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Projeto “Festas Populares do Meu Brasil”
Público-alvo: Crianças da Educação Infantil (creche – 0 a 5 anos) 
Duração: 2 meses 
Proposto pela: Coordenação Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Muriaé
Justificativa
	A cultura brasileira é rica, diversa e marcada por manifestações culturais únicas em cada região. As festas populares celebram os costumes, crenças e histórias do nosso povo. Trabalhar esse tema com crianças da creche favorece o desenvolvimento da identidade cultural, do sentimento de pertencimento e do respeito à diversidade.
	Antes de abordar cada região, é fundamental apresentar o Brasil como um país diverso, unido em sua pluralidade. As crianças devem vivenciar o sentimento de “ser brasileiro”, reconhecendo a bandeira, o mapa, as cores e os símbolos do país.
 Objetivos Gerais
· Apresentar a diversidade cultural do Brasil, valorizando o sentimento de pertencimento à identidade nacional;
· Estimular o desenvolvimento global da criança por meio de vivências artísticas, musicais e sensoriais;
· Promover o conhecimento das festas populares como expressão da cultura brasileira.
 Objetivos Específicos
· Reconhecer o Brasil como um país formado por diferentes regiões;
· Identificar símbolos nacionais (bandeira, mapa, cores);
· Conhecer algumas festas populares típicas de cada região;
· Vivenciar danças, músicas, trajes e sabores de diferentes partes do país;
· Desenvolver a linguagem oral, a coordenação motora e a socialização;
· Envolver as famílias e a comunidade escolar no processo educativo.
Etapas do Projeto
1- Introdução: “Brasil: Um país, muitas culturas”
Como trabalhar com crianças pequenas:
1- Cores da bandeira do Brasil:
· Apresente a bandeira em tamanho grande e destaque as cores (verde, amarelo, azul e branco).
· Faça atividades de pintura com carimbo de mãos ou esponjas usando essas cores.
· Brincadeira: “Onde está o amarelo?”, “Onde está o verde?”, apontando para partes da bandeira.
2- Mapa do Brasil de forma lúdica:
· Apresente o mapa, construído com papelão ou outro material, com imagens grandes representando animais, comidas e pessoas de diferentes regiões.
· Usar quebra-cabeça de papelão com o formato do país.
· No berçário: Apresentar o mapa grande no chão, deixar as crianças tocarem e explorarem (O mapa pode ser de papelão: com destaque colorido para as regiões). Conduzir a exploração: “Olha esse pedacinho do Brasil (apontar para a região Norte): “Aqui tem uma floresta cheia de muitos animais!”.
3- Música e movimento:
· Toque músicas que falem do Brasil (ver sugestões abaixo) e convide as crianças para dançar com fitas ou lenços.
· Faça uma “viagem imaginária” pelo Brasil com sons de trem ou avião, simulando o passeio por cada região.
· Objetos e símbolos do país:
· Mostre imagens de pontos turísticos como o Cristo Redentor, o Pelourinho, o Pantanal, etc.
· Use brinquedos de animais típicos (tatu, onça, arara, tamanduá) para brincar e contar histórias.
4- Construção coletiva da identidade:
· Incentive as crianças a dizerem seus nomes e perceberem que todas fazem parte do Brasil.
· Confeccionar um mural coletivo com a frase: “Nós somos o Brasil!” com fotos ou desenhos das crianças.
· Músicas sugeridas: “Aquarela do Brasil” (trechos instrumentais); “O Brasil é isso aí” – Palavra Cantada.
ESSA INTRODUÇÃO SERVE PARA CRIAR UMA BASE AFETIVA E SENSORIAL, AJUDANDO A CRIANÇA A PERCEBER QUE, APESAR DAS DIFERENÇAS, TODAS AS REGIÕES FAZEM PARTE DE UM MESMO PAÍS, O BRASIL, E QUE ELA TAMBÉM FAZ PARTE DESSA HISTÓRIA.
As Regiões
As regiões do Brasil são apresentadas com foco nas festas populares mais representativas de cada uma. As atividades são planejadas de forma a permitir que a criança explore com liberdade, experimente com o corpo, os sentidos e a imaginação, sendo ela a protagonista de sua própria aprendizagem.
As experiências não visam resultados prontos, mas vivências significativas, sensoriais, afetivas e culturais, que respeitam os tempos e interesses dos pequenos.
Região Norte
1- Festival de Parintins (Amazonas)"Meu Primeiro Boi-Bumbá”
Festa: Boi-Bumbá (Caprichoso e Garantido)
Como trabalhar:
· Contar de forma lúdica a história do Boi-Bumbá (o boi, Catirina, Pai Francisco, Pajé etc.).
