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Unidade de Aprendizagem 2 - 
Eletrocardiograma e 
Ecocardiograma
Apresentação
A circulação sanguínea é o movimento do sangue originado pelo bombeamento do coração, que o 
envia para os órgãos e os tecidos. O coração recebe o sangue venoso e bombeia o sangue 
oxigenado pelos pulmões para o corpo. Existem diversas doenças cardiovasculares e alterações 
patológicas, as quais são identificadas e confirmadas por meio de exames complementares, como o 
eletrocardiograma e a ecocardiografia. O eletrocardiograma verifica os impulsos elétricos do 
coração, enquanto o ecocardiograma avalia a estrutura do coração, as veias e as artérias.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá os exames funcionais cardiorrespiratórios 
eletrocardiograma e ecocardiograma.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Diferenciar os princípios do eletrocardiograma e da ecocardiografia.•
Demonstrar os padrões de registro e derivações do eletrocardiograma.•
Interpretar os resultados do eletrocardiograma.•
Infográfico
O ecocardiograma é um exame de ultrassonografia do coração que fornece imagens obtidas por 
meio do som. A partir dessas imagens é possível identificar anomalias ou alterações do coração. 
 
Neste Infográfico, você vai ver sobre os tipos de ecocardiograma, além de como eles são 
representados por meio de seus cortes no exame.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/54f1ceb9-9d53-4fc4-a2e8-a9cc14ab8da1/d193ad0c-006f-4ba0-bbdb-2957d73e7ad2.png
Conteúdo do Livro
O sistema cardiovascular é formado pelo coração e os vasos sanguíneos, sendo responsável por 
garantir a circulação de sangue, transportando nutrientes e oxigênio para todo o corpo. A condução 
cardíaca ocorre por emissão de impulsos elétricos, os quais são identificados por meio do 
Eletrocardiograma (ECG) e das alterações cardíacas; a circulação pode ser identificada por meio do 
Ecocardiograma. 
No capítulo Eletrocardiograma e Ecocardiograma, da obra Exames complementares II, base teórica 
desta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre os Exames Cardiorrespiratórios 
Eletrocardiograma e Ecocardiograma. 
Boa leitura.
EXAMES 
COMPLEMENTARES II 
Ketlyn Germann Hendler
Eletrocardiograma e 
ecocardiograma
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Diferenciar os princípios do eletrocardiograma e da ecocardiografia. 
  Demonstrar os padrões de registro e derivações do eletrocardiograma.
  Interpretar os resultados do eletrocardiograma.
Introdução
O sistema cardiovascular é complexo e exige o perfeito funcionamento 
de cada etapa da bomba cardíaca, caso contrário, causará disfunções. A 
análise de exames complementares é de suma importância, pois auxilia 
no diagnóstico do paciente e ajuda a entender o que está comprometido 
no seu sistema cardiovascular. 
Neste capítulo, você vai aprender sobre os exames cardiorrespiratórios 
eletrocardiograma e ecocardiograma, vendo mais detalhadamente como 
funciona o eletrocardiograma, suas derivações e aprendendo a interpretar 
os seus resultados. 
Sistema cardiovascular
O coração é revestido por uma membrana chamada de pericárdio. Já a parede 
cardíaca é formada por três camadas denominadas endocárdio (camada mais 
interna, de espessura fi na e que atua como revestimento íntimo do coração), 
miocárdio (camada intermediária espessa, formada pelo músculo cardíaco) 
e epicárdio (de espessura fi na, formada pela lâmina visceral do pericárdio). 
Além disso, é composto por quatro câmaras cardíacas, dois átrios e dois 
ventrículos, separados por um septo e duas valvas atrioventriculares. Resu-
midamente, o sangue venoso chega através da veia cava superior e inferior 
no átrio direito, seguindo para o ventrículo direito, o qual é responsável pelo 
bombeamento do sangue para os pulmões para oxigenação através da artéria 
pulmonar. O átrio esquerdo recebe o sangue arterial advindo das veias pulmo-
nares direita e esquerda, desaguando posteriormente no ventrículo esquerdo, 
que é responsável pelo bombeamento do sangue a todo o corpo. 
Existem, ainda, quatro valvas que garantem o fluxo sanguíneo em sentido 
único. Durante a contração, duas se abrem para que o fluxo sanguíneo seja 
empurrado para o pulmão e as outras duas se fecham, impedindo que o fluxo 
retorne seguindo uma direção errada. A valva mitral (bicúspide) está localizada 
entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo, e a valva aórtica localiza-se 
entre o ventrículo esquerdo e a aorta. A valva tricúspide permite o fluxo san-
guíneo entre o átrio direito e o ventrículo direito e, por fim, a valva pulmonar 
está entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar (LADEIRA et al., 2013).
Confira, na Figura 1, a circulação sanguínea do coração.
Figura 1. Esquema da circulação sanguínea do coração.
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 555).
