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16 - Exames contrastados do sistema reproduto

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Exames contrastados do
sistema reproduto
Repassar técnicas do procedimento radiológico, realizadas por meio de
opacificação para estudo do sistema reprodutor masculino e feminino.
O sistema reprodutor e genital inclui aqueles órgãos que produzem, transportam e armazenam
as células germinativas. Os testículos no homem e os ovários na mulher produzem células
germinativas maduras. Os órgãos de transporte e de armazenamento do homem incluem o ducto
deferente, a próstata e o pênis. Outros órgãos de reprodução na mulher são as trompas uterinas (de
Falópio), o útero e a vagina.
As doenças importantes envolvem o útero, o colo uterino e os ovários. A doença infecciosa,
denominada doença inflamatória pélvica, é comum, mas de difícil detecção, exceto quando está
presente um abscesso bem definido. A gravidez e suas complicações são consideradas importantes
em mulheres pré-menopausa.
Tumores ocorrem em todos os grupos etários – trata-se de neoplasias ovarianas e cervicais em
mulheres mais jovens e tumores endometriais nas mulheres mais idosas. Os sintomas das condições
malignas pélvicas incluem dor, sangramento uterino e os efeitos por compressão ou invasão do trato
urinário ou digestório.
Na avaliação obstétrica, utiliza-se quase que exclusivamente a ultrassonografia. A
ultrassonografia transvaginal é mais eficaz que a transabdominal para a avaliação de massas nos
anexos e de gravidez inicial, por haver menos tecido para atenuar o feixe sonoro. Assim, a resolução
é melhor porque a área de interesse está mais próxima do transdutor.
O sistema reprodutor masculino será mais bem estudado nos exames do sistema urinário.
Histerosalpingografia (HSG)
A histerosalpingografia tem como objetivo estudar o colo uterino e as trompas da falópio. Suas
indicações são: (NOVELLINE, R. A., 1999, p. 414 & BONTRAGER, K. L., 2003, P. 732).
Oclusão das tubas uterinas.l
Anomalias congênitas do útero.l
Avaliação da infertilidade.l
Os fatores clínicos mais importantes na avaliação são a idade, a história menstrual, a presença ou ausência de febre e o resultado de um teste de gravidez sensível.
(LEAL, R. et al., 2006, p. 83).
As melhores imagens dos órgãos genitais femininos são obtidas pela TC, RM e US. A doença, em geral, é facilmente identificada por seu tecido de origem, embora isso possa ser difícil nas lesões grandes.
(LEAL, R. et al., 2006, p. 83 & NOVELLINE, R. A., 1999, p. 412).
O exame deve ser realizado no período que vai do 7º ao 13º dia após o ciclo menstrual.
(BIASOLI JR., A., 2006, p. 426).
Processos patológicos intrauterinos.l
As contraindicações são: (BONTRAGER, K. L., 2003, p. 732).
Alergia.l
Gravidez.l
Doença inflamatória pélvica.l
Sangramento uterino abundante.l
A paciente deve levar absorvente íntimo e não manter relações sexuais nos três dias anteriores
ao exame.
Materiais utilizados
Meio de contraste iodado.l
Espéculo vaginal.l
Cuba rim.l
Pinças.l
Material antisséptico.l
Soro fisiológico.l
Campo fenestrado.l
Cateter com balão.l
Bolas de algodão.l
Gaze.l
Seringa de 20 ml.l
Agulhas calibre 16 ou 18.l
Gel lubrificante.l
Histerômetro (aparelho próprio para o exame, em forma de garra).l
Cateter flexível com balão.
Cateter flexível com balão.l
Rotinas radiográficas
Métodos de exame
A paciente em decúbito dorsal, na posição de litotomia (ginecológica), membros inferiores com
flexão de quadril e joelho, com a região poplítea apoiada nas perneiras fixadas nas laterais da mesa.
O médico radiologista ou ginecologista obstetra procede ao exame da seguinte maneira:
(BONTRAGER, K. L., 2003, p. 733).
Realiza assepsia nos grandes e pequenos lábios.l
Fixa o espéculo no meato vaginal.l
Coloca os campos fenestrados no abdome e nas coxas da paciente, deixando visível somente ol
local do exame.
Com uma pinça contendo gaze, realiza a assepsia no interior do útero.l
Coloca na cuba rim o contraste associado ao soro fisiológico.l
Em seguida, pinça o interior do útero e introduz o cateter.l
Enche a seringa de meio de contraste com soro e conecta a seringa à extremidade do cateter.l
Utilizando a fluoroscopia, o médico injeta, lentamente, o contraste na cavidade uterina.l
Método com histerômetro
Realizar uma radiografia simples em AP (piloto) da região pélvica. Essa radiografia irá servir
para estudo prévio da região, condições anatômicas e verificação da técnica.
Após a realização da radiografia simples, deverá ser utilizado o espéculo para a introdução do
histerômetro na vagina da paciente e, em seguida, é preciso pinçar o útero e injetar de 6 a 10 ml de
O posicionamento de rotina para a histerosalpingografia varia de acordo com o método do exame – fluoroscopia, radiografia convencional ou uma combinação de ambas podem ser utilizadas.
(BONTRAGER, K. L., 2003, p. 733).
contraste.
Sem retirar o aparelho, deve-se realizar uma radiografia para verificar se o contraste já
preencheu as tubas uterinas. Depois disso, retira-se o aparelho.