· As crianças representam os personagens com fantoches, máscaras ou gestos.
· Faça em roda, com instrumentos simples (tambor, chocalho).
· Apresentar os personagens do boi-bumbá com fantoches e miniaturas.
· Deixar que as crianças toquem, vistam, imitem os bois, usando adereços e máscaras confeccionadas com elas.
· Montar um espaço com músicas, panos coloridos e penas, permitindo a exploração livre.
· As crianças escolhem as cores dos bois que querem pintar;
· Podem criar movimentos corporais imitando o boi ao som da música.
· Explorar o espaço com o corpo e os sentidos;
· Criar seus próprios gestos e movimentos inspirados no boi;
Apresentação Teatral ou Musical Infantil
· As crianças podem encenar a lenda do Boi-Bumbá com falas simples ou coreografias.
· Músicas dos bois Garantido e Caprichoso podem embalar a apresentação.
· Os figurinos podem ser feitos com materiais recicláveis e coloridos.
· Dica: Faça uma versão curta (3-5 minutos) com danças e músicas marcadas por gestos repetitivos.
· Faça um "boi desfile" onde as crianças caminham com suas fantasias e instrumentos, acompanhadas por música do Boi-Bumbá.
· Pode ser feito no pátio da creche com os familiares assistindo.
Ateliê do Boi-Bumbá
· Durante a semana do projeto, monte cantinhos de:
Pintura temática (boi, floresta, festa)
Montagem de adereços (cocares, fitas, colares, máscaras)
Confecção do Boi Grande: com papelão, tecido colorido e cola (para levar ao desfile)
Exposição Interativa "Meu Boi-Bumbá"
Monte um espaço com:
· Painéis com desenhos e pinturas das crianças
· Máscaras de boi, cunhã-poranga, pajé, feitas com pratos de papel, cartolina, EVA
· Mini boizinhos feitos com garrafas PET ou caixas de leite
· Fotos das crianças durante o processo (pintando, ensaiando, dançando)
· Pinturas livres dos bois;
· Máscaras feitas pelas crianças;
· Bumbás de papelão.
Cantinho da Leitura e da Cultura Amazônica
· Exposição de livros infantis com temática amazônica e indígena.
· Inclua músicas regionais e contação de lendas com ambientação.
 Protagonismo Infantil na Prática:
· A criança escolhe o personagem que quer ser.
· Participa da confecção dos figurinos e materiais.
· Expressa suas ideias sobre a festa (o que gosta, o que aprendeu).
· Dá sugestões para a apresentação.
Região Nordeste 
1- Festa de São João 
Como trabalhar:
· Contar histórias curtas com imagens de fogueira, bandeirinhas, roupas de festa, quadrilha, milho, sanfona e céu estrelado.
· Mostrar vídeos curtos e calmos com trechos de festas juninas.
· Explicar com frases simples: “Na Festa de São João tem música animada, milho, danças, bandeirinhas e roupas coloridas! Vamos brincar de festa?”
- Criança escolhe as brincadeiras que mais lhe interessam (dançar, pintar, montar bandeirinhas, explorar milho...);
- Participa da festa de forma livre: pode dançar, se fantasiar ou apenas observar;
- É ouvida, observada e respeitada em suas expressões individuais.
 Clássicos em versão instrumental ou infantil:
· “Olha pro céu, meu amor”
· “Capelinha de melão”
· “Pula a fogueira”
· “O balão vai subindo”
Brincadeiras com música:
· Dança livre com chocalhos ou tecidos coloridos;
· Brincadeira de “acende/apaga a fogueira” com luzes coloridas (atividade sensorial).
Arraiá dos sentidos
· Mesa sensorial com milho seco, palha, tecidos coloridos, chapéus de palha e bandeirinhas de feltro ou EVA.
· Espalhar elementos no chão para que explorem com o corpo.
 Protagonismo: A criança manipula livremente os objetos, mistura os grãos, inventa brincadeiras com os elementos.
Quadrilha do jeitinho da criança
· Criar um espaço com músicas juninas e instrumentos simples (chocalhos, tambores);
· Crianças vestidas com roupas típicas (opcional e lúdico);
· Deixar o espaço livre para danças espontâneas, pulos, giros, correrias.
 Protagonismo: Cada criança cria sua própria dança, movimento ou observação,sem coreografias prontas.
 Pintura do balão e da fogueira
· Papel kraft, pincéis e tintas com cores vivas para pintar balões e fogueiras;
· Pode colar palitos, algodão ou milho seco.