Veia cava
superior
Artérias
pulmonares
direitas
Fossa oval
Parte ascendente
da aorta
Músculos pectíneos
Cone arterial
Óstio do
seio coronário
ÁTRIO DIREITO
Válvula da valva AV
direita (tricúspide)
Trabéculas cárneas
Veia cava inferior
VENTRÍCULO DIREITO
Trabécula septo-
marginal
Parte descendente
da aorta
Septo
interventricular
(parte muscular)
VENTRÍCULO
ESQUERDO
Músculos papilares
Cordas tendíneas
Válvula da valva AV
esquerda (mitral)
Septo interatrial
Valva da aorta
Veias pulmonares
esquerdas
ÁTRIO
ESQUERDO
Artérias pulmonares
esquerdas
Valva do tronco
pulmonar
Tronco pulmonar
Arco da aorta
Ligamento arterial
(ducto arterial)
Tronco
braquiocefálico
Artéria subclávia esquerda
Artéria carótida comum
esquerda
(b) Vista interna, ventrículo direito
Eletrocardiograma e ecocardiograma2
A sístole é a contração do músculo cardíaco e é dividida em sístole atrial e 
sístole ventricular. A sístole atrial impulsiona sangue para os ventrículos, assim, as 
valvas atrioventriculares encontram-se abertas à passagem de sangue e as valvas 
pulmonar e a aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular, as valvas atrioven-
triculares estão fechadas e as semilunares estão abertas à passagem de sangue.
A diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, quando os ventrículos se 
enchem de sangue. Nesse momento, as valvas atrioventriculares estão abertas 
e as semilunares (aórtica e pulmonar) estão fechadas (SILVERTHORN, 2003).
Na Figura 2, você pode observar a sístole e a diástole.
Figura 2. Valvas cardíacas no ciclo cardíaco, representando a sístole (imagens inferiores) e 
a diástole (imagens superiores).
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 557).
3Eletrocardiograma e ecocardiograma
Sistema de condução
A excitação cardíaca inicia-se pelo nó sinusal (NS) ou nó sinoatrial, que está 
situado na parede atrial direita em sua junção com a veia cava superior e é 
considerado o marca-passo do coração. A condução se propaga até o nó atrio-
ventricular (AV) através dos feixes intermodais anterior, posterior e médio. 
Seguindo do nó AV, o potencial de ação chega ao feixe de His (fascículo atrio-
ventricular). Os ramos direito e esquerdo que cruzam o septo intraventricular 
distribuem o estímulo pelas fi bras de Purkinje em cada ventrículo.
O sistema de condução (Figura 3) pode ser subdivido em fases do potencial 
de ação, que você confere a seguir.
  A fase 0 corresponde ao início da despolarização. O canal de Na (sódio) 
é ativado, permitindo seu influxo intracelular. É nessa fase que surgem 
a onda P e o complexo QRS no eletrocardiograma (ECG), representando 
despolarização atrial e ventricular, respectivamente. 
  A fase 1 ocorre a diminuição da entrada de Na na célula cardíaca. É o 
início da fase de repolarização.
  Na fase 2, o potencial de ação transmembrana é quase totalmente iso-
elétrico, a célula permanece despolarizada e não há mais entrada de 
Na. Ocorre influxo de Ca (cálcio) intracelular. Nessa fase, ocorre o 
segmentoST do ECG.
  Na fase 3, ocorre a repolarização, na qual se dá a saída de K (potássio) 
intracelular para o extracelular, com tendência a retornar ao potencial 
de repouso da membrana. Ocorre, então, a onda T no ECG.
  Na fase 4, a última, há uma alta concentração de Na e baixa de K no 
interior celular. Nesta fase, ocorre a ativação da bomba sódio-potássio 
dependente de ATP, proporcionando gasto energético para estabelecer 
a concentração iônica fisiológica (LADEIRA et al., 2013; REIS et al., 
2013). 
Eletrocardiograma e ecocardiograma4
Figura 3. Sistema de condução do coração.
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 563).
Dislipidemias e doença cardiovascular
As dislipidemias tem fator de risco alto para doenças do sistema cardiovascular.
As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte em 
mulheres e homens no Brasil. São responsáveis por cerca de 20% de todas as 
mortes em indivíduos acima de 30 anos. As causas cardiovasculares atribuí-
veis à aterosclerose foram responsáveis por 193.309 mortes, às neoplasias por 
166.036 mortes, as causas respiratórias responderam por 106.927 mortes, as 
causas externas por 77.503 (MANSUR; FAVARATO, 2012, documento on-line).
O colesterol circula no sangue e, à medida que os níveis aumentam, o risco 
para a saúde também aumenta, devido à formação de placas de gorduras, 
dificultando ou impedindo a circulação sanguínea. 
5Eletrocardiograma e ecocardiograma
O colesterol LDL (low-density lipoprotein) é conhecido popularmente 
como o mau colesterol, porque pode acumular-se nas artérias, ocasionando a 
formação de placas aterosclerose que dificultam o fluxo sanguíneo, aumentando 
risco de infarto e acidente vascular encefálico (também denominado acidente 
vascular cerebral) por exemplo (MAGALHÃES, 2017).
Valores de referência para o LDL
Pacientes com baixo risco devem manter os valores abaixo de 130 mg/dl; pacientes com 
risco intermediário, abaixo de 100 mg/dl; pacientes com risco alto, abaixo de 70 mg/dl; e 
indivíduos com risco muito alto não devem passar de níveis de 50 mg/dl (MAGALHÃES, 2017).
