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Conceito de cidades; carta de 
Atenas e nova carta de Atenas
Apresentação
Uma cidade é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras entidades urbanas por vários 
critérios, os quais incluem população, densidade populacional ou estatuto legal. As cidades são as 
áreas mais densamente povoadas do mundo. A palavra "cidade" é geralmente utilizada para 
designar uma dada entidade político-administrativa urbanizada. Em muitos casos, porém, cidade 
também é usada para descrever uma área de urbanização contígua (que pode abranger diversas 
entidades administrativas).
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender o conceito de cidade, da Carta de Atenas e 
Nova Carta de Atenas, e a sua importância para o urbanismo.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as origens do conceito de cidade.•
Reconhecer a Carta de Atenas e a Nova Carta de Atenas.•
Definir a importância da Carta de Atenas e da Nova Carta de Atenas no Urbanismo.•
Desafio
Você está desempenhando o papel de gestor público no setor de planejamento de determinada 
localidade, e uma decisão referente ao patrimônio público deve ser tomada.
O prédio da antiga rodoviária municipal atualmente está em desuso e deteriorando-se 
gradativamente. Uma grande indústria demonstrou interesse em adquirir essa edificação.
Como arquiteto e urbanista, exemplifique sua decisão.
Infográfico
A Carta de Atenas trouxe a responsabilidade de definir o conceito de urbanismo moderno e os 
problemas da ocupação dos espaços pelo homem. A Carta considerava a cidade como um 
organismo a ser concebido de modo funcional, na qual as necessidades do homem devem estar 
claramente colocadas e resolvidas. 
O infográfico a seguir demonstra, de forma simplificada, a manutenção e conservação das 
edificações e dos espaços históricos ou já edificados que apresentam alguma importância histórica 
para as cidades. Confira.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/e70a73d9-72fd-44a2-8fab-a7501a15b8f0/29e80991-e5a4-473a-9422-423a967eea10.png
Conteúdo do Livro
A cidade de Londres propriamente dita tem apenas cerca de 8,6 mil habitantes. Porém, quando 
alguém se refere à cidade de Londres, está geralmente referindo-se à sua região metropolitana, isto 
é, à sua área urbanizada, que tem aproximadamente 7,4 milhões de habitantes. Tóquio, muitas 
vezes descrita incorretamente como uma cidade, é, na verdade, uma província do Japão, formada 
por 23 bairros diferentes.
Leia, a seguir, o capítulo Conceito de cidade, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas, da 
obra Legislação urbanística aplicadas, base teórica para esta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
LEGISLAÇÃO 
URBANÍSTICA 
APLICADA 
Carolina Corso 
Rodrigues Marques
 
Conceito de cidades, 
Carta de Atenas e Nova 
Carta de Atenas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar as origens do conceito de cidade.
  Reconhecer a Carta de Atenas e a Nova Carta de Atenas.
  Avaliar a importância da Carta de Atenas e da Nova Carta de Atenas 
no Urbanismo.
Introdução
Uma cidade é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras en-
tidades urbanas por meio de vários critérios, os quais incluem população, 
densidade populacional ou estatuto legal. As cidades são as áreas mais 
densamente povoadas do mundo. A palavra cidade é geralmente utilizada 
para designar uma dada entidade político-administrativa urbanizada. 
Em muitos casos, porém, cidade é também usada para descrever uma 
área de urbanização contígua (que pode abranger diversas entidades 
administrativas). 
Por exemplo, a cidade de Londres propriamente dita tem apenas 
cerca de 8,6 mil habitantes. Porém, quando alguém se refere à cidade de 
Londres, está geralmente referindo-se à sua região metropolitana, isto 
é, sua área urbanizada, que tem aproximadamente 7,4 milhões de habi-
tantes. Tóquio, muitas vezes descrita incorretamente como uma cidade, 
é na verdade uma província do Japão, formada por 23 bairros diferentes.
Neste capítulo, você vai aprender o conceito de cidades, da Carta de 
Atenas e da Nova Carta de Atenas e sua importância para o Urbanismo.
