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Governo e Transformação Digital; Excelência 
na Entrega de Serviços; Inovação.
Governo Integrado: 
Como Construí-lo? 
Enap, 2023
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
Conteudista/s 
Márcia Mendonça Cardador (conteudista, 2023).
3
Sumário
Módulo 1: Conhecendo um Governo Digital ......................................................... 7
Unidade 1: O que é Governo Digital? ..................................................................... 7
1.1 O Conceito de Governo Digital ................................................................................ 7
1.2 Os Pilares de Governo Digital ................................................................................ 12
Referências ............................................................................................................ 14
Unidade 2 - O Brasil como um Governo Digital .................................................15
2.1 A Transformação Digital dos Serviços Públicos Brasileiros ................................ 15
2.2 A Estratégia de Governo Digital (EGD) .................................................................. 21
Referências ............................................................................................................ 23
Módulo 2: Integração e Interoperabilidade: Conceitos para um Governo Integrado ..25
Unidade 1: Integração e Interoperabilidade são Diferentes? ..........................25
1.1. O que é Integração? ............................................................................................... 25
1.2 O que é Interoperabilidade? .................................................................................. 27
1.3 Camadas de Interoperabilidade ............................................................................ 29
1.4 As Barreiras para Integração ................................................................................. 31
Referências ............................................................................................................ 35
Unidade 2: Por que Construir um Governo Integrado e Interoperável? .........38
2.1 O Governo Integrado na Perspectiva do Cidadão ............................................... 38
2.2 O Governo Integrado na Perspectiva do Governo .............................................. 40
2.3 O Princípio Once-only ............................................................................................... 42
2.4 Os Benefícios de um Governo Integrado ............................................................. 44
2.5 Serviços Públicos Integrados ................................................................................. 47
Referências ............................................................................................................ 48
Módulo 3: Os Normativos e Orientações para um Governo Integrado ...........50
Unidade 1: Os Normativos para um Governo Integrado ..................................50
1.1 Decreto 10.332/2020 - Estratégia de Governo Digital ......................................... 52
1.2 Lei 14.129/2021 - Princípios, Regras e Instrumentos para Governo Digital ..... 53
1.3 Decreto 8.936/2016 - Plataforma de Cidadania Digital ...................................... 57
1.4 Decreto 10.046/2019 - Compartilhamento de Dados ......................................... 58
Referências ............................................................................................................ 63
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Unidade 2: Integração de Dados e Proteção de Dados Pessoais .....................65
2.1 Lei 13.709/2018 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais ............................. 65
2.2 Guia Orientativo ANPD no Poder Público ............................................................. 68
Referências ............................................................................................................ 71
Módulo 4: Aspectos Práticos da Integração .......................................................72
Unidade 1: Termos Técnicos para Integração e Interoperabilidade ................72
1.1 Tipos de Integração: Assíncrona, Quase Tempo Real e Síncrona ...................... 72
1.2 O uso das APIs para integração ............................................................................. 74
1.2.1 Gerenciador de API .............................................................................................. 77
1.3 O Componente de Barramento de Serviços (ESB) .............................................. 79
1.4 Replicação ................................................................................................................. 81
Referências ............................................................................................................ 83
Unidade 2: Como Calcular o Benefício da Integração ........................................87
2.1 Calculadora de Economia com Interoperabilidade ............................................. 87
2.2 Metodologia de Cálculo .......................................................................................... 89
Referências ............................................................................................................ 92
Unidade 3: Métricas e Indicadores para Integração ..........................................93
3.1 Número de Serviços Digitais Integrados .............................................................. 93
3.2 Número de Integrações por Serviço Digital ......................................................... 94
3.3 Economia Estimada ................................................................................................. 94
3.4 Métricas de Volume ................................................................................................. 96
3.5 Tempo entre Atualização e Disponibilidade dos Dados ..................................... 97
Referências ............................................................................................................ 98
Módulo 5: Governo Integrado com a Sociedade .................................................99
Unidade 1: Governança de Dados ........................................................................ 99
1.1 Registro de Referência ............................................................................................ 99
1.2 Cartilha de Governança de Dados ....................................................................... 101
Referências .......................................................................................................... 103
Unidade 2: Reuso de Dados pela Sociedade .....................................................104
2.1 Dados Abertos ....................................................................................................... 104
2.2 Governo como Plataforma ................................................................................... 106
Referências .......................................................................................................... 109
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Módulo 6: A Integração e Interoperabilidade na Administração Pública .....110
Unidade 1: O Programa Conecta gov.br ............................................................110
1.1 1.1 O que é o Conecta gov.br ............................................................................... 111
1.1.1 Os Benefícios do Programa ............................................................................... 112
1.2 Conjunto de Dados Mais Utilizados (CPF, CNPJ, CEP) ........................................ 112
1.3 Catálogo de APIs .................................................................................................... 114
1.4 Gerenciador de APIs ..............................................................................................https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo02_video04/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo02_video04/index.html
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Princípio Once-Only (OOP). 
Fonte: Freepik (2023).
2.3 O Princípio Once-only 
Na era eletrônica atual, as pessoas estão sempre preenchendo formulários on-line, 
certo? Para que o cidadão use serviços públicos, é preciso, muitas vezes, fornecer 
informações como nome, endereço, data de nascimento, nome da mãe etc. 
E dá-lhe formulário cheio de campos para você preencher! Pode ser frustrante, 
especialmente quando você precisa usar diferentes serviços para chegar no 
resultado que você quer.
Muitas dessas informações você já contou para o governo em outra ocasião ao 
utilizar serviços públicos. Não seria bom se o governo não perguntasse novamente 
coisas que ele já sabe? 
O princípio “Apenas uma vez” (Once-Only Principle – OOP) trabalha para resolver essa 
frustração dentro do contexto da digitalização do setor público.
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A ideia é que os dados que cidadãos e empresas fornecem para o governo possam 
ser compartilhados e reutilizados. Então, só seria necessário fornecer apenas uma 
vez e os órgãos e entidades da administração pública é que ficariam responsáveis por 
executar internamente ações que permitissem esse compartilhamento e reuso, ao 
invés de fazer com que cidadãos e empresas se ajustem aos procedimentos existentes.
No Brasil, esse princípio é utilizado pelo programa Conecta gov.br, que fomenta a 
interoperabilidade entre órgãos e entidades da administração pública, em especial 
o Poder Executivo Federal. 
Mas esse compartilhamento e reuso não pode ser de qualquer forma, né? Tem 
que ser sempre de forma segura e respeitando os normativos de proteção de 
dados e outras restrições. 
Assim, tendo uma abordagem centrada no cidadão, o uso do princípio vai conectar 
os depósitos de dados espalhados pelos diversos órgãos e entidades, reduzir a 
duplicidade dos dados e trazer maior rapidez na recuperação deles. 
Os cidadãos e as empresas não vão mais gastar tempo e dinheiro para executar um 
serviço público e o governo vai aumentar sua eficiência. 
Desde 2017, os estados membros da União Europeia se comprometeram com esse 
princípio, por meio da Declaração de Tallin. Começando em 2023, as administrações 
públicas dos estados membros da União Europeia vão conseguir compartilhar dados 
e documentos já fornecidos pelo cidadão de maneira segura. 
Adivinha como isso pode acontecer? Sim, por meio de um governo 
integrado!!! 
Outros países adotam ideias similares, como é o caso da ideia 
“Fale-nos uma única vez” (“Tell us once”), do governo australiano. 
https://www.dta.gov.au/news/roadmap-future-tell-us-once-and-notifications
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Quer se aprofundar no conceito de Once Only? Então veja estes 
dois vídeos: 
Meet Once Only Principle #OOP - The CEF Building Blocks 
The once-only principle – SCOOP4C (Stakeholder Community of the 
Once-Only Principle For Citizens) 
Videoaula: O princípio Once Only
2.4 Os Benefícios de um Governo Integrado 
Imagina se o governo fosse todo integrado e interoperável? Maravilha, né? 
Para a transformação digital, os governos ao redor do mundo estão investindo 
em recursos tecnológicos, só que esse investimento não necessariamente leva a 
serviços públicos digitais mais efetivos. 
Parte disso é porque os sistemas de informação que são implantados, muitas 
vezes, são soluções específicas para as necessidades de um órgão ou entidade 
específico. E os serviços acabam refletindo essa abordagem específica. E, por isso, 
acabam sendo mais do mesmo... 
Não se presta a atenção que se deve à necessidade completa de interação entre 
diversos sistemas de TIC para compartilhamento e troca de dados. 
Um governo que consegue interconectar e integrar suas entidades consegue 
vários benefícios. Veja só:
Entenda melhor sobre o princípio Once Only na videoaula a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=Jzb72_ziDyA&ab_channel=EuropeanBlockchainServiceInfrastructure%28EBSI%29
https://vimeo.com/203987550
https://vimeo.com/203987550
https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo02_video05/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo02_video05/index.html
45Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Benefícios de um Governo Integrado. 
Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
Conheça um pouco melhor esses benefícios a seguir: 
Redução de custos para o governo e para o cidadão 
Com informações compartilhadas, não é mais preciso transmitir dados 
entre as entidades por outros meios, como, por exemplo, papel. 
O cidadão não precisa mais preencher dados e fornecer documentos que 
o governo já tem ou que ele mesmo fornece para o cidadão. Pense na 
economia de tempo do cidadão que não precisa mais, por exemplo, ir até a 
Receita Federal do Brasil para solicitar uma certidão de nada consta. 
Da mesma forma, o governo não precisa alocar mais tempo e recursos para 
validar as informações fornecidas pelo cidadão quando essas informações já 
estiverem em alguma de suas entidades, ou mesmo emitir uma informação 
sobre o cidadão. Além disso, novos sistemas podem deixar de ser necessários, 
apenas possibilitando que sistemas já existentes falem uns com os outros. 
46Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Maior agilidade e qualidade de serviço 
Serviços públicos de entidades que interoperam validam dados 
automaticamente, tornando-os consistentes e agilizando consultas, trâmites 
ou serviços entre as entidades ou junto ao cidadão. Também contam com 
a melhoria de sua qualidade, porque conseguem acesso à informação a 
qualquer momento, utilizando múltiplos canais de interação. 
Suporte à estratégia do governo digital 
Interoperabilidade constitui um elemento básico e indispensável para 
implementar uma estratégia de governo digital. É uma função principal 
para instituições de governo digital, tal como serviços de consulta e balcão 
único, que agregam vários serviços públicos em uma janela de serviço. A 
interoperabilidade entre sistemas é exigida para o funcionamento correto 
de vários trâmites do governo. 
Melhor tomada de decisão e maior transparência 
Interoperabilidade e integração permitem que dados compilados por agências 
diferentes sejam usados em conjunto para tomar melhores decisões. 
Sem interoperabilidade, quem elabora políticas públicas tem que encarar, 
muitas vezes, fontes de dados sobrepostas e descoordenadas, além de gastar 
tempo para comparar dados que estão representados de maneiras diferentes. 
Os dados resultantes de sistemas interoperáveis têm a vantagem de sua 
veracidade na fonte, pois não estão alterados, copiados, duplicados e/
ou com margem de erro, o que gera uma maior transparência em sua 
manipulação, gestão e publicação. 
Melhor coordenação de programas e serviços 
Se informação dentro governo for fácil de obter, é possível uma visão mais 
integral do próprio governo. Isso contribui para que políticas públicas 
e tomadas de decisões considerem dados de instituições diferentes e 
que projetos melhores possam ser definidos, sem repetição. Além disso, 
elaboradores de políticas e tomadores de decisões teriam acesso a mais 
informações, a partir das quais poderiam avaliar o desempenho das agências 
e dos serviços públicos prestados. 
Promoção da cooperação internacional 
Interoperabilidade entre governos pode ajudar a criar a infraestrutura 
necessária para resolver problemas transfronteiriços, tais como tráfico de 
drogas, poluição ambiental, lavagem de dinheiro e comércio ilegal de armas. 
Além disso, pode significar prestação de serviços digitais para cidadãos e 
empresas em uma região, como no caso da União Europeia, e facilitar o 
comércio entre um grupo de países e seus parceiros comerciais.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 47
2.5 Serviços Públicos IntegradosOs governos já têm um grande desafio em prestar serviços públicos que atendam 
ao potencial da tecnologia e dos dados digitais. Mas, vamos concordar, “ser digital” 
não é mais opcional. 
“Ser digital” passou a ser uma condição fundamental para governos que procuram prestar 
serviços que são orientados ao usuário, inclusivos, resilientes, inovativos e confiáveis. 
Todo mundo quer criar bons serviços digitais baseados nas necessidades do 
usuário, não é mesmo? 
Mas aqui nós vamos um pouco mais além e já vamos considerar que um serviço digital 
é aquele que assegura interoperabilidade, reusa serviços ou dados já existentes 
e fornece seus dados para outros. Ou seja, já vamos considerar que temos que 
desenvolver serviços integrados desde a concepção. 
Veja a seguinte definição de serviços interoperáveis e integrados, utilizada pela EIF 
(European Interoperability Framework), da Comissão Europeia.
No contexto do setor público, serviços integrados 
referem-se ao resultado de reunir serviços 
governamentais para que cidadãos possam acessá-
los em uma única experiência integrada com base em 
seus desejos e necessidades. A integração permite 
que os órgãos públicos compartilhem seus objetivos 
além das fronteiras organizacionais, por meio do qual 
informação e serviços podem ser compartilhados entre 
ministérios e entidades governamentais de maneira a 
evitar redundância de dados, aumentar a eficiência dos 
processos internos e, em última análise, fornecer aos 
cidadãos serviços de alta qualidade e melhores níveis 
de interação governamental (JOINUP, s. d.). 
Para saber mais sobre o EIF (European Interoperability Framework), clique no 
botão a seguir.
European Interoperability Framework
https://articulateusercontent.com/rise/courses/JNGRgZS4iEzqhhEX3ypqxq6W4VAceBGQ/p2xrnZlfwdIg3BFz-EIF%2520(European%2520Interoperability%2520Framework).pdf
https://articulateusercontent.com/rise/courses/JNGRgZS4iEzqhhEX3ypqxq6W4VAceBGQ/p2xrnZlfwdIg3BFz-EIF%2520(European%2520Interoperability%2520Framework).pdf
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 48
COMISSÃO Europeia. Glossary Item: Whole-of-government approach. Comissão 
Europeia – Knowledge for policy. [s. l.], 01, setembro. 2021. Disponível em: 
https://knowledge4policy.ec.europa.eu/glossary-item/whole-government-
approach%C2%A0_en. Acesso em: 10 abr. 2023. 
DE4A. Once Only Principle. Digital Europe for All. Madrid, [s. d.]. Disponível em: 
https://www.de4a.eu/once-only-principle. Acesso em: 10 abr. 2023. 
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maio. 2021. Disponível em: https://e-estonia.com/how-to-create-the-best-digital-
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FREEPIK COMPANY. [Banco de Imagens]. Freepik, Málaga, 2023. Disponível em: 
https://www.freepik.com/. Acesso em: 10 abr. 2023. 
JOINUP - NIFO. Integrated Public Services. JoinUp. [s. l.], [s. d.]. Disponível em: 
https://joinup.ec.europa.eu/collection/nifo-national-interoperability-framework-
observatory/glossary/term/integrated-public-services. Acesso em: 10 abr. 2023. 
JOINUP - NIFO. The European Interoperability Framework in detail - Underlying 
principles of European public services. JoinUp. [s. l.], [s. d.]. Disponível em: 
https://joinup.ec.europa.eu/collection/nifo-national-interoperability-framework-
observatory/2-underlying-principles-european-public-services. Acesso em: 10 abr. 
2023. 
LAMPOLTSHAMMER, Thomas. TOOP project: Once Only Principle. In: Samos Summit 
2019. Apresentação de slides. Samos: TOOP, 2019. Disponível em: https://www.
slideshare.net/Samos2019Summit/toop-project-once-only-principle. Acesso em: 10 
abr. 2023. 
NAÇÕES UNIDAS. e-Government Interoperability: Guide. Bangkok: United Nations 
Development Programme, 2017. Disponível em: https://www.unapcict.org/sites/
default/files/2019-01/e-Government%20Interoperability%20-%20Guide.pdf. Acesso 
em: 10 abr. 2023. 
OECD. Designing and delivering user-driven public services in the digital age. In: 
OECD. Government at a Glance 2021. Paris: OECD Publishing, 2021. Disponível em: 
https://doi.org/10.1787/e3ef2dea-en. Acesso em: 10 abr. 2023. 
Referências 
https://knowledge4policy.ec.europa.eu/glossary-item/whole-government-approach%C2%A0_en
https://knowledge4policy.ec.europa.eu/glossary-item/whole-government-approach%C2%A0_en
https://e-estonia.com/how-to-create-the-best-digital-state/
https://e-estonia.com/how-to-create-the-best-digital-state/
https://joinup.ec.europa.eu/collection/nifo-national-interoperability-framework-observatory/glossary/term/integrated-public-services
https://joinup.ec.europa.eu/collection/nifo-national-interoperability-framework-observatory/glossary/term/integrated-public-services
https://joinup.ec.europa.eu/collection/nifo-national-interoperability-framework-observatory/2-underlying-principles-european-public-services
https://joinup.ec.europa.eu/collection/nifo-national-interoperability-framework-observatory/2-underlying-principles-european-public-services
https://www.slideshare.net/Samos2019Summit/toop-project-once-only-principle
https://www.slideshare.net/Samos2019Summit/toop-project-once-only-principle
https://www.unapcict.org/sites/default/files/2019-01/e-Government%20Interoperability%20-%20Guide.pdf
https://www.unapcict.org/sites/default/files/2019-01/e-Government%20Interoperability%20-%20Guide.pdf
49Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
OECD. OECD Going Digital: Making the Transformation Work for Growth and 
Well-Being - Meeting of the OECD Council at Ministerial Level. Paris: OECD, 2017. 
Disponível em: https://www.oecd.org/mcm/documents/C-MIN-2017-4%20EN.pdf. 
Acesso em: 17 jul. 2023.: 10 abr. 2023. 
ONCE-ONLY.ORG. Once-Only Org AISBL. Bruxelas, [2023], Disponível em: https://
www.once-only.org/. Acesso em: 10 abr. 2023. 
POMBO, Cristina; ORTEGA, Gloria; OLMEDO, Federico; SOLALINDE, Mauricio. El ABC 
de la interoperabilidad de los servicios sociales: Guía para los gobiernos. [s. l.]: 
Banco Interamericano de Desenvolvimento, 2019. Disponível em: http://dx.doi.
org/10.18235/0001799. Acesso em: 10 abr. 2023. 
Tallinn Declaration on eGovernment. Tallin: EU2017.EE, 2017. Disponível em: 
https://www.newsd.admin.ch/newsd/message/attachments/49838.pdf. Acesso em: 
10 abr. 2023. 
THE ONCE-ONLY PROJECT (TOOP). Once-Only. TOOP. Tallin, [s. d.]. Disponível em: 
https://toop.eu/once-only. Acesso em: 10 abr. 2023. 
YOUR FRIENDLY, NEIGHBOURHOOD PUBLIC SERVANT. Tell us once, we got you. Tell 
us twice… well, there’s no need. Government of Canada, [s. l.], 17, dezembro. 2020. 
Disponível em: https://www.canada.ca/en/government/system/digital-government/
living-digital/tell-us-once.html. Acesso em: 10 abr. 2023.
https://www.once-only.org/
https://www.once-only.org/
http://dx.doi.org/10.18235/0001799
http://dx.doi.org/10.18235/0001799
https://www.canada.ca/en/government/system/digital-government/living-digital/tell-us-once.html
https://www.canada.ca/en/government/system/digital-government/living-digital/tell-us-once.html
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 50
 Módulo
Os Normativos e Orientações para 
um Governo Integrado3
Quais são os limites de conduta entre os órgãos e entidades? Quais dados podem 
ou não ser compartilhados? O que a administração pública deve fazer em relação à 
integração e interoperabilidade? 
As respostas a essas perguntas são dadas por meio de leis e normativos, que se tornam 
cruciais para incentivar a transformação digital do governo e, em específico, a integração 
e interoperabilidade entre órgãos e entidades. 
O governo brasileiro tem reconhecido a importância da interoperabilidade e integração 
no contexto da transformação digital e, desde 2016, vem definindo e aprimorando o 
seu conjunto de normativos para estabelecer e incentivar um governo integrado. 
Mas, antes de ver um por um, dê uma olhada na linha do tempo desses normativos: 
Unidade 1: Os Normativos para um Governo Integrado 
Dezembro/2016 
Maio/2017 
Decreto 8.936/2016 - Plataforma de Cidadania DigitalLei 13.444/2017 - Identificação Civil Nacional – ICN 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de listar os principais normativos referentes
para um governo integrado.
51Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Julho/2017 
Agosto/2018 
Outubro/2019 
Março/2021 
Outubro/2018 
Abril/2020 
Janeiro/2022 
Decreto 9.094/2017 - Simplificação no atendimento aos usuários 
do Serviço Público 
Lei 13.709/2018 - Lei Geral de Proteção de Dados 
Decreto 10.046/2019 - Compartilhamento de Dados 
Lei 14.129/2021 - Princípios Regras e instrumentos para Governo Digital 
Lei 13.726/2018 - Selo de Desburocratização e Simplificação 
Decreto 10.332/2020 - Estratégia de Governo Digital 
Guia Orientativo ANPD no Poder Público 
Agora, veja algumas dessas leis e normativos com mais profundidade.
Junho/2017 
Lei 13.460/2017 - Defesa dos Direitos dos Usuários do Serviço Público 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 52
1.1 Decreto 10.332/2020 - Estratégia de Governo Digital 
Aqui, você vai ver o que o governo pretende atingir em termos de objetivos e iniciativas 
relacionadas diretamente com governo integrado e que estão definidos na Estratégia 
de Governo Digital. Quais são as ações e metas para o período de 2020 a 2022? 
Lembrando que o Decreto 10.332/2020 é o que institui essa estratégia para o 
período de 2020 a 2022 e apresenta aonde se quer chegar do ponto de vista de 
transformação digital por meio de 16 objetivos. 
Desses 16, o objetivo seis, em particular, explicita a visão para serviços públicos integrados, 
onde destacam-se duas iniciativas que tratam diretamente de interoperabilidade. 