 Protagonismo: A criança decide como pintar, quais cores usar, onde colar – tudo com liberdade criativa.
 Comidinhas simbólicas (brincar de cozinhar)
· Panelinhas com grãos de milho, canjica, pipoca (crua e colorida), utensílios de brinquedo;
· Simular preparo de pratos típicos em cantinho de faz-de-conta.
 Protagonismo: A criança inventa receitas, mistura os ingredientes e cria seu próprio “banquete junino”.
 Exposição: “Nosso Arraiá”
· Painel com fotos das crianças brincando, dançando, pintando;
· Varal de bandeirinhas pintadas por elas;
· Chapéus decorados por cada criança com materiais diversos;
· Cantinho da memória com milho, palha e músicas para as famílias ouvirem.
· Música para apresentação: “Olha pro céu, meu amor” – Luiz Gonzaga (versão instrumental ou cantada por educadores)
2- Festa do Vaqueiro – Tradição nordestina de coragem e fé
· Mostrar imagens ou vídeos curtos e tranquilos com vaqueiros montados a cavalo, em cortejos, com roupas de couro, ao som de aboios ou sanfonas;
· Explicar com frases simples: “O vaqueiro cuida dos bois e cavalos. Ele anda no sertão com sua roupa de couro e chapéu!” “No Nordeste tem uma festa só pra ele, com música, fé e coragem.”
- As crianças escolhem o que querem explorar: o cavalo de brinquedo, a música, os tecidos, as cores, os sons;
- Criam suas próprias brincadeiras inspiradas na cultura: imitam cavalos, sons, galopes, pulos;
-A educadora é observadora e parceira, não condutora rígida do processo.
Músicas e sons:
Trilhas sonoras com ritmos sertanejos tradicionais e aboios suaves:
· “Aboio do Vaqueiro” (versão instrumental)
· Toques de sanfona e triângulo.
Brincadeiras musicais:
· Fazer sons de cavalo com a boca e pés: “toc-toc”, relinchar, galopar;
· Cantigas que falem de boi, cavalo ou campo.
Propostas de vivência:
- Circuito do vaqueiro
· Espaço com cavalinhos de brinquedo, cabos de vassoura, túnel de caixas (imitando cerca), panos que representam boi ou mato;
· As crianças percorrem o circuito como vaqueiros em busca do boi.
 Protagonismo: A criança decide se quer ir de “cavalo”, pular, andar, rastejar ou apenas observar o ambiente.
- Ateliê do couro e da terra
· Caixa sensorial com barro, argila, areia, casca seca de árvores, folhas;
· Painel com tiras de EVA ou papel kraft imitando couro para colagem.
Protagonismo: A criança explora texturas e cria seu próprio painel do sertão ou adereços de vaqueiro com o que desejar colar, modelar ou tocar.
- Dança do sertão
· Música sertaneja tradicional em ritmo calmo (com triângulo, sanfona, voz);
· Tecidos marrons, bege e chapéus (brinquedos) para dançar livremente, rodar, pular.
 Protagonismo: A criança cria seus próprios gestos inspirados no cavalo, no vaqueiro, no sertão — cada movimento é válido.
- Brincar de cuidar dos animais
· Animais de brinquedo (bois, cavalos, bodes, carneiros);
· Paninhos, escovinhas, baldinhos e comidinhas simbólicas.
Protagonismo: A criança cuida do animal como quiser, inventa falas, sons, gestos — expressando afeto, imaginação e autonomia.
 - Exposição: “Nos trilhos do vaqueiro”
· Mural com fotos das crianças nas brincadeiras;
· “Retalhos de couro” feitos com colagem ou pintura pelas crianças;
· Chapéus, cavalinhos e adereços produzidos;
· Sons de aboios e instrumentos tocando no espaço da exposição.
3- Lavagem da Escadaria do Bonfim – Salvador, Bahia
· Mostrar imagens simples ou vídeos curtos com as baianas em trajes brancos, jogando água de cheiro nos degraus e dançando com alegria;
· Explicar com frases acessíveis: “Na Bahia tem uma festa bonita! As baianas jogam água perfumada para limpar as escadas e desejam paz e alegria para todos.”
“Elas dançam, cantam, usam roupas brancas e levam flores!”
· As crianças exploram água, flores, tecidos e cheiros de forma espontânea;
· Podem criar danças, movimentos, gestos e sons livremente;
· Educadores observam e acolhem o que a criança propõe — sem impor passos, frases ou “certo/errado”. 
- “O que é que a baiana tem?” (versão instrumental ou infantil)
· Cantigas de roda com ritmo de atabaques e agogôs
· Sons instrumentais com tambores e palmas
Som de água, sinos e natureza para ambientar momentos sensoriais.
