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SUS V FELIPE BERTÃO 1 ODONTOLOGIA EM SAÚDE PÚBLICA ➢ Saúde pública e suas interfaces: o Saúde pública: Toma como objetos de trabalho problemas de saúde. o Saúde coletiva: toma como objetos de trabalho as necessidades de saúde. Tem haver com qualidade de vida. ➢ Saúde pública: ➢ Mobiliza a epidemiologia tradicional, o planejamento normativo e a administração por meio de abordagens clínicas, concepção biologista da saúde. o São ações isoladas em vigilância epidemiológica e da vigilância sanitária, desenvolvimento de programas especiais, desarticulados das demais ações. ➢ Saúde coletiva: ➢ Utilização de instrumentos de trabalho a epidemiologia social ou crítica, que aliada às ciências sociais prioriza estudo dos determinantes sociais e das desigualdades em saúde. o Movimentos de promoção de saúde, cidades saudáveis, políticas públicas saudáveis, saúde em todas as políticas compõem a estratégia da saúde coletiva. ➢ Saúde? ➢ É o acúmulo de problemas ao paciente. ➢ E o resultante das condições de determinantes sociais. o Pobre adoece muito mais por conta desses determinantes que estão em desordem. ➢ Saúde é direito de todos e dever do estado, estado vai garantir saúde por meio de políticas sociais econômicas. ➢ Determinantes sociais de saúde (Quadro laranja). PROJETOS COLETIVOS DE SAÚDE BUCAL ➢ Evolução histórica: ➢ Saúde era vista como algo natural. ➢ A doença possuía uma causa misteriosa sobrenatural, não identificável. o Doenças transmissíveis, etc. ➢ Conclusões advindas da observação atenta do homem. o Modo de vida dos homens em relação a natureza era o que determinada se tinha saúde ou não. o Achava-se que a doença era castigo dos deuses. ➢ Doenças não eram intrínsecas, estavam relacionadas a características ambientais. o Hipócrates falava isso muito antigamente. ➢ Na idade média, igreja começou a influenciar muito sobre a definição de saúde e doença. o Era considerado castigo divino. o Só podia ser curado se tivesse vontade divina. o Medidas sanitárias foram tomadas para proibir jogar animais mortos e restos alimentares nas ruas. ➢ Teoria dos miasmas: doença dos maus ares ou ares pútridos. o Ar das casas e cidades era infectado e capaz de transmitir doenças. ➢ O renascimento: ruptura entre igreja e poder político. o Evolução científica, desenvolvimento de teorias, invenção de equipamentos. o Primeira vez que a dissecção do corpo humano não era pecado. SUS V FELIPE BERTÃO 2 o De um lado cientistas acreditavam que elas eram resultados exclusivo do contato entre pessoas. ➢ Iluminismo: medicina social, discutir sobre o envelhecimento e adoecimento a partir das condições de vida das pessoas. o Foram criadas intervenções para moradia dos trabalhadores e garantia de melhor alimentação. o Configuração econômica da sociedade ainda implicava na saúde geral. ➢ Era bacteriológica: doença era causa única. o Nova descoberta. o Agentes patogênicos e controles deles, reduziu o olhar sobre o processo de adoecimento ao desconsiderar a influência de fatores psicossociais. ➢ Modelo multicausal: ➢ Divide em duas: pré patogênica e patogênico. o Interação entre agente + fatores ambientais + próprio indivíduo. ➢ Determinantes sociais: determinação social da doença, vão influencias positiva ou negativamente na saúde. Podem ser influenciadas por fatores políticos. o Idade, sexo, fatores genéticos. ➢ Condicionantes de saúde: situação de determinado fator. ➢ Integra vários componentes que afetam o processo de saúde doença. o Propor modificações das estruturas sociais, econômicas e políticas com intuito de melhoras saúde. ➢ Conceito ampliado de saúde: ➢ Avaliação de determinantes e condicionantes diversos. o Necessário integração entre os diferentes setores para doença. ➢ Compreensão de como se desenvolve o processo de saúde é essencial para o profissional da saúde. o Atuação seja mais crítica e politizada no meio em que trabalha e vive. CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO ➢ Fatores de risco social: conjunto de todos os fatores que não podem ser classificados como componentes genéticos ou agressores físicos, químicos e biológicos. o