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Supremo Tribunal Federal (STF) • 1. Principais Funções • O STF é o órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro. Sua principal missão é garantir que a Constituição Federal seja respeitada em todo o país. As suas funções mais importantes são: • Guardar a Constituição: O STF é o "Guardião" da Constituição. Ele analisa se as leis, decretos e atos do governo estão de acordo com as regras da Constituição. • Julgar autoridades de alto escalão: Julga crimes comuns de autoridades importantes, como o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional e os próprios Ministros do STF. • Resolver conflitos entre os poderes: Atua para resolver conflitos de competência entre a União, os estados e o Distrito Federal. • 2. Características Essenciais • Última Instância: É a instância máxima do Poder Judiciário. As decisões do STF sobre matéria constitucional são finais e não podem ser revertidas por nenhum outro tribunal. • Controle de Constitucionalidade: Através de ações como a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), o STF pode declarar uma lei inconstitucional e, assim, anular a sua validade. • 3. Garantias dos Juízes • Os juízes do STF são chamados de Ministros. Eles possuem garantias que asseguram sua independência para julgar, sem pressão política ou de outros poderes. As principais garantias são: • Vitaliciedade: Depois de dois anos de exercício, o Ministro só pode ser afastado por sentença judicial transitada em julgado (sem possibilidade de recurso). • Inamovibilidade: O Ministro não pode ser transferido de sua sede ou função sem a sua própria vontade. • Irredutibilidade de Vencimentos: O salário (subsídio) do Ministro não pode ser reduzido. • 4. Artigo da Constituição Federal (CF) • A competência do Supremo Tribunal Federal é descrita, principalmente, no Artigo 102 da Constituição Federal de 1988. • Este artigo detalha as atribuições do STF, incluindo as ações que ele pode julgar e os casos em que ele atua como última instância. Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 1. Principais Funções O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é um órgão do Poder Judiciário com uma função diferente dos tribunais. Ele não julga processos judiciais, mas atua no controle e na fiscalização da atuação administrativa, financeira e disciplinar dos juízes e da Justiça como um todo. Suas principais funções são: • Controle Administrativo e Financeiro: Acompanha a gestão orçamentária e os programas de trabalho de todos os órgãos do Poder Judiciário, garantindo que os recursos sejam usados de forma eficiente e transparente. • Fiscalização Disciplinar: Recebe e processa reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo aplicar sanções administrativas, como advertências e aposentadorias compulsórias. • Aperfeiçoamento dos Serviços: Propõe e implementa políticas judiciárias para modernizar os serviços, aumentar a eficiência, e garantir que a justiça seja mais acessível e próxima do cidadão. 2. Características Essenciais O CNJ é um órgão de cúpula com uma composição única. É formado por 15 membros, que representam diferentes setores da sociedade e do próprio sistema de justiça. Isso inclui: • Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). • Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). • Um ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). • Juízes de carreira. • Representantes do Ministério Público. • Um membro da advocacia. • Cidadãos com notável saber jurídico. A presidência do CNJ é sempre exercida pelo Presidente do STF. 3. Garantias dos Conselheiros Os membros do CNJ têm um mandato de dois anos, permitida uma recondução. Eles atuam com autonomia e imparcialidade. As garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio são mantidas para os membros que já as possuem em seus cargos de origem (como os ministros e juízes de carreira). Os demais conselheiros, embora com mandato temporário, exercem sua função com a proteção de sua independência. 4. Competência do Conselho A competência do CNJ é definida na Constituição Federal de 1988, no Artigo 103-B. Esse artigo estabelece as atribuições do conselho, como: • Receber e processar reclamações contra juízes e membros dos tribunais. • Zelar pelo cumprimento dos deveres dos magistrados. • Atuar para aprimorar os serviços judiciais, garantindo que o Poder Judiciário funcione de forma mais eficaz e transparente para o cidadão. Superior Tribunal de Justiça (STJ) 1. Principais Funções O STJ é o tribunal que garante que as leis federais sejam aplicadas da mesma forma no Brasil. É conhecido como a "Corte da Cidadania" por lidar com casos do dia a dia da população. 2. Características Essenciais • Unifica as leis: Garante que a mesma lei federal seja interpretada de forma igual em todos os tribunais do país. • Julga autoridades: Julga crimes de pessoas importantes, como governadores. • Recursos: Analisa recursos sobre aplicação incorreta de leis federais. 3. Garantias dos Ministros Os ministros do STJ têm garantias que asseguram sua independência: • Vitaliciedade: Cargo vitalício após 2 anos. • Inamovibilidade: Não podem ser transferidos contra sua vontade. • Irredutibilidade: O salário não pode ser reduzido. 4. Artigo da Constituição Federal (CF) A competência do STJ está no Artigo 105 da Constituição Federal. Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 1. Principais Funções O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atua como o órgão de cúpula da Justiça Eleitoral brasileira. Suas funções são cruciais para a democracia, abrangendo: • Direção do Processo Eleitoral: O TSE é responsável por coordenar e planejar as eleições em âmbito nacional, desde o registro dos partidos políticos e a aprovação das regras até a totalização dos votos. • Função Jurisdicional: O tribunal julga os recursos contra as decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e dos juízes eleitorais. Além disso, decide sobre questões de competência e crimes eleitorais de sua alçada. • Regulamentação: O TSE edita resoluções que regulamentam a legislação eleitoral, preenchendo as lacunas da lei para garantir a segurança e a transparência do pleito. 2. Características Essenciais Uma das características mais notáveis do TSE é a sua composição mista e transitória, garantindo uma visão plural e ampla nas decisões. O tribunal é composto por sete ministros, que são: • Três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). • Dois ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). • Dois advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, nomeados pelo Presidente da República, a partir de uma lista sêxtupla elaborada pelo STF. Essa estrutura única busca combinar a experiência e o prestígio dos ministros das cortes superiores com a visão da advocacia. 3. Garantias dos Ministros As garantias dos ministros do TSE variam conforme a sua origem: • Magistrados de Carreira (STF e STJ): Os ministros que já pertencem ao STF ou ao STJ mantêm as garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio, pois são próprias de seus cargos de origem. • Ministros Advogados: Atuam por um período de dois anos, podendo ser reconduzidos por mais dois anos. Embora não possuam as mesmas garantias vitalícias, eles exercem suas funções com total autonomia e imparcialidade. 4. Competência do Tribunal A competência do TSE está descrita em vários dispositivos da Constituição Federal. O principal é o Artigo 121, que trata da organização da Justiça Eleitoral. No entanto, o Artigo 119 é o que define as atribuições específicas do TSE, como: • Julgar recursos de decisões dos TREs. • Julgar o registro e o cancelamento de registro de partidos políticos. • Expedir as normas necessárias para a execução das leis eleitorais. Superior Tribunal Militar (STM) 1. Principais Funções O Superior Tribunal Militar (STM) é a mais alta instância da Justiça Militar da União. Suas funções são essenciais paramanter a disciplina e a hierarquia nas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), atuando em casos específicos que envolvem militares. As principais funções são: • Julgamento de Crimes Militares: O STM é responsável por julgar os crimes militares previstos no Código Penal Militar. Isso inclui crimes cometidos por militares contra outros militares ou contra civis, em situações previstas por lei. • Revisão de Decisões: O tribunal julga os recursos contra as decisões dos Tribunais Militares e dos Juízes-Auditores. • Fiscalização: O STM também fiscaliza a Justiça Militar de primeira instância, garantindo a aplicação correta das leis e dos procedimentos. 2. Características Essenciais O STM possui uma composição única e diversa, que reflete sua natureza especializada. É composto por quinze ministros, que são: • Três Oficiais-Generais da Marinha. • Quatro Oficiais-Generais do Exército. • Três Oficiais-Generais da Força Aérea. • Cinco ministros civis, sendo: o Três advogados de notável saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de atividade profissional. o Dois juízes auditores. Essa composição busca unir a experiência da carreira militar com o conhecimento jurídico especializado, garantindo um julgamento justo e técnico. 3. Garantias dos Ministros Assim como os ministros das outras cortes superiores, os ministros do STM possuem garantias que asseguram sua autonomia e imparcialidade: • Vitaliciedade: Os ministros, após dois anos de exercício, só podem perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado. • Inamovibilidade: Não podem ser transferidos de tribunal ou comarca contra sua vontade. • Irredutibilidade de Subsídio: Seus salários não podem ser diminuídos. Essas garantias são fundamentais para que possam julgar sem sofrer pressões externas. 4. Competência do Tribunal A competência do Superior Tribunal Militar (STM) é definida no Artigo 124 da Constituição Federal de 1988. Esse artigo estabelece que à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Justiça Federal 1. Principais Funções A Justiça Federal atua como o ramo do Poder Judiciário responsável por julgar causas de interesse da União e de suas entidades (autarquias, fundações públicas e empresas públicas federais). Suas principais funções são: • Julgamento de Causas Federais: Julga crimes políticos e infrações penais contra a União, como contrabando, e causas em que a União ou suas entidades estão envolvidas, exceto quando a Constituição atribui a competência a outro tribunal. • Fiscalização da Legalidade: Atua para garantir que as leis federais sejam aplicadas corretamente. • Julgamento de Conflitos Específicos: Trata de causas entre um Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil, questões de direitos humanos, e disputas sobre terras indígenas e direitos de índios. 2. Características Essenciais A Justiça Federal é um ramo especializado do Judiciário e se diferencia por sua abrangência nacional e pela sua estrutura. Ela é dividida em duas instâncias: • Primeira Instância: Composta pelos juízes federais, que atuam nas varas federais. • Segunda Instância: Composta pelos Tribunais Regionais Federais (TRFs), que julgam os recursos contra as decisões dos juízes federais de sua região. Existem seis TRFs no Brasil, cada um responsável por um grupo de estados. 