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SOPRO NO CORAÇÃO_

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SOPRO NO CORAÇÃO 
| CAUSAS, SINTOMAS 
E TRATAMENTO 
Autor: Dr. Pedro Pinheiro » 5 de julho de 2014 | Fonte: Mdsaude 
O que é um sopro no coração? 
O que causa o sopro no coração? 
Existe mais de um tipo de sopro? 
Sopro cardíaco é algo grave? 
Todo sopro indica doença? 
Se você não sabe responder as perguntas acima, então este texto foi 
feito para você. 
Introdução 
O sangue flui de modo contínuo e em uma única direção dentro das 
cavidades cardíacas, não produzindo nenhum barulho. O sopro cardíaco 
é um som que pode ser escutado quando há interferência neste fluxo, 
havendo turbulência do sangue dentro do coração. O sopro geralmente 
surge por problemas nas válvulas cardíacas, mas em crianças e em 
pessoas jovens saudáveis ele pode ser um achado inocente, sem 
nenhum significado clínico. 
O sopro costuma ser identificado durante o exame físico médico, através 
da ausculta cardíaca com o estetoscópio. 
Antes de falarmos do sopro cardíaco propriamente dito, precisamos dar 
uma passada rápida na anatomia e na fisiologia básica do coração. Para 
compreender termos como sopro sistólico, sopro de regurgitação ou 
sopro por insuficiência mitral, é preciso primeiro entender o que são as 
válvulas cardíacas e como o sangue normalmente flui entre as estruturas 
do coração. Leia com atenção as próximas linhas pois o seu 
entendimento é essencial para a compreensão do resto do texto. 
Utilizarei algumas figuras para ajudar. 
Como funciona o coração? 
O coração é dividido em 4 câmaras: 
 
– Átrio (ou aurícula) esquerdo 
– Átrio (ou aurícula) direito 
– Ventrículo esquerdo 
– Ventrículo direito 
O sangue chega ao coração por 2 maneiras: 
1- O sangue que chega à parte esquerda do coração vem dos pulmões, 
entra pelo átrio esquerdo, passa ao ventrículo esquerdo e depois é 
bombeado de volta ao corpo. Este sangue é representado pela cor 
vermelha na figura abaixo. 
 
2- O sangue depois de passar por todo o corpo, retorna ao coração. 
Agora ele chega pelo átrio direito, passa para o ventrículo direito e é 
finalmente bombeado em direção aos pulmões, onde depois de 
oxigenado retorna ao coração pelo átrio esquerdo com explicado no item 
 
 
1. Este sangue é representado pela cor azul na figura abaixo. 
 
 
 
O sangue não circula livremente dentro do coração. Existem 4 válvulas 
que servem de porta, abrindo-se e fechando-se de modo a impedir que o 
sangue retorne de uma cavidade para outra. Uma vez dentro dos 
ventrículos, o sangue já não retorna mais de volta para os átrios, e 
quando dentro das artérias, o sangue também já não mais retorna aos 
ventrículos. 
Graças as válvulas, o sangue flui somente em uma única direção: 
veia »» átrio »» ventrículo »» artéria. 
 
Válvulas do coração direito: 
– Válvula tricúspide – localiza-se entre o átrio direito e o ventrículo direito. 
– Válvula pulmonar – localiza-se entre o ventrículo direito e a artéria 
pulmonar 
Válvulas do coração esquerdo: 
– Válvula mitral – localiza-se entre o átrio esquerdo e o ventrículo 
esquerdo 
– Válvula aórtica – localiza-se entre o ventrículo direito e a artéria aorta. 
 
