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APG 4º PERÍODO ACADÊMICA: AMANDA MARTINS COSTA Ciclo biológico: Eliminação: ovos não embrionados são eliminados pelo hospedeiro por meio das fezes; Maturação no solo: em condições favoráveis (25– 30 °C, umidade ≥70%, presença de O₂), forma os embriões que evoluem para primeira larvas L1 → após uma semana a larva L1 do tipo rabditoide sofre muda e transforma-se em L2 → e depois em L3 (forma infectante, tipo filarioide) dentro do ovo. 1. Infecção: Ingestão de ovos embrionados (larva L3) presentes no solo contaminado. 2. Os ovos eclodem no intestino delgado → liberando larvas que vão penetrar na mucosa intestinal e iniciar a migração pelo corpo 3. Migram via circulação porta → invadem o fígado; 4. Após 2-3 dias, chegam ao coração direito pela VCI → em 4-5 dias → migram para os pulmões (CICLO DE LOSS); 5. No pulmão, transformam-se em L4 → que vão penetrar nos capilares rompendo-os → caem nos alvéolos → onde transformam-se em L5; 6. Sobem pela árvore brônquica, passa pela traqueia, até a faringe → e poderá ser Expelida ou deglutida → Intestino delgado; 7. As larvas deglutidas passarão pelo trato digestório até o intestino delgado, fixam-se na mucosa 8. Após 20-30d → formam adultos jovens; 9. Após 60d → maturidade sexual → cópula → iniciam ovipostura. Cada fêmea produz até 240.000 ovos/dia, eliminados nas fezes. Obs: tal como os outros helmintos, não se multiplica no organismo humano. Portanto, o número de vermes depende exclusivamente de quantas vezes o paciente ingeriu ovos infectantes deste verme. 1. ASCARIDÍASE Agente etiológico e morfologia: A ascaridíase é uma parasitose intestinal causada pelo nematódeo Ascaris lumbricoides, considerado o maior helminto intestinal humano (atingindo até 40 cm femea) e 15–30 cm (machos). Corpo cilíndrico, esbranquiçado, extremidade anterior com três lábios proeminentes. É geo-helminto, necessitando de período de desenvolvimento no solo para se tornar infectante. Ovos com capa espessa e mamelonada, resistentes no solo, sobrevivendo meses a anos. Epidemiologia: É a verminose mais prevalente no mundo, com estimativa de 1,5 bilhão de pessoas infectadas — cerca de 25% da população global (OMS). Crianças em idade escolar e pré-escolar são mais afetadas, devido a hábitos de higiene precários. Prevalência maior em regiões tropicais/subtropicais com saneamento básico inadequado, especialmente no Norte e Nordeste do Brasil. Formas de Transmissão Via fecal-oral, pela ingestão de ovos embrionados presentes em: Água ou alimentos contaminados. Superfícies sujas, poeira ou utensílios. Vetores mecânicos como moscas, baratas e formigas que transportam ovos aderidos às patas. Maior risco em áreas com deficiência no tratamento de esgoto e contaminação fecal do solo. S4P1: Helmintos Objetivos Compreender a epidemiologia, etiologia, ciclo biológico, via de transmissão, patogenia e manifestações clínicas dos principais helmintos (Ascaris lumbricoides; Ancylostoma duodenalis, Strongyloides estercoralis, Enterobius vermiculares e necator americanos). Compreender o diagnóstico e tratamento (classe e seu mecanismo de ação) dos principais helmintos (Ascaris lumbricoides; Ancylostoma duodenalis, Strongyloides estercoralis, Enterobius vermiculares e necator americanos). APG 4º PERÍODO ACADÊMICA: AMANDA MARTINS COSTA Observações importantes: Em infecções leves, pode ser necessário repetir o exame em dias diferentes para aumentar a sensibilidade. A identificação dos ovos confirma infecção ativa, mas não distingue estágio larval ou intensidade exata sem método quantitativo. Hemograma: eosinofilia na fase de migração. Imagem: radiografia abdominal (obstrução), ultrassom (em complicações). Tratamento: Ivermectina 200 µg/kg pode ser usada como alternativa. Albendazol: 1° opção amplo espectro antiparasitário; eficácia: quase 100% A dose única de 400mg é altamente eficaz contra a ascaridíase; Em criança 10mg/Kg dose única Contraindicado em gestantes Mecanismos de ação: ligação seletiva nas tubulinas inibindo a tubulina polimerase, previnindo a formação de microtúbulos e impedindo a divisão celular; impedindo a captação de glicose inibindo a formação de ATP que é usadocomo fonte de energia pelo verme. Mebendazol: alternativas 100 mg 2x/dia por 3 dias Contraindicado em gestantes eficácia: quase 95% O mecanismo de ação de mebendazol é o mesmo descrito para o albendazol; Ivermectina: alternativas 150-200 mcg/Kg dose única; Contraindicado em gestantes Sua atuação está baseada na indução do fluxo de íons cloro que atravessam a membrana, fazendo uma disruptura nervosa na transmissão de sinais, resultando na paralisia do parasita e sua posterior eliminação. Levamisol: alternativas 150mg, VO, em dose única para adultos; Abaixo de 8 anos 40 mg, acima de 8 anos, 80mg, dose única; eficácia: quase 77-96% inibe os receptores de acetilcolina, causando contração espásmica seguida de paralisia muscular e conseqüente eliminação dos vermes. Pamoato de Pirantel: alternativas 11mg/Kg, max de 1g, dose única Medicamento de escolha em gravidas; eficácia: quase 90% efetiva contra a ascaridíase e a ancilostomíase; O modo de ação é similar ao levamisol, Patogenia: LARVAS: Infecções maciças → lesões hepáticas e pulmonares Fase pulmonar: reação inflamatória com infiltrado eosinofílico → síndrome de Löffler. Síndrome de Loeffler: Dependendo do número de formas presentes, pode determinar um quadro pneumônico com febre, tosse, dispnéia e eosinofilia; Edemaciação dos alvéolos + Infiltrado eosinofílico; Na tosse produtiva (com muco) o catarro pode ser sanguinolento e apresentar larvas do helminto; Geralmente ocorre em crianças; Associada ao estado nutricional e imunitário; VERMES ADULTOS: Ação espoliadora: subnutrição; Ação tóxica: edema, urticária; Fase intestinal: grande número de vermes pode causar obstrução mecânica Ação mecânica: irritação na parede intestinal / obstrução instestinal → bolo de áscaris; Localização ectópica: migração para apêndice, canal colédoco, pâncreas... Habitualmente é assintomático, mas pode ter dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia; Manifestações clínicas: Assintomática na maioria dos casos. Fase pulmonar: tosse seca ou produtiva, febre, dispneia, hemoptise leve. Fase intestinal: dor abdominal, náuseas, distensão; complicações como obstrução, perfuração e pancreatite. Diagnóstico: 1.Exame parasitológico de fezes Identificar ovos de Ascaris lumbricoides. Métodos: Kato-Katz: Técnica quantitativa recomendada pela OMS. Permite contagem de ovos por grama de fezes, útil para estimar intensidade da infecção. Boa sensibilidade para infecções moderadas a intensas. Exame parasitológico formal de fezes (EPF): Pode incluir métodos como Flutuação ou Sedimentação. Detecta a presença de ovos ou, raramente, larvas. Mais utilizado para diagnóstico qualitativo (presença/ausência). APG 4º PERÍODO ACADÊMICA: AMANDA MARTINS COSTA L1 sofre ecdise → transforma-se em L2. L2 sofre nova ecdise → transforma-se em L3 filarioide (larva infectante). L3 é a única forma capaz de infectar o hospedeiro. A infecção pelos ancilostomídeos para o homem só ocorre quando as L, (larva filarióide ou infectante) penetram ativamente, através da pele, conjuntiva e mucosas, ou passivamente, por via oral, ingerindo água/alimentos contaminados. 