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HABILIDADES MÉDICAS IV 
 
 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO 
 
 
 
 
PADRONIZAÇÃO DOS ITENS 
DE ANAMNESE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Edição 2023 
COORDENAÇÃO HABILIDADES MÉDICAS IV 
Sônia Rejane Kempfer Lemos 
 
 
TEXTO INICIAL 
Ivan Sinigaglia Nunes Pereira 
 
 
GRUPO DE DISCUAÇÃO 
PARTICIPAÇÃO E COLABORAÇÃO DO TEXTO FINAL 
 
Ana Paula M. de A. V. de Barros 
Danielle Scarpin 
Ivan Sinigaglia Nunes Pereira 
Joaquim Miguel Vinha 
Letícia Morais 
Lígia M. A. Ayach 
Luiz Cunha 
Maria Aparecida Devulsky Shimabukuro 
Natally Morais 
Odilei Antonio Cavalcante Braga 
Paola Stella W. de Oliveira 
Sônia Mara Ferreira 
Sônia Rejane Kempfer Lemos 
Sylvia Jussiani 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICINA UNIDERP 
2023.1 
SUMÁRIO 
 
1. Recomendações Gerais. 
2. Itens obrigatórios na anamnese e ordem padronizada. 
3. Identificação do aluno. 
4. Identificação do paciente. 
5. Queixa Principal e Duração. 
6. História da Doença Atual. 
7. Interrogatório Sintomatológico. 
8. Antecedentes pessoais fisiológicos. 
9. Antecedentes pessoais patológicos. 
10. Medicamentos em uso. 
11. Antecedentes familiares. 
12. Hábitos de vida. 
a. Alimentação. 
b. Ocupação. 
c. Viagens. 
d. Atividade física. 
e. Uso de tabaco, álcool e drogas ilícitas. 
13. Condições socioeconômicas. 
14. Sinais vitais. 
15. Exame físico geral (ectoscopia). 
16. Exame físico específico. 
17. Genograma. 
18. Diagnostico Médico Ampliado (DMA). 
19. Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Recomendações Gerais da Anamnese e Avaliação: 
 
