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Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
Módulo 1 - Problema 2 
Amamentação infantil e imunização 
A jornada alimentar 
A.M.S, RN, filha de uma mãe saudável, nasceu de 
parto normal, sem complicações e com peso 
adequado para a idade gestacional. Ainda na 
maternidade, sua mãe foi orientada quanto à 
prática da amamentação e a importância do 
aleitamento materno exclusivo até os seis meses 
de idade, e somente em algumas situações 
especiais o aleitamento materno não estaria 
indicado, o que não era o seu caso. 
 
Aos 4 meses, em uma consulta de puericultura, a 
pediatra observa que a criança tem apresentado 
um desenvolvimento e ganho peso adequados e está 
crescendo dentro dos padrões esperados. A mãe 
relata o retorno ao trabalho em breve e está 
preocupada com a continuidade da amamentação de 
sua filha e menciona que uma amiga sugeriu a 
introdução do leite de vaca na dieta da menina. 
A pediatra esclarece que esse tipo de leite não 
é adequado para bebês menores de 1 ano e que o 
leite materno é uma fonte completa de nutrição 
para o bebê, fornecendo todos os nutrientes 
necessários para o crescimento e desenvolvimento 
saudável. 
 
Além disso, a médica informa que a amamentação 
deve ser complementada gradualmente com outros 
alimentos a partir dos seis meses de idade, 
sempre respeitando as etapas de desenvolvimento 
da criança. 
 
Ainda durante a consulta, a pediatra verifica se 
a vacinação da paciente está em dia de acordo 
com o calendário do PNI, enfatizando que, apesar 
dos efeitos adversos esperados, as vacinas são 
importantes para proteger a saúde da criança 
contra doenças infecciosas e prevenir possíveis 
complicações. 
 
1- Compreender a importância da orientação 
materna da amamentação 
NEONATAIS 
1- Evita mortes infantis 
Fatores existentes no leite materno que protegem 
contra infecções, ocorrem menos mortes entre as 
crianças amamentadas. 
Dados: 
● Aleitamento materno poderia evitar 13% 
das mortes em crianças menores de 5 anos, 
por causas preveníveis. 
● Estudo de avaliação de risco, no mundo em 
desenvolvimento poderiam ser salvas 1,47 
milhões de vidas por ano se a 
recomendação de aleitamento materno 
exclusivo por 6 meses e complementada por 
2 anos ou mais fosse cumprida. 
● A proteção do leite materno contra mortes 
infantis é maior quanto menor é a 
criança. Assim, a mortalidade por doenças 
infecciosas é 6x maior em crianças 
menores de 2 meses não amamentadas, 
diminuindo à medida que a criança cresce. 
● Em Pelotas (RS), as crianças menores de 2 
meses que não recebiam leite materno 
tiveram uma chance quase 25x maior de 
morrer por diarréia e 3x maior de morrer 
por doença respiratória, quando 
comparadas com as crianças em aleitamento 
materno que não recebiam outro tipo de 
leite. 
● Estudos demonstram que a amamentação na 
primeira hora de vida pode ser um fator 
de proteção contra mortes neonatais. 
 
2- Evita diarréia 
Há fortes evidências de que o leite materno 
protege contra diarreia, principalmente em 
crianças mais pobres. 
Oferecer à criança amamentada água ou chás, pode 
dobrar o risco de diarreia nos primeiros 6 
meses. 
Além de evitar a diarreia, a amamentação também 
exerce influência na gravidade dessa doença. 
 
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
● Crianças não amamentadas têm um risco 3x 
maior de desidratarem e morrerem por 
diarreia quando comparadas com as 
amamentadas. 
 
3- Evita infecção respiratória 
Assim como ocorre com a diarreia, a proteção é 
maior quando a amamentação é exclusiva nos 
primeiros 6 meses. 
Dados: 
● Em Pelotas (RS), a chance de uma criança 
não amamentada internar por pneumonia nos 
primeiros 3 meses foi 61x maior do que em 
crianças amamentadas exclusivamente. 
● O risco de hospitalização por 
bronquiolite foi 7x maior em crianças 
amamentadas por menos de 1 mês. 
● O aleitamento materno também previne 
otites (por causa da comunicação da 
orelha média com o nariz que nas crianças 
é menor). 
● Estima-se redução de 50% de episódios de 
otite média aguda em crianças amamentadas 
exclusivamente por 3 ou 6 meses quando 
comparadas com crianças alimentadas 
unicamente com leite de outra espécie. 
 
4- Diminui o risco de alergias 
Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos 
primeiros meses de vida diminui o risco de 
alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite 
atópica e de outros tipos de alergias, incluindo 
asma e sibilos recorrentes. 
A exposição a pequenas doses de leite de vaca 
nos primeiros dias de vida pode aumentar o risco 
de alergia ao leite de vaca. 
 
5- Diminui o risco de hipertensão, colesterol 
alto e diabetes 
Há evidências sugerindo que o aleitamento 
materno apresenta benefícios em longo prazo. 
Dados: A OMS publicou importante revisão sobre 
evidências desse efeito. 
● Indivíduos amamentados apresentaram 
pressões sistólica e diastólica mais 
baixas (-1,2mmHg e -0,5mmHg, 
respectivamente), níveis menores de 
colesterol total (-0,18mmol/L) e risco 
37% menor de apresentar diabetes tipo 2. 
● Não só o indivíduo que é amamentado 
adquire proteção contra diabetes, mas 
também a mulher que amamenta. Foi 
descrita uma redução de 15% na incidência 
de diabetes tipo 2 para cada ano de 
lactação. 
○ Atribui-se essa proteção a uma 
melhor homeostase e tolerância à 
glicose em mulheres que amamentam. 
○ Maior duração da amamentação foi 
associada com menor incidência de 
DM2 entre mulheres sem história de 
diabetes gestacional e menor 
incidência de síndrome metabólica 
em mulheres com ou sem diabetes 
mellitus gestacional prévio. 
○ https://www.sprs.com.br/sprs2013/b
ancoimg/160529234034bcped_v4_n3_a2
.pdf 
● A exposição precoce ao leite de vaca 
(antes dos 4 meses) é considerada um 
importante determinante do Diabetes 
mellitus Tipo I, podendo aumentar o risco 
de seu aparecimento em 50%. 
● Estima-se que 30% dos casos poderiam ser 
prevenidos se 90% das crianças de até 3 
meses não recebessem leite de vaca. 
 
6- Reduz a chance de obesidade 
Estudos constataram uma menor frequência de 
sobrepeso/obesidade em crianças que haviam sido 
amamentadas. 
Dados: 
● Na revisão da OMS sobre evidências do 
efeito do aleitamento materno em longo 
prazo, os indivíduos amamentados tiveram 
uma chance 22% menor de vir a apresentar 
sobrepeso/obesidade. 
● Relação dose/resposta com a duração do 
aleitamento materno, ou seja, quanto 
maior o tempo em que o indivíduo foi 
amamentado, menor será a chance de ele 
vir a apresentar sobrepeso/ obesidade. 
 
https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/160529234034bcped_v4_n3_a2.pdf
https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/160529234034bcped_v4_n3_a2.pdf
https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/160529234034bcped_v4_n3_a2.pdf
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
 
Isso ocorre porque? 
● Melhor desenvolvimento da auto-regulação 
de ingestão de alimentos das crianças 
amamentadas e a composição do leite 
materno participando no processo de 
“programação metabólica”, alterando o 
número e tamanho das células gordurosas 
ou induzindo o fenômeno de diferenciação 
metabólica. 
● O leite de vaca altera a taxa metabólica 
durante o sono de crianças amamentadas, 
podendo esse fato estar associado com a 
“programação metabólica” e o 
desenvolvimento de obesidade. 
 
7- Melhor nutrição 
Por ser da mesma espécie, o leite materno contém 
todos os nutrientes essenciais para o 
crescimento e o desenvolvimento da criança, além 
de ser mais bem digerido, quando comparado com 
leites de outras espécies. 
O leite materno é capaz de suprir sozinho as 
necessidades nutricionais da criança nos 
primeiros 6 meses, e continua sendo uma 
importante fonte de nutrientes no 2º ano de vida. 
 
8- Efeito positivo na inteligência 
Há evidências de que o aleitamento materno 
contribui para um melhor desenvolvimento 
cognitivo. 
A maioria dos estudos concluiu que as crianças 
amamentadas apresentam vantagem nesse aspecto 
quando comparadasde 2 anos de 
idade, sempre que possível, não recebam as 
vacinas febre amarela e tríplice viral no mesmo 
dia, respeitando-se um intervalo de 30 dias 
entre elas. 
 
Essa vacina pode ser exigida para maiores de 9 
meses de vida para emissão do CIVP, atendendo 
exigências sanitárias de alguns destinos 
internacionais. Neste caso, deve ser aplicada 
até dez dias antes de viajar. 
 
12. Hepatite A: para crianças a partir de 12 
meses de idade não vacinadas para hepatite B no 
primeiro ano de vida, a vacina combinada 
hepatites A e B na formulação adulto pode ser 
considerada para substituir a vacinação isolada 
(A ou B) com esquema de duas doses (0-6 meses). 
 
13. Sarampo, caxumba e rubéola: para crianças 
com esquema completo, não há evidências que 
justifiquem uma terceira dose como rotina, 
podendo ser considerada em situações de risco 
epidemiológico, como surtos de caxumba e/ou 
sarampo. 
Em situação de risco para o sarampo – por 
exemplo, surto ou exposição domiciliar – a 
primeira dose deve ser aplicada a partir de 6 
meses de idade. Nesses casos, a aplicação de 
mais duas doses após a idade de 1 ano ainda será 
necessária. 
 
14. Varicela: é considerada adequadamente 
vacinada a criança que tenha recebido duas doses 
da vacina após 1 ano de idade. 
 
Em situação de risco – por exemplo, surto de 
varicela ou exposição domiciliar – a primeira 
dose pode ser aplicada a partir de 9 meses de 
idade. Nesses casos, a aplicação de mais duas 
doses após a idade de 1 ano ainda será 
necessária. 
 
