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BRASÍLIA - 2003 SENADO FEDERAL SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES SUBSECRETARIA DE EDIÇÕES TÉCNICAS Código Civil Quadro Comparativo 1916/2002 ����������� ��� �� ����� ����� ��������� ����������� � ��� ��� ������� � ������ �� ���������� ������ ������ ��� ������� ��������� ��� � ��� � � ���� ����������� ��� ������� ����� ��������� ����������� � ��� ��� ������� � ������ �� ���������� ������ ������ ��� ������� ��������� ��� �� �� ������������� � !� ����������� ��� ������� � ������ �� ���������� ������ � ���" ������������ ��� ������� ��������� ��� # ��� ��$� !������������%��&��'��� � ��������� (������ ��)�* ��'+�)�,� ��������-�� �� %���.�/01+2���� ��� ��#� �� �3������40/5�//+�1.1)��1.0����1.2 ��6��40/5��//+7�18 �+9� ��������:������;<�=;� > <�� "���������!�� ��������� ��$��� ���9� �������-<� � ���?� ������� ��� ������@����-�<��������A !� $�= �������� �=����- ������ ��- �BC��* � ����A� ��������������-<� � �� �� ������ �� D� ������� ���������� ���� %�����$��"��* << ��� � �&��%��� �< E3 ������ < �����"�������� ��'��81+.�/8+��0+� � �� ;�%F� <��% = %F� <��� = �?��� ����!�� �� =��/2/0G����;���� ��� ���������� ���� � )������� ��� ������� ��������� ���)�����; 10/��; /;�%F� <��� = )�� �� )�/2/0;��;�%F� <��� = )�� �� )�����; %## ��7�;/ Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior (Atualizada até maio de 2003) ���������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Parte Geral Disposição Preliminar Art. 1o Este Código regula os direitos e obrigações de ordem privada concer- nentes às pessoas, aos bens e ás suas relações. Livro I – Das Pessoas Título I – Da Divisão das Pessoas Capítulo I – Das Pessoas Naturais Art. 2o Todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil. Art. 3o A lei não distingue entre nacionais e estrangeiros quanto à aquisição e ao gozo dos direitos civis. Art. 4o A personalidade civil do homem começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo desde a concepção os di- reitos do nascituro. Art. 5o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida ci- vil: I – os menores de dezesseis anos; II – os loucos de todo o gênero; III – os surdos-mudos, que não pude- rem exprimir a sua vontade; IV – os ausentes, declarados tais por ato do juiz. Art. 6o São incapazes, relativamente a cer- tos atos, ou à maneira de os exercer: I – os maiores de dezesseis e os meno- res de vinte e um anos; Parte Geral Livro I – Das Pessoas Capítulo I – Da Personalidade e da Capa- cidade Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida ci- vil: I – os menores de dezesseis anos; II – os que, por enfermidade ou defici- ência mental, não tiverem o necessário discernimento para a pratica desses atos; III – os que, mesmo por causa transitó- ria, não puderem exprimir sua vontade. Art. 4o São incapazes, relativamente a cer- tos atos, ou à maneira de os exercer: I – os maiores de dezesseis e os meno- res de dezoito anos; ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior � II – os pródigos; III – os silvícolas. Art. 7o Supre-se a incapacidade, absoluta ou relativa, pelo modo instituído neste Código, Parte Especial. Art. 8o Na proteção que o Código Civil confere aos incapazes não se compreen- de o benefício de restituição. Art. 9o Aos vinte e um anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o indivíduo para todos os atos da vida ci- vil. Art. 10. A existência da pessoa natural ter- mina com a morte. Presume-se esta, quan- II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III – os excepcionais, sem desenvolvi- mento mental completo; IV – os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os meno- res, a incapacidade: I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instru- mento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II – pelo casamento; III – pelo exercício de emprego público efetivo; IV – pela colação de grau em curso de ensino superior; V – pelo estabelecimento civil ou co- mercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos te- nha economia própria. Art. 6o A existência de pessoa natural ter- mina com a morte; presume-se esta, quanto ���������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior to aos ausentes, nos casos dos artigos 481 e 482. Art. 11. Se dois ou mais indivíduos fale- cerem na mesma ocasião, não se poden- do averiguar se alguém dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão si- multaneamente mortos. Art. 12. Serão inscritos em registro públi- co: I – os nascimentos, casamentos, sepa- rações judiciais, divórcios e óbitos; II – a emancipação, por outorga do pai ou mãe, ou por sentença do juiz; III – a interdição dos loucos, dos sur- dos-mudos e dos pródigos; IV – a sentença declaratória da ausên- cia. aos ausentes, nos casos em que a lei au- toriza a abertura de sucessão definitiva. Art. 7o Pode ser declarada a morte presu- mida, sem decretação de ausência; I- se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II – se alguém, desaparecido em campa- nha ou feito prisioneiro, não for encontra- do até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente pode- rá ser requerisa depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a senten- ça fixar a data provável do falecimento. Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falece- rem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se alguém dos comorientes pre- cedeu aos outros, presumir-se-ão simul- taneamente mortos. Art. 9o Serão registrados em registros pú- blicos: I – os nascimentos, casamentos e óbi- tos; II – a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III – a interdição por incapacidade ab- soluta ou relativa; IV – a sentença declaratória de ausên- cia e de morte presumida. Art. 10. Far-se-á a averbação em registro público: I – das sentenças que decretarem a nu- lidade ou anulação do casamento, o di- vórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II – dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� III – dos atos judiciais ou extrajudiciais da adoção. Capítulo II – Dos Direitos da Personalida- de Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Art. 12. Pode-se exigir que cesse a amea- ça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, semprejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo único. Em se tratando de mor- to, terá legitimação para requerer a medi- da prevista neste artigo o cônjuge sobre- vivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição per- manente da integridade física, ou contra- riar os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste ar- tigo será admitido para fins de transplan- te, na forma estabelecida em lei especial. Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a trata- mento médico ou a intervenção cirúrgica. ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Parte Especial Livro I – Do Direito de Família Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o so- brenome. Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao des- prezo público, ainda quando não haja in- tenção difamatória. Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. Art. 19. O pseudônimo adotado para ati- vidades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se ne- cessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulga- ção de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utiliza- ção da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respei- tabilidade, ou se se destinarem a fins co- merciais. Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os as- cendentes ou os descendentes. Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências ne- cessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� Título VI – Da Tutela, da Curatela e da Ausência Capítulo III – Da Ausência Seção I – Da Curadoria de Ausentes Art. 463. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio, sem que dela haja notícia, se não houver deixado representante, ou procurador, a quem toque administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qual- quer interessado, ou do Ministério Públi- co, nomear-lhe-á curador. Art. 464. Também se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário, que não queira, ou não possa exercer ou con- tinuar o mandato. Art. 465. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, con- forme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores. Art. 466. O cônjuge de ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, será seu legítimo curador. Art. 467. Em falta de cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe ao pai, à mãe, aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. Parágrafo único. Entre os descendentes, os mais vizinhos precedem aos mais re- Capítulo III – Da Ausência Seção I – Da Curadoria dos Bens do Au- sente Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou pro- curador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, de- clarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes. Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fi- xar-lhe-á os poderes e obrigações, con- forme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores. Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da decla- ração da ausência, será o seu legítimo curador. § 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não haven- do impedimento que os iniba de exercer o cargo. § 2o Entre os descendentes, os mais pró- ximos precedem os mais remotos. ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior motos, e, entre os do mesmo grau, os va- rões preferem às mulheres. Art. 468. Nos casos de arrecadação de herança ou quinhão de herdeiros ausen- tes, observar-se-á, quanto à nomeação do curador, o disposto neste Código, artigos 1.591 a 1.594. Seção II – Da Sucessão Provisória Art. 469. Passando-se dois anos, sem que se saiba do ausente, se não deixou representante, nem procurador, ou, se os deixou, em passando quatro anos, poderão os interessados requerer que se lhes abra provisoriamente a suces- são. Art. 470. Consideram-se, para este efeito, interessados: I – o cônjuge não separado judicialmen- te; II – os herdeiros presumidos legítimos, ou os testamentários; III – os que tiverem sobre os bens do ausente direito subordinado à condição de morte; IV – os credores de obrigações vencidas e não pagas. Art. 471. A sentença que determinar a aber- tura da sucessão provisória só produzirá efeitos seis meses depois de publicada pela imprensa; mas logo que passe em julgado, se procederá à abertura do testa- mento, se houver, e ao inventário e parti- lha dos bens, como se o ausente fosse falecido. § 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. Seção II – Da Sucessão Provisória Art. 26. Decorrido um ano da arrecada- ção dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os in- teressados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interes- sados: I – o cônjuge não separado judicialmen- te; II – os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; III – os que tiverem sobre os bens do au- sente direito dependente de sua morte; IV – os credores de obrigações vencidas e não pagas. Art. 28. A sentença que determinar a aber- tura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à aber- tura do testamento, se houver, e ao in- ventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� § 1o Findo o prazo do artigo 469, e não havendo absolutamente interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente. § 2o Não comparecendo herdeiro, ou inte- ressado, tanto que passe em julgado a sentença, que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á judicialmente à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos artigos 1.591 a 1.594. Art. 472. Antes da partilha o juiz ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis, ou em títulos da dívida pública da União, ou dos Estados. Art. 473. Os herdeiros imitidos na posse dos bens do ausente darão garantias da restituiçãodeles, mediante penhores, ou hipotecas, equivalente aos quinhões res- pectivos. Parágrafo único. O que tiver direito à pos- se provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluí- do, mantendo-se os bens que lhe deviam sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste a dita garantia. Art. 474. Na partilha, os imóveis serão confiados em sua integridade aos suces- sores provisórios mais idôneos. § 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente. § 2o Não comparecendo herdeiro ou inte- ressado para requerer o inventário até trin- ta dias depois de passar em julgado a sen- tença que mandar abrir a sucessão provi- sória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823. Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União. Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garan- tias da restituição deles, mediante penho- res ou hipotecas equivalentes aos qui- nhões respectivos. § 1o Aquele que tiver direito à posse pro- visória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, man- tendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia. § 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua quali- dade de herdeiros, poderão, independen- temente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Art. 475. Não sendo por desapropria- ção, os imóveis do ausente só se pode- rão alienar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína, ou quando conve- nha convertê-los em títulos da dívida pública. Art. 476. Empossado nos bens, os suces- sores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente; de modo que contra eles correrão as ações pen- dentes e as que de futuro àqueles se mo- verem. Art. 477. O descendente, ascendente, ou cônjuge, que for sucessor provisório do ausente fará seus todos os frutos e rendi- mentos dos bens que a este couberem. Os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendi- mentos, segundo o disposto no artigo 472, de acordo com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente. Art. 478. O excluído, segundo o artigo 473, parágrafo único, da posse provisória, po- derá, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimen- tos do quinhão, que lhe tocaria Art. 479. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data aber- ta a sucessão em favor dos herdeiros que o eram àquele tempo. Art. 31. Os imóveis do ausente só se po- derão alienar, não sendo por desapropria- ção, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína. Art. 32. Empossados nos bens, os suces- sores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pen- dentes e as que de futuro àquele forem movidas. Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e ren- dimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendi- mentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Minis- tério Público, e prestar anualmente con- tas ao juiz competente. Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntá- ria e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendi- mentos. Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando fal- ta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria. Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aber- ta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo. ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� Art. 480. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigado a tomar as me- didas assecuratórias precisas, até a en- trega dos bens a seu dono. Seção III – Da Sucessão Definitiva Art. 481. Vinte anos depois de passada em julgado a sentença que concede a aber- tura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a definitiva e o le- vantamento das cauções prestadas. Art. 482. Também se pode requerer a su- cessão definitiva, provando-se que o au- sente conta oitenta anos de nascido e que de cinco datam as últimas notícias suas. Art. 483. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descenden- tes, ou ascendentes, aquele ou estes ha- verão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e de- mais interessados houverem recebido pelos alienados depois daquele tempo. Parágrafo único. Se nos dez anos deste artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão defini- tiva, a plena propriedade dos bens arre- cadados passará ao Estado, ou ao Distri- to Federal, se o ausente era domiciliado nas respectivas circunscrições, ou à União, se o eram em território ainda não constituído em Estado. Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono. Seção III – Da Sucessão Definitiva Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertu- ra da sucessão provisória, poderão os in- teressados requerer a sucessão definiti- va e o levantamento das cauções presta- das. Art. 38. Pode-se requerer a sucessão defi- nitiva, também, provando-se que o ausen- te conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descenden- tes ou ascendentes, aquele ou estes ha- verão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e de- mais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tem- po. Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não re- gressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecada- dos passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando- se ao domínio da União, quando situados em território federal. ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Seção IV – Dos Efeitos da Ausência Quan- to aos Direitos de Família Art. 484. Se o ausente deixar filhos meno- res, e o outro cônjuge houver falecido, ou não tiver direito ao exercício do pátrio poder, proceder-se-á com esses filhos, como se fossem órfãos de pai e mãe. Parte Geral Livro I – Das Pessoas Título I – Da Divisão das Pessoas Capítulo II – Das Pessoas Jurídicas Seção I – DisposiçõesGerais Art. 13. As pessoas jurídicas são de direi- to público interno, ou externo, e de direito privado. Art. 14. São pessoas jurídicas de direito público interno: I – A União; II – cada um dos seus Estados e o Dis- trito Federal; III – cada um dos Municípios legalmen- te constituídos. Art. 15. As pessoas jurídicas de direito público são civilmente responsáveis por atos dos seus representantes que nessa qualidade causem danos a terceiros, pro- Título II – Das Pessoas Jurídicas Capítulo I – Disposições Gerais Art. 40. As pessoas jurídicas são de direi- to público, interno ou externo, e de direito privado. Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: I – a União; II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; III – os Municípios; IV – as autarquias; V – as demais entidades de caráter públi- co criadas por lei. Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsá- veis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, res- ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� cedendo de modo contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por lei, salvo o direito regressivo contra os causadores do dano. Art. 16. São pessoas jurídicas de direito privado: I – as sociedades civis, religiosas, pias, morais, científicas ou literárias, as associ- ações de utilidade pública e as fundações; II – as sociedades mercantis; III – os partidos políticos. § 1o As sociedades mencionadas no no 1 só se poderão constituir por escrito, lan- çado no registro geral, e reger-se-ão pelo disposto a seu respeito neste Código, Parte Especial. § 2o As sociedades mercantis continua- rão a reger-se pelo estatuído nas leis co- merciais. § 3o Os partidos políticos reger-se-ão pelo disposto, no que lhes for aplicável, nos artigos 17 a 22 deste Código e em lei espe- cífica. Art. 17. As pessoas jurídicas serão repre- sentadas, ativa e passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais, por quem os res- pectivos estatutos designarem, ou, não o designando, pelos seus diretores. Seção II – Do Registro Civil das Pessoas Jurídicas Art. 18. Começa a existência legal das pessoas juridicas de direito privado com a inscrição dos seus contratos, atos constitutivos, estatutos ou com- promissos no seu registro peculiar, re- gulado por lei especial, ou com a auto- salvado direito regressivo contra os cau- sadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I – as associações; II – as sociedades; III – as fundações. Parágrafo único. As disposições concernentes às associações aplicam-se, subsidiariamente, às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. Art. 45. Começa a existência legal das pes- soas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respecti- vo registro, precedida, quando necessá- rio, de autorização ou aprovação do Po- der Executivo, averbando-se no registro ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior rização ou aprovação do Governo, quan- do precisa. Parágrafo único. Serão averbadas no re- gistro as alterações, que esses atos so- frerem. Art. 19. O registro declarará: I – a denominação, os fins e a sede da associação ou fundação; II – o modo por que se administra e re- presenta, ativa e passiva, judicial e extrajudicialmente; III – se os estatutos, o contrato ou o compromisso são reformáveis no tocante à administração, e de que modo; IV – se os membros respondem, ou não, subsidiariamente pelas obrigações soci- ais; V – as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio nesse caso. todas as alterações por que passar o ato constitutivo. Parágrafo único. Decai em três anos o di- reito de anular a constituição das pesso- as jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. Art. 46. O registro declarará: I – a denominação, os fins, a sede, o tem- po de duração e o fundo social, quando houver; II – o nome e a individualização dos fun- dadores ou instituidores, e dos diretores; III – o modo por que se administra e re- presenta, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV – se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V – se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI – as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limi- tes de seus poderes definidos no ato constitutivo. Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver adminis- tração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, sal- vo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. Parágrafo único. Decai em três anos o di- reito de anular as decisões a que se refere ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� este artigo, quando violarem a lei ou esta- tuto, ou forem eivadas de erro, dolo, si- mulação ou fraude. Art. 49. Se a administração da pessoa jurí- dica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á admi- nistrador provisório. Art. 50. Em caso de abuso da personali- dade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a reque- rimento da parte, ou do Ministério Pú- blico quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e de- terminadas relações de obrigações se- jam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pes- soa jurídica. Art. 51. Nos casos de dissolução da pes- soa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se con- clua. § 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução. § 2o As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito priva- do. § 3o Encerrada a liquidação, promover-se- á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica. Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. Capítulo II – Das Associações ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Seção III – Das Sociedades ou Associa- ções Civis Art. 20. As pessoas jurídicas têm existên- cia distinta da dos seus membros. § 1o Não se poderão constituir, sem pré- via autorização, as sociedades, as agên- cias ou os estabelecimentos de seguros, montepios e caixas econômicas, salvo as cooperativas e os sindicatos profissionais e agrícolas, legalmente organizados. Se tiverem de funcionar no Distrito Federal, ou em territórios não constituídos em Es- tados, a autorização será do governo fe- deral; se em um só Estado, do governo deste. § 2o As sociedades enumeradas no artigo 16, que, por falta de autorização ou de re- gistro, se não reputarem pessoas jurídi- cas, não poderão acionar a seus membros, nem a terceiros; mas estes poderão responsabilizá-las por todos os seus atos. Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. Parágrafo único. Não há, entre os associ- ados, direitos e obrigaçõesrecíprocos. Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: I – a denominação, os fins e a sede da associação; II – os requisitos para a admissão, demis- são e exclusão dos associados; III – os direitos e deveres dos associa- dos; IV – as fontes de recursos para sua manu- tenção; ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� V – o modo de constituição e funciona- mento dos órgãos deliberativos e admi- nistrativos; VI – as condições para a alteração das dis- posições estatutárias e para a dissolução. Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais. Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispu- ser o contrário. Parágrafo único. Se o associado for titu- lar de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, obede- cido o disposto no estatuto; sendo este omisso, poderá também ocorrer se for reco- nhecida a existência de motivos graves, em deliberação fundamentada, pela maioria absoluta dos presentes à assembléia geral especialmente convocada para esse fim. Parágrafo único. Da decisão do órgão que, de conformidade com o estatuto, decretar a exclusão, caberá sempre recur- so à assembléia geral. Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto. Art. 59. Compete privativamente à assem- bléia geral: ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Art. 21. Termina a existência da pessoa jurídica: I – pela sua dissolução, deliberada en- tre os seus membros, salvo o direito da minoria e de terceiros; II – pela sua dissolução, quando a lei de- termine; III – pela sua dissolução em virtude de ato do Governo, que lhe casse a autoriza- ção para funcionar, quando a pessoa jurí- dica incorra em atos opostos aos seus fins ou nocivos ao bem público. Art. 22. Extinguindo-se uma associação de intuitos não econômicos, cujos esta- tutos não disponham quanto ao destino ulterior dos seus bens, e não tendo os sócios adotado a tal respeito deliberação eficaz, devolver-se-á o patrimônio social a um estabelecimento municipal, estadual ou federal, de fins idênticos, ou semelhan- tes. I – eleger os administradores; II – destituir os administradores; III – aprovar as contas; IV – alterar o estatuto. Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos II e IV é exigido o voto concorde de dois terços dos pre- sentes à assembléia especialmente convocada para esse fim, não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou com menos de um terço nas convocações se- guintes. Art. 60. A convocação da assembléia ge- ral far-se-á na forma do estatuto, garanti- do a um quinto dos associados o direito de promovê-la. Art. 61. Dissolvida a associação, o rema- nescente do seu patrimônio líquido, de- pois de deduzidas, se for o caso, as quo- tas ou frações ideais referidas no pará- grafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos desig- nada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idên- ticos ou semelhantes. ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� Parágrafo único. Não havendo no Municí- pio ou no Estado, no Distrito Federal ou no território ainda não constituído em Estado, em que a associação teve sua sede, estabe- lecimento nas condições indicadas, o patrimônio se devolverá à Fazenda do Es- tado, à do Distrito Federal ou à União. Art. 23. Extinguindo-se uma sociedade de fins econômicos, o remanescente do patrimônio social compartir-se-á entre os sócios ou seus herdeiros. Seção IV – Das Fundações Art. 24. Para criar uma fundação, far-lhe-á o seu instituidor, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens li- vres, especificando o fim a que se desti- na, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Art. 25. Quando insuficiente para cons- tituir a fundação, os bens doados se- rão convertidos em títulos da dívida pública, se outra coisa não dispuser o instituidor, até que, aumentados com os rendimentos ou novas dotações, per- façam capital bastante. § 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do re- manescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem pres- tado ao patrimônio da associação. § 2o Não existindo no Município, no Esta- do, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, institui- ção nas condições indicadas neste arti- go, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União. Capítulo III – Das Fundações Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens li- vres, especificando o fim a que se desti- na, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. Art. 63. Quando insuficientes para cons- tituir a fundação, os bens a ela destina- dos serão, se de outro modo não dispu- ser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Art. 26. Valerá pelas fundações o Minis- tério Público do Estado, onde situadas. Art. 27. Aqueles a quem o instituidor co- meter a aplicação do patrimônio, em ten- do ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases, os estatu- tos da fundação projetada, submetendo- os, em seguida, à aprovação da autorida- de competente. Parágrafo único. Se esta lhe denegar, su- pri-la-á o juiz competente no Estado, no Distrito Federal ou nos territórios, com os recursos da lei. Art. 64. Constituída a fundação por ne- gócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a proprieda- de, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por manda- do judicial. Art. 65. Aqueles a quem o instituidor co- meter a aplicação do patrimônio, em ten- do ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, subme- tendo-o, em seguida, à aprovação da au- toridade competente, com recurso ao juiz. Parágrafo único. Se o estatuto não for ela- borado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oiten- ta dias, a incumbência caberá ao Ministé- rio Público. Art. 66. Velará pelas fundações o Minis- tério Público do Estado onde situadas. § 1o Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá o encargo ao Mi- nistério Público Federal. § 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Públi- co. ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� Art. 28. Para se poderem alterar os estatu- tos da fundação, é mister: I – que a reformaseja deliberada pela maioria absoluta dos competentes para gerir e representar a fundação; II – que não contrate o fim desta; III – que seja aprovada pela autoridade competente. Art. 29. A minoria vencida na modificação dos estatutos poderá, dentro em um ano, promover-lhe a nulidade, recorrendo ao juiz competente, salvo o direito de tercei- ros. Art. 30. Verificado ser nociva, ou impossí- vel a mantença de uma fundação, ou ven- cido o prazo de sua existência, o patrimônio, salvo disposição em contrá- rio no ato constitutivo, ou nos estatutos, será incorporado em outras fundações, que se proponham a fins iguais ou seme- lhantes. Parágrafo único. Esta verificação poderá ser promovida judicialmente pela minoria de que trata o artigo 29, ou pelo ministério público. Art. 67. Para que se possa alterar o esta- tuto da fundação é mister que a reforma: I – seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; II – não contrarie ou desvirtue o fim desta; III – seja aprovada pelo órgão do Minis- tério Público, e, caso este a denegue, po- derá o juiz supri-la, a requerimento do in- teressado. Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao subme- terem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se qui- ser, em dez dias. Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se pro- ponha a fim igual ou semelhante. ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Título II – Do Domicílio Civil Art. 31. O domicílio civil da pessoa natu- ral é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Art. 32. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências onde alternadamente viva, ou vários centros de ocupações ha- bituais, considerar-se-á domicilio seu qual- quer destes ou daquelas. Art. 33. Ter-se-á por domicilio da pessoa natural, que não tenha residência habitu- al, ou empregue a vida em viagens, sem ponto central de negócios, o lugar onde for encontrada. Art. 34. Muda-se o domicílio, transferin- do a residência, com intenção manifesta de o mudar. Parágrafo único. A prova da intenção re- sultará do que declarar a pessoa mudada às municipalidades dos lugares, que dei- xa, e para onde vai, ou, se tais declara- ções não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. Art. 35. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: I – da União, o Distrito Federal; II – dos Estados, as respectivas capi- tais; Título III – Do Domicílio Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residên- cia com ânimo definitivo. Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qual- quer delas. Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. Parágrafo único. Se a pessoa exercitar pro- fissão em lugares diversos, cada um de- les constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitu- al, o lugar onde for encontrada. Art. 74. Muda-se o domicílio, transferin- do a residência, com a intenção manifesta de o mudar. Parágrafo único. A prova da intenção re- sultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circuns- tâncias que a acompanharem. Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: I – da União, o Distrito Federal; II – dos Estados e Territórios, as respecti- vas capitais; ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� III – do Município, o lugar onde funcio- ne a administração municipal; IV – das demais pessoas jurídicas, o lu- gar onde funcionarem as respectivas di- retorias e administrações, ou onde elege- rem domicílio especial nos seus estatutos ou atos constitutivos. § 1o Quando o direito pleiteado se origi- nar de um fato ocorrido, ou de um ato pra- ticado, ou que deva produzir os seus efei- tos, fora do Distrito Federal, a União será demandada na seção judicial em que o fato ocorreu, ou onde tiver sua sede a autori- dade de quem o ato emanou, ou este te- nha de ser executado. § 2o Nos Estados, observar-se-á, quanto às causas de natureza local, oriundas de fatos ocorridos, ou atos praticados por suas autoridades, ou dados à execução, fora das capitais, o que dispuser a res- pectiva legislação. § 3o Tendo a pessoa jurídica de direito pri- vado diversos estabelecimentos em luga- res diferentes, cada um será considerado domicílio para os atos nele praticados. § 4o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por do- micílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimen- to, sito no Brasil, a que ela corresponder. Art. 36. Os incapazes têm por domicílio o do seus representantes. Parágrafo único. A mulher casada tem por domicílio o do marido, salvo se estiver desquitada, ou lhe competir a administra- ção do casal. III – do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas direto- rias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. § 1o Tendo a pessoa jurídica diversos es- tabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. § 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por do- micílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimen- to, sito no Brasil, a que ela corresponder. Art. 76. Têm domicílio necessário o inca- paz, o servidor público, o militar, o maríti- mo e o preso. Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exer- ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Art 37. Os funcionários públicos reputam- se domiciliados onde exercem as suas fun- ções, não sendo temporárias, periódicas, ou de simples comissão, porque, nestes casos, elas não operam mudanças no do- micílio anterior. Art 38. O domicílio do militar em serviço ativo é o lugar onde servir. Parágrafo único. As pessoas com praça na armada têm o seu domicílio na respec- tiva estação naval, ou na sede do empre- go que estiverem exercendo, em terra. Art 39. O domicílio dos oficiais e tripulan- tes da marinha mercante é o lugar onde estiver matriculado o navio. Art. 40. O preso, ou o desterrado, tem o domicílio no lugar onde cumpre a senten- ça ou desterro. Art. 41. O ministro ou agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro ale- gar exterritorialidade sem designar onde tem, no País, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no úl- timo ponto do território brasileiro onde o teve. Art. 42. Nos contratos escritos poderão os contraentes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obri- gações deles resultantes. cer permanentemente suas funções;o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordi- nado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no úl- timo ponto do território brasileiro onde o teve. Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obri- gações deles resultantes. ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� Livro II – Dos Bens Título único – Das Diferentes Classes de Bens Capítulo I – Dos Bens Considerados em Si Mesmos Seção I – Dos Bens Imóveis Art. 43. São bens imóveis: I – o solo com a sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais, com- preendendo as árvores e frutos penden- tes, o espaço aéreo e o subsolo; II – tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semen- te lançada à terra, os edifícios e constru- ções, de modo que se não possa retirar sem destruição, modificação, fratura, ou dano; III – tudo quanto no imóvel o proprietá- rio mantiver intencionalmente empregado em sua exploração industrial, aformoseamento, ou comodidade. Art. 44. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis, in- clusive o penhor agrícola, e as ações que os asseguram; II – as apólices da dívida pública onera- das com a cláusula de inalienabilidade; III – o direito à sucessão aberta. Art. 45. Os bens de que trata o artigo 43, III, podem ser, em qualquer tempo mobilizados. Art. 46. Não perdem o caráter de imóveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele mesmo se reempregarem. Livro II – Dos Bens Título único – Das Diferentes Classes de Bens Capítulo I – Dos Bens Considerados em Si Mesmos Seção I – Dos Bens Imóveis Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artifi- cialmente. Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II – o direito à sucessão aberta. Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I – as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Seção II – Dos Bens Móveis Art. 47. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia. Art. 48. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – os direitos reais sobre objetos mó- veis e as ações correspondentes; II – os direitos de obrigações e as ações respectivas; III – os direitos de autor. Art. 49. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empre- gados, conservam a sua qualidade de móveis. Readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum pré- dio. Seção III – Das Coisas Fungíveis e Consumíveis Art. 50. São fungíveis os móveis que po- dem, e não fungíveis os que não podem substituir-se por outros da mesma espé- cie, qualidade e quantidade. Art. 51. São consumíveis os bens móveis, cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também consi- derados tais os destinados a alienação. Seção IV – Das Coisas Divisíveis e Indivisíveis II – os materiais provisoriamente separa- dos de um prédio, para nele se reempregarem. Seção II – Dos Bens Móveis Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I – as energias que tenham valor econô- mico; II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações; Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empre- gados, conservam sua qualidade de mó- veis; readquirem essa qualidade os pro- venientes da demolição de algum prédio. Seção III – Dos Bens Fungíveis e Consumíveis Art. 85. São fungíveis os móveis que po- dem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também consi- derados tais os destinados à alienação. Seção IV – Dos Bens Divisíveis ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� Art. 52. Coisas divisíveis são as que se podem partir em porções reais e distintas formando cada qual um todo perfeito. Art. 53. São indivisíveis: I – os bens que se não podem partir sem alteração na sua substância; II – os que, embora naturalmente divisí- veis se consideram indivisíveis por lei, ou vontade das partes. Seção V – Das Coisas Singulares e Coleti- vas Art. 54. As coisas simples ou compostas, materiais ou imateriais, são singulares ou coletivas: I – singulares, quando, embora reuni- das, se consideram de per si, independen- temente das demais; II – coletivas, ou universais, quando se encaram agregadas em todo. Art. 55. Nas coisas coletivas, em desapa- recendo todos os indivíduos, menos um, se tem por extinta a coletividade. Art. 56. Na coletividade, fica sub-rogado ao indivíduo o respectivo valor, e vice- versa. Art. 57. O patrimônio e a herança consti- tuem coisas universais, ou universalida- des, e como tais subsistem, embora não constem de objetos materiais. Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se desti- nam. Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determi- nação da lei ou por vontade das partes. Seção V – Dos Bens Singulares e Coleti- vos Art. 89. São singulares os bens que, em- bora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, perti- nentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Capítulo II – Dos Bens Reciprocamente Considerados Art. 58. Principal é a coisa que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Acessória, aquela cuja existência supõe a da principal. Art. 59. Salvo disposição em contrário, a coisa acessória segue a principal. Art. 60. Entram na classe das coisas aces- sórias os frutos, produtos e rendimentos. Art. 61. São acessórios do solo I – os produtos orgânicos da superfície; II – os minerais contidos no subsolo; III – as obras de aderência permanente, feitas acima ou abaixo da superfície. Art. 62. Também se consideram acessóri- as da coisa todas as benfeitorias, qual- quer que seja o seu valor, exceto: Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de rela- ções jurídicas próprias. Art. 91. Constitui universalidade de direi- to o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. Capítulo II – Dos Bens Reciprocamente Considerados Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se desti- nam, de modo duradouro, ao uso, ao ser- viço ouao aformoseamento de outro. Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� I – a pintura em relação à tela; II – a escultura em relação à matéria-pri- ma; III – a escritura e outro qualquer trabalho gráfico, em relação à matéria-prima que os recebe. Art. 63. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. §1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habi- tual da coisa, ainda que a tornem mais agra- dável ou sejam de elevado valor. §2o São úteis as que aumentam ou facili- tam o uso da coisa. §3o São necessárias as que têm por fim con- servar a coisa ou evitar que se deteriore. Art. 64. Não se consideram benfeitorias ou melhoramentos sobrevindos à coisa sem a intervenção do proprietário, pos- suidor ou detentor. Capítulo III – Dos Bens Públicos e Parti- culares Art. 65. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes à União, aos Esta- dos, ou aos Municípios. Todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Art. 66. Os bens públicos são: I – de uso comum do povo, tais como os mares, rios, estradas, ruas e praças; II – os de uso especial, tais como os edi- fícios ou terrenos aplicados a serviço ou estabelecimento federal, estadual ou mu- nicipal; III – os dominicais, isto é, os que consti- tuem o patrimônio da União, dos Estados, ou dos Municípios, como objeto de direi- Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. § 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habi- tual do bem, ainda que o tornem mais agra- dável ou sejam de elevado valor. § 2o São úteis as que aumentam ou facili- tam o uso do bem. § 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobre- vindos ao bem sem a intervenção do pro- prietário, possuidor ou detentor. Capítulo III – Dos Bens Públicos Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídi- cas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Art. 99. São bens públicos: I – os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II – os de uso especial, tais como edifíci- os ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusi- ve os de suas autarquias; III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direi- ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior to pessoal, ou real de cada uma dessas entidades. Art. 67. Os bens de que trata o artigo an- tecedente só perderão a inalienabilidade, que lhes é peculiar, nos casos e forma que a lei prescrever. Art. 68. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito, ou retribuído, conforme as leis da União, dos Estados, ou dos Mu- nicípios, a cuja administração pertencerem. Capítulo IV – Das Coisas que estão fora do Comércio Art. 69. São coisas fora do comércio as insucetíveis de apropriação, e as legalmen- te inalienáveis. Livro III – Dos Fatos Jurídicos Disposições Preliminares Art. 74. Na aquisição dos direitos se ob- servarão estas regras: I – adquirem-se os direitos mediante ato do adquirente ou por intermédio de ou- trem; to público, como objeto de direito pesso- al, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determi- nar. Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exi- gências da lei. Art. 102. Os bens públicos não estão su- jeitos a usucapião. Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. Livro III – Dos Fatos Jurídicos ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� II – pode uma pessoa adquiri-los para si, ou para terceiros; III – dizem-se atuais os direitos completa- mente adquiridos, e futuros os cuja aqui- sição não se acabou de operar. Parágrafo único. Chama-se deferido o di- reito futuro, quando sua aquisição pende somente do arbítrio do sujeito; não defe- rido, quando se subordinam a fatos ou condições falíveis. Art. 75. A todo o direito corresponde uma ação, que o assegura. Art. 76. Para propor, ou contestar uma ação, é necessário ter legítimo interesse econômico, ou moral. Art. 77. Perece o direito, perecendo o seu objeto. Art. 78. Entende-se que pereceu o objeto do direito: I – quando perde as qualidades essenci- ais, ou o valor econômico; II – quando se confunde com outro, de modo que se não possa distinguir; III – quando fica em lugar de onde não pode ser retirado. Art. 79. Se a coisa perecer por fato alheio à vontade do dono, terá este ação, pelos prejuízos contra o culpado. Art. 80. A mesma ação de perdas e danos terá o dono contra aquele que, incumbido de conservar a coisa, por negligência a deixe perecer; cabendo a este, por sua vez, direito regressivo contra o terceiro culpa- do. Titulo I – Dos Atos Jurídicos Título I – Do Negócio Jurídico ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Capítulo I – Disposições Gerais Art. 81. Todo o ato ilícito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transfe- rir, modificar ou extinguir direitos, se de- nomina ato jurídico. Art. 82. A validade do ato jurídico requer agente capaz, objeto lícito e forma pres- crita ou não defesa em lei. Art. 83. A incapacidade de uma das partes não pode ser invocada pela outra em pro- veito próprio, salvo se for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. Art. 84. As pessoas absolutamente inca- pazes serão representadas pelos pais, tu- tores, ou curadores em todos os atos jurí- dicos; as relativamente incapazes, pelas pessoas e nos atos que este Código de- termina. Art. 85. Nas declarações de vontade se atenderá mais à sua intenção que ao sen- tido literal da linguagem. Capítulo I – Disposições Gerais Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I – agente capaz; II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III – forma prescrita ou não defesa em lei. Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aprovei- ta aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do di- reito ou da obrigação comum. Art. 106. A impossibilidade inicial do ob- jeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à cons- tituição, transferência, modificação ou re-núncia de direitos reais sobre imóveis de ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� valor superior a trinta vezes o maior salá- rio mínimo vigente no País. Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instru- mento público, este é da substância do ato. Art. 110. A manifestação de vontade sub- siste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que mani- festou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a decla- ração de vontade expressa. Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido lite- ral da linguagem. Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. Capítulo II – Da Representação Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado. Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus pode- res, produz efeitos em relação ao repre- sentado. Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o re- presentado, é anulável o negócio jurídico ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o ne- gócio realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos. Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem. Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interes- ses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo. Art. 120. Os requisitos e os efeitos da re- presentação legal são os estabelecidos nas normas respectivas; os da represen- tação voluntária são os da Parte Especial deste Código. Capítulo III – Da Condição, do Termo e do Encargo Art. 121. Considera-se condição a cláu- sula que, derivando exclusivamente da von- tade das partes, subordina o efeito do ne- gócio jurídico a evento futuro e incerto. Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que pri- varem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes. Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados: I – as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas; II – as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita; III – as condições incompreensíveis ou contraditórias. Art. 124. Têm-se por inexistentes as con- dições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa. Art. 126. Se alguém dispuser de uma coi- sa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposi- ções, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis. Art. 127. Se for resolutiva a condição, en- quanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se des- de a conclusão deste o direito por ele es- tabelecido. Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efei- tos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução conti- nuada ou periódica, a sua realização, sal- vo disposição em contrário, não tem efi- ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior cácia quanto aos atos já praticados, des- de que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos dita- mes de boa-fé. Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, conside- rando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento. Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. Art. 131. O termo inicial suspende o exer- cício, mas não a aquisição do direito. Art. 132. Salvo disposição legal ou con- vencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e inclu- ído o do vencimento. § 1o Se o dia do vencimento cair em feria- do, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil. § 2o Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia. § 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência. § 4o Os prazos fixados por hora contar-se- ão de minuto a minuto. Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contra- tos, em proveito do devedor, salvo, quan- to a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se esta- ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� Capítulo II – Dos Defeitos dos Atos Jurí- dicos Art. 86. São anuláveis aos atos jurídicos, quando as declarações de vontade ema- narem de erro substancial. Art. 87. Considera-se erro substancial o que interessa à natureza do ato, o objeto principal da declaração, ou alguma das qualidades a ele essenciais. beleceu a benefício do credor, ou de am- bos os contratantes. Art. 134. Os negócios jurídicos entre vi- vos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo. Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam- se, no que couber, as disposições relati- vas à condição suspensiva e resolutiva. Art. 136. O encargo não suspende a aqui- sição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negó- cio jurídico, pelo disponente, como con- dição suspensiva. Art. 137. Considera-se não escrito o en- cargo ilícito ou impossível, salvo se cons- tituir o motivo determinante da liberalida- de, caso em que se invalida o negócio ju- rídico. Capítulo IV – Dos Defeitos do Negócio Jurídico Art. 138. São anuláveis os negócios jurí- dicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que pode- ria ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. Art. 139. O erro é substancial quando: I – interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a algu- ma das qualidades a ele essenciais; II – concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Art. 88. Tem-se igualmente por erro subs- tancial o que disser respeitoa qualidades essenciais da pessoa, a quem se refira a declaração de vontade. Art. 90. Só vicia o ato a falsa causa, quan- do expressa como razão determinante ou sob forma de condição. Art. 89. A transmissão errônea da vonta- de por instrumento, ou por interposta pes- soa, pode arguir-se de nulidade nos mes- mos casos em que a declaração direta. Art. 91. O erro na indicação da pessoa, ou coisa, a que se referir a declaração de von- tade, não viciará o ato, quando, por seu contexto e pelas cisrcunstâncias, se pu- der identificar a coisa ou pessoa cogita- da. Seção II – Do Dolo Art. 92. Os atos jurídicos são anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. Art. 93. O dolo acidental só obriga à satis- fação das perdas e danos. É acidental o III – sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. Art. 140. O falso motivo só vicia a decla- ração de vontade quando expresso como razão determinante. Art. 141. A transmissão errônea da vonta- de por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta. Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quan- do, por seu contexto e pelas circunstânci- as, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada. Art. 143. O erro de cálculo apenas autori- za a retificação da declaração de vontade. Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se diri- ge, se oferecer para executá-la na confor- midade da vontade real do manifestante. Seção II – Do Dolo Art. 145. São os negócios jurídicos anulá- veis por dolo, quando este for a sua cau- sa. Art. 146. O dolo acidental só obriga à sa- tisfação das perdas e danos, e é acidental ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� dolo, quando a seu despeito o ato se teria praticado, embora por outro modo. Art. 94. Nos atos bilaterais o silêncio intecional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, pro- vando-se que sem ela se não teria cele- brado o contrato. Art. 95. Pode também ser anulado o ato por dolo de terceiro, se uma das partes o soube. Art. 96. O dolo do representante de uma das partes só obriga o representado a res- ponder civilmente até a importância do proveito que teve. Art. 97. Se ambas as partes procederam com dolo, nenhuma pode alegá-lo, para anular o ato, ou reclamar indenização. Seção III – Da Coação Art. 98. A coação, para viciar a manifesta- ção da vontade, há de ser tal, que incuta ao paciente fundado temor de dano à sua pessoa, à sua família, ou a seus bens, imi- nente e igual, pelo menos, ao receável do ato extorquido. quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. Art. 147. Nos negócios jurídicos bilate- rais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omis- são dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado. Art. 148. Pode também ser anulado o ne- gócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso con- trário, ainda que subsista o negócio jurí- dico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou. Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o re- presentado responderá solidariamente com ele por perdas e danos. Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indeniza- ção. Seção III – Da Coação Art. 151. A coação, para viciar a declara- ção da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano imi- nente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. Parágrafo único. Se disser respeito a pes- soa não pertencente à família do pacien- ����������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior Art. 99. No apreciar a coação se terá em conta o sexo, a idade, a condição, a saú- de, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias, que lhe possam influir na gravidade. Art. 100. Não se considera coação a ame- aça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial. Art. 101. A coação vicia o ato, ainda quan- do exercida por terceiro. § 1o Se a coação exercida por terceiro for previamente conhecida à parte, a quem apro- veite, responderá esta solidariamente com aquele por todas as perdas e danos. § 2o Se a parte prejudicada com a anula- ção do ato não soube da coação exercida por terceiro, só este responderá pelas per- das e danos. te, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação. Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e to- das as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela. Art. 153. Não se considera coação a ame- aça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial. Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamen- te com aquele por perdas e danos. Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou de- vesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto. Seção IV – Do Estado de Perigo Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, as- sume obrigação excessivamente onerosa. Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias. ��������� � ����� � �� Lei no 3.071/1916 Lei no 10.406/2002 Quadro Comparativo entre o Novo Código Civil e o Código Civil Anterior �� Seção V – Da Fraude contra Credores Art. 106. Os atos de transmissão gratuita de bens, ou remissão de dívida, quando os pratique o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, poderão ser anulados pelos credores quirografários como lesivos dos seus di- reitos. Parágrafo único. Só os credores, que já o eram ao tempo desses atos, podem pleite- ar-lhes a anulação. Art. 107. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolven- te, quando a insolvência for notória ou houver motivo para ser conhecida do ou- tro contraente. Art. 108. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, o Seção V – Da Lesão Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pes- soa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação mani- festamente desproporcional ao valor da prestação oposta. § 1o Aprecia-se a desproporção das pres- tações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio ju- rídico. § 2o Não se decretará a anulação do negó- cio, se for oferecido suplemento suficien- te, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. Seção VI – Da Fraude contra Credores Art. 158. Os negócios de transmissão gra- tuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quan- do o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. § 1o Igual direito