Vamos ver o texto dessas iniciativas? Ah, lembrando que o texto foi atualizado pelo 
Decreto 10.996/2022.
ANEXO - Objetivo 6 - Serviços públicos integrados 
Iniciativa 6.1. Interoperar os sistemas do Governo 
federal, de forma que, no mínimo, seiscentos serviços 
públicos disponham de preenchimento automático 
de informações relacionadas ao Cadastro Base do 
Cidadão, ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica e ao 
Cadastro de Endereçamento Postal, até 2022. 
[...] 
Iniciativa 6.4. Estabelecer barramento de 
interoperabilidade dos sistemas do Governo federal, 
até 2020, de forma a garantir que pessoas, organizações 
e sistemas computacionais compartilhem os dados. 
(BRASIL, 2020). 
53Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Leia o texto do Decreto 10.332/2020, clicando aqui. 
Clique aqui e leia também a matéria do site Convergência Digital 
sobre a nova estratégia de governo digital. 
Leia também o texto do Decreto 10.996/2022, clicando aqui. 
1.2 Lei 14.129/2021 - Princípios, Regras e Instrumentos 
para Governo Digital 
A necessidade e importância de o governo trabalhar como um todo integrado continuam 
crescendo, assim como a necessidade de traduzir essa importância em atos normativos. 
A Lei 14.129/2021 dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para o Governo 
Digital e traz princípios, definições e reforço para o contínuo uso de interoperabilidade 
e integração entre os órgãos e entidades do governo, ressaltando o aspecto de 
aumento de eficiência pública. 
Um dos princípios destaca essa atuação integrada, sempre de acordo com proteção 
aos dados pessoais.
Art. 3º São princípios e diretrizes do Governo Digital e 
da eficiência pública: [...] 
IX - a atuação integrada entre os órgãos e as entidades 
envolvidos na prestação e no controle dos serviços 
públicos, com o compartilhamento de dados pessoais 
em ambiente seguro quando for indispensável para a 
prestação do serviço, nos termos da Lei nº 13.709, de 
14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados 
Pessoais), e, quando couber, com a transferência de 
sigilo, nos termos do art. 198 da Lei nº 5.172, de 25 de 
outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), e da Lei 
Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001 [...] 
(BRASIL, 2021). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/d10332.htm
https://www.convergenciadigital.com.br/Gestao/Nova-estrategia-de-governo-digital-exige-interoperabilidade-de-dados-em-2021-53505.html?UserActiveTemplate=mobile
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D10996.htm
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 54
Art. 24. Os órgãos e as entidades responsáveis pela 
prestação digital de serviços públicos deverão, no 
âmbito de suas competências: 
[...] 
IV - eliminar, inclusive por meio da interoperabilidade 
de dados, as exigências desnecessárias ao usuário 
quanto à apresentação de informações e de 
documentos comprobatórios prescindíveis; 
V - eliminar a replicação de registros de dados, exceto 
por razões de desempenho ou de segurança [...] 
(BRASIL, 2021). 
Art. 38. Os órgãos e as entidades responsáveis pela 
prestação digital de serviços públicos detentores ou 
gestores de bases de dados, inclusive os controladores 
de dados pessoais, conforme estabelecido pela Lei nº 
13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção 
de Dados Pessoais), deverão gerir suas ferramentas 
digitais, considerando: 
O conceito “Apenas uma vez” (Only Once Principle), aquele onde o cidadão deve 
apresentar seus dados para o governo apenas uma vez e o governo deve ser capaz 
de usá-los sempre que necessário, aparece no art. 24, tanto no aspecto do reuso 
dos dados como no aspecto da redução de duplicação deles.
Quando falamos de serviços integrados, consideramos que integração e 
interoperabilidade devem ser consideradas e estar presentes desde a concepção do 
serviço. O art. 38 define exatamente essa responsabilidade para órgãos e entidades, 
sempre considerando a proteção de dados pessoais. 
Veja só: 
55Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
I - a interoperabilidade de informações e de dados sob 
gestão dos órgãos e das entidades referidos no art. 2º 
desta Lei, respeitados as restrições legais, os requisitos 
de segurança da informação e das comunicações, as 
limitações tecnológicas e a relação custo-benefício da 
interoperabilidade; 
II - a otimização dos custos de acesso a dados e o 
reaproveitamento, sempre que possível, de recursos 
de infraestrutura de acesso a dados por múltiplos 
órgãos e entidades; 
III - a proteção de dados pessoais, observada a 
legislação vigente, especialmente a Lei nº 13.709, de 
14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados 
Pessoais). (BRASIL, 2021). 
A troca e compartilhamento de dados por meio da interoperabilidade é facilitada 
por meio do mecanismo de interoperabilidade, definido no art. 39. Nunca é demais 
destacar que todas essas disposições sobre troca e compartilhamento de dados 
devem estar de acordo com a proteção de dados pessoais.
Art. 39. Será instituído mecanismo de interoperabilidade 
com a finalidade de: 
I - aprimorar a gestão de políticas públicas; 
II - aumentar a confiabilidade dos cadastros de 
cidadãos existentes na administração pública, por 
meio de mecanismos de manutenção da integridade 
e da segurança da informação no tratamento 
das bases de dados, tornando-as devidamente 
qualificadas e consistentes; 
[...] 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 56
IV - facilitar a interoperabilidade de dados entre os 
órgãos de governo; 
V - realizar o tratamento de informações das bases de 
dados a partir do número de inscrição do cidadão no 
CPF, conforme previsto no art. 11 da Lei nº 13.444, de 
11 de maio de 2017. 
Parágrafo único. Aplicam-se aos dados 
pessoais tratados por meio de mecanismos de 
interoperabilidade as disposições da Lei nº 13.709, de 
14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados 
Pessoais). (BRASIL, 2021). 
Do ponto de vista de custos, a responsabilidade da adaptação de sistemas fica por 
conta de cada órgão ou entidade. 
Além do exposto acima, essa lei agrega e reafirma vários outros conceitos 
associados a transformação digital no governo. Por isso, também se recomenda 
sua leitura na íntegra. 
Art. 41. É de responsabilidade dos órgãose das entidades 
referidos no art. 2º desta Lei os custos de adaptação 
de seus sistemas e de suas bases de dados para a 
implementação da interoperabilidade. (BRASIL, 2021). 
Para ler o texto da Lei 14.129/2021 na íntegra, clique aqui. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14129.htm
57Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1.3 Decreto 8.936/2016 - Plataforma de Cidadania Digital 
Este decreto é um marco para a transformação digital do governo, pois institui a 
Plataforma de Cidadania Digital e define seus componentes, com o objetivo de 
ampliar e simplificar o acesso dos cidadãos brasileiros aos serviços públicos digitais. 
A proposta é que a Plataforma se torne o canal único e integrado para a 
disponibilização de informações, solicitação eletrônica e acompanhamento de 
serviços públicos digitais. Trata-se de uma solução de tecnologia que desempenha 
papel central na estratégia digital. 
Do ponto de vista de interoperabilidade e integração, um dos componentes 
da Plataforma, denominado barramento de interoperabilidade, é a solução de 
tecnologia voltada para o compartilhamento de dados. 
Olhe o texto do decreto:
Art. 3º Compõem a Plataforma de Cidadania Digital: 
VI - o barramento de interoperabilidade de dados entre 
órgãos e entidades, que permite o compartilhamento 
de dados, nos termos do disposto no Decreto nº 
10.046, de 9 de outubro de 2019; 
Art. 4º Os órgãos e as entidades da administração 
pública federal direta, autárquica e fundacional 
deverão, até 30 de junho de 2021: 
VII - adotar o barramento de interoperabilidade da 
Plataforma de Cidadania Digital para integração 
dos sistemas e das bases de dados dos órgãos e 
das entidades da administração pública federal [...] 
(BRASIL, 2016). 
Caso você queira ler o texto completo do Decreto 8.936/2016, 
clique aqui. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/d8936.htm
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 58
1.4 Decreto 10.046/2019 - Compartilhamento de Dados 
Para normatizar compartilhamento de dados entre órgãos e entidades da 
administração pública federal, este é “O” decreto. Por isso, vale a pena ler na íntegra, 
mas veja alguns destaques de trechos específicos sobre interoperabilidade. 
Conforme página da Secretaria de Governo Digital sobre compartilhamento de dados: 
Nele, vários conceitos relacionados com interoperabilidade são definidos: 
[...]o processo de compartilhamento de dados adquire 
mais segurança jurídica e amplia a governança no 
compartilhamento de dados, tornando mais claras as 
regras e os mecanismos para intercâmbio de informações 
necessárias à execução de políticas públicas. Como, 
por exemplo, agora as atividades de interação entre 
os órgãos devem estar alinhadas às disposições da Lei 
de Acesso à Informação e aos princípios da Lei Geral 
de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que trata sobre 
o uso compartilhado de dados por órgãos e entidades 
públicas. O Comitê Central de Governança de Dados, 
criado pelo novo decreto, reunirá representantes de 
diversos órgãos (BRASIL, 2019b). 
Art. 2º Para fins deste Decreto, considera-se: 
[...] 
XIV - gestor de plataforma de interoperabilidade - 
órgão ou entidade responsável pela governança de 
determinada plataforma de interoperabilidade; 
[...] 
XVIII - interoperabilidade - capacidade de diversos 
sistemas e organizações trabalharem em conjunto, de 
59Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
modo a garantir que pessoas, organizações e sistemas 
computacionais troquem dados; 
[...] 
XX - mecanismo de compartilhamento de dados - recurso 
tecnológico que permite a integração e a comunicação 
entre aplicações e serviços do recebedor de dados e dos 
órgãos gestores de dados, tais como serviços web, cópia 
de dados, lago de dados compartilhado e plataformas 
de interoperabilidade; 
XXI - plataforma de interoperabilidade - conjunto de 
ambientes e ferramentas tecnológicas, com acesso 
controlado, para o compartilhamento de dados da 
administração pública federal entre órgãos e entidades 
especificados no art. 1º [...] (BRASIL, 2019a). 
E diretrizes também:
Art. 3º O compartilhamento de dados pelos órgãos e 
entidades de que trata o art. 1º observará as seguintes 
diretrizes: 
[...] 
III - os mecanismos de compartilhamento, 
interoperabilidade e auditabilidade devem ser 
desenvolvidos de forma a atender às necessidades 
de negócio dos órgãos e entidades de que trata o 
art. 1º, para facilitar a execução de políticas públicas 
orientadas por dados [...] (BRASIL, 2019a). 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 60
Além disso, define as plataformas de interoperabilidade como o meio pelo qual os 
dados deverão ser compartilhados, incluindo dados restritos e definindo que essas 
plataformas atendam requisitos mínimos de segurança da informação, de controle 
de acesso e consumo dos dados. 
Art. 7º As plataformas de interoperabilidade 
contemplarão os requisitos de sigilo, confidencialidade, 
gestão, auditabilidade e segurança da informação 
necessários ao compartilhamento de dados, 
conforme regras estabelecidas pelo Comitê Central 
de Governança de Dados. 
Parágrafo único. As ferramentas de gestão da 
plataforma de interoperabilidade incluirão meios 
para que o gestor de dados tenha conhecimento 
sobre o controle de acesso e o consumo dos dados. 
Art. 8º Os custodiantes de dados disponibilizarão aos 
órgãos e às entidades de que trata o art. 1º os dados 
de compartilhamento amplo e restrito hospedados 
em suas infraestruturas tecnológicas, por meio das 
plataformas de interoperabilidade, condicionado à 
existência de solicitação de interoperabilidade e à 
ciência ao gestor dos dados. 
[...] 
Art. 12. O compartilhamento restrito de dados pelos 
gestores de dados ocorrerá com base nas regras 
estabelecidas pelo Comitê Central de Governança 
de Dados. 
§ 1º Os solicitantes e recebedores de dados, para ter 
acesso a dados por compartilhamento restrito, se 
responsabilizarão por implementar e seguir as regras 
de sigilo e de segurança da informação estabelecidas 
pelo Comitê Central de Governança de Dados e, 
adicionalmente, na hipótese de dados disponíveis 
em uma das plataformas de interoperabilidade, pelo 
respectivo gestor. 
61Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
[...] 
Art. 13. O órgão interessado poderá solicitar o acesso 
aos dados compartilhados no nível restrito diretamente 
ao gestor de plataforma de interoperabilidade, 
quando estiverem disponíveis em plataformas de 
interoperabilidade. (BRASIL, 2019a). 
E você já ouviu falar do Cadastro Base do Cidadão? Ele já traz interoperabilidade 
na concepção.
São várias as disposições do Comitê Central de Governança de Dados (CCGD), que 
complementam o decreto e continuam avançando no tema de compartilhamento 
de dados na Administração Pública Federal. Você pode dar uma olhada nas 
resoluções na página do CCGD. 
Art. 17. O Cadastro Base do Cidadão será composto 
pela base integradora e pelos componentes de 
interoperabilidade necessários ao intercâmbio de 
dados dessa base com as bases temáticas, e servirá 
como base de referência de informações sobre cidadãos 
para os órgãos e entidades do Poder Executivo federal. 
Parágrafo único. A interoperabilidade de que trata 
o caput observará a legislação e as recomendações 
técnicas estabelecidas pelo Sistema de Administração 
dos Recursos de Tecnologia da Informação - Sisp do Poder 
Executivo federal, e, ainda, as recomendações do Comitê 
Central de Governança de Dados. (BRASIL, 2019a). 
Para ler o texto completo do Decreto 10.046/2019, clique aqui. 
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/comite-central-de-governanca-de-dados
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D10046.htm
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 62
Há outras legislações que também são importantes para determinar diretrizes para 
um governo integrado. Se quiser conhecê-las,clique no botão. 
Você chegou ao final desta Unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima! 
Legislações importantes
https://articulateusercontent.com/rise/courses/Lboh3es2iF1AxJ8Ke1MRw1DwYsSKvq2A/VX_P999FEuIh8QmP-Legisla%25C3%25A7%25C3%25B5es%2520para%2520um%2520Governo%2520Integrado.pdf
https://articulateusercontent.com/rise/courses/Lboh3es2iF1AxJ8Ke1MRw1DwYsSKvq2A/VX_P999FEuIh8QmP-Legisla%25C3%25A7%25C3%25B5es%2520para%2520um%2520Governo%2520Integrado.pdf
63Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS. Tratamento de Dados Pessoais 
pelo Poder Público. Brasília: ANPD, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/anpd/
pt-br/documentos-e-publicacoes/guia-poder-publico-anpd-versao-final.pdf. Acesso 
em: 10 abr. 2023.
BRASIL. Decreto 8.936, de 19 de dezembro de 2016. Institui a Plataforma de Cidadania 
Digital e dispõe sobre a oferta dos serviços públicos digitais, no âmbito dos órgãos 
e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. 
Brasília, DF: Presidência da República, 2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/decreto/d8936.htm. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Decreto nº 9.904, de 17 de julho de 2017. Regulamenta dispositivos da Lei 
nº 13.460, de 26 de junho de 2017, dispõe sobre a simplificação do atendimento 
prestado aos usuários dos serviços públicos [...]. Brasília, DF: Presidência da 
República, 2017b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/decreto/d9094.htm. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Decreto nº 10.046, de 9 de outubro de 2019. Dispõe sobre a governança no 
compartilhamento de dados no âmbito da administração pública federal e institui 
o Cadastro Base do Cidadão e o Comitê Central de Governança de Dados. Brasília, 
DF: Presidência da República, 2019a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D10046.htm. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Decreto nº 10.332, de 28 de abril de 2020. Institui a Estratégia de 
Governo Digital para o período de 2020 a 2022, no âmbito dos órgãos e das 
entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e dá 
outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2020. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/D10332.htm. 
Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados 
Pessoais (LGPD). Brasília, DF: Presidência da República, 2018a. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. 
Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Lei nº 13.444, de 11 de maio de 2017. Dispõe sobre a Identificação 
Civil Nacional (ICN). Brasília, DF: Presidência da República, 2017c. Disponível 
em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13444.htm. 
Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017. Dispõe sobre participação, proteção 
Referências 
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13444.htm
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 64
e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública. 
Brasília, DF: Presidência da República, 2017b. Disponível em: https://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13460.htm. Acesso em: 10 abr. 2023. 
 
BRASIL. Lei nº 13.726, de 8 de outubro de 2018. Racionaliza atos e procedimentos 
administrativos dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios e institui o Selo de Desburocratização e Simplificação. Brasília, DF: 
Presidência da República, 2018b. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13726.htm. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Lei 14.129, de 29 de março de 2021. Dispõe sobre princípios, regras e 
instrumentos para o Governo Digital e para o aumento da eficiência pública [...]. Brasília, 
DF: Presidência da República, 2021. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/
lei-n-14.129-de-29-de-marco-de-2021-311282132. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Governo Digital. Compartilhamento de Dados. Gov.br, Brasília, DF, 2019b. 
Disponível em: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/
compartilhamento-de-dados. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Ministério da Economia. Página da Plataforma de Cidadania Digital, 
Brasília, DF, [2023]. Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/
planejamento/cidadania-digital. Acesso em: 10 abr. 2023. 
AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS. Tratamento de Dados 
Pessoais pelo Poder Público. Brasília: ANPD. 2022. Disponível em: https://www.
gov.br/anpd/pt-br/documentos-e-publicacoes/guia-poder-publico-anpd-versao-
final.pdf. Acesso em: 10 abr. 2023. 
NAÇÕES UNIDAS. Introduction to data interoperability across the data value chain. In: 
Open Data and Interoperability Workshop. Dhaka: Nações Unidas, 2019. Disponível 
em: https://unstats.un.org/capacity-development/meetings/UNSD-DFID-SDG-Open-
Data-Bangladesh/documents/Day-2-Interoperability.pdf. Acesso em: 10 abr. 2023.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13460.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13460.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13726.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13726.htm
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.129-de-29-de-marco-de-2021-311282132
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.129-de-29-de-marco-de-2021-311282132
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/compartilhamento-de-dados
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/compartilhamento-de-dados
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/planejamento/cidadania-digital
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/planejamento/cidadania-digital
https://www.gov.br/anpd/pt-br/documentos-e-publicacoes/guia-poder-publico-anpd-versao-final.pdf
https://www.gov.br/anpd/pt-br/documentos-e-publicacoes/guia-poder-publico-anpd-versao-final.pdf
https://www.gov.br/anpd/pt-br/documentos-e-publicacoes/guia-poder-publico-anpd-versao-final.pdf
https://unstats.un.org/capacity-development/meetings/UNSD-DFID-SDG-Open-Data-Bangladesh/documents/Day-2-Interoperability.pdf
https://unstats.un.org/capacity-development/meetings/UNSD-DFID-SDG-Open-Data-Bangladesh/documents/Day-2-Interoperability.pdf
65Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2: Integração de Dados e Proteção de Dados Pessoais 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de listar os normativos e orientações sobre 
tratamento de dados no Governo Integrado. 
A integração e interoperabilidade dos serviços públicos deve sempre respeitar a 
proteção de dados pessoais. Nesta unidade você vai conhecer um pouco mais a 
relação com governo integrado.
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) é um marco importante que garante 
direitos dos cidadãos em relação a seus dados pessoais. Todos deveriam saber sua íntegra! 
Quando se fala de compartilhamento de dados, será sempre necessário considerar se 
esse compartilhamento incluidados pessoais e se está de acordo com o definido na LGPD. 
Veja o que é colocado sobre o uso compartilhado de dados pessoais: 
2.1 Lei 13.709/2018 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais 
Art. 26. O uso compartilhado de dados pessoais pelo 
Poder Público deve atender a finalidades específicas 
de execução de políticas públicas e atribuição legal 
pelos órgãos e pelas entidades públicas, respeitados 
os princípios de proteção de dados pessoais elencados 
no art. 6º desta Lei. (BRASIL, 2018). 
Destacam-se 5 dos 10 princípios definidos, ressaltando que todos devem ser respeitados:
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 66
Art. 6º As atividades de tratamento de dados pessoais 
deverão observar a boa-fé e os seguintes princípios: 
I - finalidade: 
realização do tratamento para propósitos legítimos, 
específicos, explícitos e informados ao titular, sem 
possibilidade de tratamento posterior de forma 
incompatível com essas finalidades; 
II - adequação: 
compatibilidade do tratamento com as finalidades 
informadas ao titular, de acordo com o contexto 
do tratamento; 
III - necessidade: 
limitação do tratamento ao mínimo necessário para a 
realização de suas finalidades, com abrangência dos 
dados pertinentes, proporcionais e não excessivos 
em relação às finalidades do tratamento de dados; 
IV - livre acesso: 
garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita 
sobre a forma e a duração do tratamento, bem como 
sobre a integralidade de seus dados pessoais; 
V - qualidade dos dados: 
garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, relevância 
e atualização dos dados, de acordo com a necessidade e 
para o cumprimento da finalidade de seu tratamento; 
VI – transparência: 
garantia, aos titulares, de informações claras, 
precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do 
tratamento e os respectivos agentes de tratamento, 
observados os segredos comercial e industrial; 
VII - segurança: 
utilização de medidas técnicas e administrativas 
aptas a proteger os dados pessoais de acessos não 
autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de 
destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão; 
67Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
VIII - prevenção: 
adoção de medidas para prevenir a ocorrência de 
danos em virtude do tratamento de dados pessoais; 
IX - não discriminação: 
impossibilidade de realização do tratamento para fins 
discriminatórios ilícitos ou abusivos; 
X - responsabilização e prestação de contas: 
demonstração, pelo agente, da adoção de medidas 
eficazes e capazes de comprovar a observância e 
o cumprimento das normas de proteção de dados 
pessoais e, inclusive, da eficácia dessas medidas. 
(BRASIL, 2018). 
Para facilitar o compartilhamento dos dados pessoais dentro do que dispõe essa lei, 
ela define a necessidade de mantê-los em formato que facilite a interoperabilidade.
Art. 25. Os dados deverão ser mantidos em formato 
interoperável e estruturado para o uso compartilhado, 
com vistas à execução de políticas públicas, à prestação 
de serviços públicos, à descentralização da atividade 
pública e à disseminação e ao acesso das informações 
pelo público em geral. (BRASIL, 2018). 
