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Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Módulo 1 - Problema 2 Amamentação infantil e imunização A jornada alimentar A.M.S, RN, filha de uma mãe saudável, nasceu de parto normal, sem complicações e com peso adequado para a idade gestacional. Ainda na maternidade, sua mãe foi orientada quanto à prática da amamentação e a importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, e somente em algumas situações especiais o aleitamento materno não estaria indicado, o que não era o seu caso. Aos 4 meses, em uma consulta de puericultura, a pediatra observa que a criança tem apresentado um desenvolvimento e ganho peso adequados e está crescendo dentro dos padrões esperados. A mãe relata o retorno ao trabalho em breve e está preocupada com a continuidade da amamentação de sua filha e menciona que uma amiga sugeriu a introdução do leite de vaca na dieta da menina. A pediatra esclarece que esse tipo de leite não é adequado para bebês menores de 1 ano e que o leite materno é uma fonte completa de nutrição para o bebê, fornecendo todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável. Além disso, a médica informa que a amamentação deve ser complementada gradualmente com outros alimentos a partir dos seis meses de idade, sempre respeitando as etapas de desenvolvimento da criança. Ainda durante a consulta, a pediatra verifica se a vacinação da paciente está em dia de acordo com o calendário do PNI, enfatizando que, apesar dos efeitos adversos esperados, as vacinas são importantes para proteger a saúde da criança contra doenças infecciosas e prevenir possíveis complicações. 1- Compreender a importância da orientação materna da amamentação NEONATAIS 1- Evita mortes infantis Fatores existentes no leite materno que protegem contra infecções, ocorrem menos mortes entre as crianças amamentadas. Dados: ● Aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos, por causas preveníveis. ● Estudo de avaliação de risco, no mundo em desenvolvimento poderiam ser salvas 1,47 milhões de vidas por ano se a recomendação de aleitamento materno exclusivo por 6 meses e complementada por 2 anos ou mais fosse cumprida. ● A proteção do leite materno contra mortes infantis é maior quanto menor é a criança. Assim, a mortalidade por doenças infecciosas é 6x maior em crianças menores de 2 meses não amamentadas, diminuindo à medida que a criança cresce. ● Em Pelotas (RS), as crianças menores de 2 meses que não recebiam leite materno tiveram uma chance quase 25x maior de morrer por diarréia e 3x maior de morrer por doença respiratória, quando comparadas com as crianças em aleitamento materno que não recebiam outro tipo de leite. ● Estudos demonstram que a amamentação na primeira hora de vida pode ser um fator de proteção contra mortes neonatais. 2- Evita diarréia Há fortes evidências de que o leite materno protege contra diarreia, principalmente em crianças mais pobres. Oferecer à criança amamentada água ou chás, pode dobrar o risco de diarreia nos primeiros 6 meses. Além de evitar a diarreia, a amamentação também exerce influência na gravidade dessa doença. Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 ● Crianças não amamentadas têm um risco 3x maior de desidratarem e morrerem por diarreia quando comparadas com as amamentadas. 3- Evita infecção respiratória Assim como ocorre com a diarreia, a proteção é maior quando a amamentação é exclusiva nos primeiros 6 meses. Dados: ● Em Pelotas (RS), a chance de uma criança não amamentada internar por pneumonia nos primeiros 3 meses foi 61x maior do que em crianças amamentadas exclusivamente. ● O risco de hospitalização por bronquiolite foi 7x maior em crianças amamentadas por menos de 1 mês. ● O aleitamento materno também previne otites (por causa da comunicação da orelha média com o nariz que nas crianças é menor). ● Estima-se redução de 50% de episódios de otite média aguda em crianças amamentadas exclusivamente por 3 ou 6 meses quando comparadas com crianças alimentadas unicamente com leite de outra espécie. 4- Diminui o risco de alergias Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida diminui o risco de alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de alergias, incluindo asma e sibilos recorrentes. A exposição a pequenas doses de leite de vaca nos primeiros dias de vida pode aumentar o risco de alergia ao leite de vaca. 5- Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes Há evidências sugerindo que o aleitamento materno apresenta benefícios em longo prazo. Dados: A OMS publicou importante revisão sobre evidências desse efeito. ● Indivíduos amamentados apresentaram pressões sistólica e diastólica mais baixas (-1,2mmHg e -0,5mmHg, respectivamente), níveis menores de colesterol total (-0,18mmol/L) e risco 37% menor de apresentar diabetes tipo 2. ● Não só o indivíduo que é amamentado adquire proteção contra diabetes, mas também a mulher que amamenta. Foi descrita uma redução de 15% na incidência de diabetes tipo 2 para cada ano de lactação. ○ Atribui-se essa proteção a uma melhor homeostase e tolerância à glicose em mulheres que amamentam. ○ Maior duração da amamentação foi associada com menor incidência de DM2 entre mulheres sem história de diabetes gestacional e menor incidência de síndrome metabólica em mulheres com ou sem diabetes mellitus gestacional prévio. ○ https://www.sprs.com.br/sprs2013/b ancoimg/160529234034bcped_v4_n3_a2 .pdf ● A exposição precoce ao leite de vaca (antes dos 4 meses) é considerada um importante determinante do Diabetes mellitus Tipo I, podendo aumentar o risco de seu aparecimento em 50%. ● Estima-se que 30% dos casos poderiam ser prevenidos se 90% das crianças de até 3 meses não recebessem leite de vaca. 6- Reduz a chance de obesidade Estudos constataram uma menor frequência de sobrepeso/obesidade em crianças que haviam sido amamentadas. Dados: ● Na revisão da OMS sobre evidências do efeito do aleitamento materno em longo prazo, os indivíduos amamentados tiveram uma chance 22% menor de vir a apresentar sobrepeso/obesidade. ● Relação dose/resposta com a duração do aleitamento materno, ou seja, quanto maior o tempo em que o indivíduo foi amamentado, menor será a chance de ele vir a apresentar sobrepeso/ obesidade. https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/160529234034bcped_v4_n3_a2.pdf https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/160529234034bcped_v4_n3_a2.pdf https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/160529234034bcped_v4_n3_a2.pdf Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Isso ocorre porque? ● Melhor desenvolvimento da auto-regulação de ingestão de alimentos das crianças amamentadas e a composição do leite materno participando no processo de “programação metabólica”, alterando o número e tamanho das células gordurosas ou induzindo o fenômeno de diferenciação metabólica. ● O leite de vaca altera a taxa metabólica durante o sono de crianças amamentadas, podendo esse fato estar associado com a “programação metabólica” e o desenvolvimento de obesidade. 7- Melhor nutrição Por ser da mesma espécie, o leite materno contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento da criança, além de ser mais bem digerido, quando comparado com leites de outras espécies. O leite materno é capaz de suprir sozinho as necessidades nutricionais da criança nos primeiros 6 meses, e continua sendo uma importante fonte de nutrientes no 2º ano de vida. 8- Efeito positivo na inteligência Há evidências de que o aleitamento materno contribui para um melhor desenvolvimento cognitivo. A maioria dos estudos concluiu que as crianças amamentadas apresentam vantagem nesse aspecto quando comparadasde 2 anos de idade, sempre que possível, não recebam as vacinas febre amarela e tríplice viral no mesmo dia, respeitando-se um intervalo de 30 dias entre elas. Essa vacina pode ser exigida para maiores de 9 meses de vida para emissão do CIVP, atendendo exigências sanitárias de alguns destinos internacionais. Neste caso, deve ser aplicada até dez dias antes de viajar. 12. Hepatite A: para crianças a partir de 12 meses de idade não vacinadas para hepatite B no primeiro ano de vida, a vacina combinada hepatites A e B na formulação adulto pode ser considerada para substituir a vacinação isolada (A ou B) com esquema de duas doses (0-6 meses). 13. Sarampo, caxumba e rubéola: para crianças com esquema completo, não há evidências que justifiquem uma terceira dose como rotina, podendo ser considerada em situações de risco epidemiológico, como surtos de caxumba e/ou sarampo. Em situação de risco para o sarampo – por exemplo, surto ou exposição domiciliar – a primeira dose deve ser aplicada a partir de 6 meses de idade. Nesses casos, a aplicação de mais duas doses após a idade de 1 ano ainda será necessária. 14. Varicela: é considerada adequadamente vacinada a criança que tenha recebido duas doses da vacina após 1 ano de idade. Em situação de risco – por exemplo, surto de varicela ou exposição domiciliar – a primeira dose pode ser aplicada a partir de 9 meses de idade. Nesses casos, a aplicação de mais duas doses após a idade de 1 ano ainda será necessária. O uso em imunodeprimidos deve ser avaliado pelo médico. 