Fatores socioeconômicos: o Fatores sociopolíticos. o Fatores socioculturais. o Fatores psicossociais. ➢ Porque identificar os fatores sociais de risco à saúde? o Pois vão auxiliar no planejamento do trabalho em saúde. ➢ Como se lida com a população de menor renda se vê muito esses fatores presentes, vão possuir uma relação muito grande no dia a dia de atendimento. PROMOÇÃO DE SAÚDE ➢ Promoção: o Impulsionar, fomentar, originar. o Medidas inespecíficas que visam aumentar a saúde e o bem estar. o Fortalecimento da capacidade individual e coletiva. ➢ Compreensão de que a saúde é uma questão de responsabilidade social. o Ações sociais organizadas. o Medidas para o combate de doenças que devem ser médicas e sociais. SUS V FELIPE BERTÃO 3 o Envolvimento de institutos acadêmicos. ➢ Orientação como profissional da saúde dos determinantes sociais. o O que pode fazer para minimizar e orientar para que se mude os hábitos. ➢ Abordagens de promoção de saúde: o Preventiva. o Mudança de comportamento. o Educacional. o Controle do indivíduo de sua própria saúde, o autocuidado. o Mudança social. ➢ Prevenção de doenças: ➢ Prevenir: o Preparar, impedir que se realize. o Ação prévia, baseada na HND (história natural da doença) para tornar improvável o progresso da doença. o Implica no cuidado. ➢ HND: História Natural da Doença. ➢ Nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo as inter relações do agente, do susceptível e do meio ambiente. ➢ Fase pré patogênica: o Fatores sociais, econômicos, políticos e culturais. o Fatores ambientais. o Fatores genéticos. ➢ Prevenção primaria: o Promoção de saúde e proteção específica. ➢ Fase patogênica: o Interação estímulo susceptível. o Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas. o Sinais e sintomas. o Cronicidade. ➢ Prevenção secundária: o Diagnóstico precoce e tratamento imediato. o Limitação do dano. ▪ Quando não se faz diagnóstico precoce e tratamento imediato. ➢ Prevenção terciária: o Reabilitação. EDUCAÇÃO, INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SAÚDE ➢ O papel das ações do EIC em saúde e odontologia. ➢ Quais as principais diferenças? ➢ Educação, é o processo transformador que ocorre, fundamentalmente com a troca de saberes e conhecimento, estimulo a ação e reflexão. o Não deve ser uma mera transmissão de conhecimento. o Mas deve ser a possibilidade do educando construir seu próprio conhecimento. ➢ Informação, transmissão e/ou recepção de eventos relacionados ao cuidado em saúde. o Fatos conhecidos ou dados comunicados sobre alguém ou algo. o Tudo que deve ser apreendido, assimilado ou armazenado pela percepção e pela mente humana. ➢ É assegurada a todos o acesso à informação. ➢ É direito da população receber informações. o É responsabilidade do estado. ➢ Comunicação, é a utilização de estratégias de comunicação para informar e influenciar as decisões do indivíduo e das comunicações no sentido de promoverem a sua saúde. SUS V FELIPE BERTÃO 4 ➢ É o processo de emissão, transmissão e recepção de mensagens. o Por meio de sistemas ou métodos convencionais. ➢ A capacidade de troca ou discussão. ➢ É um dever de administração pública e um direito dos usuários e consumidores. o Sonegar tal dever e negar esse direito é um grave erro das entidades públicas. ➢ Os comunicadores precisam internalizar esse conceito, na crença de que a base da cidadania se assenta também no direito à informação. ➢ Ações serão: ➢ Divulgare planejar ações educativas e informações com o objetivo de dar início ao processo de mobilização social. o Transformar essa população em MAIS, tudo. ➢ O seu papel vai ser: ➢ Induzir um determinado público a adquirir hábitos que promovam a sua saúde e evitem a doença. o É um processo contínuo e permanente. o Construção à medida que o indivíduo aprofunda seu conhecimento. ➢ O foco deve ser: ➢ Os profissionais de saúde e população. ➢ Construção de interações: o Cooperação e comunicação. o Responsabilidade conjunta em solucionar os problemas, tanto do profissional quanto do paciente. ➢ A comunicação e a educação podem mobilizar: ➢ Profissional de saúde. ➢ Comunidade. ➢ Movimentos sociais. o Reconstrução das práticas