3. Garantias dos Juízes Assim como os juízes das outras cortes superiores, os juízes federais gozam de garantias que asseguram sua independência e imparcialidade no exercício de suas funções. As principais são: • Vitaliciedade: Adquirida após dois anos de exercício, garante que o juiz só pode perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado. • Inamovibilidade: Impede que o juiz seja removido de sua sede, a menos que seja para atender a uma solicitação própria ou a uma decisão de interesse público. • Irredutibilidade de Subsídio: O salário do juiz não pode ser reduzido, protegendo-o de pressões financeiras. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça Federal é definida principalmente no Artigo 109 da Constituição Federal de 1988. Este artigo estabelece uma lista detalhada dos tipos de casos que devem ser julgados pelos juízes e tribunais federais. Justiça Estadual 1. Principais Funções A Justiça Estadual é o ramo mais amplo do Poder Judiciário e atua como a justiça comum, responsável por julgar a maioria das causas no Brasil. Suas principais funções são: • Julgamento de Causas Comuns: Julga a vasta gama de casos que não são de competência da Justiça Federal, Militar, Eleitoral ou do Trabalho. Isso inclui causas civis (questões de família, contratos, heranças), e a maioria das causas criminais (crimes como roubo, furto e homicídio). • Resolução de Conflitos Locais: Por ser organizada por comarcas, a Justiça Estadual está mais próxima da população e lida com os conflitos diários e locais. 2. Características Essenciais A Justiça Estadual se destaca pela sua capilaridade, presente em quase todas as cidades do país. Sua estrutura é organizada em duas instâncias: • Primeira Instância: Composta pelos juízes de direito, que atuam nas varas e comarcas de todo o território estadual. • Segunda Instância: Composta pelos Tribunais de Justiça (TJs), um em cada estado e no Distrito Federal. Os TJs são responsáveis por julgar os recursos contra as decisões dos juízes de primeira instância. 3. Garantias dos Juízes Os juízes estaduais gozam das mesmas garantias que asseguram a independência e imparcialidade de todos os magistrados brasileiros. As principais são: • Vitaliciedade: Adquirida após dois anos de exercício, garante que o juiz só pode ser destituído do cargo por sentença judicial transitada em julgado. • Inamovibilidade: Impede que o juiz seja removido de sua comarca contra sua vontade, exceto em casos de interesse público, para evitar pressões políticas. • Irredutibilidade de Subsídio: Seu salário não pode ser reduzido, protegendo-o de pressões financeiras. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça Estadual é residual, ou seja, ela atua em todos os casos que a Constituição Federal não atribui especificamente a outra esfera da Justiça (Federal, Eleitoral, Militar ou do Trabalho). A organização e a competência da Justiça dos Estados estão previstas principalmente no Artigo 125 da Constituição Federal de 1988. Justiça Eleitoral 1. Principais Funções A Justiça Eleitoral é o ramo do Poder Judiciário responsável por organizar, fiscalizar e julgar tudo o que envolve as eleições no Brasil. Suas principais funções são: • Organização e Direção das Eleições: Cuida de todo o processo eleitoral, desde o registro dos eleitores e dos candidatos até a apuração e a diplomação dos eleitos. • Julgamento de Causas Eleitorais: Julga crimes eleitorais (como boca de urna), fraudes, e questões relacionadas ao registro de candidatos, propaganda eleitoral e finanças de campanha. • Garantia da Democracia: Age para garantir que as eleições sejam justas, transparentes e realizadas de acordo com as leis, assegurando a legitimidade do processo democrático. 2. Características Essenciais A Justiça Eleitoral é uma estrutura complexa, que se divide em várias instâncias e tem uma composição mista. Os juízes e membros dos tribunais eleitorais têm origem em outras áreas do judiciário, o que garante um conhecimento mais amplo sobre o Direito. A estrutura é composta por: • Juízes Eleitorais (Primeira Instância): Juízes de Direito (da Justiça Estadual) que assumem as funções eleitorais em suas comarcas. • Tribunais Regionais Eleitorais (TREs): Presentes em cada estado, são compostos por desembargadores e juízes estaduais, além de um juiz federal e representantes da advocacia. • Tribunal Superior Eleitoral (TSE): A instância máxima, composta por ministros do STF, do STJ e advogados. 3. Garantias dos Magistrados Os magistrados queatuam na Justiça Eleitoral mantêm as garantias de seus cargos de origem, como a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de subsídio. Essas garantias asseguram que eles possam atuar com total independência, sem sofrer pressões políticas ou financeiras para tomar decisões. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça Eleitoral e a organização do TSE estão definidas na Constituição Federal de 1988, principalmente nos Artigos 118 a 121. Esses artigos estabelecem que a Justiça Eleitoral é responsável por todo o processo eleitoral e que o TSE é o órgão de cúpula, com a responsabilidade de julgar recursos e editar normas para as eleições. Justiça do Trabalho 1. Principais Funções A Justiça do Trabalho é o ramo do Poder Judiciário responsável por julgar e solucionar conflitos entre trabalhadores e empregadores. Suas principais funções são: • Julgamento de Dissídios Individuais e Coletivos: Atua na resolução de conflitos de forma individual, como casos de demissão sem justa causa e pagamento de verbas rescisórias, e de forma coletiva, como negociações entre sindicatos e empresas. • Fiscalização do Cumprimento da Legislação Trabalhista: Garante que os direitos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e em outras normas trabalhistas sejam respeitados. • Julgamento de Ações de Greve: É a responsável por julgar a legalidade ou ilegalidade de movimentos grevistas. 