Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 TRABALHO DE CONCLUSÃO DA DISCIPLINA Acadêmico: Alex Dias Schug Matrícula: 16104610 Semestre 2020.1 Canguçu, Setembro de 2020 Universidade Federal de Pelotas Faculdade De Medicina Departamento Materno-Infantil Disciplina Optativa Profª.: Celene Maria Longo da Silva Turma 52 2 SUMÁRIO 1. OBJETIVO.................................................................................................... 3 2. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 3. PROCEDIMENTO........................................................................................ 4 a) Indicação da cirurgia...................................................................................... 4 b) Cuidados pré-operatórios............................................................................... 4 c) Equipamentos elétricos necessários na sala cirúrgica ................................... 7 d) Fios cirúrgicos e quantidade .......................................................................... 7 e) Equipamentos de proteção individual necessários.......................................... 8 f) Termo de consentimento informado ............................................................... 9 g) Descrição do ato cirúrgico ............................................................................. 10 h) Prescrição de medicações e cuidados no pós-operatório................................ 18 4. REFERÊNCIAS ............................................................................................. 19 3 1. Objetivo: O presente trabalho, tem por objetivo abordar o tema Histerectomia Total Laparoscópica, um dos tópicos propostos pela professora para compor a tarefa final avaliativa da disciplina optativa de Cirurgia Ginecológica e Obstétrica, ofertada pela Faculdade de Medicina no formato EAD no presente semestre de 2020/1. 2. Introdução: A histerectomia é a cirurgia ginecológica major mais frequentemente realizada nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos estima-se atualmente uma incidência de 1:461 mulheres, o que corresponde a cerca de 600.000 histerectomias por ano. Desde 1988, quando Harry Reich fez a primeira histerectomia assistida por laparoscopia, muitos trabalharam para o desenvolvimento desta técnica em nosso meio. No final do século passado, disseminou-se mundialmente a técnica de histerectomia assistida por videolaparoscopia como alternativa à via abdominal convencional. Este procedimento utiliza técnicas cirúrgicas laparoscópicas e instrumentos para remover o útero e / ou trompas e ovários através da vagina. Atualmente, a histerectomia é classificada como histerectomia total videolaparoscópica quando ligamento dos vasos uterinos, dos ligamentos úterossacros e ligamentos cardinais, assim como a colporrafia são realizadas por via laparoscópica. Dentre as diversas técnicas de histerectomia, sugere-se que a técnica interfacial, histerectomia realizada por dentro da estrutura facial em torno do colo, apresenta vantagens como: manutenção do posicionamento das estruturas de sustentação da cúpula vaginal, manutenção das medidas da vagina e risco diminuído de trauma às estruturas adjacentes, tais como bexiga e ureteres. O maior desafio talvez tenha sido estabelecer uma técnica cirúrgica padronizada e reprodutível. Discussões sobre o número e o local das punções auxiliares, tipo de energia a ser utilizada e até mesmo os limites do volume uterino para a realização desta técnica permearam o meio científico nestas quase 3 décadas. À cirurgia de histerectomia pode-se associar outros procedimentos cirúrgicos. No mesmo ato operatório pode ser retirado uma ou ambas as trompas (salpingectomia uni ou bilateral), um ou ambos os ovários (ooforectomia uni ou bilateral), ou a trompa e ovário de um ou ambos os lados (anexectomia uni ou bilateral). Quando existe uma patologia (doença) associada a nível das trompas ou dos ovários (por exemplo, quisto do ovário) pode haver indicação para a sua remoção cirúrgica. Pode também ser realizada a remoção de ambos os anexos (histerectomia total com anexectomia bilateral) em mulheres com patologia maligna do útero ou em mulheres em idades mais avançadas, como forma de prevenir algumas doenças futuras. No entanto, alguns estudos têm demonstrado que a remoção simultânea dos ovários e trompas, de forma profilática (histerectomia preventiva), apenas deve ser realizada depois dos 60 anos de idade. Vantagens da via laparoscópica: Menor risco de complicações. Menos invasiva. Fácil assimilação da técnica. Tempo cirúrgico reduzido. Menor perda sanguínea. Menor tempo de hospitalização e rápido retorno às atividades. Boa identificação dos ureteres. Menor morbidade em pacientes obesas. 