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Rafaela Ferreira Da Silva - ferreirarafaela672@gmail.com - CPF: 122.295.574-16
 
 
Disposições preliminares do Código de Processo Penal..................................................3 
Inquérito policial.................................................................................................................... 4 
Valor Probatório do Inquérito Policial................................................................................. 5 
Características do Inquérito Policial............................................................................. 5 
Inquérito Policial: Conceito e Natureza Jurídica...........................................................6 
Objetivos do Inquérito Policial...................................................................................... 6 
Condução do Inquérito Policial.....................................................................................6 
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL...............................................7 
Instauração de Ofício - Notitia Criminis..............................................................................8 
DILIGÊNCIAS.....................................................................................................................9 
Requisitos dos Atos Administrativos.......................................................................... 10 
Irregularidades no Inquérito e Ação Penal................................................................. 10 
Considerações Doutrinárias....................................................................................... 10 
Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)..................................................................... 11 
Direito de Defesa........................................................................................................11 
Independentemente de qualquer argumento, a incomunicabilidade não se aplica ao 
advogado por força da disposição legal do respectivo Estatuto, o que torna esta 
medida completamente ineficaz em garantir o pleno direito de defesa..................... 11 
Indiciamento............................................................................................................... 11 
A Lei 12.830/2013 define o indiciamento como um ato técnico-jurídico e 
fundamentado, que é privativo do delegado de polícia. Esse ato deve indicar a 
autoria, materialidade e as circunstâncias do fato criminoso..................................... 11 
Requisitos do Indiciamento:........................................................................................11 
● Autoria: Identificação de quem cometeu o crime.................................................... 11 
● Materialidade: Evidência de que o crime realmente ocorreu.................................. 11 
● Circunstâncias: Detalhes e contextos em que o crime foi cometido....................... 11 
Art. 2º, § 6º - O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato 
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a 
autoria, materialidade e suas circunstâncias..............................................................11 
Características do Indiciamento:................................................................................ 12 
Desindiciamento:........................................................................................................12 
Ação penal............................................................................................................................ 12 
Do juiz, do ministério público, do acusado e defensor, dos assistentes e auxiliares da 
justiça, dos peritos e intérpretes........................................................................................15 
Das citações e intimações.................................................................................................. 16 
A intimação.......................................................................................................................17 
Formas de Intimação (Art. 370 a 372 do CPP):......................................................... 17 
Prazos de Intimação (art. 798 CPP).................................................................................18 
Dicas de Prova!................................................................................................................ 19 
Da sentença.......................................................................................................................... 20 
Os Requisitos e Validade da Sentença............................................................................ 21 
FICA A DICA:............................................................................................................. 23 
Do processo comum............................................................................................................24 
Fases do Processo Comum Ordinário (Art. 394 a 405 do CPP)......................................25 
1 
Rafaela Ferreira Da Silva - ferreirarafaela672@gmail.com - CPF: 122.295.574-16
 
Da Instrução criminal........................................................................................................27 
Do procedimento relativo aos processos da competência do tribunal do júri.................. 29 
Da acusação e da instrução preliminar............................................................................ 31 
Da pronúncia, da impronúncia e da absolvição sumária..................................................34 
Da preparação do processo para julgamento em plenário.............................................. 36 
Do alistamento dos jurados..............................................................................................38 
Do desaforamento............................................................................................................38 
Da organização da pauta................................................................................................. 40 
Do sorteio e da convocação dos jurados......................................................................... 41 
Da função do jurado......................................................................................................... 42 
Da composição do tribunal do júri e da formação do conselho de sentença...................43 
Da reunião e das sessões do tribunal do júri................................................................... 44 
Da instrução em plenário................................................................................................. 46 
Pontos de atenção para concursos:...........................................................................47 
Dos debates..................................................................................................................... 48 
Do questionário e sua votação.........................................................................................50 
Da sentença..................................................................................................................... 51 
Da ata dos trabalhos........................................................................................................ 54 
Das atribuições do presidente do tribunal do júri............................................................. 55 
Prisão e liberdade provisória..............................................................................................57 
Processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos.. 59 
Disposições constitucionais aplicáveis ao direito processual penal.............................62 
 
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Rafaela Ferreira Da Silva - ferreirarafaela672@gmail.com - CPF: 122.295.574-16
 
Disposições preliminares do Código de 
Processo Penal. 
 
As disposições preliminares do Código de Processo Penal estão 
previstas nos artigos 1º ao 3º e estabelecem as diretrizes iniciais que 
orientam a aplicação do processo penal no Brasil. 
O artigo 1º dispõe que o processo penal reger-se-áda parte, ausência de interesse 
processual, irregularidade formal insanável, entre outros. 
 
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🧱 Requisitos da Sentença (art. 489, §1º): 
A sentença deve conter fundamentos claros e objetivos, abordando 
todos os pedidos das partes. 
 Não é válida a sentença que: 
● Apenas repete argumentos das partes ou usa fórmulas 
genéricas; 
 
● Não analisa fundamentos relevantes trazidos pelas partes; 
 
● Deixa de enfrentar jurisprudência dominante ou precedente 
obrigatório. 
 
⏱ Coisa Julgada (arts. 502 a 508): 
Coisa julgada é a imutabilidade da sentença que não cabe mais 
recurso. Pode ser: 
● Formal: torna definitiva a decisão no processo em que foi proferida. 
 
● Material: impede que a mesma matéria seja rediscutida em outro 
processo. 
 
🔁 Possibilidade de Retratação: 
Em alguns casos, quando o juiz decide encerrar o processo sem 
analisar o pedido principal (ou seja, sem julgar o mérito, como nas 
sentenças de extinção), ele pode mudar de ideia antes de enviar o processo 
para o tribunal. 
Isso significa que, antes de a decisão ser analisada em recurso, o 
próprio juiz pode rever e corrigir sua decisão, se perceber que cometeu um 
erro. 
 
 
 
 
 
 
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⚖ Eficácia da Sentença 
A sentença, depois de definitiva, produz efeitos entre as partes 
envolvidas no processo — isso é o que chamamos de coisa julgada. Ou 
seja, o que foi decidido não pode mais ser mudado, nem discutido 
novamente no mesmo processo ou em outro. 
No entanto, existem exceções: 
Se ficar provado que a sentença foi resultado de fraude, simulação, 
dolo (má-fé), ou conluio entre as partes (combinação para enganar o 
juiz), ela pode ser total ou parcialmente anulada, por meio de uma ação 
rescisória. 
 
🎯 DICAS PARA CONCURSO 
📌 Muito cobrado: distinção entre sentença e decisão interlocutória. 
 📌 Examinadoras gostam de cobrar o art. 489, §1º (sentença não 
fundamentada). 
 📌 Atenção aos efeitos da coisa julgada material e à possibilidade de 
ação rescisória. 
 
 
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Da ata dos trabalhos. 
A ata dos trabalhos é o documento oficial que registra tudo o que 
ocorreu durante o julgamento pelo Tribunal do Júri. Sua previsão legal está 
nos arts. 469 e 470 do Código de Processo Penal (CPP). 
Ela é lavrada pelo escrivão ou por outro servidor designado e 
assinada pelo presidente do Tribunal do Júri (juiz togado). Devem 
constar obrigatoriamente na ata: 
● A abertura da sessão e a presença das partes (juiz, Ministério 
Público, defensor, jurados, testemunhas, acusado); 
 
● As reclamações e protestos feitos durante o julgamento; 
 
● O resumo das ocorrências principais (como leitura de peças, 
depoimentos, debates); 
 
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● Os quesitos formulados e as respostas dos jurados; 
 
● O resultado final do julgamento. 
 
Além disso, a ata deve ser lida em plenário, podendo qualquer das 
partes pedir que algo importante seja incluído no texto (art. 470 do CPP). Isso 
garante a transparência e a regularidade do julgamento. 
 
Dica de prova: 
 
 É comum que se cobre o conteúdo obrigatório da ata e quem é 
responsável por lavrá-la e assiná-la. Também se exige saber que a ata é 
meio de controle da legalidade dos atos do Júri, podendo ser usada para 
recursos, inclusive nulidades. 
 
 
Das atribuições do presidente do tribunal do júri. 
O presidente do Tribunal do Júri é o juiz togado (profissional) que 
conduz o julgamento em plenário. Suas atribuições estão previstas no art. 
497 do Código de Processo Penal (CPP). 
Durante o julgamento, ele atua como garantidor da legalidade e da 
ordem processual. Suas principais funções são: 
● Regular os trabalhos em plenário, zelando pela ordem e legalidade 
do julgamento; 
 
● Sortear os jurados que comporão o Conselho de Sentença (sete 
titulares); 
 
● Resolver as questões incidentes (ex: nulidades, impedimentos, 
incidentes processuais); 
 
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● Instruir o processo em plenário, ou seja, presidir a fase de oitiva das 
testemunhas, do interrogatório e dos debates entre acusação e defesa; 
 
● Redigir os quesitos, com clareza e objetividade, para serem 
respondidos pelos jurados; 
 
● Realizar a votação com os jurados, zelando pelo sigilo e regularidade 
dos votos; 
 
● Proferir a sentença, com base nas respostas dadas pelos jurados aos 
quesitos; 
 
● Expulsar qualquer pessoa que perturbe o julgamento e tomar 
providências contra o desrespeito ao tribunal. 
 
Também cabe ao presidente decidir sobre: 
● Incomunicabilidade dos jurados; 
 
● Permissões ou restrições à imprensa no plenário; 
 
● Encaminhamento dos autos após o julgamento. 
 
Fica a dica: 
 
As bancas gostam de cobrar quem profere a sentença (é o 
juiz-presidente, e não os jurados), quem elabora os quesitos e se o 
juiz pode influenciar a decisão dos jurados (não pode). Também é 
comum a cobrança sobre o papel técnico do juiz frente à função 
soberana do Conselho de Sentença. 
 
 
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Prisão e liberdade provisória. 
A prisão no processo penal pode ocorrer antes ou depois da 
condenação. As prisões cautelares (antes da sentença definitiva) têm 
natureza provisória e excepcional, sendo utilizadas apenas quando 
indispensáveis à investigação ou à garantia da ordem pública. 
O Código de Processo Penal (CPP) prevê as seguintes modalidades de 
prisão cautelar: 
● Prisão em flagrante (art. 301 a 310, CPP): ocorre quando o agente é 
surpreendido cometendo o crime, logo após ou com elementos que o 
vinculem diretamente ao fato. 
 