15. Tetraviral (SCRV): Aos 12 meses, na mesma visita, aplicar a primeira dose da tríplice viral e varicela em administrações separadas (SCR + V) ou com a vacina tetraviral (SCRV). A segunda dose de tríplice viral e varicela, preferencialmente com vacina tetraviral, pode ser administrada a partir dos 15 meses de idade, mantendo intervalo de três meses da dose anterior de SCR, V ou SCRV. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cader neta_crianca_menino_5.e d.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_5.ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_5.ed.pdf Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Calend%C3%A1r io%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20 Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%202024,%20po r%20idade.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manua l_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos _vacinacao.pdf http://soperj.com.br/calendario-nacional-de-vaci nacao-2024/ https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/s ites/9/2022/05/Nota-Tecnica-_-vacinacao-covid-20 24.pptx.pdf Vacinação contra covid A vacinação contra a covid-19 na rotina está contemplada para toda a população entre 6 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias não vacinada ou com esquema vacinal incompleto de acordo com a faixa etária. A idade recomendada para a vacinação é: ● primeira dose aos 6 meses, ● segunda dose aos 7 meses ● terceira dose aos 9 meses de idade. O intervalo recomendado é de 4 semanas entre a primeira e a segunda doses e 8 semanas entre a segunda e a terceira doses. Vacina Pfizer pediátrica (RNAm) para crianças de 6 meses a 4 anos de idade – tampa vinho https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publica coes/estrategia-de-vacinacao-contra-a-covid-19-2 013-2024 Vacina Corona Vac para crianças de 3 e 4 anos de idade A vacina adsorvida covid-19 inativada, conhecida como CoronaVac (Butantan), pode ser administrada em crianças de 3 a 4 anos, 11 meses e 29 dias. Deverá, portanto, ser utilizada somente nas seguintes situações: 1) crianças que não foram vacinadas contra a covid-19 na idade recomendada ou 2) na falta do imunizante recomendado na localidade ou 3) contraindicações à Pfizer pediátrica em crianças de 3 e 4 anos de idade. https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Calend%C3%A1rio%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%202024,%20por%20idade.pdf https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Calend%C3%A1rio%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%202024,%20por%20idade.pdf https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Calend%C3%A1rio%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%202024,%20por%20idade.pdf https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Calend%C3%A1rio%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calend%C3%A1rio%20Nacional%20de%20Vacina%C3%A7%C3%A3o%202024,%20por%20idade.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos_vacinacao.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos_vacinacao.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos_vacinacao.pdf http://soperj.com.br/calendario-nacional-de-vacinacao-2024/ http://soperj.com.br/calendario-nacional-de-vacinacao-2024/ https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2022/05/Nota-Tecnica-_-vacinacao-covid-2024.pptx.pdf https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2022/05/Nota-Tecnica-_-vacinacao-covid-2024.pptx.pdf https://www.saude.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/9/2022/05/Nota-Tecnica-_-vacinacao-covid-2024.pptx.pdf https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/estrategia-de-vacinacao-contra-a-covid-19-2013-2024 https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/estrategia-de-vacinacao-contra-a-covid-19-2013-2024 https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/publicacoes/estrategia-de-vacinacao-contra-a-covid-19-2013-2024 Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 O esquema é composto por duas doses (1ª DOSE + 2ª DOSE), e o intervalo mínimo recomendado é de 4 semanas entre a primeira e a segunda dose. POLÍTICAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO DE AMAMENTAÇÃO A Política Nacional de Aleitamento Materno (PNAM) é organizada de acordo com as seguintes estratégias: Incentivo ao Aleitamento Materno na Atenção Básica - Rede Amamenta Brasil; Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) e Método Canguru na atenção hospitalar; Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano; Proteção legal através da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes (NBCAL); Ações de Mobilização Social através de campanhas e parcerias; Monitoramento das ações e práticas de aleitamento materno e, nos últimos anos, implantação da Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAAM). TÉCNICA DA AMAMENTAÇÃO https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/o utraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.p df pdf3.pdf (saude.pr.gov.br) PROCESSO DE LACTAÇÃO - Grande parte do leite da mama é produzida, enquanto a criança mama, sob o estímulo da prolactina. A ocitocina, liberada principalmente pelo estímulo provocado pela sucção da criança, também é disponibilizada em resposta a estímulos condicionados, tais como visão, cheiro e choro da criança, e a fatores de ordem emocional como motivação, autoconfiança e tranquilidade. Por outro lado, a dor, o desconforto, o estresse, a ansiedade, o medo, a insegurança e a falta de autoconfiança podem inibir a liberação da ocitocina, prejudicando a saída de leite da mama. https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/1234 56789/11572/1/VFL05072018.pdf https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/11572/1/VFL05072018.pdf https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/11572/1/VFL05072018.pdf 1)Colostro 2)Leite deTransição 3)Leite Madurocom as não amamentadas, principalmente as com baixo peso de nascimento. Alguns defendem a presença de substâncias no leite materno que otimizam o desenvolvimento cerebral; outros acreditam que fatores comportamentais ligados ao ato de amamentar e à escolha do modo como alimentar a criança são os responsáveis. 9- Melhor desenvolvimento da cavidade bucal O exercício que a criança faz para sucção do leite materno é importante para o desenvolvimento adequado de sua cavidade oral, propiciando uma melhor conformação do palato duro, para o alinhamento correto dos dentes. Quando o palato é empurrado para cima (uso de chupetas e mamadeiras), o assoalho da cavidade nasal se eleva, com diminuição do tamanho do espaço reservado para a passagem do ar, prejudicando a respiração nasal. Ajuda no desenvolvimento das estruturas orais, como lábios, língua, bochechas, palato duro e mole, responsáveis pelo funcionamento adequado das funções de respiração, sucção, mastigação, deglutição e fonoarticulação. Possibilita o crescimento harmonioso da face, promovendo a maturação das funções do sistema estomatognático (estruturas com função na mastigação, deglutição, sucção e fala). Assim, o desmame precoce pode prejudicar as funções de mastigação, deglutição, respiração e articulação dos sons da fala, ocasionar má-oclusão dentária, respiração bucal e alteração motora-oral. MATERNOS 10- Proteção contra câncer de mama Já está bem estabelecida a associação entre aleitamento materno e redução na prevalência de câncer de mama. Dados: ● Estima-se que o risco de contrair a doença diminua 4,3% a cada 12 meses de duração da amamentação. ● Essa proteção independe de idade, etnia, paridade e presença ou não de menopausa. ● O risco de a mulher que amamenta contrair câncer de mama é 22% menor comparado com o das mulheres que nunca amamentaram. Essa proteção aumenta com o tempo de amamentação, ● Risco de 7% - somando o tempo de amamentação de todos os filhos, ele for inferior a 6 meses; ● Risco de 9% - tempo for entre 6 e 12 meses; ● Risco de 26% se chegar a 1 ano. Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Mesmo se as mulheres desenvolverem câncer de mama e forem submetidas à cirurgia, as que amamentaram por mais de 6 meses têm um risco 3x menor de morrer pela doença, comparadas com as que amamentaram menos de 6 meses. Dessa forma, a amamentação, além de prevenir o aparecimento do câncer de mama, aumenta a sobrevida em mulheres com esse tipo de câncer. ebook_agosto_dourado_sbp.pdf Como isso ocorre? ● Porque a gestação, seguida da amamentação, promove o amadurecimento das células mamárias e ajuda na prevenção da doença. ● Está relacionado às concentrações do estrógeno, que reduzem durante o período de aleitamento. ● Aumento do número de ciclos anovulatórios Também há relação entre a amamentação e a prevenção de outros câncer, como o de ovário. ● Esse CA pode ser reduzido em até 30% se as mulheres amamentarem por mais tempo. ● Para cada mês de amamentação, estima-se redução de 2% na chance de ter a doença. Menor risco ao câncer de endométrio. ● As mulheres que amamentam têm risco 11% menor de desenvolver a doença, se comparadas às que nunca amamentaram. ● Quanto maior a duração da amamentação, maior é o fator de proteção ao câncer de endométrio e ovário. 