2. Fase parasitária (interna) B. Infecção ativa (pela pele): 1. Penetração da larva L3 filarioide Dura aproximadamente 30 minutos. Larva atravessa a pele → chega à circulação sanguínea. 2. Migração pelo corpo Circulação → coração → pulmões → alveolos. Larvas migram dos alvéolos → bronquíolos → traqueia → faringe/laringe→ são deglutidas. 3. Chegada ao intestino delgado Durante a migração pulmonar, larva transforma-se em L4 (2 a 7 dias). No intestino delgado, torna-se L5 (adulto) e começa o hematofagismo (fixação na mucosa duodenal). C. Infecção passiva (via oral) : 1. Ingestão Larvas L3 ingeridas com água ou alimentos contaminados. 2. Desenvolvimento no intestino Após 2-3 dias, chegam ao intestino delgado. Transformam-se em L4 após 5 dias. Após 15 dias, atingem L5, acasalam (cópula) e os ovos começam a ser eliminados nas fezes. 2. ANCILOSTOMÍASE Agentes etiológicos: A ancilostomíase é uma parasitoses intestinal causada pelos nematódeos: Ancylostoma duodenale e Necator americanus. Transmissão por penetração ativa de larvas no solo através da pele. Morfologia: Pequenos (8–13 mm), boca provida de dentes (A. duodenale) ou placas cortantes (N. americanus). Habitam o DUODENO Epidemiologia: Endêmica em áreas tropicais e subtropicais, principalmente em regiões rurais. Duodenale → predominante em regiões temperadas (Oriente Médio, norte da África e sul da Europa) N. Americanus → regiões tropicais (Américas e na Austrália) Afeta cerca de 500 milhões de pessoas no mundo; Associada à má higiene, falta de saneamento básico e contato com solo contaminado. Crianças são mais susceptíveis à anemia por deficiência de ferro, devido à perda sanguínea crônica causada pelos vermes adultos Formas de Transmissão: A transmissão ocorre principalmente através da pele, quando larvas filarioides L3 presentes no solo penetram a epiderme. Também pode ocorrer por ingestão de alimentos ou água contaminados (menos comum). As larvas podem ser transportadas por poeira ou contato com solo contaminado com fezes humanas. Ciclo biológico: A. Duas fases principais: 1. Fase de vida livre (externa) Ocorre no ambiente (solo úmido, oxigenado e quente). Ovos eliminados nas fezes do hospedeiro chegam ao solo. Com condições favoráveis: O ovo libera a larva L1 rabditoide, que se alimenta de matéria orgânica e microrganismos. APG 4º PERÍODO ACADÊMICA: AMANDA MARTINS COSTA 3. ESTRONGILOIDÍASE Agente etiológico: é uma helmintíase intestinal causada pelo nematódeo Strongyloides stercoralis. Morfologia: A forma parasitária adulta é uma fêmea partenogenética, medindo 1,7-2,5 mm que vive na intimidade da mucosa duodenal e jejunal do ser humano. Existem também formas de vida livre (no solo), com machos de 0,5-0,7 mm e fêmeas de 1,2 mm de comprimento. Por apresentar duas formas– uma parasitária e outra de vida livre–, este verme é dito dimorfobiótico. Apresenta um ciclo de vida único entre os nematódeos humanos, com capacidade de autoinfecção, o que permite a manutenção da parasitose por décadas sem nova exposição. Epidemiologia: Tem distribuição mundial, predominando em áreas tropicais e subtropicais com alta umidade do solo. Estima-se que 30 a 100 milhões de pessoas estejam infectadas globalmente. Alta incidência em imunossuprimidos (correm risco de desenvolver síndrome de hiperinfecção e disseminação grave, potencialmente fatal. Formas de Transmissão Via cutânea: penetração ativa de larvas filarioides (L3) presentes no solo contaminado, geralmente através dos pés descalços. Autoinfecção interna: larvas rabditoides (L1) transformam-se em L3 no intestino e penetram a mucosa intestinal. Autoinfecção externa: larvas L1 tornam-se L3 na região perianal e reinvadem o hospedeiro. Patogenia: Lesão mecânica da mucosa intestinal + sangramento crônico → anemia ferropriva. local da penetração → sensação de picada, hiperemia, prurido e edema → tosse de longa ou curta duração e febrícula: É o parasitismo intestinal que bem caracteriza a ancilostomose: Dor epigástrica, diminuição de apetite, indigestão, cólica, indisposição, náuseas, vômitos, flatulências; A anemia causada pelo intenso hematofagismo exercido pelos vermes adultos, é o principal sinal de ancilostomose; A ação espoliadora é a consequência mais importante do parasitismo por esses nematodos. Manifestações clínicas: Reação cutânea pruriginosa no local da penetração (“coceira do solo”). Fase pulmonar: tosse, sibilância. Fase intestinal: anemia, fadiga, palidez, edema em casos graves. Diagnóstico: Parasitológico de fezes (ovos): EPF Hemograma: anemia microcítica hipocrômica, eosinofilia. Tratamento: Mebendazol: 1° OPÇÃO 100 mg 2x/dia por 3 dias. Albendazol: 2° OPÇÃO A dose única de 400mg para adultos Em criança 10mg/Kg dose única repetir em 2–3 semanas se necessário) Suplementação de ferro quando indicada Pamoato de Purantel: 3° OPÇÃO 20 mg/kg a 30 mg/Kg/dia, durantes 2-3 dias Dogra de escolha para gestante Suporte: reposição de ferro e vitaminas em casos de anemia significativa. Controle pós-tratamento: exame de fezes 2–4 semanas após a terapia. Controle e Prevenção Saneamento básico: tratamento de esgoto, fossas sépticas. Higiene pessoal: lavar mãos e pés, uso de calçados. Educação em saúde: evitar contato direto com solo contaminado. Tratamento em massa em populações de risco, reduzindo a prevalência da doença. APG 4º PERÍODO ACADÊMICA: AMANDA MARTINS COSTA Patogenia: Geralmente assintomática, mas pode causar doença grave em imunossuprimidos. Hiperinfecção → disseminação de larvas e sepse bacteriana associada. Manifestações clínicas: Fase intestinal: dor abdominal, diarreia intermitente, náuseas, perda de apetite, perda de peso. Em hiperinfecção: dispneia, hemoptise, sepse. Fase pulmonar: tosse seca, dispneia, sibilos, febre baixa (semelhante à síndrome de Löeffler). Fase cutânea: prurido, eritema e lesões serpiginosas (“larva currens”). Formas graves: Síndrome de hiperinfecção: aumento maciço de larvas no trato GI e pulmões, causando enterocolite, pneumonia e sepse. Forma disseminada: larvas atingem múltiplos órgãos (SNC, fígado, rins), alta mortalidade, associada a imunossupressão (uso de corticoides, transplantes, HTLV-1). Diagnóstico: Exame parasitológico de fezes: Pesquisa de larvas (não de ovos), preferencialmente por técnicas de concentração (Baermann-Moraes, agar-plate). Exames seriados aumentam a sensibilidade. Exame de escarro: pode detectar larvas em fase de migração pulmonar ou hiperinfecção. Sorologia (ELISA): útil em casos com baixa carga parasitária. Hemograma: eosinofilia é comum em formas crônicas, mas pode estar ausente em imunossuprimidos. Tratamento: Droga de escolha: Ivermectina 200 μg/kg/dia por 1–2 dias (bloqueia canais de cloro mediados por glutamato no parasita). casos não complicados) Alternativa: Albendazol 400 mg 2x/dia por 7 dias (menos eficaz que ivermectina). Hiperinfecção/disseminada: tratamento prolongado com ivermectina diária até negativação parasitológica. Avaliar e corrigir imunossupressão sempre que possível. Ciclo biológico: 1. Ciclo direto (homogônico) 1. No hospedeiro humano Fêmea adulta (parasitária) está na mucosa do intestino delgado. Elimina ovos já embrionados → rapidamente eclodem em larvas rabditoides (L1). L1 são eliminadas nas fezes. 2. No ambiente As larvas rabditoides (L1) sofrem ecdise e tornam-se L2 e depois L3 filarioide (forma infectante). Sobrevivem no solo por alguns dias. 3. Infecção L3 penetra ativamente pela pele → corrente sanguínea → coração → pulmões → ciclo de Looss (alvéolos → bronquíolos → traqueia → faringe → deglutição). Chegam ao estômago → intestino delgado → amadurecem em fêmeas adultas. 