a. Somente usar folhas pautadas (com linhas) e letra cursiva. Não entregar em folhas de 
papel sulfite ou escritas diretamente no Tablete. 
b. Evitar usar folhas com desenhos e figuras e sempre manter a boa aparência do 
documento, visto que a escrita já é o treinamento para elaboração de prontuário. 
c. Alguns professores recebem a anamnese digitalizada. Para isso, o documento deve ser 
todo escrito como previsto nos itens acima e depois digitalizado e montado em um PDF 
único, com todas as identificações e textos bem legíveis. 
d. Itens de organização e escrita devem ser avaliados e os pontos atribuídos conforme 
tabela em anexo ao final do texto. 
e. Este momento é somente de discussão de aspectos FISIOLÓGICOS da semiologia. Os 
alunos devem aprender o normal e começar a aprender o que não é normal, mas eles 
não têm obrigação de saber e responder sobre o que não é fisiológico. Pode ser 
mostrado e ilustrado, mas não pode ser cobrado. 
f. As anameses devem ser devolvidas com todas as anotações de correção, seja no papel 
ou no PDF. Não pode retornar a anamnese para o aluno somente com a nota sem 
descrever o que está falho. 
g. O professor deve checar os pacientes antes de enviar o aluno para realizar a anamnese 
e exame físico, precisa saber quem é o paciente e o que ele tem antes do aluno. 
h. O professor deve acompanhar parte da conversa e exame físico de todos os alunos, 
revezando entre eles, e deve passar o exame físico da discussão do dia com todos os 
alunos no leito. 
i. O professore deve rodiziar as enfermarias para o aluno ter contato com diferentes tipos 
de situação, não levá-los para fazer anamnese, por exemplo, todas com casos 
ortopédicos ou todos com casos cardiológicos. 
j. Cada aluno deve fazer seu anamnese sozinho, deve ter um paciente para cada aluno. 
Na HM IV eles já têm experiência para realizar dessa forma, desde que estejam 
supervisionados pelos professores. 
k. Avaliação: deve ser pautada nos critérios de avaliação e nos objetivos do caderno. 
Aluno que faz tudo certo, chega no horário, atitudes dentro do padrão (Jaleco, cabelo, 
vestimentas, postura, etc.) são alunos de avaliação B (bom). Excelente (E) é para alunos 
que vão além disso, enriquecem a discussão durante e após a anamnese, trazem algo 
dentro do contexto e do tema que mostram que foram além. Alunos que não trazem 
conhecimento prévio, não participam e não demonstram conhecimento cognitivo do 
tema do dia, além de atitudes fora do padrão, devem sempre ser avaliados com I 
(insuficiente). Lembrando que nas atividades práticas das habilidades médicas a 
avaliação é FORMATIVA, e não SOMATIVA. 
l. Mini-Cex (Minimal Clinical Examination): A avaliação deverá ser feita obrigatoriamente 
com um aluno por paciente. Não pode fazer todos os alunos com o mesmo paciente. 
Além disso, o aluno deve ter a devolutiva do que ficou falho ao final de seu MINICEX, 
INDIVIDUALMENTE, não sendo necessário apresentar a nota somativa nesse momento. 
Também não podemos fazer perguntas sobre aspectos patológicos da semiologia nesse 
momento de HMIV e nem arguições fora do documento que recebem para avaliar o 
aluno. Não precisa ser a HDA completa aqui, mas ele deve fazer referência ao nome, 
idade e qual o caso do paciente antes de realizar o exame na sua presença. 
m. Quando detectarmos falha no aprendizado prévio do aluno, além de avaliarmos de 
forma correta – visto que eles têm referências bibliográficas e objetivos a cumprir das 
outras HM, que deveriam ter ido atrás – devemos avaliar, anotar e é nossa obrigação 
como professores explicar o que está falho, não apenas assinalar, mesmo que seja 
conteúdo lá do início, das habilidades médicas do primeiro semestre. 
 
 
 
 
2. Itens obrigatórios na anamnese e ordem padronizada: 
 
A. Identificação do aluno. 
B. Identificação do paciente. 
C. Queixa Principal e Duração. 
D. História da Doença Atual. 
E. Interrogatório Sintomatológico. 
F. Antecedentes pessoais fisiológicos. 
G. Antecedentes pessoais patológicos. 
H. Medicamentos em uso. 
I. Antecedentes familiares. 
J. Hábitos de vida. 
a. Alimentação. 
b. Ocupação. 
c. Viagens. 
d. Atividade física. 
e. Uso de tabaco, álcool e drogas ilícitas. 
K. Condições socioeconômicas. 
L. Sinais vitais. 
M. Exame físico geral (ectoscopia). 
N. Exame físico específico. 
O. Genograma. 
P. Diagnostico Médico Ampliado (DMA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Identificação do Aluno 
A. Nome do aluno. 
B. Preceptor. 
C. Modulo. 
D. Data da realização da anamnese. 
 
4. Identificação do Paciente: (0.25) 
- Fazer sempre o texto em coluna única, um item em cada linha. 
- Não se faz identificação do paciente a cada página ou a cada novo tópico 
da anamnese, apenas a inicial. 
 