Banho de cheiro sensorial
· Espaço com bacias rasas com água morna perfumada (alecrim, lavanda, cravo-da-índia ou essência suave);
· Pétalas de flores e paninhos brancos para as crianças tocarem, espremerem e sentirem o cheiro.
 Protagonismo: A criança escolhe se quer tocar a água, brincar com flores, molhar paninhos ou apenas observar.
- Brincadeira do “lavar as escadas”
· Criar uma “escadaria simbólica” com caixas ou painéis baixos (seguros);
· As crianças recebem paninhos brancos e “jogam” água com flores, como nas lavagens simbólicas.
Protagonismo: A criança decide como lavar, onde jogar a água, se quer subir ou não nas escadas, com liberdade e respeito.
- Dança das baianinhas
· Tecidos brancos, saias rodadas, panos na cabeça (uso opcional e supervisionado);
· Músicas suaves para dançar livremente com panos, girar, pular ou apenas se mover sentindo o som.
Protagonismo: A criança cria sua dança, escolhe se quer rodar, segurar o pano, deitar, observar ou rir — tudo é expressão.
- Ateliê das flores
· Pintura com carimbos de flores, tinta branca e azul, colagem de pétalas em papel;
· Confecção de guirlandas simples ou enfeites com flores naturais ou de papel.
 Protagonismo: A criança decide como pintar, onde colar, que cor usar e como decorar sua “flor do Bonfim”.
- Exposição: “Água, fé e flor – O Bonfim das crianças”
· Painel com fotos das crianças nas brincadeiras com água, flores e dança;
· Varal com paninhos brancos decorados por elas;
· Aromas no ar (erva-doce, alfazema) para ambientar o espaço;
· Músicas da lavagem tocando ao fundo;
 Região Centro-Oeste 
1- Festa do Divino Espírito Santo (Goiás)
· Música para apresentação: “Vem chegando o Divino” (música tradicional – versão suave infantil)
Atividades:
· Bastões com fitas coloridas;
· Pombinhas de papel;
· Dança circular com fitas;
Exposição:
· Móbiles de pombinhas no teto;
· Vídeo com crianças dançando com fitas;
2- Siriri – Música e dança do coração do Brasil 
· Mostrar vídeos curtos e calmos com pessoas dançando Siriri (em roda, com roupas coloridas e instrumentos);
· Usar imagens de instrumentos típicos (tambor, ganzá, viola);
· Falar com frases simples: “Siriri é uma dança bonita com batidas fortes, palmas e muitas cores. Vamos brincar de roda e tambores?”
· As crianças escolhem como querem participar: dançando, observando, batendo palmas, mexendo em tecidos ou instrumentos;
· A roda não precisa ser coreografada — cada criança dança ou explora ao seu jeito;
· O educador propõe, mas a criança cria e se expressa com liberdade.
 - Canções de Siriri (em versões calmas e instrumentais):
· "Siriri Cuiabano" (trechos rítmicos)
· Ritmos com tambores, reco-reco e ganzá
 - Brincadeiras com música:
· Bater palmas em ritmo;
· Girar panos coloridos ao som da música;
· Roda livre com instrumentos.
- Roda do Siriri
· Espaço amplo com tecidos no chão, instrumentos simples e música de Siriri;
· Roda formada de forma espontânea (sem imposição);
· As crianças dançam, batem palmas, tocam instrumentos ou apenas observam.
Protagonismo: Cada criança decide como quer participar da roda – dançando, olhando, interagindo com panos ou sons.
· Painel coletivo com papéis coloridos (amarelo, vermelho, azul, verde) – cores comuns nos figurinos do Siriri;
· Tintas, colagens e tecidos para exploração livre.
 Protagonismo: A criança cria seus próprios traços e colagens inspirada nas cores e movimentos da dança.
Instrumentos do som e do corpo
· Tambores de sucata, latas, ganzás de garrafa pet com sementes;
· Palmas, pés batendo no chão, exploração sonora livre.
 Protagonismo: A criança cria seu próprio ritmo, testa sons, sente o movimento com o corpo.
Cantinho do faz-de-conta: roupas do Siriri
· Roupas de tecidos levese coloridos para vestir ou tocar;
· Espelhos para observar o próprio corpo em movimento.
 Protagonismo: A criança escolhe o que quer vestir, como quer dançar, se quer apenas olhar ou se expressar com gestos próprios.