4 Frente à técnica vaginal, as vantagens da via laparoscópica estão na possibilidade de inspeção da cavidade abdominal e diagnóstico de patologias associadas, permite a lise de aderências, mobilização segura e remoção de tumores anexiais benignos e secção mais fácil dos ligamentos uterinos redondo e largo. 3. Procedimento: a) INDICAÇÃO DA CIRURGIA As indicações para a realização de uma histerectomia são diversas, entre elas: miomatose uterina (nódulo benigno do útero); hemorragias anormais; prolapso uterino; infeção, inflamação e dor pélvica crônica; endometriose; cancro e lesões pré-malignas e vontade da paciente. A decisão de tirar o útero deve ter em conta vários fatores como a patologia em causa, a resposta a tratamentos médicos prévios, a idade da mulher e os seus planos reprodutivos. A histerectomia pode estar indicada em casos de leiomiomas uterinos, hemorragias uterinas anómalas, dores pélvicas, prolapso dos órgãos pélvicos e doença maligna ou pré-maligna. O mioma uterino é o tumor benigno mais frequente na mulher e é a principal indicação para histerectomia. Nas mulheres com patologia uterina miomatosa (útero miomatoso), que não pretendam preservar a fertilidade (ter mais filhos), pode estar indicada a histerectomia. A decisão cirúrgica deve ter em conta as dimensões dos miomas (miomas de grandes dimensões) e o seu crescimento ao longo do tempo, a gravidade dos sintomas (hemorragias e dores) e o insucesso prévio com o tratamento médico. As hemorragias uterinas anómalas e as dores pélvicas têm um significado clínico muito variável, podendo ter por base um espectro de patologias muito abrangente. No caso de situações graves, em que outros tratamentos médicos não foram bem- sucedidos ou não foram tolerados, pode ter indicação a realização de histerectomia. O prolapso dos órgãos pélvicos é uma patologia benigna em que o útero se vai exteriorizando pela vagina, sendo mais frequente com o aumento da idade da mulher. Habitualmente, têm indicação cirúrgica, exceto nos casos mais incipientes, que não condicionam sintomas ou em que existe contraindicação cirúrgica. As doenças malignas ou pré-malignas (tumores malignos), de acordo com o estágio da doença, podem ter indicação para histerectomia. Estas incluem o cancro do colo do útero ou do corpo uterino, o cancro da trompa e o cancro do ovário. A indicação cirúrgica deve ser individualizada, tendo em conta a especificidade de cada doente assim como a patologia em causa e a sua evolução clínica. Exceto em situações em que está indicado um tratamento emergente, a decisão de realizar histerectomia deve ser partilhada entre a doente e o seu médico. b) CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS: O sucesso de um procedimento cirúrgico tem origem, inegavelmente, na avaliação completa e eficaz do paciente no período pré-operatório. Anamnese,exame físico geral e específico devem ser os mais amplos possíveis. A importância da avaliação pré-operatória engloba diversos aspectos e é resumida no Quadro 1. 5 A história clínica completa e exame minucioso da pelve revelam fatores que ajudam a determinar a via cirúrgica ideal para cada paciente. O tamanho e a mobilidade do útero são importantes. Não há definição de um tamanho que impeça HL. Contudo, um útero volumoso com pouca mobilidade torna difícil a visualização de estruturas vitais, a manipulação do próprio útero durante a cirurgia e sua remoção por via vaginal. A história ginecológica deverá incluir perfil menstrual detalhado, data da última menstruação (DUM), doenças ginecológicas e/ou procedimentos prévios e resultados de biópsias ou exames citológicos anteriores. As medicações hormonais poderão ser suspensas antes da cirurgia, devido ao risco de tromboembolismo. A anamnese obstétrica deverá incluir número de gestações, paridade e via de parto, data da última gestação e possíveis complicações. No passado cirúrgico da paciente, deverão ser listadas todas as cirurgias prévias e possíveis complicações pós-operatórias anteriores. Devem-se anotar sensibilidade a drogas, transfusões sanguíneas anteriores e tendência a sangramentos excessivos. A medicação de uso crônico deverá ser mantida até a véspera da cirurgia, e medicamentos específicos deverão ter suas doses e vias de administração alteradas conforme indicação clínica. O exame físico, que deverá ser feito na sequência da