Origens do conceito de cidade
A Constituição Federal de 1988 prevê os direitos sociais para toda a população 
do território nacional, ou seja, os brasileiros natos e os naturalizados, aplicados 
imediatamente quando da aquisição da personalidade civil, que ocorre com o 
nascimento, e que vêm para garantir o mínimo possível de dignidade à popu-
lação, melhorando a qualidade de vida, proporcionando saúde e assegurando 
o direito à cidade, também consagrado pelo Estatuto da Cidade.
No transcorrer dos séculos, concentrações de comunidades, por variados 
motivos, deram origem às cidades, que evoluíram e passaram a ter as caracterís-
ticas e os elementos que conhecemos e que as definem como espaços urbanos.
Para compreender as estruturas urbanísticas atuais, se faz necessário trazer à 
tona a formação histórica das cidades, bem como as formas da relação homem-
-espaço. A moradia foi o primeiro elemento conformador da urbanização 
sinalizada pelo homem paleolítico há milhares de anos. Foi quando surgiu a 
dependência de um local destinado a proteção, alimentação, acasalamento, 
repouso, refúgio e convívio. Após a moradia, surgem os acampamentos, ou seja, 
pequenos grupos reunidos, inicialmente com sua economia baseada em coleta e 
caça, o que permitia sua forma nômade e, posteriormente, com o acréscimo do 
plantio (agricultura) e da criação de animais domésticos, exigindo a ocupação 
da terra em caráter duradouro e até mesmo permanente, surgiram então as 
aldeias. Nos milênios seguintes, diversas foram as invenções que influenciaram 
na formação das cidades, sendo uma das principais a roda, inventada 3.500 
anos antes de Cristo, o que facilitou o transporte e revolucionou a locomoção.
Discutir as transformações do conceito de cidade é fundamental, conside-
rando o contexto histórico, explicitado pelo historiador do urbanismo, o norte 
americano Lewis Mumford. De fato, todos nós sabemos o que é uma cidade, 
embora seja difícil defini-la. O público em geral confunde ainda cidade com 
município, por exemplo. A palavra cidade vem do latim civitate, noção próxima 
de civitas, que deu origem às palavras cidadão e civilização. A palavra urbana 
vem do latim urbs, que também significa cidade.
Assim, como ensina Lewis Mumford: 
A aldeia, no meio de seus canteiros e campos, formava uma nova espécie 
de colônia; uma associação permanente de famílias e vizinhos, de aves e 
animais, de casas, silos e celeiros, tudo isso bem preso ao solo ancestral no 
qual cada geração formava o humo para a próxima [...] Todos esses novos 
Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas2
hábitos e funções emprestaram sua contribuição à cidade, quando ela veio 
a surgir; e, sem esse componente de aldeia, até a maior comunidade urbana 
teria carecido de uma base existencial de permanência física e continuidade 
social. [...] a arcaica cultura de aldeia cedeu lugar à ‘civilização’ urbana. [...] 
Em verdade, a partir de suas origens, a cidade pode ser descrita como uma 
estrutura especialmente equipada para armazenar e transmitir os bens da 
civilização e suficientemente condensada para admitir a quantidade máxima 
de facilidades num mínimo espaço, mas também capaz de um alargamento 
estrutural que lhe permite encontrar um lugar que sirva de abrigo às neces-
sidades mutáveis e às formas mais complexas de uma sociedade crescente 
e de sua herança social acumulada (MUMFORD, 1998, p. 19-20 e 38-39).
Desenvolvidos os elementos da aldeia, foram criadas novas estruturas de 
aglomeração de seres humanos civilizados, conhecidos como grande marco 
urbano e representados em um longo período de tempo, dentre eles: Babilônia 
(Figura 1), Tebas, Assur e Heliópolis,sem falar da muito provável formação 
de cidades às margens de rios no Egito e Vale do Indo, haja vista que a água 
e a descoberta de técnicas de irrigação atraíam concentração humana em 
ocupações dispersas.
Figura 1. Babilônia, uma das primeiras cidades da civilização.
Fonte: Jukka Palm/Shutterstock.com.
3Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas
Em babilônio: Bâb-ilim ou Babil, “porta de Deus”, uma das cidades mais importantes 
da Antiguidade, cuja localização é assinalada, atualmente, por uma região de ruínas 
ao leste do rio Eufrates, 90 km ao sul de Bagdá, no Iraque. Babilônia foi a capital do 
Império Babilônico durante os milênios II e I a.C. Na Antiguidade, a cidade se beneficiava 
de sua posição na importante rota comercial terrestre que ligava o Golfo Pérsico com 
o Mediterrâneo.
Os jardins suspensos da Babilônia são uma das “sete maravilhas do mundo” antigo, 
criadas pelo rei Nabucodonosor II, por volta de 600 a.C.
Conforme as cidades evoluíram, modelos compactos de ocupação foram 
adotados. Cercadas por muralhas, civilizações teriam seu poder soberano 
ameaçado, afinal, além de proteção, as muralhas limitavam as cidades por 
tamanho e separavam a vida urbana da camponesa, estabelecendo, assim, 
quem eram os excluídos. Junto com isso surgiram os mercados e templos, 
formas urbanas não planejadas até hoje, resultado de um domínio econômico, 
religioso e político. Hoje, afirma-se que para ter característica de cidade, 
deve-se apresentar: um conjunto de edificações em que as pessoas moram ou 
desenvolvem suas atividades, bens públicos e sociais, vias públicas, parques, 
praças, escolas, mercados, hospitais e praças de esportes.
Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas
Carta de Atenas
A Carta de Atenas foi um apanhado geral sobre as teorias do Urbanismo racio-
nalista, sendo possível identifi car traços do Socialismo utópico, da Bauhaus, de 
Ebenezer Howard, Tony Garnier, etc. É praticamente unânime entre os críticos 
o fato de que não trazia nenhuma grande novidade, alguns países inclusive 
já aplicavam os preceitos da Carta há vários anos. Sua grande inovação fi cou 
mesmo por conta das questões referentes ao patrimônio histórico. 
Tendo o domínio dos franceses, o evento teve como tema uma cidade 
funcional que discutiu aspectos de uma Arquitetura contemporânea. O docu-
Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas4
mento final redigido quase que exclusivamente por Le Corbusier, intitulado 
Carta de Atenas, define o conceito de Urbanismo moderno, com diretrizes e 
fórmulas aplicáveis internacionalmente. Considerava a cidade de modo fun-
cional, em que as necessidades do homem devem estar resolvidas, separando 
áreas residenciais das de lazer e de trabalho, a fim de propor que edifícios se 
desenvolvam em altura e se insiram áreas verdes. No Brasil, o Plano Piloto 
de Brasília, elaborado pelo arquiteto Lúcio Costa, é considerado o mais avan-
çado experimento urbano no mundo, por ter aplicado integralmente todos os 
princípios da Carta (PEPITONE, 2016).
Os principais tópicos da pauta do encontro são tratados conforme segue:
  Valorização dos monumentos: recomenda-se o respeito ao caráter e 
à fisionomia das cidades, sobretudo nas vizinhanças dos monumentos 
antigos, no que se refere à construção de novos edifícios.
  Materiais de restauração: aprova-se o uso de recursos técnicos e 
materiais modernos, especialmente o concreto armado, para os casos 
de consolidação estrutural.
  Deterioração dos monumentos: constata-se a agressividade dos agentes 
atmosféricos, manifesta-se a dificuldade de se formular regras gerais 
e recomenda-se a troca de informações e publicação de trabalhos re-
alizados nessas áreas.
  Técnica de conservação: antes de se proceder à restauração, sugere-se 
analisar escrupulosamente a existência de patologias; para as ruínas, 
destaca-se a tendência a recolocação dos elementos originais encontrados 
(anastilose); sempre que possível e ao mesmo tempo, recomenda-se a 
diferenciação dos novos materiais de complemento. 
  Colaboração internacional: estima-se a importância de ações educa-
tivas de sensibilização e divulgação do interesse de preservação dos 
testemunhos de toda a civilização; afirma-se a necessidade de consti-
tuição de inventários devidamente documentados a serem realizados 
por instituições competentes; considera-se desejável que instituições 
qualificadas colaborem entre si e manifestem publicamente o interesse 
em favor da conservação dos monumentos de arte e de história; indica-se 
para esse fim a Comissão Internacional de Cooperação Intelectual da 
Sociedade das Nações e o Escritório Internacional de Museus (PEPI-
TONE, 2016).