Exposição: “Siriri dos pequenos”
· Varal com bandeirolas coloridas pintadas pelas crianças;
· Fotografias da roda, das expressões das crianças e seus instrumentos;
· Instalação com panos, cores e sons do Siriri;
· Apresentação espontânea de roda, onde as crianças dançam se quiserem, sem pressão.
Região Sudeste
1- Folia de Reis e Congada (Minas Gerais e São Paulo) 
- Música para apresentação: “Folia de Reis” – versão cantada ou adaptada com batidas simples
- Atividades:
· Confecção de coroas com papel dourado e lantejoulas;
· Criação de instrumentos (ganzás, tamborzinhos);
· Desfile simbólico dos três reis com coroas e capas;
- Exposição:
· Instrumentos confeccionados;
· Trono dos Reis Magos com fotos das crianças caracterizadas.
2- Congada 
Congada – Cultura Afro-brasileira e Popular de Minas Gerais
· Mostrar imagens e vídeos curtos (sem sobrecarga) de desfiles da Congada: reis, rainhas, cores, coroas, danças e músicas com tambores e cantos.
· Explicar de forma simples: “Essa é uma festa muito alegre, com dança, cantos, coroas, reis e rainhas negros que celebram suas histórias com música e fé!”
 -Ritmos da Congada (instrumentais simples):
· Tambores, caixas, reco-recos, palmas e cantos marcados.
· Pode usar gravações leves de congadas reais de Minas Gerais (sem som agressivo), como: “Congada de Nossa Senhora do Rosário”, “Cantos de entrada e ladainhas”.
- Criação de batucadas com as crianças:
· Usar instrumentos de percussão simples feitos com potes, latas, chocalhos.
- Coroas e trajes de reis e rainhas
· TNT, papel dourado e colorido, lantejoulas, tecidos brilhantes;
· Cada criança decora sua própria coroa ou capa, como quiser;
· As crianças podem usar, vestir e brincar com os elementos no tempo delas.
 Protagonismo: A criança decide a cor da sua capa ou coroa, onde colar os brilhos, se quer vestir ou apenas criar.
- Dança dos reis com fitas
· Criar espaço com fitas coloridas presas no teto ou em bastões;
· Tocar músicas suaves da congada e deixar as crianças dançarem, correrem, tocarem e brincarem com as fitas.
 Protagonismo: Cada criança move-se livremente, decide como e quando dançar, podendo criar sua própria “dança do rei” ou apenas sentir a música.
- Desfile da Congada – Brincadeira simbólica
· Organizar um momento simbólico de “chegada” dos reis e rainhas;
· As crianças que quiserem podem desfilar com coroas e capas ao som dos tambores ou marchinhas da Congada;
· O espaço é aberto: pode-se dançar, caminhar, sentar e brincar livremente com os objetos.
 Protagonismo: As crianças decidem se participam do cortejo, se dançam ou só tocam instrumentos.
· Fantasias e instrumentos criados pelas crianças;
· Um painel com as coroas e capas confeccionadas livremente;
· Cantinho com som ambiente das músicas trabalhadas;
· Cartaz com frase das crianças ou registros observando suas falas e expressões.
3- Carnaval
 - Ambiente preparado e colorido:
· Utilizar serpentinas, confetes, tecidos coloridos e luzes suaves para transformar o espaço em um ambiente de folia.
· Colocar instrumentos musicais acessíveis, fantasias e máscaras ao alcance das crianças.
· Introdução com imagens e músicas:
· Mostrar imagens alegres de blocos de rua, passistas, carros alegóricos (sem excesso de informação).
· Conversar brevemente com frases simples: “Essa é uma festa com música, dança, cores e alegria!” “Cada um se fantasia como quiser, e todos dançam juntos!”
 - Marchinhas tradicionais (versão infantil):
· “Mamãe eu quero”
· “A jardineira”
· “Marcha do remador” (Dê preferência a versões instrumentais, com ritmo leve).
 - Sambas infantis:
· “Samba Lelê”
· “O cravo brigou com a rosa” (com ritmo de samba)
 - Som ambiente de bloco: – Utilize gravações de bloquinhos com sons suaves e alegres para ambientar a sala ou pátio.
- Ateliê de fantasias
· Tecidos de tule, TNT, fitas, lantejoulas, espelhos, colas.
· Crianças criam suas próprias "fantasias" com ajuda de adultos, escolhendo os materiais que querem colar, vestir ou usar.
· Máscaras em papel ou EVA com pintura livre e colagens.
.- Oficina de instrumentos
· Chocalhos com garrafinhas PET, potes com grãos, latas como tambores.
· As crianças exploram sons e ritmos, criando suas próprias "baterias" de Carnaval.
 - Baile de Carnaval
· Espaço para dançar com fitas, lenços, confetes e fantasias.