11- Evita nova gravidez Chamado Método da Amenorréia Lactacional - LAM. Método anticoncepcional nos primeiros 6 meses após o parto (98% de eficácia). Se combinados: aleitamento materno exclusivo (sem chupeta e mamadeira) + amenorréia (ausência de menstruação durante 3 ciclos ou mais) + intervalo máximo entre as mamadas seja de 6 horas e, portanto, maior intervalo interpartal. Dados: ● Estudos comprovam que a ovulação nos primeiros seis meses após o parto está relacionada com o número de mamadas; assim, as mulheres que ovulam antes do 6º mês após o parto amamentam menos vezes por dia que as demais. Isso ocorre porque os hormônios envolvidos na produção de leite (prolactina) bloqueiam a ovulação. Estudos comprovam que dar água ou chá entre as mamadas interfere nesta proteção, pois o que estimula a produção do leite é a sucção do bebê, e os intervalos maiores entre as mamadas reduzem o processo, interferindo nos hormônios que impedem a ovulação. 12- Diminui hemorragia e auxilia na perda peso Aleitamento materno imediato ao nascimento é essencial para auxiliar na prevenção de hemorragias no puerpério, que é a principal causa de morte materna atualmente. Mulheres que amamentam recuperam mais rapidamente o peso que possuíam antes da gravidez. 13- Outras possíveis vantagens para as mulheres Além da proteção contra o câncer de mama, ovário, endométrio e diabete tipo 2. Outros benefícios maternos são a diminuição da possibilidade de desenvolver hipertensão arterial, obesidade e hiperlipidemia. Estudos mostraram que amamentar diminui os níveis da proteína C reativa, um marcador de inflamação que em taxas elevadas está associada a IAM e AVE. Proteção contra: hipercolesterolemia, hipertensão e doença coronariana; obesidade; doença metabólica; osteoporose e fratura de quadril; artrite reumatóide; depressão pós-parto; e diminuição do risco de recaída de esclerose múltipla pós-parto https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/2022/agosto/12/ebook_agosto_dourado_sbp.pdf Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 14- Menores custos financeiros Não amamentar pode significar sacrifícios para uma família com pouca renda. Dependendo do tipo de fórmula infantil consumida pela criança, o gasto pode representar uma parte considerável dos rendimentos da família. A esse gasto devem-se acrescentar custos com mamadeiras, bicos e gás de cozinha, além de eventuais gastos decorrentes de doenças (mais comuns em crianças não amamentadas). 15- Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho Benefícios psicológicos para a criança e para a mãe. Fortalece os laços afetivos entre eles, oportunizando intimidade, troca de afeto e sentimentos de segurança e de proteção na criança e de autoconfiança e de realização na mulher. ● Sensação de proteção ● Impacto positivo no desenvolvimento emocional da criança, tornando-a mais calma e tranquila ● Regulação e manutenção da temperatura corporal do recém nascido ● Estabilidade cardiorrespiratória ● Na mulher - ocorre diminuição da dor causada pelo ingurgitamento mamário, sentimento de alívio, segurança e diminuição da ansiedade desenvolvida ao longo da gestação Essa mistura de sentimentos faz com que a mulher desvie sua atenção do desconforto e da dor do parto para o prazer de estar com o seu recém nascido. 16- Melhor qualidade de vida Melhorar a qualidade de vida das famílias, uma vez que as crianças amamentadas adoecem menos, necessitam de menos atendimento médico, hospitalizações e medicamentos. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude _crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/dow nload/11208/11055/162975 https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/o utraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.p df https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/ uploads/sites/10001/2018/06/027_os_beneficios_.p df Estudos apontam que a amamentação exerce influência direta na aceitação de alimentos em fases posteriores da vida, indicando que crianças que foram amamentadas apresentam maior aceitação de frutas e legumes. Acredita-se que essa prática tenha influência na ingestão de ferro e vitamina A após a introdução da alimentação complementar. https://www.scielo.br/j/csc/a/qtC6NbFpmKhDdXBHzt V79ts/?lang=pt&format=pdf 2- Identificar a classificação do aleitamento materno Segundo a Organização Mundial da Saúde(OMS), o aleitamento materno costumaser classificado em: ● Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno, https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/11208/11055/162975 https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/11208/11055/162975 https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf https://saocamilo-sp.br/_app/views/publicacoes/outraspublicacoes/Ebook%20Aleitamento%20Materno.pdf https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/027_os_beneficios_.pdf https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/027_os_beneficios_.pdf https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/027_os_beneficios_.pdf https://www.scielo.br/j/csc/a/qtC6NbFpmKhDdXBHztV79ts/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/csc/a/qtC6NbFpmKhDdXBHztV79ts/?lang=pt&format=pdf Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. ● Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (chás) e sucos de frutas. ● Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos. ● Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. ● Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite. Saúde da criança : aleitamento materno e alimentação complementar (saude.gov.br) https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquiv os_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfil e.php/5752/mod_resource/content/1/ebook/4.html https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/24374 0/mod_resource/content/1/ALEITAMENTO%20MATERNO%2 02014.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp /2022/agosto/12/ebook_agosto_dourado_sbp.pdf 3- Entender as contraindicações do aleitamento materno em condições especiais São poucas as situações em que pode haver indicação médica para a substituição parcial ou total do leite materno. Aleitamento materno não deve ser recomendado: • Mães infectadas pelo HIV • Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 ● Doença causada por vírus da mesma família do HIV, atinge os Linfócitos T; •Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. ● Alguns fármacos são considerados contra indicados absolutos ou relativos ao aleitamento materno (antineoplásicos e radiofármacos). • Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose. ● Recomenda tomar leite de soja • Fenilcetonúria (necessita acompanhamento); • Síndrome da urina de xarope do bordo; ● Erro inato do metabolismo, em que os aminoácidos de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina) não são metabolizados adequadamente. O acúmulo desses aminoácidos compromete o bom funcionamento do SNC, sistema imune e músculos. ● Possui um tratamento principalmente nutricional, com uma dieta restrita em leucina e livre de aminoácidos de cadeia ramificada. Por isso, recomenda-se que alimentos ricos em proteínas não sejam consumidos, como leite e derivados, carnes em geral, ovos, castanhas e chocolate. É recomendada também a suplementação dos aminoácidos que não estão sendo ingeridos. • Intolerância à glicose ou algum componente do leite; • Malformações fetais de orofaringe, esôfago e traqueia, cardiopatia e pneumonia grave, hiperbilirrubinemia grave; • Alterações da consciência da criança de qualquer natureza. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfile.php/5752/mod_resource/content/1/ebook/4.html https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfile.php/5752/mod_resource/content/1/ebook/4.html https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/243740/mod_resource/content/1/ALEITAMENTO%20MATERNO%202014.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/243740/mod_resource/content/1/ALEITAMENTO%20MATERNO%202014.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/243740/mod_resource/content/1/ALEITAMENTO%20MATERNO%202014.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/2022/agosto/12/ebook_agosto_dourado_sbp.