● Prisão preventiva (art. 311 a 316, CPP): decretada pelo juiz, a pedido 
do MP, do querelante ou mediante representação da autoridade policial, 
quando houver prova do crime e indício de autoria, e for necessária 
para: garantir a ordem pública ou econômica, conveniência da 
instrução ou para assegurar a aplicação da lei penal. 
 
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● Prisão temporária (Lei 7.960/89): visa garantir a investigação, limitada 
no tempo (5 a 30 dias prorrogáveis), aplicável apenas a crimes graves 
ou expressamente previstos. 
 
A liberdade provisória é a regra no processo penal. Ela pode ocorrer 
com ou sem a imposição de medidas cautelares diversas da prisão (art. 
319, CPP), como: 
● Proibição de frequentar certos lugares, 
 
● Proibição de contato com determinadas pessoas, 
 
● Recolhimento domiciliar noturno, 
 
● Monitoramento eletrônico, entre outras. 
 
O juiz deve fundamentar a imposição da prisão e a escolha de 
medidas cautelares. A prisão só será mantida se não for suficiente nenhuma 
medida alternativa. 
Em caso de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 24 horas, deverá 
analisar a legalidade e decidir entre: homologar e converter em preventiva, 
conceder liberdade provisória, ou relaxar se for ilegal (art. 310, CPP). 
 
FICA A DICA: 
 
Você deve saber distinguir as espécies de prisão, a lógica da 
excepcionalidade da cautelar, o papel do juiz no controle da legalidade e a 
preferência pela liberdade com medidas alternativas. A jurisprudência do 
STF e STJ também reforça o princípio da presunção de inocência, que 
limita o uso indiscriminado da prisão antes do trânsito em julgado. 
 
 
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 Processo e julgamento dos crimes de 
responsabilidade dos funcionários públicos. 
O processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos 
funcionários públicos está regulado entre os arts. 513 a 518 do Código de 
Processo Penal. Aplica-se quando o crime está relacionado coma função 
pública exercida (ex: prevaricação, corrupção, peculato). 
A Denúncia ou queixa, nos crimes de responsabilidade funcional, o 
Ministério Público pode oferecer denúncia, ou a parte ofendida pode 
apresentar queixa, desde que observadas as condições da ação. A petição 
inicial deve indicar a qualificação do acusado, a descrição dos fatos e a 
indicação do tipo penal. 
A Citação e resposta, acontece quando é recebida a denúncia ou 
queixa, o juiz manda citar o réu para responder por escrito no prazo de 15 
dias. Essa fase funciona como uma “contestação”, onde o acusado pode 
alegar tudo que tiver de útil para sua defesa. 
A instrução probatória ocorre após a apresentação da resposta pelo 
réu, momento em que o juiz poderá determinar a realização de diligências e a 
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produção das provas necessárias à formação do seu convencimento. Essa 
fase se desenvolve de maneira semelhante ao rito ordinário, com a oitiva de 
testemunhas, a realização de interrogatórios, os debates entre as partes e, 
por fim, a prolação da sentença. 
O julgamento ocorre ao final da instrução, momento em que será 
proferida sentença absolutória ou condenatória. Em caso de condenação, 
o funcionário poderá ser penalizado criminalmente e também 
administrativamente, como, por exemplo, com a perda do cargo, desde que 
haja previsão legal. 
Autoridades que ocupam cargos com foro por prerrogativa de 
função, como prefeitos, governadores, juízes ou promotores, estão sujeitas a 
uma regra especial de competência, sendo o julgamento realizado, por 
exemplo, pelo Tribunal de Justiça. 
O processo penal pode ocorrer de forma independente em relação ao 
processo administrativo ou à ação civil de improbidade, podendo, no 
entanto, gerar reflexos nesses outros processos conforme o resultado da 
ação penal. 
 
⚠FICA A DICA 
● prazo da resposta escrita (15 dias) 
 
● a possibilidade de defesa por escrito antes da instrução 
 
● o rito híbrido: semelhante ao ordinário, mas com peculiaridades da 
função pública 
 
● relação entre responsabilidade penal e administrativa 
 
O habeas corpus é uma ação constitucional de natureza penal, com 
previsão no art. 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal e 
regulamentação nos arts. 647 a 667 do Código de Processo Penal. Serve 
para proteger o direito de locomoção quando houver ameaça ou coação 
ilegal à liberdade de ir e vir, por ato de autoridade pública ou agente no 
exercício de função pública. 
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O habeas corpus pode ser classificado em duas espécies, sendo o 
preventivo utilizado quando há ameaça de coação, com pedido de 
salvo-conduto, e o repressivo aplicado quando a coação já ocorreu, com 
pedido de libertação imediata. 
O habeas corpus é cabível sempre que alguém sofrer ou estiver na 
iminência de sofrer violência ou coação ilegal em sua liberdade de 
locomoção, como nos casos de prisão sem fundamento legal, abuso de 
autoridade ou excesso de prazo na prisão cautelar. 
O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, em nome 
próprio ou de terceiro, inclusive sem a necessidade de advogado, pois se 
trata de uma ação gratuita e informal. 
Quanto ao procedimento, a petição deve ser dirigida à autoridade 
competente, que pode ser um juiz ou tribunal. Uma vez recebida a 
impetração, a autoridade apontada como coatora presta informações, o 
Ministério Público emite parecer e, em seguida, o juiz ou tribunal decide a 
questão, sem necessidade de produção de provas adicionais. 
A decisão no habeas corpus pode conceder ou denegar a ordem. Essa 
decisão possui eficácia imediata e, diante de ilegalidade evidente, pode até 
ser proferida de ofício pela autoridade judiciária. 
O habeas corpus não pode ser utilizado de forma indevida (vedação ao 
uso indevido). É vedado seu uso para discutir questões como penas 
alternativas, multa ou processos administrativos disciplinares, salvo se 
essas situações afetarem diretamente a liberdade de locomoção. 
 
⚠ Pontos de atenção: 
● Qualquer pessoa pode impetrar, inclusive sem advogado. 
 
● Cabe mesmo sem prova completa – basta prova pré-constituída. 
 
● Não admite dilação probatória. 
 
● É cabível contra prisão ilegal ou ameaça concreta à liberdade. 
 
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● Não cabe para contestar penalidades que não envolvam restrição à 
liberdade de ir e vir. 
 
 
 
 Disposições constitucionais aplicáveis ao 
direito processual penal. 
A Constituição Federal de 1988 é a principal fonte garantidora de 
direitos no processo penal. Vários dispositivos constitucionais são 
diretamente aplicáveis ao direito processual penal, funcionando como 
limites e diretrizes para a atuação do Estado na persecução penal. 
1. Princípio do devido processo legal (art. 5º, LIV) 
 Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal, o que garante um processo legal, justo, com contraditório 
e ampla defesa. 
2. Contraditório e ampla defesa (art. 5º, LV) 
 A todos os litigantes em processo judicial ou administrativo é assegurado o 
direito ao contraditório, ampla defesa e uso dos meios e recursos a ela 
inerentes. 
3. Presunção de inocência (art. 5º, LVII) 
 Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença 
penal condenatória. É o princípio da não culpabilidade. 
4. Legalidade e anterioridade penal (art. 5º, XXXIX) 
 Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal. Garantia contra o arbítrio penal do Estado. 
5. Inviolabilidade de domicílio (art. 5º, XI) 
 A casa é asilo inviolável, salvo em flagrante delito, desastre, para prestar 
socorro, ou com ordem judicial, de forma justificada. 
6. Direito ao silêncio e à não autoincriminação (art. 5º, LXIII) 
 O preso tem direito de permanecer calado e de ser informado sobre esse 
direito. Garante que ninguém seja forçado a produzir prova contra si 
mesmo. 
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7. Liberdade provisória e prisão legal (art. 5º, LXI, LXV, LXVI, LXVIII) 
 Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente. É assegurada a 
liberdade provisória com ou sem fiança, conforme o caso. 
8. Habeas corpus (art. 5º, LXVIII) 
 Concedido sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer 
violência ou coação ilegal em sua liberdade de locomoção. 
9. Identificação criminal (art. 5º, LVIII) 
 O civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, 
salvo nos casos previstos em lei. 
10. Acesso ao Judiciário (art. 5º, XXXV) 
 A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito. Garante o acesso à Justiça, inclusive em matéria penal. 
 
 
⚠Pontos de atenção: 
● Princípio do contraditório e ampla defesa. 
 
● Presunção de inocência e seu impacto na execução da pena. 
 
● Direito ao silêncio e vedação à autoincriminação. 
 
● Limites à prisão e garantias constitucionais do preso. 
 
● Devido processo legal e acesso ao Judiciário. 
 
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	Disposições preliminares do Código de Processo Penal. 
	 
	 
	Inquérito policial 
	Valor Probatório do Inquérito Policial 
	Características do Inquérito Policial 
	Inquérito Policial: Conceito e Natureza Jurídica 
	Objetivos do Inquérito Policial 
	Condução do Inquérito Policial 
	FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
	 
	Instauração de Ofício - Notitia Criminis 
	DILIGÊNCIAS 
	Requisitos dos Atos Administrativos 
	Irregularidades no Inquérito e Ação Penal 
	 
	 
	Considerações Doutrinárias 
	Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) 
	Direito de Defesa 
	Independentemente de qualquer argumento, a incomunicabilidade não se aplica ao advogado por força da disposição legal dorespectivo Estatuto, o que torna esta medida completamente ineficaz em garantir o pleno direito de defesa. 
	Indiciamento 
	A Lei 12.830/2013 define o indiciamento como um ato técnico-jurídico e fundamentado, que é privativo do delegado de polícia. Esse ato deve indicar a autoria, materialidade e as circunstâncias do fato criminoso. 
	Requisitos do Indiciamento: 
	●​Autoria: Identificação de quem cometeu o crime. 
	●​Materialidade: Evidência de que o crime realmente ocorreu. 
	●​Circunstâncias: Detalhes e contextos em que o crime foi cometido. 
	Art. 2º, § 6º - O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
	Características do Indiciamento: 
	Desindiciamento: 
	 Ação penal 
	Do juiz, do ministério público, do acusado e defensor, dos assistentes e auxiliares da justiça, dos peritos e intérpretes 
	 
	Das citações e intimações 
	A intimação 
	Formas de Intimação (Art. 370 a 372 do CPP): 
	 
	Prazos de Intimação (art. 798 CPP) 
	 
	 
	Dicas de Prova! 
	Da sentença 
	Os Requisitos e Validade da Sentença 
	 
	 FICA A DICA: 
	Do processo comum 
	Fases do Processo Comum Ordinário (Art. 394 a 405 do CPP) 
	Da Instrução criminal. 
	 