história, tem por objetivo detectar e avaliar o estado de saúde e nutricional, as condições da rede venosa e a hidratação da paciente no pré-operatório. Uma atenção especial deverá ser dada ao exame vaginal e retal. Assim como na abordagem a céu aberto, os riscos relacionados ao procedimento incluem perda intensa de sangue com necessidade de transfusão, anexectomia não planejada e lesão a outros órgãos pélvicos, particularmente bexiga, ureter e intestino. Os ureteres estão sob maior risco durante HL em comparação com outras abordagens à histerectomia (Harkki-Siren, 1997b, 1998). Kuno e colaboradores (1998) avaliaram o uso de cateterização ureteral para prevenir essa lesão, mas não observaram efeito benéfico. Dentre as complicações relacionadas especificamente com laparoscopia estão lesão de vasos importantes, de bexiga ou de intestino durante a instalação dos trocartes. Colhe-se amostra de sangue para tipo sanguíneo e reação cruzada em razão de possível transfusão. Quando indicado, o preparo do intestino antes de laparoscopia ajuda com a manipulação do colo e visualização da anatomia pélvica com a evacuação do retossigmoide. Alternativamente, enemas antes da cirurgia podem ser igualmente eficazes para esse objetivo. Administra-se antibioticoterapia profilática nas quatro horas anteriores à inicisão da pele. As melhores opções de antibióticos foram listadas na Tabela 39-6. Nas cirurgias laparoscópicas ginecológicas, na decisão de utilizar ou não profilaxia para tromboembolismo venoso (TEV), deve-se considerar os riscos relativos da paciente e do procedimento (Geerts, 2008). Assim, quando se antecipa cirurgia prolongada ou conversão para laparotomia, ou quando há́ fatores de risco preexistentes para TEV, há indicação para a profilaxia listada na Tabela 39.2. 6 A avaliação pré-operatória inclui, na admissão hospitalar, uma anamnese bem-feita, exame físico detalhado, exames laboratoriais, visita do anestesiologista e, eventualmente, de outros profissionais solicitados. Essa avaliação tem o objetivo de identificar fatores que possam interferir no procedimento cirúrgico ou convalescença. Toda paciente que será submetida a um procedimento cirúrgico deverá ser previamente avaliada pelo médico anestesiologista, profissional responsável pelo ato anestésico (Roizen, 1995). A avaliação será feita em consultório médico, semanas ou dias antes, na sala de preparo ou na véspera da cirurgia, o que é mais usual. 7 As pacientes com cirurgias de pequeno porte e idade menor que 50 anos, sem fatores de risco ou outros sintomas relacionados à cirurgia, não necessitam de exames subsidiários, exceto, talvez, teste de gestação (Protocolo APA/HCPA). Nas pacientes maiores de 50 anos e que serão submetidas a cirurgias de médio a grande porte, devem ser incluídos hemograma, tipagem sanguínea, glicemia de jejum, medida da função renal (ureia, creatinina), eletrocardiograma (ECG), raio X de tórax, exame comum de urina e urocultura com teste, uma vez que a maioria das pacientes será submetida à manipulação vesical, por meio de sondagem de demora. Jejum absoluto, exceto medicações de uso contínuo. Antibiótico (2g de cefalotina) no acesso endovenoso. Manter SV e NPO até 9h após a chegada, quando a paciente deve deambular. Alta 12h após chegada no hospital em casos sem complicações, dor ou náusea. c) EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS NECESSÁRIOS SALA CIRÚRGICA Uso de instrumentos bipolares, monopolares, endocoaguladores, manipulador uterino (dispositivo em ventosa), de ultrassônicos, tesoura e gancho monopolar ou ligasure. Diversos instrumentos foram desenvolvidos para auxiliar o cirurgião laparoscópico, realizando funções similares aquelas realizadas pelos instrumentos usados em laparotomia. A oclusão de vasos é um componente importante de qualquer histerectomia. Para tanto, diversos instrumentos têm sido usados. Instrumentos monopolares ou bipolares, bisturi harmônico, grampeadores cirúrgicos, fios tradicionais e dispositivos para sutura. Muitos instrumentos são multifuncionais e podem ser usados tanto para dissecção quanto para hemostasia. O bisturi harmônico frequentemente é utilizado por sua capacidade de cortar produzindo volume mínimo de fumaça e poucos danos térmicos aos tecidos vizinhos, embora só deva ser usado para selar vasos até 5 mm. Diversos dispositivos bipolares modernos são usados para selamento de vasos. Com os diversos instrumentos disponíveis, vasos medindo até 5 mm (Ligasure, Gyrus Plasma Kinetic) e até́ 7 mm (EnSeal) podem ser coagulados com propagação