O colesterol HDL (high-density lipoprotein) é chamado popularmente de 
colesterol bom e é responsável pela retirada do colesterol das artérias e pelo 
seu transporte até o fígado para ser excretado. Um nível saudável de colesterol 
HDL pode proteger contra ataques cardíacos e acidente vascular encefálico 
(MAGALHÃES, 2017).
Os valores de referência para HDL são considerados baixos quando menores que 40 
mg/dl para homens e mulheres; o ideal é estar acima de 40 mg/dl (MAGALHÃES, 2017).
O colesterol total corresponde à soma de todas as moléculas de colesterol 
e seus subtipos na circulação sanguínea. Colesterol em nível aumentado é 
considerado como dislipidemia (MAGALHÃES, 2017). 
O valor de referência para o colesterol total desejável é abaixo de 190 mg/dl (MAGA-
LHÃES, 2017).
Eletrocardiograma e ecocardiograma6
O triglicerídeo possui função de armazenamento e suprimento de energia 
em caso de jejum prolongado ou alimentação inadequada, sendo considerado 
um bom indicador do metabolismo das gorduras (FALUDI et al., 2017). 
Os valores de referências desejáveis para os triglicerídeos são valores menores que 
150 mg/dl, limítrofe entre 150 e 199 mg/dl, elevado de 200 a 499 mg/dl e muito alto 
acima de 500 mg/dl (FALUDI et al., 2017).
Mas por que é importante avaliar os valores lipídicos do paciente? Diversas 
doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, acidente vascular 
encefálico, infarto do miocárdio, doença vascular periférica são ligadas às 
dislipidemias. Associando os fatores de risco dessas doenças com os sintomas 
e exames clínicos do paciente e a realização dos exames de eletrocardiograma 
ou ecocardiograma, é possível identificar alterações e patologias, bem como 
o risco do aparecimento e ocorrência de doenças cardiovasculares. 
Princípios do eletrocardiograma 
e do ecocardiograma
Existem exames complementares indicados para avaliação do sistema car-
diorrespiratório, dentre eles, o eletrocardiograma (ECG) e o ecocardiograma. 
O eletrocardiograma registra o potencial elétrico do coração, responsável 
pelos batimentos cardíacos e pela contração muscular. Por meio do ECG, é 
possível verificar se a atividade elétrica está sendo gerada e transmitida de 
maneira correta. O ECG é indicado para avaliar doenças cardíacas, como 
arritmias, isquemias, infarto do miocárdio (IAM), entre outras. 
Existem três formas de avaliação de eletrocardiograma: ECG de repouso, 
ECG de esforço e Holter. No ECG de repouso, o indivíduo é posicionado dei-
tado, os eletrodos são fixados e os impulsos elétricos são avaliados. No ECG 
de esforço, o indivíduo é avaliado em esteira ou bicicleta ergométrica, sendo 
indicado em casos de angina ou suspeita de doenças cardíacas não identificadas 
no ECG de repouso. Já no Holter, o paciente é monitorado durante 24 horas 
7Eletrocardiograma e ecocardiograma
por meio do aparelho que permanece com ele, avaliando seu comportamento 
ao longo das atividades normalmente realizadas (GUIMARÃES et al., 2003). 
Já o ecocardiograma permite a avaliação da imagem do coração, sendo 
indicado para analisar sopro cardíaco, síncope, IAM, anomalias congênitas e 
observar as valvas e paredes do coração. As imagens são geradas pela emissão 
e captação de ondas de ultrassom. 
Existem algumas maneiras de avaliação através do ecocardiograma, como 
a via transtorácica e a transesofágica. Na transesofágica, a sonda é introduzida 
através do esôfago e o procedimento é realizado sob sedação do paciente; na 
via transtorácica, o transdutor é colocado diretamente sobre o peito do paciente 
e as imagens são obtidas a partir dos planos longitudinal, trensversal e sagital 
(SILVA et al., 2004). 
Para saber mais sobre a realização do exame de ecocardiograma, acesse o link a seguir. 
https://qrgo.page.link/9cyZs
Padrões de registro e derivações do eletrocardiograma
Registro eletrocardiográfico
O traçado eletrocardiográfi co é constituído por intervalo fi xo tanto para as suas 
linhas verticais quanto para as horizontais, sendo que a primeira corresponde 
ao tempo registrado e a outra, à voltagem. 
Nos papéis de registro comumente utilizado, cada quadriculado obedece 
a mesma disposição, sendo que cada traço tem uma distância entre si de 1 
mm (Figura 4). A cada grupo de cinco quadrados, observa-se um traço de 
maior calibre delimitando os quadrados maiores de 0,5 cm. De forma padrão, 
a velocidade ao deslocamento do papel é de 25 mm/segundo. 
Com base nas informações de velocidade a 25 mm/segundo, cada 1 mm passa 
valer 0,04 segundos, e consequentemente, um grupo de 5 quadrados (5 mm) 
representa 0,20 segundos (GUIMARÃES et al., 2003).
Eletrocardiograma e ecocardiograma8
Figura 4. Papel milimetrado utilizado para o exame de eletromiografia.
Fonte: ECG Now (2019, documento on-line). 
Derivações do ECG
O eletrocardiograma é composto por 12 derivações, sendo 6 periféricas (ver-
ticais) e 6 precordiais (horizontais). 
As derivações periféricas compreendem as derivações DI, DII, DIII, aVR, 
aVL, aVF. Esse sistema apresenta uma distância precisa entre cada vetor de 30º. 