	Do procedimento relativo aos processos da competência do tribunal do júri. 
	Da acusação e da instrução preliminar. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Da pronúncia, da impronúncia e da absolvição sumária. 
	Da preparação do processo para julgamento em plenário. 
	 
	Do alistamento dos jurados. 
	Do desaforamento. 
	 Da organização da pauta. 
	Do sorteio e da convocação dos jurados. 
	Da função do jurado. 
	Da composição do tribunal do júri e da formação do conselho de sentença. 
	Da reunião e das sessões do tribunal do júri. 
	Da instrução em plenário. 
	Pontos de atenção para concursos: 
	Dos debates. 
	Do questionário e sua votação. 
	Da sentença. 
	 
	Da ata dos trabalhos. 
	Das atribuições do presidente do tribunal do júri. 
	Prisão e liberdade provisória. 
	 Processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos. 
	 Disposições constitucionais aplicáveis ao direito processual penal.por este Código, 
ressalvadas as disposições de tratados, convenções e regras de direito 
internacional de que o Brasil seja parte. Isso significa que, embora o Código 
de Processo Penal seja a norma principal que regula o processo penal, ele 
pode ser relativizado ou complementado por normas internacionais, desde 
que estejam devidamente incorporadas ao ordenamento jurídico nacional, 
respeitando o princípio da supremacia da Constituição. 
O artigo 2º estabelece que o processo penal terá aplicação em todo o 
território nacional, independentemente de onde o crime tenha sido cometido, 
desde que haja previsão legal para isso. Essa disposição reforça o princípio 
da unidade do processo penal brasileiro, assegurando que sua aplicação 
ocorra de forma uniforme em todo o país, garantindo isonomia no tratamento 
processual. 
O artigo 3º trata da interpretação da norma processual penal, 
determinando que o Código será interpretado segundo os fins sociais a que 
se destina, as exigências do bem comum e os princípios constitucionais. 
Além disso, a lei processual penal admite aplicação supletiva da legislação 
processual civil nos casos em que houver lacuna e desde que não contrarie 
os princípios do direito penal e processual penal. Esse dispositivo reforça a 
necessidade de interpretar o processo penal de forma sistêmica e em 
conformidade com a Constituição, especialmente quanto aos direitos e 
garantias fundamentais do acusado, como o contraditório, a ampla defesa, o 
devido processo legal e o princípio da presunção de inocência. 
Essas disposições preliminares formam a base interpretativa do Código 
de Processo Penal, apontando para uma aplicação que deve sempre 
respeitar os limites legais, constitucionais e, quando aplicável, internacionais. 
Elas garantem que o processo penal brasileiro seja orientado por princípios 
democráticos, buscando a justiça com equilíbrio entre o poder de punir do 
Estado e os direitos do acusado. 
3 
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As normas jurídicas dividem-se em regras e princípios, cada uma com 
características distintas e modos de aplicação: 
● Regras: Têm uma aplicação rígida e excludente, baseada na técnica 
do tudo ou nada. Uma regra será ou não cumprida na sua totalidade. 
Por exemplo, uma regra de trânsito que determina o limite de 
velocidade. Se você ultrapassar esse limite, estará violando a regra. 
● Princípios: Têm uma aplicação mais flexível e podem ser ponderados. 
Em vez de serem aplicados de forma excludente, os princípios podem 
ser ajustados e equilibrados conforme o caso concreto. Isso permite 
uma maior adaptabilidade às circunstâncias específicas. 
Em decisões judiciais, frequentemente se vê a necessidade de conciliar 
princípios conflitantes. Um exemplo clássico é a tensão entre a liberdade de 
expressão e a privacidade. Os tribunais muitas vezes precisam encontrar um 
equilíbrio entre esses princípios da dignidade da pessoa humana, por 
exemplo, inspirou diversas regras que protegem os direitos dos presos, como 
o direito à saúde, ao trabalho e ao estudo. 
 
A Constituição Federal de 1988 realmente se preocupou em 
estabelecer garantias processuais penais em diversos dispositivos, instituindo 
um amplo rol de princípios constitucionais que protegem o processo penal. 
Um dos principais exemplos é a presunção de inocência, que é um princípio 
basilar diretamente extraído do texto constitucional. 
 
O Código de Processo Penal, inspirado nessas garantias 
constitucionais, forma um complexo de regras e princípios que orientam e 
conduzem a marcha processual. Essa harmonia entre regras e princípios 
assegura um processo justo e equilibrado, protegendo os direitos 
fundamentais dos indivíduos. 
 
 
Inquérito policial 
 
 
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Rafaela Ferreira Da Silva - ferreirarafaela672@gmail.com - CPF: 122.295.574-16
 
O inquérito policial é um procedimento preliminar e preparatório da 
ação penal, de caráter administrativo, conduzido pela polícia judiciária. Seu 
objetivo é a colheita preliminar de provas para apurar a prática de uma 
infração penal e sua autoria. 
 
Função Preservadora: Evitar acusações infundadas. 
Função Preparatória: Colher elementos de informação para a ação 
penal. 
 
 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que 
servir de base a uma ou outra. 
 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com 
todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos 
pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando 
necessário, o rol das testemunhas. 
 
Com o inquérito se busca conseguir a necessária ‘justa causa’ (suporte 
probatório mínimo) para o desencadeamento da ação penal em relação à 
materialidade e autoria. Através dele que o Ministério Público, na grande 
maioria dos casos, forma a sua ‘opinio delicti’. 
 
Valor Probatório do Inquérito Policial 
Embora os elementos informativos coletados na investigação policial 
não sejam provas chanceladas pelo contraditório e ampla defesa e possuam 
um desvalor legal preestabelecido (conforme o art. 155 do CPP), se 
comparados às provas produzidas no processo, eles têm sua valia. Esse 
valor é preponderantemente subsidiário e complementar em relação às 
provas produzidas durante o processo. Isoladamente, esses elementos 
jamais devem legitimar a fundamentação de uma sentença 
Características do Inquérito Policial 
● Escrito: De acordo com o art. 9º do CPP, o inquérito deve ser 
documentado por escrito. 
● Dispensável: Embora forneça peças de informação essenciais, 
não é um requisito absoluto para a ação penal. 
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● Sigiloso: Conforme o art. 20 do CPP, o inquérito é sigiloso, mas 
a súmula vinculante 14 do STF garante ao defensor o amplo 
acesso aos elementos de prova. 
● Inquisitivo: Poderes investigatórios concentrados na autoridade 
policial, sem a necessidade de contraditório e ampla defesa. 
● Oficialidade: A investigação é realizada apenas por órgãos 
oficiais do Estado. 
● Oficiosidade: A investigação não depende de provocação para 
seu início e desenvolvimento; é uma função do agente público. 
● Discricionariedade: A autoridade policial tem margem de 
liberdade dentro dos limites legais para conduzir a investigação. 
● Indisponibilidade: De acordo com o art. 17 do CPP, a 
autoridade policial não pode arquivar os autos do inquérito. 
 
POLÍCIA JUDICIÁRIA E TITULARIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL 
Art. 4º (CPP) A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no 
território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das 
infrações penais e da sua autoria. Parágrafo único. A competência definida 
neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja 
cometida a mesma função. 
Inquérito Policial: Conceito e Natureza Jurídica 
● Procedimento Preparatório: O inquérito policial é um procedimento 
preliminar e preparatório da ação penal. 
● Investigativo e Inquisitivo: Tem caráter investigativo e inquisitivo, 
sendo conduzido por autoridade de polícia judiciária. 
● Administrativo: É de natureza administrativa. 
● Objetivo: Destinado a reunir elementos necessários de autoria e 
materialidade de infrações penais. 
Objetivos do Inquérito Policial 
● Formação da Convicção do MP: Ajudar a formar a convicção do 
Ministério Público. 
● Colheita de Provas Urgentes: Recolher provas urgentes que podem 
desaparecer após a ocorrência do crime. 
Condução do Inquérito Policial 
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● Polícia Judiciária: Realizado pela Polícia Civil ou Polícia Federal. 
● Autoridade Policial: A instauração e a presidência do inquérito policial 
ficam a cargo do delegado de Polícia Civil ou Polícia Federal. 
Outras autoridades administrativas produtoras de inquérito: o inquérito 
policial não é o único e exclusivo a dar sustentaçãoprobatória à ação penal. 
São admitidos outros procedimentos, desde que prevista em lei a função 
investigatória da autoridade. 
 
São autoridades capazes de produzir provas pré-constituídas para 
fundamentar a ação penal, dentre outras possibilidades legais: 
 
● os oficiais militares, no caso de inquérito militar; 
● os chefes de repartições públicas ou corregedores permanentes, nos 
casos de sindicâncias e processos administrativos; 
● os promotores de justiça, no caso de inquérito civil voltado a apurar 
lesões a interesses difusos e coletivos; 
● os parlamentares, durante os trabalhos das Comissões Parlamentares 
de Inquérito. 
 
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
 
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
 
I - de ofício; 
 
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a 
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
 
§ 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: 
 
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; 
 
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões 
de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos 
de impossibilidade de o fazer; 
 
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c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e 
residência. 
 
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito 
caberá recurso para o chefe de Polícia. 
 
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de 
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, 
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das 
informações, mandará instaurar inquérito. 
 
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de 
representação, não poderá sem ela ser iniciado. 
 
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá 
proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
 
 
 
Instauração de Ofício - Notitia Criminis 
A notitia criminis é o conhecimento, espontâneo ou provocado, que a 
autoridade policial tem de um fato aparentemente criminoso. Pode ser 
classificada em três tipos: 
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1. Direta/Espontânea: Quando a autoridade policial toma conhecimento 
do fato criminoso por sua própria iniciativa ou por meio de suas 
atividades rotineiras. 
2. Indireta/Provocada: Quando a autoridade policial é informada sobre o 
fato criminoso por terceiros, como vítimas, testemunhas, ou por meio 
de denúncias. 
3. De Cognição Coercitiva: Quando a autoridade policial toma 
conhecimento do fato criminoso durante a prática de outras atividades 
coercitivas, como prisões em flagrante. 
DILIGÊNCIAS 
O inquérito tem procedimento flexível, mas com uma série de 
diligências ao encargo da autoridade policial. Estão previstas nos artigos 6º, 
7º, 13, 13-A e 13-B do CPP. 
Identificação Criminal 
Uma das diligências a serem adotadas durante a condução do inquérito 
policial (art. 6º, VIII, CPP) - ordenar a identificação do indiciado pelo processo 
datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes. 
 
