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violência
doméstica
flaviainocencio.com.br@flavia_inocencio
Este material foi desenvolvido com a finalidade de 
aproximar a Psicologia da letra fria da lei, facilitando a 
compreensão da Lei Maria da Penha pelos Profissionais 
da Psicologia e como podem acolher quem vivenciou 
situações de Violência Doméstica e Familiar.
Ana Flávia Inocencio Camargo
CRP 08/21105
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1. História da Maria da Penha e o contexto de criação da lei 
2. Caracterização da Violência Doméstica de acordo com a Lei Maria da Penha 
3. Os 5 tipos de violência: física, psicológica,sexual, patrimonial e moral 
4. O ciclo da violência 
5. O que faz a mulher não denunciar a agressão? 
6. Como a Gestalt-Terapia compreende o fenômeno da Violência Doméstica 
7. Atendimento com as mulheres 
8. Trabalho da Psicologia com homens autores de Violência Doméstica 
9. Ações na Comunidade 
10. Consequências da Violência Doméstica 
11. Perfil do autor de violência 
12. Mitos sobre a Violência Doméstica 
13. Perguntas para identificar se a mulher está em risco 
 
 
 
CRP 08/21105 
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HISTÓRIA DA MARIA DA PENHA E CONTEXTO DE CRIAÇÃO DA LEI 
 
A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) existe há 14 anos e é a 
principal legislação brasileira de enfrentamento da violência contra a mulher. A 
lei foi criada para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a 
mulher em conformidade com o artigo 226, §8º, da Constituição Federal e os 
tratados internacionais ratificados pelo Estado brasileiro, sendo eles: 
Convenção de Belém do Pará, Pacto de San José da Costa Rica, Declaração 
Americana dos Direitos e Deveres do Homem e Convenção sobre a Eliminação 
de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher. 
A lei foi inspirada na Maria da Penha Maia Fernandes, uma 
biofarmacêutica que sofreu várias agressões de seu marido, inclusive a 
tentativa de homicídio que a deixou paraplégica. Maria da Penha não recebeu 
a devida proteção das autoridades brasileiras e, devido a isso, recorreu à 
Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA). A Organização dos 
Estados Americanos reconheceu as deficiências da legislação brasileira e 
determinou que o Brasil tomasse as medidas necessárias, uma delas, foi a 
criação da legislação que ficou conhecida como Lei Maria da Penha. 
Em setembro de 2006 a lei entrou em vigor e a violência contra a mulher 
deixou de ser tratada como um crime de menor potencial ofensivo. Além disso, 
a lei também acabou com as penas pagas em cestas básicas ou multas. 
 
Resumo da Lei Maria da Penha: 
https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/resumo-da-lei-maria-da-
penha.html 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/resumo-da-lei-maria-da-penha.html
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CARACTERIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DE ACORDO COM A LEI 
MARIA DA PENHA 
 
Art. 5º. Configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação 
ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, 
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: 
I- No âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio 
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as 
esporadicamente agregadas; 
II- No âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por 
indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, 
por afinidade ou por vontade expressa; 
III- Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha 
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de 
orientação sexual. 
Assim, quem pode praticar a violência, então? 
1) Segundo a Lei Maria da Penha, a violência pode partir de maridos, 
companheiros, namorados (ex ou atuais) e que morem ou não na mesma casa 
que a mulher. 
2) A Lei Maria da Penha aplica-se tanto a relações heterossexuais como a 
casais de mulheres. 
3) Mas a Lei Maria da Penha não se restringe às relações amorosas, ou seja, 
também vale para a violência cometida por outros membros da família, 
como pai, mãe, irmão, irmã, padrasto, madrasta, filho, filha, sogro, sogra -
 
 
 
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desde que a vítima seja uma mulher, em qualquer faixa etária. 
4) A Lei Maria da Penha também se aplica quando a violência doméstica 
ocorre entre pessoas que moram juntas ou frequentam a casa, mesmo sem ser 
parentes, como um cunhado ou cunhada. 
Em resumo, a violência doméstica e familiar pode ser praticada por 
qualquer pessoa que tenha ou teve relação íntima e de afeto com a vítima, 
independentemente do sexo dessa pessoa. Embora apareçam como maioria 
nas pesquisas, os autores de violência não são apenas homens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OS 5 TIPOS DE VIOLÊNCIA: FÍSICA, SEXUAL, PSICOLÓGICA, MORAL E 
PATRIMONIAL 
 
