Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Indutância Mútua Considere um circuito indutivo com entrada de corrente I1 no indutor L1. Caso haja outro indu- tor, L2, próximo a ele, o circuito terá este esquema: Quando a corrente que passa por L1 muda com o tempo, formam se fluxos magnéticos ao redor das bobinas. Pela lei de Faraday, eles podem passar pelo próprio indutor L1 e exercer influência no próprio circuito (Φ11) – a indutância própria L, também denominada autoindutância – ou pelo outro indutor L2, influenciando indiretamente o outro circuito (Φ12) – denominada indutância mútua M. A influência se dá ao acrescentar ao circuito uma parcela de tensão induzida, proporcional à indutância mútua, de modo que, para dois circuitos RL acoplados: O sinal de M a ser usado depende do sentido do fluxo magnético gerado. Nas provas, você pode encontrar dois casos: Circuitos tridimensionais – adote o teorema do eletromagnetismo: Use o teorema da mão direita para encontrar o sentido de Φ1 e Φ2 pelas correntes correspondentes. Se Φ1 for no mesmo sentido de Φ2, o sinal de M na equação será positivo – segue o mesmo sinal que L. Se forem contrários, será negativo, se opondo a L. A equação do caso acima é: Nós podemos tratá-la como um indutor em série especial, que “capta” o comportamento da outra corrente. Circuitos planos: Nesse caso, use o método dos pontos. Ele indica o direcionamento do rolamento da bobina, tornando desnecessários o uso da regra da mão direita e conhecimento do formato da bobina. Considere a equivalência abaixo: Estabelecendo a referência no ponto de entrada de corrente no trecho 1 da bobina, segue–se o caminho do fluxo magnético até atingir o trecho 2 da mesma. Nele, marca–se em que ponto a corrente deveria entrar para produzir o mesmo fluxo. Na convenção dos pontos, a tensão a ser calculada nos terminais do indutor será aquela mesma soma; Para definir como mexer com os sinais, devem–se analisar três características no circuito: Localização dos pontos, Polarização dos indutores e Entrada das correntes. - O sinal de L deve ser o mesmo do polo pelo qual a corrente de seu circuito entra no indutor, seguindo a convenção; - Se a corrente entrar pelo lado com ponto, a indutância mútua do outro circuito segue o sinal do seu polo com ponto; se for sem ponto, segue o sinal do polo sem ponto. Por exemplo: Nos dois casos, a corrente i2 entra no polo com ponto, positivo. Assim, o valor da parcela de autoindutância (L*di/dt) é positiva. Para o caso da parcela de indutância mútua, os dois casos possuem correntes no indutor primário entrando no polo do ponto – portanto, seus sinais seguirão o sinal de polo que possui ponto no secundário, isto é, positivo no caso da esquerda e negativo no da direita. Nesses casos, diferenciei o sinal de entrada da corrente i2 para comparar a parcela de autoindutância. Deve–se notar que este termo não tem relação alguma com o sistema de pontos, para qualquer caso. Para o caso da parcela de indutância mútua, os dois casos possuem correntes no indutor primário entrando no polo sem ponto – portanto, seus sinais seguirão o sinal de polo que não possui ponto no secundário, isto é, negativo no caso da esquerda e positivo no da direita. Esta parcela de tensão induzida no secundário não tem relação nenhuma com a corrente no indutor secundário, e o mesmo corresponde no primário, para qualquer caso. Sempre modele tensão induzida como indutores em série sem acoplamento, tal que sua indutância tenha o valor mútuo e “capte” o valor da corrente no outro circuito. Usemos um exemplo para transformadas de Laplace: Transformando o circuito para o equivalente de Laplace, temos 1/s de impedância (“resistência”) capacitiva, 7s e 6s de impedâncias autoindutivas e 2s de impedância mutuamente indutiva. Analisando as malhas, deparamos com um problema em I1: como calcular a corrente de indutância mútua? Para isso, devemos verificar o referencial positivo de corrente na malha estudada – se tem ou não tem ponto onde a corrente (I1 – I2) entra. Se tiver, como o caso, analisar qual o referencial no ponto do outro indutor. Se entra I3 e também sai I2, o referencial será (I3 – I2) – que será a corrente de indutância mútua. Assim, a primeira equação será: O mesmo caso em I2, e temos dois indutores nessa malha. No indutor de 7H, a corrente (I2 – I1) entra no polo sem ponto. Então, o referencial de corrente positivo no polo sem ponto do outro indutor é (I2 – I3). Para o indutor de 5H, o processo é o mesmo – a corrente (I2 – I3) entra no polo sem ponto, cujo referencial positivo no outro indutor é (I2 – I1). Em conjunto com a tensão I2/s no capacitor, a equação vale: Na terceira malha, a corrente (I3 – I2) entra no polo com ponto, com referencial positivo no outro indutor (I1 – I2). Portanto: De modo que, resolvendo por Cramer: E, destas equações, tomar qualquer função de transferência comparada a V1. Por exemplo, para a corrente que passa pelo indutor de 7H entrando no ponto: E para a tensão no capacitor: REFERÊNCIAS: EDMINISTER, J. A. Circuitos Elétricos – Coleção Schaum. McGraw-Hill, 1991. HAYT Jr., W. H.; KEMMERLY, J. C. Análise de Circuitos em Engenharia, McGraw-Hill, 1975.
Compartilhar