A. Nome do paciente: apenas iniciais (por exemplo: J.M.E.). Não utilizar primeiro 
nome, nem apelido, muito menos nome completo. 
B. Idade: Numérica padrão. Não usar data de nascimento nem aqui nem em outro 
campo, precisamos saber a idade. 
C. Sexo/gênero: masculino, feminino, não-binário, não identificado, etc. 
D. Cor/etnia: neste item, como o que nos interessa neste momento é a questão 
clínica e epidemiológica, é o que o aluno observa. Cor autodeclarada vai ficar no 
DMA. 
E. Naturalidade: região ou município de origem. 
F. Residência: se for no nosso município, apenas o bairro. Não identificar rua nem 
casa, nem endereço. Se for outro município, identificar o nome e se possível 
bairro também, além de qual zona reside (se é zona rural ou urbana). 
G. Procedência: De onde ele vem nesse momento da realização dessa consulta. Ele 
pode morar em uma cidade, mas se estava há duas semanas na casa dos pais em 
outro município, região ou pais, por exemplo, deve relatar este aqui. 
H. Estado civil: padrão 
I. Escolaridade: padrão 
J. Profissão: formação profissional 
K. Ocupação: aquilo que exerce de função atual, independente da profissão. 
L. Local de trabalho: onde exerce sua ocupação atual. 
M. Religião: padrão 
N. Plano de saúde: padrão. 
O. Grau de confiabilidade: padrão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Queixa Principal e Duração (1.0): 
Aqui no Curso de Medicina da UNIDERP já é padronizado desde o início como QUEIXA 
PRINCIPAL E DURAÇÃO (QPD). Existem diferenças entre os diferentes autores, mas 
utilizaremos esta referência citada. 
- apenas uma queixa, visto que é queixa principal. Qual a queixa que fez o paciente 
realmente decidir procurar assistência médica. Precisamuitas vezes de 
desconstrução para chegar a essa queixa. 
- termos com as palavras do paciente (aspas apenas nos maneirismos de fala). 
- tempo de duração do sintoma que o levou até o atendimento. Utilizar horas, 
dias, semanas, etc. Não utilizar datas, por exemplo, “dor de barriga desde o dia 
17 de agosto”. 
O NÃO cumprimento desses quatro requisitos para o QPD o torna incorreto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. História da Doença Atual (HDA) (2.0): 
 
A avaliação deste item vale de zero a dois pontos, portanto, não tem como 
engessar uma fórmula para tal, aqui a subjetividade na formação de cada um que vai 
definir o quanto essa nota varia. Mas itens obrigatórios e o formato de construção deve 
ser padronizado. Alguns itens lembrados nas discussões estão a seguir, mas o padrão é 
o que temos nos livros de refer6encia e conhecimento prévio. 
 
Na HDA o aluno irá descrever com terminologia médica em ordem cronológica, 
não se utilizando mais de conversas no formato Texto Experiencial, todos os eventos 
ligados à sua queixa atual. Com isso, a QPD vai determinar o sintoma guia e esse deverá 
estar bem destrinchado na HDA. Dor, febre, edema, dispnéia, icterícia entre outros, 
quando forem citados, deverão ter todos seus caracteres semiológicos descritos. Os 
conteúdos para construção estão nos livros, vamos apenas padronizar. 
 
Sintomas guia, como DOR, por exemplo, devem obrigatoriamente ter todos as 
suas características semiológicas descritas. 
 
- Evitar texto experiencial: "...refere que quando foi passear com as cachorras na 
praça, ao ver passar um ônibus ficou estressado…bla, bla, bla"”. Esses momentos 
de história não interessam na HDA, deverá ser objetivo: ", "...durante caminhada 
em ritmo leve e habitual, sentiu desconforto bla, bla, bla.". 
- Ordenar tudo cronologicamente: "paciente refere dores em BV ás 6h da manhã, 
ás 12h refere perda de líquido e 12:30 perda de sangue. Aí resolveu procurar o 
hospital". QPD: "perda de sangue pela vagina há 1h"” por exemplo. Na HDA, 
paciente refere que iniciou quadro de dor tipo cólica de intensidade 6 (6/10) há 
7h, de inicio súbito, bla, bla, bla, ..., há 02 horas a dor se manteve, mas 
apresentou perda de liquido claro, bla, bla,...,e há 1h começou com sangramento 
via vaginal, sem coágulos, bla, bla, bla.". 
- Evolução: Para pacientes internados ou em tratamento regular, deverá constar 
ao final da HDA algo sobre a evolução: "...Paciente no momento aguarda 
resultado da tomografia para orientar conduta", "paciente em programação de 
alta hospitalar", "permanecerá internado mais uma semana para receber 
antibióticos", coisas simples, sem necessidade de conhecimento sobre a doença 
ou acessar o prontuário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Interrogatório Sintomatológico (1.0): 
 