DI, DII e DIII verificam o diferencial de potencial entre dois pontos, um 
positivo e outro negativo, que são considerados bipolares. Os sinais dessas 
derivações são captados através dos eletrodos colocados no braço direito, no 
braço esquerdo e na perna esquerda, sendo que a perna direita funciona como 
um fio terra. Essas derivações formam o triângulo de Einthoven (Figura 5a), 
com o coração situado no centro do triângulo. 
As derivações aVR, aVF e aVL são considerados unipolares e representam 
a diferença de potencial do braço D, braço E, perna E e a média dos outros 
potenciais para cada derivação (Figura 5b). O eletrodo no braço direito re-
presenta o aVR, o braço esquerdo (aVL) e a perna esquerda (aVF). A sigla AV 
significa aumento de voltagem (REIS et al., 2013). 
9Eletrocardiograma e ecocardiograma
Figura 5. Derivaçõesperiféricas: (a) triângulo de Eithoven e (b) vetor das 6 derivações.
Fonte: Blamb/Shutterstock.com; Ashray Shah/Shutterstock.com.
Já as derivações precordiais registram o potencial elétrico cardíaco abaixo 
do eletrodo localizado em seis pontos anatômicos específicos no tórax (V1 a 
V6) (Figura 6). Essas derivações correspondem ao plano horizontal. 
  V1: quarto espaço intercostal na margem direita do esterno.
  V2: quarto espaço intercostal na margem esquerda do esterno.
  V3: localizado entre V2 e V4.
  V4: quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda.
  V5: linha axilar anterior.
  V6: linha axilar média (REIS et al., 2013).
Figura 6. Localização das derivações precordiais.
Fonte: Artemida-psy/Shutterstock.com. 
Eletrocardiograma e ecocardiograma10
Interpretação dos resultados do 
eletrocardiograma
O eletrocardiograma apresenta seus traçados em resposta à condução elétrica 
do coração. Sendo assim, alterações podem ser observadas e identifi cadas a 
partir das ondas do exame, sabendo-se o que é considerado normal e o que 
é patológico, e, após, identifi cando-se a patologia que pode estar associada. 
A frequência cardíaca é o número de batimentos por minuto, sendo a 
despolarização ventricular observada através do complexo QRS do ECG 
(NICOLL et al., 2014).
Os valores de frequência cardíaca (FC) considerados normais variam entre 60–100 
batimentos por minuto (bpm). Considera-se bradicardia quando a FC é abaixo de 
60 bpm, e taquicardia quando está acima de 100 bpm. Lembre-se: ao se exercitar, é 
comum observar um aumento da frequência cardíaca devido a aumento da atividade 
simpática e, enquanto se dorme, uma queda da FC devido à atividade parassimpática 
alta — esses eventos são considerados de ocorrência normal (NICOLL et al., 2014). 
Ondas do traçado eletrocardiográfico
Onda P
A onda P é a primeira onda do eletromiográfi co e determina a despolarização 
atrial no nó sinusal (NS), apresenta forma arredondada, sua duração geralmente 
é obtida em DII e dura de 0,8 a 0,11 segundos em um adulto. Apresenta-se 
geralmente positiva em DI, DII e DIII e sempre negativa em aVR. 
Intervalo PR
Esse intervalo equivale ao tempo de condução através do nó atrioventricular 
(AV), e é o intervalo entre a onda P e o início do complexo QRS. O intervalo 
PR varia com a idade e a FC do indivíduo; em adultos, não deve ultrapassar 
os 0,20 segundos, caso contrário, deve-se pensar em atrasos de condução, 
como bloqueio atrioventricular (AV). 
11Eletrocardiograma e ecocardiograma
Complexo QRS 
Esse complexo representa a ativação ventricular e a despolarização elétrica dos 
ventrículos com uma morfologia pontiaguda, com duração de 0,09 a 0,11 segundos, 
e tendência a aumentar com a idade. Esse complexo é predominantemente de caráter 
positivo em regiões anteriores e posteriores, ambas do lado esquerdo do tórax, 
e predominantemente negativo em regiões próximas do ombro no lado direito.
Segmento ST
É observado imediatamente após o complexo QRS e início da onda T e, ge-
ralmente, adota um caráter isoelétrico com despolarização total do ventrículo, 
formando um platô, permitindo um desnivelamento máximo de 1 mm.
Onda T
Essa onda refl ete a repolarização elétrica ventricular, apresentando forma 
arredondada e no mesmo sentido da ativação ventricular. Com relação à 
polaridade, normalmente, adota um caráter positivo na maioria das deriva-
ções, porém, pode adotar um caráter diferente em algumas situações, sem ser 
considerado patológico. 
Intervalo QT
Relacionado ao tempo entre a despolarização ventricular e a repolarização (sís-
tole), localiza-se entre o fi m do complexo QRS e o fi nal da onda T. Esse intervalo 
é maior em mulheres do que em homens, aumenta conforme a idade e durante 
o sono. O tempo limite desse intervalo é em torno de 0,30 a 0,46 segundos.
