Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

🦠 Sobre o HIV
· HIV = Vírus da Imunodeficiência Humana (retrovírus da subfamília Lentiviridae).
· Ataca o sistema imunológico, especialmente os linfócitos T CD4+.
· O HIV se multiplica ao alterar o DNA dos linfócitos e romper as células após se replicar.
📉 Fases da infecção pelo HIV
1. Infecção aguda (fase inicial):
· Período de incubação: 3 a 6 semanas após exposição.
· Produção de anticorpos anti-HIV: 30 a 60 dias após infecção.
· Sintomas semelhantes à gripe (febre, mal-estar).
· Frequentemente passa despercebida.
2. Fase assintomática:
· Forte interação entre o sistema imunológico e o vírus.
· Vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada.
· Pode durar vários anos sem sintomas.
3. Fase sintomática e imunossupressão:
· Com o tempo, as células de defesa são destruídas.
· O organismo torna-se vulnerável a infecções oportunistas.
🔄 Formas de transmissão do HIV
· Relação sexual sem preservativo.
· Compartilhamento de seringas.
· Transfusão de sangue contaminado.
· Transmissão vertical (mãe para filho):
· Durante a gravidez, parto ou amamentação.
· Uso de instrumentos perfurocortantes não esterilizados.
🤰 Rotina de sorologia para HIV no pré-natal
· Obrigatória para todas as gestantes atendidas em serviços ambulatoriais.
· Baseada na eficácia da Terapia Antirretroviral (TARV) para prevenir transmissão vertical.
· Testagem precoce melhora o prognóstico da mãe e do bebê.
· As gestantes devem ser informadas sobre a importância da testagem.
🧪 Testes sorológicos
· Teste de triagem (ELISA):
· Resultados positivos ou inconclusivos devem ser avaliados com cautela (possibilidade de falso-positivo na gravidez).
· Encaminhamento para ambulatório de pré-natal especializado e CTA.
· Testes rápidos:
· Podem ser realizados durante o pré-natal, parto e puerpério.
· Permitem diagnóstico rápido e início imediato da profilaxia.
· Funcionamento sequencial:
1. T1: se não reagente, encerra-se o diagnóstico.
2. Se T1 reagente, faz-se T2 com marca diferente.
3. Se T2 também reagente, confirma-se o diagnóstico de HIV.
4. Se T2 não reagente, repete-se ambos; se persistir a discordância, coleta-se nova amostra venosa e envia-se ao laboratório.
🟡 Acompanhamento da gestante com infecção por HIV confirmada
· Encaminhar para Pré-Natal Especializado (PNE) com equipe multiprofissional.
· Orientações obrigatórias:
· Testagem dos parceiros sexuais.
· Avaliação clínica e sorológica dos filhos.
· Uso rigoroso de preservativos.
· Compreensão das formas de transmissão (sangue, sexo, vertical, leite).
· Importância do seguimento clínico e da TARV.
· Proibir procedimentos invasivos fetais: amniocentese, cordocentese etc.
· Exames de carga viral (CV) obrigatórios:
4. Na primeira consulta.
4. 4 semanas após início ou troca da TARV.
4. A partir da 34ª semana, para definição da via de parto.
· Indicação de genotipagem:
· Antes de iniciar TARV.
· Em casos de falha virológica.
· Evitar exposição a toxoplasmose, alimentos crus, gatos etc.
🟡 Imunização na gestante com HIV
· Imunossupressão pode comprometer resposta vacinal.
· Vacinação pode elevar temporariamente a carga viral (transativação heteróloga).
· Iniciar vacinação após início da TARV.
· Evitar vacinação no final da gestação (risco de transmissão fetal aumentado).
🟡 TARV na gestação
· Iniciada em todas as gestantes, independentemente da carga viral ou CD4.
· Objetivo: carga viral indetectável e prevenção da transmissão vertical.
· Não suspender TARV, exceto por efeitos adversos graves.
· Controle de toxicidade a cada 2 meses.
· Esquema preferencial:
· Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Inibidor de integrase (ex: dolutegravir).
· Alternativas:
· AZT/3TC ou Abacavir/3TC.
· Efavirenz (EFV): alternativa com comprovada segurança; exige genotipagem prévia.
· Pode ser usado em combinação com TDF + 3TC.
· Troca por dolutegravir permitida após estabilidade clínica e CV indetectável.
🟡 Coinfecção HIV e tuberculose
· Tratar com Esquema Básico para TB:
· 2 meses: rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol.
· 4 meses: rifampicina + isoniazida.
· Ajustar doses ao peso.
· Prescrever piridoxina 50 mg/dia (evita toxicidade neurológica).
🟡 Conduta no parto
· Durante o trabalho de parto:
· Manter TARV.
· Evitar rotura artificial das membranas.
· Não usar: escalpe cefálico, fórcipe, episiotomia (se possível), manobras de versão.
· Clampear imediatamente o cordão (sem ordenha).
· Usar AZT intravenoso se CV detectável:
· Ataque: 2 mg/kg/h.
· Manutenção: 1 mg/kg/h até o parto.
· Escolha da via de parto:
· CV ≥ 1.000 cópias/ml: cesárea eletiva com AZT EV por 3h.
· CV ≤ 1.000 cópias/ml: parto vaginal permitido com 3h de AZT.
· CV indetectável: via obstétrica liberada, sem AZT EV.
· Recomendações para parto vaginal:
· Evitar traumas fetais e exposição a sangue.
· Profilaxia antibiótica se parto operatório.
· Equipe deve usar EPI completo com dupla paramentação.
🟡 Cuidados com a equipe profissional
· Usar precauções universais rigorosamente.
· Em caso de acidente com material biológico:
· Iniciar TARV profilática idealmente em até 2 horas.
· Risco estimado de transmissão ocupacional: 0,3%.
🟡 Puerpério imediato
· Aleitamento materno é contraindicado.
· Manter paciente em alojamento conjunto, se possível com banheiro exclusivo.
· Inibição da lactação:
· Cabergolina 0,5 mg (2 cp dose única) até 2h após o parto.
· Reforçar importância do seguimento clínico e ginecológico.
· Revisão puerperal obrigatória após 30 dias.
· Risco aumentado de abandono do tratamento no pós-parto → realizar busca ativa se necessário.
· Manter TARV no puerpério, independentemente da carga viral/CD4.
🟡 Cuidados com o recém-nascido (RN) exposto
1. Clampear cordão imediatamente, sem ordenha.
2. Realizar banho com água corrente ou limpeza completa antes de qualquer punção.
3. Evitar traumas na aspiração de vias aéreas.
4. Iniciar AZT (xarope) nas primeiras 4h (idealmente na sala de parto):
· 2 mg/kg/dose a cada 6h por 42 dias.
5. Se mãe sem TARV ou CV detectável, adicionar nevirapina até 7º dia de vida.
6. Monitoramento laboratorial precoce ainda na maternidade.
7. Proibir aleitamento materno → oferecer fórmula infantil.

Mais conteúdos dessa disciplina