Leia o texto do Decreto 10.332/2020. 
Clique aqui e leia também a matéria do site Convergência Digital 
sobre a nova estratégia de governo digital. 
Leia também o texto do Decreto 10.996/2022. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/d10332.htm
https://www.convergenciadigital.com.br/Gestao/Nova-estrategia-de-governo-digital-exige-interoperabilidade-de-dados-em-2021-53505.html?UserActiveTemplate=mobile
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Decreto/D10996.htm
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 68
2.2 Guia Orientativo ANPD no Poder Público 
A troca e compartilhamento de dados deve ser sempre realizada de acordo com os 
normativos de proteção de dados pessoais, como a Lei Geral de Proteção de Dados 
Pessoais – LGPD (Lei 13.709/2018). Mas, quando se fala de governo, o tratamento de 
dados pessoais deve ser considerado em face das particularidades governamentais, 
em especial considerando a prestação de serviços públicos. 
Então, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, responsável por fiscalizar e 
aplicar a LGPD, elaborou o Guia Orientativo - Tratamento de Dados Pessoais pelo 
Poder Público, de janeiro de 2022. 
Esse guia estabelece parâmetros objetivos em relação à segurança jurídica de 
operações com dados pessoais realizadas por órgãos e entidades públicos, para 
orientá-los na adequação e implementação do que é disposto na LGPD e sua 
aplicação no contexto governamental. 
A seção 5 do guia trata do compartilhamento de dados pessoais pelo poder público, 
destacando que deve ser realizado conforme a LGPD, com os seguintes benefícios: 
• Maior previsibilidade, transparência e segurança jurídica no uso 
compartilhado de dados; 
• Promoção de relação de confiança com os titulares; 
• Adequada gestão de riscos pelos controladores, inclusive para evitar a 
ocorrência de abusos e desvios de finalidades. 
 
Como orientação, apresentam-se os principais requisitos a serem observados nos 
processos de compartilhamento de dados pessoais pelo Poder Público: 
Formalização e registro 
O uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder Público deve ser 
formalizado, por exemplo, por meio de contratos, convênios ou instrumentos 
congêneres firmados entre as partes. Outra possibilidade é a expedição de 
decisão administrativa pela autoridade competente, que autorize o acesso 
aos dados e estabeleça os requisitos definidos como condição para o 
compartilhamento. Se o compartilhamento for realizado com frequência, 
sugere-se avaliar a conveniência de editar ato normativo interno, a exemplo 
de portarias e instruções normativas. 
 
69Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Objeto e finalidade 
Quais dados pessoais serão compartilhados, bem como por que e para que 
serão compartilhados, são informações que devem estar claras e indicadas 
de forma objetiva e detalhada. Somente o que for estritamente necessário 
para as finalidades do tratamento deve ser compartilhado. A finalidade 
deve ser específica, com a indicação precisa, por exemplo, de qual iniciativa, 
ação ou programa será executado ou, ainda, de qual atribuição legal será 
cumprida mediante o compartilhamento dos dados pessoais. Por fim, deve 
ser avaliada a compatibilidade entre a finalidade original da coleta e a 
finalidade do compartilhamento dos dados. 
Base legal 
Recomenda-se, nesse sentido, que o ato que autoriza ou formaliza o 
compartilhamento contenha expressa indicação da base legal utilizada. 
Duração do tratamento 
Deve haver a delimitação do período de duração do uso compartilhado dos 
dados, após o qual, em regra, os dados pessoais devem ser eliminados. 
Conforme o caso, pode haver a possibilidade de conservação, o que deve 
estar explicitamente definido no instrumento formal. 
Transparência e direitos dos titulares 
As formas de atendimento ao princípio da transparência da LGPD devem 
estar previstas, assegurando a disponibilização de informações claras, 
precisas e facilmente acessíveis aos titulares sobre a realização do 
compartilhamento e sobre como exercer seus direitos. Constitui uma 
boa prática divulgar, na página eletrônica dos órgãos e das entidades 
responsáveis, as informações pertinentes. 
Prevenção e segurança 
Também é importante que sejam estabelecidas as medidas de segurança, 
técnicas e administrativas, que serão adotadas para proteger os dados 
pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas 
de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão. Essas medidas, 
que devem ser proporcionais aos riscos às liberdades civis e aos direitos 
fundamentais dos cidadãos envolvidos no caso concreto, deverão estar 
previstas nos atos que regem e autorizam o compartilhamento dos dados. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública70
Outros requisitos 
Pode ser necessário atender a outros requisitos, que decorram das 
peculiaridades do caso concreto ou de determinações provenientes de 
normas específicas. 
Por exemplo, eventual novo compartilhamento ou transferência posterior 
dos dados, definição sobre eventual ônus financeiro decorrente da operação 
de compartilhamento, e os casos de uso compartilhado de dados pessoais 
entre entes públicos e entidades privadas.
Para ler o Guia Orientativo ANPD, clique aqui. 
Que bom que você chegou até aqui! Agora é hora de você testar seus conhecimentos. 
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos!
https://www.gov.br/anpd/pt-br/documentos-e-publicacoes/guia-poder-publico-anpd-versao-final.pdf
71Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS. Tratamento de Dados 
Pessoais pelo Poder Público. Brasília: ANPD, 2022. Disponível em: https://www.
gov.br/anpd/pt-br/documentos-e-publicacoes/guia-poder-publico-anpd-versao-
final.pdf. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados 
Pessoais (LGPD). Brasília, DF: Presidência da República, 2018. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso 
em: 11 abr. 2023. 
Referências 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 72
 Módulo
Aspectos Práticos da Integração 4
Já escutou falar de APIs? E de barramento? Então, vamos trazer alguns conceitos 
técnicos como introdução a esse universo, para permitir uma compreensão inicial 
dos termos mais usados em relação à integração e interoperabilidade. 
Aqui, você também vai achar uma calculadora que vai te ajudar a traduzir em 
números o benefício que a interoperabilidade e integração podem trazer, além de 
métricas e indicadores que você pode utilizar para acompanhar a implantação desse 
conceito onde você trabalha. 
Unidade 1: Termos Técnicos para Integração 
e Interoperabilidade
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer técnicas e estratégias de gerenciamento 
de dados para integração e interoperabilidade. 
O “tecniquês” desse curso está nesta unidade. 
Como você deve desconfiar, cada tópico desta unidade tem pelo menos um livro 
dedicado a ele. Mas, calma, vamos só colocar um pouquinho do conceito de cada 
um para você ter uma noção do que é cada termo, certo? 
Também é bom reforçar que esses tópicos não são os únicos que tratam interoperabilidade 
e integração, mas foram selecionados por terem sido considerados os mais comuns. 
1.1 Tipos de Integração: Assíncrona, Quase Tempo Real e Síncrona 
Na troca de dados que existe em uma integração, geralmente temos pelo menos um 
sistema que envia os dados, que vamos chamar de sistema de origem, e pelo menos 
um sistema que recebe os dados, que vamos chamar de sistema de destino.
73Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Tipos de integração. 
Fonte: Freepik (2023).
Essa troca pode acontecer instantaneamente ou levar algum tempo para que os 
dados saiam do sistema de origem e cheguem no sistema de destino. 
A diferença no tempo da comunicação, da geração dos dados no sistema de origem 
até a disponibilização no sistema de destino, é chamada de latência. Quanto mais alta 
a latência, mais demora para os dados estarem disponíveis no sistema de destino. 
Assíncrono, quase tempo real e síncrono são conceitos relacionados a níveis diferentes 
de latência quando falamos de integração de dados. Ou seja, cada um desses conceitos 
está relacionado com o tempo que leva para os dados estarem disponíveis. 
Veja os conceitos: 
Assíncrono 
Uma integração assíncrona não só leva mais tempo, mas também acontece 
de forma independente entre os sistemas de origem e de destino. O sistema 
de origem envia os dados para o sistema de destino, mas não espera um 
retorno, seguindo com sua execução. Isso facilita a troca de dados, porque 
se um dos sistemas estiver indisponível, não vai haver nenhum impacto 
para o outro sistema. 
Já ouviu a expressão D -1 (D menos 1) ou M -2 (M menos 2)? 
São expressões referentes à latência de uma determinada troca de dados. D -1 
quer dizer no dia anterior, um dia a menos, e significa que os dados disponíveis 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 74
no sistema de destino são correspondentes ao dado do dia anterior no 
sistema de origem. M -2 quer dizer que os dados do sistema de destino são 
correspondentes aos dados de dois meses atrás no sistema de origem. 
Quase tempo real 
Nesse tipo de integração, também existe um atraso na troca de dados, mas 
geralmente é medido em segundos ou minutos. 
Os dados são processados em conjuntos menores, de acordo com um 
agendamento definido, ou são processados quando um evento acontece, 
tal como uma atualização de dados. 
Síncrono ou Tempo Real 
Aqui a ideia é que os conjuntos de dados devem ser mantidos iguais, 
sincronizados. Então, a troca de dados deve ser feita instantaneamente. 
Nesse caso, o sistema de origem aguarda a confirmação de recebimento 
dos dados pelo sistema de destino antes de continuar sua execução. Se um 
dos sistemas não estiver disponível, a execução no sistema de origem fica 
suspensa até a confirmação. Essa situação tem o potencial de fazer com que 
aplicações estratégicas sejam dependentes de aplicações menos críticas. 
Você pode se perguntar se deve sempre usar troca de dados síncrona. Então, 
entender os requisitos de negócio do seu serviço público é o primeiro passo para a 
escolha da latência a ser utilizada (assíncrona, quase tempo real ou síncrona/tempo 
real). Outras considerações incluem recursos computacionais e orçamento.
1.2 O uso das APIs para integração 
Vamos ver uma das tecnologias mais utilizadas para interoperabilidade e integração? 
API é a sigla para “Application Programming Interface” ou, em português, “Interface 
de Programação de Aplicações”. Uma curiosidade é que essa tecnologia já está por 
aí há mais de 30 anos, antes até de computadores pessoais, mas funcionava mais 
como uma biblioteca para sistemas operacionais. 
Olha só uma definição:
API é um conjunto de rotinas e padrões de programação para 
acesso a um aplicativo de software ou plataforma baseado na web. 
75Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
De certa forma, APIs funcionam como estradas virtuais que permitem que os 
dados transitem entre várias aplicações. São pedaços de software reusáveis que 
implementam um contrato entre um provedor de dados e quem quer acessar 
esses dados. Esse contrato deve descrever as opções e recursos disponíveis, assim 
como os parâmetros que precisam ser fornecidos pelo cliente, além do conteúdo, 
formato e estrutura da informação resultante que é enviada, incluindo mensagens 
de erro e exemplos de respostas. 
Sabe por quê? Porque APIs dão suporte aos objetivos de governo digital. Trazem 
ambientes digitais com um alto grau de flexibilidade e, virtualmente, acesso ilimitado 
a ativos digitais, ou seja, trazem potencial inovativo e habilitam ecossistemas 
digitais. Trazem também controle e monitoramento das dinâmicas entre os atores 
envolvidos, podendo simplificar os fluxos de informações para apoiar a tomada de 
decisões e elaboração de políticas públicas. 
Fica fácil ver os inúmeros benefícios para o setor público: 
Como o foco é no contrato, os sistemas podem possuir linguagens de programação 
totalmente distintas e, mesmo assim, a integração é assegurada. Interoperabilidade 
garantida, certo? 
Existe toda uma economia baseada em APIs na iniciativa privada que você já deve 
ter até percebido. Empresas como Google, eBay e Netflix oferecem acesso a seus 
dados e até a funcionalidades por meio da monetização de acesso por APIs. 
Para governo integrado, APIs são fundamentais. De acordo com o Joint Research 
Center, da Comissão Europeia: 
Quer ver um exemplo de contrato? Dê uma olhada na definição 
da API Consulta CEP, no Catálogode APIs governamentais do 
programa Conecta gov.br, clicando aqui. 
APIs são habilitadores técnicos da transformação digital no governo.
https://www.gov.br/conecta/catalogo/apis/cep-codigo-de-enderecamento-postal/swagger-json/swagger_view
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 76
• promoção da inovação nos governos e serviços públicos relacionados; 
• melhoria da eficiência; 
• melhoria do acesso aos dados abertos do governo; 
• aumento das oportunidades econômicas para empresas privadas usando 
APIs governamentais; e 
• criação e facilitação de interações entre governos (G2G) e entre governos 
e empresas (G2B) em relação aos ecossistemas digitais. 
Mas a adoção de APIs também traz seus riscos e desafios, como, por exemplo: 
• questões de segurança cibernética; 
• falta de estruturas de governança de APIs; 
• dificuldade em adotar instrumentos legais adequados para aderir à 
regulamentação atual; 
• falta de uma cultura de APIs; e 
• necessidade de plataformas ágeis para adaptar a prestação de serviços 
públicos digitais a uma sociedade em rápida evolução. 
Por isso, torna-se importante a criação de um conjunto de atividades coordenadas, para 
alinhamento da adoção de APIs com os objetivos políticos; a criação de plataformas 
e ecossistemas baseados em APIs; a organização de equipes e o desenvolvimento de 
uma cultura de APIs; e o projeto de processos baseados em boas práticas para APIs. 
Se quiser saber sobre esse assunto, acesse os materiais a seguir. 
Veja que alguns vídeos estão em inglês, lembre-se de habilitar as 
legendas do Youtube, caso seja necessário. 
O que é uma API - Interface de Programação de Aplicações – Bóson 
Treinamentos. 
https://www.youtube.com/watch?v=y9ZVnWWtBrM&ab_channel=B%C3%B3sonTreinamentos
77Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
What is an API? – MuleSoft Videos 
What is an API and how does it work? - CodeWithChris 
What Are APIs? - Simply Explained 
What’s the Difference Between Swagger and OpenAPI? - Nordic APIs Blog 
API vs Web Service – Cod3r Cursos 
1.2.1 Gerenciador de API 
Com o papel fundamental na transformação digital e com todas as vantagens e 
desafios que o uso de APIs trazem, torna-se importante ser capaz de gerenciar seu 
conjunto de APIs, certo? 
Quando falamos de acesso a dados e recursos, aspectos como segurança e controle 
devem ser observado e, para isso, é necessário um conjunto de softwares e processos 
compatíveis com todos os estágios do ciclo de vida de uma API, tais como: 
• desenvolvimento; 
• design; 
• monitoramento; 
• teste; 
• proteção; e 
• análise. 
Uma plataforma de gerenciamento de APIs não só vai oferecer facilidades para 
o tratamento de cada estágio do ciclo de vida, mas também funcionalidades que 
facilitam a descoberta e o uso das APIs. Esse tipo de plataforma é chamado de API 
Manager ou Gerenciador de API. 
O Gerenciador de API é um tipo de produto que fornece uma camada de gestão para suas 
APIs. Como plataforma, inclui um componente denominado API Gateway, responsável 
por criar um ponto único de acesso; aplicar políticas e mecanismos de segurança, como 
autenticação e logs de acesso; realizar controle do acesso, com limitação baseada em 
usuário, por exemplo; e redirecionamento e filtragem de tráfego. 
https://www.youtube.com/watch?v=s7wmiS2mSXY&ab_channel=MuleSoftVideos
https://www.youtube.com/watch?v=Yzx7ihtCGBs&ab_channel=CodeWithChris
https://www.youtube.com/watch?v=OVvTv9Hy91Q&t=10s&ab_channel=SimplyExplained
https://nordicapis.com/whats-the-difference-between-swagger-and-openapi/
https://www.youtube.com/watch?v=LTiyUd74mZQ&ab_channel=Cod3rCursos
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 78
Além do API Gateway, o Gerenciador de API possui vários outros componentes: para 
facilitar o controle do ciclo de vida das APIs, permitindo prototipação e versionamento; 
para possibilitar a monetização das APIs; para realizar análise de cada requisição e 
criação de dashboard de acesso e geração de insights corporativos; para permitir 
que APIs sejam publicadas para autoatendimento e fácil descoberta em um portal 
para o desenvolvedor. 
Olhe um exemplo dos componentes de um Gerenciador de API:
Tipos de integração. 
Fonte: Gois (2017). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
Veja alguns vídeos que podem ajudar a entender melhor a gestão de 
APIs. Lembre de ativar as legendas do Youtube, caso você precise. 
API Management: What It Is and Why You May Need It
What is API Gateway? | AWS Cloud API Management – SkillCurb 
https://www.altexsoft.com/blog/api-management/
https://www.youtube.com/watch?v=vPok26CmG0M&ab_channel=SkillCurb
79Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1.3 O Componente de Barramento de Serviços (ESB) 
Você já pensou na quantidade de sistemas de software dentro de um órgão ou 
entidade? E que, provavelmente, para entregar resultado, esses sistemas precisam 
se comunicar entre si e trocar dados? 
Espero que a resposta seja que sim! 
Mas olha só, se cada sistema tiver que “conversar” com outro sistema diretamente, 
ponto a ponto, cada dono de aplicação teria que se conectar diretamente a qualquer 
serviço que precisasse e executar as transformações de dados necessárias conforme 
as interfaces de serviços de software. Olha o tanto de trabalho que isso daria, sem 
falar que a manutenção seria significante, pois se um dos pontos muda, todas as 
aplicações que usam esse ponto teriam que ser modificadas de acordo. 
Veja como fica visualmente essa comunicação ponto a ponto:
Arquitetura ponto a ponto ou "Código espaguete”. 
Fonte: Vertigo (2019).
Para endereçar esse tipo de situação, utiliza-se um barramento de serviços também 
chamado de ESB (Enterprise Service Bus). O ESB é um sistema que age como 
intermediário entre sistemas, passando mensagens entre eles.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 80
Arquitetura ESB. 
Fonte: Vertigo (2019). TekSlate ([s.d.]) Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
É um componente de software centralizado que realiza integrações entre aplicações. 
Ele executa transformações nos modelos de dados, lida com conectividade/
mensageria, executa roteamento, converte protocolos de comunicação e 
potencialmente gerencia a composição de várias solicitações. 
O ESB é uma camada de abstração, agindo como um “tradutor universal” que 
permite comunicação entre múltiplos sistemas que usem uma linguagem 
diferente. Quando um sistema tem uma mensagem para enviar, o ESB traduz essa 
mensagem e envia para o recipiente correto.
Geralmente, um ESB é usado em um formato assíncrono para facilitar o fluxo livre 
de dados. Aplicações podem mandar e receber mensagens ou arquivos usando 
o ESB, que são encapsuladas de outros processos existentes no ESB. Um ESB 
também pode ser usado de forma síncrona em certas situações. 
O uso de um ESB está bastante relacionado com a implementação de uma 
arquitetura orientada a serviços (SOA). Sem o ESB, esse tipo de arquitetura pode 
ser visto apenas como um punhado de serviços, tanto é que os dois termos às 
vezes são usados como sinônimos, criando confusão. 
81Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
De forma geral, ESBs simplificam dramaticamente o processo de integração de 
ambientes e sistemas de TI múltiplos e heterogêneos e removem a necessidade de 
que serviços diferentes traduzam mensagens ponto a ponto. 
A ideia de replicação é parecida, só que aplicada 
para conjuntos de dados digitais, armazenados 
em uma base de dados. Então, ao invés de você 
acessar diretamente a base origem, você faz 
uma cópia e deixa pertinho de você. 
Isso permite que você tenha um melhor tempo 
de resposta, facilita o desempenho das análises 
e consultas aos dados que você queira fazer, e 
minimiza o impacto no ambiente operacional de 
origem. Outra grande vantagem é que também 
pode funcionar como um backup da base original, 
garantindo o acesso aos dados se o ambiente onde 
estão os dados de origem for comprometido. 
Pense no cenárioonde você trabalha em um local subsidiário do seu órgão ou da 
sua empresa. E agora você quer poder acessar vários dados do local primário, sem 
depender da disponibilidade desse outro local ou da velocidade de acesso. 
Sabe a “cópia xerox”? Lembra nos tempos de antigamente, quando você queria 
acessar facilmente informações, por exemplo, um relatório, que estavam em outro 
local e você achava melhor tirar uma cópia? Assim, você não precisava se deslocar 
ou depender da disponibilidade de quem tinha o original. 
Para saber um pouco mais sobre os temas estudados até aqui, 
assista aos vídeos do Youtube. 
Barramento – Tecnologia para Negócios 
Introduction to Enterprise Service Bus – Coursible 
Enterprise Service Bus (ESB) – Nathan Kamas 
1.4 Replicação 
Replicação. 
Fonte: Freepik (2023).
https://www.youtube.com/watch?v=26j68Q7DDWo&ab_channel=TecnologiaparaNeg%C3%B3cios
https://www.youtube.com/watch?v=cW9SiCH0kYs&ab_channel=Coursible
https://www.youtube.com/watch?v=eVrgMZH2jNY&ab_channel=NathanKamas
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 82
Para saber mais sobre Data Replication, assista ao vídeo a seguir. 
What is Data Replication? – Intricity101
Replicação de dados. 
Fonte: Databand (2022). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
É possível fazer replicação de algumas formas diferentes. Pode ser do conjunto inteiro 
de dados sempre que ocorrer qualquer modificação nos dados; pode ser uma primeira 
cópia inteira e depois somente dos dados que forem modificados; pode ser uma cópia 
do conjunto inteiro de dados como uma foto instantânea; e pode ser mistura dos 
dados de origem e destino, se puder haver modificações no destino. 
A latência também faz parte desse cenário. Quer saber sobre latência, ou seja, 
o tempo em que os dados estão disponíveis no destino? Pode ser síncrona ou 
assíncrona, dependendo das necessidades do negócio.
Outros termos técnicos sobre integração e interoperabilidade
A seguir, clicando no botão, você pode conhecer mais alguns termos técnicos ligados 
a integração e interoperabilidade. 
https://www.youtube.com/watch?v=fUrKt-AQYtE&ab_channel=intricity101
https://articulateusercontent.com/rise/courses/rxkfkXSwWI8ARzyDGSFhbLPr5n2CxjqG/m5DZXfDO6Kp8ZYGr-Outros%2520termos%2520t%25C3%25A9cnicos%2520sobre%2520integra%25C3%25A7%25C3%25A3o%2520e%2520interoperabilidade.pdf
https://articulateusercontent.com/rise/courses/rxkfkXSwWI8ARzyDGSFhbLPr5n2CxjqG/m5DZXfDO6Kp8ZYGr-Outros%2520termos%2520t%25C3%25A9cnicos%2520sobre%2520integra%25C3%25A7%25C3%25A3o%2520e%2520interoperabilidade.pdf
83Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
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85Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 
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VERTIGO. ESB: tudo o que você precisa saber para escolher o melhor. Vertigo, Rio 
de Janeiro, fevereiro. 2019. Disponível em: https://vertigo.com.br/tudo-sobre-esb/. 