Entretanto, percebe-se que o legislador constituinte optou por 
consagrar limitações explícitas à identificação criminal dentro do rol de 
direitos e garantias fundamentais – mais especificamente os direitos 
individuais e coletivos –, como se pode depreender da leitura de seu art. 5º, 
LVIII, o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, 
salvo nas hipóteses previstas em lei. 
 
A regra, portanto, sempre será a identificação civil, que se perfaz 
mediante a apresentação dos documentos referidos nos incisos do art. 2º da 
Lei 12.037/2009: 
 
I – carteira de identidade 
II – carteira de trabalho; 
III – carteira profissional; 
IV – passaporte; 
V – carteira de identificação funcional; 
VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado. 
Vícios no Inquérito Policial 
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Como procedimento administrativo, o inquérito policial deve observar as 
diretrizes legais, inclusive os princípios constantes do art. 37 da Constituição 
Federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
Requisitos dos Atos Administrativos 
Os atos praticados dentro do inquérito policial devem atender aos 
requisitos dos atos administrativos em geral, conforme o art. 104 do Código 
Civil: 
● Agente Capaz 
● Objeto Lícito, Possível, Determinado ou Determinável 
● Forma Prescrita ou Não Defesa em Lei 
Caso esses requisitos não sejam respeitados, há um vício de 
legalidade, podendo os atos serem invalidados ou anulados. 
Irregularidades no Inquérito e Ação Penal 
Avaliar se a irregularidade do inquérito policial contamina ou se estende 
para a ação penal é crucial. Como são fases diferentes da persecução penal, 
com finalidades, naturezas e regramentos distintos, as imperfeições do 
inquérito policial, em regra geral, não atingem o processo penal, que é uma 
peça meramente informativa servindo de base para a acusação formal. 
Incomunicabilidade do Indiciado Preso 
A incomunicabilidade do indiciado preso só é permitida quando o 
interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigem, e deve 
sempre ser decretada por despacho fundamentado do juiz, a requerimento da 
autoridade policial ou do Ministério Público. Esta medida não pode exceder 
três dias e deve respeitar o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da 
OAB (Art. 21, CPP). 
 
 
Considerações Doutrinárias 
A maior parte da doutrina entende que essa disposição da lei 
processual não foi recepcionada pela Constituição Federal, uma vez que o 
sistema atual não trata o acusado como objeto da prova (característica do 
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sistema inquisitório). Argumenta-se que, mesmo em Estado de Defesa, onde 
várias garantias constitucionais são suprimidas, a incomunicabilidade não é 
admitida. Portanto, há ainda menos razão para sua admissibilidade em um 
estado de normalidade. 
Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) 
O Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), previsto no art. 52 da Lei de 
Execução Penal (LEP), não prevê a possibilidade de incomunicabilidade do 
preso. Apenas estabelece visitas semanais com duração de duas horas. 
Direito de Defesa 
Independentemente de qualquer argumento, a incomunicabilidade não 
se aplica ao advogado por força da disposição legal do respectivo Estatuto, o 
que torna esta medida completamente ineficaz em garantir o pleno direito de 
defesa. 
Indiciamento 
A Lei 12.830/2013 define o indiciamento como um ato técnico-jurídico e 
fundamentado, que é privativo do delegado de polícia. Esse ato deve indicar 
a autoria, materialidade e as circunstâncias do fato criminoso. 
Requisitos do Indiciamento: 
● Autoria: Identificação de quem cometeu o crime. 
● Materialidade: Evidência de que o crime realmente ocorreu. 
● Circunstâncias: Detalhes e contextos em que o crime foi cometido. 
Art. 2º, § 6º - O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por 
ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá 
indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. 
 
O indiciamento é a imputação formal a alguém, no âmbito de um 
inquérito policial, da autoria de uma infração penal. Este ato é privativo do 
delegado de polícia, que deve fundamentar sua decisão mediante uma 
análise técnico-jurídica dos elementos informativos de autoria e 
materialidade. O indiciamento deve ser baseado em indícios razoáveis de 
autoria e materialidade, e não pode ser arbitrário. 
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Características do Indiciamento:● Ato Privativo do Delegado: Somente o delegado de polícia tem a 
autoridade para realizar o indiciamento. 
● Fundamentado: Deve ser embasado em uma análise técnico-jurídica, 
indicando a convergência dos elementos informativos de autoria e 
materialidade. 
● Fase Investigatória: O indiciamento é próprio da fase investigatória, 
ocorrendo no decorrer do inquérito policial. Realizá-lo fora do inquérito 
policial não faz sentido. 
Desindiciamento: 
Caso o Judiciário determine a revogação ou desconstituição do ato de 
indiciamento, ocorre o que a doutrina denomina desindiciamento. 
 Ação penal 
 
De acordo com o artigo 24 do CPP, a ação penal pode ser pública ou 
privada, a depender da natureza do delito e da previsão legal. A regra geral é 
que a ação penal seja pública, ou seja, proposta pelo Ministério Público, 
titular exclusivo da ação penal pública (art. 129, I, da Constituição Federal). 
Já a ação penal privada é promovida pelo ofendido ou seu representante 
legal, por meio de queixa-crime, nos casos em que a lei expressamente 
exige. 
 
A ação penal pública, por sua vez, pode ser incondicionada ou 
condicionada à representação da vítima. Quando é incondicionada, o 
Ministério Público pode propor a ação independentemente da vontade do 
ofendido. Quando é condicionada, depende da manifestação da vítima ou de 
seu representante legal (art. 24, §1º). A representação deve ser oferecida no 
prazo de seis meses, contados do conhecimento da autoria, sob pena de 
decadência (art. 38). 
A ação penal privada se divide em exclusiva, subsidiária da pública e 
personalíssima. A exclusiva ocorre quando somente o ofendido pode propor a 
ação. A subsidiária da pública (art. 29) ocorre quando o Ministério Público, 
sendo o titular, se omite injustificadamente no prazo legal; nesse caso, o 
ofendido pode propor a ação. Já a ação penal privada personalíssima é 
raríssima e somente pode ser proposta pessoalmente pela vítima, como no 
caso de crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República. 
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O artigo 30 do CPP determina que o ofendido poderá propor a 
queixa-crime dentro de seis meses a contar do dia em que souber quem é o 
autor do fato. O artigo 36 permite que o ofendido nomeie um procurador para 
apresentar a queixa. O não exercício do direito no prazo legal resulta na 
perda do direito de ação por decadência, instituto de ordem pública. 
 
O perdão do ofendido (arts. 105 e 106) pode extinguir a punibilidade 
nas ações penais privadas, desde que aceito pelo querelado, e deve ocorrer 
antes da sentença com trânsito em julgado. A renúncia ao direito de queixa 
também extingue a punibilidade e pode ser expressa ou tácita, atingindo 
todos os corréus. 
 
Em resumo, a ação penal é a via pela qual se busca a aplicação do 
direito penal ao caso concreto, podendo ser pública (com ou sem 
necessidade de representação) ou privada (com diversas variações), e seu 
correto manejo depende da natureza do crime e da iniciativa do titular da 
ação. O conhecimento de suas espécies, prazos, regras de representação e 
extinção da punibilidade é essencial para a correta aplicação do direito e para 
um bom desempenho em concursos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Do juiz, do ministério público, do acusado e 
defensor, dos assistentes e auxiliares da 
justiça, dos peritos e intérpretes 
 
Tema já tratado no módulo Direito Processual Civil. 
 
 
MAPA MENTAL: DICAS CURSOS 
 
 
 
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Das citações e intimações 
A citação no Processo penal é o ato formal pelo qual o acusado é 
convocado a comparecer em juízo para se defender de uma acusação 
criminal. 
A finalidade é garantir o contraditório e a ampla defesa, dando ciência 
da ação penal ao réu. 
 
Os tipos de citação são (Art. 351 a 362 do CPP): 
 
Tipo Descrição Observações 
Pessoal Realizada por oficial de 
justiça diretamente ao 
réu. 
Forma preferencial. 
Por carta precatória Quando o réu se 
encontra em comarca 
diferente. 
Deve respeitar o rito 
formal. 
Por hora certa Quando o réu se oculta 
para não ser citado. 
Art. 362 CPP. Depende 
de diligência anterior. 
Por edital Quando o réu está em 
local incerto e não 
sabido. 
Última forma, exige 
esgotamento das 
anteriores. Têm prazos 
específicos. 
 
 
 
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FICA A DICA! 
● A citação válida interrompe a prescrição. 
● Citação por edital não gera revelia automática, mas leva à suspensão 
do processo e do prazo prescricional (Art. 366 CPP). 
A intimação 
É o ato pelo qual as partes, testemunhas, peritos ou advogados são 
cientificados dos atos processuais. 
A finalidade é dar ciência para que possam praticar atos processuais ou 
tomar conhecimento das decisões. 
Formas de Intimação (Art. 370 a 372 do CPP): 
 
Forma Descrição 
Pessoal Por oficial de justiça ou diretamente 
no cartório. 
Pelo Diário da Justiça Eletrônico 
(DJe) 
Para advogados, defensores e MPs. 
Considera-se realizada no 1º dia útil 
após a publicação. 
Por telefone, e-mail ou meio 
eletrônico 
Admite-se para maior celeridade, 
desde que haja registro formal nos 
autos. 
Por edital Quando não for possível localizar o 
intimado. 
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Prazos de Intimação (art. 798 CPP) 
● Contados em dias corridos, salvo disposição expressa em contrário. 
● Para o acusado preso: pessoal e com prioridade. 
● Para o acusado solto: pode ser feita por DJe (via advogado constituído 
ou defensoria). 
 
Diferenças essenciais 
 
Aspecto Citação Intimação 
Objetivo Dar ciência da 
existência do processo 
ao réu. 
Dar ciência de atos 
processuais. 
Sujeito Somente o réu. Réu, partes, 
advogados, 
testemunhas etc. 
Fase do Processo Início da ação penal. Durante o andamento 
processual. 
Efeitos Torna o réu parte no 
processo. 
Permite a prática de 
atos ou ciência de 
decisões. 
 