2. Características Essenciais A Justiça do Trabalho é uma justiça especializada, o que significa que lida exclusivamente com questões de sua área. Sua estrutura é organizada em três instâncias: • Primeira Instância: Composta pelos juízes do trabalho, que atuam nas Varas do Trabalho. • Segunda Instância: Composta pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), que julgam os recursos contra as decisões dos juízes de primeira instância. Existem 24 TRTs no Brasil. • Terceira Instância: A instância máxima, composta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que atua como a corte de recurso final para questões trabalhistas. 3. Garantias dos Juízes Os juízes da Justiça do Trabalho, assim como os demais magistrados, gozam das garantias que asseguram sua independência e imparcialidade. As principais são: • Vitaliciedade: Adquirida após dois anos de exercício, garante que o juiz só pode perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado. • Inamovibilidade: Impede que o juiz seja removido de sua sede, a menos que seja para atender a uma solicitação própria ou a uma decisão de interesse público. • Irredutibilidade de Subsídio: O salário do juiz não pode ser reduzido, protegendo-o de pressões financeiras. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça do Trabalho é definida no Artigo 114 da Constituição Federal de 1988. Este artigo estabelece uma lista detalhada dos tipos de causas que são de sua alçada, como as ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho, e as ações sobre representação sindical, entre outras. Justiça Militar 1. Principais Funções A Justiça Militar é um ramo especializado do Poder Judiciário responsável por julgar os crimes militares. Sua principal função é garantir a disciplina, a hierarquia e o bom funcionamento das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) e das polícias e bombeiros militares estaduais. Suas funções são: • Julgamento de Crimes Militares: Julga crimes definidos no Código Penal Militar (CPM), cometidos por militares em serviço ou contra a instituição militar. Isso inclui desde crimes como insubordinação e deserção até crimes mais graves, quando praticados por militares em serviço. • Fiscalização da Disciplina Militar: Atua para garantir que as leis e regulamentos militares sejam cumpridos, ajudando a manter a ordem nas corporações. 2. Características Essenciais A Justiça Militar se diferencia por sua composição e atuação. No Brasil, ela existe em duas esferas: • Justiça Militar da União (JMU): Para as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). A sua estrutura inclui Conselhos de Justiça (formados por um juiz e quatro militares) e o Superior Tribunal Militar (STM) como a instância máxima. • Justiça Militar Estadual: Para as polícias e bombeiros militares estaduais, com tribunais em alguns estados. A composição mista de juízes de carreira e oficiais militares é uma de suas características mais marcantes. 3. Garantias dos Juízes Os juízes da Justiça Militar, assim como os demais magistrados, possuem as garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio. Essas garantias são cruciais para que eles possam decidir de forma independente e imparcial, sem a influência de pressões externas ou hierárquicas. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça Militar está definida no Artigo 124 da Constituição Federal de 1988. Esse artigo estabelece que ela é responsável por processar e julgar os crimes militares definidos em lei. O Superior Tribunal Militar (STM) é o órgão de cúpula da Justiça Militar da União e atua como a última instância para esses casos. Tribunais de Justiça 1. Principais Funções Os Tribunais de Justiça (TJs) são os órgãos de segunda instância da Justiça Estadual. Sua principal função é julgar os recursos contra as decisões dos juízes de primeira instância, que atuam nas comarcas. Em outras palavras, eles revisam as sentenças proferidas em fóruns de todo o estado. Suas funções incluem: • Julgamento de Recursos: Reexaminam casos de natureza cível, criminal, familiar, entre outros, que não se enquadram na competência de outras Justiças (Federal, do Trabalho, Eleitoral ou Militar). • Função Originária: Julgam, em primeira e última instância, certas ações importantes, como as que envolvem governadores de estado, prefeitos e secretários estaduais. • Fiscalização: Os TJs também supervisionam as atividades dos juízes e demais servidores em suas jurisdições. 2. Características Essenciais Cada estado e o Distrito Federal possui o seu próprio Tribunal de Justiça. Eles são compostos por um grande número de desembargadores, que atuam em Câmaras ou Turmas especializadas (por exemplo, Câmaras Cíveis, Criminais ou de Família). Eles atuam com base em um sistema de colegiado, ou seja, as decisões são tomadas por um grupo de desembargadores, e não por um único juiz. 3. Garantias dos Juízes Os juízes (desembargadores) dos Tribunais de Justiça possuem as mesmas garantias constitucionais que os demais magistrados para assegurar sua independência e imparcialidade: • Vitaliciedade: Adquirida após dois anos de exercício, garante que o desembargador só pode perder o cargo por decisão judicial final. • Inamovibilidade: Impede que o desembargador seja removido de sua sede, exceto por decisão de interesse público. • Irredutibilidade de Subsídio: O salário não pode ser reduzido, protegendo-o de pressões financeiras. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça Estadual, e, por consequência, dos Tribunais de Justiça, é residual. Isso significa que eles julgam todas as causas que não são de competência da Justiça Federal, do Trabalho, Eleitoral ou Militar. A competência dos Tribunais de Justiça está definida principalmente no Artigo 125 da Constituição Federal de 1988, que permite aos estados organizarem sua própria Justiça, e é detalhada nas Constituições Estaduais e nos Códigos de Organização Judiciária de cada estado. Tribunais Regionais Federais (TRFs) 1. Principais Funções Os Tribunais Regionais Federais (TRFs) são os órgãos de segunda instância da Justiça Federal. Sua principal função é julgar os recursos contra as decisões dos juízes federais de primeira instância, que atuam nas seções judiciárias. Em outras palavras, eles revisam as sentenças proferidas em casos que envolvem a União, autarquias federais e temas de interesse da Federação. Suas funções incluem: • Julgamento de Recursos: Reexaminam casos cíveis,é similar à do TSE, mas em escala regional, e conta com a participação de juízes de diferentes áreas, o que garante uma visão plural. O Tribunal é composto por sete membros, sendo: • Dois desembargadores do Tribunal de Justiça Estadual. • Dois juízes de direito indicados pelo Tribunal de Justiça Estadual. • Um juiz federal do Tribunal Regional Federal da região. • Dois advogados de notável saber jurídico e idoneidade, nomeados pelo Presidente da República a partir de uma lista sêxtupla do Tribunal de Justiça. 3. Garantias dos Juízes As garantias dos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais variam de acordo com sua origem. Os magistrados de carreira (desembargadores estaduais, juízes de direito e juízes federais) mantêm as garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio, que são inerentes a seus cargos de origem. Os ministros advogados atuam por um período de dois anos, podendo ser reconduzidos por igual período. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça Eleitoral, e, por consequência, dos Tribunais Regionais Eleitorais, é definida no Artigo 121, § 1º, da Constituição Federal de 1988. Esse artigo estabelece as principais atribuições dos TREs, como julgar recursos das decisões dos juízes eleitorais e registrar os partidos políticos estaduais. Varas Estaduais 1. Principais Funções As Varas Estaduais são os órgãos de primeira instância da Justiça Comum. Elas são a porta de entrada para a maioria dos litígios no Brasil, e é ali que os cidadãos e empresas apresentam suas causas para serem julgadas pela primeira vez. Sua principal função é resolver os conflitos de forma imparcial e com base nas leis. Suas funções incluem: • Julgamento de Causas: Decidem sobre uma vasta gama de processos, como ações de família (divórcio, pensão alimentícia), questões cíveis (contratos, indenizações), crimes comuns, e até mesmo questões de consumo. • Execução de Sentenças: Garantem que as decisões judiciais sejam cumpridas. • Processamento de Ações: Recebem as petições, conduzem a fase de instrução (colheita de provas) e, por fim, proferem a sentença. 2. Características Essenciais As Varas Estaduais são a base da pirâmide do Poder Judiciário. Cada vara tem um juiz titular, que é o responsável por julgar os processos daquela unidade. A competência da vara pode ser material, quando é definida pelo tipo de assunto (Vara Cível, Vara de Família, Vara Criminal), ou territorial, quando é definida pela área geográfica. Os Juizados Especiais, que julgam causas de menor complexidade, também fazem parte da Justiça Estadual. A grande maioria dos processos no Brasil tramita em alguma Vara da Justiça Estadual. 3. Garantias dos Juízes Os juízes estaduais, assim como os demais magistrados, possuem garantias constitucionais que asseguram sua independência para julgar sem pressões externas: • Vitaliciedade: Garante que o juiz só pode ser afastado do cargo por uma decisão judicial transitada em julgado. • Inamovibilidade: Impede que o juiz seja removido de sua comarca, exceto por interesse público. • Irredutibilidade de Subsídio: O salário do juiz não pode ser reduzido, protegendo-o de pressões financeiras. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça Estadual é residual. Isso significa que ela julga todas as causas que não são de competência da Justiça Federal, do Trabalho, Militar ou Eleitoral. A Constituição não define a competência da Justiça Estadual em um único artigo, mas o Artigo 125 da Constituição Federal estabelece a organização da Justiça dos Estados e define que sua competência é ampla e abrange todas as matérias que não são expressamente de competência dos demais ramos do Judiciário. Varas Federais 1. Principais Funções As Varas Federais são os órgãos de primeira instância da Justiça Federal. Elas são a porta de entrada para os processos que envolvem a União e suas entidades, e sua principal função é julgar as causas que a Constituição Federal define como de sua competência, em primeira instância. Suas funções incluem: • Julgamento de Causas: Decidem sobre processos em que a União, autarquias federais (como o INSS) e empresas públicas federais (como a Caixa Econômica Federal) são partes. • Processos Específicos: Julgam crimes federais, como contrabando, tráfico internacional de drogas e crimes contra o sistema financeiro, além de casos de previdência social e desapropriação. • Execução de Sentenças: Garantem o cumprimento das decisões judiciais em sua área de atuação. 2. Características Essenciais As Varas Federais são organizadas por seções e subseções judiciárias, que correspondem a diferentes regiões do país. Cada vara tem um juiz federal titular, que é o responsável por julgar os processos. Assim como a Justiça Estadual, a competência da vara pode ser material (por assunto) ou territorial (por área geográfica). As Varas Federais atuam em diversas áreas especializadas, como a área criminal, cível e previdenciária. 