Acesso em: 11 abr. 2023. 
87Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2: Como Calcular o Benefício da Integração
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de esclarecer sobre o cálculo de benefícios de 
integração e como realizá-lo. 
Não seria interessante conseguir calcular o impacto das iniciativas para aumentar a 
atuação sistêmica e integrada do governo? 
Então, veja nesta unidade a metodologia de cálculo desenvolvida e aplicada 
no governo federal para transformar em números os ganhos gerados pela 
interoperabilidade e pela integração de dados/sistemas implantada nos serviços 
públicos digitais por meio do uso das APIs governamentais. Essa iniciativa encontra-
se no âmbito do Programa Conecta gov.br.
2.1 Calculadora de Economia com Interoperabilidade 
A Calculadora de Economia com Interoperabilidade é uma ferramenta elaborada115
Referências .......................................................................................................... 117
Unidade 2: Outras Iniciativas de Integração e Interoperabilidade ..............118
2.1 A Iniciativa de Interoperabilidade da Estônia .................................................... 118
2.2 A Iniciativa de Interoperabilidade do Uruguai ................................................... 120
2.3 Iniciativas em Outras Esferas/Poderes ............................................................... 122
Referências .......................................................................................................... 125
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 6
Apresentação e Boas-vindas
Videoaula: Apresentação do Curso
Bem-vinda ou bem-vindo ao curso sobre Governo Integrado. 
Aqui você vai ter a oportunidade de entender, do ponto de vista de integração e 
compartilhamento de dados, qual o impacto da transformação digital no governo. 
Para isso, os tópicos apresentados irão trazer conceitos, benefícios, tecnologias e 
normativos que se aplicam a esse tema. 
Mas você já tem conhecimento sobre o que significa transformação digital no 
governo e como esse assunto é abordado no Brasil? 
No Módulo 1, são apresentados os conceitos básicos sobre transformação digital 
no governo. 
No Módulo 2, há destaque para os conceitos de integração e interoperabilidade, 
ressaltando os benefícios que podem trazer em um contexto de governo integrado. 
Falando de governo, o que deve ser feito deve estar definido em algum normativo. 
Por isso, você pode encontrar no Módulo 3 os normativos existentes que dão 
suporte a um governo integrado, incluindo os trechos associados na Lei Geral de 
Proteção de Dados (LGPD). 
No Módulo 4, é oferecida uma visão prática da integração e interoperabilidade, que 
inclui conceitos técnicos introdutórios, uma calculadora para mensurar o impacto 
financeiro e exemplos de métricas e indicadores para avaliar o uso da integração. 
Por fim, no Módulo 5, é apresentado como o governo integrado oferece suporte 
para o uso de dados pela sociedade. 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo01_video01/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo01_video01/index.html
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 Módulo
Conhecendo um Governo Digital1
Que tal começar a estudar sobre a transformação digital no governo? 
Quer saber o que é essa transformação e como ela está ocorrendo no governo brasileiro? 
Então, comece pensando sobre a afirmação de que um governo integrado é um 
governo digital. 
Você concorda? 
É hora de pensar sobre isso. Então, siga para Unidade 1. 
Unidade 1: O que é Governo Digital?
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer o conceito e os pilares de governo digital. 
1.1 O Conceito de Governo Digital 
Então, você começará sua jornada de estudos visualizando os conceitos de governo 
digital, a diferença entre governo eletrônico e governo digital, além dos pilares que 
compõem sua base. 
Você já ouviu falar no termo governo eletrônico? E no termo governo digital? 
Parecidos, né? 
A seguir, você vai começar a compreender melhor a distinção entre um e outro.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 8
Governo Eletrônico 
O governo eletrônico é aquele que usa a tecnologia da informação e 
comunicação para interagir com a sociedade, focando no aumento da 
eficiência e da transparência. Com ele, a sociedade foi beneficiada com 
maior facilidade, comodidade e conveniência, por conta da digitização 
dos processos, documentos e serviços existentes. Normalmente, essa 
modalidade não revê os processos com profundidade e nem adota 
estruturas digitais novas e inovadoras. 
Quer um exemplo? 
Quando você precisa protocolar um documento no governo, esse documento 
é incluído em um sistema de informação e você recebe um número de 
protocolo. Esse documento, então, vai ser tratado dentro de um sistema 
com mais eficiência do que se fosse em papel. Você pode usar o número 
para acompanhar o andamento do processo dentro do sistema. 
Governo Digital 
O governo digital vai alguns passos além do governo eletrônico. Ele usa as 
novas tecnologias para rever processos, facilitar a transformação de serviços 
e melhorar a colaboração com a sociedade. Governo digital implica na 
digitalização completa do setor público, que pode permitir o nível de integração 
necessário para entregar serviços melhores para cidadãos e empresas. O olhar 
para os serviços é de reimaginação de seus processos e fluxos de trabalho de 
uma maneira inovativa, habilitada por tecnologias avançadas. 
Quer um exemplo? 
Desde 2020, aposentados e pensionistas podem fazer a prova de vida para 
o INSS por biometria facial, com o uso da câmera do seu próprio celular. 
E a partir de 2023, o INSS vai ser proativo e cruzar informações de várias 
bases de dados do governo para comprovar a vida do beneficiário sem 
necessidade de outro tipo de prova. Quem ficar de fora desse cruzamento 
será notificado para, aí sim, fazer a comprovação. 
Percebeu a diferença entre os dois termos? Veja mais algumas comparações em 
relação ao foco de cada um: 
Governo Eletrônico 
Tem foco em modernizar a administração do Estado, melhorando sua 
operação, e em aumentar a eficiência e a transparência no setor público 
através da digitização de processos existentes. 
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Governo Digital 
Tem foco em reconstruir processos e modernizá-los para criar valor 
público, digitalizando os serviços oferecidos.
Mas peraí, digitização e digitalização não são a mesma coisa? 
De acordo com a OECD (OECD, 2020): 
Digitização é a conversão de dados e processos analógicos em um formato legível 
por máquina. 
Já a digitalização é o uso de tecnologias digitais e dados, assim como interconexões, 
que resultam em novas atividades ou alterações em atividades existentes.
Processos de digitização. 
Fonte: Freepik (2023).
Pense em escanear uma foto ou converter um relatório em papel para o formato 
PDF. Os dados não são modificados, simplesmente passam de um formato analógico 
para um formato digital que o computador entende. Isso é digitização.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 10
Mas se você for transformar um processo, utilizando tecnologia digital para coletar 
dados, identificar tendências e tomar melhores decisões, isso é digitalização. 
Juntando os dois conceitos, fechamos mais um: o de transformação digital. 
Então, sair do eletrônico para o digital exige uma nova visão de governo que inclua 
a transformação digital. E não basta tratar somente de tecnologia e informatização 
do governo. A nova visão tem que adotar uma abordagem mais ampla e considerar 
medidas organizacionais e regulatórias em conjunto com as medidas tecnológicas. 
Só assim será possível conseguir um impacto real na sociedade, com eficiência, 
transparência e prestação de contas dos processos governamentais. 
Apesar de não tratar somente de tecnologia, a transformação digital depende muito dela. 
Que tal entender o papel da tecnologia nesse contexto? 
Para fazer a transição de governo eletrônico para governo digital, as tecnologias 
digitais têm que ser utilizadas como uma parte integrante das estratégias de 
modernização e inovação governamentais. 
Existem coisas de que você precisa estar ciente, especialmente se estiver 
desenvolvendo políticas públicas, para que elas sejam adequadas à era digital. Você 
precisa conhecer os elementos principais do ecossistema de tecnologia digital em 
evolução e as oportunidades e desafios resultantes da sua aplicação. Deve perceber 
que existe uma revolução de dados ocorrendo e compreender como isso afeta 
indivíduos, economia e sociedade de maneira mais ampla. 
Dados públicos são um ativo poderoso e permitem que governos melhorem o 
desenho e façam a adequação dos processos de entrega de serviços públicos.pela Secretaria de Governo Digital (SGD) para calcular os impactos econômicos das 
ações de interoperabilidade. 
Desde 2020, vem sendo aplicada com o objetivo de estimar em termos monetários 
a economia, em reais, que as integrações realizadas pelo programa Conecta gov.br 
oferece ao governo e à sociedade. 
Além disso, essa ferramenta pode ser utilizada nos processos de justificativa de 
contratação ou de projetos de interoperabilidade em geral. É importante ressaltar 
que a calculadora atual não é exaustiva, mas sim sua primeira versão, e que poderá 
ser melhorada com novos elementos futuramente. 
A calculadora estima a economia, em reais (R$), gerada pela obtenção automática de 
informação de um serviço público por meio de integração com uma determinada API. 
O tempo das tarefas eliminadas em cada atendimento/transação é precificado 
com base na renda média dos usuários típicos do serviço e no valor médio de 
remuneração dos servidores públicos, considerando respectivamente as tarefas do 
cidadão e do governo. O valor da economia por atendimento/transação é, então, 
multiplicado pelo número anual de atendimentos/transações realizadas por aquele 
serviço, resultando em uma estimativa de economia anual propiciada pela API. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 88
Que tal visualizar um exemplo concreto? 
O serviço público “Tirar o Certificado Internacional de Vacinação (CIVP)”, da ANVISA, 
exigia que o cidadão fornecesse dados que já tinham sido informados ao governo. 
Esse serviço foi integrado ao Cadastro Base do Cidadão, disponível pela API de 
CPF, com consequente validação automática da autenticidade das informações. A 
economia anual calculada, então, foi de aproximadamente 6 milhões de reais! 
Além da API de CPF, a metodologia foi aplicada em mais 12 APIs. Olha só a 
economia de cada transação:
Nome da API Economia por 
Transação Órgão Cedente 
CPF (Cadastro Base do Cidadão) R$ 8,00 Receita Federal do Brasil
CNPJ R$ 8,10 Receita Federal do Brasil
Certidão de Antecedentes Criminais R$ 7,98 Polícia Federal
Certidão de Quitação Eleitoral R$ 7,70 Tribunal Superior Eleitoral
CEP 
(Código de Endereçamento Postal) R$ 3,61 
Empresa Brasileira de Correios 
e Telégrafos
Pessoa com Deficiência R$ 64,98 
Ministério da Mulher, da Família 
e dos Direitos Humanos, INSS e 
Ministério da Cidadania
Faixa de Renda de Grupo Familiar R$ 35,00 INSS 
Certidão Negativa de Débitos R$ 7,81 Receita Federal do Brasil 
Situação Militar R$ 8,17 Ministério da Defesa – Exército 
Validação Biométrica R$ 28,87 Tribunal Superior Eleitoral 
Relação Trabalhista R$ 9,49 INSS
Governança Fundiária R$ 13,31 INCRA
Servidor Público R$ 14,41 Ministério da Gestão e Inovação 
Você tem vontade de aplicar a calculadora de economia com interoperabilidade no 
seu contexto? Entre em contato com a Secretaria de Governo Digital para apoiar e 
divulgar o seu trabalho, pelo e-mail: conecta@economia.gov.br.
89Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2.2 Metodologia de Cálculo 
Ainda, quando é possível identificar e mensurar a redução de erros e de fraudes, 
esses valores também são somados e computados na economia gerada. 
 O que poderia ser ganho se o cidadão não precisasse reapresentar suas informações 
para o governo, conforme o princípio “Apenas uma vez” (Once Only Principle)? 
Para transformar essa pergunta em uma resposta que falasse de ganho financeiro, 
partiu-se da ideia de que a aplicação do princípio mencionado acima eliminaria 
tarefas, tanto do cidadão como por parte do governo, e que essas tarefas possuem 
um valor financeiro associado que pode ser mensurado. 
Então, de maneira geral, foram seguidos os seguintes passos: 
1 Foram identificadas quais tarefas, dos cidadãos e dos agentes públicos, foram 
eliminadas em função da integração de dados promovida em um serviço específico;
2 Foi estimado o tempo economizado para cada tarefa eliminada; 
3 Esse tempo foi então monetizado com base no valor de remuneração dos 
agentes públicos e da renda média dos usuários do serviço; 
4 Por fim, multiplicado pelo volume anual de atendimentos que se beneficiaram 
da integração (quantidade de acessos realizados no ano). 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 90
Mas qual seria o tempo economizado para cada tarefa? 
Esse tempo foi estimado a partir de pesquisa desenvolvida por meio de um 
simulador on-line. Foram criados dois formulários eletrônicos: um para simular as 
tarefas que o cidadão faz e outro para simular as tarefas executadas pelo agente 
público (governo). Para cada formulário, registrou-se automaticamente o tempo de 
realização das tarefas. No total, cerca de 250 pessoas participaram da simulação. 
Olha só os tempos médios economizados resultantes da simulação, tanto para o 
cidadão/sociedade quanto para o governo: 
Componentes do cálculo da economia total. 
Fonte: Brasil (2020). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
91Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Impactos econômicos das ações de interoperabilidade. 
Fonte: Brasil (2020). Elaboração: da autora. Adaptação: CEPED/USC (2023).
Você chegou ao final desta Unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 92
BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria de Governo Digital. Impactos 
Econômicos das Ações de Interoperabilidade Implementadas pelo Programa 
Conecta gov.br. Brasília, DF: Secretaria de Governo Digital, 2020. Disponível em: 
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br/
impactos-conectagov-2.pdf. Acesso em: 11 abr. 2023. 
BRASIL. Secretaria de Governo Digital. Calculadora de Economia com 
Interoperabilidade, Brasília, DF, [2023]. Disponível em: https://www.gov.br/
governodigital/pt-br/governanca-de-dados/calculadora-de-impacto. Acesso em: 11 
abr. 2023.
 
Referências 
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br/impactos-conectagov-2.pdf. Acesso em: 11 abr
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br/impactos-conectagov-2.pdf. Acesso em: 11 abr
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/calculadora-de-impacto
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/calculadora-de-impacto
93Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 3: Métricas e Indicadores para Integração
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de esclarecer sobre algumas métricas e 
indicadores para integração. 
Como acompanhar a sua iniciativa de integração e interoperabilidade? 
A definição de métricas para interoperabilidade não é tarefa fácil, especialmente porque 
interoperabilidade não é um absoluto, um estado tudo-ou-nada. Interoperabilidade 
envolve não só conectividade, mas também políticas, processos e procedimentos. 
As 4 primeiras métricas e seus indicadores apresentados nesta unidade são os 
utilizados no final de 2022 pelo programa Conecta gov.br no âmbito do Poder Executivo 
Federal. Ela deve ser estendida conforme o contexto para atender as necessidades de 
acompanhamento do caso concreto. Ressalta-se que indicadores que trazem uma 
visão mais técnica podem permitir a construção de visões mais amplas. 
Você já utiliza outros indicadores na sua iniciativa? 
Este indicador diz respeito à quantidade de serviços digitais que utilizam pelo menos 
uma integração por API no governo federal. 
Lembra da Estratégia de Governo Digital, conforme instituída no Decreto 
10.332/2020? Esse é um indicador que diz respeito à Iniciativa 6.1. 
Lembre qual é essa iniciativa: 
3.1 Número de Serviços Digitais Integrados 
ANEXO - Objetivo 6 - Serviços públicos integrados 
Iniciativa 6.1. Interoperar os sistemas do Governo federal, de 
forma que, no mínimo, seiscentos serviços públicos disponham 
de preenchimento automático de informações relacionadas 
ao Cadastro Base do Cidadão, ao Cadastro Nacionalde Pessoa 
Jurídica e ao Cadastro de Endereçamento Postal, até 2022. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 94
Esse indicador hoje é de 
e pode ser acompanhado na página do programa Conecta gov.br. 
Aqui se procura evidenciar o quanto um dado serviço digital utiliza interoperabilidade 
contabilizando a quantidade de integrações realizadas. 
Por exemplo, em um serviço público que é prestado tanto para cidadãos quanto para 
empresas, esse serviço poderia estar integrado para recuperar automaticamente 
informações do cidadão por meio do CPF e informações da empresa por meio do 
CNPJ. Isso totalizaria 2 integrações nesse serviço. 
O programa Conecta gov.br já contabiliza mais de 1.300 integrações! 
Este indicador é baseado na economia calculada a partir da aplicação da 
Calculadora de Economia de Interoperabilidade, para o uso das APIs de CPF, de 
Certidão de Antecedentes Criminais, de Certidão de Quitação Eleitoral e de Código 
de Endereçamento Postal (CEP). 
A calculadora estima a economia, em reais (R$), gerada pela obtenção automática de 
informação de um serviço público por meio de integração com uma determinada API. 
O valor por transação encontrado é multiplicado pela quantidade de transações 
totais realizadas para cada API. O total por API é somado para o total geral. 
3.2 Número de Integrações por Serviço Digital 
3.3 Economia Estimada 
834
serviços públicos com obtenção 
automática de informação
Para ler o texto do Decreto 10.332/2020, clique aqui. 
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/d10332.htm
95Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sabe quantas APIs estão contabilizadas nesse total? 14 APIs! 
• CBC 
• Beneficiário do BPC com Deficiência 
• CEP 
• Certidão de Antecedentes Criminais Federal 
• Certidão de Quitação Eleitoral 
• CNPJ 
• Consultar Certidão Negativa de Débito 
• Faixa de Renda de Grupo Familiar 
• SIAPE Consulta 
• Relação Trabalhista 
• Pessoa com Deficiência 
• SIAPE Ocorrências 
• Situação Militar 
• SNCR - Sistema Nacional de Cadastro Rural 
Esse indicador hoje é de 
R$ 2,78
bilhões de economia acumulada
e pode ser acompanhado na página do programa Conecta gov.br.
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 96
357,0
 milhões de transações 
na plataforma
e pode ser acompanhado na página do programa Conecta gov.br.
3.4 Métricas de Volume 
A interoperabilidade pode ser medida, também, por meio de volumes, como volume 
de transações, volume de dados transmitidos, volume de dados disponíveis. 
Veja cada um deles: 
Volume de transações 
Traz o total de transações realizadas em um período. 
Volume de dados transmitidos 
Mede o tamanho dos dados em bytes, por exemplo, gigabytes ou terabytes. 
Pode ser derivado do volume de transações multiplicado pela quantidade 
de bytes de cada transação. Por exemplo, se temos uma transação que 
transmite uma quantidade de 103 bytes (aproximadamente 1.000 bytes) e 
que é realizada 1 milhão de vezes, teremos um volume de dados transmitidos 
de 1 gigabyte (1 bilhão de bytes). 
Volume de dados disponíveis 
Mede o tamanho dos dados totais disponíveis nas bases de dados, como, por 
exemplo, a API de CPF disponibiliza acesso a mais de 250 milhões de registros. 
 
O programa Conecta gov.br mantém o indicador de volume de transações. Esse 
indicador é contabilizado a partir de fevereiro de 2020 e já está em 
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br
97Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3.5 Tempo entre Atualização e Disponibilidade dos Dados 
Vamos lembrar do conceito de latência? 
A diferença no tempo da geração dos dados no sistema de origem até a 
disponibilização no sistema de destino é chamada de latência. Quanto mais alta a 
latência, mais demora para os dados estarem disponíveis no sistema de destino. 
Esse indicador mede a latência em unidades de tempo como dias, minutos ou 
segundos. É um indicador importante, pois alguns serviços públicos exigem 
informações atualizadas em tempo real enquanto outros podem utilizar informações 
do dia anterior ou até mesmo do mês anterior. 
Está associado com um determinado mecanismo de integração, que pode ser uma 
API. Por exemplo, a API de CPF possui um tempo de latência de 11 minutos em 
relação à base de dados original do sistema que gerencia CPFs, ou seja, pode ser 
considerada como quase tempo real. Isso quer dizer que, se alguém fizer uma 
alteração por meio do sistema original, essa mesma alteração estará disponível 
para consulta pela API em 11 minutos. 
 
Que bom que você chegou até aqui! Agora é hora de você testar seus conhecimentos. 
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos!
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 98
BRASIL. Decreto nº 10.332 de 28 de abril de 2020. Institui a Estratégia de Governo 
Digital para o período de 2020 a 2022, no âmbito dos órgãos e das entidades da 
administração pública federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências. 
Brasília, DF: Presidência da República, 2020. Disponível em: https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/d10332.htm. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Secretaria de Governo Digital. Conecta gov.br, Brasília, DF, [2023]. Disponível 
em: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br. 
Acesso em: 11 abr. 2023. 
Referências 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/d10332.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/d10332.htm
99Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 Módulo
Governo Integrado 
com a Sociedade5
A visão sistêmica e integrada de governo não deve estar restrita à interoperabilidade 
entre os órgãos e entidades da Administração Pública. 
Um governo integrado com a sociedade abre portas para novas soluções e até mesmo 
um novo mercado, fortalecendo transparência, responsabilização e confiança no 
governo como um todo. 
Vamos ver como isso pode acontecer? 
Se você já escreveu algum trabalho acadêmico, com certeza já utilizou referências 
bibliográficas. De acordo com a norma ABNT NBR 6023, referência é “conjunto 
padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite 
sua identificação individual”. 
Aqui, vamos adaptar esse conceito para conjuntos de dados e falar de Registro 
de Referência: 
Unidade 1: Governança de Dados
Objetivo de aprendizagem
Ao final dos seus estudos você será capaz de reconhecer a área de Governança de Dados no 
contexto da Integração e Interoperabilidade. 
1.1 Registro de Referência 
São dados de referência com informações confiáveis, disponíveis 
e atualizadas, centralizada ou descentralizada, oriunda de uma 
ou mais fontes, sobre elementos fundamentais para a prestação 
de serviços e para a gestão de políticas públicas. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 100
Um Registro de Referência é uma fonte autêntica e confiável de informação sob 
o controle de um órgão público ou organização apontada pelo governo e podem 
conter informações sobre pessoas, empresas, imóveis, etc. O Registro de Referência 
constitui uma solução para qualificar os dados da Administração Pública direta 
autárquica e fundacional. 