mínima de calor (Lamberton, 2008; Landman, 2003; Smaldone, 2008). d) FIOS CIRÚRGICOS E QUANTIDADE Poliglecaprone 0 ou Polidioxanona 0 - quantidade 2 Poliglactina 0 - quantidade 1 QuillTM SRS (fio farpado) – quantidade 1 8 e) EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NECESSÁRIOS A utilização dos equipamentos de proteção individual deve ser estimulada aos profissionais (cirurgião, auxiliares, anestesista, ...) que irão estar no bloco cirúrgico, durante a cirurgia. Equipamentos estes que estão diretamente ligados a importância da proteção da pele, vias respiratórias e mucosas do profissional que os utiliza. MÁSCARA E ÓCULOS DE PROTEÇÃO 9 f) TERMO DE CONSENTIMENTO TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO PARA HISTERECTOMIAS NOME: __________ DATA NASC.: _____/_____/____ UNIDADE: ____________ LEITO: _________PRONTUÁRIO: ________________CONVÊNIO: _______________ ATENDIMENTO: _ ______________ Por este instrumento particular o(a) paciente _______________________________________________________ ou seu responsável Sr.(a)__________________________________________________________________ __, declara, para todos os fins legais, especialmente do disposto no artigo 39, VI, da Lei 8.078/90 do Código de Defesa do Consumidor que dá plena autorização ao (à) médico(a) assistente, Dr.(a)___________________________________________________________, inscrito(a) no CRM sob o nº_______ para proceder as investigações necessárias ao diagnóstico do seu estado de saúde, bem como executar o tratamento cirúrgico designado “HISTERECTOMIAS”,e todos os procedimentos que o incluem, inclusive anestesias ou outras condutas médicas que tal tratamento médico possa requerer, podendo o referido profissional valer-se do auxílio de outros profissionais de saúde Declara, outrossim, que o referido(a) médico(a), atendendo ao disposto nos arts. 22 e 34 do Código de Ética Médica e no art. 9º da Lei 8.078/90 (abaixo transcritos), prestando informações detalhadas sobre o diagnóstico e sobre o procedimento a ser adotado no tratamento clinico ora autorizado, especialmente as que se seguem: DEFINIÇÃO: é a retirada cirúrgica do útero, podendo ser total, parcial ou ampliada (inclui trompas e ovários). Pode ser realizada por vídeo-laparoscopia incisão (corte) no abdômen ou por via vaginal. COMPLICAÇÕES: 1. Hemorragias durante a cirurgia ou no pós-operatório, podendo nestes casos, necessitar reintervenção cirúrgica. 2. Lesões de outros órgãos: bexiga, uretra, intestino. 3. Hematomas (acúmulo de sangue) na ferida operatória. 4. Trombose venosa profunda. 5. Pulmonares: atelectasia, pneumonia e embolia (está muito grave, podendo levar a óbito). 6. Infecções: ferida operatória, vias urinárias, peritonite (infecção na cavidade abdominal). 7. Hérnia incisional (aquela que se forma na cicatriz cirúrgica). 8. Prolapso da cúpula vaginal. 9. Possibilidade de cicatrizes com formação de quelóides (cicatriz hipertrófica-grosseira) 10. Sangramento com possibilidade de transfusão. CBHPM – 3.13.03.10-2 CID – N85.0/N85.1/N85.2/N85.9/N92.0/N92.1/N92.5/C55 Infecção hospitalar: A portaria nº 2.616, de 12/05/1998 do Ministério da Saúde estabeleceu as normas do Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), obrigando os hospitais a constituir a CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar). Os índices de infecção hospitalar aceitos são estabelecidos usando-se como parâmetro o NNIS (Nacional Nosocomial Infectores Surveillance – Vigilância Nacional Nosocomial de Infecção), órgão internacional que estabelece os índices de infecção 10 hospitalar aceitos e que são: Cirurgias Limpas – 2%, Cirurgias potencialmente contaminadas – 10%, Cirurgias contaminadas – 20%, Cirurgias Infectadas – 40%. Declara, igualmente, estar ciente de que o tratamento adotado não assegura a garantia de cura, e que a evolução da doença e do tratamento podem obrigar o (a) médico (a) a modificar as condutas inicialmente propostas, sendo que, neste caso, fica o (a) mesmo (a) autorizado (a), desde já, a tomar providências necessárias para tentar a solução dos problemas surgidos, segundo seu julgamento. Finalmente, declara ter sido informado a respeito de métodos terapêuticos alternativos e estar atendido em suas dúvidas e questões, através de linguagem clara e acessível. Assim, tendo lido, entendido e aceito as explicações sobre os mais comuns RISCOS E COMPLICAÇÕES deste procedimento, expressa seu pleno consentimento para sua realização. Código de Ética Médica – Art. 22 - É vedado ao médico deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte. Art. 34 - É vedado ao médico deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar danos, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal. Lei 8.078 de 11/09/1990 – Código Brasileiro de Defesa do Consumidor: Art. 9º - O fornecedor de produtos ou serviços potencialmente perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto. Art. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços dentre outras práticas abusivas: VI – executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes. Fortaleza-CE______de____________________de_________. ____________________________________________________ Assinatura do (a) paciente e/ou responsável RG: ________________________________________________ Nome: ______________________________________________ ____________________________________________________ Assinatura do (a) médico (a) CRM: ______________________________ UF: _____________ Nome: _______________________________________________ g) DESCRIÇÃO DO ATO CIRÚRGICO FEBRASGO: 1. Posicionamento correto da paciente. 2. Assepsia e antissepsia. 3. Sondagem vesical de Foley de demora com sonda NÚMERO 14. 4. Histerometria (medida do comprimento interno da cavidade uterina) e colocação do manipulador uterino. 11 5. Incisão intraumbilical de aproximadamente 2,0cm (longitudinal ou arciforme). 6. Punção abdominal com agulha de Veress. 7. Manobras de segurança: 12 Aspiração Infusão e aspiração de SF0,9% Teste da gota Pressão de início menor que 6mmHg 8. Realização do pneumoperitôneo até pressão de 20mmHg. 9. Realização da punção intraumbilical com trocares 10mmHg. 10. Inventário da cavidade: Avaliar se houve acidente de primeira punção Verificar presença de aderências Avaliar abdome superior Avaliar pelve 11. Reduzir pressão do pneumoperitôneo para 14mmHg 12. Colocar paciente em posição de Trendelenburg. 13. Realizar punções acessórias com trocares de 5mm em triangulação habitual. 14. Cauterização e secção do ligamento redondo à direita. 15. Dissecção e abertura do peritônio anterior do ligamento largo até reflexão vesical. 16. Realização da janela avascular à direita. 17. Cauterização e secção do ligamento útero-ovárico direito. 18. Realização de salpingectomia à direita. 19. Dissecção e abertura do peritônio posterior do ligamento largo até a proximidade do ligamento úterossacro direito. 20. Cauterização e secção da artéria e veia uterina à direita. 21. Rebaixamento do pedículo vascular à direita. 22. Cauterização e secção do ligamento redondo à esquerda. 13 23. Dissecção e abertura do peritônio anterior do ligamento largo até reflexão vesical. 24. Realização da janela avascular à esquerda. 25. Cauterização e secção do ligamento útero-ovárico esquerdo. 26. Realização de salpingectomia à esquerda. 27. Dissecção e abertura do peritônio posterior do ligamento largo até a proximidade do ligamento úterossacro esquerdo. 28. Cauterização e secção da artéria e veia uterina à esquerda. 29. Rebaixamento do pedículo vascular à esquerda. 30. Rebaixamento vesical. 31. Colpotomia (incisão cirúrgica da vagina) com uso de energia monopolar com auxílio do delineador vaginal. 32. Realização de oofororectomia se necessário. 33. Retirada peças cirúrgicas via vaginal 34. Colocação de tampão vaginal temporário para conter o pneumoperitônio. 35. Colporrafia (sutura da parede vaginal) com fio absorvível (poligalactina 0). Pontos em X nos ângulos e contínuos no centro, com sutura laparoscópica intracorpórea. 36. Revisão da hemostasia. 37. Retirada do tampão vaginal. 38. Retirada do material cirúrgico. 39. Desfeito pneumoperitôneo. 40. Retirada da paciente Trendelenburg. 41. Sutura da aponeurose intraumbilical. 42. Sutura da pele das incisões. Livro Ginecologia de Williams: PASSO A PASSO: Anestesia e posicionamento da paciente: Na maioria dos casos, a TLH é realizada em regime de internação hospitalar sob anestesia geral. A paciente é colocada em posição de litotomia dorsal e procede-se a exame bi- manual para determinar o tamanho e a forma do útero a fim de auxiliar no posicionamento do portal de acesso. Abdome e vagina são preparados para cirurgia. Para evitar que haja perfuração gástrica no momento da colocação do primeirotrocarte, instala- se tubo orogástrico ou nasogástrico para descompressão do estômago. A fim de prevenir lesão semelhante na bexiga, instala-se cateter de Foley. Manipulador uterino: O manipulador uterino com copo cervical acoplado (VCare ou copo KOH com manipulador RUMI) é instalado por via vaginal para auxiliar na manipulação do útero e na