O uso em imunodeprimidos deve ser avaliado pelo 
médico. 
 
15. Tetraviral (SCRV): Aos 12 meses, na mesma 
visita, aplicar a primeira dose da tríplice viral 
e varicela em administrações separadas (SCR + V) 
ou com a vacina tetraviral (SCRV). 
 
A segunda dose de tríplice viral e varicela, 
preferencialmente com vacina tetraviral, pode 
ser administrada a partir dos 15 meses de idade, 
mantendo intervalo de três meses da dose 
anterior de SCR, V ou SCRV. 
 
 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cader
neta_crianca_menino_5.e d.pdf 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_5.ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_5.ed.pdf
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
 
 
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Calend%C3%A1r
io%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20
Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%202024,%20po
r%20idade.pdf 
 
 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manua
l_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos
_vacinacao.pdf 
http://soperj.com.br/calendario-nacional-de-vaci
nacao-2024/ 
https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/s
ites/9/2022/05/Nota-Tecnica-_-vacinacao-covid-20
24.pptx.pdf 
Vacinação contra covid 
A vacinação contra a covid-19 na rotina está 
contemplada para toda a população entre 6 meses 
e 4 anos, 11 meses e 29 dias não vacinada ou com 
esquema vacinal incompleto de acordo com a faixa 
etária. 
A idade recomendada para a vacinação é: 
● primeira dose aos 6 meses, 
● segunda dose aos 7 meses 
● terceira dose aos 9 meses de idade. 
 
O intervalo recomendado é de 4 semanas entre a 
primeira e a segunda doses e 8 semanas entre a 
segunda e a terceira doses. 
Vacina Pfizer pediátrica (RNAm) para crianças de 
6 meses a 4 anos de idade – tampa vinho 
https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publica
coes/estrategia-de-vacinacao-contra-a-covid-19-2
013-2024 
Vacina Corona Vac para crianças de 3 e 4 anos de 
idade 
A vacina adsorvida covid-19 inativada, conhecida 
como CoronaVac (Butantan), pode ser administrada 
em crianças de 3 a 4 anos, 11 meses e 29 dias. 
Deverá, portanto, ser utilizada somente nas 
seguintes situações: 
1) crianças que não foram vacinadas contra a 
covid-19 na idade recomendada ou 
2) na falta do imunizante recomendado na 
localidade ou 
3) contraindicações à Pfizer pediátrica em 
crianças de 3 e 4 anos de idade. 
 
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Calend%C3%A1rio%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%202024,%20por%20idade.pdf
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Calend%C3%A1rio%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%202024,%20por%20idade.pdf
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Calend%C3%A1rio%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%202024,%20por%20idade.pdf
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Calend%C3%A1rio%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%202024,%20por%20idade.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos_vacinacao.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos_vacinacao.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos_vacinacao.pdf
http://soperj.com.br/calendario-nacional-de-vacinacao-2024/
http://soperj.com.br/calendario-nacional-de-vacinacao-2024/
https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2022/05/Nota-Tecnica-_-vacinacao-covid-2024.pptx.pdf
https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2022/05/Nota-Tecnica-_-vacinacao-covid-2024.pptx.pdf
https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2022/05/Nota-Tecnica-_-vacinacao-covid-2024.pptx.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/estrategia-de-vacinacao-contra-a-covid-19-2013-2024
https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/estrategia-de-vacinacao-contra-a-covid-19-2013-2024
https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/estrategia-de-vacinacao-contra-a-covid-19-2013-2024
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
O esquema é composto por duas doses (1ª DOSE + 2ª 
DOSE), e o intervalo mínimo recomendado é de 4 
semanas entre a primeira e a segunda dose. 
 
POLÍTICAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO DE AMAMENTAÇÃO 
A Política Nacional de Aleitamento Materno (PNAM) 
é organizada de acordo com as seguintes 
estratégias: Incentivo ao Aleitamento Materno na 
Atenção Básica - Rede Amamenta Brasil; 
Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) e 
Método Canguru na atenção hospitalar; Rede 
Brasileira de Bancos de Leite Humano; Proteção 
legal através da Norma Brasileira de 
Comercialização de Alimentos para Lactentes 
(NBCAL); Ações de Mobilização Social através de 
campanhas e parcerias; Monitoramento das ações e 
práticas de aleitamento materno e, nos últimos 
anos, implantação da Iniciativa Unidade Básica 
Amiga da Amamentação (IUBAAM). 
TÉCNICA DA AMAMENTAÇÃO 
https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/o
utraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.p
df 
pdf3.pdf (saude.pr.gov.br) 
PROCESSO DE LACTAÇÃO - Grande parte do leite da 
mama é produzida, enquanto a criança mama, sob o 
estímulo da prolactina. A ocitocina, liberada 
principalmente pelo estímulo provocado pela 
sucção da criança, também é disponibilizada em 
resposta a estímulos condicionados, tais como 
visão, cheiro e choro da criança, e a fatores de 
ordem emocional como motivação, autoconfiança e 
tranquilidade. Por outro lado, a dor, o 
desconforto, o estresse, a ansiedade, o medo, a 
insegurança e a falta de autoconfiança podem 
inibir a liberação da ocitocina, prejudicando a 
saída de leite da mama. 
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/1234
56789/11572/1/VFL05072018.pdf 
 
https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf
https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf
https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/11572/1/VFL05072018.pdf
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/11572/1/VFL05072018.pdf
	1)​Colostro 
	2)​Leite deTransição 
	3)​Leite Madurocom as não amamentadas, 
principalmente as com baixo peso de nascimento. 
Alguns defendem a presença de substâncias no 
leite materno que otimizam o desenvolvimento 
cerebral; outros acreditam que fatores 
comportamentais ligados ao ato de amamentar e à 
escolha do modo como alimentar a criança são os 
responsáveis. 
 
9- Melhor desenvolvimento da cavidade bucal 
O exercício que a criança faz para sucção do 
leite materno é importante para o 
desenvolvimento adequado de sua cavidade oral, 
propiciando uma melhor conformação do palato 
duro, para o alinhamento correto dos dentes. 
Quando o palato é empurrado para cima (uso de 
chupetas e mamadeiras), o assoalho da cavidade 
nasal se eleva, com diminuição do tamanho do 
espaço reservado para a passagem do ar, 
prejudicando a respiração nasal. 
Ajuda no desenvolvimento das estruturas orais, 
como lábios, língua, bochechas, palato duro e 
mole, responsáveis pelo funcionamento adequado 
das funções de respiração, sucção, mastigação, 
deglutição e fonoarticulação. 
Possibilita o crescimento harmonioso da face, 
promovendo a maturação das funções do sistema 
estomatognático (estruturas com função na 
mastigação, deglutição, sucção e fala). 
Assim, o desmame precoce pode prejudicar as 
funções de mastigação, deglutição, respiração e 
articulação dos sons da fala, ocasionar 
má-oclusão dentária, respiração bucal e 
alteração motora-oral. 
MATERNOS 
10- Proteção contra câncer de mama 
Já está bem estabelecida a associação entre 
aleitamento materno e redução na prevalência de 
câncer de mama. 
Dados: 
● Estima-se que o risco de contrair a 
doença diminua 4,3% a cada 12 meses de 
duração da amamentação. 
● Essa proteção independe de idade, etnia, 
paridade e presença ou não de menopausa. 
● O risco de a mulher que amamenta contrair 
câncer de mama é 22% menor comparado com 
o das mulheres que nunca amamentaram. 
Essa proteção aumenta com o tempo de 
amamentação, 
● Risco de 7% - somando o tempo de 
amamentação de todos os filhos, ele for 
inferior a 6 meses; 
● Risco de 9% - tempo for entre 6 e 12 
meses; 
● Risco de 26% se chegar a 1 ano. 
 
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
Mesmo se as mulheres desenvolverem câncer de 
mama e forem submetidas à cirurgia, as que 
amamentaram por mais de 6 meses têm um risco 3x 
menor de morrer pela doença, comparadas com as 
que amamentaram menos de 6 meses. 
Dessa forma, a amamentação, além de prevenir o 
aparecimento do câncer de mama, aumenta a 
sobrevida em mulheres com esse tipo de câncer. 
ebook_agosto_dourado_sbp.pdf 
Como isso ocorre? 
● Porque a gestação, seguida da 
amamentação, promove o amadurecimento das 
células mamárias e ajuda na prevenção da 
doença. 
● Está relacionado às concentrações do 
estrógeno, que reduzem durante o período 
de aleitamento. 
● Aumento do número de ciclos anovulatórios 
 
Também há relação entre a amamentação e a 
prevenção de outros câncer, como o de ovário. 
● Esse CA pode ser reduzido em até 30% se 
as mulheres amamentarem por mais tempo. 
● Para cada mês de amamentação, estima-se 
redução de 2% na chance de ter a doença. 
 
Menor risco ao câncer de endométrio. 
● As mulheres que amamentam têm risco 11% 
menor de desenvolver a doença, se 
comparadas às que nunca amamentaram. 
● Quanto maior a duração da amamentação, 
maior é o fator de proteção ao câncer de 
endométrio e ovário. 
 
11- Evita nova gravidez 
Chamado Método da Amenorréia Lactacional - LAM. 
Método anticoncepcional nos primeiros 6 meses 
após o parto (98% de eficácia). 
Se combinados: aleitamento materno exclusivo 
(sem chupeta e mamadeira) + amenorréia (ausência 
de menstruação durante 3 ciclos ou mais) + 
intervalo máximo entre as mamadas seja de 6 
horas e, portanto, maior intervalo interpartal. 
Dados: 
● Estudos comprovam que a ovulação nos 
primeiros seis meses após o parto está 
relacionada com o número de mamadas; 
assim, as mulheres que ovulam antes do 6º 
mês após o parto amamentam menos vezes 
por dia que as demais. 
 
Isso ocorre porque os hormônios envolvidos na 
produção de leite (prolactina) bloqueiam a 
ovulação. 
Estudos comprovam que dar água ou chá entre as 
mamadas interfere nesta proteção, pois o que 
estimula a produção do leite é a sucção do bebê, 
e os intervalos maiores entre as mamadas reduzem 
o processo, interferindo nos hormônios que 
impedem a ovulação. 
 