Olha só como está colocado na Lei 14.129/2021: 
Sabe como está sendo tratado pelo governo federal? Os conjuntos de dados 
considerados como registros de referência são identificados e, então, normatizados 
pelo Comitê Central de Governança de Dados, por meio de resolução. Esses 
conjuntos já devem estar ou logo estarão disponíveis para serem utilizados por 
órgãos e entidades públicas de maneira interoperável. 
A instituição de um Registro de Referência traz vários benefícios: 
Melhoria na prestação dos serviços 
Asseguraao cidadão o direito à adequada prestação dos serviços, viabilizando 
a simplificação de processos e procedimentos de atendimento ao usuário de 
serviço público e propiciando melhor compartilhamento das informações; 
Melhoria nas políticas públicas 
Auxilia a formulação, a implementação, a avaliação, o monitoramento e a 
gestão de políticas públicas; 
Melhoria na qualidade e fidedignidade dos dados 
Fomenta a qualidade e a fidedignidade dos dados custodiados pelos 
seus órgãos gestores; 
Art. 4º Para os fins desta Lei, considera-se: 
... 
X - registros de referência: informação íntegra e 
precisa oriunda de uma ou mais fontes de dados, 
centralizadas ou descentralizadas, sobre elementos 
fundamentais para a prestação de serviços e para a 
gestão de políticas públicas [...] (BRASIL, 2021). 
101Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Aumento da eficiência e redução do custo 
Aumenta a eficiência e reduz custos das operações internas dos sistemas de 
informação de gestores e recebedores de dados; 
Facilidade de uso: 
Orienta o acesso aos órgãos e entidades da administração pública federal 
direta, autárquica e fundacional, aos mecanismos de interoperabilidade 
relacionados ao conjunto de dados do Registro de Referência; e 
Promoção de Governo Integrado 
Promove a interoperabilidade do conjunto de dados entre entes governamentais. 
Quem utiliza um conjunto de dados que foi instituído como Registros de Referência 
precisa adequar seus serviços e sistemas conforme o normativo, para que passe a 
utilizar a informação íntegra e confiável compartilhada. 
Ou seja, vai ter que evoluir o seu serviço para ser um serviço integrado, fazendo 
consulta automatizada dos dados do Registro de Referência e dispensando, no 
que couber, que o cidadão tenha que realizar uma solicitação e apresentação de 
documentos de dados já disponíveis por meio da interoperabilidade. Serviços 
integrados para um Governo integrado! 
Preste atenção ao prazo obrigatório, que vem definido na resolução específica de 
um dado Registro de Referência! 
Ah, e olha só, uma vez definido por resolução um determinado Registro de 
Referência, fica proibida a instituição de novas bases de dados que tratem do tema 
do Registro no âmbito do Poder Executivo Federal. Isso mesmo, proibida! Bom, é 
possível solicitar autorização à Secretaria de Governo Digital, mas é uma exceção. 
Para ler o texto completo da Lei 14.129/2021, clique aqui. 
1.2 Cartilha de Governança de Dados 
Vamos começar com uma definição de Governança de Dados, apresentada pelo The 
Data Governance Institute?
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14129.htm
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 102
Governança de Dados é um sistema de direitos de decisão e 
responsabilidades para processos associados com informações, 
executado de acordo com modelos acordados que descrevem 
quem pode realizar quais ações com qual informação, e quando, 
sob quais circunstâncias, utilizando quais métodos. 
 (THE DATA GOVERNANCE INSTITUTE, [s. d.]) 
Achou genérico demais? Achou difícil traduzir para o contexto de governo integrado? 
Não se preocupe, porque você não é o único! 
Por isso, a Secretaria de Governo Digital publicou uma Cartilha de Governança de 
Dados para o Poder Executivo Federal, elaborada pelo Subcomitê Técnico do Comitê 
Central de Governança de Dados. Melhor ainda, essa Cartilha é a primeira publicação 
de uma série de cinco volumes dedicados ao tema. 
Ela traz conceitos introdutórios sobre governança de dados, benefícios desse 
modelo, riscos envolvidos e um glossário de termos técnicos, tudo já dentro do 
contexto governamental. Além disso, vem com orientações iniciais que objetivam 
estabelecer políticas e diretrizes para aprimorar a oferta de serviços integrados pelo 
Poder Executivo Federal. Agora, ficou fácil! 
Para dar uma olhada na Cartilha, clique aqui. 
Você chegou ao final desta Unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!
https://www.gov.br/economia/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/cartilhas/cartilha-governanca-de-dados-2013-volume-i.pdf
103Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e 
documentação: Referências. Rio de Janeiro, 2018. 
BRASIL. Cartilha orienta sobre governança de dados. Gov.br, dezembro. 2022. 
Disponível em: https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2022/
dezembro/cartilha-orienta-sobre-governanca-de-dados. Acesso em: 11 abr. 2023. 
BRASIL. Lei nº 14.129 de março de 2021. Dispõe sobre princípios, regras e 
instrumentos para o Governo Digital e para o aumento da eficiência pública [...]. 
Brasília, DF: Presidência da República, 2021. Disponível em: https://www.in.gov.br/
en/web/dou/-/lei-n-14.129-de-29-de-marco-de-2021-311282132. Acesso em: 19 dez. 
2022. 
BRASIL. Ministério da Economia. Cartilha de Governança de Dados – Poder 
Executivo Federal. Brasília, DF: Ministério da Economia, 2022. Disponível em: 
https://www.gov.br/economia/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/cartilhas/
cartilha-governanca-de-dados-2013-volume-i.pdf. Acesso em: 11 abr. 2023. 
THE DATA GOVERNANCE INSTITUTE. Defining Data Governance. The Data 
Governance Institute Blog, [s. l.], [s. d.]. Disponível em: https://datagovernance.
com/defining-data-governance/. Acesso em: 11 abr. 2023. 
Referências 
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2022/dezembro/cartilha-orienta-sobre-governanca-de-dados
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2022/dezembro/cartilha-orienta-sobre-governanca-de-dados
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.129-de-29-de-marco-de-2021-311282132
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.129-de-29-de-marco-de-2021-311282132
https://www.gov.br/economia/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/cartilhas/cartilha-governanca-de-dados-2013-volume-i.pdf
https://www.gov.br/economia/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/cartilhas/cartilha-governanca-de-dados-2013-volume-i.pdf
https://datagovernance.com/defining-data-governance/
https://datagovernance.com/defining-data-governance/
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 104
Unidade 2: Reuso de Dados pela Sociedade 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer dados abertos e governo como 
plataforma no contexto da integração e interoperabilidade. 
Vamos falar agora um pouco de integração e interoperabilidade entre governo 
e sociedade? 
A disponibilização de dados governamentais, informação e recursos digitais para a 
sociedade vem tornando-se crucial não só para melhorar operações administrativas, 
mas também na busca de engajamento da comunidade; construção de confiança no 
governo; impedimento de manipulação da informação; aumento da transparência; 
combate à corrupção e reforço na responsabilização no setor público. 
Então, temos que trabalhar para essa disponibilização, não é? O uso de dados 
em formatos abertos e gratuitos para uso público e a implantação do conceito de 
Governo como Plataforma são ações para isso.
2.1 Dados Abertos 
Vamos começar com algumas definições de dados abertos? 
A primeira vem da Open Knowledge Foundation, onde os dados são considerados 
abertos quando:
A segunda aparece na Lei 14.129/2021, e complementa a definição anterior: 
Qualquer pessoa pode acessar, usar, modificar e compartilhar 
livremente para qualquer finalidade (sujeito a, no máximo, 
requisitos que preservem a proveniência e a sua abertura). 
(OPEN KNOWLEDGE FOUNDATION, 2015). 
105Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Art. 4º Para os fins desta Lei, considera-se: 
[...] 
IV - dados abertos: dados acessíveis ao público, 
representados em meio digital, estruturados 
em formato aberto, processáveis por máquina, 
referenciados na internet e disponibilizados sob licença 
aberta que permita sua livre utilização, consumo ou 
tratamento por qualquer pessoa, física ou jurídica;V - dado acessível ao público: qualquer dado gerado 
ou acumulado pelos entes públicos que não esteja 
sob sigilo ou sob restrição de acesso nos termos da 
Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de 
Acesso à Informação); 
VI - formato aberto: formato de arquivo não 
proprietário, cuja especificação esteja documentada 
publicamente e seja de livre conhecimento e 
implementação, livre de patentes ou de qualquer 
outra restrição legal quanto à sua utilização [...] 
(BRASIL, 2021). 
A partir dessas definições, percebe-se que dados abertos exigem que os dados 
sejam interoperáveis não apenas em uma perspectiva técnica, mas também das 
perspectivas legais e institucionais. Qualquer disponibilização de dados como dados 
abertos deve estar de acordo com a legislação vigente, em especial, com a Lei Geral 
de Proteção de Dados (LGPD) em relação a dados pessoais. 
Do ponto de vista de interoperabilidade técnica, isso acontece para dados 
abertos quando arquivos eletrônicos de dados são disponibilizados utilizando-se 
formatos não proprietários e abertamente documentados, podendo ser editados 
por humanos e utilizado por máquina, de forma agnóstica em relação à linguagem, 
tecnologia e infraestrutura. 
O governo brasileiro vem se destacando em iniciativas de dados abertos. O Índice 
Global de Dados Abertos (Global Open Data Index - GODI), executado pela Open 
Knowledge Network, reconheceu o Brasil em 8º lugar na sua última edição, em 2017. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 106
Atualmente, a Controladoria Geral da União trabalha no fomento de iniciativas de 
dados abertos no Poder Executivo Federal, por meio do Portal de Dados Abertos. 
No Portal, há mais de 13.700 conjuntos de dados disponibilizados por 218 
organizações, contemplando 20 temas. Mas não faltam portais de dados abertos 
também nas esferas estaduais e municipais, como, por exemplo, o Estado da Bahia 
e várias cidades: São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife e outros. 
Além dessa disponibilização, vários órgãos da Administração Pública já publicam 
seus dados na web, na forma de relatórios e balanços para que os cidadãos possam 
acompanhar os resultados das ações de governo. 
Um governo integrado com a sociedade irá utilizar cada vez mais a tecnologia 
de APIs (Application Programming Interface ou Interface de Programação de 
Aplicação) para disponibilizar dados abertos e facilitar o acesso mais eficiente à 
informação do setor público. 
Veja alguns sites que podem ser interessantes para complementar 
o que você viu aqui. 
Portal Brasileiro de Dados Abertos
Dados Abertos – Secretaria de Governo Digital 
Texto da Lei 14.129/2021
Open Knowledge Brasil
2.2 Governo como Plataforma 
Sabe quando apareceu o conceito de Governo como Plataforma pela primeira vez? 
Foi lá em 2011 e foi definido assim:
Encorajar o setor privado a construir aplicações que o governo 
ainda não havia considerado ou não tem recursos para criar é o 
ponto principal de um governo como plataforma. (O'REILLY, 2011). 
https://dados.gov.br/home
https://dados.gov.br/
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/dados-abertos
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14129.htm
https://ok.org.br/
107Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Agora veja mais uma definição:
Em resumo: como os dados do governo podem viabilizar novos negócios e acelerar 
o mercado? A lógica é a seguinte: o governo fornece dados como infraestrutura e o 
mercado privado cria, a partir deles, serviços para a sociedade. 
Mas vamos usar o termo também para considerar o ecossistema inteiro de APIs 
(Interfaces de Programação de Aplicação) e componentes compartilhados, padrões 
abertos e conjuntos de dados de base, além dos serviços construídos a partir desse 
ecossistema e os processos de governança que mantêm o sistema mais amplo, 
seguro e responsável. 
Para fortalecer e promover a execução desse conceito, a Lei 14.129/2021 traz uma 
definição do conceito e a Estratégia de Governo Digital – EGD (Decreto 10.332/2020) 
define um objetivo específico e uma iniciativa para a construção de governo como 
plataforma no contexto federal. 
Olha só a Lei 14.129/2021: 
Governo como Plataforma (Government as a Platform – GaaP) 
apresenta uma nova maneira de construir serviços públicos 
digitais usando um modelo de desenvolvimento colaborativo 
por uma comunidade de parceiros, fornecedores e cidadãos para 
compartilhar e aprimorar processos e capacidades públicas digitais, 
ou ampliá-los para o benefício da sociedade. (JOINUP, [s. d.]). 
Art. 4º Para os fins desta Lei, considera-se: 
[...] 
VII - governo como plataforma: infraestrutura 
tecnológica que facilite o uso de dados de acesso 
público e promova a interação entre diversos agentes, 
de forma segura, eficiente e responsável, para estímulo 
à inovação, à exploração de atividade econômica e à 
prestação de serviços à população [...] (BRASIL, 2021). 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 108
E olha só a EGD (BRASIL, 2020): 
Tudo a ver com governo integrado, não é mesmo? Tanto no sentido de integrar o 
governo com a sociedade para a construção de novos serviços baseados em dados 
governamentais como no sentido do ecossistema tecnológico! 
Que bom que você chegou até aqui! Agora é hora de você testar seus conhecimentos. 
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos!
Objetivo 15 - Governo como plataforma para novos 
negócios 
Iniciativa 15.1. Disponibilizar, no mínimo, vinte novos 
serviços interoperáveis que interessem às empresas e 
às organizações, até 2022. 
Veja os textos completos das leis. 
Para ver o texto da Lei 14.129/2021, clique aqui. 
Para ver o texto do Decreto 10.332/2020, clique aqui. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14129.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10332.htm
109Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
BRASIL. Decreto nº 10.332 de 28 de abril de 2020. Institui a Estratégia de Governo 
Digital para o período de 2020 a 2022, no âmbito dos órgãos e das entidades da 
administração pública federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências. 
Brasília, DF: Presidência da República, 2020. Disponível em: https://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/d10332.htm. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Lei 14.129, de 29 de março de 2021. Dispõe sobre princípios, regras e 
instrumentos para o Governo Digital e para o aumento da eficiência pública [...]. 
Brasília, DF: Presidência da República, 2021. Disponível em: https://www.in.gov.br/
en/web/dou/-/lei-n-14.129-de-29-de-marco-de-2021-311282132. Acesso em: 10 abr. 
2023. 
JOINUP. Government as a Platform. JoinUp Glossary. [s. l.], [s. d.]. Disponível em: 
https://joinup.ec.europa.eu/collection/elise-european-location-interoperability-
solutions-e-government/glossary/term/government-platform. Acesso em: 11 abr. 
2023. 
NAÇÕES UNIDAS. Introduction to data interoperability across the data value chain. In: 
Open Data and Interoperability Workshop. Dhaka: Nações Unidas, 2019. Disponível 
em: https://unstats.un.org/capacity-development/meetings/UNSD-DFID-SDG-Open-
Data-Bangladesh/documents/Day-2-Interoperability.pdf. Acesso em: 10 abr. 2023. 
NAÇÕES UNIDAS. UN e-Government Survey 2020: Digital Government in the Decade 
of Action for Sustainable Development. Nova York: Nações Unidas, 2020. Disponível 
em: https://publicadministration.un.org/egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-
Survey-2020. Acesso em: 10 abr. 2023. 
OPEN KNOWLEDGE FOUNDATION. Open Data Handbook. [s. l.]: Open Knowledge 
Foundation, 2015. Disponível em: http://opendatahandbook.org/guide/en/. Acesso 
em: 11 abr. 2023. 
O'REILLY, Tim. Government as a Platform. Innovations: Technology. Governance, 
Globalization. [s. l.], v. 6, n. 1, p. 13-40. Novembro, 2011. Disponível em: https://direct.
mit.edu/itgg/article/6/1/13/9649/Government-as-a-Platform. Acesso em: 11abr. 2023. 
POPE, Richard. Playbook: Government as a Platform. Cambridge: Ash Center for 
Democratic Governance and Innovation, 2019. Disponível por: https://ash.harvard.
edu/files/ash/files/293091_hvd_ash_gvmnt_as_platform_v2.pdf. Acesso em: 11 abr. 
2023. 
Referências 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/d10332.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/d10332.htm
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.129-de-29-de-marco-de-2021-311282132
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https://unstats.un.org/capacity-development/meetings/UNSD-DFID-SDG-Open-Data-Bangladesh/documents/Day-2-Interoperability.pdf
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https://publicadministration.un.org/egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-Survey-2020
https://publicadministration.un.org/egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-Survey-2020
https://direct.mit.edu/itgg/article/6/1/13/9649/Government-as-a-Platform
https://direct.mit.edu/itgg/article/6/1/13/9649/Government-as-a-Platform
https://ash.harvard.edu/files/ash/files/293091_hvd_ash_gvmnt_as_platform_v2.pdf
https://ash.harvard.edu/files/ash/files/293091_hvd_ash_gvmnt_as_platform_v2.pdf
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 110
 Módulo
A Integração e Interoperabilidade 
na Administração Pública6
Que tal dar uma olhada no que já está acontecendo de concreto para o governo 
integrado na Administração Pública? 
O Brasil conquistou o 2º lugar no Índice de Maturidade em Governo Digital (GovTech 
Maturity Index), do Grupo Banco Mundial. Este reconhecimento é devido ao esforço 
no desenvolvimento de várias iniciativas na Administração Pública que incentivam e 
implementam a transformação digital no nosso governo. 
Neste módulo, você verá a principal iniciativa do Poder Executivo Federal para 
fomentar a interoperabilidade e integração, além de iniciativas de outras esferas e 
até outros países. 
Bons estudos! 
Unidade 1: O Programa Conecta gov.br
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de classificar o Programa Conecta Gov.br como 
iniciativa de Governo Integrado no Poder Executivo Federal. 
Falou de interoperabilidade a nível federal, falou do programa Conecta gov.br. 
Nesta unidade, você verá o que é esse programa e algumas de suas ofertas para uso da 
Administração Pública federal, como o Catálogo e o Gerenciador de APIs. 
111Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1.1 O que é o Conecta gov.br 
Qual é a ideia principal do Conecta gov.br? Promover Governo Integrado. 
Simples assim! 
Lembra que Governo Integrado é um dos 6 princípios da Estratégia de 
Governo Digital? 
Então, a Secretaria de Governo Digital (SGD) iniciou esse programa para endereçar 
esse princípio, atuando como catalisadora e fomentadora de iniciativas transversais 
para alcançar a Administração Pública como um todo. É a SGD que operacionaliza o 
programa, que faz parte de toda uma família de sobrenome gov.br que trabalham a 
transformação digital no governo. 
O Conecta gov.br promove o compartilhamento seguro de informações entre os 
sistemas e bases de dados do Governo Federal com o objetivo de evitar que o 
cidadão tenha que reapresentar ao governo informações que ele já possua. 
Dessa maneira, o programa vem implantando o conceito “Apenas Uma Vez” (Once 
Only Principle), onde seria necessário fornecer apenas uma vez a informação e os 
órgãos e entidades da administração pública é que ficariam responsáveis por executar 
internamente ações que permitissem esse compartilhamento e reuso, ao invés de 
fazer com que cidadãos e empresas se ajustem aos procedimentos existentes. 
Do ponto de vista tecnológico, o foco do programa tem sido na disponibilização e 
consumo de informações por meio de Web Services e APIs (Application Programming 
Interface), várias delas ofertadas de forma gratuita para os órgãos e entidades do 
Poder Executivo Federal a partir de contratos centralizados. 
E olha só, o programa conquistou o 2º Lugar no 25º Concurso Inovação no Setor Público 
na Categoria 2: Inovação em Serviços ou Políticas Públicas no Poder Executivo Federal.
Veja alguns links que podem ajudar a compreender melhor o 
Conecta gov.br. 
SGD - Conecta gov.br 
Estratégia de Governo Digital - Decreto nº 10.332 
https://www.enap.gov.br/pt/acontece/noticias/ja-temos-os-vencedores-do-concurso-inovacao-no-setor-publico-2021
https://www.enap.gov.br/pt/acontece/noticias/ja-temos-os-vencedores-do-concurso-inovacao-no-setor-publico-2021
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br
https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-10.332-de-28-de-abril-de-2020-254430358
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 112
1.1.1 Os Benefícios do Programa 
Para citar alguns benefícios, pode-se começar com a redução de custos para o 
cidadão e para o governo. 
Lembra do indicador Economia Estimada? Aquele baseado na economia calculada 
a partir da aplicação da Calculadora de Economia de Interoperabilidade, para o uso 
das APIs de CPF, de Certidão de Antecedentes Criminais, de Certidão de Quitação 
Eleitoral e de Código de Endereçamento Postal (CEP)? 
Essas são APIs oferecidas pelo programa Conecta gov.br, em parceria com os órgãos 
gestores dos dados, como Receita Federal do Brasil (RFB), Polícia Federal, Tribunal 
Superior Eleitoral e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e também em 
parceria com um custodiante dos dados, o Serpro. 
Então, o programa teve papel decisivo para alcançarmos a economia estimada 
de R$ 2,68 bilhões, né? 
Outro grande benefício foi a melhoria na agilidade e na qualidade do serviço público 
prestado pelo fato das APIs ofertadas validarem automaticamente os dados. 
Mais um benefício que podemos mencionar é a melhoria na qualidade dos dados, 
fazendo, também, com que fraudes possam ser reduzidas. Se, por exemplo, a partir 
de um CPF informado, outros atributos forem recuperados automaticamente, como 
data de nascimento, fica mais difícil o cidadão fornecer informações diferentes em 
suas interações com o governo.
1.2 Conjunto de Dados Mais Utilizados (CPF, CNPJ, CEP) 
O programa Conecta gov.br oferece várias APIs (Application Programming Interface). 
Dentre elas, algumas se destacam pela quantidade de transações associadas: API 
de CPF, com atributos de pessoas físicas; API de CNPJ, para o conjunto de dados de 
empresas; e a API de CEP, com acesso ao Código de Endereçamento Postal. 
Essas são ofertas gratuitas para os órgãos usuários, a partir de contratações 
realizadas de forma centralizada no programa Conecta gov.br. 