Observe a Figura 2 a seguir.
5Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas
Figura 2. Edifício do Hotel Danieli Excelsior, em Veneza. Um exemplo de “moderno 
ambientado”.
Fonte: 4kclips/Shutterstock.com.
Os temas mais relevantes no debate sobre a Carta foram:
  o papel social da propriedade privada, submetendo ao interesse coletivo;
  planejamento regional e intraurbano;
  zoneamento definido a partir das funções;
  tamanho e densidade das cidades, verticalização das construções localizadas em 
áreas verdes;
  erradicação da rua-corredor;
  racionalização, industrialização da construção por meio da padronização de ele-
mentos e componentes. 
As discussões acerca da carta rondaram a teoria da organização espacial, 
obedecendo às atividades humanas básicas, como trabalhar, habitar, cultivar 
corpo e espírito e circular. Acreditava-se com toda certeza que as decisões 
tomadas naquela reunião guiariam não só as cidades, mas também a vida dos 
indivíduos. A Carta mostrava, ainda, o quão importante eram os meios de 
transporte coletivos em vez dos individuais. 
Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas6
Nova Carta de Atenas
Acerca da Nova Carta de Atenas, uma nova visão de cidade poderia ser atingida 
pelo Urbanismo. Com a colaboração de urbanistas e outros profi ssionais, foram 
propostos novos sistemas de governo, envolvimento dos cidadãos e utilização 
das novas formas de comunicação e de informação. As novas orientações se 
utilizavam dos princípios da prática urbanistas para as cidades do século XXI, 
desenhando um novo panorama urbano para um futuro desejável, em que 
os processos de construção adquirem responsabilidade sustentável. A visão 
fi nal que fundamenta a Nova Carta de Atenas é completada com referência 
aos desafi os que afetavam as cidades no início do século XXI e, claro, ao 
compromisso dos urbanistas em colocar em prática essa visão. 
A Nova Carta de Atenas, redigida em 1998 e atualizada em 2003, dirige-se 
especialmente aos urbanistas que trabalham na Europa, mas se estende aos que 
se interessam por esse trabalho, sempre como forma de orientação, de modo a 
assegurar maior coerência na construção de cidades, a fim de transformá-las em 
cidades coerentes. O planejamento estratégico do território e o Urbanismo são 
indispensáveis para garantir um desenvolvimento sustentável, hoje entendido 
como a gestão prudente do espaço comum, que é um recurso crítico, de oferta 
limitada e com procura crescente nos locais onde se concentra a civilização. 
Isso implica o trabalho de equipes multidisciplinares, a várias escalas e em 
processos de longo prazo.
Essa caracterização e a especificidade da profissão consistem em considerar 
muitas questões e prever antecipadamente os impactos no espaço e na socie-
dade. Segundo o Conselho Europeu de Urbanistas (CEU), os urbanistas têm 
grande responsabilidade acerca da diversidade das cidades (PEPITONE, 2016).
A Nova Carta de Atenas abordou:
  a transformação rápida das cidades e o emprego da tecnologia para auxiliar no 
planejamento;
  o planejamento estratégico e o desenvolvimento sustentável;
  as redes urbanas que formam as megalópoles;
  a importância do transporte coletivo;
  a preservação e o destaque dos valores culturais;
  o envelhecimento da população, aacessibilidade e a necessidade de infraestrutura;
  o equilíbrio ambiental;
  a redução das desigualdades sociais.
7Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas
Da Carta de Atenas aos dias atuais
Uma aplicação sistemática da Carta prevê, além de direitos urbanísticos, 
direitos fundamentais individuais, sociais, ambientais e educacionais. No 
entanto, percebe-se que inúmeros fatores impedem a aplicação desses direitos, 
como problemas decorrentes da má gestão pública e da pouca ou nenhuma 
contribuição privada para o melhoramento das cidades, a fi m de garantir os 
direitos básicos.