Alguns minutos após a retirada do instrumental, registrar nova radiografia, em que a dispersão
do contraste na cavidade é observada (prova de Cotte).
Quando as tubas uterinas já estiverem preenchidas pelo contraste, providenciar as seguintes
radiografias da região pélvica: (LEAL, R. et al., 2006, p. 85).
AP.l
OPD (oblíqua posterior direita).l
OPE (oblíqua posterior esquerda).l
AP.l
Dependendo da recomendação médica, realizar uma radiografia em AP, 20 minutos após o exame.l
A critério médico, realizar prova de Cotte.l
R.C.: perpendicular à pelve, entrando aproximadamente 5 cm superiores à sínfise púbica.l
(BONTRAGER, K. L., 2003, p. 732).
Chassis: 18 × 24 ou 24 × 30.l
Técnica alternativa
Se a fluoroscopia não estiver disponível, a injeção fracionária do contraste é implementada,
com uma radiografia realizada após cada fração, a fim de documentar o enchimento da cavidade
uterina, as tubas uterinas e o contraste no interior do peritônio.
Após a realização da radiografia simples em AP (piloto), realizar o procedimento a seguir:
O médico injeta 3 ml de contraste. Realizar a primeira radiografia em AP.1.
Injetar mais 3 ml de contraste e realizar a segunda radiografia em AP.2.
Injetar mais 4 ml de contraste e realizar a terceira radiografia em AP.3.
Injetar 5 ml de ar e realizar a quarta radiografia em AP.4.
Aguardar cinco minutos e realizar uma radiografia em decúbito dorsal, denominada prova de5.
Cotte.
Imagens adicionais podem ser obtidas com a paciente em uma posição OPE ou OPD para
visualizar adequadamente a anatomia pertinente. (BONTRAGER, K. L., 2003, p. 733).
R.C.: perpendicular à pelve, entrando aproximadamente 5 cm abaixo da Crista Ilíaca.l
Chassis:18 × 24 ou 24 × 30 panorâmicos.l
Prova de Cotte
Consiste na passagem do meio de contraste para a cavidade peritoneal, sendo, nesse cãs, o denominada prova de Cotte positiva. Quando não há passagem do meio de contraste para a cavidade peritoneal (obstrução tubária), é denominada prova de Cotte negativa.
(BIASOLI JR., A., 2006, p. 426).
Realização da prova de Cotte
Injetar 5ml de ar na cavidade uterina por meio do histerômetro para realizar a radiografia ou
realizar uma radiografia em Trendelemburg.
Após o término do exame, recomenda-se que a paciente fique por mais 15 minutos no setor de
radiologia, em observação, visando descartar reação alérgica tardia.
Imagens
A radiografia 1 mostra o cateter e o útero já contrastado. Com a introdução de mais contraste,
começam a aparecer as trompas (tubas), bem visíveis na radiografia 4. Nas radiografias 5 e 6, o
cateter foi retirado e o contraste saiu do útero, mas não das trompas. Nesse caso, existe uma
obstrução tubária.
Cavernosografia (CVS)
Exame muito utilizado no passado, tendo como objetivo avaliar radiologicamente, pela injeção
intracavernosa de contraste, os corpos cavernosos e a drenagem peniana.
Atualmente, sua indicação é restrita aos casos de doença cavernosovaso-oclusiva
de origem
traumática, em pacientes candidatos à cirurgia vascular.
A cavernosografia peniana pode demonstrar extravasamento de contraste do corpo cavernoso
para o tecido peniano, indicando uma laceração da túnica albugínea.
Um defeito de preenchimento precoce pode ser visto no hematoma no local da fratura, porém,
Esse exame somente será realizado com a presença do médico vascular.
(LEAL, R. et al., 2006, p. 89).
a ausência de extravasamento não significa exclusão do diagnóstico. Há resultados falso-negativos e
falso-positivos.
Os riscos desse exame incluem reação ao contraste e fibrose cavernosa em função do
contraste extravasado. Por esses motivos, a cavernosografia desempenha um papel limitado na
interpretação da fratura do pênis.
Técnica do exame
Realizar uma radiografia simples em AP (piloto) sem contraste da região pélvica. Tal radiografia
serve para verificação da técnica e posicionamento.
Após a realização da radiografia simples, o médico injetará 5 ml de meio de contraste
hidrossolúvel à base de iodo na região cavernosa do pênis, sob controle fluoroscópico.
Aguardar cerca de meia hora para que o paciente fique com o pênis ereto.l
uando o paciente estiver com o pênis ereto, realizam-se as seguintes radiografias da região pélvica:l
Oblíqua anterior direita (OAD).l
Oblíqua anterior esquerda (OAE).l
Perfil. (LEAL, R. et al., 2006, p. 89).l
É questionável nos dias de hoje seu valor no diagnóstico. Pode ser solicitado em casos mais
complexos.
Referências
BONTRAGER, K. L. Tratado de técnica radiológica e base anatômica. 5. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2003.
LEAL, R. et al. Posicionamentos em exames contrastados. São Paulo: Corpus, 2006.
BIASOLI JR. A. Técnicas radiográficas. Rio de Janeiro: Rubio, 2006.
NISCHIMURA et al. Enfermagem nas unidades de diagnóstico por imagem: aspectos fundamentais.
São Paulo: Atheneu, 1999.
NOVELLINE, R. A. Fundamentos de radiologia de Squire. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.

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