API de CPF 
A API de CPF está ligada ao Cadastro Base do Cidadão (CBC), instituído pelo 
Decreto nº 10.046/2019. Esse Cadastro é a base de referência de cadastros 
de pessoas físicas para todos os órgãos e entidades da administração 
pública federal direta, autárquica e fundacional. Em sua primeira versão, o 
113Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
CBC utiliza a base cadastral de pessoas físicas (CPF) da Secretaria Especial 
da Receita Federal (RFB). 
Estão inscritos os brasileiros e aqueles estrangeiros que possuam alguma 
relação fiscal com a RFB, para fins de identificação dos contribuintes. Essa 
base conta hoje com cerca de 250 milhões de registros (considerando 
brasileiros, estrangeiros e falecidos). 
No final de 2022, essa API é utilizada por 48 unidades de TI da Administração 
Pública Federal e foi responsável, em média, por mais de 17,5 milhões de 
transações por mês, considerando 2022. 
API de CNPJ 
A API Consulta CNPJ disponibiliza três serviços, correspondentes a trêstipos de consultas, para o conjunto de dados do CNPJ, administrado pela 
Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB). 
O Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) compreende as informações 
cadastrais de pessoas jurídicas e outros tipos de arranjo jurídico sem 
personalidade jurídica (como condomínios, órgãos públicos, fundos), ou 
seja, informações cadastrais das entidades de interesse das administrações 
tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
37 unidades de TI da Administração Pública Federal já utilizam essa API, 
com mais de 76 mil transações por mês, em média, em 2022. 
API de CEP 
Finalmente, a API de CEP é a API do Cadastro Base de Endereço. Esse é outro 
Cadastro Base instituído pela Resolução nº 05 de 12 de janeiro de 2021 do 
CCGD (Comitê Central de Governança de Dados), que traz como base de 
referência um conjunto mínimo de dados de endereço. 
Esse conjunto de dados de endereço, no final de 2022, conta com dados 
vinculados ao CEP e é oferecido a partir de acordo com a Empresa Brasileira 
de Correios e Telégrafos (ECT), os atuais gestores dos dados. 
São 36 unidades de TI da Administração Pública Federal utilizando essa API, 
alcançando mais de 525 mil transações por mês, em média, em 2022. 
Depois de conhecer sobre as APIs utilizadas no Conecta gov.br, você sabe qual o 
impacto estimado da interoperabilidade por transação para essas APIs?
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 114
Impactos da interoperabilidade. 
Fonte: Brasil (2023a; 2023b; 2023c). Elaboração: da autora. Adaptação: CEPEP/UFSC (2023).
Conheça cada uma das APIs citadas mais a fundo. 
API de CPF
API de CNPJ
API de CEP
1.3 Catálogo de APIs 
Como garantir que a descoberta das APIs seja facilitada? 
Criando um catálogo que divulga as principais APIs governamentais disponíveis para 
uso por outros órgãos públicos. 
APIs governamentais devem estar disponíveis em um portal único institucional 
ou pelo menos indexadas em um catálogo único. Dessa maneira, fica facilitada 
a descoberta não só por parte de desenvolvedores que vão utilizá-las em uma 
implementação, mas também por gestores para entenderem os conjuntos de dados 
disponíveis que podem ser integrados com seus serviços públicos. 
O Conecta gov.br disponibiliza um catálogo único de APIs governamentais, realizando 
uma busca ativa por APIs desenvolvidas pelos órgãos públicos para inclusão e 
divulgação pelo portal. 
Quer ver? Acesse o Catálogo de APIs governamentais. 
https://www.gov.br/conecta/catalogo/apis/cadastro-base-do-cidadao-cbc-cpf
https://www.gov.br/conecta/catalogo/apis/consulta-cnpj
https://www.gov.br/conecta/catalogo/apis/cep-codigo-de-enderecamento-postal
http://gov.br/conecta/catalogo
115Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Na videoaula a seguir, você verá uma navegação pelo Catálogo de APIs. Assista!
Videoaula: Apresentação do Catálogo de APIs Governamentais
1.4 Gerenciador de APIs 
Outra oferta que o programa Conecta gov.br traz para os órgãos da Administração 
Pública é uma ferramenta que funciona como um ponto único de acesso a APIs; 
aplica políticas e mecanismos de segurança, como autenticação e logs de acesso; 
realiza controle desse acesso, com limitação baseada em usuário, por exemplo; e 
redirecionamento e filtragem de tráfego. 
Lembrou o nome da ferramenta? É um Gerenciador de APIs! 
Também é outra oferta gratuita do programa Conecta gov.br para os órgãos e 
entidades do Poder Executivo Federal que desejam disponibilizar APIs. 
Que tal ver mais alguns detalhes? 
O Gerenciador de APIs do Conecta gov.br objetiva facilitar a disponibilização e o 
consumo de dados, por meio de APIs, e é mais uma ferramenta para promover a 
interoperabilidade de dados entre os órgãos da Administração Pública Federal. 
A ideia do Gerenciador de APIs é facilitar a interoperabilidade de dados para os 
órgãos cedentes de dados e o consumo dos dados para os órgãos recebedores de 
dados por meio de várias funcionalidades ofertadas aos cedentes de dados, tais 
como: gestão do acesso às APIs, proteção da infraestrutura, controle de consumo e 
disponibilização de um ponto único de acesso às APIs. 
No gerenciador, você pode: 
• Liberar ou revogar o acesso a sua API; 
• Ter o controle de quem está acessando suas API (conforme Lei Geral de 
Proteção de Dados - LGPD); 
• Proteger sua infraestrutura tecnológica (caso você seja o provedor da API); 
• Obter relatórios gerenciais sobre o consumo da sua API. 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo06_video06/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo06_video06/index.html
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 116
Você vai compartilhar dados com outros órgãos? Crie a API e deixe que o Gerenciador 
de API do Conecta gov.br faça a gestão do acesso. 
Quer mais detalhes ainda? Acesse a documentação da ferramenta aqui. 
 
Você chegou ao final desta Unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!
https://gerenciador-conecta.readthedocs.io/
117Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
BRASIL. Secretaria de Governo Digital. Catálogo de APIs Governamentais, Brasília, 
DF, 2023a. Disponível em: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-
dados/conecta-gov.br. Acesso em: 11 abr. 2023. 
BRASIL. Secretaria de Governo Digital. Conecta gov.br, Brasília, DF, 2023b. Disponível 
em: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br. 
Acesso em: 11 abr. 2023. 
BRASIL. Secretaria de Governo Digital. Gerenciador de APIs do Conecta, Brasília, DF, 
2023c. Disponível em: https://gerenciador-conecta.readthedocs.io/. Acesso em: 11 
abr. 2023. 
 
Referências 
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 118
Unidade 2: Outras Iniciativas de Integração 
e Interoperabilidade 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer iniciativas de integração e 
interoperabilidade. 
Governo Integrado vale para todas as esferas e todos os poderes. E vale também 
para outros governos. 
Nesta unidade, você irá conhecer alguns exemplos de como a interoperabilidade 
está sendo tratada nesses diversos níveis.
2.1 A Iniciativa de Interoperabilidade da Estônia 
Sabe onde fica a Estônia? Bem aqui:
Mapa localizando a Estônia. 
Fonte: Google Maps (2023). .
119Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Você sabia que a Estônia tem mais de 2.000 lagos? 
Mas, além dos lagos, a Estônia é uma das sociedades mundiais mais avançadas do ponto 
de vista digital. Desde 1991, quando saíram de domínio estrangeiro, os estonianos 
aproveitaram a oportunidade única de começar do nada para criar sistemas de baixo 
custo, na ponta da tecnologia e que considerassem acessibilidade e eficiência. 
Hoje, somente 2 serviços públicos possuem a exigência de serem presenciais: casar 
e comprar um imóvel. 
O resto, sim, todo o resto, é digital. Até votar? Sim, até votar. 
O governo disponibiliza serviços para identidade digital (e-Identity), assistência médica 
(e-Health Record, e-Ambulance, e-Prescription) e empresas (e-Tax, e-Banking, e-Business 
Register), só para dar exemplos. Até a residência pode ser digital (e-Residency). 
Para alcançar esse estágio de desenvolvimento em governo digital, várias soluções 
de TI foram construídas, com ênfase em interoperabilidade. Direto do site deles:
O estado centrado em cidadão e a sociedade orientada a serviços 
do século 21 precisam que sistemas de informação funcionem 
como um todo integrado para dar suporte a cidadãos e 
organizações. Deve existir interoperabilidade entre organizações 
diferentes e sistemas de informação. Em outras palavras, eles 
devem ser capazes de trabalhar em conjunto e dados devem ser 
solicitados do cidadão apenas umavez. (E-ESTONIA, 2023). 
Para alcançar o descrito acima, o governo da Estônia disponibiliza o X-Road. 
O X-Road é um software aberto e uma solução de ecossistema que fornece troca de 
dados unificada e segura entre organizações, ou seja, é uma camada de troca de 
dados padronizada, coesiva, colaborativa, interoperável e segura. Para assegurar 
transferências seguras, todos os dados de saída são assinados digitalmente e 
encriptados, e todos os dados de entrada são autenticados e registrados. 
A solução X-Road é a espinha dorsal do e-Estonia. Invisível, mas crucial, permite que 
os vários sistemas de informação de serviços digitais do setor público e privado do 
país se conectem e funcionem em harmonia. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 120
Todos os serviços de solução digital da Estônia se apoiam no X-Road. A solução não 
só conecta diferentes sistemas de informações, mas também pode escrever em 
múltiplos sistemas, transmitir grandes conjuntos de dados e executar pesquisas 
em vários sistemas de informação simultaneamente. X-Road foi projetado com 
crescimento em mente, de forma que possa ser ampliado à medida que novos 
serviços digitais e novas plataformas estiverem on-line. 
Hoje, está implementado na Finlândia, Quirguistão, Ilhas Faroe, Islândia, Japão, 
entre outros. 
Olha só alguns números do X-Road:
Números do X-Road. 
Fonte: E-ESTONIA (2023).
Para ver as iniciativas da Estônia, clique aqui. 
Para conhecer a iniciativa X-Road, clique aqui. 
Tenha também uma visão mais técnica da solução X-Road, 
clicando aqui. 
2.2 A Iniciativa de Interoperabilidade do Uruguai 
Sabe um vizinho nosso, com laços culturais próximos ao Rio Grande do Sul e que foi 
conhecido como a “Suíça da América do Sul”? 
Então, o Uruguai é um dos países mais desenvolvidos do ponto de vista digital 
da América Latina. 
https://e-estonia.com/
https://e-estonia.com/solutions/interoperability-services/x-road/
https://x-road.global/
121Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Tem uma agência específica para cuidar e fomentar a transformação digital 
no governo, criada em 2005: Agencia de Gobierno Electrónico y Sociedad de la 
Información y del Conociemento (Agesic). Dentre outras iniciativas, a Agência 
disponibiliza a Plataforma de Integração (Plataforma de Integración – PDI) como 
parte da Plataforma de Governo Digital do país. 
A PDI tem como objetivo geral facilitar e promover a implementação de serviços 
de governo digital no Uruguai. Para isto, inclui mecanismos que visam simplificar 
a integração entre os órgãos do Estado e possibilitar o melhor aproveitamento 
de seus ativos. 
A PDI provê infraestrutura (hardware e software) e serviços utilitários, que reduzem 
a complexidade de implementar serviços digitais para cidadãos ou para outras 
agências públicas. Dessa forma, a PDI fornece os mecanismos técnicos idôneos para 
implementar serviços compostos, baseados em serviços oferecidos por diferentes 
órgãos, normalizando e integrando a informação proveniente destes. 
A nível tecnológico, a PDI possibilita que os organismos forneçam suas funcionalidades 
de negócio através de serviços de software de forma independente da plataforma 
em que foram implementados. 
Lembrou algum conceito? Já está no próprio nome: interoperabilidade! 
Isso corresponde à aplicação de uma Arquitetura Orientada a Serviços (SOA) a nível 
de estado, na qual os serviços oferecidos pelos órgãos são descritos, publicados e 
descobertos, invocados e combinados através de interfaces e protocolos padronizados. 
A Plataforma de Integração possui três componentes:
Sistema de controle de acesso 
É integrado por uma suíte de produtos que permitem a autenticação e 
autorização para o consumo de serviços baseados no padrão XML, atua 
como porta de entrada da Plataforma. 
Sistema de gestão de metadados 
Fornece uma especificação de alto nível dos conceitos relativos a serviços 
públicos, de forma a evitar, ou eventualmente resolver, ambiguidades na 
gestão desses conceitos por parte dos órgãos. 
Barramento de serviços 
É o componente intermediário (middleware) da PDI e conta com mecanismos 
para facilitar o desenvolvimento, implantação e integração de serviços e 
aplicações. É composto por dois ESBs (Enterprise Service Bus) com o objetivo de 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 122
obter o melhor de ambos e ampliar o espectro de possibilidades em termos 
de métodos de conexão. Os órgãos podem utilizar essa plataforma para 
publicar e descobrir serviços, bem como utilizar as diferentes capacidades 
de mediação, que permitem desacoplar clientes e serviços.
Para dar uma olhada na Agesic, clique aqui. 
Clicando aqui você pode ver a Plataforma de Integración. 
2.3 Iniciativas em Outras Esferas/Poderes 
Você já viu sobre o programa Conecta gov.br, operacionalizado pela Secretaria de 
Governo Digital, que disponibiliza várias ofertas para o Poder Executivo Federal, mas 
a interoperabilidade também tem sido endereçada em ouras esferas e em outros 
poderes. 
Você verá aqui algumas iniciativas como exemplos, mas claro que não é uma lista exaustiva! 
No Senado Federal, por exemplo, temos o Núcleo de Qualidade e Padronização de 
Processos e Produtos de Software na Secretaria de Tecnologia da Informação Prodasen, 
que dentre suas atribuições, trata da interoperabilidade das soluções de software. 
Veja mais alguns exemplos: 
Conselho Nacional de Justiça 
O Modelo Nacional de Interoperabilidade, do Conselho Nacional de Justiça, foi 
definido com a contribuição de vários órgãos do Poder Judiciário com o objetivo 
de estabelecer os padrões para intercâmbio de informações de processos 
judiciais e assemelhados entre os diversos órgãos de administração de justiça, 
além de servir de base para implementação das funcionalidades pertinentes 
no âmbito do sistema processual. Clique aqui para conhecer essa iniciativa. 
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza um conjunto de APIs que 
complementam o projeto de Identidade Digital do governo federal, como, por 
exemplo, a API de Certidão de Quitação Eleitoral. Para conhecê-las, clique aqui.
 
https://www.gub.uy/agencia-gobierno-electronico-sociedad-informacion-conocimiento/
https://www.gub.uy/agencia-gobierno-electronico-sociedad-informacion-conocimiento/interoperabilidad
https://www.cnj.jus.br/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/comite-nacional-de-gestao-de-tecnologia-da-informacao-e-comunicacao-do-poder-judiciario/modelo-nacional-de-interoperabilidade/
https://www.gov.br/conecta/catalogo/apis/quitacao-eleitoral
123Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Agência Estadual de Tecnologia da Informação de Pernambuco (ATI) 
A Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI) de Pernambuco, que, 
dentre outras competências, coordena e supervisiona as atividades de 
prospecção, proposição, padronização, disseminação e suporte tecnológico 
para a arquitetura de Sistemas de Informação de Governo, promovendo a 
interoperabilidade. Clique aqui para conhecê-la. 
Prefeitura do Rio de Janeiro 
A prefeitura do Rio de Janeiro se propõe a estar alinhada com a iniciativa 
do governo federal, em estabelecer políticas e processos com foco 
na interoperabilidade, potencializando os benefícios advindos desta 
estratégia. Também, o Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro tem, 
em sua estrutura organizacional, uma Divisão de Interoperabilidade do 
Processo Eletrônico (Dipre), para observância do modelo nacional de 
interoperabilidade vigente, dentre outros. Veja aqui. 
Estado de Santa Catarina 
O estado de Santa Catarina instituiu, no Decreto no 220/2015, a observação 
de aspectos de interoperabilidade, dentre outros, para a definição dos 
projetos de tecnologia da informação. Veja aqui. 
Programa Municipal de Transformação Digital de São Paulo 
O Decreto nº 61.718/2022 institui o Programa Municipal de Transformação 
Digital no âmbito municipal de São Paulo. E olha só, coloca que asfuncionalidades das plataformas de governo digital no município deverão 
observar padrões de interoperabilidade e a necessidade de integração de 
dados como formas de simplificação e de eficiência nos processos e no 
atendimento aos usuários. Interoperabilidade na concepção! Veja aqui. 
Prefeitura de Volta Redonda (RJ) 
Não são somente os grandes municípios que já estão sensíveis a essa 
necessidade. Veja um artigo sobre as perspectivas e desafios em Volta 
Redonda aqui. 
Veja um vídeo sobre o uso de dados nas prefeituras: 
interoperabilidade e integração de sistemas, clicando aqui. 
https://www2.ati.pe.gov.br/web/site-ati/home
http://www.pcrj.rj.gov.br/web/epingrio/o-que-e
http://www.portaldoservidor.sc.gov.br/ckfinder/userfiles/arquivos/Legislacao%20Correlata/Decretos/2015-Decreto_N_220_de_17_de_junho_de_2015.pdf
https://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-61718-de-18-de-agosto-de-2022
https://doi.org/10.5753/wcge.2020.11266
https://www.youtube.com/watch?v=kdA3HwiEGm8&ab_channel=Gove
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 124
Caso tenha curiosidade em conhecer o framework de interoperabilidade da União 
Europeia (EIF), clique no botão.
Framework de Interoperabilidade da União Europeia (EIF) 
Que bom que você chegou até aqui! Agora é hora de você testar seus conhecimentos. 
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos!
https://articulateusercontent.com/rise/courses/D58B1E5ueb7MPVCdRtAewQP12FbK_tVV/l0HfTgMNsWiTVllZ-Framework%2520de%2520Interoperabilidade%2520da%2520Uni%25C3%25A3o%2520Europeia%2520(EIF).pdf
https://articulateusercontent.com/rise/courses/D58B1E5ueb7MPVCdRtAewQP12FbK_tVV/l0HfTgMNsWiTVllZ-Framework%2520de%2520Interoperabilidade%2520da%2520Uni%25C3%25A3o%2520Europeia%2520(EIF).pdf
125Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
ABEP-TIC. Índice ABEP-TIC de Oferta de Serviços. [s. l.], [2023]. Disponível em: https://
abep-tic.org.br/pesquisa-indice-abep-tic/. Acesso em: 17 jul. 2023. 
AGESIC. Agesic - Agencia de Gobierno Electrónico y Sociedad de la Información 
y del Conociemento, Montevidéu, [2023a]. Disponível em: https://www.gub.uy/
agencia-gobierno-electronico-sociedad-informacion-conocimiento/. Acesso em: 11 
abr. 2023. 
AGESIC. Plataforma de Interoperabilidad. Montevidéu, [2023b]. Disponível 
em: https://www.gub.uy/agencia-gobierno-electronico-sociedad-informacion-
conocimiento/interoperabilidad. Acesso em: 11 abr. 2023 
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Modelo Nacional de Interoperabilidade. 
Brasília, 2018. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/tecnologia-da-informacao-
e-comunicacao/comite-nacional-de-gestao-de-tecnologia-da-informacao-e-
comunicacao-do-poder-judiciario/modelo-nacional-de-interoperabilidade/. Acesso 
em: 11 abr. 2023. 
CRUZ, Matheus; DELGADO, Marcos; BERNARDINI, Flavia; NUNES, Vanessa; BASTOS, 
Carlos Alberto. Interoperabilidade e Integração de Sistemas e Dados para Apoio à 
Tomada de Decisão pela Gestão da Prefeitura de Volta Redonda-RJ: Perspectivas e 
Desafios. In: Workshop de Computação Aplicada em Governo Eletrônico (WCGE), 8. 
2020, Cuiabá. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2020. 
p. 148-155. Disponível em: https://sol.sbc.org.br/index.php/wcge/article/view/11266. 
Acesso em: 17 jul. 2023. 
E-ESTONIA. E-Estonia. Tallinn, [2023]. Disponível em: https://e-estonia.com/. Acesso 
em: 11 abr. 2023. 
ESTADO DE SANTA CATARINA. Decreto nº 220/2015, de 17 de junho de 2015. Dispõe 
sobre a estruturação, organização, implantação e operacionalização do Sistema de 
Gestão de Tecnologia da Informação e Governança Eletrônica. Florianópolis: Governo 
do Estado de Santa Catarina. Disponível em: http://www.portaldoservidor.sc.gov.br/
ckfinder/userfiles/arquivos/Legislacao%20Correlata/Decretos/2015-Decreto_N_220_
de_17_de_junho_de_2015.pdf. Acesso em: 11 abr. 2023. 
GOOGLE MAPS. Google Maps. [s. l.], [2023]. Disponível em: maps.google.com. Acesso 
em: 11 abr. 2023. 
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Agência Estadual de Tecnologia da 
Informação de Pernambuco (ATI). Recife, [2023]. Disponível em: https://www2.ati.
Referências 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 126
pe.gov.br/web/site-ati/home. Acesso em: 11 abr. 2023. 
JOINUP. NIFO - National Interoperability Framework Observatory, [s. l.], [2023]. 
Disponível em: https://joinup.ec.europa.eu/collection/nifo-national-interoperability-
framework-observatory. Acesso em: 11 abr. 2023. 
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Decreto nº 61.718/2022, de 18 de agosto de 2022. Institui 
o Programa Municipal de Transformação Digital e dá outras providências. São Paulo: 
Prefeitura do Município de São Paulo. Disponível em: https://legislacao.prefeitura.
sp.gov.br/leis/decreto-61718-de-18-de-agosto-de-2022. Acesso em: 11 abr. 2023. 
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. O que é. Rio de Janeiro, [2023]. Disponível 
em: http://www.pcrj.rj.gov.br/web/epingrio/o-que-e. Acesso em: 11 abr. 2023. 
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. API de Certidão de Quitação Eleitoral. Conecta gov.
br. Brasília, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/conecta/catalogo/apis/quitacao-
eleitoral. Acesso em: 11 abr. 2023. 
	Unidade 1: O que é Governo Digital?