definição da junção cervicovaginal para colpotomia. Para permitir a instalação, avaliam-se o diâmetro e a espessura do colo uterino. A partir dessa informação, escolhe- se o tamanho do copo de colpotomia do manipulador (pequeno, médio ou grande). Para permitir a inserção do manipulador, o óstio do colo uterino é dilatado até que comporte dilatador cervical número 8. O útero também é sondado para determinar a profundidade da cavidade para posicionamento correto do manipulador. O cirurgião testa o balão na extremidade do manipulador quanto à patência para enchê-lo com ar via portal localizado do lado oposto. Novamente desinflado, o balão é passado pelo óstio do colo uterino até o fundo do útero, onde é novamente inflado para manter o manipulador no lugar (Fig. 42- 12.1A). Dois pontos de sutura de fixação são aplicados com fio 0 nas posições de 6 e 12horas ou de 3 e 9horas, dependendo da preferência do cirurgião. Para fixar com segurança o copo de colpotomia e o colo uterino, os pontos devem penetrar pela 14 ectocérvice e sair imediatamente laterais à endocérvice. As extremidades dos fios de sutura são então passadas por aberturas existentes na base do copo (Fig. 42-12.1B). A seguir, os fios são amarrados com firmeza ao colo sobre a face externa do copo (Fig. 42- 12.1C). Uma vez em posição, o rebordo proximal do copo de colpotomia define a junção cervicovaginal. Com o VCare, o copo vaginal azul é inserido para se juntar ao copo de colpotomia e é preso no local por meio de botão próprio na extremidade distal do manipulador (Fig. 42-12.1D). Este segundo copo ajuda a manter o pneumoperitônio durante a colpotomia. Quando é usado o copo KOH, deve-se posicionar um balão de oclusão atrás do copo de colpotomia. Etapas iniciais da laparoscopia: As etapas iniciais para HL são as mesmas de outros procedimentos laparoscópicos. O número de trocartes e seu calibre podem variar, mas, em geral, a TLH 15 requer portal para óptica de 5 a 12 mm, normalmente localizado na cicatriz umbilical, e dois ou três portais acessórios posicionados através da parede do abdome inferior. Especificamente, dois trocartes são posicionados além das bordas laterais do músculo reto do abdome, enquanto um terceiro pode ser instalado em posição central ou cefálica ao fundo do útero. Considera-se a possibilidade de instalar acesso no quadrante superior esquerdo, ou ponto de Palmer, nos casos com suspeita de aderências periumbilicais. Avaliação da pelve: Com as cânulas e o laparoscópio inseridos e a paciente em posição de Trendelenburg, utiliza-se uma pinça romba para deslocar intestinos e órgãos. Pelve. Nesse momento, deve-se decidir entre continuar com a TLH ou converter o procedimento para laparotomia. Se necessário, as aderências devem ser lisadas para restaurar a anatomia normal. Identificação dos ureteres: As etapas iniciais da TLH são as mesmas descritas para HL. Os líquidos para irrigação e o CO2 usado para insuflação com o tempo podem produzir edema do peritônio e prejudicar a visualização das estruturas abaixo. Por esse motivo, os ureteres devem ser identificados precocemente. Em muitos casos, os ureteres podem ser visualiza- dos sem dificuldade abaixo do peritônio pélvico. Entretanto, algumas vezes é necessário abrir o peritônio para a identificação. Nessas situações, o peritônio medial ao ligamento infundibulopélvico (IP) é segurado com pinça atraumática e incisado com tesoura. Utiliza-se uma sonda de irrigação para forçar água abaixo do peritônio e elevá-lo para facilitar a incisão. A abertura do peritônio é, então, estendida por curta distância nos sentidos caudal e cefálico acompanhando a extensão do ureter. Através dessa janela no peritônio, o ureter é identificado (Parker, 2004). Transecção do ligamento redondo: O segmento proximal do ligamento redondo é pinçado e seccionado. Conservação dos ovários: Se estiver sendo planejada a preservação dos ovários, o segmento proximal da tuba uterina e o ligamento útero-ovárico são dessecados e seccionados. Com isso, tuba e ovário são liberados do útero e podem ser posicionados na fossa ovariana. Ooforectomia: Se houver indicação de retirada dos ovários, o ligamento infundíbulo-pélvico (IP) é pinçado e tracionado para cima e para fora das estruturas retroperitoneais. O curso do ureter é identificado. O ligamento IP é isolado e dissecado do curso ureteral. O pedículo é coagulado, dessecado ou grampeado para então ser seccionado. Incisão do ligamento largo: Após a transecção do ligamento redondo, os folhetos do ligamento largo se abrem e vê-se tecido