2. Ciclo indireto (heterogônico) 1. No ambiente As larvas rabditoides (L1), ao invés de virarem L3 direto, amadurecem em vermes adultos de vida livre (machos e fêmeas) no solo. Esses vermes acasalam → fêmeas colocam ovos embrionados→ eclodem novas L1. Essas L1 evoluem para L3 filarioide infectante. 2. Infecção A partir daí, seguem o mesmo caminho do ciclo direto. Autoinfestação O S. stercoralis tem a capacidade única de manter a infecção por anos sem nova exposição externa. a) Autoinfestação interna Larvas rabditoides (L1) transformam-se em filarioides (L3) ainda no intestino. Penetram a mucosa intestinal → entram na circulação → seguem o ciclo pulmonar → voltam ao intestino. b) Autoinfestação externa Larvas rabditoides (L1) eliminadas nas fezes amadurecem em L3 na região perianal. Penetram ativamente na pele próxima ao ânus → seguem o mesmo trajeto do ciclo direto. APG 4º PERÍODO ACADÊMICA: AMANDA MARTINS COSTA Patogenia: Prurido e inflamação perianal devido à migração e deposição de ovos. Manifestações clínicas: Principal sintoma: prurido anal noturno, que pode causar distúrbios do sono, irritabilidade e insônia. Lesões de escoriação na região perianal devido ao ato de coçar. Em meninas, pode ocorrer vulvovaginite pela migração do parasito. Dor abdominal leve, náuseas e perda de apetite são menos comuns. Infecções maciças podem causar diarreia e perda de peso. Diagnóstico: Método da fita gomada (Graham): Realizado pela manhã, antes da higiene pessoal ou evacuação. Fita adesiva transparente é pressionada sobre a região perianal e examinada ao microscópio. Exame de fezes: baixa sensibilidade, pois ovos raramente são eliminados nas evacuações. Exame clínico: inspeção da região perianal pode revelar fêmeas adultas móveis durante a noite. Tratamento: Droga de escolha: Albendazol 400 mg dose única (inibe polimerização de microtúbulos do parasito). Alternativas: Mebendazol 100 mg dose única ou Pirantel pamoato 10 mg/kg dose única. Esquema repetido: repetir a dose após 2 semanas para eliminar vermes de ovos que eclodiram após o tratamento inicial. Tratamento coletivo: todos os familiares e contatos próximos devem ser tratados simultaneamente para evitar reinfecção. 4. ENTEROBÍASE (OXIURÍASE) Agente etiológico: Enterobius vermicularis, nematódeo pequeno (fêmea até 13 mm, macho até 5 mm). Epidemiologia: Cosmopolita, frequente em crianças de idade escolar. Alta transmissibilidade em ambientes fechados. No Brasil, é encontrada em todas as regiões, com maior incidência em áreas urbanas devido ao contato direto entre indivíduos. Formas de Transmissão Via fecal-oral: ingestão de ovos embrionados presentes nas mãos, alimentos ou superfícies contaminadas. Autoinfecção: ovos presentes na região perianal são levados à boca pelo próprio hospedeiro. Transmissão indireta: ovos podem permanecer viáveis em objetos, roupas de cama e poeira doméstica por até 2–3 semanas. Retroinfecção: larvas eclodem na região perianal e migram ativamente para o intestino grosso (menos comum). Ciclo biológico: O hospedeiro ingere ovos infectantes contendo larva L1. Eclosão ocorre no intestino delgado, onde larvas migram para o ceco e cólon ascendente, maturando em vermes adultos. Fêmeas grávidas migram à noite para a região perianal, onde depositam milhares de ovos, causando prurido. O ciclo é monoxênico (não há fase de vida livre) e dura cerca de 2 a 6 semanas. Ovos tornam-se infectantes em poucas horas. Possível autoinfecção e retroinfecção (larvas eclodem na margem anal e retornam ao intestino).