	1.1 O Conceito de Governo Digital 
	Unidade 1 - Integração e Interoperabilidade são Diferentes? 
	1.1. O que é Integração? 
	Referências 
	Unidade 2 - O Brasil como um Governo Digital 
	2.1 A Transformação Digital dos Serviços Públicos Brasileiros 
	2.2 A Estratégia de Governo Digital (EGD) 
	Referências 
	1.2 Os Pilares de Governo Digital 
	Unidade 1 - Os Normativos para um Governo Integrado 
	Referências 
	Unidade 2: Por que Construir um Governo Integrado e Interoperável?
	2.1 O Governo Integrado na Perspectiva do Cidadão 
	2.2 O Governo Integrado na Perspectiva do Governo 
	2.3 O Princípio Once-only 
	2.4 Os Benefícios de um Governo Integrado 
	Referências 
	2.1 O que é Interoperabilidade? 
	2.2 Camadas de Interoperabilidade 
	1.2 As Barreiras para Integração 
	Unidade 1: Termos Técnicos para Integração e Interoperabilidade
	1.1 Tipos de Integração: Assíncrona, Quase Tempo Real e Síncrona 
	Referências 
	Unidade 2 - Integração de Dados e Proteção de Dados Pessoais 
	2.1 Lei 13.709/2018 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais 
	2.2 Guia Orientativo ANPD no Poder Público 
	Referências 
	1.1 Decreto 10.332/2020 - Estratégia de Governo Digital 
	1.2 Lei 14.129/2021 - Princípios, Regras e Instrumentos para Governo Digital 
	1.3 Decreto 8.936/2016 - Plataforma de Cidadania Digital 
	1.4 Decreto 10.046/2019 - Compartilhamento de Dados 
	Unidade 1: Governança de Dados
	1.1 Registro de Referência 
	Referências 
	Unidade 3: Métricas e Indicadores para Integração
	3.1 Número de Serviços Digitais Integrados 
	3.2 Número de Integrações por Serviço Digital 
	3.3 Economia Estimada 
	3.4 Métricas de Volume 
	3.5 Tempo entre Atualização e Disponibilidade dos Dados 
	Referências 
	Unidade 2: Como Calcular o Benefício da Integração
	2.1 Calculadora de Economia com Interoperabilidade 
	2.2 Metodologia de Cálculo 
	Referências 
	1.2 O uso das APIs para integração 
	1.2.1 Gerenciador de API 
	1.3 O Componente de Barramento de Serviços (ESB) 
	1.4 Replicação 
	Unidade 1: O Programa Conecta gov.br
	Referências 
	Unidade 2: Reuso de Dados pela Sociedade 
	2.1 Dados Abertos 
	2.2 Governo como Plataforma 
	Referências 
	1.2 Cartilha de Governança de Dados 
	Referências 
	Unidade 2: Outras Iniciativas de Integração e Interoperabilidade 
	2.2 A Iniciativa de Interoperabilidade da Estônia 
	2.3 A Iniciativa de Interoperabilidade do Uruguai 
	2.4 Iniciativas em Outras Esferas/Poderes 
	Referências 
	1.3 Outros Aspectos Importantes para a Atuação Voluntária no MIF 
	1.1.1 Os Benefícios do Programa 
	1.2 Conjunto de Dados Mais Utilizados (CPF, CNPJ, CEP) 
	1.3 Catálogo de APIs 
	1.4 Gerenciador de APIsÉ preciso ter em mente que ecossistemas de tecnologia digital dependem de dados. 
Analise, na figura, como pode ser esse ecossistema de tecnologias digitais: 
Transformação digital refere-se aos efeitos econômicos e sociais 
da digitização e da digitalização. 
11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Um ecossistema de Tecnologias Digitais. 
Fonte: OECD (2019a). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
Ah, só um esclarecimento: se você for usar os termos em inglês 
“e-government” e “digital government”, entenda que, no momento, 
eles são usados de forma equivalente, ou seja, não existe distinção 
formal entre os termos. Em vários países, o termo “e-government” 
ou “e-gov” já foi até institucionalizado em políticas e estratégias 
nacionais com o mesmo significado de governo digital. Em 
alguns casos, o termo “digital government” já está sendo utilizado 
como uma nova fase do “e-government”. Porém, a maioria das 
referências acadêmicas usa mesmo “e-government” no momento. 
Se quiser procurar referências internacionais, comece com o 
termo “e-government” ou “e-gov”. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 12
Nove pilares de Transformação Digital. 
Fonte: Nações Unidas (2020). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
1.2 Os Pilares de Governo Digital 
Deu para perceber que transformação digital do governo está diretamente ligada 
com uma visão estratégica de desenvolvimento nacional, certo? E isso exige mudança 
na governança e na cultura do governo. 
Isso passa por promover a inclusão digital e garantir que todas as pessoas, incluindo 
grupos vulneráveis, possam acessar novas tecnologias para melhorar sua qualidade de 
vida. Deve-se colocar pessoas em primeiro plano e girar em torno de suas necessidades. 
Quer ver os nove pilares-chave para transformação digital do governo, de acordo 
com as Nações Unidas (2020)? 
Esses pilares-chave contribuem para auxiliar o governo a restaurar, manter ou 
aumentar o nível de confiança pública. Em especial, uma boa governança de dados 
tem a habilidade de aumentar a qualidade dos serviços públicos e, ao melhorar a 
acessibilidade e a disponibilidade dos dados, permite que os governos forneçam 
serviços mais responsivos, confiáveis, éticos, abertos e justos (OECD, 2019b). 
13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Visão, liderança e mentalidade: 
Fortalecer a liderança transformativa, mudança de mentalidade e 
capacidades digitais individuais. 
• Marco institucional e regulatório: 
Desenvolver um ecossistema institucional integrado por meio de marcos 
legais e regulatórios compreensíveis. 
• Configuração e cultura organizacional: 
Transformar a configuração e a cultura organizacional. 
• Pensamento sistêmico e integração: 
Promover pensamento sistêmico e desenvolvimento de abordagens 
integradas para elaboração de políticas e entrega de serviços. 
• Governança de dados: 
Garantir gerenciamento de dados profissional e estratégico para permitir 
elaboração de políticas orientadas a dados e acesso à informação por meio de 
dados abertos de governo, entre outros acessos a dados e prioridades de uso. 
• Infraestrutura de TIC 
Disponibilizar acesso à tecnologia, inclusive para compra. 
• Recursos: 
Mobilizar recursos e alinhar prioridades, planos e orçamento, inclusive pelo 
uso de parcerias público-privadas. 
• Capacidade dos capacitadores: 
Melhorar a capacidade de escolas de administração pública e outras instituições. 
• Capacidades sociais: 
Desenvolver capacidades no nível de sociedade para não deixar ninguém 
para trás e superar a divisão digital.
Você chegou ao final desta Unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!
Veja as definições de cada um dos pilares-chave:
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 14
ASTOK, Hannes. Introdução ao governo digital: Estonia Hub. Tallin: 
e-Governance Academy. 2017. Disponível em: https://estoniahub.com.br/wp-
content/uploads/2020/12/manual-egov-portugues.pdf. Acesso em: 10 abr. 2023. 
FREEPIK COMPANY. [Banco de Imagens]. Freepik, Málaga, 2023. Disponível em: 
https://www.freepik.com/. Acesso em: 10 abr. 2023. 
HAYDIN, Victor. Digital Transformation in Government: A Guide for Execution. 
Intellias, Chicago, 14, agosto. 2020. Disponível em: https://intellias.com/digital-
transformation-in-government-a-guide-for-execution/. Acesso em: 10 abr. 2023. 
NAÇÕES UNIDAS. UN e-Government Survey 2020: Digital Government in the 
Decade of Action for Sustainable Development. Nações Unidas: Nova York. 2020. 
Disponível em: https://publicadministration.un.org/egovkb/en-us/Reports/UN-E-
Government-Survey-2020. Acesso em: 10 abr. 2023. 
OECD. Digital Government Index: 2019 results. OECD Public Governance Policy 
Papers, Paris, n. 3, [s. p.], 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1787/4de9f5bb-
en. Acesso em: 10 abr. 2023. 
OECD. Digital transformation of public service delivery. In: Government at a 
Glance. Paris: OECD Publishing, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1787/
gov_glance-2017-72-en. Acesso em: 10 abr. 2023. 
OECD. Going Digital: Shaping Policies, Improving Lives. Paris: OECD Publishing, 
2019a. Disponível em: https://doi.org/10.1787/9789264312012-en. Acesso em: 
10 abr. 2023. 
OECD. The Path to Becoming a Data-Driven Public Sector. Paris: OECD 
Publishing, 2019b. Disponível em: https://doi.org/10.1787/059814a7-en. Acesso 
em: 19 jul. 2023. 
UNITED NATIONS. UN e-Government Survey 2022: The Future of Digital 
Government. United Nations: Nova York. 2022. Disponível em: https://
publicadministration.un.org/egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-
Survey-2022. Acesso em: 10 abr. 2023. 
Referências 
https://estoniahub.com.br/wp-content/uploads/2020/12/manual-egov-portugues.pdf
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https://intellias.com/digital-transformation-in-government-a-guide-for-execution/
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https://publicadministration.un.org/egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-Survey-2020
https://publicadministration.un.org/egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-Survey-2020
https://doi.org/10.1787/4de9f5bb-en
https://doi.org/10.1787/4de9f5bb-en
https://doi.org/10.1787/gov_glance-2017-72-en
https://doi.org/10.1787/gov_glance-2017-72-en
https://doi.org/10.1787/9789264312012-en
https://publicadministration.un.org/egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-Survey-2022
https://publicadministration.un.org/egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-Survey-2022
https://publicadministration.un.org/egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-Survey-2022
15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2 - O Brasil como um Governo Digital 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer, a partir das iniciativas e índices, 
o Brasil como um Governo Digital. 
E o nosso governo brasileiro, como está tratando da Transformação Digital? 
Venha descobrir nesta unidade! Aqui, você terá a oportunidade de explorar a 
transformação em curso nos serviços públicos brasileiros, comparar a maturidade 
digital do Brasil com a de outros países e conhecer o mapa estratégico para 
priorizar e implementar iniciativas que impulsionem ainda mais a transformação 
digital do setor público no país.
2.1 A Transformação Digital dos Serviços Públicos Brasileiros 
Como você usa a internet hoje? 
Fonte: Freepik (2023).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 16
Como você vai ao banco hoje? E compras, como você faz? E os pedidos de comida? 
Muitas vezes a resposta vai ser “eu uso a internet, porque é mais prático, mais rápido 
e mais fácil e eu posso fazer isso a qualquer hora, em qualquer lugar”. A sociedade 
está acostumada a lidar com várias empresas e negócios dessa maneira. 
Nada mais natural do que esperar que os serviços públicos do governo também 
estejam na internet. E que a experiência seja parecida: prática, rápida e fácil. 
Issoé o que os cidadãos passaram a esperar quando se fala em fazer contato e 
conversar com as agências governamentais. Eles esperam ter serviços adaptados às 
suas necessidades e contextos; que possam ser acessados de forma consistente; e 
também que estejam envolvidos na própria elaboração dos serviços.
Cidadãos e empresas que já são digitais querem interagir com o governo por meio 
de sistemas inteligentes que compartilhem dados entre aplicações e entre níveis de 
governo. Serviços on-line entregues de forma inadequada ou usando tecnologias do 
passado são percebidos de forma negativa. 
Isso pede uma significante coordenação entre agências e compartilhamento de 
recursos, começando com uma identidade digital comum e uma estrutura política 
coerente para compartilhamento de dados e reuso no setor público. 
Por isso, os governos têm investido cada vez mais na sua transformação digital. 
Alguns estão desenvolvendo uma abordagem estratégica e proativa, enquanto 
outros estão tratando somente questões pontuais. 
E o Brasil, está fazendo o quê? Muita coisa! 
O governo brasileiro vem, cada vez mais, trabalhando na sua capacidade digital. 
A maneira como os serviços digitais são definidos e prestados 
no setor privado passou a valer como padrão para a entrega de 
serviços públicos digitais por agências governamentais. 
17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Transformação digital no governo significa oferecer um serviço 
público de qualidade, com menor gasto de tempo e dinheiro 
por parte do cidadão, para melhorar a vida daqueles que vivem 
e trabalham no país. 
O Poder Executivo Federal já conta com uma estrutura organizacional dedicada a este 
tema, que envolve o Ministério de Gestão e Inovação e a Presidência da República 
como incentivadores do desenvolvimento do tema em todos os órgãos e entidades 
da administração pública federal. 
Nessa estrutura, a Secretaria de Governo Digital (SGD), do Ministério da Gestão 
e Inovação, é responsável pela definição de políticas e diretrizes, por orientar 
normativamente e supervisionar as atividades de governança e de gestão dos 
recursos de tecnologia da informação e comunicação do sistema. 
Para isso, a SGD trabalha em conjunto com a Presidência da República e com a 
Secretaria de Orçamento Federal (SOF) do Ministério do Planejamento e Orçamento. 
São 6 prioridades identificadas, conforme Secretaria de Governo Digital. 
1 Consolidar a Plataforma GOV.BR; 
2 Expandir a Rede GOV.BR; 
3 Estabelecer a Infraestrutura Nacional de Dados; 
5 Fortalecer a maturidade e resiliência em Privacidade e Segurança da 
Informação; 
4 Implementar e expandir novo sistema de identificação e a nova Carteira 
de Identidade Nacional; 
6 Evoluir a governança dos recursos de Tecnologia da Informação (TI) 
dos órgãos do Sisp. 
É muita coisa mesmo! Cada prioridade envolve: 
• definir diretrizes; 
• criar normativos; 
• coordenar projetos; 
• promover a prospecção; 
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/sisp/secretaria-de-governo-digital-sgd
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 18
1 Design System 
Apresenta os padrões de interface que devem ser seguidos por designers e 
desenvolvedores para garantir a experiência única na interação com os sistemas 
interativos da administração pública federal (disponível aqui). 
2 Modelo de Qualidade dos Serviços Públicos 
Visa auxiliar os gestores a diagnosticar a qualidade e a elaborar um plano para 
melhorar seus serviços (disponível aqui). 
3 Modelo de Custos de serviços públicos 
Instrumento que busca medir e quantificar, além dos encargos administrativos, 
os custos (muitas vezes ocultos) decorrentes da utilização dos serviços públicos 
(disponível aqui). 
5 Pesquisa com Usuários 
A Pesquisa com Usuários é um serviço realizado pela Secretaria de Governo 
Digital e não envolve custos para os órgãos. Os projetos de pesquisa com 
usuários produzem conhecimento sobre como as pessoas se sentem ao utilizar 
um produto, sistema ou serviço público digital. Ela investiga tanto aspectos de 
design quanto de experiência do usuário (disponível aqui). 
4 Automação de serviços 
A Plataforma de Automação da Secretaria de Governo Digital automatiza os serviços 
de sua instituição, auxilia os órgãos no atendimento rápido às demandas da sociedade 
e acelera ainda mais a transformação digital dos serviços públicos (disponível aqui). 
• desenho e melhorias de arquiteturas; 
• metodologias; 
• processos; 
• aplicações; 
• plataformas e bases tecnológicas a serem adotadas. 
Para fazer tudo isso, os órgãos podem contar com as várias ferramentas e 
soluções para promover a transformação dos serviços públicos, orientados pela 
perspectiva dos cidadãos e empresas, buscando a simplificação e a oferta de 
serviços por meio de canais digitais. 
Veja, a seguir, algumas ferramentas utilizadas no governo federal.
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/transformacao-digital/ferramentas/design-system
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/transformacao-digital/ferramentas/modelo-de-qualidade-dos-servicos-digitais
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/transformacao-digital/ferramentas/modelos-de-custos-de-servicos-publico
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/transformacao-digital/ferramentas/pesquisa-com-usuarios
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/transformacao-digital/ferramentas/automacao-de-servicos
19Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
6 Portal da Assinatura Eletrônica 
A assinatura eletrônica permite que você assine um documento em meio digital 
a partir da sua conta gov.br (disponível aqui). O documento com a assinatura 
digital tem a mesma validade de um documento com assinatura física e é 
regulamentado pelo Decreto Nº 10.543, de 13/11/2020. 
7 VLibras
O VLibras é uma suíte de ferramentas utilizadas na tradução automática do 
Português para a Língua Brasileira de Sinais, com o objetivo de reduzir as barreiras 
de acessibilidade em conteúdos digitais para pessoas surdas (disponível aqui). 
8 Acordos de Cooperação
Os acordos são celebrados pelo poder público federal para facilitar e ampliar o 
acesso dos cidadãos aos serviços públicos federais. Já existem acordos com a 
Associação Brasileira de Bancos (ABBC), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) 
e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) (disponível aqui). 
1 Portal gov.br 
Uma das maiores plataformas de governo do mundo! Acesso simplificado a 
informações, notícias e mais de 3 mil serviços públicos digitais do governo 
federal (acesse aqui). 
2 Conta gov.br 
Mecanismo de acesso digital único do usuário aos serviços públicos federais, 
estaduais e municipais, regulamentado pelo Decreto nº 8.936/2016 (acesse aqui). 
3 Conecta gov.br 
Plataforma que promove a troca automática e segura de informações entre 
sistemas para que o cidadão não tenha que reapresentar informações que o 
governo já possui (veja aqui). 
5 Galeria de Aplicativos 
Contém os aplicativos lançados pelo governo federal com informações e links 
para as lojas onde poderão ser baixados (acesse aqui). 
4 Notifica gov.br 
A plataforma centralizada de notificações ao cidadão apoia os órgãos públicos que 
desejam enviar comunicações aos usuários dos serviços públicos (acesse aqui). 
Estas são as plataformas compartilhadas de Governo Digital oferecidas:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/assinatura-eletronica
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/vlibras
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/transformacao-digital/ferramentas/acordos-de-cooperacao
https://www.gov.br/pt-br
https://acesso.gov.br/
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/governanca-de-dados/conecta-gov.br
https://www.gov.br/pt-br/apps
https://notificacao.servicos.gov.br/
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 20
6 Fala.BR 
Plataforma integrada para manifestações como pedidos de acesso à 
informação, denúncias, reclamações, solicitações, sugestões, elogios a órgãos 
e entidades públicas (acesse aqui). 
7 Participa + BrasilPromove e qualifica o processo de participação social, a partir de módulos 
para divulgação de consultas e audiências públicas, pesquisas e promoção de 
boas práticas (acesse aqui). 
8 Portal de Compras do Governo Federal 
Informações sobre as licitações realizadas pelo governo federal, cadastro 
de fornecedores e acesso ao sistema de compras do governo federal – o 
Comprasnet (acesse aqui). 
9 Plataforma Mais Brasil 
Ambiente que permite transferências de recursos do governo central para 
governos subnacionais, consórcios públicos e entidades privadas com fins 
lucrativos (acesse aqui). 
10 Consumidor.gov.br 
Plataforma que permite a interlocução direta entre consumidores e empresas 
para solução de conflitos de consumo pela internet (acesse aqui). 
11 Portal Brasileiro de Dados Abertos 
O Portal Brasileiro de Dados Abertos é o ponto central para a busca e o acesso a 
dados públicos no Brasil (acesse aqui). 
12 Portal Brasileiro de Dados Geoespaciais e Infraestrutura Nacional de 
Dados Espaciais (INDE) 
Plataforma que reúne todos os dados geoespaciais produzidos pelas instituições 
governamentais brasileiras (acesse aqui). 
As iniciativas de transformação digital se expandem para outras esferas do 
governo com a Rede Nacional de Governo Digital (Rede GOV.BR), de natureza 
colaborativa. Essa rede tem como finalidade realizar o intercâmbio, a articulação e 
a criação de iniciativas relacionadas à temática de Governo Digital no setor público 
entre as várias esferas do governo. 
No âmbito internacional, destacam-se: parcerias com Dinamarca e Reino Unido; 
participação na Rede de Governo Eletrônico da América Latina e Caribe (Rede Gealc); 
cooperação com Banco Interamericano de Desenvolvimento Econômico (BID); e 
cooperação com Banco Mundial na iniciativa Identification for Development (ID4D). 
https://falabr.cgu.gov.br/
https://www.gov.br/participamaisbrasil/pagina-inicial
https://www.gov.br/compras/pt-br
https://portal.plataformamaisbrasil.gov.br/maisbrasil-portal-frontend/
http://www.consumidor.gov.br/
https://dados.gov.br/home
https://inde.gov.br/
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/transformacao-digital/rede-nacional-de-governo-digital
21Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Mas ainda há muito a fazer. O potencial da transformação digital no setor público é 
enorme, assim como seus benefícios. Não só a vida do cidadão se torna mais fácil, 
mas o governo também consegue reduzir bastante suas despesas anuais. Assim, a 
relação entre brasileiros e o Estado fica mais direta e transparente. 
A seguir, clique no botão e conheça o índice GovTech Maturity Index.
O índice GovTech Maturity Index 2022 
1 Governo centrado no cidadão; 
2 Governo integrado; 
3 Governo inteligente; 
5 Governo transparente; e 
4 Governo confiável; 
6 Governo eficiente. 
2.2 A Estratégia de Governo Digital (EGD) 
Para a realizar a transformação digital do governo, não basta tratar somente de 
tecnologia. Leis, decretos, instruções normativas e outros normativos têm que ser 
adaptados, revisados ou criados para a administração pública conseguir avançar na 
transformação digital. 
Lembre-se que existe o princípio da legalidade da administração pública, que 
determina que só é permitido fazer o que a lei autoriza. Para o administrador 
público, a lei significa: “deve fazer assim”. 
O Decreto 10.332/2020 é um desses instrumentos. Ele institui a Estratégia de 
Governo para o período de 2020 a 2022 e dá o norte do que se pretende alcançar 
nesses três anos, baseado em 6 princípios:
https://articulateusercontent.com/rise/courses/cu_NyPUp5XiU8MkmjAjSa6w1UhyWf6Db/X7et5SHwhH85yJFO-O%2520%25C3%25ADndice%2520GovTech%2520Maturity%2520Index%25202022.pdf
https://articulateusercontent.com/rise/courses/cu_NyPUp5XiU8MkmjAjSa6w1UhyWf6Db/X7et5SHwhH85yJFO-O%2520%25C3%25ADndice%2520GovTech%2520Maturity%2520Index%25202022.pdf
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 22
Dê uma olhada nos Decretos: 
Decreto nº 10.332, de 28 de abril de 2020 
Decreto nº 10.996, de 14 de março de 2022 
Acompanhe também a execução da EGD 2020-2022. 