 
Como é um sopro cardíaco? 
Como todos já sabemos, quando auscultamos o coração com um 
estetoscópio é possível ouvi-lo batendo: “tum-tum…tum-tum…tum-
tum…tum-tum” 
Mas por que o coração faz dois sons de cada vez (“tum-tum…tum-
tum…tum-tum”) em vez de apenas um (“tum…tum…tum”)? 
Na verdade, ao contrário do que se pensa, esses sons não são pelo 
batimento do coração, mas sim pelo fechamento das suas válvulas. O 
primeiro “tum” é produzido pelo fechamento das válvulas mitral e 
tricúspide que impedem o retorno do sangue aos átrios enquanto os 
ventrículos se contraem. O segundo “tum” ocorre pelo fechamento das 
válvulas aórtica e pulmonar, impedindo que o sangue que já foi lançado 
em direção as artérias retorne aos ventrículos. Enquanto a mitral e a 
tricúspide estão fechadas, a aórtica e pulmonar estão abertas e vice-
versa. 
Esse “tum”, causado pelas válvulas, recebe o nome de bulha ou som 
cardíaco. Descrevemos o batimento cardíaco normal como bulhas em 2 
tempos ou sons cardíacos em 2 tempos. 
O sopro ocorre toda vez que há algum defeito nas válvulas, fazendo com 
que o sangue não flua de modo correto dentro do coração. 
Existem 2 defeitos básicos: 
– Estenose valvar = Quando a válvula se torna endurecida e não 
consegue mais se abrir completamente, o sangue acaba tendo 
dificuldade de passar de uma câmara para outra. Esse turbilhonamento 
produz o sopro. Se a válvula estenosada é a aórtica, chamamos de sopro 
por estenose aórtica. Se o defeito for na válvula tricúspide, sopro por 
estenose tricúspide, e assim por diante. 
– Regurgitação ou insuficiência valvar: Quando a válvula não se fecha 
completamente, ela acaba permitindo refluxo do sangue na direção 
contrária. Esse tipo de fluxo retrógrado também produz turbilhonamento 
e, consequentemente, um sopro. Por isso, temos o sopro de insuficiência 
mitral, insuficiência aórtica, etc. 
Enquanto a válvula normal produz um som do tipo “tum-tum”, as válvulas 
doentes e com sopro fazem algo tipo “tuuuush-tum” ou “tum-tuuuush”. 
Ouça novamente o sons normais e compare abaixo com os sons de um 
sopro por regurgitação da válvula aórtica. 
 