- O I.S. deverá conter dados de queixas não do dia da anamnese, mas sim das 
queixas de pelo menos desde o início da HDA. 
- Aqui todos os termos são perguntados de diferentes formas e "transcritos" com 
a terminologia médica, como no padrão das referências bibliográficas. 
- Das referências citadas, o livro “Propedêutica da criança ao idoso” é o que está 
melhor descrito para os alunos entenderem esse tópico, mas ele é uma das 
referências. Ele está organizado de forma a auxiliá-los nas formas de interrogar 
cada sistema, facilitando muito esta parte da anamnese. 
- Utilizar sempre REFERE ou NEGA. 
- Quando o sistema interrogado já fizer parte da HDA, o aluno pode citar: "Refere 
ou nega - VIDE HDA". 
- Se algum sistema apresentar algum sinal ou sintoma que não está diretamente 
ligado ao HDA, por exemplo, um paciente com pneumonia e no IS em sistema 
osteoarticular, ele deve referir a "dor" no joelho esquerdo nesse item e ele deve 
descrever o decálogo da dor no próprio IS, neste local. 
- Não pode ter exame físico no IS, aqui é somente o que o paciente refere 
mediante os questionamentos de quem pergunta, mesmo o examinador vendo 
que não está compatível. Por exemplo, durante a anamnese o aluno percebe que 
o paciente tem uma "mancha negra enorme em todo braço direito". Ao 
perguntar para o paciente sobre "manchas no corpo", ele diz que não tem nada, 
mesmo você vendo. Então no IS deverá constar NEGA neste tópico e no tópico 
de EXAME FISICO, ali se descreve: "mácula hieprcrômica de tantos cm em 
antebraço esquerdo…, etc.". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Antecedentes Pessoais Fisiológicos: 
 
A. Gestação e nascimento (do PACIENTE): se a mãe dele fez pré-natal na 
gravidez que ela nasceu, como foi o parto, se amamentou, se houve 
intercorrências, quantos irmãos tem e qual a ordem dele nesses irmãos. 
B. Desenvolvimento psicomotor e neural: para adultos lembrar quando 
começou a engatinhar, andar e falar pode ser um problema, então se o 
paciente não souber relatar, o ideal é perguntar se começou a andar e falar 
no "tempo normal, igual às demais crianças". Com isso já da para ter uma 
referência. Quando tem alguma alteração nessa fase, com essas perguntas, 
eles referem tipo "demorei pra andar", "só falei com 5 anos", etc. 
C. Desenvolvimento sexual: para mulheres, esta discussão pode ficar aqui, mas 
pode ser aberto um novo tópico de antecedentes gineco-obstétricos quando 
a paciente é mulher. 
a. Quando iniciou a puberdade (surgimento de pelos e mamas) - 
homens e mulheres. 
b. Menarca. 
c. Sexarca. 
d. Atividade sexual: presente ou não, parceiro fixo? Quantas relações 
por semana? Tem vontade de ter relações sexuais? Tem dor durante 
as relações, especialmente mulheres (à penetração ou profunda - 
dispareunias). 
e. Para quem tem dificuldade de perguntar sobre vida sexual para 
mulheres, especialmente as de mais idade, pode abordar a paciente 
falando sobre namoro ("a senhora tem namorado?", "namora 
atualmente?", por exemplo), isso facilita muito abordar esse tema 
que é muito importante, especialmente pacientes mulheres. 
f. orientação sexual: normalmente ao abordar o item acima, este na 
maioria das vezes já é dedutível, mas não tendo clareza da resposta, 
deve-se fazer pergunta direta. O termo a utilizar pode ser o que o 
paciente trouxer inicialmente, mas normalmente utilizamos para a 
grande maioria heterossexual, homossexual, bissexual, HSH, MSM, 
HSM, MSH, ou não-binário. Lembrando que Porto coloca aqui sobre 
orientação e não identidade sexual, que é tão ou mais importante, 
mas vocês, tendo essa informação, podem adicionar aqui também. 
Essa informação deve estar presente no DMA. 
g. Para mulheres: ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: XG XP XAb. 
i. Se teve parto cesárea, qual foi a indicação dessa cesárea; se o 
pré-natal foi normal, se houve intercorrências dos bebês ao 
nascer (prematuridade, baixo peso, malformações, ...), etc. 
 
