias, apresentando um único tipo de estoque chamado 
de estoque de mercadorias. Enquanto que as indústrias possuem três 
tipos de estoques: as matérias-primas, os componentes, os materiais de 
embalagens e os auxiliares, que no momento em que não são usados para 
fabricação dos produtos, são chamados de estoques de materiais.
Quando esses materiais são requisitados pela fábrica para serem 
processados, o seu estoque passa a ser chamado de produção em 
andamento ou em elaboração. E depois de concluído todo o processo de 
fabricação do produto e que o mesmo vai ficar disponível para venda, essa 
etapa final é chamada de estoque de produtos acabados.
Quadro 05: Custos nas empresas comerciais x empresas industriais.
Empresa
Comercial
Empresa
Industrial
INSUMOS (custos) INSUMOS (custos)
Mercadorias adquiridas.
Matérias-primas e componentes;
Materiais de embalagens;
Materiais auxiliares ou indiretos;
Mão de obra industrial;
Gastos gerais fabris;
Depreciações industriais.
ESTOQUES ESTOQUES
De mercadorias.
De materiais; 
De produção em processo;
De produtos acabados.
CUSTOS DAS VENDAS CUSTOS DAS VENDAS
Custos das mercadorias vendidas.
Custos dos produtos e serviços 
industriais vendidos.
Fonte: PADOVEZE (2013).
GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 21|
MEMORIZE
A diferença fundamental entre custo dos produtos nas empresas 
comerciais e o custo dos produtos nas empresas industriais é que as primeiras 
têm só um insumo para o custo das mercadorias adquiridas para revenda, ao 
passo que as segundas têm de utilizar vários insumos para o processo de 
obtenção (produção) dos produtos (PADOVEZE, 2013).
8. custos nas empresas de servIços
Muitas empresas estão sujeitas ao fechamento de seus negócios 
pelo simples fato de não dominar os custos dos seus serviços e não saber 
cobrar o preço ideal para realizá-los. Encontrar empresas do segmento da 
prestação de serviços que apresentam tais dificuldades na gestão desses 
custos é muito comum.
Figura 07: Principais dificuldades dos profissionais e empresas de serviços 
para gestão de custos.
Fonte: YANASE (2018) (adaptada).
22 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS|
No instante em que um profissional que presta serviços de consultoria 
apresenta uma proposta comercial para uma empresa, é comum que ela 
considere o valor do serviço alto, no entanto, o profissional que está avaliando 
nem sempre tem ciência dos custos e benefícios envolvidos.
Figura 08: Uma proposta comercial é um atrativo para o cliente escolher por 
contratar o serviço ou comprar o produto da empresa.
 
Fonte: .
Portanto, a dica é que o prestador de serviços busque apresentar 
de forma detalhada os custos embutidos no processo, por exemplo, 
como o contador ou advogado na elaboração dos contratos, os custos com 
deslocamento, projeção das horas de trabalho, os profissionais envolvidos no 
processo, as atividades que serão executadas, tempo de entrega, materiais 
utilizados, e os diferenciais de sua atividade de consultoria. Todos esses 
elementos devem ser embutidos como custos do serviço de forma que fique 
mais claro o preço do serviço e o trabalho a ser realizado. 
Figura 09: Importância do domínio dos custos de uma empresa.
Avaliar o custo dos
serviços ofertados e
definir o preço com
uma melhor
margem de lucro.
Conhecer os resultados
alcançados com as
vendas realizadas.
Valorizar o trabalho a ser feito,
detalhando os custos de cada
etapa e demonstrando
com mais clareza
para a empresa que vai
adquirir os serviços.
Tomar as
decisões mais
adequadas perante
o mercado e 
a concorrência.
Fonte: PADOVEZE, 2015 (adaptada).
GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 23|
Segundo Padoveze (2015), naturalmente os serviços se caracterizam 
por ser produzidos e vendidos ao mesmo tempo e por isso não possuem 
estoques de seus produtos finais. O teórico, também, afirma que é normal que 
uma variedade de serviços determine a utilização de insumos de materiais, 
por exemplo: refeições, transportes, procedimentos médicos, dentre outros. 
 ...os serviços se caracterizam por ser 
produzidos e vendidos ao mesmo tempo 
e por isso não possuem estoques de seus 
produtos finais. 
O autor ainda chama a atenção para o fato de que a composição 
do custo dos serviços também inclui os insumos de materiais, além dos 
demais necessários para a execução dos serviços, como mão de obra, gastos 
gerais e depreciação dos equipamentos e bens utilizados. E nas empresas 
de serviços que consomem materiais, existe o estoque de materiais ou de 
insumos.
Quadro 06: Custo nas empresas de serviços.
EMPRESA
DE SERVIÇO
INSUMOS (custos) 
Materiais e componentes;
Materiais auxiliares ou indiretos;
Mão de obra aplicada nos serviços;
Mão de obra de apoio à operação dos serviços;
Gastos gerais;
Depreciações da operação dos serviços.
ESTOQUES
Materiais diretos;
Materiais indiretos.
CUSTOS DAS VENDAS
Custos dos serviços vendidos.
Fonte: PADOVEZE (2013, p .9).
24 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS|
PRATIQUE
1. Qual a importância de entender a estrutura do custo para definição do preço 
de venda?
2. Defina o que são gastos para o produto e gastos para o período. 
3. Diferencie custos de fabricação e despesas. Cite 2 exemplos de cada. 
4. Conceitue perdas e desperdícios.
5. Quais as finalidades do investimento numa empresa? 
GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 25|
6. Explique o que são custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. 
7. Cite as principais características do sistema de custeio por processo e do sis-
tema de custeio por ordem de produção ou por encomenda.
8. Qual a diferença fundamental entreos custos de produtos na indústria e cus-
tos de produtos no comércio?
9. Cite os 3 tipos de estoques nas empresas industriais. 
10. Por que é importante compreender os custos na prestação de serviços? 
26 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS|
RELEMBRE
 
Nesta unidade, você observou a necessidade de se entender e estruturar 
os custos dos produtos, mercadorias e serviços para definir melhor a margem 
de lucro dos preços. 
Aprendeu a diferenciar conceitos e terminologias como gastos, 
desembolso, custos, despesas, investimentos, perdas e desperdícios, e ainda 
a importância de classificar os custos em diretos, indiretos, fixos e variáveis 
para obter uma maior vantagem competitiva na formação de preços.
Conheceu os sistemas de acumulação de custos como ferramenta 
importante para a organização do processo da fabricação dos produtos na 
indústria.
Compreendeu que há diferenças na classificação de custos e estoques 
na indústria, comércio e prestação de serviços.
REFERÊNCIAS
YANASE, João. Custos e formação de preços: importante ferramenta para 
tomada de decisões. São Paulo: Trevisan Editora, 2018.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade de custos: teoria, prática, integração 
com sistemas de informações (ERP). São Paulo: Cengage Learning, 2015.
PADOVEZE, Clóvis Luis; TAKAKURA JUNIOR, F. K. Custos e preços de 
serviços: logística, hospitais, transporte, hotelaria, mão de obra, serviços em 
geral. São Paulo: Atlas, 2013.
KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. 
São Paulo: Prentice Hall, 2000.
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