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Dicas de Prova! 
● Citação por edital só após esgotadas as outras formas. 
● Réu preso deve ser citado pessoalmente, no presídio. 
● Intimação do defensor público é feita pela imprensa oficial. 
● Art. 366 CPP é muito cobrado: réu citado por edital e não comparece 
nem constitui advogado = processo suspenso + prescrição suspensa. 
 
 
 
MAPA MENTAL: DICAS CURSOS 
 
 
 
 
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Da sentença 
Sentença penal é o ato decisório do juiz que põe fim à fase de 
conhecimento do processo penal em primeiro grau, decidindo sobre a 
culpabilidade ou inocência do réu. 
Os tipos de sentença se dividem em dois grandes grupos: 
 
Sentença Absolutória (art. 386 do CPP) 
 
O juiz absolve o réu quando: 
- Não houver prova da existência do fato; 
- O fato não for crime; 
- Não houver prova de que o réu praticou o fato; 
- Estiver provada legítima defesa, estado de necessidade, etc.; 
- Não existir prova suficiente para a condenação. 
Efeitos da absolvição: 
- Encerra a punibilidade; 
- Pode devolver bens apreendidos, levantar medidas cautelares, etc. 
Sentença Condenatória 
 
Reconhece que o réu é culpado e impõe uma pena criminal. 
 
A sentença condenatória deve conter: 
1. Relatório – resumo do processo; 
2. Fundamentação – motivação da decisão (obrigatória); 
3. Dispositivo – parte final que condena ou absolve o réu. 
Atenção: A pena deve ser individualizada (art. 59 do CP), e o juiz deve aplicar 
as três fases da dosimetria da pena: 
1) Pena-base; 
2) Agravantes e atenuantes; 
3)Causas de aumento e diminuição.20 
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➤ A sentença Definitiva julga o mérito (condena ou absolve). 
➤ A sentença Terminativa não analisa o mérito, como por exemplo quando o 
juiz reconhece a extinção da punibilidade (prescrição, morte do réu, etc.). 
 
Os Requisitos e Validade da Sentença 
No processo penal, a sentença é o ato final da fase de conhecimento e 
deve ser proferida de forma clara, fundamentada e dentro dos limites legais. 
Para que produza efeitos jurídicos válidos, a sentença deve respeitar os 
requisitos formais e materiais previstos no Código de Processo Penal e na 
Constituição Federal. 
 
A validade da sentença penal está diretamente relacionada à presença 
de seus elementos essenciais (relatório, fundamentação e dispositivo), à 
competência e imparcialidade do juiz e ao respeito aos princípios 
constitucionais do devido processo legal, contraditório e ampla defesa. 
A seguir, apresentamos um quadro comparativo que resume os 
principais requisitos da sentença penal, sua importância para a validade do 
ato decisório e as consequências jurídicas em caso de descumprimento. 
 
Elemento da 
Sentença 
O que é? Importância 
para a Validade 
Consequência 
da Ausência ou 
Irregularidade 
Relatório Resumo dos 
principais atos 
processuais 
(denúncia, 
defesa, provas, 
etc.). 
Importância 
formal. Garante 
clareza e 
contextualização 
da decisão. 
Pode ser 
considerado vício 
formal. Em regra, 
não gera nulidade 
absoluta, mas 
pode levar à 
anulação se 
prejudicar a 
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compreensão da 
sentença. 
Fundamentação 
(Motivação) 
Justificação 
lógica e jurídica 
da decisão com 
base nas provas 
e na lei. 
Essencial para a 
validade. 
Exigência 
constitucional 
(art. 93, IX, CF). 
Garante 
imparcialidade e 
controle das 
decisões. 
Nulidade 
absoluta. 
Sentença sem 
fundamentação, 
ou com 
justificativa 
genérica ou 
contraditória, é 
inválida. 
Dispositivo Parte final da 
sentença. 
Contém a 
decisão: 
condena, 
absolve ou 
extingue 
punibilidade. 
Elemento 
decisivo. Define 
os efeitos 
concretos da 
sentença. Deve 
ser coerente com 
a 
fundamentação. 
Pode gerar 
nulidade relativa 
ou absoluta, a 
depender da 
gravidade (ex: 
contradição com 
a 
fundamentação, 
ausência de 
pena). 
Competência e 
Imparcialidade 
do Juiz 
Sentença deve 
ser proferida por 
juiz competente 
e imparcial. 
Condiciona a 
validade do ato 
jurisdicional. 
Nulidade 
absoluta, mesmo 
sem 
demonstração de 
prejuízo. 
Observância dos 
Princípios 
Constitucionais 
Deve respeitar o 
contraditório, 
ampla defesa, 
legalidade, etc. 
Base para a 
legitimidade da 
sentença. 
Nulidade 
absoluta, por 
violação ao 
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devido processo 
legal. 
 
 
Sentença nula acontece quando não houver motivação ou quando 
contrariar provas dos autos sem justificativa. 
 
Os Recursos cabíveis são: 
- Apelação (art. 593 do CPP): contra sentença condenatória ou 
absolutória, por parte do réu ou do MP. 
- Outras hipóteses podem admitir Embargos de Declaração ou Revisão 
Criminal (já em trânsito em julgado). 
 
 
 FICA A DICA: 
● Atenção ao art. 386 do CPP (hipóteses de absolvição). 
● Entender a estrutura da sentença penal. 
● Saber diferenciar sentença definitiva e sentença terminativa. 
● Dominar a dosimetria da pena, garante que a pena seja justa, 
proporcional ao crime e individualizada para o réu. 
● Ficar atento às decisões que podem causar nulidade da sentença. 
 
 
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Do processo comum 
 
De acordo com a Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de 
Janeiro e com base nas principais bancas de concursos, o processo comum 
é a regra geral no processo penal brasileiro, sendo aplicado sempre que a 
lei não estabelecer um rito especial, como ocorre nos casos de crimes 
dolosos contra a vida (Tribunal do Júri), infrações previstas na Lei de Drogas 
ou na Lei Maria da Penha. A base legal do processo comum está nos 
artigos 394 a 405 do Código de Processo Penal (CPP). 
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O CPP estabelece que o processo comum será adotado sempre que a 
infração penal não se submeter a procedimentos especiais, classificando-o 
em três espécies distintas conforme a pena máxima privativa de liberdade 
cominada ao crime. 
 O rito ordinário aplica-se aos crimes com pena máxima superior a 
quatro anos; o rito sumário, aos crimes cuja pena máxima seja igual ou 
inferior a quatro anos; e o rito sumaríssimo é voltado às infrações penais 
de menor potencial ofensivo, que são aquelas com pena máxima de até 
dois anos, e são processadas no âmbito dos Juizados Especiais Criminais 
(JECRIM). 
Embora o rito sumaríssimo seja tratado no contexto do processo 
comum, ele é, na prática, um procedimento especial, pois está disciplinado 
pela Lei 9.099/1995, com princípios próprios, como a simplicidade, 
informalidade, celeridade e economia processual. Esses três ritos se 
diferenciam essencialmente em relação à complexidade do trâmite e à 
gravidade do delito, sendo importante compreender suas peculiaridades, pois 
são temas frequentemente cobrados em provas de concursos públicos. 
Fases do Processo Comum Ordinário (Art. 394 a 405 do 
CPP) 
A fase de recebimento da denúncia ou queixa marca o início do 
processo penal comum ordinário. De acordo com o art. 396 do CPP, essa 
etapa começa quando o juiz recebe a denúncia (oferecida pelo Ministério 
Público) ou a queixa (nas ações penais privadas). Antes de aceitá-la, o 
magistrado faz uma análise preliminar de admissibilidade, verificando se há 
justa causa, indícios mínimos de autoria e materialidade. Uma vez 
recebida a peça acusatória, inicia-se a fase de defesa. 
Na fase de resposta à acusação, conforme o art. 396-A do CPP, o 
réu é citado para se defender e tem o prazo de 10 dias para apresentar sua 
resposta por escrito. Nela, pode alegar preliminares, apresentar 
documentos e justificações, indicar testemunhas e requerer diligências. 
É o momento essencial para a defesa estruturar seus argumentos iniciais e 
preparar o terreno para a instrução. 
A audiência de instrução e julgamento, prevista no art. 400 do CPP, 
tem ordem obrigatória dos atos, iniciando-se com a oitiva das 
testemunhas da acusação, seguida das da defesa, podendo haver 
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esclarecimentos de peritos, acareações e reconhecimentos, 
encerrando-se com o interrogatório do réu, que é o último ato da 
instrução. Em seguida, as partes apresentam alegações finais orais (20 
minutos para cada, prorrogáveis por mais 10). Caso o processo seja 
complexo, o juiz pode converter os debates em memoriais escritos. 
Por fim, na fase da sentença, conforme o art. 403 do CPP, o juiz pode 
proferir a decisão logo após os debates orais, se houver condições, ou 
dentro do prazo de 10 dias, caso tenha sido autorizada a apresentação de 
alegações finais por escrito. É o encerramento da primeira instância, com a 
definição da condenação ou absolvição do acusado. 
Esse rito é o padrão do procedimento comum ordinário. 
 
FICA A DICA 
● O interrogatório é o último ato da instrução (art. 400 CPP) – Súmula 
Vinculante 11 do STF. 
● A citação válida torna o réu revel se ele não apresentar resposta (art. 
367 CPP). 
● O processo comum se aplica subsidiariamente aos procedimentos 
especiais. 
 
 
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Da Instrução criminal. 
 
A instrução criminal, segundo a Corregedoria Geral da Justiça do 
Estado do Rio de Janeiro, é a fase central do processo penal destinada à 
produção de provas, permitindo que o juiz forme sua convicção quanto aos 
fatos descritos nadenúncia ou queixa. 
 
No procedimento comum ordinário, que é a regra geral, essa tramitação 
se divide em três etapas principais. A fase postulatória inicia-se com o 
oferecimento da denúncia ou queixa e seu eventual recebimento pelo juiz, 
desde que estejam presentes os requisitos de justa causa, indícios de autoria 
e materialidade. 
 