 
 
 
 
 
 
9. Antecedentes Pessoais Patológicos: 
A. transfusões sanguíneas. 
B. doenças da infância. 
C. Imunização. 
D. traumas, acidentes. 
E. cirurgias prévias. 
F. tratamentos prévios. 
G. doenças crônicas. 
 
10. Medicamentos em uso: 
A. Antes da internação, NÃO os medicamentos que está usando no hospital, se forem 
pacientes internados. 
B. Tanto medicamentos prescritos como medicamentos que o paciente está fazendo 
uso POR CONTA. 
C. Nas HMIII e HMIV tentar saber o nome do remédio (comercial ou da droga), sem se 
preocupar muito com dose e posologia, caso não consiga esses dados, mas tentar 
obter o máximo de informações possíveis sobre qual tipo de medicamento, nome 
comercial, nome da droga e posologia. 
 
11. Antecedentes familiares: 
A. Se há algum na família e nas famílias do pai e da mãe com alguma doença ou 
tratamento. Se ninguém tiver nada, PAI e MÃE obrigatoriamente têm de vir 
registrados aqui, mesmo que não conheça os pais biológicos ou que não saiba 
descrever sobre os problemas, mas pelo menos a referência tem de estar presente 
sobre os pais. Idade atual ou de falecimentos também devem estar presentes aqui. 
 
12. Hábitos de Vida: 
A. Uso de drogas ilícitas, álcool e tabaco. 
B. Alimentação: apesar da orientaçãodos autores é de fazer montar o cardápio do 
paciente, achamos importante perguntar no geral como são as refeições dele: 
"tomo café pela manhã, no almoço arroz e feijão, etc.", nada pra ver balanço de 
proteínas, gorduras e carboidratos, vitaminas, etc. Apenas pra ter uma ideia geral 
sea alimentação do paciente está minimamente adequada. 
C. Se toma banho e faz higiene corporal (x vezes/período). 
D. Qualidade do sono. 
E. Atividades físicas regulares, fora as atividades que realiza no trabalho. 
F. Deslocamentos ou viagens (recentes e habituais). 
G. Lazer. 
H. Condições no local de trabalho. 
 
13. Condições socioeconômicas: 
A. Aqui serão as mesmas perguntas dos elementos de construção do DMA, portanto 
aproveite esse momento para fazer as perguntas que vai usar no DMA uma vez só. Esses 
itens serão discutidos no DMA, mas devem estar descritos aqui. Até porque DMA é uma 
Construção pedagógica apenas da Medicina UNIDERP. 
B. Aqui deverá ficar escrito sobre condições de moradia, infra-estruturta do bairro, acesso 
à saude, renda e quantos moram na casa (para definir classe social pelo IBGE). 
14. Sinais Vitais (Conteúdo da HM I): 
A. Colocar o item, valor aferido com unidade correta e a descrição do resultado. 
B. Não precisa colocar os valores de referência de normalidade: 
C. EXEMPLO: "2. frequência respiratória: 20 irpm - eupneico". 
 