3. Garantias dos Juízes Os juízes federais, assim como os demais magistrados, possuem as seguintes garantias constitucionais que asseguram sua independência para julgar sem pressões externas: • Vitaliciedade: Garante que o juiz só pode ser afastado do cargo por uma decisão judicial transitada em julgado. • Inamovibilidade: Impede que o juiz seja removido de sua vara, exceto por interesse público. • Irredutibilidade de Subsídio: O salário do juiz não pode ser reduzido, protegendo-o de pressões financeiras. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça Federal é detalhada no Artigo 109 da Constituição Federal de 1988. Esse artigo descreve, de forma exaustiva, as causas que devem ser julgadas por essa esfera do Judiciário, como as disputas entre a União e estados, ações que envolvam direitos indígenas, crimes políticos e litígios sobre direitos humanos. Auditorias Militares Estaduais 1. Principais Funções As Auditorias Militares Estaduais são os órgãos de primeira instância da Justiça Militar nos estados. Elas são responsáveis por julgar os crimes militares praticados por integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, de acordo com o Código de Processo Penal Militar. Sua principal função é aplicar a lei penal militar a esses casos. Suas funções incluem: • Julgamento de Crimes Militares: Decidem sobre crimes definidos no Código Penal Militar, como insubordinação, deserção, violência contra superior, entre outros. • Processo e Julgamento: Conduzem o processo judicial, desde a fase de inquérito policial militar até o julgamento e a sentença. • Execução de Sentenças: Garantem o cumprimento das decisões judiciais proferidas em sua jurisdição. 2. Características Essenciais As Auditorias Militares são compostas por um juiz auditor (um juiz de direito do estado, com especialização na área) e por um Conselho de Justiça formado por oficiais militares. Essa composição mista garante que a decisão leve em conta tanto os aspectos jurídicos quanto os disciplinares e hierárquicos da vida militar. A Justiça Militar Estadual atua de forma independente da Justiça Comum, tendo sua própria estrutura e regras. 3. Garantias dos Juízes Os juízes auditores, por serem juízes de direito, possuem as seguintes garantias constitucionais que asseguram sua independência para julgar sem pressões externas: • Vitaliciedade: Garante que o juiz só pode ser afastado do cargo por uma decisão judicial transitada em julgado. • Inamovibilidade: Impede que o juiz seja removido de sua vara, exceto por interesse público. • Irredutibilidade de Subsídio: O salário do juiz não pode ser reduzido, protegendo-o de pressões financeiras. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça Militar Estadual é definida no Artigo 125, § 4º da Constituição Federal de 1988. Este artigo estabelece que a Justiça Militar dos estados julga os crimes militares cometidos por policiais militares e bombeiros militares,e a lei pode criar Varas e Conselhos de Justiça. Vara do Trabalho 1. Principais Funções A Vara do Trabalho é o órgão de primeira instância da Justiça do Trabalho. Sua principal função é julgar e conciliar as disputas e conflitos individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores, garantindo a aplicação das leis trabalhistas. Suas funções incluem: • Julgamento de Dissídios: Decidem sobre conflitos decorrentes das relações de emprego, como pedidos de salários, horas extras, rescisões de contrato, férias, entre outros. • Ações Indenizatórias: Julgam ações de dano moral ou patrimonial relacionadas ao ambiente de trabalho. • Mediação e Conciliação: Promovem acordos entre as partes para solucionar o conflito de forma rápida e amigável, antes de um julgamento. 2. Características Essenciais As Varas do Trabalho são a porta de entrada para a maioria dos processos trabalhistas no Brasil. Cada vara tem um juiz do trabalho titular, que é o responsável por julgar os processos. Elas são a base da pirâmide da Justiça do Trabalho, e suas decisões, em muitos casos, podem ser revistas pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs). A legislação trabalhista, em sua maioria, tem o objetivo de proteger a parte mais vulnerável da relação, o trabalhador, e é baseada no princípio da dignidade da pessoa humana. 3. Garantias dos Juízes Os juízes do trabalho, por serem magistrados de carreira, possuem as seguintes garantias constitucionais que asseguram sua independência para julgar sem pressões externas: • Vitaliciedade: Garante que o juiz só pode ser afastado do cargo por uma decisão judicial transitada em julgado. • Inamovibilidade: Impede que o juiz seja removido de sua vara, exceto por interesse público. • Irredutibilidade de Subsídio: O salário do juiz não pode ser reduzido, protegendo-o de pressões financeiras. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça do Trabalho está definida no Artigo 114 da Constituição Federal de 1988. Esse artigo descreve, de forma detalhada, todas as causas que devem ser julgadas por essa esfera do Judiciário, desde as relações de emprego até as ações sobre representação sindical, greve e indenizações por danos morais ou materiais relacionados ao trabalho. Cartórios Eleitorais 1. Principais Funções Os Cartórios Eleitorais são os órgãos de primeira instância da Justiça Eleitoral e representam a sua presença em cada cidade do Brasil. Eles são responsáveis por gerenciar e fiscalizar o processo eleitoral em nível local. Suas funções incluem: • Gerenciamento do Eleitorado: Inscrição, transferência e revisão dos dados dos eleitores, além de emissão de certidões. • Organização das Eleições: Preparação das urnas eletrônicas, designação dos mesários e a fiscalização da votação em suas respectivas zonas eleitorais. • Função Jurisdicional: Em sua instância, o juiz eleitoral, que atua no Cartório, julga crimes eleitorais e os registros de candidaturas a cargos municipais, por exemplo. 