As formas de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher estão 
previstas no art. 7º, da Lei nº 11.340/2006. São elas: 
A Violência Física é entendida como qualquer conduta que ofenda a 
integridade ou saúde corporal da mulher. De acordo com o site “Relógios da 
Violência”, a cada 7.2 segundos, uma mulher é vítima de violência física. O 
Supremo Tribunal Federal decidiu que a ação penal em casos de crime de 
lesão corporal praticado contra a mulher no ambiente doméstico é 
incondicionada, isto é, o Ministério Público pode mover as ações 
independentemente de representação da vítima, da mulher querer ou não. 
Exemplos: bater; espancar; atirar objetos, sacudir ou apertar os braços; 
estrangulamento ou sufocamento; lesões com objetos cortantes ou perfurantes; 
ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo. 
A Violência Psicológica é entendida como qualquer conduta que cause 
dano emocional e diminuição da autoestima da mulher. Que prejudique e 
perturbe o seu pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas 
ações, comportamentos, crenças e decisões. 
A violência psicológica é a forma mais subjetiva das violências, e por 
isso, é a mais difícil de ser identificada. Na maioria das vezes acontece só na 
presença do homem e da mulher o que dificulta a identificação por outras 
pessoas. Além disso, ela é negligenciada e vista como menos grave que a 
violência física, por exemplo. 
 As marcas deixadas pela violência psicológica são diferentes das 
marcas deixadas pela violência física, porém, são marcas que ficam no 
psicológico da mulher, na sua autoestima, na sua visão sobre si mesma, na 
sua confiança em si mesma. É violência como as outras formas e deve ser 
tratada como tal. 
 
 
 
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Exemplos: ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, 
isolamento, vigilância constante, insulto, chantagem, violação de sua 
intimidade, desconsiderar a opinião ou decisão da mulher, tentar fazer a mulher 
ficar confusa ou achar que está louca, controlar tudo o que ela faz, exploração 
e limitação do direito de ir e vir, tirar a liberdade de crença. 
A Violência Sexual é outra forma de violência doméstica e familiar 
prevista na Lei Maria da Penha e pode ser praticada de diversas maneiras, É 
caracteriza como: qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, a 
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, 
ameaças, coação ou uso da força. Impedir que a mulher use qualquer método 
contraceptivo ou ainda que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à 
prostituição. 
Muitos homens ainda pensam que por estarem casados/namorando/em 
união estávela mulher é obrigada, por conta do relacionamento, a manter 
relações sexuais mesmo que ela não tenha vontade. Quando o homem força 
essa relação sexual, é uma maneira de demonstrar poder sob a mulher, sendo 
caracterizada como violência sexual. 
Exemplos: forçar relações sexuais quando a mulher não quer ou quando 
estiver dormindo ou sem condições de consentir, obrigar a mulher a fazer atos 
sexuais que causam desconforto ou repulsa, obrigar a mulher a fazer sexo com 
outras pessoas, impedir o uso de métodos contraceptivos, limitar ou anular o 
exercício dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher, como forçá-la a 
engravidar ou forçar o aborto quando ela não quiser. 
A Violência Patrimonial é entendida como qualquer conduta que 
configure retenção, subtração, destruição parcial ou total dos objetos, 
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos da mulher. 
Exemplos: destruição de bens materiais e objetos pessoais; usar o 
dinheiro da mulher para ter controle sobre ela; esconder documentos, trocar as 
 
 
 
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senhas do banco sem avisar, negar acesso ao dinheiro do casal. Muitas 
pessoas ainda não reconhecem essas atitudes como violência patrimonial, o 
que torna a identificação mais difícil. 
A Violência Moral é entendida como qualquer conduta que configure 
calúnia, difamação ou injúria, crimes previstos no Código Penal. 
Exemplos: fazer críticas mentirosas, distorcer e omitir fatos para deixar a 
mulher em dúvida sobre a sua memória e sanidade, xingar a mulher, 
desvalorizar a mulher pela sua maneira de se vestir, ofender a reputação da 
mulher, humilhar a mulher publicamente; expor a vida íntima do casal para 
outras pessoas, acusar publicamente a mulher de cometer crimes, inventar 
histórias e/ou falar mal da mulher para os outros com o intuito de diminuí-la 
perante amigos e parentes. 
 