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/2022/agosto/12/ebook_agosto_dourado_sbp.pdf Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Interrupção temporária da amamentação: • Infecção herpética: quando há vesículas localizadas na pele da mama. A amamentação deve ser mantida na mama sadia; • Abscesso mamário: Até que o abscesso tenha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada. A amamentação deve ser mantida na mama sadia. pdf3.pdf (saude.pr.gov.br) • Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele 5 dias antes do parto ou até 2 dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões tomem a forma de crosta. ● A criança deve receber Imunoglobulina Humana Antivaricela Zóster (Ighavz), disponível nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES), que deve ser administrada em até 96 horas do nascimento, aplicada o mais precocemente possível. • Doença de Chagas: na fase aguda da doença ou quando houver sangramento mamilar evidente. • Vacinas: Somente a vacina de febre amarela, em mães que estejam amamentando crianças abaixo de 6 meses, tem como recomendação a suspensão do aleitamento materno por 10 dias. https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para- familias/nutricao/quando-amamentar-e-contraindic ado/ • Consumo de drogas de abuso: ● A Academia Americana de Pediatria contraindica o uso durante o período da lactação das drogas - anfetaminas, cocaína, heroína, maconha e fenciclidina. ● A OMS considera que o uso de anfetaminas, ecstasy, cocaína, maconha e opióides não são contraindicadas durante a amamentação. Contudo, alerta que as mães que usam essas substâncias por períodos curtos devem considerar a possibilidade de evitar temporariamente a amamentação. Recomenda-se que as nutrizes não utilizem tais substâncias. Se usadas, deve-se avaliar o risco da droga versus o benefício da amamentação para orientar sobre o desmame ou a manutenção da amamentação. Drogas consideradas lícitas, como o álcool e o tabaco, também devem ser evitadas durante a amamentação. Contudo, nutrizes tabagistas devem manter a amamentação, pois a suspensão da amamentação pode trazer riscos ainda maiores à saúde do lactente. Condições maternas, o aleitamento materno não deve ser contraindicado: • Tuberculose: ● Mães não tratadas ou ainda bacilíferas (2 primeiras semanas após início do tratamento) - amamentar com o uso de máscaras e restrinjam o contato próximo com a criança por causa da transmissão por meio do trato respiratório. ● Nesse caso, o recém-nascido deve receber isoniazida na dose de 10 mg/kg/dia por três meses. Após esse período, deve-se fazer teste tuberculínico (PPD): ○ se reator, a doença deveser pesquisada, especialmente em relação ao acometimento pulmonar; se a criança tiver contraído a doença, a terapêutica deve ser reavaliada; em caso contrário, deve-se manter isoniazida por mais três meses; ○ se o teste tuberculínico for não reator, pode-se suspender a medicação, e a criança deve receber a vacina BCG; https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/nutricao/quando-amamentar-e-contraindicado/ https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/nutricao/quando-amamentar-e-contraindicado/ https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/nutricao/quando-amamentar-e-contraindicado/ Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 • Hanseníase: A transmissão depende de contato prolongado da criança com a mãe sem tratamento, e considerando que a primeira dose de rifampicina é suficiente para que a mãe não transmita, deve-se manter a amamentação e iniciar tratamento da mãe; • Hepatite B: a vacina e a administração de imunoglobulina específica (HBIG) após o nascimento praticamente eliminam qualquer risco de transmissão da doença via leite materno; • Hepatite C: a prevenção de fissuras mamilares em lactantes HCV positivas é importante, uma vez que não se sabe se o contato da criança com sangue materno favorece a transmissão da doença; • Dengue: não há contraindicação da amamentação em mães que contraem dengue, pois há no leite materno um fator antidengue que protege a criança; ● Isto porque o leite materno é rico em anticorpos e na parte gordurosa possui um fator antidengue que age como uma ação farmacológica, protegendo o bebê. • Consumo de cigarros: acredita-se que os benefícios do leite materno para a criança superem os possíveis malefícios da exposição à nicotina via leite materno. O profissional de saúde deve realizar abordagem cognitiva comportamental, que consiste em perguntar, avaliar, aconselhar, preparar e acompanhar a mãe fumante. ● Deve alertar sobre os possíveis efeitos deletérios do cigarro para o desenvolvimento da criança, e a eventual diminuição da produção e da ejeção do leite. Para minimizar os efeitos do cigarro para a criança, as mulheres que não conseguirem parar de fumar devem ser orientadas a reduzirem o máximo possível o número de cigarros. Se não for possível a cessação do tabagismo, procurar fumar após as mamadas (o pico de nicotina no sangue diminuiria até a próxima mamada) e a não fumarem no ambiente em que a criança se encontra. • Consumo de álcool: Deve-se desestimular as mulheres que estão amamentando a ingerirem álcool. A ingestão de doses iguais ou maiores que 0,3g/kg de peso pode reduzir a produção láctea. O álcool pode modificar o odor e o sabor do leite materno levando a recusa pelo lactente. Saúde da criança : aleitamento materno e alimentação complementar (saude.gov.br) https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento -materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes- mais-comuns/ https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de -a-a-z/t/toxoplasmose/arquivos/nota-tecnica-no-3 3-2018-cgscam-dapes-sas-ms MUITO ESPECÍFICO - https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amame ntacao_uso_medicamentos_outras_substancias.pdf https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/vie w/379 https://www.sanarmed.com/aleitamento-materno-tip os-beneficios-e-contraindicacoes-colunistas FÁRMACOS A maioria dos medicamentos é compatível com a amamentação, poucos são contraindicados e alguns requerem cautela ao serem utilizados durante a amamentação, devido aos riscos de efeitos adversos nos lactentes. O princípio fundamental da prescrição de medicamentos para mães lactantes baseia-se sobretudo no risco X benefício. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-mais-comuns/ https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-mais-comuns/ https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-mais-comuns/ https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/t/toxoplasmose/arquivos/nota-tecnica-no-33-2018-cgscam-dapes-sas-ms https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/t/toxoplasmose/arquivos/nota-tecnica-no-33-2018-cgscam-dapes-sas-ms https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/t/toxoplasmose/arquivos/nota-tecnica-no-33-2018-cgscam-dapes-sas-ms https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amamentacao_uso_medicamentos_outras_substancias.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amamentacao_uso_medicamentos_outras_substancias.pdf https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/379 https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/379 https://www.sanarmed.com/aleitamento-materno-tipos-beneficios-e-contraindicacoes-colunistas https://www.sanarmed.com/aleitamento-materno-tipos-beneficios-e-contraindicacoes-colunistas Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Classificação dos Fármacos para uso durante a amamentação Fármacos seguros para uso durante a amamentação: Aqueles cujo uso por nutrizes não apresentou efeitos adversos sobre o lactente ou o suprimento lácteo. Fármacos moderadamente seguros para uso durante a amamentação: Não há estudos controlados em nutrizes, contudo, existe risco de efeitos adversos em lactentes ou estudos mostraram efeitos adversos pouco significativos. Deve-se manter a amamentação e observar o lactente. Fármacos que devem ser usados com cautela durante a amamentação: Existem evidências de risco de dano à saúde do lactente ou à produção láctea. Esses medicamentos devem ser utilizados levando-se em conta a relação risco-benefício ou quando fármacos mais seguros não estão disponíveis ou são ineficazes. Recomenda-se utilizar esses medicamentos durante o menor tempo e na menor dose possível, observando mais rigorosamente os efeitos sobre o lactente. Fármacos contra indicados durante a amamentação: Existem evidências de danos significativos à saúde do lactente. O risco do uso do medicamento pela nutriz claramente é maior que os benefícios do aleitamento materno. Esses fármacos exigem a interrupção da amamentação. Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 pdf3.pdf (saude.pr.gov.br) (pag 10) 4- Conhecer as consequências do uso precoce do leite de vaca https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/dow nload/25554/23377/313044 A alimentação é um dos fatores que mais interfere na saúde da criança. A primeira infância é um estágio da vida biologicamente vulnerável, logo, uma alimentação e nutrição adequadas são fundamentais para garantir a manutenção da saúde, do crescimento e desenvolvimento infantil. A Sociedade Brasileira de Pediatria (2012) destaca a importância da nutrição infantil quando ressalta que a alimentação, por ser simples e cotidiana, é reconhecida como uma das principais maneiras de manter a saúde, sendo de fundamental relevância para o desenvolvimento do bebê tanto na vida gestacional quanto extra-uterina. O Ministério da Saúde recomenda que crianças amamentem exclusivamente no peito até os seis meses de vida e, após esse período, deverá ser dada alimentação complementar apropriada, sem parar com a amamentação até pelo menos 2 anos de idade. Pesquisas têm registrado, no Brasil, a baixa prevalência do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, sendo substituído pelo leite de vaca que, além de não suprir as necessidades de ferro e de outros nutrientes essenciais, ainda mostra-se como fator de risco para o desenvolvimento adequado das crianças. O leite de vaca é muito diferente do leitehumano em quantidade e qualidade de nutrientes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o leite de vaca não é um alimento recomendado para crianças menores de 1 ano. Quando adotado antes de 1 ano, o leite de vaca pode ser um determinante de algumas doenças como diabetes mellitus tipo 1 e é um alimento muito alergênico para crianças e seu consumo tem sido associado ao desenvolvimento