Prévia do material em texto
Complexo Respiratório canino – Tosse dos canis · Etiologia multifatorial · Agentes etiológicos · Fatores do hospedeiro · Fatores ambientais · Patogenos mais associados · Parainfluenza canino · Adenovirus canino tipo 2 · Herpesvirus canino 1 · Bordetella bronchiseptica Sinais clínicos · Tosse · Descarga nasal · Mais sérios – dispneia · Quando há animais com esses sinais mais graves e em conjunto raramente haverá ação de apenas um agente etiológico; · Agem sinergicamente – somando forças entre si para causar o efeito de uma doença mais grave · Há diversas vacinas multivalentes · No entanto surtos em cães vacinados ocorrem rotineiramente – pesquisas evidenciam que outros agentes não identificados que não estão na vacina Fatores · Patógenos – parte do processo multifatorial · Hospedeiro – estresse, estado imunológico ou exposição previa · Condições ambientais – superlotação e ventilação deficiente Para haver expressão clinica do CRC: patógenos(não apenas 1), fatores do hospedeiro e condições ambientais Agentes · Parainfluenza vírus canino (CPIV) – 1º · Está presente na vacina · Considerado agente n1 · Estudo recente evidenciou que sua prevalência é alta com sinais da doença respiratória aguda · Não tao estudado · Circula MESMO em locais onde vacinação é rotineira · Multiplas cepas virais circulantes (de campo) dificulta uma imunização efetiva contra ele · Vírus envelopados · Adenovírus canino tipo 2 · Contemplado na vacina · Muito similar ao adenovírus canino tipo 1 que causa hepatite, usado para imunizar contra ela também · Em locais onde a vacinação é feita corretamente a prevalência cai drasticamente relacionada com a tosse dos canis · Herpesvírus canino 1 · Determina quadros reprodutivos em cães · Mais prevalente em cães de canis (↑densidade pop) · Papel dele é secundário na tosse dos canis por estar latente, quando é coinfectado por outro vírus que causa a tosse dos canis também acaba saindo de latência · Coronavírus respiratório canino – 2º · Não é parecido com o entérico dos cães · Mais semelhante com o coronavírus BOVINO · Descoberto em 2003 em um canil onde os cães eram rigorosamente vacinados (multivalente contra corona entérico) evidenciando sua diferença do coronavírus entérico · SEGUNDO DE maior influencia · Influenza canino · Descoberto em 2004 nos EUA · Geneticamente relacionada ao influenza equino H3N8 · Transmissão acontece de cão pra cão · Altamente prevalente em cães de canis e transmissível · Outros subtipos encontrados em cães: H3N2 aviario em surtos de CRC em cães de canis, H3N1 – coreia do sul e depois H5N1 · Pneumovírus canino · Virus resp. sincicial bovino · Semelhante ao vírus de bovinos e humano, mas é mais similar ao vírus murino (ratos) · Faltam estudos globais sobre a prevalência e patogenia para checar associação com doença clínica · Bordetella bronchiseptica · Cocobacilo gram negativo e aeróbio · Já está presente na microbiota do trato respiratório superior, então depende atuação de um agente primário causar um desequilíbrio; · Complica infecções virais leves ou autolimitantes · 80% dos cães com CRC aguda ela está presente · Sai do trato respiratório superior e coloniza o inferior · Mesmo após anos de vacinação ainda são a principal causa de CRC · Mycoplasma Cynus · Sem parede celular e de difícil isolamento, os menores seres vivos que possuem capacidade de se multiplicar · 1º isolamento foi em um pulmão de cão com pneumonia · Único que está associado aos quadros respiratórios de cães · Papel na CRC ainda precisa ser melhor estudado · Streptococcus equi. Subsp. Zooepidemicus · Causa doença esporádica em cães · Quadro resp. mais intenso – broncopneumonia aguda, hemorrágica, fribrinosupurativa, as vezes fatal, em cães de canis ou de corrida · Cocos + · Bactéria que pode agir como patógeno primário podendo ser fatal Transmissão dos vírus · Exposição oro-nasal por meio de contato direto com secreções resp. ou fômites contaminados · Inalação de gotículas aeossolizantes por espirro ou tosse · CHV-1 (herpesvírus canino): transmitido por secreções genitais ou placenta · Período de incubação: 3-10 dias · Período de excreção: até 10 dias – coleta de material deve ser no inicio Transmissão de bactérias · Menos conhecida · Bordetella e micoplasma: podem ser carreados no TRS de cães saudáveis Patogenia · Infecção inicial pela via oronasal > replicação nas células epiteliais ciliadas do trato resp. superior > perda do batimento ciliar coordenado dos cílios, estase célular e perda dos cílios podendo seguir para 2 caminhos · Infecções virais sem complicações > reposição das células ciliadas > apenas cavidade nasal, seios nasais e traqueia · Complicação por bactérias > capacidade delas de invadirem o epitélio de onde estão > produção de toxinas pela B. bronchiseptica > estase dos cílios e inibição da fagocitose por neutrófilos > sinergismo patogênico · Obs: vírus sozinho não causa nada apenas em conjunto com a bordetella e outros. Patógenos que causam a doença sozinhos · CIV: influenza vírus canino · Exceção: incidência maior do envolvimento do TRI · Desenvolvimento de traqueíte necrotizante, bronquite, e em alguns casos bronquiolite e pneumonia · Streptoccocus zooepidemicus · Causa doença resp. aguda e hiperaguda rapidamente progressiva · Pode causar doença fatal na forma de surtos Sinais clínicos · Tosse persistente (pode ser alta notada a poucos dias) · Perguntar da historia recente do animal > geralmente entrou em contato com cachorros desconhecidos, contato com quintal da frente? · Outros sinais · ↓ apetite – não muito intensa · Anorexia > 24hrs = pneumonia ou outras complicações sistêmicas · Só de tocar na traqueia durante exame físico já tosse · Podem ter secreção ocular serosa leve Diagnóstico · Necessidade de testes diagnósticos adicionais (além do exame físico) · SOMENTE casos mais graves – presença de febre, letargia, doença intercorrente (c/imunossupressão) ou tosse por +1 semana · Radiografias torácicas – pneumonia, corpo estranho radiopaco ou outras anormalidades · Hemograma completo – apenas quando inflamação sistêmica · Se houver pneumonia – cultura microbiológica e testes de sensibilidade (antibiogramas) · Pacientes sem complicações (somente tosse): tratamento sem testes diagnósticos adicionais/retornar se tosse > 7 dias ou mais Tratamento · Quadro leve – antitussígeno · Terapia antimicrobiana: controversa · Bordetella e micoplasma estão presentes freq. em cães · Cães com pneumonia e sinais de envolvimento sistêmico