Onda U
Observada ao fi nal da onda T especialmente nas derivações V3 e V4 precordiais, 
representa a repolarização mais tardia das fi bras de Purkinje. Sua morfologia 
é arredondada e pequena, geralmente de pequena amplitude, e encontra-se 
positiva nas derivações inferiores e precordiais e negativa em aVR. Essa onda 
é inversamente proporcional à frequência cardíaca, sendo comum encontrá-la 
maior em atletas e bradicardíacos e menor em crianças.
Na Figura 7, você pode conferir os traçados do eletrocardiograma 
mencionados.
Eletrocardiograma e ecocardiograma12
Figura 7. Traçados do eletrocardiograma.
Fonte: Adaptada de Puwadol Jaturawutthichai/Shutterstock.com.
Alterações no ECG
Arritmias
As arritmias são distúrbios na frequência, no ritmo e na condução dos impulsos 
elétricos. Para identifi cá-las, é importante a análise da forma e inter-relações 
da onda P, intervalo PR e complexo QRS. Para identifi car as arritmias, é 
importante analisar quatro questões. 
Primeiramente, é necessário verificar a aparência e tamanho do complexo 
QRS. Caso não seja possível essa identificação, os diagnósticos serão fibrilação 
ventricular ou assistolia.
  A fibrilação ventricular é uma despolarização caótica dos ventrí-
culos (Figura 8). Como critério diagnóstico, não é observado QRS, a 
frequência é muito elevada e caótica, seu ritmo é desorganizado, sem 
observar ondas P, ondas T, complexo QRS ou segmento ST (LADEIRA 
et al., 2013).
13Eletrocardiograma e ecocardiograma
Figura 8. Fibrilação ventricular.
Fonte: Adaptada de Steve Allen/Shutterstock.com. 
  Assistolia é a ausência completa de atividade elétrica cardíaca. Ao 
observar o ECG, encontra-se a ausência completa de atividade elétrica, 
e é possível que ocorram ondas P ou batimentos de escape ventricular. 
  A taquicardia ventricular (TV) é precedida por extra sístoles, e ocor-
rem três ou mais batimentos sucessivos de origem ventricular com 
frequência maior que 120 bpm e duração do complexo QRS > 0,12 
segundos. Como critério para diagnóstico, está a frequência cardíaca 
acima de 100 bpm. O ritmo geralmente é regular, mas pode apresentar 
alguma irregularidade, as ondas P normalmente não são visíveis em 
taquicardias ventriculares com alta frequência, morfologia QRS ser-
rilhada, duração > 0,20 s, segmento ST e onda T geralmente opostos 
em polaridade ao QRS. 
  A extrassístole ventricular (ESV) é a ocorrência de alguns complexos 
QRS anormais (> 0,12 seg) intercalados com complexos de aspecto nor-
mal, surgindo a partir de um dos ventrículos ates do próximo batimento 
sinusal de forma prematura. Como critério diagnóstico, observa-se QRS 
> 0,12 segundos, o ritmo é irregular e a onda P geralmente oculta pela 
ESV, podendo determinar a pausa compensatória. 
A segunda questão está relacionada à presença de onda P: sua presença ou o 
aparecimento de ondas atípicas permitem o diagnóstico de diversas arritmias. 
Eletrocardiograma e ecocardiograma14
  A fibrilação atrial é a mais comum (Figura 9), sendo responsável por 
30% das internações por alteração do ritmo cardíaco, com o paciente 
relatando palpitações. Ao ECG, observa-se ritmo irregular devido a 
presença do bloqueio atriventricular (BAV) responsável pela proteção 
dos ventrículos da grande quantidade de impulsos atriais. As ondas P 
estão ausentes, dando espaço ao surgimento de ondas F (fibrilação), 
sendo essas diferentes umas das outras em amplitude, duração e formato. 
O complexo QRS apresenta-se normal e a frequência atrial não é visível 
normalmente, enquanto a frequência ventricular está entre 160 e 180 
bpm (LADEIRA et al., 2013; NICOLL et al., 2014).
Figura 9. Fibrilação atrial.
Fonte: Adaptada de Blamb/Shutterstock.com. 
  O flutter atrial é uma arritmia que ocorre devido a um circuito de 
reentrada intra-atrial. A despolarização ocorre de baixo pra cima, sendo 
melhor observada nas derivações inferiores (DII, DIII e aVF). O foco 
ectópico nos átrios produz impulsos com frequência cardíaca superior a 
15Eletrocardiograma e ecocardiograma
100 bpm, geralmente em torno de 300 bpm. É observado no ECG ritmo 
regular, mas, em caso de bloqueio AV variável, aparece irregular. As 
ondasP atriais lembram os dentes de uma serra, e sua identificação é 
melhor nas derivações inferiores. 
O terceiro quesito diz respeito à relação da onda P e o complexo QRS. 
Normalmente, o QRS é precedido por uma onda P, sendo o intervalo PR de 
no máximo 0,20 segundos. Se a velocidade de condução atrioventricular for 
reduzida, o intervalo PR aumenta. 
  O bloqueio atrioventricular (BAV) de 1º grau é caracterizado por 
um retardo na passagem do estímulo do nó sinusal para os ventrículos 
pelo nó atrioventricular (AV). É caracterizado por um intervalo RR 
maior que 0,20 segundos, frequência cardíaca e ritmo normal e onda 
P normal seguida do complexo QRS, que também é normal. 
  No BAV de 2º grau, os estímulos chegam até o nó AV; alguns são 
bloqueados e não passam para os ventrículos e outros são conduzidos. 