conectivo frouxo e fino entre eles. O folheto anterior é cortado com lâmina. Esta incisão é direcionada nos sentidos caudal e central até a linha média acima da prega vesicouterina. O folheto posterior requer incisão caudal aos ligamentos uterossacrais. O tecido areolar frouxo separando os folhetos anterior e posterior também é dissecado. Com a abertura do ligamento largo obtém-se acesso à anatomia lateral do útero, o que é importante para as subsequentes ligaduras da artéria uterina, transecção do ligamento cardinal e identificação do ureter. Formação do retalho vesical: Após a incisão do ligamento largo bilateralmente, a prega vesicouterina é pinçada com pinça atraumática, afastada da bexiga subjacente e incisada. Com isso, expõe-se o tecido conectivo no espaço vesicouterino, entre a bexiga e o útero subjacente. As ade- rências mais frouxas podem ser divulsionadas com pressão suave contra o colo uterino e no sentido caudal para mover a bexiga nesta direção. 16 Se houver tecido mais denso no espaço vesicouterino, haverá́ necessidade de secção com instrumento cortante. Assim, o tecido é elevado, e a tesoura é mantida próxima da superfície do colo para reduzir o risco de cistostomia inadvertida. À medida que o tecido é dissecado, o espaço vesicouterino é aberto. Talvez seja necessário usar técnica eletrocirúrgica para coagular pequenos vasos que estejam sangrando. A tração sobre o útero no sentido cefálico com a ajuda do manipulador pode ajudar na dissecção. O desenvolvimento desse espaço permite que a bexiga seja movida no sentido caudal e afastada dos segmentos inferior do útero e superior da vagina. Essa mobilização da bexiga é necessária para a colpotomia final e retirada do útero. Dentre os diversos tipos de histerectomia, as abordagens minimamente invasivas são as que têm maior risco de lesão vesical, sendo que tal lesão ocorre com maior frequência na cúpula, durante essa fase de dissecção com ou sem corte (Harkki, 2001). O risco aumenta se houver cicatriz de cesariana ou em pacientes com endometriose. Transecção da artéria uterina: Após a identificação das artérias, o tecido conectivo areolar que as circunda é pinçado, tensionado e incisado. Essa esqueletização dos vasos otimiza a obstrução de artéria e veia uterinas. As artérias são então coaguladas e seccionadas. Transecção do ligamento cardinal: Procede-se à transecção do ligamento cardinal bilateralmente até o nível das conexões uterossacrais (Fig. 42-12.2). Colpotomia: A incisão da junção cervico-vaginal pode ser realizada com bisturi harmônico, tesoura monopolar, gancho monopolar ou ponta de agulha dinâmica. Antes da incisão, omanipulador uterino é pressionado em direção cefálica para permitir que o copo de colpotomia desloque lateralmente os ureteres e exponha o local ideal para a colpotomia. Além disso, a dissecção dentro do espaço vesicouterino deve ser suficiente para mobilizar a bexiga no sentido caudal longe do local planejado para a colpotomia. Com essas etapas preparatórias cumpridas, inicia-se a colpotomia posicionando o instrumento de corte na junção cervicovaginal posterior, definida pelo copo do manipulador localizado no colo uterino. Se não estiver sendo usado o copo dianteiro de colpotomia, pode-se utilizar um instrumento simples, como o afastador de ângulo reto, posicionado no fórnice posterior da vagina para auxiliar na definição da junção cervicovaginal. A parede vaginal posterior é a primeira a ser aberta (Fig. 42-12.3). Estendendo esta incisão, o ligamento uterossacral é seccionado a seguir. O ligamento uterossacral do lado oposto é dividido próximo do colo uterino (Fig. 42-12.4). 17 Finalmente, é realizada a incisão da parede anterior (Fig. 42-12.5). Para reduzir a possibilidade de haver torção e orientação viciosa da peça cirúrgica, os pontos da cúpula vaginal lateral são seccionados por último (Fig. 42-12.6). Utilizando essa técnica, geralmente consegue-se manter a hemostasia. Para prevenir lesão térmica aos tecidos vaginais e subsequente deiscência da sutura vaginal, os cirurgiões devem usar a menor quantidade de energia suficiente para a incisão dos tecidos. Remoção do útero: O útero é removido intacto através da cúpula vaginal utilizando o manipulador, exceto se o seu tamanho for um fator limitante (Fig. 42-12.7). Reparo da cúpula vaginal: A cúpula vaginal é fechada por via laparoscópica usando sutura contínua com fio absorvível, com pontos interrompidos em forma de 8, ou com dispositivo de sutura. O material preferencial é o fio de absorção lenta. Para apoio em longo prazo