São 16 objetivos a serem alcançados por meio de iniciativas que tratam de: 
serviços digitais; qualidade dos serviços; uma identidade digital comum de 
acordo com seus direitos de proteção; integração para cidadãos, empresas e 
organizações; canais únicos com o governo; engajamento social e fomento à 
colaboração com a sociedade, dentre outros. 
Que bom que você chegou até aqui! Agora é hora de você testar seus conhecimentos. 
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos!
https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-10.332-de-28-de-abril-de-2020-254430358
https://in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.996-de-14-de-marco-de-2022-385780290
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZjc2ODA0YjEtM2FlNi00ZDIzLWJiNGItNDU5Zjk4MDM1MzFjIiwidCI6IjNlYzkyOTY5LTVhNTEtNGYxOC04YWM5LWVmOThmYmFmYTk3OCJ9&pageName=ReportSection5c02b7b41052063a073c
23Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
BRASIL. Decreto nº 8.936 de 19 de dezembro de 2016. Institui a Plataforma de Cidadania 
Digital e dispõe sobre a oferta dos serviços públicos digitais, no âmbito dos órgãos e das 
entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Brasília, DF: 
Presidência da República, 2016. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2015-2018/2016/decreto/d8936.htm. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Decreto nº 10.332 de 28 de abril de 2020. Institui a Estratégia de Governo Digital 
para o período de 2020 a 2022, no âmbito dos órgãos e das entidades da administração 
pública federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências. Brasília, DF: 
Presidência da República, 2020a. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2019-2022/2020/decreto/d10332.htm. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Decreto nº 10.543 de 13 de novembro de 2020. Dispõe sobre o uso de 
assinaturas eletrônicas na administração pública federal e regulamenta o art. 5º da Lei 
nº 14.063, de 23 de setembro de 2020, quanto ao nível mínimo exigido para a assinatura 
eletrônica em interações com o ente público. Brasília, DF: Presidência da República, 
2020b. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/
decreto/D10543.htm. Acesso em: 10 abr. 2023. 
BRASIL. Decreto nº 10.996 de 14 de março de 2022. Altera o Decreto nº 10.332, de 28 
de abril de 2020, que institui a Estratégia de Governo Digital para o período de 2020 a 
2022, no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, 
autárquica e fundacional. Brasília, DF: Presidência da República, 2022. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/decreto/D10996.htm. Acesso 
em: 10 abr. 2023. 
CUKIER, Wendy. Developing Canada’s Digital-Ready Public Service. Ottawa: Public 
Policy Forum, 2019. Disponível em: https://ppforum.ca/publications/developing-
canadas-digital-ready-public-service/. Acesso em: 17 jul. 2023. 
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Washington: World Bank, 2021. Disponível em: https://openknowledge.worldbank.org/
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DUNLEAVY, P.; EVANS, M.; MCGREGOR, C. Connected Government: Towards digital 
era governance?. Canberra: University of Canberra, 2015. Disponível em: https://
researchprofiles.canberra.edu.au/en/publications/connected-government-towards-
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Referências 
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https://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/36233
https://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/36233
https://researchprofiles.canberra.edu.au/en/publications/connected-government-towards-digital-era-governance
https://researchprofiles.canberra.edu.au/en/publications/connected-government-towards-digital-era-governance
https://researchprofiles.canberra.edu.au/en/publications/connected-government-towards-digital-era-governance
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 24
FREEPIK COMPANY. [Banco de Imagens]. Freepik, Málaga, 2023. Disponível em: https://
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abr. 2023. 
SECRETARIA de Governo Digital. Estratégia de Governo Digital 2020-2022. Gov.br. 
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https://datacatalog.worldbank.org/search/dataset/0037889/GovTech-Dataset
https://datacatalog.worldbank.org/search/dataset/0037889/GovTech-Dataset
https://www.oecd-forum.org/posts/delivering-better-digital-government-to-your-door-and-beyond
https://www.oecd-forum.org/posts/delivering-better-digital-government-to-your-door-and-beyond
25Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 Módulo
Integração e Interoperabilidade: 
Conceitos para um Governo Integrado2
Dados, dados e dados! Com certeza você já ouviu expressões como “dados são o novo 
petróleo” ou “dados são ouro”. Uma sociedade digital é amplamente orientada a dados. 
Um governo digital também deve ser! A necessidade do governo por dados não 
é nada novo. 
O uso melhor desses dados vai aumentar a produtividade, responsabilização e 
inclusividade de instituições públicas. Um governo centrado em dados também vai 
auxiliar na construção de confiabilidade no governo e confiança pública. 
Por esse motivo, os governos precisam de modelos seguros de intercâmbio de 
dados. 
As palavras “integração” e “interoperabilidade” muitas vezes são usadas como se 
fossem a mesma coisa, mas existe uma diferença entre os dois termos. É hora de 
descobrir qual é essa diferença! 
Unidade 1: Integração e Interoperabilidade são Diferentes? 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade você será capaz reconhecer o conceito de integração e interoperabilidade. 
1.1. O que é Integração? 
Você consegue estimar o número de sistemas de software que existem no governo 
como um todo? Concorda que devem ser muitos? Provavelmente deve estar na casa 
dos milhares, certo? 
Tendo isso em mente, é preciso pensar que cada um desses sistemas lida com 
muitos dados. 
26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Mas você já pensou o que acontece quando um sistema precisa dos dados de outro 
sistema? Ou quando se deseja reunir e consolidar dados de vários sistemas para 
dar suporte à análise operacional, tática ou estratégica de negócios? Os sistemas 
precisam conversar entre si, não é mesmo? 
O termo Integração traz uma dimensão técnica à essa conversa.
Como ocorre a Integração de Dados? 
Fonte: Freepik (2023). 
Integração de dados é o processo de combinar dados de várias 
fontes de sistemas para criar conjuntos unificados de informação, 
tanto para uso operacional como para uso analítico. Integração de 
dados é um dos resultados possíveis de interoperabilidade de dados. 
O objetivo é que os conjuntos de dados produzidos sejam consistentes e que alcancem 
as necessidades por informação dos usuários finais. Geralmente, envolve um software 
intermediário, que vai traduzir os dados para que funcionem nos sistemas destino. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 27
Então, se você pensa que os sistemas precisam conversar entre si, quando 
falamos em integração, estamos falando que deve existir um tradutor. Para ficar 
mais claro, teria que existir um tradutor para sair de um sistema e outro tradutor 
para entrar no outro sistema. 
Em um nível básico, integração de dados conecta um ou mais sistemas, 
considerados como fontes de dados, com um ou mais sistemas para onde se 
quer que seja o destino desses dados. Nessa conexão, pode ser que os dados 
sejam copiados, transformados, consolidados, ajustados e limpos para que sejam 
entendidos pelo sistema destino. 
Você já deve imaginar que interoperabilidade não é integração. Então, o que é 
interoperabilidade e como isso pode lhe afetar como um profissional de governo digital? 
Há várias definições que podem ser citadas. Veja, a seguir, algumas perspectivas 
sobre a interoperabilidade: 
Comissão Europeia 
Interoperabilidade é a habilidade de organizações interagirem umas com 
as outras por meio de dados, sistemas e processos, para alcançar objetivos 
comuns. Envolve o compartilhamento de informação e conhecimento por meio 
de processos de negócios, utilizando a troca de dados entre sistemas de TIC. 
Interoperabilidade é um princípio fundamental sustentando a livre 
movimentação de bens, capital, serviços e pessoas entre os 27 estados 
membros da EU, e está fundada em um ecossistema de redes, sistemas e 
dados interconectados que podem fazer com que isso aconteça. 
Fonte: (KRUGER, 2022). 
Framework de Interoperabilidade da União Europeia (EIF) 
Para efeitos do framework, interoperabilidade é a capacidade das 
organizações de interagirem para objetivos mutuamente benéficos, 
envolvendo o compartilhamento de informação e conhecimento entre essas 
organizações, através dos processos de negócios que suportam, por meio 
da troca de dados entre seus sistemas de TIC. 
Fonte: (JOINUP, 2023) 
1.2 O que é Interoperabilidade? 
28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) 
A interoperabilidade é a capacidade dos sistemas TIC de interconectarem 
dados e processos para compartilhar informação e conhecimento dentro 
do marco da proteção, da ética e da segurança, de maneira ágil, eficiente e 
transparente, e com o objetivo de tomar decisões baseadas em fatos. 
Fonte: (POMBO et al., 2019) 
Olha só como ficou a nuvem de palavras feita a partir dessas definições:Definições de Interoperabilidade. 
Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
Já deu para perceber que interoperabilidade é um requisito para que os órgãos e 
entidades conversem entre si e troquem dados e informações, né? E também serve 
para permitir a troca de dados e informações com empresas privadas e organizações 
não governamentais que devam interagir com o Estado.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 29
Falando de maneira um pouco mais técnica, podemos dizer que 
interoperabilidade é uma troca de dados em tempo real entre 
sistemas, sem o auxílio de um outro software fazendo o meio 
de campo. Aqui, um sistema “fala” com outro diretamente, na 
mesma linguagem, sem necessidade de tradutor. 
Hoje tem-se uma infinidade de dados disponíveis, o que traz desafios quando 
consideramos que esses dados estão, muitas vezes, associados a necessidades 
e capacidades divergentes de vários públicos internos e externos; utilizam 
protocolos, tecnologias e padrões diferentes; e a produção de dados e 
disseminação de sistemas é fragmentada. 
Muitas vezes, interoperabilidade é menos um problema tecnológico e mais uma 
questão de gerenciamento e governança de dados. A existência de estruturas 
(frameworks) institucionais é chave para criar um ambiente onde dados, tecnologia e 
processos de negócio possam se encaixar. Também não se esqueça que estruturas 
legais e normativas são importantes para interoperabilidade. 
Agora, que tal ver um exemplo mais tangível? Então, assista a videoaula a seguir.
Videoaula: Exemplo de Interoperabilidade
1.3 Camadas de Interoperabilidade 
Quando se fala de interoperabilidade, não se fala somente da parte técnica. 
Existem outras partes que precisam ser consideradas para se formar um modelo de 
interoperabilidade que possa ser aplicado a todos os serviços públicos digitais. 
Veja quais são essas camadas consideradas na interoperabilidade.
Por isso, é considerada como um dos pilares mais importantes não só dos projetos 
tecnológicos, mas também da transformação digital dos governos, especialmente 
quando falamos da prestação de serviços públicos digitais.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo02_video02/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo02_video02/index.html
30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Camadas de Interoperabilidade. 
Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
01 Legal 
A camada legal traz a visão das leis e normativos aplicados nas organizações 
que querem compartilhar e trocar dados e informações. Muitas vezes, essas 
organizações funcionam em estruturas legais diferentes, mas têm que ser 
capazes de trabalhar em conjunto. 
Então, as leis e normativos existentes precisam ser ajustadas, verificando se 
existem barreiras para a interoperabilidade. E o ideal seria que as novas leis 
já considerassem a transformação digital e fossem elaboradas já adaptadas 
ao mundo digital e não só ao mundo físico; assim, diminuindo os entraves 
para a troca de dados e informação e já considerando o impacto em TIC. 
02 Organizacional 
A interoperabilidade organizacional vai fazer as considerações sobre 
a maneira como as organizações estão estruturadas: seus processos 
de negócio, responsabilidades, informações relevantes e expectativas. 
Tudo isso deve estar alinhado para ser possível alcançar os objetivos 
comuns. Esses objetivos incluem serviços públicos disponíveis, facilmente 
identificáveis, acessíveis e focados nos cidadãos. Se for necessário, novos 
processos devem ser definidos. 
03 Semântica 
Quando falamos do formato e do significado dos dados e informações 
trocados, estamos falando de interoperabilidade semântica. Esse formato 
e significado tem que ser entendido da mesma forma pelas organizações 
envolvidas e corresponde a dois aspectos: sintático e semântico. 
O aspecto sintático é a descrição exata do formato em que a informação 
precisa estar para ser trocada, em termos de gramática e forma. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 31
O aspecto semântico é o significado dos elementos dos dados e a relação 
existente entre eles. Inclui vocabulários, esquemas e ontologias para 
descrever a troca de dados. Nesse aspecto, procura-se assegurar que os 
elementos de dados sejam compreendidos da mesma maneira por todas 
as partes comunicantes. 
04 Técnica 
A interoperabilidade técnica é a mais entendida como interoperabilidade. 
São os aplicativos e a infraestrutura que ligam os sistemas e serviços. 
Lembre-se de que vários desses sistemas são sistemas legados e antigos, que são 
um grande obstáculo para a interoperabilidade. Como esses sistemas legados 
foram desenvolvidos pensando somente no problema local e específico, na maioria 
das vezes não consideraram as necessidades de trocar e compartilhar dados com 
outros sistemas. Isso resultou em ilhas de TIC difíceis de interoperar.
1.4 As Barreiras para Integração 
Pelo que foi visto até aqui, já é possível imaginar que a transformação digital do governo 
não só não acontece da noite para o dia, mas também encontra vários desafios. 
As barreiras mais mencionadas da transformação digital são:
Barreiras Culturais para mudança em como liderar. 
É a história do “aqui sempre se fez assim” e reflete uma aversão ao risco. 
Muitas vezes, a mudança na cultura digital é feita no nível de indivíduo, ao 
invés de em um nível institucional. 
Barreiras Legais para adesão em áreas como privacidade e aquisição. 
A administração pública só pode fazer o que está previsto em lei e normativos. 
Então, se não existir uma estrutura legal que permita a transformação 
digital, ela não pode acontecer. Em especial, a prestação de serviços digitais 
deve ter como princípio a proteção da privacidade do cidadão de acordo 
com as normas definidas. 
Barreiras Políticas para adoção de uma visão de longo prazo. 
A transformação digital deve ser incorporada na visão de longo prazo do 
Estado e as políticas devem refletir essa visão. 
32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Barreiras de Recursos para melhoria e inovação. 
Recursos para transformação digital precisam fazer parte do ciclo 
orçamentário, considerando alinhamento com inovação nacional e para 
requisitos de infraestrutura digital. 
Barreiras de Capacidades para adaptação e inovação. 
Quem vai executar a transformação digital são pessoas. É preciso entender a 
atual força de trabalho com capacidade digital e conseguir se preparar para 
necessidades futuras. Isto envolve tanto a insuficiência de liderança tecnológica 
em níveis executivos como a falta de equipe qualificada de TI e a inexperiência 
em relacionamentos colaborativos com indústrias digitais e criativas. 
As soluções de TIC nas diferentes agências do governo podem ser vistas como uma 
colcha de retalhos. E isso faz com que seja muito difícil que as agências consigam 
trocar dados entre si. 
Em vários casos, quando está sendo feita a digitalização dos processos governamentais, 
ao invés de transformar para o digital, esses processos são reforçados da maneira 
que estão. Isso faz com que o cidadão continue a visitar departamentos diferentes 
para conseguir acessar os serviços públicos, porque os sistemas que tratam esses 
serviços não estão interconectados. 
Para compartilhar dados, as agências precisam estar abertas para contribuição 
com outras agências, o que vai contra a burocratização e a cultura arraigada de 
cada pedacinho da estrutura governamental. Muitas vezes, existem leis e regras 
que nem permitem ou limitam essa troca de dados e informação. Algumas 
agências também possuem mandatos específicos que dificultam a participação 
em atividades cooperativas. 
As barreiras listadas acima também se aplicam à integração e interoperabilidade, 
mas com características mais específicas. 
Quer conhecer quais são essas características?
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 33
Barreiras de Interoperabilidade. 
 Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
Mas não deixe as barreiras só identificadas,certo? Para ter sucesso na implantação 
da mudança organizacional que a transformação digital precisa, é preciso analisar 
essas barreiras e definir uma estratégia com ações para que sejam evitadas. 
A maioria dessas barreiras ou forças de resistência tem origem em pessoas ou na 
cultura organizacional. Portanto, a estratégia deve considerar os facilitadores da 
mudança: aqueles traços, características, pessoas ou situações da organização que 
podem acelerar ou instalar a mudança desejada. Daí, é possível elaborar um plano 
de gestão de mudança que contribua para diminuir essa resistência e criar condições 
mais propícias para a implantação de projetos de interoperabilidade.
34Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Você sabia que há modos de medir a maturidade de projetos de 
interoperabilidade? 
Você sabe o que é um modelo de maturidade? 
Um modelo de maturidade é uma ferramenta que ajuda as pessoas 
a avaliar a eficácia atual de uma pessoa ou grupo e ajuda a descobrir 
quais capacidades elas precisam adquirir em seguida para melhorar 
seu desempenho. Modelos de maturidade são estruturados em 
uma série de níveis de efetividade. Supõe-se que qualquer pessoa 
da área passará pelos níveis em sequência, à medida que se tornar 
mais capaz (FOWLER, 2014). 
Para saber mais sobre modelos de maturidade para Interoperabilidade, clique no 
botão a seguir. 
Você chegou ao final desta Unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima! 
Modelos de Maturidade para Interoperabilidade 
https://articulateusercontent.com/rise/courses/JNGRgZS4iEzqhhEX3ypqxq6W4VAceBGQ/uTHnd5CmQaxWiY3W-Modelos%2520de%2520Maturidade%2520para%2520Interoperabilidade.pdf
https://articulateusercontent.com/rise/courses/JNGRgZS4iEzqhhEX3ypqxq6W4VAceBGQ/uTHnd5CmQaxWiY3W-Modelos%2520de%2520Maturidade%2520para%2520Interoperabilidade.pdf
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FOWLER, Martin. Maturity Model. Martin Fowler. [s. l.], 26, agosto. 2014. Disponível 
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Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 38
Unidade 2: Por que Construir um Governo 
Integrado e Interoperável?
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de classificar os benefícios e aplicações de um 
governo integrado e interoperável. 
Nesta unidade, você vai entender como oferecer serviços digitais mais adequados 
ao cidadão e à sociedade conforme um governo digital, utilizando integração e 
interoperabilidade. Além disso, você também vai entender como pode se beneficiar 
dessa integração, dentro do contexto de Governo Integrado. 
Um princípio que orienta a interação do cidadão com o governo é o Princípio Once-
Only, que você verá nesta unidade.
Como você, quando está no papel de cidadão e precisa tratar com o governo, vê os 
serviços oferecidos? 
Provavelmente como vários pedaços que não se conversam, certo? E, para solicitar 
alguma coisa ao governo, quem tem que fazer a ligação entre esses pedaços é você. 
Por exemplo, se um serviço público pedir uma certidão de outro órgão do governo, 
quem tem que providenciar essa certidão? Isso mesmo, você! 
Além disso, você precisa informar dados que você já informou várias e várias 
vezes, por causa da falta de conversa. Quantas vezes você teve que informar o 
número de algum documento do governo, de identificação ou o CPF, o seu nome 
ou a sua data de nascimento, o nome da sua mãe, entre outros dados que já foram 
informados em outra ocasião? 
O cidadão não deve ter que entender a complexidade da estrutura governamental. 
O governo, para o cidadão, deveria ser uma única grande entidade, ao invés de 
pedaços separados em órgãos ou departamentos. 
2.1 O Governo Integrado na Perspectiva do Cidadão 
39Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A notícia boa é que a transformação digital do setor público trabalha para trazer 
essa visão de governo como entidade única. 
Um governo integrado e interoperável significa que diferentes 
organismos públicos colaboram além de seus respectivos 
campos de competência para poder fornecer ao cidadão uma 
resposta combinada, sem exigir que o cidadão trate com cada 
parte em separado. 
Conexões. 
Fonte: Freepik (2023).
Passa a ser responsabilidade do governo resolver toda a complexidade da estrutura 
governamental e fazer a conexão entre órgãos e entidades. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 40
A visão que o governo tem de si mesmo é similar à visão do cidadão: uma 
composição de partes diferentes. São numerosos órgãos, agências, entidades, 
várias secretarias, diretorias, coordenações, departamentos e diversos outros 
nomes de estruturas organizacionais. 
E essas partes não se falam como deveriam. 
Se, de um lado o cidadão precisa estar informando novamente dados que já foram 
informados para o governo, esse governo precisa verificar e validar esses dados 
todas as vezes que eles forem informados, de forma repetida. 
Um Governo Integrado pretende diminuir esses passos de verificação e validação 
quando seus sistemas estão integrados e interoperando de tal forma que as 
informações que as partes já possuem sejam compartilhadas com a parte que 
necessita. Isso permite a conferência automática das informações apresentadas 
pelo cidadão, sem que ele precise informar novamente. 
Além disso, permite que informações que já existem em outras partes do governo não 
sejam nem mais pedidas ao cidadão, como, por exemplo, certidões de nada consta. 
Lembre-se que, quando se fala “Governo Integrado”, se usa o termo integrado 
e interoperável de maneira similar, certo? 
Resumindo, um governo integrado na perspectiva do cidadão deve ser um governo 
onde seus sistemas conversam entre si e obtém as informações de maneira 
automática, sem precisar solicitá-las ao cidadão. 
Que tal visualizar esse tema de uma forma ilustrada? Para isso, assista a videoaula a seguir.
Videoaula: Governo Integrado na Perspectiva do Cidadão
2.2 O Governo Integrado na Perspectiva do Governo 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo02_video03/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/935_EVG/video/modulo02_video03/index.html
41Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Uma visão sistêmica do Governo. 
Fonte: Freepik (2023).
O governo passa a trabalhar com uma visão sistêmica e do todo, ao invés de cada 
pedacinho cuidar apenas da sua parte. E, ainda, passa a contar com informações com 
mais qualidade, porque diminui a quantidade de dados duplicados que poderiam 
estar inconsistentes. 
Lembre-se que, quando se fala aqui “Governo Integrado”, se usa o termo 
integrado e interoperável de maneira similar, certo? 
Quer ver como funciona?
Videoaula: Governo Integrado na Perspectiva do Governo
https://cdn.evg.gov.br/cursos/930_EVG/video/modulo01_video00/index.html

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