· Música tocando em ritmo alegre, com liberdade de movimento.
· As crianças dançam, pulam, observam ou tocam instrumentos – cada uma como quiser.
· 
- “Carnaval dos pequenos”
· Painel de fotos das crianças durante as brincadeiras carnavalescas;
· Máscaras e adereços confeccionados pelas crianças em exposição;
· Um “cantinho da folia” com vídeos curtos ou QR codes com os sons e músicas explorados;
2. Roda Musical: Samba “Histórias que cantam”
· Apresentar a história do samba de forma lúdica:
· “Essa é a música do povo que canta e dança com alegria!”
· Mostrar fotos antigas de blocos, rodas de samba, escolas desfilando.
· Cantar pequenos trechos de sambas conhecidos, como:
 "Trem das Onze" – Mostrar o som do trem com instrumentos.
 "Portela na Avenida" – Apresentar com fitas azuis e brancas.
 "Foi um rio que passou em minha vida" – Brincar com lenços azuis representando o rio.
- Oficina de Criação: “Mini Escola de Samba”
· Cada turma monta sua “ala” ou “escola”:
· Nome da escola inventado pelas crianças ou inspirado em personagens conhecidos.
· Confecção de adereços com ajuda dos adultos:
· Chapéus de malandro, saias de papel crepom, colares de contas, máscaras.
· Fantasia livre com tecidos coloridos, lenços, fitas, óculos engraçados.
- Oficina de Ritmos: "Bateria Mirim"
· Instrumentos musicais simples:
· Tambores com latas.
· Reco-reco com palitos de sorvete e lixas.
· Agogôs com tampinhas amarradas.
· Chocalhos com garrafas PET.
- Atividades de ritmo:
· Marcha lenta ao som de Cartola.
· Batida mais marcada com “Trem das Onze”.
· Estímulo ao movimento com sambas mais animados.
-Desfile das Crianças – “Sambinha na Avenida”
· “Sambódromo da creche” com passarela improvisada.
· Crianças desfilam em duplas ou grupos com as fantasias criadas.
· Ao fundo, tocar:
“Portela na Avenida”
“Foi um rio que passou”
“Samba de Verão” (versão instrumental)
· Adultos entram no clima com adereços para acompanhar.
 - Cantinho do Samba
· Exposição das fotos da semana com legendas simples:
“A turma da bateria mirim”
“Desfile do samba no pátio”
“Construindo instrumentos”
4- Festa do Peão – Cultura Caipira do Interior de São Paulo
· Criar um ambiente simples com palha, feno artificial, elementos de fazenda (de brinquedo), tecidos xadrez e chapéus.
· Levar imagens ou vídeos curtos (sem som alto) de cavalgadas, rodeios, vaquejadas (de forma lúdica e não violenta).
· Conversar de forma bem acessível: “Sabia que tem festa com cavalo, música animada e roupa de caubói?” “Vamos brincar de peão, cantar música de roça e fazer nossa própria fazendinha!”
Protagonismo: A criança escolhe com quais elementos quer brincar ou explorar (chapéu, cavalo, milho, música etc.);
· Explorar os objetos sensorialmente, com o corpo e os sentidos;
· Cria livremente sons, movimentos e brincadeiras com base em seu interesse.
 - Músicas caipiras e sertanejas leves (versões infantis ou instrumentais):
· “Boiadeiro”
· “Menino da porteira”
· “Moreninha linda”
· “O trem atrasou”
 - Brincadeiras com música:
· “O cravo brigou com a rosa” em ritmo de viola
· “O sapo não lava o pé” com sanfona ou violão
- Fazendinha sensorial
- Montar um cantinho com:
· Brinquedos de animais da roça (boi, cavalo, galinha);
· Texturas naturais como milho seco, palha, feno artificial, madeira;
· Panelinhas com grãos para manipular (milho, feijão, arroz colorido);
· Espaço para brincar com “faz-de-conta de fazenda”.
 Protagonismo: A criança escolhe os elementos que quer explorar, mistura os grãos, inventa sons dos animais e cria seu “mundo daroça”.
- Desfile dos peõezinhos
· Fantasias com coletes de TNT, chapéus de palha, lenços coloridos;
· Instrumentos sonoros como chocalhos, latas e reco-recos;
· Espaço aberto com música caipira suave para dança livre ou cavalgada de brinquedo, com cavalinho de madeira.
 Protagonismo: A criança decide se quer participar, como quer se vestir e com que instrumento vai brincar.