15. Exame Físico Geral (Ectoscopia – Conteúdo da HM II): 
- A padronização usada aqui é retirada de material do que é discutido na HMII 
mais complementação da literatura de itens que achamos importantes estarem 
inseridos agora para HM IV. Tópico extremamente importante na anamnese e 
deve ser corrigido com muito critério. Segue abaixo o esquema dos itens e no 
tópico seguinte os comentários de cada item, se possível, orientá-los a manter 
essa ordem: 
 
1. Estado geral 
2. Exame Neuropsíquico 
a. Nível de consciência 
b. Orientação auto e alopsíquica 
c. Perceptividade e Reatividade 
d. Fala e linguagem (identificar se está normal ou não) 
3. Fácies 
4. Hidratação (além do diagnóstico, descrever onde examinou) 
5. Coloração de pele e mucosas (além do diagnóstico, descrever onde examinou) 
6. Medidas antropométricas 
a. tipo constitucional 
b. IMC (altura e peso) – descrever qual diagnóstico do valor. 
c. Circunferência abdominal – descrever qual diagnóstico do valor. 
d. Circunferência de panturrilha (paciente acima de 65 anos) – descrever qual diagnóstico do valor. 
7. Nutrição (além do diagnóstico, descrever onde examinou) 
8. Atitude 
a. Postura em pé 
b. Postura deitado 
c. Movimentos involuntários 
 
 
Padronização do Exame Físico Geral (Ectoscopia) 
 
O exame físico geral pode ser escrito em tópicos ou de forma descritiva, desde que 
fique organizado de forma que a leitura seja fácil e contenha tudo o que está sendo 
solicitado na descrição a seguir. Nada daqui serve do que o paciente refere, apenas do que 
o aluno ou médico constatar ao realizar o exame. 
 
1. Estado geral: definir ao final BEG, MEG, REG baseado no exame que realizou. Não precisa na HMIII e HM IV 
colocar em parênteses neste ponto um resumo do que achou, como na HMII. 
2. Exame Neuropsíquico 
d. Nível de consciência: vigília (ativo, consciente) ou inconsciente (ou coma, sem precisar nas HMII, III e 
IV entrar nos detalhes do coma). 
e. Orientação auto e alopsíquica: paciente sabe onde está, que dia é hoje e qual o nome dele. 
f. Perceptividade e Reatividade: se está atento ao ambiente e responde naturalmente a estímulos 
provocados ou não. Se ele percebe o movimento no quarto, ouve alguma coisa e olha, alguém chama 
a atenção dele e percebe, não precisa fazer manobra nenhuma específica para avaliar. 
g. Fala e linguagem: observar e anotar se ele tem alteração de fala. Nas HMII, III e IV ainda não tem 
conteúdo para diferenciar os tipos, mas importante descrever se está normal ou não. 
3. Fácies: se é ATÍPICA ou típica de alguma doença conhecida que seja característica dessa face. 
4. Hidratação: 
- DEFINIR se está hidratado ou não. Caso não quantificar. 
- Citar onde examinou para definir estado de hidratação 
- filme lacrimal 
- mucosa oral 
- turgor da pele 
 5. Coloração de pele e mucosas: 
- Descrever: coloração, icterícia e cianose. 
- Citar onde examinou para definir estado de coloração 
- mucosa pálpebras 
- esclera 
- mucosa oral 
- palma das mãos 
- pele 
 6. Medidas antropométricas 
h. tipo constitucional: Charpy - proporção pescoço/membros 
i. IMC (altura e peso). Se não puder medir, pedir os valores ao paciente para realizar avaliação apenas 
com fins PEDAGÓGICOS e deve obrigatoriamente estar descrito que a altura e ou peso foram dados 
comunicados pelo paciente e não foram feitas as medidas. Depois de calcular o IMC, anotar o valor 
e descrever se esta está normal ou qual grau de alteração que ele refere (obesidade grau I, por 
exemplo). 
j. Circunferência abdominal: medir SOMENTE COM PACIENTE EM PÉ e descrever se este valor 
encontrado está normal, aumentado ou muito aumentado para o gênero, conforme tabela 
apresentada no Porto. Não serve o que o paciente falar nem medir com o paciente deitado. 
k. Circunferência de panturrilha: acima de 65 anos obrigatoriamente e utilizar as referências do Porto 
(normal >35; 31-35 já tem perda ecomplementares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. Genograma: 
 