Em seguida, ocorre a fase de saneamento e organização, na qual o 
acusado apresenta sua resposta no prazo de 10 dias (art. 396-A do CPP), 
podendo o juiz rejeitar liminarmente a inicial (art. 395), absolver 
sumariamente (art. 397) ou designar audiência. A fase de instrução 
propriamente dita é quando se realiza a audiência de instrução e julgamento, 
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preferencialmente em um único momento (princípio da concentração). A 
ordem dos atos segue o art. 400 do CPP: oitiva da vítima (se houver), 
testemunhas da acusação, testemunhas da defesa, esclarecimento dos 
peritos, acareações e reconhecimentos (se necessários), e, por fim, o 
interrogatório do réu, que deve ser o último ato da instrução, conforme 
decisão consolidada pelo STF, inclusive no julgamento da AP 470 
(“Mensalão”). 
Encerrada a instrução, o juiz abre prazo para as alegações finais, que 
podem ser orais (20 minutos para cada parte, prorrogáveis por mais 10) ou 
escritas (5 dias para o Ministério Público e assistente, seguidos de 5 dias 
para a defesa, conforme art. 403, §1º). Após essa fase, o juiz tem 10 dias 
para proferir a sentença, nos termos do art. 403, §3º do CPP. 
Diversos princípios norteiam a instrução criminal, como o contraditório, 
a ampla defesa, a oralidade, a imediatidade, a celeridade e o princípio da 
indeclinabilidade da jurisdição, que impede o juiz de se omitir no julgamento. 
Ainda que os procedimentos especiais (como o do júri, a Lei de Drogas e os 
ritos sumário e sumaríssimo) tenham particularidades, a lógica da instrução 
se mantém com a finalidade de garantir a produção probatória antes da 
sentença. 
Por fim, vale destacar a Súmula 523 do STF, segundo a qual a falta de 
defesa técnica no processo penal configura nulidade absoluta, mas a mera 
deficiência da defesa só invalida o processo se comprovado o prejuízo ao 
réu. 
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Do procedimento relativo aos processos da competência 
do tribunal do júri. 
O Tribunal do Júri, previsto nos artigos 406 a 497 do Código de 
Processo Penal, é o procedimento especial aplicado aos crimes dolosos 
contra a vida, tentados ou consumados, como homicídio, infanticídio, 
induzimento ao suicídio e aborto, além dos crimes conexos. Trata-se de um 
procedimento bifásico, sendo a primeira fase o juízo de admissibilidade da 
acusação (Judicium Accusationis), com o objetivo de verificar se o acusado 
será levado a julgamento popular. 
 
Essa etapa se inicia com o recebimento da denúncia ou queixa, 
seguida da citação do réu, que terá 10 dias para apresentar a resposta à 
acusação. Após isso, ocorre a audiência de instrução e julgamento, com 
inquirição de testemunhas, interrogatório do acusado e debates orais de até 
20 minutos para cada parte. Encerrada a instrução, o juiz decide se o caso 
será levado a júri, com quatro possíveis desfechos: pronúncia, quando há 
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indícios suficientes e o réu será julgado pelo júri; impronúncia, se faltar prova 
suficiente, encerrando o processo; absolvição sumária, nos casos de 
excludente de ilicitude ou ausência de culpabilidade; e desclassificação, 
quando o crime não é da competência do Júri. Todas essas decisões são 
passíveis de recurso em sentido estrito, conforme o art. 581 do CPP. 
A segunda fase é o julgamento pelo Tribunal do Júri (Judicium Causae), 
no qual se julga o mérito da acusação. Nessa etapa, há a preparação do 
plenário e sorteio de 25 jurados, dos quais 7 comporão o Conselho de 
Sentença. Pode haver nova instrução em plenário, seguida de debates orais 
mais extensos – até 1h30 para acusação e defesa, com réplica e tréplica. Em 
seguida, ocorre a quesitação, em que os jurados respondem a perguntas 
sobre a materialidade do fato, autoria, culpabilidade e eventuais 
qualificadoras. A votação é secreta, e o juiz presidente apenas formaliza a 
sentença conforme a decisão dos jurados, não podendo julgar o mérito. 
O Tribunal do Júri possui características marcantes: é composto por 1 
juiz togado e 25 jurados (sendo 7 efetivamente sorteados para o julgamento), 
os jurados não precisam ter formação jurídica e são regidos por princípios 
constitucionais específicos: plenitude de defesa, sigilo das votações, 
soberania dos veredictos e competência para julgar crimes dolosos contra a 
vida. Quanto aos recursos, cabe recurso em sentido estrito na primeira fase, 
apelação após o julgamento, habeas corpus em caso de ilegalidades e 
também pode ser declarada a nulidade do julgamento diante de vícios 
relevantes. 
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Da acusação e da instrução preliminar. 
O início do processo penal, conforme disciplinado pelos artigos 394 a 
405 do Código de Processo Penal (Decreto-Lei nº 3.689/1941), dá-se com o 
oferecimento da denúncia ou da queixa-crime, que são as peças acusatórias 
formais. A denúncia é apresentada pelo Ministério Público nos casos de ação 
penal pública, enquanto a queixa-crime é proposta pelo ofendido ou seu 
representante legal, nos casos de ação penal privada. Ambas devem 
obedecer aos requisitos estabelecidos no artigo 41 do CPP, como a 
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exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias, a qualificação 
do acusado ou elementos que permitam sua identificação, a classificação do 
crime e o rol de testemunhas, se houver. O juiz poderá rejeitar a denúncia ou 
queixa com base no artigo 395 do CPP, quando for inepta, faltar pressuposto 
processual ou condição da ação, ou ainda se não houver justa causa (isto é, 
se ausentes os indícios mínimos de autoria ou materialidade). Essa decisão 
de rejeição deve ser fundamentada, sendo cabível recurso em sentido estrito, 
conforme previsto no artigo 581, I do mesmo código. 
Se a denúncia ou queixa estiver regular, o juiz a recebe formalmente, o 
que marca o início da relação jurídica processual. Em seguida, determina-se 
a citação do acusado, para que apresente resposta à acusação no prazo de 
10 dias, nos termos do artigo 396 do CPP. Nessa resposta, segundo o artigo 
396-A, o acusado poderá alegar preliminares, apresentar documentos e 
justificações, indicar provas e arrolar até oito testemunhas. Após a análise da 
resposta, o juiz poderá, com base no artigo 397, absolver sumariamente o 
acusado nos casos em que: o fato for atípico, houver causa de extinção da 
punibilidade, não houver prova da existência do fato ou não houver indícios 
de autoria. Caso a absolvição não seja cabível, será então designada a 
audiência de instrução e julgamento, conforme estabelece o artigo 399 do 
CPP. 
Durante essa audiência, prevista no artigo 400, são produzidas as 
provas: ouvem-se testemunhas da acusação e defesa, podem ocorrer 
esclarecimentos de peritos, acareações e reconhecimentos, e por fim 
realiza-se o interrogatório do réu, que é o último ato dessa fase. Todo esse 
procedimento inicial é essencial, pois estrutura a base probatória e o 
contraditório, garantindo o devido processo legal desde a formação da 
acusação até o julgamento de mérito. 
 
 
 
 
 
 
 
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 Resumo Esquemático 
 
Etapa Descrição 
Início Denúncia ou queixa (CPP) 
Rejeição liminar Art. 395 – inépcia, falta de pressupostos ou 
justa causa 
Recebimento da acusação Formação do processo penal 
Citação do réu Prazo de10 dias para responder 
Resposta à acusação Defesa prévia com argumentos, provas e 
testemunhas 
Absolvição sumária Art. 397 – quando o caso for inepto ou sem 
autoria/fato 
Instrução Preliminar Audiência com produção de provas e 
interrogatório 
 
 
 
 
 
 
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📌 Por que os requisitos da denúncia/queixa estão no art. 41 do CPP, 
se “Da Acusação e da Instrução Preliminar” começa no art. 394? 
Isso acontece porque o Código de Processo Penal (CPP) é organizado por 
títulos e capítulos temáticos, mas os artigos relacionados a um mesmo 
tema podem estar espalhados em diferentes partes da lei. 
Da pronúncia, da impronúncia e da absolvição sumária. 
Essas decisões são próprias da fase intermediária do procedimento 
do júri (arts. 413 a 415 do CPP), ou seja, após a instrução e antes da 
decisão de levar ou não o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri. 
Pronúncia (art. 413, CPP): 
É a decisão pela qual o juiz admite a acusação e determina que o réu 
seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri. Ocorre quando há prova da 
materialidade e indícios suficientes de autoria ou participação no crime 
doloso contra a vida. 
⚠ É um juízo de admissibilidade: decisão preliminar do juiz que avalia 
se há indícios suficientes para enviar o réu ao júri, sem exigir certeza, apenas 
fundada suspeita. 
Impronúncia (art. 414, CPP): 
 O juiz decide não enviar o réu a julgamento pelo Júri, por entender 
que faltam provas da materialidade ou indícios suficientes de autoria. 
 ⚠ A impronúncia não faz coisa julgada material, ou seja, o caso 
pode ser reaberto se surgirem novas provas. O réu pode ser novamente 
denunciado pelo mesmo fato. 
➡ Explicação: 
 “Não fazer coisa julgada material” significa que a decisão não é definitiva 
sobre o mérito. A impronúncia não impede novo processo pelo mesmo 
crime, caso apareçam elementos novos. 
 
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Absolvição Sumária (art. 415, CPP): 
É a decisão de mérito pela qual o juiz julga improcedente a acusação 
antes do júri, com base em causa evidente. 
 Ocorre quando: 
 
 I – estiver provada a inexistência do fato; 
 II – estiver provado que o réu não foi o autor ou partícipe; 
 III – o fato não constituir infração penal; 
 IV – houver causa excludente de ilicitude ou de isenção de pena (exceto 
inimputabilidade). 
 