- Ateliê do peão
· Colagem de chapéus e cavalinhos de papel;
· Tinta guache para decorar ferraduras de papelão;
· Criação de bandeirinhas ou lenços com carimbos de batata ou de dedos.
Protagonismo: A criança pinta do seu jeito, com suas cores e formas, sem modelo pronto.
Exposição: “Peõezinhos na Roça”
· Cavalinhos de papel feitos pelas crianças pendurados no varal;
· Fotos dos momentos de brincadeira livre com a fazendinha;
· Chapéus decorados pelas crianças;
· Um pequeno espaço com “sons da roça” (músicas e sons dos animais) para as famílias ouvirem.
Região Sul 
Oktoberfest (Santa Catarina) Festa das cores, sabores e músicas alemãs
· Mostrar imagens e vídeos calmos com trajes típicos, música com acordeão, danças em roda;
· Falar com frases simples: “Essa festa é feita para celebrar a alegria dos imigrantes que vieram da Alemanha. Tem dança, roupa diferente, música divertida e cheirinho bom!”
· As crianças exploram livremente tecidos, músicas, objetos e comidas simbólicas da festa;
Músicas típicas com instrumentos folclóricos:
· Polcas e valsas infantis com acordeão e bandinha (versões suaves);
· Exemplo: músicas tradicionais tocadas pelas “bandas típicas” da Oktoberfest, como a "Bandinha do Caneco".
 Brincadeiras com música:
· Rodas com panos coloridos;
· Passinhos livres ao som da bandinha;
· Batidas leves com instrumentos de brinquedo.
Dança com lenços e saias
· Tecidos e saias rodadas de várias cores e tamanhos para brincar de girar, correr, dançar;
· Músicas animadas de bandinha.
Protagonismo: A criança decide o ritmo e a forma como quer dançar, girar ou apenas brincar com os tecidos.
- Culinária simbólica: cheiros e texturas
· Brincadeiras com massinha de pão, farinha, água, amido – simulando comidas típicas;
· Exploração de cheiros como cravo, canela, baunilha, simulando a doçaria típica da festa.
 Protagonismo: A criança explora livremente os ingredientes com as mãos, molda, mistura e sente os cheiros conforme sua curiosidade.
 - Ateliê de estampas e trajes
· Colagem com papéis decorados, tecidos xadrez e florais;
· Confecção de acessórios simples como tiaras, chapéus ou coletes com EVA.
 Protagonismo: A criança decide o que quer usar, pintar ou montar — sua “roupa típica” é como ela quiser.
- Bandinha da creche
· Instrumentos simples: chocalhos, tamborzinhos, reco-reco, sinos;
· Livre brincadeira de fazer sons inspirados na bandinha alemã.
 Protagonismo: A criança toca no seu tempo, escolhe o instrumento, cria os sons — é música do jeito dela!
- Exposição: “Nossa Oktoberfest”
· Mural com as produções livres das crianças: colagens, fotos, traços;
· Instalação com tecidos, cheiros e sons que remetam à festa;
· Apresentação espontânea de dança livre ou desfile com roupas criadas com as crianças (sem imposição de coreografia ou falas).
Ao invés de “ensinar” sobre a festa, deixe que as crianças a vivenciem com o corpo e os sentidos: dançar do seu jeito, girar tecidos, sentir cheiros e criar sons. Assim, elas constroem sentido e memória afetiva a partir da cultura celebrada, com respeito à sua autonomia e linguagem própria da infância.
2- Festa da Uva (Rio Grande do Sul ) - Uma celebração de sabores, cores e raízes
· Mostrar imagens da festa: parreirais, uvas, roupas típicas, carros alegóricos e danças;
· Conversar com frases simples: “Essa é uma festa que comemora a colheita da uva. Vamos brincar com as cores, o cheirinho e o gosto da uva?”
· Criar espaços de livre escolha e exploração sensorial;
· Permitir que as crianças criem seus próprios significados e formas de participação: sentindo, tocando, imitando, provando, observando;
· A escuta do adulto é ativa, valorizando os gestos, sons e expressões das crianças.
Músicas típicas italianas e da serra gaúcha:
· Tarantelas suaves, músicas folclóricas italianas com instrumentos como sanfona, violino, pandeiro;
· Sons de natureza (vento, folhas, colheita) para ambientação sensorial.
Atividades com música:
· Rodas de dança com tecidos verdes e roxos;
· Tocar sinos, tambores, garrafinhas com sementes (imitação da “colheita”).
Parreiral sensorial
· Tecidos verdes e roxos pendurados formando um "parreiral" acessível ao toque;
· Uvas de papel, EVA, tecido ou bexigas pequenas presas em barbante;
· Caixas com folhas secas e uvas artificiais para mexer.