12- Diminui hemorragia e auxilia na perda peso 
Aleitamento materno imediato ao nascimento é 
essencial para auxiliar na prevenção de 
hemorragias no puerpério, que é a principal 
causa de morte materna atualmente. 
Mulheres que amamentam recuperam mais 
rapidamente o peso que possuíam antes da 
gravidez. 
 
13- Outras possíveis vantagens para as mulheres 
Além da proteção contra o câncer de mama, 
ovário, endométrio e diabete tipo 2. 
Outros benefícios maternos são a diminuição da 
possibilidade de desenvolver hipertensão 
arterial, obesidade e hiperlipidemia. 
Estudos mostraram que amamentar diminui os níveis 
da proteína C reativa, um marcador de inflamação 
que em taxas elevadas está associada a IAM e 
AVE. 
Proteção contra: hipercolesterolemia, 
hipertensão e doença coronariana; obesidade; 
doença metabólica; osteoporose e fratura de 
quadril; artrite reumatóide; depressão 
pós-parto; e diminuição do risco de recaída de 
esclerose múltipla pós-parto 
 
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/2022/agosto/12/ebook_agosto_dourado_sbp.pdf
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
 
14- Menores custos financeiros 
Não amamentar pode significar sacrifícios para 
uma família com pouca renda. 
Dependendo do tipo de fórmula infantil consumida 
pela criança, o gasto pode representar uma parte 
considerável dos rendimentos da família. 
A esse gasto devem-se acrescentar custos com 
mamadeiras, bicos e gás de cozinha, além de 
eventuais gastos decorrentes de doenças (mais 
comuns em crianças não amamentadas). 
 
15- Promoção do vínculo afetivo entre mãe e 
filho 
Benefícios psicológicos para a criança e para a 
mãe. 
Fortalece os laços afetivos entre eles, 
oportunizando intimidade, troca de afeto e 
sentimentos de segurança e de proteção na 
criança e de autoconfiança e de realização na 
mulher. 
● Sensação de proteção 
● Impacto positivo no desenvolvimento 
emocional da criança, tornando-a mais 
calma e tranquila 
● Regulação e manutenção da temperatura 
corporal do recém nascido 
● Estabilidade cardiorrespiratória 
● Na mulher - ocorre diminuição da dor 
causada pelo ingurgitamento mamário, 
sentimento de alívio, segurança e 
diminuição da ansiedade desenvolvida ao 
longo da gestação 
Essa mistura de sentimentos faz com que a mulher 
desvie sua atenção do desconforto e da dor do 
parto para o prazer de estar com o seu recém 
nascido. 
 
16- Melhor qualidade de vida 
Melhorar a qualidade de vida das famílias, uma 
vez que as crianças amamentadas adoecem menos, 
necessitam de menos atendimento médico, 
hospitalizações e medicamentos. 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude
_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf 
 
 
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/dow
nload/11208/11055/162975 
https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/o
utraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.p
df 
https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/
uploads/sites/10001/2018/06/027_os_beneficios_.p
df 
Estudos apontam que a amamentação exerce 
influência direta na aceitação de alimentos em 
fases posteriores da vida, indicando que 
crianças que foram amamentadas apresentam maior 
aceitação de frutas e legumes. Acredita-se que 
essa prática tenha influência na ingestão de 
ferro e vitamina A após a introdução da 
alimentação complementar. 
https://www.scielo.br/j/csc/a/qtC6NbFpmKhDdXBHzt
V79ts/?lang=pt&format=pdf 
 
2- Identificar a classificação do aleitamento 
materno 
Segundo a Organização Mundial da Saúde(OMS), o 
aleitamento materno costumaser classificado em: 
● Aleitamento materno exclusivo – quando a 
criança recebe somente leite materno, 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/11208/11055/162975
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/11208/11055/162975
https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf
https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf
https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf
https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/027_os_beneficios_.pdf
https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/027_os_beneficios_.pdf
https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/027_os_beneficios_.pdf
https://www.scielo.br/j/csc/a/qtC6NbFpmKhDdXBHztV79ts/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/csc/a/qtC6NbFpmKhDdXBHztV79ts/?lang=pt&format=pdf
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
direto da mama ou ordenhado, ou leite 
humano de outra fonte, sem outros líquidos 
ou sólidos, com exceção de gotas ou 
xaropes contendo vitaminas, sais de 
reidratação oral, suplementos minerais ou 
medicamentos. 
 
● Aleitamento materno predominante – quando 
a criança recebe, além do leite materno, 
água ou bebidas à base de água (chás) e 
sucos de frutas. 
 
● Aleitamento materno – quando a criança 
recebe leite materno (direto da mama ou 
ordenhado), independentemente de receber 
ou não outros alimentos. 
 
● Aleitamento materno complementado – 
quando a criança recebe, além do leite 
materno, qualquer alimento sólido ou 
semissólido com a finalidade de 
complementá-lo, e não de substituí-lo. 
 
● Aleitamento materno misto ou parcial – 
quando a criança recebe leite materno e 
outros tipos de leite. 
 
Saúde da criança : aleitamento materno e 
alimentação complementar (saude.gov.br) 
 
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquiv
os_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf 
 
https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfil
e.php/5752/mod_resource/content/1/ebook/4.html 
 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/24374
0/mod_resource/content/1/ALEITAMENTO%20MATERNO%2
02014.pdf 
 
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp
/2022/agosto/12/ebook_agosto_dourado_sbp.pdf 
 
 
3- Entender as contraindicações do 
aleitamento materno em condições especiais 
São poucas as situações em que pode haver 
indicação médica para a substituição parcial ou 
total do leite materno. 
 
Aleitamento materno não deve ser recomendado: 
• Mães infectadas pelo HIV 
• Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 
● Doença causada por vírus da mesma família 
do HIV, atinge os Linfócitos T; 
•Uso de medicamentos incompatíveis com a 
amamentação. 
● Alguns fármacos são considerados contra 
indicados absolutos ou relativos ao 
aleitamento materno (antineoplásicos e 
radiofármacos). 
 
• Criança portadora de galactosemia, doença rara 
em que ela não pode ingerir leite humano ou 
qualquer outro que contenha lactose. 
● Recomenda tomar leite de soja 
 
• Fenilcetonúria (necessita acompanhamento); 
 
• Síndrome da urina de xarope do bordo; 
● Erro inato do metabolismo, em que os 
aminoácidos de cadeia ramificada 
(leucina, isoleucina e valina) não são 
metabolizados adequadamente. O acúmulo 
desses aminoácidos compromete o bom 
funcionamento do SNC, sistema imune e 
músculos. 
● Possui um tratamento principalmente 
nutricional, com uma dieta restrita em 
leucina e livre de aminoácidos de cadeia 
ramificada. Por isso, recomenda-se que 
alimentos ricos em proteínas não sejam 
consumidos, como leite e derivados, 
carnes em geral, ovos, castanhas e 
chocolate. É recomendada também a 
suplementação dos aminoácidos que não 
estão sendo ingeridos. 
• Intolerância à glicose ou algum componente do 
leite; 
• Malformações fetais de orofaringe, esôfago e 
traqueia, cardiopatia e pneumonia grave, 
hiperbilirrubinemia grave; 
• Alterações da consciência da criança de 
qualquer natureza. 
 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf
https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfile.php/5752/mod_resource/content/1/ebook/4.html
https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfile.php/5752/mod_resource/content/1/ebook/4.html
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/243740/mod_resource/content/1/ALEITAMENTO%20MATERNO%202014.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/243740/mod_resource/content/1/ALEITAMENTO%20MATERNO%202014.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/243740/mod_resource/content/1/ALEITAMENTO%20MATERNO%202014.pdf
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/2022/agosto/12/ebook_agosto_dourado_sbp.pdf
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/2022/agosto/12/ebook_agosto_dourado_sbp.pdf
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
Interrupção temporária da amamentação: 
• Infecção herpética: quando há vesículas 
localizadas na pele da mama. A amamentação deve 
ser mantida na mama sadia; 
 
• Abscesso mamário: Até que o abscesso tenha 
sido drenado e a antibioticoterapia iniciada. A 
amamentação deve ser mantida na mama sadia. 
pdf3.pdf (saude.pr.gov.br) 
 
• Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele 
5 dias antes do parto ou até 2 dias após o 
parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que 
as lesões tomem a forma de crosta. 
● A criança deve receber Imunoglobulina 
Humana Antivaricela Zóster (Ighavz), 
disponível nos Centros de Referência de 
Imunobiológicos Especiais (CRIES), que 
deve ser administrada em até 96 horas do 
nascimento, aplicada o mais precocemente 
possível. 
 
• Doença de Chagas: na fase aguda da doença ou 
quando houver sangramento mamilar evidente. 
 
• Vacinas: Somente a vacina de febre amarela, em 
mães que estejam amamentando crianças abaixo de 
6 meses, tem como recomendação a suspensão do 
aleitamento materno por 10 dias. 
https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-
familias/nutricao/quando-amamentar-e-contraindic
ado/ 
• Consumo de drogas de abuso: 
● A Academia Americana de Pediatria 
contraindica o uso durante o período da 
lactação das drogas - anfetaminas, 
cocaína, heroína, maconha e fenciclidina. 
● A OMS considera que o uso de anfetaminas, 
ecstasy, cocaína, maconha e opióides não 
são contraindicadas durante a 
amamentação. 
 
Contudo, alerta que as mães que usam essas 
substâncias por períodos curtos devem considerar 
a possibilidade de evitar temporariamente a 
amamentação. 
 
Recomenda-se que as nutrizes não utilizem tais 
substâncias. Se usadas, deve-se avaliar o risco 
da droga versus o benefício da amamentação para 
orientar sobre o desmame ou a manutenção da 
amamentação. 
 