em saúde. PARTE II ➢ Condução de um estado ao outro, modificar o que é suscetível de educação. ➢ Educador e um educando, são as duas partes. o Aqui se passa uma mensagem. ➢ Educação em saúde: ➢ Processo de capacitação dos indivíduos e de grupos em busca de transformação de determinada realidade. ➢ Percepção e individual: o Necessidade real é diferente. o Necessidade percebida gera demanda. ➢ Motivação é provocada a partir de um estímulo, ou necessidade percebida. ➢ Empoderamento do indivíduo para o autocuidado. ➢ O profissional deve promover a suscetibilidade à: o Absorção de conhecimento. o Modificação de comportamentos. o É uma partilha à nível horizontal de construção de vínculo. ➢ Co – responsabilização do ato: o Compreender a dinâmica familiar. o Propiciar o envolvimento do indivíduo e de seu principal cuidador. ➢ Diferentes enfoques da educação em saúde: o Educação bancária. o Educação libertadora. ➢ Informação para ação: implementação de estratégias para informação e comunicação. ➢ Eixos temáticos de ações educativas na odontologia: SUS V FELIPE BERTÃO 5 ➢ Aspectos gerais em relação á saúde global e saúde bucal. ➢ Problemas bucais em relação á causa e prevenção. ➢ Nutrição, amamentação, hábitos deletérios, higiene, tratamento clínico e traumatismos. o Seleção dos temas de abordagem é baseada em cada um dos ciclos de vida, cada faixa etária vai possuir orientações específicas. ➢ Abordagens individuais à nível clínico e hospitalares. ➢ Abordagens coletivas a nível escolar, comunitário, redes de apoio global o Visando a percepção profissional, utilização de recursos, envolvimento familiar, interdisciplinaridade. ➢ O foco é o desenvolvimento da cultura da informação para ação, do educar para prevenir. EDUCAÇÃO POPULAR, SÁUDE, EQUIDADE E JUSTIÇA SOCIAL ➢ O que é educação popular: é o caminho para alcançar equidade e justiça social no campo da saúde. o É uma abordagem interdisciplinar que valoriza o saber popular e suas potencialidades. o Troca de ideias de cada nível de entendimento. ➢ Espaços coletivos de aprendizagem: o Prática educativa que valoriza o conhecimento popular como um processo de construção coletiva e horizontal de saberes. ➢ Participação ativa: o Enfatiza a participação das pessoas como sujeitas do processo educativa, estimulando o empoderamento a partir do diálogo e da escuta ativa. ➢ Pensamento crítico: o Busca a reflexão sobre as condições sociais, econômicas e políticas que levam as pessoas a viver determinadas situações de saúde e doença, o que potencializa a capacidade de transformação social. ➢ Ações de saúde e educação popular: ➢ Centro de participação popular. o Espaços onde as comunidades exercem o controle social sobre o sistema de saúde, atuante no planejamento, na gestão e na avaliação das políticas públicas. ➢ Agentes comunitários de saúde. o São os profissionais que atuam na promoção da saúde em suas comunidades, orientando quanto aos cuidados, prevenção de doenças e realização de procedimentos para melhoria da qualidade de vida. ➢ Educação em saúde popular. o Processo em que os conceitos de saúde e doença são trabalhados a partir da compreensão da realidade local, considerando o contexto cultural e social. ➢ Equidade e justiça social: ➢ Intersetorialidade: o Promover a integração entre os setores que atuam nas políticas públicas, para que as ações se completem e melhorem a qualidade. ➢ Fortalecimento de sociedade civil: ➢ Acesso aos direitos básicos: ➢ Desafios para a educação popular: ➢ Baixa cobertura: SUS V FELIPE BERTÃO 6 o Ainda há muitas pessoa que desconhecem as ações de educação popular, o que dificulta a sua abrangência e efetividade. ➢ Preconceitos e discriminações: o Pessoas que não aceitam e não tem acesso à educação popular em saúde. ➢ Aspectos metodológicos e pedagógicos: o Pesquisas e debates que visam aprimorar o instrumental teoria e prático para trabalhar com a pedagogia crítica e transformadora. ➢ Práticas de educação popular em saúde: ➢ Prática da escuta ativa. ➢ Mobilização social. ➢ Interdisciplinaridade. ➢ Inclusão. ➢ Mobilização e empoderamento: ➢ Engajamento popular: ➢ Estratégias de comunicação: ➢ Empoderamento: ➢