⚠ Faz coisa julgada material: a decisão é definitiva, e não pode haver 
novo processo pelo mesmo fato. 
Elemento Pronúncia Impronúncia Absolvição Sumária 
Artigo do CPP Art. 413 Art. 414 Art. 415 
Tipo de 
decisão 
Admissão da 
acusação – juiz 
entende que o caso 
deve ir a julgamento 
Rejeição da 
acusação – juiz 
entende que não há 
elementos suficientes 
para levar ao júri 
Decisão de mérito – 
juiz reconhece que o réu 
deve ser absolvido 
antes do júri 
Requisitos Prova da 
materialidade + 
indícios suficientes 
de autoria 
Falta de prova da 
materialidade ou de 
indícios suficientes de 
autoria 
Prova evidente da 
inocência ou presença 
de causa de exclusão 
da responsabilidade 
penal 
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Consequência Réu será julgado 
pelo Tribunal do Júri 
Réu não será julgado 
pelo Júri 
Réu é absolvido sem 
necessidade de 
julgamento pelo Júri 
Possibilidade 
de nova ação 
Sim, se houver 
despronúncia 
posterior 
Sim, não faz coisa 
julgada material: 
pode haver nova 
denúncia com novas 
provas 
Não, faz coisa julgada 
material: impede nova 
ação penal pelo mesmo 
fato 
Grau de 
certeza 
exigido 
Probabilidade – 
fundada suspeita 
Incerteza ou dúvida 
– insuficiência de 
elementos mínimos 
Certeza – convicção 
plena da inocência ou 
causa excludente 
Exemplos 
práticos 
Homicídio com laudo 
pericial e 
testemunhas 
Inquérito fraco, sem 
autoria definida ou 
provas inconclusas 
Prova clara de legítima 
defesa, negativa de 
autoria provada, ou fato 
atípico 
 
Da preparação do processo para julgamento em plenário. 
Encerrada a instrução na fase da pronúncia, o processo penal entra na 
etapa de preparação para o julgamento em plenário pelo Tribunal do Júri. 
Essa fase só pode se iniciar após o trânsito em julgado da decisão de 
pronúncia, ou seja, quando a decisão que reconhece indícios suficientes de 
autoria e materialidade se torna definitiva, sem possibilidade de recurso pela 
defesa ou após o esgotamento dos recursos cabíveis. 
A partir desse momento, conforme o art. 422 do Código de Processo 
Penal (CPP), o juiz concede prazo de 5 dias para que o Ministério Público, o 
assistente de acusação (se houver) e o querelante (nos casos de ação penal 
privada) apresentem o rol de até 5 testemunhas que irão depor em plenário, 
bem como indicação de provas, diligências e providências que pretendem 
produzir ou requerer. A defesa, igualmente, dispõe de 5 dias para oferecer 
essas mesmas informações. 
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Findo esse prazo, o juiz deve se manifestar no prazo de 48 horas, nos 
termos do art. 423 do CPP, decidindo de forma irrecorrível sobre a admissão 
das testemunhas, a realização das diligências requeridas e demais 
providências necessárias. Após essa decisão, os autos seguem para o 
Presidente do Tribunal do Júri, a quem compete marcar a data do julgamento, 
realizar o sorteio dos jurados, expedir intimações às partes, testemunhas e 
jurados, além de organizar a sessão de julgamento em plenário. 
Caso o juiz determine alguma diligência antes do envio dos autos, 
conforme o art. 424 do CPP, o prazo para encaminhamento ao presidente do 
Tribunal do Júri só começará a contar após a realização dessa diligência. 
Esse conjunto de atos tem o objetivo de garantir a regularidade e a paridade 
de armas entre acusação e defesa antes do julgamento em plenário. 
 
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Do alistamento dos jurados. 
Baseado nos arts. 425 a 429 do Código de Processo Penal, o 
alistamento dos jurados é o procedimento pelo qual o Poder Judiciário 
forma a lista de cidadãos aptos a servir como jurados no Tribunal do Júri. 
Essa lista é elaborada anualmente pelo Presidente do Tribunal do Júri, 
que deve selecionar de 800 a 1.500 jurados nas comarcas de mais de 1 
milhão de habitantes, ou de 300 a 700 jurados nas demais comarcas. 
Para isso, ele se baseia em dados fornecidos por autoridades locais 
(como associações, sindicatos, escolas, e órgãos públicos), que devem 
indicar pessoas com idoneidade para o exercício da função. 
A lista geral deve ser publicada até o dia 10 de outubro de cada ano, 
sendo possível impugnações até 5 dias depois, por qualquer pessoa, 
inclusive pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública. O juiz decidirá 
sobre as impugnações e eventuais exclusões ou inclusões. 
A partir dessa lista, são sorteados os jurados que comporão o 
Conselho de Sentença nas sessões do Júri, e sua convocação é feita por 
meio de intimação pessoal ou via edital. 
 
Importante: o serviço do júri é obrigatório, e o cidadão que faltar sem 
justificativa pode ser multado, além de sofrer outras penalidades 
administrativas. 
 
Do desaforamento. 
O desaforamento (Artigos 427 e 428 do Código de Processo Penal) é 
o deslocamento do julgamento pelo Tribunal do Júri de uma comarca para 
outra, dentro do mesmo Estado, com o objetivo de garantir a 
imparcialidade, a segurança e a ordem pública. 
 
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Pode ser determinado nos seguintes casos: 
1. Fundado receio de imparcialidade do júri; 
 
2. Interesse da ordem pública; 
 
3. Segurança pessoal do réu; 
 
4. Não realização do julgamento em até 6 meses após a pronúncia, 
se o réu estiver preso (exceto quando a demora é provocada pela 
defesa). 
 
O pedido pode ser feito pelo Ministério Público,pelo acusado ou seu 
defensor, ou ainda de ofício pelo Tribunal. A decisão compete à Câmara 
Criminal do Tribunal de Justiça ou TRF, após ouvir o juiz do processo. 
O relator pode suspender o julgamento do júri até que o pedido de 
desaforamento seja analisado. Se houver mais de um réu, o desaforamento 
pode ser estendido aos demais, para garantir coerência e segurança no 
julgamento. 
 
⚠ PONTOS DE ATENÇÃO EM CONCURSOS: 
● Não é exceção de incompetência, mas medida de garantia ao 
julgamento justo. 
 
● Só pode ser requerido após o trânsito em julgado da pronúncia. 
 
● Competência para decidir é do Tribunal (TJ ou TRF), nunca do 
juiz do processo. 
 
● O relator pode suspender o julgamento mesmo antes da decisão 
final sobre o pedido. 
 
● Se o réu estiver preso e o júri não ocorrer em 6 meses, o 
desaforamento pode ser concedido (art. 428 CPP). 
 
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● Pode ser estendido aos corréus, quando necessário. 
 
● Cabe habeas corpus contra negativa de desaforamento quando 
houver ilegalidade. 
 
 Da organização da pauta. 
A organização da pauta está prevista no art. 422 do Código de 
Processo Penal (CPP). Trata-se de uma fase que ocorre após o trânsito em 
julgado da decisão de pronúncia, ou seja, quando não cabe mais recurso 
contra essa decisão que reconhece a existência de indícios suficientes de 
autoria e materialidade do crime doloso contra a vida. 
Depois do trânsito em julgado da pronúncia, o juiz presidente do 
Tribunal do Júri deve organizar a pauta de julgamento, escalando os 
processos para cada sessão do Tribunal do Júri. Nessa organização, o 
juiz deverá dar preferência aos réus presos, conforme expressa previsão 
legal. Isso significa que, sempre que possível, o réu preso será julgado antes 
dos que estão em liberdade. 
Além disso, é garantido às partes (acusação e defesa) o direito de 
arrolar até 5 testemunhas para a sessão de julgamento em plenário, 
independentemente das que já tenham sido ouvidas durante a instrução. 
Essa fase marca o início da preparação para o julgamento pelo 
Tribunal do Júri, sendo fundamental para garantir a ordem e eficiência nas 
sessões de julgamento, além de assegurar prioridade legal ao réu privado 
de liberdade. 
 
📌 Ponto de atenção para concursos: 
● O trânsito em julgado da pronúncia é condição indispensável para 
a organização da pauta. 
 
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● A preferência ao réu preso costuma ser cobrada como exceção ou 
princípio em provas. 
 
● A limitação de 5 testemunhas em plenário também é bastante 
cobrada, especialmente com pegadinhas comparando com outras 
fases do processo. 
 
 
Do sorteio e da convocação dos jurados. 
O sorteio dos jurados ocorre entre os nomes constantes da lista anual 
organizada pelo juiz presidente do Tribunal do Júri (art. 425 do CPP). Essa 
lista é formada com, no mínimo, 800 jurados na capital e 80 nas comarcas do 
interior. A escolha deve ser pública, com a presença do Ministério Público, da 
OAB e da Defensoria, se possível. O sorteio visa compor a lista de jurados 
convocados para uma determinada sessão de julgamento. 
De acordo com o art. 426 do CPP, o sorteio dos jurados para cada 
sessão do Tribunal do Júri deve ser feito com, no mínimo, 10 dias de 
antecedência. São sorteados 25 jurados, que serão convocados por carta de 
convocação, encaminhada com antecedência mínima de 10 dias da data da 
sessão, conforme o art. 432. 
É importante destacar que o jurado que tiver sido convocado e não 
comparecer sem justificativa pode sofrer multa (art. 436, §1º) e até ser 
conduzido coercitivamente na próxima convocação. O jurado sorteado é 
obrigado a comparecer, salvo motivo relevante que deve ser justificado 
perante o juiz. 
Também é garantida a publicidade do sorteio e a possibilidade de 
impugnação pelos envolvidos, inclusive por meio de pedido de justificação de 
eventual exclusão indevida ou irregularidade na lista. 
Esse procedimento visa assegurar a imparcialidade, a rotatividade e 
a legitimidade dos julgamentos no Tribunal do Júri, princípios caros ao 
processo penal democrático. 
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Da função do jurado. 
A função do jurado no Tribunal do Júri é exercer a soberania popular, 
participando diretamente da administração da Justiça. Ele atua como juiz 
leigo e tem competência para julgar crimes dolosos contra a vida (homicídio, 
infanticídio, aborto e instigação ao suicídio). O jurado não decide questões 
técnicas de direito, mas julga os fatos, com base nas provas apresentadas 
durante a sessão de julgamento. 
Cada sessão do Tribunal do Júri é composta por sete jurados, 
escolhidos por sorteio entre os que foram alistados previamente e 
convocados. Durante o julgamento, os jurados ouvem os debates, podem 
fazer perguntas por intermédio do presidente do júri e, ao final, votam 
secretamente sobre os quesitos (perguntas formuladas pelo juiz presidente) 
que determinam a responsabilidade penal do réu. 
O jurado deve agir com imparcialidade, isento de paixões e pressões 
externas. Não pode manifestar sua opinião antes do fim do julgamento, sob 
pena de exclusão e responsabilização. Após o voto, a decisão do júri é 
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soberana, ou seja, não pode ser substituída pelo juiz, que apenas aplica a 
pena conforme a decisão dos jurados. 
 
Ponto de atenção para concursos: 
● A função do jurado é obrigatória para quem for sorteado, salvo justa 
causa (art. 439 do CPP). 
 
● Jurado não pode se comunicar com terceiros sobre o processo (art. 
466, §1º). 
 
● A decisão dos jurados não precisa ser motivada (justificada), pois 
decorre da íntima convicção. 
 