 
 
 
 
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O CICLO DA VIOLÊNCIA 
 
É possível observar nos casos de violência contra a mulher um ciclo, 
com atitudes que costumam se repetir, cada vez com maior violência e menor 
intervalo entre as fases. Cada caso tem a sua especificidade, porém, a 
psicóloga norte-americana Lenore Walker, identificou que as agressões em um 
contexto conjugal ocorrem na forma de um ciclo que é constantemente 
repetido. 
Todo relacionamento abusivo não é permeado de atos violentos 24 
horas por dia, 7 dias da semana. A violência, geralmente, segue um padrão de 
agressão que pode ser identificado na maioria dos relacionamentos abusivos. 
São identificadas 3 etapas: aumento de tensão, ataque violento e "lua de mel". 
Aumento da tensão: Nessa etapa, o homem demonstra-se tenso e 
irritado, humilha a mulher e faz ameaças. Acontecem situações que deixam a 
mulher em alerta, geralmente caracteriza-se pela existência de violência 
psicológica e moral; a mulher sente-se apreensiva em relação ao homem; tenta 
acalmá-lo, fica aflita e evita qualquer comportamento que possa “provocá-lo”. A 
vítima tenta encontrar motivos para justificar a violência, “ele estava nervoso 
por conta do trabalho”; “ele estava estressado e cansado e acabou 
descontando em mim”; “ele bebeu um pouco além do que está acostumado”. 
Ataque violento/ Ato de violência: A segunda etapa é caracterizada 
pela explosão do homem, a falta de controle chega ao limite e leva ao ato 
violento. A tensão acumulada na fase anterior gera os outros tipos de violência. 
A mulher sente medo, raiva, solidão, pena de si mesma, vergonha, confusão. 
Geralmente, é nessa fase que a mulher procura ajuda de profissionais ou 
familiares e toma a decisão de registrar a ocorrência. 
Lua de mel/ Arrependimento e comportamento carinho: Por fim, na 
terceira fase, o homem se mostra arrependido e amável para conseguir a 
reconciliação. Demonstra vergonha e diz que aquilo não voltará a se repetir. A 
mulher se sente feliz por perceber os esforços e pelas mudanças no 
 
 
 
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comportamento do homem e lembra-se dos momentos bons que passaram 
juntos. Há uma fase mais tranquila, até acontecerem situações que levam, 
novamente, ao aumento de tensão e o ciclo volta para a fase 1. 
Conhecer e entender sobre o Ciclo da Violência contribui para 
compreender o que leva cada mulher a continuar nesse relacionamento 
violento. Serve também para entendermos que não é tão simples romper com 
um relacionamento abusivo, o homem não é violento o tempo inteiro, muitas 
vezes, a mulher ainda mantém um sentimento de amor pelo homem e dá mais 
atenção para a terceira fase do ciclo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O QUE FAZ A MULHER NÃO DENUNCIAR A VIOLÊNCIA? 
 
Depois de estudarmos sobre o Ciclo da Violência, é possível 
compreendermos que existem muitos fatores que contribuem para que uma 
mulher tolere a situação de violência doméstica ou familiar, alguns deles: 
 