Drogas consideradas lícitas, como o álcool e o 
tabaco, também devem ser evitadas durante a 
amamentação. Contudo, nutrizes tabagistas devem 
manter a amamentação, pois a suspensão da 
amamentação pode trazer riscos ainda maiores à 
saúde do lactente. 
 
 
 
Condições maternas, o aleitamento materno não 
deve ser contraindicado: 
• Tuberculose: 
● Mães não tratadas ou ainda bacilíferas (2 
primeiras semanas após início do 
tratamento) - amamentar com o uso de 
máscaras e restrinjam o contato próximo 
com a criança por causa da transmissão 
por meio do trato respiratório. 
● Nesse caso, o recém-nascido deve receber 
isoniazida na dose de 10 mg/kg/dia por 
três meses. Após esse período, deve-se 
fazer teste tuberculínico (PPD): 
○ se reator, a doença deveser 
pesquisada, especialmente em 
relação ao acometimento pulmonar; 
se a criança tiver contraído a 
doença, a terapêutica deve ser 
reavaliada; em caso contrário, 
deve-se manter isoniazida por mais 
três meses; 
○ se o teste tuberculínico for não 
reator, pode-se suspender a 
medicação, e a criança deve 
receber a vacina BCG; 
 
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf
https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/nutricao/quando-amamentar-e-contraindicado/
https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/nutricao/quando-amamentar-e-contraindicado/
https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/nutricao/quando-amamentar-e-contraindicado/
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
 
• Hanseníase: A transmissão depende de contato 
prolongado da criança com a mãe sem tratamento, 
e considerando que a primeira dose de 
rifampicina é suficiente para que a mãe não 
transmita, deve-se manter a amamentação e 
iniciar tratamento da mãe; 
 
• Hepatite B: a vacina e a administração de 
imunoglobulina específica (HBIG) após o 
nascimento praticamente eliminam qualquer risco 
de transmissão da doença via leite materno; 
 
• Hepatite C: a prevenção de fissuras mamilares 
em lactantes HCV positivas é importante, uma vez 
que não se sabe se o contato da criança com 
sangue materno favorece a transmissão da doença; 
 
• Dengue: não há contraindicação da amamentação 
em mães que contraem dengue, pois há no leite 
materno um fator antidengue que protege a 
criança; 
● Isto porque o leite materno é rico em 
anticorpos e na parte gordurosa possui um 
fator antidengue que age como uma ação 
farmacológica, protegendo o bebê. 
 
• Consumo de cigarros: acredita-se que os 
benefícios do leite materno para a criança 
superem os possíveis malefícios da exposição à 
nicotina via leite materno. 
 
O profissional de saúde deve realizar abordagem 
cognitiva comportamental, que consiste em 
perguntar, avaliar, aconselhar, preparar e 
acompanhar a mãe fumante. 
● Deve alertar sobre os possíveis efeitos 
deletérios do cigarro para o 
desenvolvimento da criança, e a eventual 
diminuição da produção e da ejeção do 
leite. 
 
Para minimizar os efeitos do cigarro para a 
criança, as mulheres que não conseguirem parar 
de fumar devem ser orientadas a reduzirem o 
máximo possível o número de cigarros. 
Se não for possível a cessação do tabagismo, 
procurar fumar após as mamadas (o pico de 
nicotina no sangue diminuiria até a próxima 
mamada) e a não fumarem no ambiente em que a 
criança se encontra. 
 
• Consumo de álcool: Deve-se desestimular as 
mulheres que estão amamentando a ingerirem 
álcool. 
A ingestão de doses iguais ou maiores que 
0,3g/kg de peso pode reduzir a produção láctea. 
O álcool pode modificar o odor e o sabor do 
leite materno levando a recusa pelo lactente. 
 
Saúde da criança : aleitamento materno e 
alimentação complementar (saude.gov.br) 
https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento
-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-
mais-comuns/ 
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de
-a-a-z/t/toxoplasmose/arquivos/nota-tecnica-no-3
3-2018-cgscam-dapes-sas-ms 
MUITO ESPECÍFICO - 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amame
ntacao_uso_medicamentos_outras_substancias.pdf 
https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/vie
w/379 
https://www.sanarmed.com/aleitamento-materno-tip
os-beneficios-e-contraindicacoes-colunistas 
FÁRMACOS 
A maioria dos medicamentos é compatível com a 
amamentação, poucos são contraindicados e alguns 
requerem cautela ao serem utilizados durante a 
amamentação, devido aos riscos de efeitos 
adversos nos lactentes. 
O princípio fundamental da prescrição de 
medicamentos para mães lactantes baseia-se 
sobretudo no risco X benefício. 
 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-mais-comuns/
https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-mais-comuns/
https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-mais-comuns/
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/t/toxoplasmose/arquivos/nota-tecnica-no-33-2018-cgscam-dapes-sas-ms
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/t/toxoplasmose/arquivos/nota-tecnica-no-33-2018-cgscam-dapes-sas-ms
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/t/toxoplasmose/arquivos/nota-tecnica-no-33-2018-cgscam-dapes-sas-ms
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amamentacao_uso_medicamentos_outras_substancias.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amamentacao_uso_medicamentos_outras_substancias.pdf
https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/379
https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/379
https://www.sanarmed.com/aleitamento-materno-tipos-beneficios-e-contraindicacoes-colunistas
https://www.sanarmed.com/aleitamento-materno-tipos-beneficios-e-contraindicacoes-colunistas
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
Classificação dos Fármacos para uso durante a 
amamentação 
Fármacos seguros para uso durante a amamentação: 
Aqueles cujo uso por nutrizes não apresentou 
efeitos adversos sobre o lactente ou o 
suprimento lácteo. 
Fármacos moderadamente seguros para uso durante 
a amamentação: Não há estudos controlados em 
nutrizes, contudo, existe risco de efeitos 
adversos em lactentes ou estudos mostraram 
efeitos adversos pouco significativos. Deve-se 
manter a amamentação e observar o lactente. 
Fármacos que devem ser usados com cautela 
durante a amamentação: Existem evidências de 
risco de dano à saúde do lactente ou à produção 
láctea. Esses medicamentos devem ser utilizados 
levando-se em conta a relação risco-benefício ou 
quando fármacos mais seguros não estão 
disponíveis ou são ineficazes. Recomenda-se 
utilizar esses medicamentos durante o menor 
tempo e na menor dose possível, observando mais 
rigorosamente os efeitos sobre o lactente. 
Fármacos contra indicados durante a amamentação: 
Existem evidências de danos significativos à 
saúde do lactente. O risco do uso do medicamento 
pela nutriz claramente é maior que os benefícios 
do aleitamento materno. Esses fármacos exigem a 
interrupção da amamentação. 
 
 
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
 
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
pdf3.pdf 
(saude.pr.gov.br) (pag 10) 
 
4- Conhecer as consequências do uso precoce 
do leite de vaca 
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/dow
nload/25554/23377/313044 
A alimentação é um dos fatores que mais 
interfere na saúde da criança. 
 
A primeira infância é um estágio da vida 
biologicamente vulnerável, logo, uma alimentação 
e nutrição adequadas são fundamentais para 
garantir a manutenção da saúde, do crescimento e 
desenvolvimento infantil. 
 
A Sociedade Brasileira de Pediatria (2012) 
destaca a importância da nutrição infantil 
quando ressalta que a alimentação, por ser 
simples e cotidiana, é reconhecida como uma das 
principais maneiras de manter a saúde, sendo de 
fundamental relevância para o desenvolvimento do 
bebê tanto na vida gestacional quanto 
extra-uterina. 
 
O Ministério da Saúde recomenda que crianças 
amamentem exclusivamente no peito até os seis 
meses de vida e, após esse período, deverá ser 
dada alimentação complementar apropriada, sem 
parar com a amamentação até pelo menos 2 anos de 
idade. 
 
Pesquisas têm registrado, no Brasil, a baixa 
prevalência do aleitamento materno exclusivo até 
os 6 meses, sendo substituído pelo leite de vaca 
que, além de não suprir as necessidades de ferro 
e de outros nutrientes essenciais, ainda 
mostra-se como fator de risco para o 
desenvolvimento adequado das crianças. 
 
O leite de vaca é muito diferente do leitehumano em quantidade e qualidade de nutrientes. 
De acordo com a Sociedade Brasileira de 
Pediatria, o leite de vaca não é um alimento 
recomendado para crianças menores de 1 ano. 
 
Quando adotado antes de 1 ano, o leite de vaca 
pode ser um determinante de algumas doenças como 
diabetes mellitus tipo 1 e é um alimento muito 
alergênico para crianças e seu consumo tem sido 
associado ao desenvolvimento de atopia 
(hipersensibilidade tipo 1). 
 
Podendo causar contaminações, alergias, 
diminuição na absorção de outros nutrientes, uma 
vez que, o leite de vaca tem a capacidade de 
 
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/25554/23377/313044
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/25554/23377/313044
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
inibir a absorção de ferro nos demais alimentos 
ingeridos, podendo elevar o risco de anemia e 
implicar no risco do desmame precoce. 
 
A APLV é o tipo de alergia alimentar mais comum 
nas crianças até 24 meses e é caracterizada pela 
reação do sistema imunológico às proteínas do 
leite, principalmente à caseína (proteína do 
coalho) e às proteínas do soro 
(alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina). 
Nos 2 primeiros anos de vida a APLV é a alergia 
alimentar mais frequente em crianças que já 
recebem alguma fórmula infantil ou leite de vaca 
integral, tendo em vista que geralmente sua 
introdução é precoce. Cabe destacar que o leite 
materno não desencadeia alergia. 
http://sban.cloudpainel.com.br/source/SBAN_Impor
tancia-do-consumo-de-leite.pdf 
 
COMPOSIÇÃO 
O leite de vaca tem muito mais proteínas que o 
leite humano e essas proteínas são diferentes das 
do leite materno. A principal proteína do leite 
materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é 
a caseína, de difícil digestão para a espécie 
humana. 
 
O leite de vaca possui 87% de água e 13% de 
componentes sólidos 
● divididos entre cerca de 4% a 5% de 
carboidratos 
● 3% de proteínas 
● 3% a 4% de lipídios (em sua maior parte 
saturados) 
● 0,8% de minerais e 0,1% de vitaminas. 
 