de atopia (hipersensibilidade tipo 1). Podendo causar contaminações, alergias, diminuição na absorção de outros nutrientes, uma vez que, o leite de vaca tem a capacidade de https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/25554/23377/313044 https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/25554/23377/313044 Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 inibir a absorção de ferro nos demais alimentos ingeridos, podendo elevar o risco de anemia e implicar no risco do desmame precoce. A APLV é o tipo de alergia alimentar mais comum nas crianças até 24 meses e é caracterizada pela reação do sistema imunológico às proteínas do leite, principalmente à caseína (proteína do coalho) e às proteínas do soro (alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina). Nos 2 primeiros anos de vida a APLV é a alergia alimentar mais frequente em crianças que já recebem alguma fórmula infantil ou leite de vaca integral, tendo em vista que geralmente sua introdução é precoce. Cabe destacar que o leite materno não desencadeia alergia. http://sban.cloudpainel.com.br/source/SBAN_Impor tancia-do-consumo-de-leite.pdf COMPOSIÇÃO O leite de vaca tem muito mais proteínas que o leite humano e essas proteínas são diferentes das do leite materno. A principal proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana. O leite de vaca possui 87% de água e 13% de componentes sólidos ● divididos entre cerca de 4% a 5% de carboidratos ● 3% de proteínas ● 3% a 4% de lipídios (em sua maior parte saturados) ● 0,8% de minerais e 0,1% de vitaminas. Elevada quantidade de proteínas, elevados teores de sódio, de cloretos, de potássio e de fósforo em quantidades insuficientes de carboidratos, de ácidos graxos essenciais, de vitaminas e de minerais para essa faixa etária. Cadernos de Atenção Básica - Saúde da Criança (Aleitamento Materno e Alimentação Complementar) 2ª edição https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude _crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf Página 120 De acordo com inquérito nacional entre as crianças que recebiam outros leites, o leite de vaca foi consumido por ● 62,4% das crianças menores de 6 meses ● 74,6% das crianças de 6 a 12 meses ● aproximadamente 80% das crianças maiores de 12 meses. O consumo de fórmulas infantis foi de 23% em crianças menores de seis meses, 9,8% na idade de 6 a 12 meses e menor 1% nas demais idades. O consumo de leite de soja variou de 14,6% a 20% nas idades investigadas. Apesar do leite de vaca, fluido ou em pó, não ser a melhor opção de alimentação para crianças menores de 12 meses, esse alimento é o único alimento disponível em função do baixo custo, quando comparado às fórmulas infantis disponíveis no mercado. ● profissionais de saúde saibam orientar as mães, famílias e cuidadores quanto à utilização mais adequada e segura, quando esgotadas todas as possibilidades de relactação para manutenção do aleitamento materno e impossibilidade financeira para aquisição de fórmula. https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/ 23888/1/MELO%2C%20MARIANA%20RODRIGUES.pdf http://sban.cloudpainel.com.br/source/SBAN_Importancia-do-consumo-de-leite.pdf http://sban.cloudpainel.com.br/source/SBAN_Importancia-do-consumo-de-leite.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23888/1/MELO%2C%20MARIANA%20RODRIGUES.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23888/1/MELO%2C%20MARIANA%20RODRIGUES.pdf Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 5- Evidenciar a composição do leite materno e sua superioridade Apesar de a alimentação variar entre as pessoas, o leite materno apresenta composição semelhante para todas as mulheres que amamentam. Assim como o organismo da mulher e do bebê passam por mudanças, o leite materno também se transforma e se adapta de acordo com as necessidades da criança. Ele pode ser dividido em 3 fases: 1) Colostro Produzido no 2º trimestre de gestação até os primeiros dias pós-parto (até o 5º dia). Nos primeiros dias de vida, o estômago do bebê ainda é pequeno e comporta entre 5 e 27 ml de leite, por isso as mamadas são mais curtas e frequentes. Com o passar do tempo, as mamadas se tornam mais espaçadas e longas. A sua cor inicial é transparente ou amarelada, e seu aspecto é mais espesso, tornando-se mais líquido no fim da gestação e logo após o parto para atender as necessidades do RN. Contém mais proteínas, mais albumina e globulinas, baixa concentração de lactose, gorduras e grande concentração de sais minerais, fatores de crescimento e fatores imunológicos como a imunoglobulina A secretora e menos gorduras do que o leite maduro, ou seja, o leite secretado a partir do 7º ao 10º dia pós-parto. O leite e o colostro também contêm linfócitos T e B que estimulam o sistema imunológico do RN, monócitos, neutrófilos e células epiteliais. Vista do ALEITAMENTO MATERNO: CONDIÇÕES ESPECIAIS E CONTRAINDICAÇÕES (revistajrg.com) 2) Leite de Transição Entre o 6º e o 15º dia após o nascimento do bebê, o corpo da mulher passa a produzir um leite mais denso e volumoso, chamado leite de transição. Ele é rico em gorduras e carboidratos. 3) Leite Maduro O leite já maduro começa a ser produzido por volta do 25º dia e possui uma aparência consistente e esbranquiçada. Ele é composto por proteínas, gorduras, carboidratos e outros nutrientes. É importante lembrar que não existe leite fraco. O tipo e a quantidade de leite materno produzido pelo corpo da mulher são ideais e adequados para cada fase de vida do bebê. O leite de mães de recém-nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês a termo. ● O leite das mães de prematuros contém mais gorduras e imunoglobulina secretora do que o de mães de bebês de termo. A concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da mamada (leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a importância de a criança esvaziar bem a mama. O leite materno contém lipídios, proteínas, carboidratos, vitaminas, minerais, substâncias imunocompetentes (imunoglobulina A, enzimas, https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/379/454 https://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/379/454 Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 interferon), além de fatores tróficos ou moduladores de crescimento. Modificação da composição nutricional: Período de gestação, o estágio de lactação (colostro/leite de transição/leite maduro), a fisiologia circadiana, duração da mamada (fração emulsão, suspensão ou solução), características maternas, etc. ÁGUA Maior componente do leite e desempenha papel na regulação da temperatura corporal. Na água estão dissolvidos ou suspensos as proteínas, os compostos nitrogenados não protéicos, os carboidratos, os minerais e as vitaminas hidrossolúveis (C e Complexo B). Já que a maior concentração do leite é de água, então não há necessidade de dar água para o bebê mesmo em dias quentes. FATORES IMUNOLÓGICOS O leite humano possui numerosos fatoresimunológicos que protegem a criança contra infecções. A IgA secretória é o principal anticorpo, atuando contra microrganismos presentes nas superfícies mucosas. ● Os IgA no leite humano são um reflexo dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe, ou seja, ela produz anticorpos contra agentes infecciosos com os quais já teve contato, proporcionando proteção à criança. ● A concentração de IgA no leite materno diminui ao longo do 1º mês, permanecendo relativamente constante a partir de então. Além da IgA, o leite materno contém outros fatores de proteção, tais como anticorpos IgM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisozima e fator bífido. Fator bífido: Favorece o crescimento do Lactobacillus bifidus, uma bactéria não patogênica que acidifica as fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia, tais como Shigella, Salmonella e Escherichia coli. Alguns dos fatores de proteção do leite materno são total ou parcialmente destruídos pelo calor, razão pela qual o leite humano pasteurizado (submetido a uma temperatura de 62,5 ºC por 30 minutos) não tem o mesmo valor biológico que o leite cru. Saúde da criança : aleitamento materno e alimentação complementar (saude.gov.br) VFL05072018.pdf (ufpb.br) CARBOIDRATOS A lactose é o principal carboidrato encontrado (70% do conteúdo de carboidrato) fornecendo cerca de 45 a 50% do conteúdo energético total e apresenta uma importante função na síntese láctea, absorção do cálcio e fornece galactose para a mielinização do sistema nervoso central, além de energia. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/11572/1/VFL05072018.pdf Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Sua concentração no colostro oscila ao redor de 5,3 g/dl, elevando-se para 7 g/dl no leite maduro. A glicose é encontrada no leite humano em quantidades mais baixas (0,02 g/L)/ (14 mg/dl) em relação à lactose. Outros carboidratos estão presentes no leite humano como galactose (12 mg/dl), oligossacarídeos complexos (500 a 1200 mg/dl) glicolipídios, nucleotídeos, glicoproteínas e oligossacarídeos. ● Alguns oligossacarídeos exercem atividade biológica nas crianças, como a de inibir a ligação de patógenos aos seus receptores e a de promover o crescimento de espécies de bifidobactérias no intestino. LIPÍDEOS Constituinte mais variável e é responsável por 3 a 5% da composição do leite humano. Seu conteúdo no leite maduro varia entre 3 e 4 g/dl, aproximadamente 45 a 55% do valor calórico total; já o colostro possui concentração lipídica algo menor, em torno de 1,8 a 2,9 g/dl, que se eleva para valores intermediários (2,9 a 3,6 g/dl) no leite de transição. As células mamárias alveolares sintetizam a gordura láctea, sendo essa síntese estimulada pelo esvaziamento da mama, especialmente através da amamentação, e ainda pela prolactina, secretada no lobo anterior da hipófise. A maior proporção da gordura láctea é formada a partir dos lipídios circulantes, derivados da dieta e dos depósitos maternos. Ademais, parte da gordura do leite humano pode ser sintetizada “de novo” na glândula mamária a partir da glicose, resultando na formação dos ácidos graxos saturados. Os ácidos graxos são componentes importantes do cérebro e do sistema nervoso.Como no 1º ano de vida ocorre intenso crescimento e diferenciação cerebral nos RN pré-termo, a ingestão desses ácidos graxos de cadeia longa é de grande relevância, uma vez que são de grande importância para o desenvolvimento cerebral. Sendo estratificado em triacilgliceróis (98%), fosfolipídios (1% / 0,7%), esteróis (0,5%) e produtos da lipólise, tais como ácidos graxos livres, mono e diacilgliceróis. Os valores de gordura e de calorias mostraram-se menores no leite das mães que tiveram HAS na gestação, quando comparados aos das mães que não apresentaram tal condição. Outra variável que mostrou alteração na composição de gordura e de caloria foi a idade materna: mães com idade igual ou superior a 35 anos apresentaram maior concentração desses macronutrientes, quando comparadas com aquelas com idade menor que 35 anos. https://www.scielo.br/j/rpp/a/sswYBk6LzS35Kq3vCm NHW7n/?format=pdf&lang=pt PROTEÍNAS São qualitativamente diferentes em relação às de outros animais. O colostro é rico em proteínas protetoras especialmente a imunoglobulina secretória A, que age contra infecções e alergia alimentar. O leite maduro contém mais proteínas nutritivas que o colostro. As proteínas presentes no leite são a caseína e as proteínas do soro. O leite humano fornece ao ser humano todos os aminoácidos essenciais (isoleucina, lisina, leucina, triptofano, treonina, metionina, fenilalanina, valina e taurina). As proteínas do soro constituem, no leite humano, cerca de 60 a 90% de seu teor proteico total. Estima-se que logo após o nascimento, na 1ª semana de vida, a quantidade de proteína no leite humano seja em torno de 2 g/100 mL, mas esta https://www.scielo.br/j/rpp/a/sswYBk6LzS35Kq3vCmNHW7n/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/rpp/a/sswYBk6LzS35Kq3vCmNHW7n/?format=pdf&lang=pt Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 quantidade varia de acordo com a idade gestacional e diminui ao longo do tempo, tendo o leite maduro valores próximos a 1,2 g/100 mL. Sua composição inclui a alfa-lactalbumina, a lactoferrina, a lisozima, a soro albumina, as imunoglobulinas e a beta-lactoglobulina. α-lactalbumina No leite humano, 80% (ou 40%) das proteínas advêm dela ● Necessária para o transporte de ferro e síntese de lactose na glândula mamária. A lactoferrina, a lisozima e as imunoglobulinas (especialmente a IgA secretória) Envolvidas no sistema de proteção. ● lactoferrina; glicoproteína presente em concentrações elevadas no leite humano sob forma insaturada, possui a propriedade de ligar-se ao ferro, impedindo os microrganismos patogênicos de utilizar esse mineral para seu metabolismo. Efeito bacteriostático semelhante ao da lactoferrina também é exercido por outras proteínas presentes no leite humano, tais como aquelas que se ligam ao ácido fólico e à vitamina B12. ● Lisozima: enzima com ação lítica da parede celular bacteriana de microrganismos suscetíveis através da clivagem de peptideoglicanos, é encontrada em maior quantidade no leite maduro, ao contrário dos demais fatores da defesa, mais concentrados no colostro. Sua ação é sinérgica à da lactoferrina e à da IgA secretória, possuindo efeito bactericida contra a maioria das bactérias Gram positivas e algumas Gram negativas. ● IgA secretória: representa cerca de 90% das imunoglobulinas presentes no colostro e leite maduro. Trata-se de glicoproteína com estrutura molecular especial que lhe confere maior resistência às alterações de pH e a digestão por enzimas proteolíticas. Tem a propriedade de se ligarem às membranas mucosas, impedindo a aderência dos microrganismos patogênicos. Age ainda através da aglutinação de microrganismos e da neutralização de enterotoxinas. Caseína: proteína láctea encontrada em concentrações variáveis nas diferentes espécies de mamíferos, é altamente resistente ao calor, sofrendo precipitação em pH igual ou inferior a cinco ou por ação enzimática. Existem vários subtipos de caseína, predominando no leite humano, as frações beta-caseína (50%) e kappa-caseína (20 a 27%). ● Existe elevação do teor da caseína do leite humano durante a lactação, acompanhada de concomitante decréscimo dos níveis de proteínas do soro. ● A relação de proteínas do soro/caseína no leite humano é aproximadamente 80/20. ● Assim, a relação proteínas do soro/caseína, que éde 90:10 no início da lactação, modifica-se rapidamente no decorrer da mesma, atingindo valores de 60:40 ou até de 50:50 na fase do leite maduro. ● A caseína é constituída por um grupo de subunidades que tem a propriedade de formar micelas estáveis com cálcio e fósforo, conferindo a aparência branca do leite. ● Tais micelas favorecem o transporte desses minerais em quantidades maiores do que seria possível apenas através de sua solubilidade. As micelas do leite humano são pequenas, sendo seus coalhos, ou seja, os complexos insolúveis formados em decorrência da precipitação da caseína, mais tênues e frágeis. Tais características reduzem o tempo de esvaziamento gástrico, contribuindo para a maior digestibilidade do leite humano. Taurina: aminoácido essencial para o RN, em especial para o RN pré-termo, exerce importante papel na conjugação de sais biliares, aumentando Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 a absorção lipídica, bem como no transporte de zinco; encontrada em concentrações elevadas em tecido cerebral e ainda em tecido retiniano. Glutamina: Aminoácido essencial, promove o crescimento de epitélio intestinal, sendo o principal combustível desse órgão durante o período de estresse. Carnitina: Aminoácido também presente na fração solúvel do leite humano, parece não ser sintetizada por RN pré-termo em quantidade suficiente para suas necessidades; daí a importância de sua inclusão na dieta de tais RN. ● Tem atuação marcante no metabolismo dos ácidos graxos de cadeia longa, facilitando seu transporte através da membrana mitocondrial, que permite a sua oxidação e parcial conversão a cetonas no fígado. Os aminoácidos taurina, glutamina e carnitina têm sido acrescentados às fórmulas lácteas destinadas a RN pré-termo, em concentrações semelhantes àquelas do leite humano, numa tentativa de reproduzir suas importantes funções. DADOS: Um estudo com 46 mulheres, avaliaram fatores associados a modificação da composição nutricional do leite humano e das concentrações de IgA, dentre esses se destacou o fumo. Os autores observaram que o leite das mulheres fumantes continha menos lipídios e proteínas. Além disso, observaram que a concentração de IgA foi inferior entre as fumantes. https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/ici ct/34708/leila_silva_iff_mest_2018.pdf;jsessioni d=33008464268D886D0D59EAABD8A33459?sequence=2 O leite humano possui uma composição nutricional balanceada, que inclui um grande número dos condicionalmente essenciais e de aproximadamente 45 tipos diferentes de fatores bioativos; muitos desses fatores parecem contribuir para o crescimento e desenvolvimento do RN, bem como para a maturação de seu trato gastrointestinal. Dentre eles destacam-se fatores antimicrobianos, agentes antiinflamatórios, enzimas digestivas, vários tipos de hormônios e fatores de crescimento. VITAMINAS E MINERAIS O conteúdo mineral no colostro é superior ao do leite maduro. Os minerais presentes no leite são classificados em: Macrominerais encontrados em maior quantidade: potássio, cloreto, cálcio, sódio, fósforo, sulfato e magnésio. O fator responsável pelas maiores variações nos níveis lácteos desses macrominerais é o tempo de lactação: enquanto os conteúdos de sódio e cloreto diminuem com o passar dos meses, aqueles de potássio, cálcio, fósforo e magnésio se elevam. Microminerais em menor quantidade (oligoelementos): zinco, ferro, cobre, iodeto, cromo, selênio, flúor, manganês, molibdênio, cobalto, crômio, níquel e cádmio. ● Zinco é essencial ao organismo, encontra-se em maior quantidade no colostro, atendendo às necessidades do lactente. ● Ferro garante o aporte necessário à criança em aleitamento materno exclusivo. ● Cobre, selênio, cromo, molibdênio e níquel desempenham papel fundamental no desenvolvimento e crescimento infantis. Vitaminas hidrossolúveis A maioria das vitaminas hidrossolúveis têm concentrações baixas no colostro, que aumentam no decorrer da lactação. A vitamina B2 (riboflavina) pode fugir a essa regra, pois seu nível lácteo, bastante influenciado pela dieta materna, costuma ser elevado no início da lactação e decair durante os meses