- risco de rompimento da relação; 
- medo de que o parceiro cumpra as ameaças de morte ou suicídio; 
- vergonha e medo de procurar ajuda; 
- sensação de fracasso e culpa na escolha do par amoroso; 
- receio de sofrer discriminação e preconceito; 
- esperança de que o comportamento do parceiro mude, de que ela possa 
ajudar ou de um tratamento milagroso; 
- isolamento da vítima, que se vê sem uma rede de apoio adequada (família, 
trabalho e suporte dos serviços públicos); 
- despreparo da sociedade, das próprias famílias e dos serviços públicos para 
tratar esse tipo de violência; 
- obstáculos que impedem o rompimento (disputa pela guarda dos filhos, 
boicote de pensões alimentícias, chantagens e ameaças); 
- dependência econômica de algumas mulheres em relação a seus parceiros, 
bem como falta de qualificação profissional e escolar; 
- fundamentalismo ou impedimentos de cunho religioso; 
- preocupação com a situação dos filhos, caso se separe do companheiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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COMO A GESTALT-TERAPIA COMPREENDE O FENÔMENO DA 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
 
 A Gestalt-terapia possui uma base humanista, isso significa dizer que, 
acredita-se nas potencialidades humanas, bem como na capacidade de 
autorregulação, na responsabilidade pelas escolhas e na tomada de 
consciência. Na relação terapêutica não há um sentimento de superioridade 
entre o psicoterapeuta e a pessoa atendida, isso favorece a sensação de 
acolhimento e respeito ao sofrimento dessa pessoa. 
 As mulheres que sofrem Violência Doméstica podem apresentar 
sentimentos ambíguos com relação ao autor da violência, o homem é visto 
como uma figura de afeto e desejo em alguns momentos, e nas situações de 
violência, o amor se transforma em raiva e medo. 
 A postura do Gestalt-terapeuta precisa ser neutra, colocar-se entre 
parênteses para compreender a forma como a mulher enxerga esta violência e 
proporcionar uma reflexão acerca de suas crenças, para que ela mesma 
encontre as suas próprias respostas. A função do profissional de Psicologia 
não é impor a violência como algo inaceitável, pois cada pessoa possui sua 
subjetividade, onde cada um possui percepções diferentes para a mesma 
situação. 
Os casos de Violência Doméstica podem ser compreendidos a partir da 
Gestalt-terapia como situações que acontecem na fronteira de contato. Não há 
um ajustamento criativo saudável, e sim um contato tóxico. Pode-se perceber 
uma ausência de autossuporte e de conscientização sobre a situação. 
 Muitas mulheres que passam por situações de violência não encontram 
em si mesmas suporte suficiente para tomar alguma decisão e sair dessa 
relação. O objetivo do trabalho é promover uma awareness para que aconteça 
uma tomada de consciência a respeito do queessa relação, esse homem e 
esta forma de se relacionar significam para essa mulher. 
 
 
 
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 No início desse trabalho o psicoterapeuta assume a função de 
heterossuporte até o momento em que a mulher consiga recuperar seu próprio 
suporte. 
 É possível inferir a presença do mecanismo neurótico disfuncional da 
introjeção, onde a mulher incorpora as normas e atitudes do homem sem de 
fato fazer a assimilação, dessa forma, os conteúdos não são realmente dela. 
 É comum a mulher se sentir desqualificada pelo homem, ter sentimentos 
de inferioridade, insignificância e fragilidade. Para a Gestalt-terapia é 
característica do mecanismo neurótico da retroflexão a desvalorização de si 
própria. 
 Há mulheres que acreditam que não são capazes de reconstruir sua vida 
sem o companheiro e que não vão conseguir viver sem eles, isso indica o 
mecanismo da confluência. 
 A deflexão também aparece quando a mulher evita o contato com o 
meio e se esquiva. Esse mecanismo pode ser percebido quando a mulher se 
exclui do convívio social e perde o interesse de fazer as atividades que 
realizava. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATENDIMENTO COM AS MULHERES 
 