Elevada quantidade de proteínas, elevados teores 
de sódio, de cloretos, de potássio e de fósforo 
em quantidades insuficientes de carboidratos, de 
ácidos graxos essenciais, de vitaminas e de 
minerais para essa faixa etária. 
 
Cadernos de Atenção Básica - Saúde da Criança 
(Aleitamento Materno e Alimentação Complementar) 
2ª edição 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude
_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf 
Página 120 
De acordo com inquérito nacional entre as 
crianças que recebiam outros leites, o leite de 
vaca foi consumido por 
● 62,4% das crianças menores de 6 meses 
● 74,6% das crianças de 6 a 12 meses 
● aproximadamente 80% das crianças maiores 
de 12 meses. 
 
O consumo de fórmulas infantis foi de 23% em 
crianças menores de seis meses, 9,8% na idade de 
6 a 12 meses e menor 1% nas demais idades. O 
consumo de leite de soja variou de 14,6% a 20% 
nas idades investigadas. 
 
Apesar do leite de vaca, fluido ou em pó, não 
ser a melhor opção de alimentação para crianças 
menores de 12 meses, esse alimento é o único 
alimento disponível em função do baixo custo, 
quando comparado às fórmulas infantis 
disponíveis no mercado. 
● profissionais de saúde saibam orientar as 
mães, famílias e cuidadores quanto à 
utilização mais adequada e segura, quando 
esgotadas todas as possibilidades de 
relactação para manutenção do aleitamento 
materno e impossibilidade financeira para 
aquisição de fórmula. 
 
 
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/
23888/1/MELO%2C%20MARIANA%20RODRIGUES.pdf 
 
 
http://sban.cloudpainel.com.br/source/SBAN_Importancia-do-consumo-de-leite.pdf
http://sban.cloudpainel.com.br/source/SBAN_Importancia-do-consumo-de-leite.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23888/1/MELO%2C%20MARIANA%20RODRIGUES.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23888/1/MELO%2C%20MARIANA%20RODRIGUES.pdf
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
5- Evidenciar a composição do leite materno e 
sua superioridade 
Apesar de a alimentação variar entre as pessoas, 
o leite materno apresenta composição semelhante 
para todas as mulheres que amamentam. 
 
 
Assim como o organismo da mulher e do bebê 
passam por mudanças, o leite materno também se 
transforma e se adapta de acordo com as 
necessidades da criança. Ele pode ser dividido 
em 3 fases: 
1) Colostro 
Produzido no 2º trimestre de gestação até os 
primeiros dias pós-parto (até o 5º dia). 
 
Nos primeiros dias de vida, o estômago do bebê 
ainda é pequeno e comporta entre 5 e 27 ml de 
leite, por isso as mamadas são mais curtas e 
frequentes. Com o passar do tempo, as mamadas se 
tornam mais espaçadas e longas. 
 
A sua cor inicial é transparente ou amarelada, e 
seu aspecto é mais espesso, tornando-se mais 
líquido no fim da gestação e logo após o parto 
para atender as necessidades do RN. 
 
Contém mais proteínas, mais albumina e 
globulinas, baixa concentração de lactose, 
gorduras e grande concentração de sais minerais, 
fatores de crescimento e fatores imunológicos 
como a imunoglobulina A secretora e menos 
gorduras do que o leite maduro, ou seja, o leite 
secretado a partir do 7º ao 10º dia pós-parto. 
 
O leite e o colostro também contêm linfócitos T 
e B que estimulam o sistema imunológico do RN, 
monócitos, neutrófilos e células epiteliais. 
Vista do ALEITAMENTO MATERNO: CONDIÇÕES 
ESPECIAIS E CONTRAINDICAÇÕES (revistajrg.com) 
 
2) Leite de Transição 
Entre o 6º e o 15º dia após o nascimento do bebê, 
o corpo da mulher passa a produzir um leite mais 
denso e volumoso, chamado leite de transição. 
Ele é rico em gorduras e carboidratos. 
3) Leite Maduro 
O leite já maduro começa a ser produzido por 
volta do 25º dia e possui uma aparência 
consistente e esbranquiçada. Ele é composto por 
proteínas, gorduras, carboidratos e outros 
nutrientes. É importante lembrar que não existe 
leite fraco. O tipo e a quantidade de leite 
materno produzido pelo corpo da mulher são 
ideais e adequados para cada fase de vida do 
bebê. 
O leite de mães de recém-nascidos prematuros é 
diferente do de mães de bebês a termo. 
● O leite das mães de prematuros contém 
mais gorduras e imunoglobulina secretora 
do que o de mães de bebês de termo. 
 
 
 
A concentração de gordura no leite aumenta no 
decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final 
da mamada (leite posterior) é mais rico em 
energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí 
a importância de a criança esvaziar bem a mama. 
 
O leite materno contém lipídios, proteínas, 
carboidratos, vitaminas, minerais, substâncias 
imunocompetentes (imunoglobulina A, enzimas, 
 
https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/379/454
https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/379/454
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interferon), além de fatores tróficos ou 
moduladores de crescimento. 
 
Modificação da composição nutricional: 
Período de gestação, o estágio de lactação 
(colostro/leite de transição/leite maduro), a 
fisiologia circadiana, duração da mamada (fração 
emulsão, suspensão ou solução), características 
maternas, etc. 
 
 
 
ÁGUA 
Maior componente do leite e desempenha papel na 
regulação da temperatura corporal. 
Na água estão dissolvidos ou suspensos as 
proteínas, os compostos nitrogenados não 
protéicos, os carboidratos, os minerais e as 
vitaminas hidrossolúveis (C e Complexo B). 
Já que a maior concentração do leite é de água, 
então não há necessidade de dar água para o bebê 
mesmo em dias quentes. 
 
FATORES IMUNOLÓGICOS 
O leite humano possui numerosos fatoresimunológicos que protegem a criança contra 
infecções. 
A IgA secretória é o principal anticorpo, 
atuando contra microrganismos presentes nas 
superfícies mucosas. 
● Os IgA no leite humano são um reflexo dos 
antígenos entéricos e respiratórios da 
mãe, ou seja, ela produz anticorpos 
contra agentes infecciosos com os quais 
já teve contato, proporcionando proteção 
à criança. 
● A concentração de IgA no leite materno 
diminui ao longo do 1º mês, permanecendo 
relativamente constante a partir de 
então. 
 
Além da IgA, o leite materno contém outros 
fatores de proteção, tais como anticorpos IgM e 
IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, 
lactoferrina, lisozima e fator bífido. 
 
Fator bífido: Favorece o crescimento do 
Lactobacillus bifidus, uma bactéria não 
patogênica que acidifica as fezes, dificultando 
a instalação de bactérias que causam diarreia, 
tais como Shigella, Salmonella e Escherichia 
coli. 
 
Alguns dos fatores de proteção do leite materno 
são total ou parcialmente destruídos pelo calor, 
razão pela qual o leite humano pasteurizado 
(submetido a uma temperatura de 62,5 ºC por 30 
minutos) não tem o mesmo valor biológico que o 
leite cru. 
Saúde da criança : aleitamento materno e 
alimentação complementar (saude.gov.br) 
VFL05072018.pdf (ufpb.br) 
 
CARBOIDRATOS 
A lactose é o principal carboidrato encontrado 
(70% do conteúdo de carboidrato) fornecendo 
cerca de 45 a 50% do conteúdo energético total e 
apresenta uma importante função na síntese 
láctea, absorção do cálcio e fornece galactose 
para a mielinização do sistema nervoso central, 
além de energia. 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/11572/1/VFL05072018.pdf
Tifanny Kauri 
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Sua concentração no colostro oscila ao redor de 
5,3 g/dl, elevando-se para 7 g/dl no leite 
maduro. 
 
A glicose é encontrada no leite humano em 
quantidades mais baixas (0,02 g/L)/ (14 mg/dl) 
em relação à lactose. 
 
Outros carboidratos estão presentes no leite 
humano como galactose (12 mg/dl), 
oligossacarídeos complexos (500 a 1200 mg/dl) 
glicolipídios, nucleotídeos, glicoproteínas e 
oligossacarídeos. 
● Alguns oligossacarídeos exercem atividade 
biológica nas crianças, como a de inibir 
a ligação de patógenos aos seus 
receptores e a de promover o crescimento 
de espécies de bifidobactérias no 
intestino. 
 
LIPÍDEOS 
Constituinte mais variável e é responsável por 3 
a 5% da composição do leite humano. 
 
Seu conteúdo no leite maduro varia entre 3 e 4 
g/dl, aproximadamente 45 a 55% do valor calórico 
total; já o colostro possui concentração 
lipídica algo menor, em torno de 1,8 a 2,9 g/dl, 
que se eleva para valores intermediários (2,9 a 
3,6 g/dl) no leite de transição. 
 
As células mamárias alveolares sintetizam a 
gordura láctea, sendo essa síntese estimulada 
pelo esvaziamento da mama, especialmente através 
da amamentação, e ainda pela prolactina, 
secretada no lobo anterior da hipófise. 
 