O que é sopro sistólico e sopro diastólico? 
Sístole é o momento em que os ventrículos estão se contraindo, 
expulsando o sangue em direção as artérias. Diástole é o momento em 
que os ventrículos estão relaxados, se enchendo com o sangue vindo 
dos átrios. 
Na sístole, as válvulas aórtica e pulmonar estão abertas e as mitral e 
tricúspide fechadas. Na diástole ocorre o oposto. Portanto, o primeiro 
“tum”, fechamento das válvulas mitral e tricúspide, ocorre na sístole. O 
segundo “tum”, pelo fechamento das válvulas aórtica e pulmonar, ocorre 
na diástole. Quando o sopro ocorre logo após o primeiro “tum”, ou seja 
“tuuush-tum”, denominamo-os sopro sistólico. Se o sopro ocorre após o 
segundo tum, ou seja, “tum-tuuush” estamos diante de um sopro 
diastólico. 
– Os sopros sistólicos são causados por estenoses das válvulas aórtica 
ou pulmonar, ou por insuficiência das válvulas mitral ou tricúspide. 
– Os sopros diastólicos ocorrem por estenoses das válvulas mitral ou 
tricúspide, ou por insuficiência das válvulas aórtica ou pulmonar. 
Os sopros são graduados em I a VI. 
– Sopro grau I – sopro muito discreto, inaudível para quem não tem 
ouvidos treinados. 
– Sopro grau II – sopro médio, facilmente audível pelo estetoscópio. 
– Sopro grau III – sopro alto. 
– Sopro grau IV – sopro muito alto que pode ser sentido com mão ao se 
tocar no peito do paciente. 
– Sopro grau V – sopro muito alto que pode ser escutado mesmo sem 
encostar o estetoscópio no peito do paciente. 
– Sopro grau VI – sopro tão alto que poder ser escutado mesmo sem 
estetoscópio. 
Quanto maior o grau do sopro, mais grave é a doença da válvula 
acometida. 
Como saber se um sopro é benigno ou um sinal de doença do 
coração? 
Até 50% das crianças sem problemas cardíacos podem apresentar sopro 
no coração. Em geral, o sopro desaparece espontaneamente com o 
crescimento. Ele ocorre, habitualmente, devido às desproporções entre 
os tamanhos das estruturas do coração e seus vasos. No adulto, o sopro 
também pode ser benigno, mas não é tão comum como nas crianças. 
O sopro benigno é sempre sistólico e de baixa intensidade (grau I ou II). 
Sopros diastólicos ou de grau maior que III são sempre patológicos. O 
sopro benigno costuma ficar mais intenso quando o paciente se deita e 
desaparece, ou quase, quando o paciente se senta ou fica em pé. 
Nas crianças, as doenças cardíacasque causam sopros são geralmente 
congênitas, ou seja, defeitos de nascimento, o que faz com que o sopro 
patológico costume vir acompanhado de sintomas como problemas no 
desenvolvimento, astenia, falta de apetite, cianose (lábios arroxeados), 
etc. 
No adulto, as doenças das válvulas se desenvolvem ao longo do tempo. 
Se paciente tiver sintomas de insuficiência cardíaca, como falta de ar, 
edemas, cansaço fácil, dor no peito, etc., é fácil saber que o sopro 
cardíaco é indicativo de doença das válvulas do coração. O problema é 
que no adulto, o sopro pode ser o primeiro sinal de doença cardíaca, 
precedendo em anos o surgimento dos sintomas de falência do coração. 
Algumas condições podem causar o aparecimento de um sopro cardíaco 
temporário, sem relação com doença das válvulas. Este sopro 
desaparece assim que sua causa é eliminada. São elas: 
– Febre 
– Anemia 
– Hipertireoidismo 
– Exercício físico. 
– Gravidez. 
Doenças que causam sopro cardíaco 
O sopro patológico é aquele que ocorre secundariamente a uma doença 
do coração. Como já dito, nas crianças ele ocorre por doenças 
congênitas, enquanto que nos adultos ele surge após doenças cardíacas 
adquiridas durante a vida. 
Nas crianças, além das lesões nas válvulas, o sopro cardíaco patológico 
também pode ocorrer por um defeito no septo que separa os ventrículos. 
Normalmente os ventrículos esquerdo e direito nunca se comunicam, 
mas defeitos durante a formação da parede entre ambos podem causar 
pequenos buracos que permitem a passagem de sangue ente um e 
outro. Este anormal fluxo de sangue também produz sopro. 
Nos adultos, os sopros ocorrem por defeitos nas válvulas, sejam 
estenoses ou insuficiências. As principais causas de sopro cardíaco 
adquirido são: 
– Prolapso da válvula mitral. 
– Febre reumática. 
– Endocardite infecciosa. 
– Calcificação da válvula pela idade. Ocorrem mais comumente nas 
válvulas mitral e aórtica. 
As lesões das válvulas cardíacas costumam levar à insuficiência 
cardíaca, porém, o inverso também pode ocorrer. Um coração 
insuficiente costuma estar dilatado fazendo com que os folhetos das 
válvulas se afastem, provocando regurgitação do fluxo sanguíneo. Por 
isso, todo doente com insuficiência cardíaca moderada a grave, por 
outras causas que não lesão das válvulas, também pode apresentar 
sopro no coração. A diferença é que neste caso, o sopro surge depois 
dos sintomas de insuficiência cardíaca já estarem presentes. 
Diagnóstico do sopro cardíaco 
Um bom médico consegue apenas através do exame físico estabelecer a 
causa do sopro cardíaco. Porém, nem todos os médicos são 
cardiologistas e nem sempre o sopro é de tão fácil avaliação. 
O exame definitivo para avaliação dos sopros e, consequentemente, das 
válvulas do coração é o ecocardiograma com doppler. Este exame 
permite não só identificar o tipo de lesão nas válvulas, como medir o grau 
de estenose ou insuficiência e avaliar os danos ao coração em 
decorrência destas lesões. 
Tratamento do sopro cardíaco 
É bom lembrar que o sopro não é uma doença, mas sim um sinal de 
doença. O que preocupa não é o sopro em si, mas a doença que o está 
causando. Sopros causados por anemia ou febre, desaparecem após o 
tratamento destes. 
No caso de lesão das válvulas, o tratamento é mais complexo. Se a 
lesão da válvula não acarreta maior esforço ao coração e não há sinais 
de insuficiência cardíaca, o tratamento é feito clinicamente. Nas 
situações mais graves, com importante lesão valvar, pode ser indicada a 
cirurgia para troca da válvula nativa defeituosa por uma válvula artificial. 
Sopros benignos não precisam de nenhum tratamento.

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