A atuação da Psicologia com as mulheres que sofrem/sofreram Violência 
Doméstica precisa ser pautada na escuta, no acolhimento e no cuidado. É 
necessário que a/o psicóloga/o tenha uma postura acessível e de aceitação, 
acolhendo a mulher e respeitando a sua individualidade. 
É importante frisar que cada mulher precisa ser vista na sua 
individualidade, mas alguns objetivos de trabalho podem ser comuns na 
maioria dos casos, como: realizar acolhimento, oferecer um ambiente seguro e 
confiável para a mulher atendida; estimular o resgate da autoestima e do 
empoderamento da mulher; orientar a mulher sobre os seus direitos; realizar 
um trabalho articulado com a rede de proteção; e compreender a violência 
como um fenômeno multidimensional. 
Além disso, essa escuta precisa ser qualificada, livre de julgamentos e 
conselhos, em um ambiente tranquilo e seguro. 
O profissional vai precisar ter paciência e aprender a lidar com a 
frustação. O ritmo do trabalho com mulheres que passam por situações de 
violência pode ser mais lento e marcado por altos e baixos. Mesmo durante o 
tratamento as mulheres podem reatar o relacionamento com o homem. 
O primeiro passo da psicoterapia com essas mulheres é ajudá-la a 
enxergar a situação como uma violência de fato. Muitas mulheres possuem 
dificuldade para olhar para a situação como uma violência. É a partir do 
momento que a mulher reconhece que a situação vivenciada é uma violência, 
que faz parte de uma relacionamento abusivo que traz sofrimentos, ela poderá 
ter a capacidade de encontros os recursos adequados para sair dessa 
situação. 
 
 
 
 
 
 
 
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TRABALHO DA PSICOLOGIA COM HOMENS AUTORES DE VIOLÊNCIA 
DOMÉSTICA 
 
 Para prevenir e coibir a violência contra a mulher, é necessário que se 
realize um trabalho também com os homens que praticam as violências, não 
basta somente atuar com as mulheres. 
 Uma das formas de se trabalhar com os homens que 
praticam/praticaram Violência Doméstica e Familiar são os grupos reflexivos. 
Alguns dos objetivos dos grupos reflexivos são: discutir sobre a construção 
social da identidade de gênero, sobre o machismo, sobre a igualdade e 
respeito da diversidade de gênero; ajudar os homens a assumirem a 
responsabilidade pela violência praticada; reconhecerem que seus atos 
são/foram violentos; promover uma reflexão sobre os direitos e deveres 
individuais e coletivos. 
 O trabalho em grupo permite que os homens tenham consciência de 
seus atos, pensem em outras formas de agirem no seu contexto familiar. Além 
disso, o grupo serve como um espelho para os participantes, cada participante 
pode se reconhecer no relato dos outros. 
 Caso esse trabalho seja feito somente com as mulheres de forma 
isolada, não teremos condições de romper com o ciclo da violência. Pois a 
mulher pode conseguir romper com aquele relacionamento violento, mas esse 
homem vai continuar se relacionando com outras mulheres. 
 É importante frisar que o viés desses grupos precisa ser educacional e 
reflexivo, e não punitivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AÇÕES NA COMUNIDADE 
 
 Até aqui falamos sobre o trabalho com as mulheres que sofrem Violência 
Doméstica e Familiar e o trabalho com os homens que praticam essas 
violências, entretanto, para além dessa atuação, também são importantes 
ações na comunidade de forma geral. 
 Essas ações possuem o objetivo de promover uma conscientização 
sobre a Violência Doméstica e Familiar; desmitificar o assunto e coibir os 
preconceitos com as mulheres que passaram por situações de violência 
doméstica e também os preconceitos com os homens que são autores de 
violência doméstica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
 
 Cada forma de violência gera prejuízos nas esferas do desenvolvimento 
físico, cognitivo, social, moral, emocional ou afetivo. Cada mulher vai sentir e 
reagir de uma maneira diferente diante da Violência Doméstica e Familiar, mas 
é possível perceber algumas consequências que acabam sendo comuns entre 
as mulheres, por exemplo: geralmente elas se tornam pessoas tristes, 
desestimuladas, sentem medo, possuem autoestima baixa, tem problemas de 
saúde (depressão, ansiedade). 
 As mulheres que passaram por situações de violência doméstica, 
frequentemente, também passam a desenvolver uma auto-percepção de 
incapacidade, de inutilidade e perdem a valorização de si mesma e do amor 
próprio. Algumas mulheres também vivem em um estado constante de medo, 
acreditando que a qualquer momento podem sofrer agressões novamente. 
 Algumas consequências para a mulher pode ser visíveis, como lesões 
corporais, gravidez indesejada, uso de álcool e drogas. Já no nível psicológico, 
as principais consequências podem ser: sentimento de culpa, baixa autoestima, 
depressão, tentativas de suicídio, dificuldade no convívio social, afastamento 
de familiares e amigos. 
Além das consequências vivenciadas pelas mulheres, os filhos do casal 
também acabam sendo vítimas dessa violência, podendo ser crianças 
reprimidas, retraídas, traumatizadas, inseguras, com medo e até mesmo 
violentas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PERFIL DO AUTOR DE VIOLÊNCIA 
 