A maior proporção da gordura láctea é formada a 
partir dos lipídios circulantes, derivados da 
dieta e dos depósitos maternos. Ademais, parte 
da gordura do leite humano pode ser sintetizada 
“de novo” na glândula mamária a partir da 
glicose, resultando na formação dos ácidos 
graxos saturados. 
Os ácidos graxos são componentes importantes do 
cérebro e do sistema nervoso.Como no 1º ano de 
vida ocorre intenso crescimento e diferenciação 
cerebral nos RN pré-termo, a ingestão desses 
ácidos graxos de cadeia longa é de grande 
relevância, uma vez que são de grande 
importância para o desenvolvimento cerebral. 
Sendo estratificado em triacilgliceróis (98%), 
fosfolipídios (1% / 0,7%), esteróis (0,5%) e 
produtos da lipólise, tais como ácidos graxos 
livres, mono e diacilgliceróis. 
Os valores de gordura e de calorias mostraram-se 
menores no leite das mães que tiveram HAS na 
gestação, quando comparados aos das mães que não 
apresentaram tal condição. 
Outra variável que mostrou alteração na 
composição de gordura e de caloria foi a idade 
materna: mães com idade igual ou superior a 35 
anos apresentaram maior concentração desses 
macronutrientes, quando comparadas com aquelas 
com idade menor que 35 anos. 
https://www.scielo.br/j/rpp/a/sswYBk6LzS35Kq3vCm
NHW7n/?format=pdf&lang=pt 
 
PROTEÍNAS 
São qualitativamente diferentes em relação às de 
outros animais. 
O colostro é rico em proteínas protetoras 
especialmente a imunoglobulina secretória A, que 
age contra infecções e alergia alimentar. 
O leite maduro contém mais proteínas nutritivas 
que o colostro. As proteínas presentes no leite 
são a caseína e as proteínas do soro. 
 
O leite humano fornece ao ser humano todos os 
aminoácidos essenciais (isoleucina, lisina, 
leucina, triptofano, treonina, metionina, 
fenilalanina, valina e taurina). 
 
As proteínas do soro constituem, no leite humano, 
cerca de 60 a 90% de seu teor proteico total. 
 
Estima-se que logo após o nascimento, na 1ª 
semana de vida, a quantidade de proteína no leite 
humano seja em torno de 2 g/100 mL, mas esta 
 
https://www.scielo.br/j/rpp/a/sswYBk6LzS35Kq3vCmNHW7n/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/rpp/a/sswYBk6LzS35Kq3vCmNHW7n/?format=pdf&lang=pt
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quantidade varia de acordo com a idade 
gestacional e diminui ao longo do tempo, tendo o 
leite maduro valores próximos a 1,2 g/100 mL. 
 
Sua composição inclui a alfa-lactalbumina, a 
lactoferrina, a lisozima, a soro albumina, as 
imunoglobulinas e a beta-lactoglobulina. 
 
α-lactalbumina 
No leite humano, 80% (ou 40%) das proteínas advêm 
dela 
● Necessária para o transporte de ferro e 
síntese de lactose na glândula mamária. 
 
A lactoferrina, a lisozima e as imunoglobulinas 
(especialmente a IgA secretória) 
Envolvidas no sistema de proteção. 
 
● lactoferrina; glicoproteína presente em 
concentrações elevadas no leite humano 
sob forma insaturada, possui a 
propriedade de ligar-se ao ferro, 
impedindo os microrganismos patogênicos 
de utilizar esse mineral para seu 
metabolismo. Efeito bacteriostático 
semelhante ao da lactoferrina também é 
exercido por outras proteínas presentes no 
leite humano, tais como aquelas que se 
ligam ao ácido fólico e à vitamina B12. 
● Lisozima: enzima com ação lítica da 
parede celular bacteriana de 
microrganismos suscetíveis através da 
clivagem de peptideoglicanos, é 
encontrada em maior quantidade no leite 
maduro, ao contrário dos demais fatores 
da defesa, mais concentrados no colostro. 
Sua ação é sinérgica à da lactoferrina e 
à da IgA secretória, possuindo efeito 
bactericida contra a maioria das 
bactérias Gram positivas e algumas Gram 
negativas. 
● IgA secretória: representa cerca de 90% 
das imunoglobulinas presentes no colostro 
e leite maduro. Trata-se de glicoproteína 
com estrutura molecular especial que lhe 
confere maior resistência às alterações 
de pH e a digestão por enzimas 
proteolíticas. Tem a propriedade de se 
ligarem às membranas mucosas, impedindo a 
aderência dos microrganismos patogênicos. 
Age ainda através da aglutinação de 
microrganismos e da neutralização de 
enterotoxinas. 
 
Caseína: proteína láctea encontrada em 
concentrações variáveis nas diferentes espécies 
de mamíferos, é altamente resistente ao calor, 
sofrendo precipitação em pH igual ou inferior a 
cinco ou por ação enzimática. 
Existem vários subtipos de caseína, predominando 
no leite humano, as frações beta-caseína (50%) e 
kappa-caseína (20 a 27%). 
● Existe elevação do teor da caseína do 
leite humano durante a lactação, 
acompanhada de concomitante decréscimo 
dos níveis de proteínas do soro. 
● A relação de proteínas do soro/caseína no 
leite humano é aproximadamente 80/20. 
● Assim, a relação proteínas do 
soro/caseína, que éde 90:10 no início da 
lactação, modifica-se rapidamente no 
decorrer da mesma, atingindo valores de 
60:40 ou até de 50:50 na fase do leite 
maduro. 
● A caseína é constituída por um grupo de 
subunidades que tem a propriedade de 
formar micelas estáveis com cálcio e 
fósforo, conferindo a aparência branca do 
leite. 
● Tais micelas favorecem o transporte 
desses minerais em quantidades maiores do 
que seria possível apenas através de sua 
solubilidade. As micelas do leite humano 
são pequenas, sendo seus coalhos, ou 
seja, os complexos insolúveis formados em 
decorrência da precipitação da caseína, 
mais tênues e frágeis. Tais 
características reduzem o tempo de 
esvaziamento gástrico, contribuindo para 
a maior digestibilidade do leite humano. 
 
Taurina: aminoácido essencial para o RN, em 
especial para o RN pré-termo, exerce importante 
papel na conjugação de sais biliares, aumentando 
 
Tifanny Kauri 
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a absorção lipídica, bem como no transporte de 
zinco; encontrada em concentrações elevadas em 
tecido cerebral e ainda em tecido retiniano. 
 
Glutamina: Aminoácido essencial, promove o 
crescimento de epitélio intestinal, sendo o 
principal combustível desse órgão durante o 
período de estresse. 
 
Carnitina: Aminoácido também presente na fração 
solúvel do leite humano, parece não ser 
sintetizada por RN pré-termo em quantidade 
suficiente para suas necessidades; daí a 
importância de sua inclusão na dieta de tais RN. 
● Tem atuação marcante no metabolismo dos 
ácidos graxos de cadeia longa, 
facilitando seu transporte através da 
membrana mitocondrial, que permite a sua 
oxidação e parcial conversão a cetonas no 
fígado. 
 
Os aminoácidos taurina, glutamina e carnitina 
têm sido acrescentados às fórmulas lácteas 
destinadas a RN pré-termo, em concentrações 
semelhantes àquelas do leite humano, numa 
tentativa de reproduzir suas importantes 
funções. 
 
DADOS: Um estudo com 46 mulheres, avaliaram 
fatores associados a modificação da composição 
nutricional do leite humano e das concentrações 
de IgA, dentre esses se destacou o fumo. 
Os autores observaram que o leite das mulheres 
fumantes continha menos lipídios e proteínas. 
Além disso, observaram que a concentração de IgA 
foi inferior entre as fumantes. 
 
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/ici
ct/34708/leila_silva_iff_mest_2018.pdf;jsessioni
d=33008464268D886D0D59EAABD8A33459?sequence=2 
 
O leite humano possui uma composição nutricional 
balanceada, que inclui um grande número dos 
condicionalmente essenciais e de aproximadamente 
45 tipos diferentes de fatores bioativos; muitos 
desses fatores parecem contribuir para o 
crescimento e desenvolvimento do RN, bem como 
para a maturação de seu trato gastrointestinal. 
Dentre eles destacam-se fatores antimicrobianos, 
agentes antiinflamatórios, enzimas digestivas, 
vários tipos de hormônios e fatores de 
crescimento. 
 
VITAMINAS E MINERAIS 
O conteúdo mineral no colostro é superior ao do 
leite maduro. 
Os minerais presentes no leite são classificados 
em: 
Macrominerais encontrados em maior quantidade: 
potássio, cloreto, cálcio, sódio, fósforo, 
sulfato e magnésio. 
O fator responsável pelas maiores variações nos 
níveis lácteos desses macrominerais é o tempo de 
lactação: enquanto os conteúdos de sódio e 
cloreto diminuem com o passar dos meses, aqueles 
de potássio, cálcio, fósforo e magnésio se 
elevam. 
 
Microminerais em menor quantidade 
(oligoelementos): zinco, ferro, cobre, iodeto, 
cromo, selênio, flúor, manganês, molibdênio, 
cobalto, crômio, níquel e cádmio. 
● Zinco é essencial ao organismo, 
encontra-se em maior quantidade no 
colostro, atendendo às necessidades do 
lactente. 
● Ferro garante o aporte necessário à 
criança em aleitamento materno exclusivo. 
● Cobre, selênio, cromo, molibdênio e 
níquel desempenham papel fundamental no 
desenvolvimento e crescimento infantis. 
 
Vitaminas hidrossolúveis 
A maioria das vitaminas hidrossolúveis têm 
concentrações baixas no colostro, que aumentam 
no decorrer da lactação. 
 
A vitamina B2 (riboflavina) pode fugir a essa 
regra, pois seu nível lácteo, bastante 
influenciado pela dieta materna, costuma ser 
elevado no início da lactação e decair durante os 
meses seguintes. 
 
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/34708/leila_silva_iff_mest_2018.pdf;jsessionid=33008464268D886D0D59EAABD8A33459?sequence=2
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/34708/leila_silva_iff_mest_2018.pdf;jsessionid=33008464268D886D0D59EAABD8A33459?sequence=2
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/34708/leila_silva_iff_mest_2018.pdf;jsessionid=33008464268D886D0D59EAABD8A33459?sequence=2
Tifanny Kauri 
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Vitaminas lipossolúveis 
Suas concentrações são geralmente mais elevadas 
no colostro, sofrendo queda progressiva com o 
transcorrer da lactação 
https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/do
wnload/62475/65272/81531 
https://revistas.ufpr.br/academica/article/downl
oad/50597/31869 
O colostro, além de proteínas e alguns minerais, 
também apresentam maiores teores de betacaroteno 
e demais vitaminas lipossolúveis. 
A vitamina D e K está presente no soro e na 
fração lipídica do leite em quantidades não 
suficientes. A vitamina K, que é administrada no 
bebê logo após o nascimento, ainda na sala de 
parto, e a vitamina D precisa ser reposta quando 
a exposição solar não for suficiente. 
O teor de vitamina E associa-se diretamente ao 
teor de lipídio e de ácido linoléico, presentes 
no leite humano. 
pdf3.pdf (saude.pr.gov.br) (pag 7) 
 
6- Descrever o processo de introdução 
alimentar 
Após os seis meses é importante manter o 
aleitamento materno e introduzir alimentos 
variados e saudáveis; pois a partir dessa idade, 
a alimentação tem a função de complementar a 
energia e outros nutrientes necessários para o 
crescimento saudável e pleno desenvolvimento das 
crianças. 
Essa garantia de suprir adequadamente os 
nutrientes para o crescimento e desenvolvimento 
da criança após os seis meses de vida depende da 
disponibilidade de nutrientes proveniente do 
leite materno e da alimentação complementar. 
 