O “caos urbano” das cidades decorre da falta de organização, para que se 
tornem eficientes, reduzindo, assim, os custos com infraestrutura e serviços 
públicos. Segundo o estudioso Victor Carvalho Pinto (2011), as visões de 
planejamento urbano convergem nos interesses dos empresários, políticos e 
burocratas, assim como dos movimentos sociais. As transformações das cidades 
são sempre para atender, quase que em regime de exclusividade, aos veículos 
automotores, e não às pessoas. Em verdade, trata-se de inúmeros fatores 
socioeconômicos, políticos e culturais, afirmando conforto e segurança aos 
indivíduos que têm carro próprio, e pouquíssimas políticas públicas voltadas 
à valorização da mobilidade urbana, bem como ao incentivo do transporte 
público, este de péssima qualidade.
Com base nisso, cabe ao Estado, em conjunto com a iniciativa privada, 
coordenar e incentivar políticas públicas, voltadas ao bem-estar e à construção 
de uma cidade sustentável, atenta aos direitos de todos, sem deixar os direitos 
individuais de lado. 
Importância da Carta de Atenas e 
da Nova Carta de Atenas no Urbanismo
O documento corresponde às resoluções do IV Congresso Internacional da 
Arquitetura Moderna (CIAM). O documento sintetiza a visão do Urbanismo 
racionalista, também chamado de Urbanismo funcionalista. Reúne as contri-
buições de praticamente um século de refl exões, desde o Socialismo utópico 
até a Bauhaus, incorporando as propostas de Wilian Morris, Tony Garnier, 
Ebenezer Haward, entre outros.
Os principais aspectos discutidos na Carta foram:
  a necessidade de planejamento regional interurbano;
  a implantação do zoneamento, por meio da separação de usos em zonas 
distintas, de modo a evitar conflito de usos incompatíveis;
Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas8
  a submissão da propriedade privada do solo urbano aos interesses 
coletivos;
  a verticalização dos edifícios situados em amplas áreas verdes;
  a industrialização dos componentes e a padronização das construções.
Segundo o documento, o Estado e a Administração Pública seriam organis-
mos neutros voltados ao bem comum. Alguns dos seus conteúdos se referem 
às questões do patrimônio histórico das cidades, sintetizados como segue: 
  A vida e a alma das cidades, esta manifestada nas obras e nos traçados 
do passado respeitado por valores históricos, sentimentais e artísticos, 
sendo os urbanistas responsáveis pela proteção e pela transmissão dessa 
herança ao futuro.
  Nem tudo o que é passado tem direito à perenidade; é necessário saber 
reconhecer e discriminar as obras que se mantêm vivas, distinguindo 
daquelas que lesam os interesses da cidade.
  É importante conciliar a preservação com decisões de renovação: em 
casos de construções repetidas, podem ser fixados alguns exemplares 
a título de exemplificação; em outros casos, poderá ser isolada uma 
única parte como lembrança de um valor real; e em casos excepcionais, 
recomenda-se transplantar elementos incômodos a novos traçados.
  O culto à história não deve ter prioridade sobre a salubridade da moradia.
  Quando houver redesenho urbano, aponta-se a seguinte ressalva: em 
casos de grande interesse (valores arquitetônicos, históricos ou espiri-
tuais), deve-se adaptá-lo, mudando o curso das vias de circulação, em 
vez de demolir antigas presenças marcantes. 
  Deve-se proceder à criação de áreas verdes ao redor de monumentos 
históricos e à demolição de casas insalubres e cortiços que estejam ao 
redor; nesses casos, se aceita como inevitável a destruição de ambiências 
seculares.
  Condena-se o emprego dos estilos históricos para as novas construções: 
“copiar servilmente o passado é condenar-se a mentira, é erigir o falso 
como princípio”. Tal procedimento, ao invés de garantir a pureza de 
estilo, acaba por desacreditar os testemunhos autênticos. 
Em análise da Carta, pode-se identificar que a herança do passado é o que 
faz história. Há testemunhos históricos que não podem ser desprezados, mas 
deve haver uma avaliação seletiva que observe os critérios ao bem monumental 
isolado do contexto urbano (ALMEIDA, 2010).
9Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas
Os urbanistas analisam, elaboram esquemas, programam e monitoram 
estratégias e políticas de desenvolvimento. Como em todas as disciplinas, 
contribuem também para a formação profissional e a investigação, a fim de 
adaptarem permanentemente o ensino às necessidades do presente e do futuro. 
Os urbanistas participam ativamente, eles próprios, em todas as diferentes 
fases e escalas do processo de organização do espaço, ainda que não possam 
estar comprometidos da mesma maneira em todas elas, ao mesmo tempo. 
O planejamento não consiste em apenas elaborar planos, trata-se de atingir 
equilíbrio entre interesses públicos e privados de forma a arbitrar os conflitos 
que surjam.
Vemos, então, a importância do urbanista como mediador, hoje e no futuro. 
Requer capacidade de compor matéria urbana, de gestão e administração, 
desenvolvendo um consenso social em respeito do indivíduo, monitorando 
e revisando planos e programas. Os urbanistas foram os profissionais do 
século XXI, tanto como conselheiros estratégicos quanto como planejadores 
do território, gestores urbanos e especialistas científicos. 
Podemos chegar a seis princípios gerais acerca da Carta de Atenas e da Nova 
Carta de Atenas, para reconstituir todo o monumento, manter a manutenção 
deste e, quando necessário, restaurá-lo, respeitando o histórico e o artístico 
de sua época. Seriam eles:
I – Administração e legislação dos monumentos históricos: o proprietário 
de um bem privado deve respeitar as leis, caso o bem seja cultural-histórico. 
Cabe ao International Museums Office (IMO) manter cada Estado atualizado 
sobre essa legislação.
II – Valorização dos monumentos: para isso, é preciso respeitar desde a obra 
como tudo ao seu redor, desde as construções até as plantas e suas organizações 
em torno do monumento, para manter seu caráter antigo. 
III – Materiais de restauro: qualquer técnica e material moderno poderão ser 
utilizados na restauração das obras, desde que não alterem as características 
originais da obra. 
IV – Deterioração dos monumentos: em razão da poluição da vida moderna, 
pede-se a colaboração de arquitetos e conservadores para encontrar novas 
técnicas e métodos para cada problema específico.
V – Técnica de conservação: ruínas = reposição dos elementos naturais 
encontrados, em caso de escavações, se não for possível cobrir novamente, 
ou um acordo entre peritos para solucionar o problema.
VI – Conservação dos monumentos e colaboração internacional:
a) Cooperação técnica e moral: todos os órgãos são responsáveis pelo bem 
cultural mundial.
b) O papel da educação no respeito dos monumentos: população x Poder 
Público (identidade e pertencimento).
Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas10
c) Utilidade de uma documentação internacional: a Conferência emite o 
voto de que:
1. Cada Estado ou as instituições criadas ou reconhecidas como competentes 
para esse efeito publiquem um inventário dos monumentos históricos nacionais, 
acompanhados de fotografias e de notícias.
2. Cada Estado constitua arquivos em que se reúnam todos os documentos 
relativos aos seus monumentos históricos.
3. Cada Estado deposite as suas publicações no IMO.
4. O IMO consagre,nas suas publicações, artigos relativos aos processos e 
aos métodos gerais de conservação dos monumentos históricos.
5. O IMO estude a melhor utilização das informações assim centralizadas.
1. A Carta de Atenas de 1933, elaborada 
pelo Congresso Internacional 
de Arquitetura Moderna (CIAM), 
criticava as cidades tradicionais 
e propunha uma concepção de 
cidade pautada no funcionalismo, 
conforme as visões do Urbanismo 
moderno. Assinale a alternativa 
que apresenta as funções básicas 
da cidade moderna definidas 
pela Carta de Atenas (1933).
a) Habitação, trabalho, 
recreação e circulação.
b) Habitação, trabalho, 
higiene e circulação.
c) Ventilação, escoamento, 
racionalização e hierarquização.
d) Implantação, drenagem, 
defesa e acessibilidade.
e) Hierarquização espacial, 
sanitização urbana, captação 
de águas e acessibilidade.