 Nos casos de Violência Doméstica e Familiar o autor de violência pode 
ser o marido, namorado, noivo, tio, irmão, não havendo a necessidade de o 
relacionamento ser atual. 
 Além disso, não é obrigatório que o autor de violência resida na mesma 
casa da vítima para a Violência Doméstica e Familiar contra a mulher ser 
caracterizada. 
 Sendo assim, não existe um “perfil” do autor de violência contra a 
mulher, ela pode ser praticada por qualquer homem, e até por qualquer mulher, 
independentemente da idade, classe social, religião, raça, escolaridade e 
orientação sexual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MITOS SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
 
1. Violência Doméstica somente se configura quando há agressão física. 
Existem outras formas de Violência Doméstica conforme o artigo 7º da 
Lei, são elas: Violência Psicológica, Moral, Sexual e Patrimonial. 
 
2. Mulheres independentes financeiramente não sofrem Violência 
Doméstica. 
Mulheres ricas e escolarizadas muitas vezes sofrem em silêncio, sentem 
medo e vergonha de denunciarem. A independênciafinanceira não impede que 
a mulher sofra Violência Doméstica. Muitas pessoas ainda acreditam nesse 
mito. 
 
3. O álcool e as drogas são as causas da Violência Doméstica. 
O consumo de drogas pode favorecer a emergência das condutas 
violentas, mas não é a causa. Há pessoas que usam álcool e drogas e não são 
violentas em suas relações, e há pessoas violentas que não fazem o uso de 
álcool e drogas. Eles são apenas fatores que podem contribuir para a eclosão 
do episódio de violência, e muitas vezes são usados como justificava. 
 
4. A mulher provoca o homem, por isso é responsável pela violência. 
Ninguém pede para ser agredido e nem merece sofrer uma agressão, 
independentemente, de algo que falou ou fez. Todas as pessoas têm o direito 
de viverem sem sofrer violência e ninguém deve ser responsabilizado pela 
violência que sofreu. 
 
 
 
 
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5. Só mulheres sofrem Violência Doméstica. 
Estatisticamente o número de mulheres que sofre Violência Doméstica é 
maior que o número de homens. Contudo, também há homens que são vítimas 
de Violência Doméstica e acabam não denunciando por vergonha e medo do 
que a sociedade vai falar dele. 
 
6. Para utilizar a Lei Maria da Penha, o agressor tem que ser marido da 
vítima ou morar na mesma casa. 
A lei abrange todas as relações íntimas de afeto e/ou de parentesco e/ou 
de convivência no mesmo ambiente familiar. Podem ser relações atuais ou 
passadas e independem do tempo de convivência e de contato físico. 
 
7. Para acabar com a violência, basta proteger as vítimas e punir os 
agressores. 
O trabalho tanto com a pessoa que sofreu a violência quanto com a 
pessoa que praticou a violência são importantes no combate e prevenção da 
Violência Doméstica. 
 
8. Existe um perfil de vítima ou do autor da violência 
É importante compreender que não existem padrões e perfis de vítima 
ou agressor. Toda mulher pode sofrer violência doméstica e familiar, 
independentemente de classe, idade, nível educacional, da mesma forma que 
qualquer homem pode ser autor de Violência Doméstica. 
 
9. Sempre é possível “retirar a queixa”? 
A vítima só poderá renunciar nos crimes em que, para a ação penal ter 
continuidade, dependerá da sua vontade, já que existem crimes que são 
 
 
 
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considerados tão graves que a ação penal existirá, independentemente da 
vontade dela (Ação Penal Pública Incondicionada). 
São exemplos de crimes em que pode haver renúncia: ameaça, injúria, 
calúnia e difamação. Por outro lado, são exemplos de crimes em que não pode 
haver renúncia: estupro e lesões corporais de qualquer natureza. 
 