da cúpula vaginal, o ligamento uterossacral deve ser incorporado no fechamento (Fig. 42-12.8). Quando estiver sendo utilizada sutura tradicional, deve-se manter tensão suficiente para o fechamento do espaço. Ao usar fio farpado, o procedimento deve ser modificado de acordo com as recomendações do fabricante para reduzir a tensão dos pontos entre as bordas aproximadas da cúpula vaginal. Além disso, quando se usa fio farpado, recomenda-se dar no mínimo dois pontos em direção oposta ao final da sutura para manter a tensão no tecido. Por exemplo, se o fechamento for realizado da direita para a esquerda, quando o cirurgião atingir a extremidade esquerda deverá aplicar dois pontos adicionais da esquerda para a direita antes de cortar o fio de sutura. É aconselhável cortar o fio rente ao tecido para reduzir o risco de lesão intestinal produzida pelo fio farpado. É necessária a confirmação de fechamento de toda a espessura para prevenção de deiscência. Alternativamente, para aqueles com menor proficiência em sutura laparoscópica, a cúpula pode ser fechada por via vaginal após a retirada do útero. Após o fechamento da cúpula confirma-se a hemostasia. A pressão intra- abdominal é reduzida durante a inspeção para identificar possíveis pontos de sangramento. Etapas finais da laparoscopia: A finalização desta operação segue o mesmo padrão dos demais procedimentos laparoscópicos. 18 h) PRESCRIÇÃO DE MEDICAÇÕES E CUIDADOS NO PÓS- OPERATÓRIO As vantagens da cirurgia incluem retorno rápido à dieta e às atividades normais. Na noite da cirurgia, o cateter de Foley é retirado, a dieta é liberada e a paciente é orientada a deambular precocemente. A via de administração da analgesia é rapidamente modificada de parenteral a oral. A proibição de atividade sexual por 6 semanas para evitara deiscência da cúpula vaginal, complicação grave e mais frequente na histerectomia total laparoscópica. Cuidados pós-operatórios imediatos: Manutenção da SVD até 1 dia pós-operatório (PO). 19 Introdução dieta leve no 1o PO se ruído hidroaéreo presente e dieta geral após o 2° dia PO. Prescrição de analgésicos, anti-inflamatórios e anti-eméticos endovenosos no 1º dia PO e via oral a partir 2º° dia PO. Clexane quando indicado. Luftal 01 comprimido ou 40 gotas via oral de 8/8hs. Cuidados pós-operatórios tardios: Dieta geral. Analgésico, AINES e luftal por 5 dias. Antibiótico quando necessário. Abstinência sexual por 40-60 dias e só liberar após avaliação médica da cúpula vaginal (deve ser avaliada em todas as consultas pós-operatórias). Creme vaginal: Colpotrofine por 30 dias pós-operatório quando indicado. Retorno às atividades em 15 dias. Retorno às atividades físicas em 30 dias. 4. REFERÊNCIAS: 1. Hospital São Carlos; TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO PARA HISTERECTOMIAS. 2. Fernando Freitas... [et al.]; Rotinas em ginecologia, 6. ed.. 3. HOFFMAN, Barbara L. et al. Ginecologia de WILLIAMS. 2 ed. Porto Alegre. Artmed.2014 4. FRUTUOSO, Cristina. Cuidados Pré-Operatórios e Pós-Operatórios. 5. PRIMO, Walquíria Quida Salles Pereira. CORRÊA, Frederico José Silva. BRASILEIRO, Jean Pierre Barguil. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. 2ª Edição. Brasília 2017. 6. NOGUEIRA-SILVA, Cristina. SANTOS-RIBEIRO, Samuel. BARATA, Sónia. ALHO, Conceição. OSÓRIO, Filipa. CALHAZ-JORGE, Carlos. Total Laparoscopic Hysterectomy: Retrospective Analysis of 262 Cases. Acta Med Port 2014 Jan- Feb;27(1):73-81. 7. https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/histerectomia/ 8. https://www.grupohpa.com/pt/media/media-center/hpa-magazine- 13/histerectomia-laparoscopica/ 9. DMV. Emanoel F. Martins Filho. BIOSSEGURANÇA EM AMBIENTES CIRÚRGICOS 10. Markham SM, Rock JA. Preoperative care. In: Rock JA, Jones HW III, editors. Te Linde’s Operative Gynecology. 10th ed. Philadelphia: Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins; 2008. p. 113-32 11. GIORDANO, Luiz Augusto. GIORDANO, Mário Vicente. GIORDANO, Eduardo Bruno. GIORDANO, Ricardo Oliveira e Silva. Preoperative exams in elective gynecological surgeries. 12. ALMEIDA, A. E. R. F.; ALMEIDA, Z. M. O. F. Instrumentos cirúrgicos. 13. SOUZA, Emyle Brito de. COUTINHO, Itágores Hoffman I Lopes Sousa. MANUAL BÁSICO DE METODIZAÇÃO CIRÚRGICA, Palmas – TO, 2014. https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/histerectomia/ https://www.grupohpa.com/pt/media/media-center/hpa-magazine-13/histerectomia-laparoscopica/ https://www.grupohpa.com/pt/media/media-center/hpa-magazine-13/histerectomia-laparoscopica/ 20
Compartilhar