Ao orientar o planejamento da alimentação da 
criança, deve-se procurar respeitar os hábitos 
alimentares e as características socioeconômicas 
e culturais da família, bem como priorizar a 
 
https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/download/62475/65272/81531
https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/download/62475/65272/81531
https://revistas.ufpr.br/academica/article/download/50597/31869
https://revistas.ufpr.br/academica/article/download/50597/31869
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf
Tifanny Kauri 
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oferta de alimentos regionais, levando em 
consideração a disponibilidade local de 
alimentos. 
VFL05072018.pdf (ufpb.br) 
 
A partir dos 6 meses, oferecer além do leite 
materno, alimentos in natura e minimamente 
processados. 
 
Exceções na introdução alimentar 
Em situações específicas (a mãe voltar ao 
trabalho em menos de 6 meses; a criança não 
ganha peso de maneira adequada ou mesmo 
problemas com a amamentação) é necessário entrar 
com as fórmulas infantis ou até mesmo iniciar a 
introdução alimentar antes dos 6 meses. 
 
O que são alimentos in natura e minimamente 
processados? 
In natura: obtidos diretamente das plantas ou 
dos animais e não sofrem qualquer alteração após 
deixar a natureza. 
Minimamente processados: Passam por alguma 
modificação, como limpeza, remoção de partes 
indesejáveis, moagem, fermentação, 
pasteurização, refrigeração, congelamento ou 
processos semelhantes que não envolvam a adição 
de sal, açúcar, óleos, gorduras ou qualquer 
outra substância ao alimento original. 
 
Como montar o prato do bebê? 
Selecionar 1 alimento de cada grupo: 
• Grupo das carnes e ovos: Carne bovina, frango, 
carne desuíno, peixe, miúdos, ovos e outras 
carnes. 
● ricos em proteínas, ferro, zinco e 
vitamina B12. 
 
• Grupo das leguminosas: Feijão (fradinho/ 
preto/ rajado/ vermelho), lentilha, ervilha, 
grão de bico. 
● ricos em proteínas, fibras e vitaminas do 
complexo B. 
● são boas fontes de ferro, mas para uma 
adequada absorção devem ser consumidos 
junto com alimentos ricos em vitamina C. 
 
• Grupo de cereais, raízes e tubérculos: Aipim, 
inhame, batata inglesa/ doce, cará, angu, milho, 
arroz. 
● ricos em carboidratos e vitaminas do 
complexo B. 
 
• Grupo de legumes e verduras: Abóbora, 
abobrinha, cenoura, chuchu, quiabo, espinafre, 
couve, beterraba, agrião, entre outros. 
● hortaliças verdes: ricos em fibras, 
vitaminas e minerais (especialmente 
magnésio, ferro, cálcio e vitaminas do 
complexo B). 
● hortaliças coloridas: ricos em fibras, 
vitaminas, minerais e antioxidantes como 
betalaína e betacaroteno (precursor de 
vitamina A). 
 
 
 
 
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/11572/1/VFL05072018.pdf
Tifanny Kauri 
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Não oferecer alimentos batidos e peneirados na 
forma de papa; 
Respeitar os sinais de saciedade do bebê. 
 
Segundo o Ministério da Saúde a orientação é de 
inicialmente ofertar alimentos em consistência 
em forma de papas e purês, e com o passar do 
tempo a evolução de consistência deve ser 
adaptada para papas com pedaços maiores de 
alimentos por volta dos 12 meses de idade da 
criança. 
 
• A introdução dos alimentos deve ser feita aos 
6 à 8 meses, ou seja, nesse tempo o bebê deve 
ser exposto a todos os alimentos que são 
permitidos para essa idade. 
 
 
Introdução alimentar: 6 meses 
• Continuar o aleitamento materno 
• Inicia a oferta de água 
• 2 pequenas refeições (café da manhã e lanche: 
leite materno + fruta (antigamente - papa de 
fruta) 
• 1 grande refeição (almoço ou jantar/ 
antigamente = papa salgada) 
 
Consistência: alimentos separados no prato, com 
textura úmida, amassados ou cortados em pedaços 
pequenos 
Quantidade: 2 a 3 colheres de sopa nas grandes 
refeições 
 
Introdução alimentar: 7-8 meses 
• Continuar o aleitamento materno 
• 2 pequenas refeições (café da manhã e lanche: 
leite materno + fruta) 
• 2 grandes refeições (almoço e jantar) 
 
Quantidade: 3-4 colheres de sopa por refeição 
• Estimular a criança no momento da refeição: 
Dar a colher para a criança tentar comer 
sozinha; deixar que ela pegue os alimentos com 
as mãos. 
 
Introdução alimentar: 9-11 meses 
• Continuar o aleitamento materno 
• 2 pequenas refeições (café da manhã e lanche: 
leite materno + fruta) 
• 2 grandes refeições (almoço e jantar) 
Quantidade: 4-5 colheres de sopa 
 
Consistência: alimentos picados e carne 
desfiada. 
 
Introdução alimentar: 1 -2 anos 
• Continuar o aleitamento materno 
• 2 pequenas refeições (café da manhã e lanche: 
leite materno + fruta ou tubérculo/ 
raiz/cereais) 
• 2 grandes refeições (almoço e jantar) 
 
Quantidade: 5 – 6 colheres de sopa 
Não usar distratores (telas) durante as 
refeições. 
 
Orientações complementares 
Não oferecer suco antes de 1 ano de idade 
 
Suco: 
• Tem menos fibra 
• Mais calorias 
• Promove menos saciedade 
• Pode dificultar a aceitação de água 
• Está associado cárie e ganho de peso excessivo 
• Menor estímulo à mastigação. 
 
 
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
De 1 a 3 anos: No máximo 120 ml de suco natural 
sem açúcar por dia, após uma grande refeição 
(almoço/jantar). 
 
Não oferecer açúcar, nem preparações que 
contenham açúcar até 2 anos de idade. 
● O consumo de açúcar na idade precoce 
aumenta a chance de obesidade e cárie. 
● As crianças têm uma preferência inata ao 
sabor doce. A exposição frequente a esses 
alimentos reforça essa preferência 
podendo reduzir a aceitação de legumes e 
verduras 
 
Não oferecer mel antes de 2 anos de idade 
● O mel é proibido antes de 1 ano de idade 
devido a possibilidade de intoxicação por 
esporos de C. Botulinum e presença de 
açúcar na composição. 
 
Não oferecer alimentos ultra processados a 
criança 
● O consumo excessivo de ultraprocessados 
está relacionado com doenças 
cardiovasculares, obesidade, diabetes e 
câncer. 
● Possuem grandes quantidades de açúcar e 
sódio na sua composição, além de diversos 
aditivos químicos. 
 
De 6 -12 meses a comida do bebê não deve conter 
sal 
A partir de 1 ano de idade a criança já pode 
comer a mesma comida da família, apenas adequando 
a quantidade e consistência de acordo com a 
idade,sendo preparada com temperos naturais, 
quantidade moderada de gordura e quantidades 
mínimas de sal. 
 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/59
7374/2/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20alimentar%20para%2
0beb%C3%AAs.pdf 
 
 
O guia alimentar para crianças menores de dois 
anos publicado em 2015, nos traz os 10 passos 
para uma alimentação saudável 
PASSO 1 – Dar somente leite materno até os 6 
meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro 
alimento. 
 
PASSO 2 – A partir dos seis meses, oferecer de 
forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo 
o leite materno até os 2 anos de idade ou mais. 
 
PASSO 3 – A partir dos 6 meses, dar alimentos 
complementares (cereais, tubérculos, carnes, 
frutas e legumes) 3 vezes ao dia se a criança 
receber leite materno e 5 vezes ao dia se 
estiver desmamada. 
 
PASSO 4 – A alimentação complementar deve ser 
oferecida sem rigidez de horários, 
respeitando-se a vontade da criança. 
 
PASSO 5 – A alimentação complementar deve ser 
espessa desde o início e oferecida de colher; 
começar com consistência pastosa (papas/purês), 
e gradativamente aumentar a sua consistência até 
chegar à alimentação da família. 
 
PASSO 6 – Oferecer à criança diferentes 
alimentos ao dia (alimentação colorida). 
 
PASSO 7 – Estimular o consumo diário de frutas, 
verduras e legumes nas refeições. 
 
PASSO 8 – Evitar açúcar,café e industrializados, 
(enlatados, frituras, refrigerantes, balas, 
salgadinhos e outras guloseimas) nos primeiros 
anos de vida. 
 
PASSO 9 – Cuidar da higiene no preparo e 
manuseio dos alimentos; garantir o seu 
armazenamento e conservação adequados. 
 
PASSO 10 - Estimular a criança doente a se 
alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e 
seus alimentos preferidos, respeitando a sua 
aceitação. É necessário sempre manter alguns 
cuidados, como estimular a criança a aprender a 
deglutir, a fim de evitar que ela engasgue com 
pedaços grandes de alimentos. 
 