 Protagonismo: A criança explora o ambiente com o corpo, descobre os elementos no seu ritmo e escolhe como brincar.
 - Prova da uva (degustação sensorial)
· Uvas frescas sem sementes e higienizadas;
· Bandejinhas para as crianças tocarem, cheirarem e provarem (caso já possam consumir);
· Alternativa: gelatina de uva, suco sem açúcar, tecidos roxos perfumados.
Protagonismo: A criança decide se quer tocar, provar, amassar ou apenas olhar a fruta.
. Pintura com uvas
· Uvas frescas ou de EVA para “carimbar” com tinta;
· Uso de papel branco grande ou tecido como fundo;
· Exploração livre com as mãos também.
 Protagonismo: A criança decide as cores, as marcas, o ritmo da criação – não há modelo.
 Mini desfile da colheita.
Roupas com tecidos florais, lenços, aventais (inspirados na cultura italiana);
Carrinho decorado como carro alegórico com uvas e folhas;
Crianças podem desfilar ou apenas brincar com os elementos.
Protagonismo: A criança decide se quer usar roupa, desfilar, puxar o carrinho ou apenas observar. Não
- Exposição: “Pequenos Colhedores”
· Varal com pinturas feitas com uvas ou tinta roxa;
· Instalação com tecidos, folhas, carretéis decorados, frutas de mentirinha;
· Vídeo ou fotos das crianças explorando o "parreiral" e a roda musical.
A Festa da Uva, quando apresentada com sensibilidade, permite trabalhar sabores, cheiros, cores e movimentos. As crianças pequenas não precisam entender a história da imigração — elas vivenciam os sentidos dessa cultura por meio de experiências que despertam prazer, curiosidade e pertencimento.
3- Dança da Fita
Materiais
· Um bastão central (pode ser cabo de vassoura preso em uma base ou segurado por um adulto);
· Fitas longas de cetim ou TNT coloridas (roxo, verde, branco, dourado);
· Música típica italiana (tarantela suave ou instrumental da serra gaúcha).
- Desenvolvimento da Atividade
· Posicione o bastão no centro do espaço (bem fixo ou segurado com segurança).
· Amarre as fitas coloridas na ponta do bastão, deixando-as penduradas até o chão.
· Convide as crianças para segurar as fitas livremente.
· Coloque a música ambiente e oriente, com gestos suaves, movimentos circulares, giros lentos, passos livres ao redor do bastão.
· A dança pode ser feita em roda, em dupla, ou com as crianças apenas observando e tocando as fitas.
Protagonismo e Escuta Ativa: A criança escolhe como participar: dançar, segurar, girar, observar, tocar ou apenas se movimentar ao redor.
O adulto observa, acompanha com escuta sensível e não impõe movimentos.
- Adaptação para bebês (0 a 1 ano)
· Fitas penduradas mais baixas para toque e manipulação;
· Dança pode ser feita no colo do adulto ao som da música;
· Fitas soltas para balançar no ritmo da música, promovendo contato visual, sensorial e afetivo.
	REGIÃO 
	ESCOLAS
	
Região Sudeste
Samba
Quadrilha
Congada
Folia de Reis
Carnaval 
Festa de Peão
	E. M. Clara de Castro Rogério
E.M. Joaquim Ribeiro de Carvalho
E.M. Prof.ª Ionyr Bastos Dias
E.M. Mª Aleluia B. Soares
E. M. Dejanira Passoni de Oliveira
	Região Norte
Festival de Parintins
Boi-bumbá
	
E. M. Sylla De Ururahy Macêdo
E. M. Valdivino Mendes
E. M. José Miguel Muahad
E.M .Profª Stella Fideles
	
Região Nordeste
Bumba meu boi
Festa de São João
Festa do Vaqueiro
Lavagem do Bonfim
	
E. M. Profª Zuleima Araújo
 E.M.. Ermyro Teixeira
E.M. Jésus F. Araújo 
E. M. Maria Amélia Calais
E. M. TancredoNeves
	
Região Centro-Oeste
Festival do Siriri e Cururu
Cavalhada
	
E.M. Zélia Barros Carneiro
E. M. Profª Edmen Germano
E.M. Alzira Lacerda
E.M. Irene P. D. Nunes
E.M. Terezinha Ribeiro
	Região Sul
Festa da uva (origem italiana)
Oktoberfest (origem alemã)
	
E. M. Ricardo Azevedo
E.M. Mª do Carmo Cerqueira
E.M. Mª Quitéria P. Schelb
E. M. Oduvaldo Aleixo
E. M. Aristóteles da Silva Braga
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