- referência bibliográfica: "Genograma, o bisturi do médico de família": 
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4425.pdf 
- pelo menos 3 gerações. 
- marcação dos que moram no mesmo ambiente. 
- referências de gênero de forma correta. 
- Patologias e idade dos principais envolvidos. 
- Legendas. 
 
 
 
 
 
 
 
18. Diagnóstico Médico Ampliado (DMA): 
 
Item que deve obrigatoriamente vir ao final da anamnese. Qualquer outro local que for 
colocado, está errado. Conteúdo introduzido na HMII que seguirá até a finalização curso. 
Foi criado no curso de medicina da UNIDERP, portanto não temos referência 
bibliográfica publicada, apenas algumas semelhanças com o programa Humaniza SUS, 
do governo federal. Ele serve trazer para nós um olhar da saúde do paciente além do 
biológico que estamos habituando, ampliando nossa visão na elaboração de diagnóstico 
e estabelecimento de condutas. Coletaremos dados para avaliar características: 
- antropológicas culturais. 
- socioeconômicas. 
- Psicoemocional. 
Com base nesses dados, deveremos finalizar o DMA também com um diagnóstico, se 
esse paciente esse paciente se encontra em vulnerabilidade ou risco social, situações 
que podem impactar na sua saúde geral e recuperação. Aqui esses conceitos são 
diferentes da cartilha do Humaniza SUS, onde eles são sinônimos. Vamos citar aqui os 
itens de construção do DMA e depois o que deverá estar presente no DMA. 
 
Elementos de construção do DMA: 
1. Antropologico cultural: todos esses itens deverão estar presentes no DMA 
- Cor (sempre AUTODECLARADA), deve ter essa referência citada pelo aluno. 
- Cultura: Grupo étinico específico (religioso, geográfico, etc). 
- Influência multicultural: predomínio urbano, rural, etc. 
- Espiritualidade: NÃO É RELIGIÃO AQUI. 
- Intrínseca 
- Extrínseca 
- Ateu / agnóstico 
- Não desenvolvida (crianças, por exemplo) 
- Sexualidade: 
- Sexo: biológico ao nascer. 
- Identidade (gênero): sente-se como, pertencente a qual gênero. 
- Papel: papel que exerce na sociedade, em função do gênero. 
- Orientação afetivo-sexual: para que gênero direciona seu desejo afetivo 
e/ou sexual. 
- Satisfação afetiva e sexual: perguntar se está contente com sua vida 
tanto afetiva quanto sexual no momento. 
 
2. Socioeconômico: todos esses itens deverão ser perguntados ao paciente, mas 
nem todos precisarão estar descritos no DMA, apenas os sublinhados: 
 
- Tipologia familiar (IBGE) 
- RENDA PER CAPTA: item importante para poder definir Classe Social 
- Classe Social (IBGE) 
- Os demais itens provavelmente já foram perguntados em outros momentos da 
anamnese e podem ser incluídos aqui. Se não foram, deverão ser perguntados e 
descritos aqui e nos demais locais já discutidos. 
 
- condição de moradia 
- ocupação / profissão 
- Lazer / atividades sociais 
- Acesso à saúde 
- Integração social 
 
3. Percepção Psico-Emcional 
Não é para fazer diagnóstico psiquiátrico nem psicológico. Simplesmente é para 
descrever qual a percepção que o aluno teve do paciente ao entrevistá-lo e 
examiná-lo. Algo simples como "alegre, triste, angustiado, ansioso", etc: 
…"Paciente durante nossa conversa e exame me pareceu angustiado, apesar 
de bem comunicativo", por exemplo. 
 