 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/597374/2/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20alimentar%20para%20beb%C3%AAs.pdf
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/597374/2/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20alimentar%20para%20beb%C3%AAs.pdf
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/597374/2/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20alimentar%20para%20beb%C3%AAs.pdf
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
MÉTODO BLW 
O método Baby Led Weaning (BLW) sugere que os 
bebês a partir do 6º mês já têm capacidade 
motora para guiarem a própria ingestão (desmame 
guiado pelo bebê) e sendo assim exibem 
crescimento e desenvolvimento adequados que são 
aptos a iniciarem o consumo de alimentos em 
pedaços, sendo desnecessárias alterações de 
consistência. 
 
Vantagens ao ser inserido pela família: 
permitindo que os bebês explorem o sabor, 
textura, cor e cheiro dos alimentos oferecidos, 
trás o poder de encorajar os bebês a ter sua 
independência e confiança, ajuda a desenvolver a 
coordenação visual-motora e as habilidades de 
mastigação e reduz a probabilidade de distúrbios 
alimentares na infância, incluindo seletividade 
e brigas frequentes na hora da refeição. 
 
Caracteriza-se pela apresentação dos alimentos 
sólidos, ou seja, alimentos sem alteração na sua 
consistência, além de não haver uso de talheres, 
onde ocorre a livre motivação para levar o 
alimento até a boca, ou seja, pela própria 
curiosidade do bebe, que está na sua fase 
natural de exploraçãodo ambiente. 
 
O bebê deve estar sentado junto com a família, no 
momento da refeição, como uma forma de aprender 
todo o contexto que envolve a alimentação. 
Baseado no seu desejo de explorar, experimentar 
e imitar os adultos que o cercam. Deve-se 
respeitar e confiar na autonomia do bebê desde o 
começo da alimentação complementar. 
 
A auto alimentação é a chave para evitar a 
superalimentação e os problemas futuros com a 
obesidade infantil. 
 
 
Apresentação visual da introdução alimentar 
método BLW 
 
 
Apresentação visual da introdução alimentar 
método tradicional 
 
O BLW possui impacto direto na erradicação do 
quadro de obesidade infantil. Essa prática se 
apoia em aspectos importantes, como o 
reconhecimento da saciedade e o controle do 
apetite, considerando as aptidões naturais 
demonstradas pelo bebê em liderar os alimentos 
sólidos sozinhos, escolhendo o quê e quanto irá 
consumir, sem que ninguém o obrigue a comer 
menos ou mais do que realmente precisa. 
 
A asfixia é uma ocorrência muito incomum no BLW, 
sendo mais recorrente o engasgo; no entanto, 
quando a criança controla o alimento que vai 
colocar na boca e está devidamente apoiada com a 
coluna reta, as chances de que ela tenha um 
engasgo são mínimas, e em comparação com a 
introdução convencional, a probabilidade se 
torna ainda menor. 
 
 
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
 
 
Em ambos métodos precisam da supervisão dos pais 
para evitar possíveis problemas de engasgos, que 
mesmo com a supervisão pode ocorrer. 
http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arqu
ivos_destaque/gJ1ZdEBcAtoE4AH_2022-9-6-20-6-51.p
df 
 
Antes de iniciar a introdução alimentar 
Mesmo antes de iniciar a introdução alimentar, a 
família já pode estimular o interesse da criança 
pelos alimentos saudáveis: Deixe o bebê junto da 
família durante as refeições. Sente o bebê na 
cadeirinha de alimentação para que ele já se 
acostume com o local da refeição. Ofereça 
mordedores, copinhos e talheres infantis para 
que o bebê possa manipular e levar à boca. Deixe 
o bebê observar e manipular os alimentos 
saudáveis. 
 
 
 
 
MODO DE PREPARO - 
https://saude.mpu.mp.br/servicos/publicacoes/arq
uivos/guia-pratico-da-alimentacao-complementar.p
df 
 
7- Elucidar o calendário vacinal infantil 
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sb
im-crianca.pdf 
 
 
1. BCG ID: deverá ser aplicada o mais 
precocemente possível, em recém-nascidos com peso 
maior ou igual a 2.000 g. 
Em casos de histórico familiar, suspeita de 
imunodeficiência ou RNs cujas mães fizeram uso 
de biológicos durante a gestação, a vacinação 
poderá ser postergada ou contraindicada. 
 
A revacinação com BCG não é recomendada mesmo 
para crianças que não desenvolveram cicatriz 
vacinal, pela ausência de evidências de que a 
repetição traga benefício adicional. 
 
Quando solicitado teste de triagem de erros 
inatos do sistema imune, adiar a vacinação até 
avaliação do resultado. 
 
2. Hepatite B: 
Aplicar a primeira dose nas primeiras 12 horas 
de vida. 
 
O esquema de quatro doses pode ser adotado 
quando é utilizada uma vacina combinada que 
inclua a vacina hepatite B. 
 
 
http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/gJ1ZdEBcAtoE4AH_2022-9-6-20-6-51.pdf
http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/gJ1ZdEBcAtoE4AH_2022-9-6-20-6-51.pdf
http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/gJ1ZdEBcAtoE4AH_2022-9-6-20-6-51.pdf
https://saude.mpu.mp.br/servicos/publicacoes/arquivos/guia-pratico-da-alimentacao-complementar.pdf
https://saude.mpu.mp.br/servicos/publicacoes/arquivos/guia-pratico-da-alimentacao-complementar.pdf
https://saude.mpu.mp.br/servicos/publicacoes/arquivos/guia-pratico-da-alimentacao-complementar.pdf
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
Se mãe HBsAg+, administrar também HBIG o mais 
precocemente possível (até sete dias após o 
parto). 
 
3. Vacina rotavírus monovalente: duas doses, 
idealmente aos 2 e 4 meses de idade. 
Vacina rotavírus pentavalente: três doses, 
idealmente aos 2, 4 e 6 meses de idade. 
 
Para ambas as vacinas, a primeira dose pode ser 
feita a partir de 6 semanas de vida e no máximo 
até 3 meses e 15 dias, e a última dose até 7 
meses e 29 dias. 
 
Se a criança cuspir, regurgitar ou vomitar após 
a vacinação, não repetir a dose. 
Não utilizar em crianças hospitalizadas. 
 
Em caso de suspeita de imunodeficiência ou RNs 
cujas mães fizeram uso de biológicos durante a 
gestação, a vacina pode estar contraindicada e 
seu uso deve ser avaliado pelo médico. 
 
4. Tríplice bacteriana: o uso da vacina acelular 
(DTPa) é preferível ao de células inteiras 
(DTPw) pois os eventos adversos associados com a 
sua administração são menos frequentes e 
intensos. 
O reforço dos 4 a 6 anos pode ser feito com 
DTPa-VIP, dTpa-VIP, DTPa ou DTPw. O reforço 
seguinte deverá ser feito com a vacina tríplice 
acelular do tipo adulto (dTpa), cinco anos após, 
preferencialmente entre 9 e 11 anos. 
 
5. Hib: recomenda-se o reforço aos 15-18 meses, 
principalmente quando for utilizada a vacina Hib 
nas formulações combinadas com tríplice 
bacteriana acelular (DTPa) na série primária. 
 
6. Poliomielite: recomenda-se que, idealmente, 
todas as doses sejam com a VIP. Não utilizar VOP 
em crianças que não tenham ainda recebido as 3 
doses de VIP, hospitalizadas e imunodeficientes. 
 
7. Pneumocócicas conjugadas: O esquema adotado 
pelo PNI com a VPC10 é de duas doses, aos 2 e 4 
meses de vida, com reforço aos 12 meses (esquema 
2+1). A SBIm mantém a recomendação para a VPC13 
e VPC 15 de três doses aos 2, 4 e 6 meses, com 
reforço entre 12 e 15 meses (esquema 3+1). 
 
8. Meningocócicas conjugadas ACWY/C: a SBIm 
(Sociedade Brasileira de Imunização) recomenda 
preferencialmente a vacina MenACWY pela maior 
abrangência de sorogrupos. 
Crianças vacinadas com MenC podem se beneficiar 
com o uso da MenACWY e, nesse caso, deve ser 
respeitado intervalo mínimo de um mês da última 
dose de MenC. 
A SBIm recomenda um segundo reforço da vacina 
MenACWY para crianças entre 5-6 anos de idade 
(ou cinco anos após a última dose) pela 
diminuição dos títulos de anticorpos protetores 
observada após esse período com todas as vacinas 
meningocócicas conjugadas. 
 
9. Meningocócica B: pode ser usada a partir de 2 
meses de idade, idealmente iniciando com uma 
dose aos 3 meses, outra aos 5 meses e uma dose 
de reforço entre 12 e 15 meses (esquema 2+1). 
 
Crianças de 12 a 23 meses devem receber duas 
doses com intervalo de dois meses entre elas, 
com uma dose de reforço entre 12 e 23 meses após 
esquema primário. 
A partir dos 24 meses de idade: duas doses com 
intervalo mínimo de um a dois meses entre elas – 
não foi estabelecida ainda a necessidade de 
dose(s) de reforço. 
 
10. Influenza: é recomendada para todas as 
crianças a partir dos 6 meses de idade. 
Quando administrada pela primeira vez em 
crianças menores de 9 anos, aplicar duas doses 
com intervalo de 30 dias. 
 
Em imunodeprimidos e em situação de risco, pode 
ser considerada uma segunda dose, a partir de 
três meses após a dose anual. 
 
11. Febre amarela: Duas doses: aos 9 meses de 
vida e aos 4 anos de idade. 
 
 
Tifanny Kauri 
Afya - FCM - P3 
 
Recomendação do PNI: se recebeu 1º dose antes 
dos 5 anos de idade, indicada uma segunda dose, 
independentemente da idade atual. 
Se aplicada a partir dos 5 anos: dose única. 
 
Recomendação da SBIm: como há possibilidade de 
falha vacinal mesmo para quem receber a primeira 
dose a partir dos 5 anos, a SBIm recomenda uma 
segunda dose 10 anos após. 
 
Contraindicada para imunodeprimidos, mas se o 
risco de adquirir a doença superar os riscos 
potenciais da vacinação, o médico deve avaliar 
seu uso. 
 
Recomenda-se que crianças menores

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