● O sigilo das votações é cláusula essencial (art. 481, §2º do CPP). 
 
 
Da composição do tribunal do júri e da formação do 
conselho de sentença. 
O Tribunal do Júri é composto por um juiz togado (chamado de 
presidente do júri) e por 25 jurados sorteados dentre os alistados, dos quais 7 
serão escolhidos por sorteio para compor o Conselho de Sentença, 
responsável por julgar os crimes dolosos contra a vida (e conexos). 
A composição do júri obedece às seguintes etapas: 
1. Sorteio dos Jurados: Anualmente, o juiz presidente realiza o sorteio 
dos 25 jurados que atuarão nas sessões, dentre os nomes constantes 
na lista anual de jurados (art. 433 do CPP). 
 
2. Intimação dos Sorteados: Os jurados sorteados são intimados com 
antecedência mínima de 10 dias. 
 
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3. Verificação de Impedimentos e Recusas: Antes da formação do 
Conselho de Sentença, é aberta a oportunidade para arguições de 
impedimento, suspeição e recusas imotivadas (cada parte pode recusar 
até 3 jurados sem justificar). 
 
4. Formação do Conselho de Sentença: Dentre os 25 presentes, 
sorteiam-se 7 jurados, que prestarão compromisso e decidirão as 
questões de fato por meio de votação secreta. 
 
5. Função do Conselho: Cabe ao Conselho de Sentença decidir, por 
maioria simples, sobre a materialidade do fato, autoria ou participação 
e eventual absolvição do réu. 
 
 
FICA A DICA 
É comum cair em concursos a diferença entre o número de jurados 
sorteados (25) e o número de jurados que efetivamente julgam (7). 
Também é importante lembrar que o juiz presidente apenas decide as 
questões de direito, não vota sobre a culpa ou inocência. 
Fundamentação legal: Artigos 433 a 436 do Código de Processo Penal. 
 
 
Da reunião e das sessões do tribunal do júri. 
Conforme o Código de Processo Penal, nos arts. 433 a 437, a reunião 
do Tribunal do Júri ocorre nos períodos determinados pela lei de 
organização judiciária local, sendo ordinária ou extraordinária. A reunião 
ordinária acontece nos períodos previamente fixados e a extraordináriapode ser convocada quando o número de processos justificar, por despacho 
fundamentado do juiz. 
As sessões de julgamento são realizadas dentro da reunião do júri e 
devem respeitar a ordem dos processos e o prazo legal. O juiz presidente 
deve garantir que todos os julgamentos da reunião sejam realizados, 
priorizando os réus presos e os processos mais antigos. 
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O juiz presidente do Tribunal do Júri é o juiz togado (de carreira) que 
dirige os trabalhos. As sessões ocorrem no plenário do júri, com a presença 
do juiz, do Ministério Público, do defensor do acusado, do acusado (se 
presente), dos jurados e eventualmente dos assistentes ou auxiliares da 
justiça. 
Caso não seja possível realizar o julgamento por motivo relevante (ex: 
ausência de testemunhas essenciais, adoecimento do réu ou defensor), o juiz 
poderá adiar a sessão. No entanto, o adiamento só pode ocorrer uma vez, 
salvo se houver força maior devidamente justificada. 
A publicidade das sessões é regra, mas pode ser limitada quando o 
interesse da ordem pública, a preservação da intimidade da vítima ou o 
decoro exigirem. 
 
FICA A DICA 
⚠ A sessão do júri é pública, mas pode ter restrições por decisão judicial. 
 ⚠ Há prioridade para réus presos e processos mais antigos na ordem 
dos julgamentos. 
 ⚠ O adiamento só pode ocorrer uma vez (art. 455, caput), salvo motivo 
de força maior. 
 ⚠ A reunião do Tribunal do Júri pode ser ordinária ou extraordinária, 
conforme a necessidade. 
 
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Da instrução em plenário. 
A instrução em plenário está prevista nos arts. 472 a 475 do Código 
de Processo Penal (CPP) e ocorre durante o julgamento pelo Tribunal do 
Júri, após a formação do Conselho de Sentença. É a fase em que se 
realizam os atos de produção de prova oral diante dos jurados, 
permitindo-lhes formar convicção sobre o caso. 
Após a abertura da sessão de julgamento e a escolha dos jurados (arts. 
447 a 469), inicia-se a instrução plenária, que segue as seguintes etapas: 
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1. Leitura da decisão de pronúncia ou do acórdão (se houver 
recurso). 
 
2. Oitiva de testemunhas: até 5 arroladas por cada parte, podendo 
o juiz limitar a 3 se houver excessiva repetição ou irrelevância (art. 473, 
§1º). 
 
3. Interrogatório do réu: realizado após a oitiva das testemunhas. 
O réu pode permanecer em silêncio, sem que isso gere presunção de 
culpa. 
 
4. Esclarecimentos dos peritos, se houver prova pericial 
relevante. 
 
5. Acareações e reconhecimento de pessoas ou coisas, caso 
necessário. 
 
É vedado aos jurados fazer perguntas diretamente. Caso tenham 
dúvidas, devem apresentar ao presidente do júri, que decide sobre sua 
pertinência e formula a pergunta (art. 473, §2º). 
Após a instrução, o processo segue para a fase de debates orais, mas 
esta não faz parte da "instrução em plenário" propriamente dita. 
 
 
Pontos de atenção para concursos: 
● A instrução plenária é oral e concentrada. 
 
● As provas produzidas diante dos jurados têm maior valor. 
 
● O juiz pode intervir apenas para manter a ordem e garantir a 
legalidade. 
 
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● A participação dos jurados se restringe à escuta e eventual 
formulação indireta de perguntas. 
 
 
Fundamento legal: arts. 472 a 475 do CPP. 
📘 Tabela de Revisão – Instrução em Plenário (CPP, arts. 472 a 475) 
 
Ordem Fase Descrição 
1⃣ Leitura da Pronúncia Juiz lê a decisão de pronúncia ou o acórdão, se 
houver recurso. 
2⃣ Oitiva de Testemunhas Até 5 por parte. Juiz pode limitar a 3 se houver 
repetição ou irrelevância (art. 473, §1º). 
3⃣ Esclarecimento de 
Peritos 
Peritos podem ser ouvidos, caso haja prova técnica 
relevante. 
4⃣ Acareações e 
Reconhecimentos 
Podem ser realizados se o juiz entender necessários. 
5⃣ Interrogatório do Réu Ato final da instrução. O réu pode optar pelo silêncio, 
sem presunção de culpa. 
⚠ Participação dos 
Jurados 
Jurados não perguntam diretamente; dúvidas são 
encaminhadas ao juiz (art. 473, §2º). 
🎯 Valor Probatório Provas orais colhidas diante dos jurados têm maior 
peso para a formação do convencimento. 
 
 
Dos debates. 
Os debates ocorrem após a instrução do julgamento em plenário do 
Tribunal do Júri, conforme os arts. 472 a 478 do CPP. Trata-se da fase em 
que a acusação (Ministério Público ou querelante) e a defesa (defensor 
do réu) apresentam oralmente seus argumentos diante dos jurados, 
buscando convencê-los sobre a culpa ou a inocência do acusado. 
 
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A ordem dos debates é: 
1. Primeiro fala a acusação; 
 
2. Em seguida, a defesa; 
 
3. Caso haja mais de um réu, a acusação falará por todos de uma vez, e 
a defesa de cada réu falará separadamente (CPP, art. 473). 
 
Cada parte tem 1h30min para sustentar oralmente seus argumentos. 
Em caso de mais de um réu, esse tempo pode ser prorrogado por mais 1 
hora (art. 477, caput). 
Após os debates principais, há possibilidade de: 
● Réplica (acusação) – até 1 hora; 
 
● Tréplica (defesa) – até 1 hora. 
 
O júri é soberano, portanto os debates são essenciais para influenciar 
a decisão dos jurados, que julgam com base na íntima convicção (livre 
convencimento). 
 
 
🔎 Ponto de atenção em concursos: 
● A defesa sempre fala por último, inclusive nas sustentações 
adicionais (tréplica). 
 
● Os debates devem se limitar aos temas da pronúncia (art. 478). 
 
● É vedado fazer referências que possam influenciar ilicitamente os 
jurados, como: 
 
○ Menção ao silêncio do acusado; 
 
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○ Uso de algemas visíveis sem justificativa; 
 
○ Citações de decisões passadas (exceto a pronúncia). 
 
⚠ O juiz deve intervir nos debates apenas para garantir a ordem e a 
legalidade, sem influenciar o convencimento dos jurados. 
 
 
Do questionário e sua votação. 
De acordo com os arts. 482 a 484 do CPP, o questionário é um 
conjunto de perguntas formuladas pelo juiz presidente e entregues aos 
jurados após os debates, com o objetivo de orientar a decisão sobre a culpa 
do acusado. É elaborado com base na pronúncia, nas teses sustentadas 
pela acusação e defesa e nos debates em plenário. 
Cada fato imputado ao réu gera uma série de perguntas objetivas, 
em regra, começando pela questão sobre a materialidade do fato e, em 
seguida, a autoria ou participação. 
 
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Exemplo de sequência: 
1. O crime existiu? 
 
2. O réu praticou o crime? 
 
3. Havia alguma causa de exclusão de ilicitude ou culpabilidade? (como 
legítima defesa, etc.) 
 
A votação é secreta, realizada na sala especial com cédulas de “sim” 
ou “não”, sendo os jurados convocados um a um para depositar seu voto na 
urna. A decisão se dá por maioria simples (mínimo 4 votos). 
Após a votação, o juiz presidente lê o resultado em plenário e formula 
a sentença conforme as respostas dos jurados, sem modificar suas decisões. 
 
Da sentença. 
Sentença é o pronunciamento do juiz que encerra a fase cognitiva do 
processo comum ou extingue a execução (art. 203, §1º, CPC). Ela resolve 
o mérito ou extingue o processo sem resolvê-lo. 
✅ Espécies de Sentença 
1. Sentença com resolução de mérito (art. 487): 
 
 O juiz analisa o mérito e decide a lide. Ex: procedência ou improcedência do 
pedido. 
2. Sentença sem resolução de mérito (art. 485): 
Ocorre quando existe algum vício processual que impede o julgamento 
do mérito, ou seja, o juiz não analisa o conteúdo da demanda. Nesses casos, 
o processo é extinto sem resolução de mérito, também chamada de 
sentença de extinção. 
Exemplos: falta de legitimidade

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