seguintes. https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/34708/leila_silva_iff_mest_2018.pdf;jsessionid=33008464268D886D0D59EAABD8A33459?sequence=2 https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/34708/leila_silva_iff_mest_2018.pdf;jsessionid=33008464268D886D0D59EAABD8A33459?sequence=2 https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/34708/leila_silva_iff_mest_2018.pdf;jsessionid=33008464268D886D0D59EAABD8A33459?sequence=2 Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Vitaminas lipossolúveis Suas concentrações são geralmente mais elevadas no colostro, sofrendo queda progressiva com o transcorrer da lactação https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/do wnload/62475/65272/81531 https://revistas.ufpr.br/academica/article/downl oad/50597/31869 O colostro, além de proteínas e alguns minerais, também apresentam maiores teores de betacaroteno e demais vitaminas lipossolúveis. A vitamina D e K está presente no soro e na fração lipídica do leite em quantidades não suficientes. A vitamina K, que é administrada no bebê logo após o nascimento, ainda na sala de parto, e a vitamina D precisa ser reposta quando a exposição solar não for suficiente. O teor de vitamina E associa-se diretamente ao teor de lipídio e de ácido linoléico, presentes no leite humano. pdf3.pdf (saude.pr.gov.br) (pag 7) 6- Descrever o processo de introdução alimentar Após os seis meses é importante manter o aleitamento materno e introduzir alimentos variados e saudáveis; pois a partir dessa idade, a alimentação tem a função de complementar a energia e outros nutrientes necessários para o crescimento saudável e pleno desenvolvimento das crianças. Essa garantia de suprir adequadamente os nutrientes para o crescimento e desenvolvimento da criança após os seis meses de vida depende da disponibilidade de nutrientes proveniente do leite materno e da alimentação complementar. Ao orientar o planejamento da alimentação da criança, deve-se procurar respeitar os hábitos alimentares e as características socioeconômicas e culturais da família, bem como priorizar a https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/download/62475/65272/81531 https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/download/62475/65272/81531 https://revistas.ufpr.br/academica/article/download/50597/31869 https://revistas.ufpr.br/academica/article/download/50597/31869 https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/pdf3.pdf Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 oferta de alimentos regionais, levando em consideração a disponibilidade local de alimentos. VFL05072018.pdf (ufpb.br) A partir dos 6 meses, oferecer além do leite materno, alimentos in natura e minimamente processados. Exceções na introdução alimentar Em situações específicas (a mãe voltar ao trabalho em menos de 6 meses; a criança não ganha peso de maneira adequada ou mesmo problemas com a amamentação) é necessário entrar com as fórmulas infantis ou até mesmo iniciar a introdução alimentar antes dos 6 meses. O que são alimentos in natura e minimamente processados? In natura: obtidos diretamente das plantas ou dos animais e não sofrem qualquer alteração após deixar a natureza. Minimamente processados: Passam por alguma modificação, como limpeza, remoção de partes indesejáveis, moagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento ou processos semelhantes que não envolvam a adição de sal, açúcar, óleos, gorduras ou qualquer outra substância ao alimento original. Como montar o prato do bebê? Selecionar 1 alimento de cada grupo: • Grupo das carnes e ovos: Carne bovina, frango, carne desuíno, peixe, miúdos, ovos e outras carnes. ● ricos em proteínas, ferro, zinco e vitamina B12. • Grupo das leguminosas: Feijão (fradinho/ preto/ rajado/ vermelho), lentilha, ervilha, grão de bico. ● ricos em proteínas, fibras e vitaminas do complexo B. ● são boas fontes de ferro, mas para uma adequada absorção devem ser consumidos junto com alimentos ricos em vitamina C. • Grupo de cereais, raízes e tubérculos: Aipim, inhame, batata inglesa/ doce, cará, angu, milho, arroz. ● ricos em carboidratos e vitaminas do complexo B. • Grupo de legumes e verduras: Abóbora, abobrinha, cenoura, chuchu, quiabo, espinafre, couve, beterraba, agrião, entre outros. ● hortaliças verdes: ricos em fibras, vitaminas e minerais (especialmente magnésio, ferro, cálcio e vitaminas do complexo B). ● hortaliças coloridas: ricos em fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes como betalaína e betacaroteno (precursor de vitamina A). https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/11572/1/VFL05072018.pdf Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Não oferecer alimentos batidos e peneirados na forma de papa; Respeitar os sinais de saciedade do bebê. Segundo o Ministério da Saúde a orientação é de inicialmente ofertar alimentos em consistência em forma de papas e purês, e com o passar do tempo a evolução de consistência deve ser adaptada para papas com pedaços maiores de alimentos por volta dos 12 meses de idade da criança. • A introdução dos alimentos deve ser feita aos 6 à 8 meses, ou seja, nesse tempo o bebê deve ser exposto a todos os alimentos que são permitidos para essa idade. Introdução alimentar: 6 meses • Continuar o aleitamento materno • Inicia a oferta de água • 2 pequenas refeições (café da manhã e lanche: leite materno + fruta (antigamente - papa de fruta) • 1 grande refeição (almoço ou jantar/ antigamente = papa salgada) Consistência: alimentos separados no prato, com textura úmida, amassados ou cortados em pedaços pequenos Quantidade: 2 a 3 colheres de sopa nas grandes refeições Introdução alimentar: 7-8 meses • Continuar o aleitamento materno • 2 pequenas refeições (café da manhã e lanche: leite materno + fruta) • 2 grandes refeições (almoço e jantar) Quantidade: 3-4 colheres de sopa por refeição • Estimular a criança no momento da refeição: Dar a colher para a criança tentar comer sozinha; deixar que ela pegue os alimentos com as mãos. Introdução alimentar: 9-11 meses • Continuar o aleitamento materno • 2 pequenas refeições (café da manhã e lanche: leite materno + fruta) • 2 grandes refeições (almoço e jantar) Quantidade: 4-5 colheres de sopa Consistência: alimentos picados e carne desfiada. Introdução alimentar: 1 -2 anos • Continuar o aleitamento materno • 2 pequenas refeições (café da manhã e lanche: leite materno + fruta ou tubérculo/ raiz/cereais) • 2 grandes refeições (almoço e jantar) Quantidade: 5 – 6 colheres de sopa Não usar distratores (telas) durante as refeições. Orientações complementares Não oferecer suco antes de 1 ano de idade Suco: • Tem menos fibra • Mais calorias • Promove menos saciedade • Pode dificultar a aceitação de água • Está associado cárie e ganho de peso excessivo • Menor estímulo à mastigação. Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 De 1 a 3 anos: No máximo 120 ml de suco natural sem açúcar por dia, após uma grande refeição (almoço/jantar). Não oferecer açúcar, nem preparações que contenham açúcar até 2 anos de idade. ● O consumo de açúcar na idade precoce aumenta a chance de obesidade e cárie. ● As crianças têm uma preferência inata ao sabor doce. A exposição frequente a esses alimentos reforça essa preferência podendo reduzir a aceitação de legumes e verduras Não oferecer mel antes de 2 anos de idade ● O mel é proibido antes de 1 ano de idade devido a possibilidade de intoxicação por esporos de C. Botulinum e presença de açúcar na composição. Não oferecer alimentos ultra processados a criança ● O consumo excessivo de ultraprocessados está relacionado com doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e câncer. ● Possuem grandes quantidades de açúcar e sódio na sua composição, além de diversos aditivos químicos. De 6 -12 meses a comida do bebê não deve conter sal A partir de 1 ano de idade a criança já pode comer a mesma comida da família, apenas adequando a quantidade e consistência de acordo com a idade,sendo preparada com temperos naturais, quantidade moderada de gordura e quantidades mínimas de sal. https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/59 7374/2/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20alimentar%20para%2 0beb%C3%AAs.pdf O guia alimentar para crianças menores de dois anos publicado em 2015, nos traz os 10 passos para uma alimentação saudável PASSO 1 – Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. PASSO 2 – A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos de idade ou mais. PASSO 3 – A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, frutas e legumes) 3 vezes ao dia se a criança receber leite materno e 5 vezes ao dia se estiver desmamada. PASSO 4 – A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se a vontade da criança. PASSO 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês), e gradativamente aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família. PASSO 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia (alimentação colorida). PASSO 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. PASSO 8 – Evitar açúcar,café e industrializados, (enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas) nos primeiros anos de vida. PASSO 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados. PASSO 10 - Estimular a criança doente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. É necessário sempre manter alguns cuidados, como estimular a criança a aprender a deglutir, a fim de evitar que ela engasgue com pedaços grandes de alimentos. https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/597374/2/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20alimentar%20para%20beb%C3%AAs.