 ■ BAV de 2º grau Mobitz I: é causado por aumento da atividade sim-
pática no nó AV com aumento progressivo do intervalo PR. Ao 
observar o ECG, o QRS é normal, o ritmo atrial é regular e o ventri-
cular irregular, a frequência atrial permanece inalterada, enquanto a 
ventricular se dá conforme o bloqueio das ondas P, que apresentam 
aspecto normal, exceto a bloqueada. 
 ■ BAV de 2º grau Mobitz II: é mais comum nos feixes de His e seus 
ramos. O complexo QRS é normal, exceto quando é abaixo dos feixes 
de His, apresentando-se alargado. A frequência ventricular é menor 
que a atrial. Há ausência de um ou mais ciclos completos com uma 
pausa elétrica. O ritmo atrial é regular, o bloqueio intermitente da 
onda P determina a resposta ventricular irregular e o intervalo PR 
pode apresentar-se normal ou alargado. 
  No BAV de 3º grau, nenhum estímulo do nó sinusal (NS) passa dos 
átrios para os ventrículos, podendo ocorrer no nó AV, no feixe de His ou 
nos seus ramos. Nesse BAV, o QRS normalmente apresenta-se normal, 
mas pode ser alargado, dependendo da origem do escape. A frequência 
ventricular é menor que a atrial, a qual apresenta-se normal. O ritmo 
ventricular regular e o atrial são regulares, podendo apresentar-se ir-
regulares. Ondas P são normais e o intervalo PR é variável. 
  Extrassistoles juncionais ocorrem antes do próximo impulso sinusal 
fisiológico, sendo um impulso com origem na junção AV. Observa-se 
Eletrocardiograma e ecocardiograma16
no ECG complexo QRS normal, mas, em locais em que pode ocorrer 
o bloqueio do ramo, o QRS é alargado. O ritmo apresenta-se irregular 
e o intervalo PR geralmente é menor que 0,12 segundos. As ondas P 
normalmente apresentam-se negativas nas derivações aVF, DII e DII 
(derivações inferiores); pode ocorrer concomitantemente com QRS, 
antecedê-lo ou vir depois. 
  Escape juncional ocorre quando a junção AV funciona como marca-
-passo cardíaco, gerando frequência de 40 a 60 bpm. Nesse caso, o 
QRS é normal, o ritmo de escape juncional é regular, mas a presença 
de complexos de escape pode causar o ritmo irregular. 
Por fim, a quarta e última questão está relacionada à frequência cardíaca, 
a partir da qual é possível identificar a bradicardia e a taquicardia sinusal e a 
taquicardia supraventricular. 
  A taquicardia sinusal é o aumento da frequência cardíaca que está 
acima de 100 bpm como resposta à necessidade de aumento do débito 
cardíaco. O ritmo é regular, o complexo QRS é normal e as ondas P 
apresentam-se positivas nas derivações inferiores. 
  Bradicardia sinusal corresponde à lentidão da despolarização do nó 
sinusal, em que a frequência cardíaca encontra-se abaixo de 60 bpm, 
o ritmo é regular, o QRS é normal e a onda P é positiva em derivações 
inferiores. 
  Taquicardia supraventricular está relacionada à frequência cardíaca 
aumentada, podendo ser classificada como taquicardia paroxística 
supraventricular (TPSV), que ocorre em períodos com início abrupto 
e pequena duração, com mecanismo associado a reentrada; flutter e 
fibrilação atrial (com foco ectópico nos átrios); e taquicardia atrial não 
paroxística, decorrente de um foco ectópico atrial. Como critérios no 
ECG, a frequência oscila entre 140 a 220 bpm, com ritmo geralmente 
regular, as ondas P são difíceis de apontar, pois apresentam-se diferentes 
da onda P sinusal, o intervalo PR apresenta-se normal ou prolongado 
e o QRS está normal ou alongado (LADEIRA et al., 2013; NICOLL 
et al., 2014).
Veja, na Figura 10, a bradicardia e a taquicardia representadas no ECG.
17Eletrocardiograma e ecocardiograma
Figura 10. Tacquicardia e bradicardia representadas no 
traçado ECG.
Fonte: Adaptada de joshya/Shutterstock.com. 
  A isquemia é a redução do suprimento de sangue na qual as ondas 
T apresentam-se invertidas nas derivações precordiais V1 e V2, com 
elevação de ST em aVR.
  O infarto agudo do miocárdio (IAM) é a necrose de uma parte do 
músculo cardíaco causada pela falta de irrigação sanguínea (isquemia) 
ao coração com presença de supradesnivelamento de ST e onda Q 
patológica com duração de 30 ms (sinalizando que houve perda das 
forças elétricas (NICOLL et al., 2014). 
O Quadro 1, a seguir, mostra as variações do eletrocardiograma em diversas 
disfunções de forma resumida do que já foi apresentado, para facilitar o seu 
entendimento.