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida 
de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em 
audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da 
denúncia e ouvido o Ministério Público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PERGUNTAS PARA IDENTIFICAR SE A MULHER ESTÁ EM RISCO 
Seu companheiro(a) ou familiar... 
- vigia e/ou controla o que você faz? 
- costuma demonstrar ciúmes com frequência? 
- a proíbe de visitar familiares e de manter relações de amizade? 
- a critica por qualquer coisa que faz, veste, come ou pensa? 
- a proíbe, ou atrapalha, de trabalhar e/ou estudar? 
- a xinga ou humilha diante de familiares ou amigos? 
- briga com você ou a critica sem motivos aparentes? 
- a ameaça, faz chantagens e/ou a acusa de coisas que você não fez? 
- controla o dinheiro e a obriga a prestar contas, mesmo quando você trabalha? 
- já chegou a destruir seus objetos pessoais, de valor sentimental e/ou objetos 
da casa? 
- diz que se você não for dele não será de mais ninguém, ameaçando-a caso o 
abandone? 
- a atinge emocionalmente, fazendo com que você se isole e tenha vergonha 
de contar a alguém sobre a violência vivenciada? 
- faz questão de lhe contar que tem arma de fogo ou a exibe para você? 
- já chegou a agredi-la fisicamente (bater, empurrar, chutar, beliscar, puxar o 
cabelo etc.)? 
- já a agrediu (física ou verbalmente) diante de seus filhos? 
- já a agrediu ou agrediu outro membro da família? 
- já a agrediu utilizando objetos ou utensílios domésticos? 
- a faz sentir culpada pela violência sofrida? 
- a obriga a manter relações sexuais contra sua vontade ou se envolver em 
atos sexuais que você não aprecia? 
- as brigas e as agressões estão ficando mais frequentes e mais graves? 
 
 
 
 
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ARTIGOS 
 
BECKER, Danielle Nogara. Gestalt-terapia e Violência Doméstica contra 
Mulheres. Monografia submetida como exigência parcial para a obtenção do 
grau de Especialista em Psicologia Clínica- Abordagem Gestalt-terapia. 
Instituto Gestalten. Florianópolis, 2007. 
CALDATTO, Eliana Maria. Olhar gestáltico sobre o fenômeno da violência 
sexual. Monografia apresentada como requisito final à obtenção do título de 
especialista em Gestalt-terapia. Instituto Gestalten. Florianópolis, 2003. 
FERRAZ, Caroline Souza; SOUSA, Fábio Batista. Violência Doméstica 
contra a mulher: Um olhar da Gestalt-terapia. Revista Conexão Eletrônica. 
Três Lagoas, Volume 15, Número 1, 2018. 
FONSECA, Paula Martinez; LUCAS, Taiane Nascimento Souza. Violência 
Doméstica contra a mulher e suas consequências psicológicas. TCC 
(Graduação) - Curso de Psicologia, Escola Bahiana de Medicina e Saúde 
Pública. Bahia, 2006. 
FORTI, Beatriz; MARTINO, Mariane Fernandes; POSSOBON, Rafaela 
Francisca Sniquer. Dependência emocional de mulheres e a permanência 
em relacionamentos abusivos. TCC (Graduação) - Curso de Psicologia, 
Faculdade de Americana- FAM, Americana, 2018. 
HABKA, Isadora de Castro. A experiência do homem acusado de violência 
doméstica que participou de um grupo reflexivo para homens à luz da 
Gestalt-terapia. TCC (Graduação) - Curso de Psicologia, Centro Universitário 
de Brasília- Uniceub, Brasília, 2017. 
MACARINI, Samira Mafioletti; MIRANDA, Karla Paris. Atuação da psicologia 
no âmbito da violência conjugal em uma delegacia de atendimento à 
mulher. Pensando Famílias, Porto Alegre, v. 22, jan/jul. 2018. 
MACHADO, Sabrina Prado; MACEDO, Maria Luisa Wunderlich dos Santos. O 
olhar da Gestalt-terapia sobre a Violência contra as Mulheres. Boletim 
 
