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TEORIA DA NORMA PENAL
As normas penais são as únicas que determinam as penas como conseqüências da violação de um dever jurídico. Essas normas se dividem em: 
- NORMAS PENAIS INCRIMINADORAS: definem o crime e determinam uma sanção para o mesmo. 
- NORMAS NÃO – INCRIMINADORAS: viabilizam a aplicação das normas incriminadoras ou apenas permitem ou não proíbem determinadas condutas. 
A estrutura das normas incriminadoras resume-se em: 
- PRECEITO: descreve a conduta proibida (ação ou omissão). Assim, quando a ação é proibida, obriga-se a omissão (crime comissivo), e quando a omissão é proibida, obriga-se a ação crime omissivo). 
 Existe, ainda, a Norma Penal em branco que representa uma norma incriminadora cujo preceito necessita de uma complementação por outra norma jurídica. 
Ex: - Lei 10.826, ART. 14: “Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização, e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.” 
Percebe-se, nesse artigo, que a citada “determinação legal ou regulamentar” não é definida. Dessa maneira, é necessário consultar a norma que a define, o que torna a lei citada, uma norma penal em branco. 
A) NORMA SECUNDÁRIA: “Dado ñP, deve ser S” – Dada a não prestação, deve ser aplicada a sanção. Exemplo: o pai que não prestou assistência moral ou material ao filho menor deve ser submetido a uma penalidade.
B) NORMA PRIMÁRIA: “dado ft, deve ser p” – dado um fato temporal deve ser feita a prestação. exemplo: o pai que possui filho menor, deve prestar-lhe assistência moral e material.
2.5.2 Classificação das normas penais: As normas penais se classificam da na seguinte ordem:
1.) normas penais incriminadoras;
2.) normas penais permissivas;
3.) normas penais finais, complementares ou explicativas.
O quadro 4, com base nos ensinamentos de Jesus (2010), esclarece e descreve cada classificação.
Fonte Formal: imediata e mediata.
a)imediata: a lei penal
b)mediatas: costume e princípios gerais do direito.
a)O direito,para se estabelecer no seio da sociedade, para valer e imperar, para ser obedecido por seus membros, os indivíduos, precisa ser conhecido da sociedade, exteriorizar-se, ganhar forma, tornar-se concreto, o que se dá através de estruturas lógicas, que são as leis, isto é, o documento emanado do Poder Legislativo. No direito penal, por força do princípio da legalidade, só a lei é fonte de exteriorização da criação dos crimes e das penas
b.2 Jurisprudência: “...contribui a jurisprudência para o conhecimento do Direito vigente no país, para o aperfeiçoamento e a justa concreção da lei criminal. É inegável que o trabalho dos juízes e tribunais não quer dizer mera aplicação mecânica as leis; ao contrário, como atividade de caráter nitidamente valorativo, implica a interpretação e a adaptação das norma jurídicas às necessidades individuais e sociais, com o objetivo de realizar a justiça como fim último do Direito”(Prado).
b.3 Doutrina: “como instrumento mediato, é o resultado da atividade jurídico-científica, isto é, dos estudos levados a cabo pelos juristas com o escopo de analisar e sistematizar as normas jurídicas, elaborando conceitos, interpretando leis, emitindo juízos de valor a respeito do conteúdo das disposições legais e apontando sugestões de reforma do Direito vigente”(Prado).
Classificação da Norma Penal: incriminadoras, não incriminadoras e explicativas.
a) Incriminadoras: aquelas que definem crimes e cominam penas. São normas penais em sentido estrito, caracterizando-se por ser originária do Estado, imperativa e erga omnes, valendo inclusive para os absolutamente incapazes, é ainda abstrata e impessoal.
b) Não incriminadoras:O Direito Penal não se limita a definir a conduta considerada criminosa e a estabelecer as penas a elas adequadas, mas, em algumas situações, a dizer que a conduta definida como crime é permitida(legítima defesa ), ou ainda que, diante da conduta, a resposta não será a pena antes fixada(v.g. E.C.A. com as medidas sócio-educativas). São definidas pela doutrina como normas penais permissivas, que admitem duas espécies: justificantes e exculpantes.
Justificantes: tornam lícitas, permitidas, justificadas, condutas definidas como crime (arts. 23 e 128, I, II do CP);
Exculpantes: não justificam as condutas definidas como crimes, apenas as isentam de pena(arts. 21, 26, 27 e 28, § 1° do CP).
c)Explicativas: são aquelas que tornam claras questões penais ou explicam o conteúdo de outras normas(art. 25 do CP).
“Para obedecer ao princípio da reserva legal, a norma penal incriminadora é elaborada de modo diferente das demais normas do direito, com uma técnica própria. É constituída por duas partes, bem delimitadas na aparência, em sua forma: o preceito e a sanção.
O preceito, também chamado preceito primário ou preceptum iuris, está contido na primeira parte da norma, que é a descrição da conduta proibida, do comportamento que o direito deseja que não ocorra”.
NORMA PENAL EM BRANCO: “EM PRINCÍPIO, O DIREITO PENAL DEVE DEFINIR DE MODO AUTÔNOMO OS PRESSUPOSTOS DE SUAS NORMAS, EVITANDO A REMISSÃO A OUTRAS REGRAS DO ORDENAMENTO JURÍDICO.

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