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/597374/2/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20alimentar%20para%20beb%C3%AAs.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/597374/2/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20alimentar%20para%20beb%C3%AAs.pdf Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 MÉTODO BLW O método Baby Led Weaning (BLW) sugere que os bebês a partir do 6º mês já têm capacidade motora para guiarem a própria ingestão (desmame guiado pelo bebê) e sendo assim exibem crescimento e desenvolvimento adequados que são aptos a iniciarem o consumo de alimentos em pedaços, sendo desnecessárias alterações de consistência. Vantagens ao ser inserido pela família: permitindo que os bebês explorem o sabor, textura, cor e cheiro dos alimentos oferecidos, trás o poder de encorajar os bebês a ter sua independência e confiança, ajuda a desenvolver a coordenação visual-motora e as habilidades de mastigação e reduz a probabilidade de distúrbios alimentares na infância, incluindo seletividade e brigas frequentes na hora da refeição. Caracteriza-se pela apresentação dos alimentos sólidos, ou seja, alimentos sem alteração na sua consistência, além de não haver uso de talheres, onde ocorre a livre motivação para levar o alimento até a boca, ou seja, pela própria curiosidade do bebe, que está na sua fase natural de exploraçãodo ambiente. O bebê deve estar sentado junto com a família, no momento da refeição, como uma forma de aprender todo o contexto que envolve a alimentação. Baseado no seu desejo de explorar, experimentar e imitar os adultos que o cercam. Deve-se respeitar e confiar na autonomia do bebê desde o começo da alimentação complementar. A auto alimentação é a chave para evitar a superalimentação e os problemas futuros com a obesidade infantil. Apresentação visual da introdução alimentar método BLW Apresentação visual da introdução alimentar método tradicional O BLW possui impacto direto na erradicação do quadro de obesidade infantil. Essa prática se apoia em aspectos importantes, como o reconhecimento da saciedade e o controle do apetite, considerando as aptidões naturais demonstradas pelo bebê em liderar os alimentos sólidos sozinhos, escolhendo o quê e quanto irá consumir, sem que ninguém o obrigue a comer menos ou mais do que realmente precisa. A asfixia é uma ocorrência muito incomum no BLW, sendo mais recorrente o engasgo; no entanto, quando a criança controla o alimento que vai colocar na boca e está devidamente apoiada com a coluna reta, as chances de que ela tenha um engasgo são mínimas, e em comparação com a introdução convencional, a probabilidade se torna ainda menor. Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Em ambos métodos precisam da supervisão dos pais para evitar possíveis problemas de engasgos, que mesmo com a supervisão pode ocorrer. http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arqu ivos_destaque/gJ1ZdEBcAtoE4AH_2022-9-6-20-6-51.p df Antes de iniciar a introdução alimentar Mesmo antes de iniciar a introdução alimentar, a família já pode estimular o interesse da criança pelos alimentos saudáveis: Deixe o bebê junto da família durante as refeições. Sente o bebê na cadeirinha de alimentação para que ele já se acostume com o local da refeição. Ofereça mordedores, copinhos e talheres infantis para que o bebê possa manipular e levar à boca. Deixe o bebê observar e manipular os alimentos saudáveis. MODO DE PREPARO - https://saude.mpu.mp.br/servicos/publicacoes/arq uivos/guia-pratico-da-alimentacao-complementar.p df 7- Elucidar o calendário vacinal infantil https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sb im-crianca.pdf 1. BCG ID: deverá ser aplicada o mais precocemente possível, em recém-nascidos com peso maior ou igual a 2.000 g. Em casos de histórico familiar, suspeita de imunodeficiência ou RNs cujas mães fizeram uso de biológicos durante a gestação, a vacinação poderá ser postergada ou contraindicada. A revacinação com BCG não é recomendada mesmo para crianças que não desenvolveram cicatriz vacinal, pela ausência de evidências de que a repetição traga benefício adicional. Quando solicitado teste de triagem de erros inatos do sistema imune, adiar a vacinação até avaliação do resultado. 2. Hepatite B: Aplicar a primeira dose nas primeiras 12 horas de vida. O esquema de quatro doses pode ser adotado quando é utilizada uma vacina combinada que inclua a vacina hepatite B. http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/gJ1ZdEBcAtoE4AH_2022-9-6-20-6-51.pdf http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/gJ1ZdEBcAtoE4AH_2022-9-6-20-6-51.pdf http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/gJ1ZdEBcAtoE4AH_2022-9-6-20-6-51.pdf https://saude.mpu.mp.br/servicos/publicacoes/arquivos/guia-pratico-da-alimentacao-complementar.pdf https://saude.mpu.mp.br/servicos/publicacoes/arquivos/guia-pratico-da-alimentacao-complementar.pdf https://saude.mpu.mp.br/servicos/publicacoes/arquivos/guia-pratico-da-alimentacao-complementar.pdf https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Se mãe HBsAg+, administrar também HBIG o mais precocemente possível (até sete dias após o parto). 3. Vacina rotavírus monovalente: duas doses, idealmente aos 2 e 4 meses de idade. Vacina rotavírus pentavalente: três doses, idealmente aos 2, 4 e 6 meses de idade. Para ambas as vacinas, a primeira dose pode ser feita a partir de 6 semanas de vida e no máximo até 3 meses e 15 dias, e a última dose até 7 meses e 29 dias. Se a criança cuspir, regurgitar ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose. Não utilizar em crianças hospitalizadas. Em caso de suspeita de imunodeficiência ou RNs cujas mães fizeram uso de biológicos durante a gestação, a vacina pode estar contraindicada e seu uso deve ser avaliado pelo médico. 4. Tríplice bacteriana: o uso da vacina acelular (DTPa) é preferível ao de células inteiras (DTPw) pois os eventos adversos associados com a sua administração são menos frequentes e intensos. O reforço dos 4 a 6 anos pode ser feito com DTPa-VIP, dTpa-VIP, DTPa ou DTPw. O reforço seguinte deverá ser feito com a vacina tríplice acelular do tipo adulto (dTpa), cinco anos após, preferencialmente entre 9 e 11 anos. 5. Hib: recomenda-se o reforço aos 15-18 meses, principalmente quando for utilizada a vacina Hib nas formulações combinadas com tríplice bacteriana acelular (DTPa) na série primária. 6. Poliomielite: recomenda-se que, idealmente, todas as doses sejam com a VIP. Não utilizar VOP em crianças que não tenham ainda recebido as 3 doses de VIP, hospitalizadas e imunodeficientes. 7. Pneumocócicas conjugadas: O esquema adotado pelo PNI com a VPC10 é de duas doses, aos 2 e 4 meses de vida, com reforço aos 12 meses (esquema 2+1). A SBIm mantém a recomendação para a VPC13 e VPC 15 de três doses aos 2, 4 e 6 meses, com reforço entre 12 e 15 meses (esquema 3+1). 8. Meningocócicas conjugadas ACWY/C: a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunização) recomenda preferencialmente a vacina MenACWY pela maior abrangência de sorogrupos. Crianças vacinadas com MenC podem se beneficiar com o uso da MenACWY e, nesse caso, deve ser respeitado intervalo mínimo de um mês da última dose de MenC. A SBIm recomenda um segundo reforço da vacina MenACWY para crianças entre 5-6 anos de idade (ou cinco anos após a última dose) pela diminuição dos títulos de anticorpos protetores observada após esse período com todas as vacinas meningocócicas conjugadas. 9. Meningocócica B: pode ser usada a partir de 2 meses de idade, idealmente iniciando com uma dose aos 3 meses, outra aos 5 meses e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses (esquema 2+1). Crianças de 12 a 23 meses devem receber duas doses com intervalo de dois meses entre elas, com uma dose de reforço entre 12 e 23 meses após esquema primário. A partir dos 24 meses de idade: duas doses com intervalo mínimo de um a dois meses entre elas – não foi estabelecida ainda a necessidade de dose(s) de reforço. 10. Influenza: é recomendada para todas as crianças a partir dos 6 meses de idade. Quando administrada pela primeira vez em crianças menores de 9 anos, aplicar duas doses com intervalo de 30 dias. Em imunodeprimidos e em situação de risco, pode ser considerada uma segunda dose, a partir de três meses após a dose anual. 11. Febre amarela: Duas doses: aos 9 meses de vida e aos 4 anos de idade. Tifanny Kauri Afya - FCM - P3 Recomendação do PNI: se recebeu 1º dose antes dos 5 anos de idade, indicada uma segunda dose, independentemente da idade atual. Se aplicada a partir dos 5 anos: dose única. Recomendação da SBIm: como há possibilidade de falha vacinal mesmo para quem receber a primeira dose a partir dos 5 anos, a SBIm recomenda uma segunda dose 10 anos após. Contraindicada para imunodeprimidos, mas se o risco de adquirir a doença superar os riscos potenciais da vacinação, o médico deve avaliar seu uso. Recomenda-se que crianças menores