Como esses três itens, definiremos a vulnerabilidade ou risco social do paciente: 
 
No geral, ao final do DMA, deveremos ler essa descrição: 
 
- “Paciente não apresenta vulnerabilidade ou risco social.", ou 
- “Paciente apresenta vulnerabilidade, pois na sua residência tem um 
membro da família que vende drogas”. 
- Se há vulnerabilidade ou risco social, este deve ser descrito, não apenas 
citado se existe. Caso contrário, está errado. 
- Não devem ser descritos itens 
 
 No formato que é ensinado na HMII do nosso curso, RISCO SOCIAL é algo mais 
abrangente e bem mais grave do que vulnerabilidade. Normalmente paciente pode 
estar em uma ou mais vulnerabilidade e não estar em risco social. Seguem algumas 
referências descritas na HM II: 
 
Vulnerabilidade 
- Carência 
- Território 
- Saneamento, habitação, segurança, educação, lazer, eventos culturais 
- Renda e patrimônio 
- Privação – acesso à serviços públicos 
- Fragilização de vínculos afetivos 
- Idade, gênero, deficiências, etnia, orientação sexual 
 
Risco social 
- Vínculo rompido 
- Direito violado 
- Abandono, maus tratos, trabalho infantil, abuso, drogadição, situação de rua, 
prostituição 
 
 
 
 
19. Referências Bibliográficas: 
 
1. Propedêutica médica - da criança ao idoso. Aleksandro Belo Ferreira (Autor), 
Camila Bianca Lecciolle Paganini (Autor), Carlos André Minanni (Autor), Irineu 
Francisco Delfino Silva Massaia (Autor), José Carlos Aguiar Bonadia (Autor), Karina 
Moares Kiso (Autor), Marcos Daniel Saraiva (Autor), Thiago Souza La Falce (Autor). 
Editora Atheneu; 2ª edição (2 outubro 2015). ISBN-10:8538806106. Português. 456 
páginas. 
2. Exame Clínico. Celmo Celeno Porto. Guanabara Koogan; 8ª edição (17 janeiro 
2017). Português. 584 páginas. 
3. Semiologia Médica. Celmo Celeno Porto. Guanabara Koogan; 8ª edição (31 janeiro 
2019). Português. 1376 páginas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 
Pontuação dos Itens de Avaliação: 
 
ESPECÍFICOS HM IV 
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 0,25 
QPD 1,0 
HDA 2,5 
I.S. 1,0 
ANTECEDENTES PESSOAIS, FAMILIARES 0,5 
MEDICAMENTOS, HÁBITOS E CONDIÇÕES S.ECONÔMICAS 0,25 
SINAIS VITAIS 0,5 
EXAME FÍSICO GERAL 1,0 
EXAME FÍSICO ESPECÍFICO HM III e HM IV 2,5 
GENOGRAMA 0,25 
DMA 0,25 
GERAIS 
ASPECTO GERAL DO MATERIAL ESCRITO: rebordas do papel, 
limpeza, organização visual, ordem correta dos itens 
específicos. 
-1 ponto da nota final 
ESCRITA: texto identificado sem nome do aluno e data da 
realização da anamnese, ortografia ruim, letra ilegível, 
rasuras, riscos, corretivos. 
-1 ponto da nota final 
FALTOU ITEM A SER DESCRITO: sinais vitais, exame físico 
geral, genograma, DMA, etc 
-1,5 ponto da nota final 
FALTOU ITEM DE OBJETIVO ESPECÍFICO DA ATIVIDADE DO 
DIA: Por exemplo, dia de Semiologia do Aparelho 
Respiratório e o aluno esqueceu de descrever esse item. 
-2,0 pontos da nota final

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