Eletrocardiograma e ecocardiograma18
Patologia
Alteração no ECG
Onda P
Complexo 
QRS Frequência Ritmo
Outras 
informações
Fibrilação 
ventricular
Não se 
identifica
Não se 
identifica
Muito 
elevada e 
caótica
Desorgani-
zado
Não se identi-
fica segmento 
ST ou onda T
Assistolia É possível 
que ocorra 
onda P
— — — Ausência com-
pleta de ativi-
dade elétrica 
ventricular
Taquicardia 
ventricular (TV) 
Normal-
mente não 
visíveis em 
TV de alta 
frequência
Forma 
serrilhada 
com dura-
ção maior 
que 0,20 
segundos
Maior que 
100 bpm
Geralmente 
regular
—
Extrassístole 
ventricular (ESV)
Normal-
mente 
oculta
Aparência 
anormal 
com dura-
ção maior 
de 0,12 
segundos
— Regular —
Fibrilação atrial (FA) Substitui-
ção por 
ondas f 
(fibrilação)
Frequên-
cia atrial 
normal-
mente não 
pode ser 
encontrada
Frequência 
ventricular 
de 160 a 180 
bpm
Irregular Intervalo QRS 
normal
Quadro 1. Resumo sobre as disfunções cardíacas e seus achados no ECG
(Continua)
19Eletrocardiograma e ecocardiograma
Patologia
Alteração no ECG
Onda P
Complexo 
QRS Frequência Ritmo
Outras infor-
mações
Bloqueio 
atrioven-
tricular 
(BAV)
BAV 1º 
grau
Normal Normal — Regular Intervalo PR 
maior que 0,20 
segundos
BAV 2º 
grau
Normal Normal Atrial não 
afetada, 
ventricular 
se altera 
por ondas p 
bloqueadas
Ritmo atrial 
regular e o 
ventricular 
irregular
Intervalo PP 
progressiva-
mente mais 
curtos até a 
pausa
BAV 3º 
grau
Normal Geralmente 
normal
Atrial normal 
e ventricular 
menor
Atrial 
regular, mas 
pode ser 
irregular. 
Ventricular 
sempre 
irregular.
Intervalo PR 
variável
Extrassístoles 
juncionais
Geralmente 
negati-
vas nas 
derivações 
inferiores
Normal. 
Pode 
aparecer 
alargado 
— Regular Intervalo PR 
geralmente 
menor que 
0,12 segundos
Escape juncional Pode 
ocorrer 
retrógrada
Normal 40 a 60 bpm Geralmente 
regular, 
mas pode 
ocorrer 
irregular
Intervalo PR 
variável, me-
nor que PR da 
onda sinusal
Taquicardias 
supraventriculares
De difícil 
identificação
Normal ou 
alargado
Atrial oscila 
entre 140 a 
220 bpm
Atrial 
geralmente 
regular
Intervalo PR 
normal ou 
prolongado
Quadro 1. Resumo sobre as disfunções cardíacas e seus achados no ECG
(Continuação)
Eletrocardiograma e ecocardiograma20
ECG NOW. Representação papel milimetrado. 2019. Disponível em: https://ecgnow.
com.br/_imagens/texto_imagem/123/representacao_papel_milimetrado.jpg. Acesso 
em: 6 out. 2019.
FALUDI, A. A. et al. Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da 
Aterosclerose. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 109, n. 1, ago. 2017.
GUIMARÃES, J. I. (Coord.). Normatização dos equipamentos e técnicas para a realiza-
ção de exames de eletrocardiografia e eletrocardiografia de alta resolução. Arquivos 
Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 80, n. 5, p. 572–578,2003.
LADEIRA, J. P. et al. Cardiologia: principais temas para provas de residência médica. 
São Paulo: Medcel, 2013.
MAGALHÃES, M. E. C. Novas metas de colesterol da diretriz de dislipidemia da SBC. 
International Journal of Cardiovascular Sciences, v. 30, n. 6, p. 466–468, 2017.
MANSUR, A. P.; FAVARATO, D. Mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil e na 
região metropolitana de São Paulo. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 99, 
n. 2, p. 755–761, 2012.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2009.
NICOLL, D. et al. Manual de exames diagnósticos. 6. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. 
REIS, H. J. L. et al. ECG – Manual Prático de Eletrocardiograma. São Paulo: Atheneu, 2013.
SILVA, C. E. S. (Ed.). Normatização dos equipamentos e técnicas de exame para rea-
lização de exames ecocardiográficos. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 
82, supl. 2, p. 1–10, 2004.
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 2. ed. Barueri, SP: 
Manole, 2003. p. 403-473.
Leituras recomendadas 
CANNON, C. P.; STEINBERG, B. A. Cardiologia baseada em evidências. 3. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2012.
MANUAL MSD para profissionais da saúde. Disponível em: https://www.msdmanuals.
com/pt-br/profissional. Acesso em: 6 out. 2019.
THALER, M. S. ECG Essencial: eletrocardiograma na prática diária. 7. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2013.
21Eletrocardiograma e ecocardiograma
Dica do Professor
O ciclo cardíaco corresponde aos eventos entre cada batimento cardíaco. O coração bombeia o 
sangue para os pulmões de modo que ocorra a oxigenação, e depois o distribui para o corpo. O 
Eletrocardiograma (ECG) é um exame no qual os impulsos elétricos do coração são amplificados e 
registrados. Essa avaliação fornece informações sobre o batimento cardíaco e as vias de condução 
nervosa do coração, bem como a frequência e os ritmos cardíacos.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer as derivações do eletrocardiograma, além de como 
funciona a formação das ondas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/9d9e56b06de1744a494987e930218998
Exercícios
1) Por meio do eletrocardiograma é possível verificar os batimentos cardíacos com a 
observação do complexo QRS.