2. Características Essenciais Os Cartórios Eleitorais são a unidade fundamental da Justiça Eleitoral, sendo a porta de entrada para o eleitor. Cada um é responsável por uma zona eleitoral e é chefiado por um juiz eleitoral (que é um juiz de direito da Justiça Comum estadual, convocado para essa função) e pelo promotor eleitoral (um membro do Ministério Público). Sua estrutura é a base para a realização das eleições, e eles são o ponto de contato direto entre a Justiça Eleitoral e o cidadão. 3. Garantias dos Juízes Os juízes que atuam nos Cartórios Eleitorais são, em sua maioria, juízes de direito da Justiça Comum. Portanto, eles possuem as mesmas garantias constitucionais de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio, que asseguram sua independência. Essas garantias são transferidas para a função eleitoral, garantindo que o magistrado possa atuar com autonomia e imparcialidade. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça Eleitoral é definida pelo Artigo 121 da Constituição Federal de 1988, que estabelece a organização dessa esfera do Judiciário. A competência específica dos juízes eleitorais (e, por consequência, dos Cartórios) é detalhada no Código Eleitoral e em resoluções do TSE, que estabelecem suas atribuições para julgar os processos em primeira instância, como o registro de candidaturas a vereador e prefeito. Auditorias Militares da União 1. Principais Funções As Auditorias Militares da União são os órgãos de primeira instância da Justiça Militar da União (JMU). Sua principal função é processar e julgar os crimes militares previstos no Código Penal Militar, cometidos por membros das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). Suas funções incluem: • Julgamento de Crimes Militares Federais: Decidem sobre crimes definidos no Código Penal Militar, praticados por militares das Forças Armadas, como deserção, insubordinação, entre outros. • Processo e Julgamento: Conduzem o processo judicial desde a investigação até a sentença. • Execução de Sentenças: Garantem o cumprimento das decisões judiciais em sua jurisdição. 2. Características Essenciais As Auditorias Militares da União são compostas por um juiz federal da Justiça Militar e um Conselho de Justiça formado por oficiais militares. Essa composição mista garante que a decisão leve em conta tanto os aspectos jurídicos quanto os disciplinares e hierárquicos da vida militar. A Justiça Militar da União atua de forma independente da Justiça Comum, tendo sua própria estrutura e regras. 3. Garantias dos Juízes Os juízes federais da Justiça Militar, assim como os juízes federais e de outras esferas do Judiciário, possuem as seguintes garantias constitucionais que asseguram sua independência para julgar sem pressões externas: • Vitaliciedade: Garante que o juiz só pode ser afastado do cargo por uma decisão judicial transitada em julgado. • Inamovibilidade: Impede que o juiz seja removido de sua vara, exceto por interesse público. • Irredutibilidade de Subsídio: O salário do juiz não pode ser reduzido, protegendo-o de pressões financeiras. 4. Competência do Tribunal A competência da Justiça Militar da União é definida no Artigo 124 da Constituição Federal de 1988. Este artigo estabelece que à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei, cometidos por membros das Forças Armadas. Turmas Recursais Estaduais e Federais 1. Principais Funções As Turmas Recursais são órgãos de segunda instância dos Juizados Especiais, tanto no âmbito estadual quanto no federal. Sua principal função é julgar os recursos contra as decisões proferidas pelos juízes de primeira instância nos Juizados Especiais, buscando uma solução mais rápida e simples para conflitos de menor complexidade. Suas funções incluem: • Julgamento de Recursos: Decidem sobre recursos de sentenças de primeira instância, como o "recurso inominado", que é o equivalente a uma apelação na Justiça Comum. • Uniformização de Jurisprudência: As Turmas de Uniformização, que reúnem juízes de diferentes Turmas Recursais, são criadas para resolver divergências de interpretação da lei e garantir que as decisões sejam consistentes. • Análise de Mandados de Segurança: Julgam mandados de segurança contra atos dos próprios juízes dos Juizados. 2. Características Essenciais As Turmas Recursais são formadas por juízes de primeira instância que atuam em uma instância superior por designação ou promoção. A principal característica desse sistema é a celeridade, com processos mais simples e sem custos processuais em primeira instância. Cada Turma é composta por três juízes, que decidem por maioria de votos. Elas são a segunda e, na maioria dos casos, a última instância para os processos de pequenas causas. 