2. A Carta de Atenas, o manifesto 
mais significativo do Congresso 
Internacional de Arquitetura 
Moderna (CIAM), estabeleceu 
que o planejamento urbano 
devesse estar focado nas 
funções: moradia, trabalho, lazer 
e circulação. Em um encontro 
posterior, o CIAM incluiu uma 
nova função. Assinale a alternativa 
que indica essa nova função.
a) Parque esportivo.
b) Centro público.
c) Setor de serviços.
d) Centro comercial.
e) Área verde.
3. O arquiteto e urbanista Le Corbusier 
teve papel muito importante, 
estando em primeiro plano 
no movimento moderno. Sua 
preocupação se atribuía à questão 
da saúde e da higiene da população. 
Com base nisso, formulou 
quatro postulados concisos, que 
respondem com exatidão aos 
perigos ameaçadores. Assinale um 
postulado formulado pelo arquiteto 
como base do Urbanismo moderno.
a) Adensar as áreas periféricas 
das cidades.
b) Reduzir a área de 
superfícies arborizadas.
c) Aumentar a densidade 
do centro das cidades.
11Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas
d) Descongestionar o trânsito 
da periferia das cidades.
e) Reduzir os meios de circulação
4. A intensa e acelerada urbanização 
brasileira resultou em sérios 
problemas sociais urbanos, dentre 
os quais podemos destacar:
a) falta de infraestrutura, 
limitações das liberdades 
individuais e altas condições 
de vida nos centros urbanos.
b) aumento do número de favelas 
e cortiços, falta de infraestrutura 
e todas as formas de violência.
c) conflitos e violência urbana, 
luta pela posse da terra e 
acentuado êxodo rural.
d) acentuado êxodo rural, 
mudanças no destino das 
correntes migratórias e aumento 
no número de favelas e cortiços.
e) luta pela posse da terra, falta de 
infraestrutura e altas condições 
de vida nos centros urbanos.
5. A Nova Carta de Atenas (2003), em 
seu texto, pretensiosamente propõe 
uma correção histórica de rumo 
em sua visão de Urbanismo. Passou 
a defender que suas propostas 
estão voltadas diretamente para 
os “sujeitos” da cidade e adaptadas 
às necessidades geradas pelas 
constantes mudanças ocorridas na 
sociedade no último século, não 
mais centradas em seu próprio 
objeto, como a Carta de Atenas 
(1933). Dentre as teses preconizadas 
pela Nova Carta, estão:
a) as cidades devem ser concebidas 
e planejadas de forma a produzir 
coerência social, coerência 
econômica, coerência no 
tempo e coerência ambiental.
b) o não planejamento estratégico 
do território e do Urbanismo.
c) reduzir os meios de circulação.
d) utilizar a alta tecnologia (high 
tech) como forma de expressão.
e) implantação, drenagem, 
defesa e acessibilidade.
ALMEIDA, E. de. Uma releitura das Cartas de Atenas. Integração, v. 16, n. 60, p. 5-14, 2010.
MUMFORD, L. A cidade na história : suas origens, transformações e perspectivas. 4. ed. 
São Paulo: Martins Fontes, 1998.
PEPITONE, C. A carta de Atenas e a nova carta de Atenas. 2016. Disponível em: . Acesso em: 18 abr. 2018.
Leituras recomendadas 
AMENDOLA, G. La ciudad postmoderna (1997). Madrid: Celeste, 2000. 
Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas12
ASCHER, F. Métapolis ou l’avenir des villes. Paris: O. Jacob, 1995. 
BASTIÉ, J.; DEZERT, B. Ĺ espace urbain. Paris: Masson, 1980. 
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Conceito de cidades, Carta de Atenas e Nova Carta de Atenas14
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do Professor
Quais são os princípios da Carta de Atenas de 1931? Esta Dica do Professor apresenta o intuito da 
Carta de Atenas, que foi estabelecer normas de conduta internacionais, voltadas para a preservação 
de patrimônios históricos e culturais da humanidade. 
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Exercícios
1) A Carta de Atenas de 1933, elaborada pelo CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura 
Moderna), criticava as cidades tradicionais e propunha uma concepção de cidade pautada no 
funcionalismo, conforme as visões do Urbanismo Moderno. 