Qual é a frequência média normal dos complexos QRS?
A) 40–60bpm.
B) 60–100bpm.
C) 30–70bmp.
D) > 100bpm.
E) 100–150bpm.
2) O ecocardiograma é utilizado para avaliar o coração por meio da análise de imagens.
Com relação a isso, assinale a alternativa correta.
A) O ecocardiograma mais comum utilizado é o transesofágico.
B) Na eco transtorácica as imagens são avaliadas em três planos e quatro cortes específicos.
C) O eco transesofágico é realizado por meio do posicionamento do transdutor em pontos do 
tórax.
D) O ecocardiograma identifica os impulsos elétricos, mas não obtém as imagens do coração.
E) O posicionamento do transdutor na eco transtorácica não obedece a um plano específico.
3) O exame de eletrocardiograma (ECG) avalia os impulsos elétricos do coração e apresenta 
diferentes traçados.
Sobre a onda P do ECG, é correto afirmar que:
A) é o tempo de condução através do nó atrioventricular.
B) representa a ativação ventricular.
Lívia Maciel
Realce
Lívia Maciel
Realce
C) geralmente adota um caráter de platô.
D) representa a ativação do átrio.
E) é o início da despolarização até a repolarização ventricular.
4) O eletrocardiograma (ECG) tem um ciclo cardíaco determinado por: ondas P, complexo QRS 
e onda T.
O complexo QRS representa:
A) deflexão negativa (Q), deflexão positiva (R) e deflexão negativa (S).
B) deflexão positiva (Q), deflexão positiva (R) e deflexão negativa (S).
C) deflexão positiva (Q), deflexão negativa (R) e deflexão positiva (S).
D) deflexão negativa (Q), deflexão negativa (R) e deflexão positiva (S).
E) deflexão negativa (Q), deflexão positiva (R) e deflexão positiva (S).
5) O sistema cardiovascular pode ser considerado complexo pelo papel que desenvolve. 
Sobre o assunto, é correto afirmar que:
A) em relação ao traçado do eletrocardiograma, a onda P reflete a despolarização atrial e o QRS 
a despolarização do ventrículo. A fibrilação ventricular é caracterizada por contrações 
ventriculares regulares.
B) o lado direito do coração recebe sangue arterial dos pulmões através das veias pulmonares, 
primariamente no átrio esquerdo e seguindo para o ventrículo esquerdo, bombeando-o 
posteriormente para a aorta, onde será distribuído ao corpo inteiro.
C) o lado esquerdo do coração recebe o sangue venoso através da veia cava superior e da veia 
cava inferior, no átrio direito, seguindo para o ventrículo direito, bombeando-o, 
posteriormente, através do tronco pulmonar, fazendo-o ser oxigenado nos pulmões.
D) a parede do coração é formado por duas camadas. O endocárdio é a camada interna de fina 
espessura que atua como revestimento íntimo do coração. O epicárdio é a camada externa de 
fina espessura, formada pela lâmina visceral do pericárdio seroso.
Lívia Maciel
Realce
Lívia Maciel
Realce
E) o coração tem 4 câmaras cardíacas, sendo 2 átrios e 2 ventrículos, separados por um septo e 
por 2 valvas atrioventriculares. De forma geral, o sangue chega ao coração nos átrios e é 
ejetado do coração pelos ventrículos.
Lívia Maciel
Realce
Na prática
Avaliar o sistema cardiorrespiratório pode ser um desafio em se tratando das disfunções da 
condução elétrica, pois requer habilidade para observar e identificar as alterações nas ondas do 
eletrocardiograma. A fibrilação atrial, por exemplo, é caracterizada por um ritmo irregular e rápido. 
Os sintomas incluem palpitações e, em algumas ocasiões, fraqueza, intolerância a esforço e 
dispneia. Normalmente, há formação de trombos atriais, ocasionando risco significativo de AVE 
embólico.
Neste Na Prática, você vai conferir o estudo de caso de um paciente com fibrilação atrial avaliado 
com Eletrocardiograma (ECG).
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/0be875a9-28c0-47d9-81f9-831e765120e0/de9fcd5b-5af3-42a6-8644-682b7fe4a3ac.png
Saiba mais
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Sistema de condução do coração e ECG
Neste vídeo, você vai ver uma explicação sobre a condução do coração e o eletrocardiograma. 
Confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Nível de conhecimento de eletrocardiograma por 
fisioterapeutas intensivistas
O seguinte estudo relata uma pesquisa sobre o nível de conhecimento sobre eletrocardiograma de 
fisioterapeutas intensivistas. Veja a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Fisiologia cardíaca
No seguinte vídeo, você vai ver uma explicação sobre o ciclo cardíaco.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/PIyfkR7RNa4
https://pdfs.semanticscholar.org/5bb6/131b6dfa5cae4a876fe0d7fbd09fbc048882.pdf
https://www.youtube.com/embed/5hNLAOI22eo
Eletrocardiograma no infarto agudo do miocárdio
Neste vídeo, você vai ver um conteúdo referente ao exame de eletrocardiograma (ECG) e à 
avaliação no infarto agudo do miocárdio (IAM).
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/Psug0Bjx_gU

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