3. Garantias dos Juízes Os juízes que atuam nas Turmas Recursais já são magistrados de carreira. Portanto, eles possuem as mesmas garantias constitucionais de vitaliciedade,inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio, que asseguram sua independência para julgar. Apesar de atuarem em uma instância diferente, essas garantias se mantêm, pois são inerentes ao cargo de juiz. 4. Competência do Tribunal A competência das Turmas Recursais é estabelecida por leis específicas que criaram os Juizados Especiais, com base no Artigo 98, inciso I, da Constituição Federal de 1988. • No âmbito estadual, a competência é definida pela Lei nº 9.099/95 (Juizados Especiais Cíveis e Criminais) e pela Lei nº 12.153/09 (Juizados Especiais da Fazenda Pública). • No âmbito federal, a competência é definida pela Lei nº 10.259/01 (Juizados Especiais Cíveis e Criminais na Justiça Federal). Essas leis estabelecem a sua competência para julgar os recursos de sentenças de primeira instância e outros incidentes processuais dentro do limite de alçada do Juizado Especial (geralmente até 40 salários mínimos para o Juizado Especial Cível). Juizados Especiais Estaduais e Federais 1. Principais Funções Os Juizados Especiais são órgãos do Poder Judiciário responsáveis por processar e julgar causas de menor complexidade, buscando uma solução rápida, econômica e informal para os conflitos. Eles atuam em duas esferas principais: • Juizados Especiais Cíveis: Julgam causas de até 40 salários mínimos, como cobranças, danos materiais e morais, e conflitos de vizinhança. • Juizados Especiais Criminais: Julgam infrações de menor potencial ofensivo, com pena máxima não superior a 2 anos, como as contravenções penais. 2. Características Essenciais O principal objetivo dos Juizados Especiais é promover a celeridade, simplicidade, informalidade, oralidade e economia processual. A presença de advogados é dispensável em causas de até 20 salários mínimos na esfera cível. Eles buscam a conciliação entre as partes como a primeira forma de resolver o conflito, com a ajuda de um conciliador ou mediador. 3. Garantias dos Juízes Os juízes que atuam nos Juizados Especiais são magistrados de carreira. Portanto, possuem as mesmas garantias constitucionais de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio, que asseguram sua independência para julgar. 4. Competência do Tribunal A competência dos Juizados Especiais é definida com base no Artigo 98, inciso I, da Constituição Federal de 1988, que autoriza a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios a criar os Juizados Especiais. • No âmbito estadual, a competência é detalhada na Lei nº 9.099/95 (Juizados Especiais Cíveis e Criminais) e na Lei nº 12.153/09 (Juizados da Fazenda Pública). • No âmbito federal, a competência é definida pela Lei nº 10.259/01, que trata dos Juizados Especiais Federais Cíveis e Criminais. DIREITO CONSTITUCIONAL Trabalho do primeiro Bimestre: Fluxograma do Poder Judiciário Professora: Profa. Amanda Paccagnella Nome da Aluno: Denis de Frias Souza Referências Bibliográficas: Site Oficial do CNJ https://www.cnj.jus.br/poder-judiciario/panorama-e-estrutura-do-poder-judiciario-brasileiro/ https://www.cnj.jus.br/poder-judiciario/panorama-e-estrutura-do-poder-judiciario-brasileiro/inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio, que asseguram sua independência para julgar. Apesar de atuarem em uma instância diferente, essas garantias se mantêm, pois são inerentes ao cargo de juiz. 4. Competência do Tribunal A competência das Turmas Recursais é estabelecida por leis específicas que criaram os Juizados Especiais, com base no Artigo 98, inciso I, da Constituição Federal de 1988. • No âmbito estadual, a competência é definida pela Lei nº 9.099/95 (Juizados Especiais Cíveis e Criminais) e pela Lei nº 12.153/09 (Juizados Especiais da Fazenda Pública). • No âmbito federal, a competência é definida pela Lei nº 10.259/01 (Juizados Especiais Cíveis e Criminais na Justiça Federal). Essas leis estabelecem a sua competência para julgar os recursos de sentenças de primeira instância e outros incidentes processuais dentro do limite de alçada do Juizado Especial (geralmente até 40 salários mínimos para o Juizado Especial Cível). Juizados Especiais Estaduais e Federais 1. Principais Funções Os Juizados Especiais são órgãos do Poder Judiciário responsáveis por processar e julgar causas de menor complexidade, buscando uma solução rápida, econômica e informal para os conflitos. Eles atuam em duas esferas principais: • Juizados Especiais Cíveis: Julgam causas de até 40 salários mínimos, como cobranças, danos materiais e morais, e conflitos de vizinhança. • Juizados Especiais Criminais: Julgam infrações de menor potencial ofensivo, com pena máxima não superior a 2 anos, como as contravenções penais. 2. Características Essenciais O principal objetivo dos Juizados Especiais é promover a celeridade, simplicidade, informalidade, oralidade e economia processual. A presença de advogados é dispensável em causas de até 20 salários mínimos na esfera cível. Eles buscam a conciliação entre as partes como a primeira forma de resolver o conflito, com a ajuda de um conciliador ou mediador. 3. Garantias dos Juízes Os juízes que atuam nos Juizados Especiais são magistrados de carreira. Portanto, possuem as mesmas garantias constitucionais de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio, que asseguram sua independência para julgar. 4. Competência do Tribunal A competência dos Juizados Especiais é definida com base no Artigo 98, inciso I, da Constituição Federal de 1988, que autoriza a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios a criar os Juizados Especiais. • No âmbito estadual, a competência é detalhada na Lei nº 9.099/95 (Juizados Especiais Cíveis e Criminais) e na Lei nº 12.153/09 (Juizados da Fazenda Pública). • No âmbito federal, a competência é definida pela Lei nº 10.259/01, que trata dos Juizados Especiais Federais Cíveis e Criminais. DIREITO CONSTITUCIONAL Trabalho do primeiro Bimestre: Fluxograma do Poder Judiciário Professora: Profa. Amanda Paccagnella Nome da Aluno: Denis de Frias Souza Referências Bibliográficas: Site Oficial do CNJ https://www.cnj.jus.br/poder-judiciario/panorama-e-estrutura-do-poder-judiciario-brasileiro/ https://www.cnj.jus.br/poder-judiciario/panorama-e-estrutura-do-poder-judiciario-brasileiro/