 
 
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Entre SIS, Santa Cruz do Sul, v.4, n.1, 2019. 
MONTEIRO, Fernanda Santos. O papel do psicólogo no atendimento às 
vítimas e autores de violência doméstica. TCC (Graduação) - Curso de 
Psicologia, Centro Universitário de Brasília- Uniceub, Brasília, 2012. 
MOREIRA, Karine Santos; TOMAZ, Renata Silva Rosa. Grupo Reflexivo: Um 
relato de experiencia sobre uma estratégia de enfrentamento contra a 
violência doméstica. Centro Universitário de Anápolis- UniEvangélica. 
Anápolis, 2019. 
 
LEIS E RESOLUÇÕES 
 
Lei nº 10.778/2003- Estabelece a notificação compulsória, no território 
nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de 
saúde públicos ou privados. 
Lei nº 11.340/ 2006- Lei Maria da Penha. Cria mecanismos para coibir a 
violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Lei nº 13.931/2019- Altera a Lei nº 10.778, para dispor sobre a notificação 
compulsória dos casos de suspeita de violência contra a mulher. 
Lei nº 13.984/2020- Altera o art. 22 da Lei nº 11.340 para estabelecer como 
medidas protetivas de urgência frequência do agressor a centro de educação e 
de reabilitação e acompanhamento psicossocial. 
Nota Técnica do CFP, de 29 de novembro de 2016- Orientação profissional 
em casos de violência contra a mulher: casos para a quebra de sigilo 
profissional. 
Resolução nº 8, de 7 de julho de 2020- Estabelece normas de exercícioprofissional da psicologia em relação às violência de gênero. Conselho Federal 
de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LIVROS 
 
CARVALHO, Maria Cristina Neiva; FONTOURA, Telma; MIRANDA, Vera 
Regina (org.). Psicologia Jurídica: Temas de Aplicação II. 1ª ed. (ano 2009). 
Curitiba: Juruá, 2011. 
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 12 ed. rev. Atual. E 
ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017. 
FREITAS, Caroline. Marcas do Tempo: Dez anos da Lei Maria da Penha e a 
violência contra a mulher no Espírito Santo. Espírito Santo: Livro-
reportagem, 2016. 
PAIXÃO, Rosa Maria F. de B. Falcão da. Violência doméstica contra a 
mulher: Reflexões acerca do cuidado. Garanhuns: Independently Published, 
2018. 
RAMOS, Jô. Violência Contra Mulheres: Dê um basta! Rio de Janeiro: Batel, 
2012. 
ROVINSKI, Sonia Liane Reichert. Dano psíquico em mulheres vítimas de 
violência. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004. 
 
SITES 
 
https://www.ibdfam.org.br/ 
https://www.justicadesaia.com.br/ 
https://agenciapatriciagalvao.org.br/ 
https://www.relogiosdaviolencia.com.br/ 
https://crppr.org.br/violencia-contra-as-mulheres/ 
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/ 
https://www.institutomariadapenha.org.br/violencia-domestica/ciclo-da-
violencia.html 
https://www.ibdfam.org.br/
https://www.justicadesaia.com.br/
https://agenciapatriciagalvao.org.br/
https://www.relogiosdaviolencia.com.br/
https://crppr.org.br/violencia-contra-as-mulheres/
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/
https://www.institutomariadapenha.org.br/violencia-domestica/ciclo-da-violencia.html
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Sobre mim:
Sou Ana Flávia Inocencio Camargo, sou Psicóloga (CRP 08/21105), Gestalt-tera-
peuta e acadêmica do curso de Direito. Durante a graduação de Psicologia, fiz 
estágio curricular obrigatório no Juizado de Violência Doméstica e Familiar 
Contra a Mulher e Vara de Crimes Contra Crianças, Adolescentes e Idosos. Fiz 
também estágio no Centro de Referência e Atendimento à Mulher- CRAM Maria 
Mariá.
Espero que esse material tenha te ajudado a entender um pouco melhor sobre a 
Violência Doméstica e Familiar.
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