Assinale a alternativa que apresenta as funções básicas da cidade moderna definidas pela 
Carta de Atenas (1933).
A) Habitar, trabalhar, recrear e circular.
B) Habitar, trabalhar, higienizar e circular.
C) Ventilar, escoar, racionalizar e hierarquizar.
D) Implantação, drenagem, defesa e acessibilidade.
E) Hierarquização espacial, sanitização urbana, captação de águas e acessibilidade.
2) A Carta de Atenas, o manifesto mais significativo dos CIAM (Congresso Internacional de 
Arquitetura Moderna), estabeleceu que o planejamento urbano devesse estar focado nas 
funções: moradia, trabalho, lazer e circulação. 
Em um encontro posterior, o CIAM incluiu uma nova função. Assinale a alternativa que 
indica essa nova função.
A) Parque esportivo
B) Centro público
C) Setor de serviços
D) Centro comercial
E) Área verde
O arquiteto e urbanista Le Corbusier teve papel muito importante, estando em primeiro 
plano no movimento moderno. Sua preocupação se atribuía à questão da saúde e da higiene 
3) 
da população. Com base nisso, formulou quatro postulados concisos, que respondem com 
exatidão aos perigos ameaçadores. 
Assinale um dos quatro postulados formulados pelo arquiteto, como base do urbanismo 
moderno.
A) Adensar as áreas periféricas das cidades.
B) Reduzir a área de superfícies arborizadas.
C) Aumentar a densidade do centro das cidades.
D) Descongestionar o trânsito da periferia das cidades.
E) Reduzir os meios de circulação.
4) A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, 
dentre os quais podemos destacar:
A) falta de infraestrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos 
centros urbanos.
B) aumento do número de favelas e cortiços, falta de infraestrutura e todas as formas de 
violência.
C) conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural.
D) acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número 
de favelas e cortiços.
E) luta pela posse da terra, falta de infraestrutura e altas condições de vida nos centros urbanos.
5) A Nova Carta de Atenas (2003), em seu texto, pretensiosamente propõe uma correção 
histórica de rumo em sua visão de urbanismo, passando a defender que suas propostas estão 
voltadas diretamente para os “sujeitos” da cidade e adaptadas às necessidades geradas pelas 
constantes mudanças ocorridas na sociedade no último século, não estando mais centradas 
em seu próprio objeto, como a Carta de Atenas (1933). 
Dentre as teses preconizadas pela Nova Carta, estão:
A) as cidades devem ser concebidas e planejadas de forma a produzir a sua “coerência social, 
coerência econômica, coerência no tempo e coerência ambiental”.
B) o não planejamento estratégico do território e do urbanismo.
C) reduzir os meios de circulação.
D) utilizar-se de alta tecnologia (high tech) como forma de expressão.
E) implantação, drenagem, defesa e acessibilidade.
Na prática
A Nova Carta de Atenas (1933) é resultado do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna 
(CIAM), definindo critérios do Urbanismo Moderno. Você verá que a Carta trata as cidades sob o 
ponto de vista de arquitetos, analisa e propõe aspectos para elas.
Veja algumas considerações sobre conservação e restauro.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Você viu que a Carta considera a cidade como um organismo funcional, na qual as necessidades do 
homem devem estar claramente colocadas e resolvidas. Esses preceitos influenciaram o 
desenvolvimento das cidades europeias após a Segunda Guerra, e, no Brasil, a criação do Plano 
Piloto de Brasília, por Lucio Costa, foi considerado como o mais avançado experimento urbano 
aplicado integralmente a todos os princípios da Carta.
Saiba mais
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Carta de Atenas - CIAM (Congresso Internacional de 
Arquitetura Moderna)
Leia a Carta na íntegra, para ampliar seu conhecimento.
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A Nova Carta de Atenas
Veja a seção de atualização técnica.
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Da Carta de Atenas à Carta do Novo Urbanismo
Qual significado do Novo Urbanismo para a América Latina?
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http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Atenas%201933.pdf
https://paginas.fe.up.pt/construcao2004/c2004/docs/SAT_02_carta%20atenas.pdf
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.019/821