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Caderno_Kandisnky

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CCBB Educativo
Daniela Chindler
Ilustrações
Lula Palomanes
Ministério da Cultura apresenta
Banco do Brasil apresenta e patrocina
Daniela Chindler
Ilustrações
Lula Palomanes
Ministério da Cultura apresenta
Banco do Brasil apresenta e patrocina
Eu ainda era bem pequeno quando nos 
mudamos para a cidade de Odessa, na 
Ucrânia, um grande porto às margens 
do Mar Negro. Só tinha cinco anos 
quando meus pais se separaram e fui 
morar com a querida tia Elizaveta. Ela 
me ensinava música, alemão e contava 
muitas histórias. Tremia de medo com o 
conto da linda menina Vassilissa, pois 
sua madrasta malvada a mandou para a 
casa da bruxa Baba Yagá. Mas também 
morria de rir com o caso da panqueca 
fujona que saiu por aí rolando para que 
ninguém a comesse. E achava curiosa a 
lenda de como surgiu a Matrioska, vocês 
já devem ter visto, é aquela boneca que 
tem uma boneca dentro dela, que tem 
outra boneca dentro e mais outra... 
cada uma menor do que a anterior! 
Em Odessa, tive aulas de piano e violoncelo. Papai e mamãe, assim como eu, 
adoravam música. Também estudei desenho e me aventurei com tintas, pincéis 
e telas na adolescência. Sonhava em me tornar pintor, amava a pintura acima 
de tudo, mas achava que a arte era um luxo, não uma profissão. Por isso, fui 
estudar Economia e Direito na universidade. E minha vida seguiu em frente...
3
asci bem longe do Brasil, na Rússia, em 1866, há 
quase dois séculos! Sou moscovita, como mamãe. 
Moscovita pode até ser uma palavra engraçada, 
mas quem nasce em Moscou é chamado assim. 
Minha bisavó era princesa (acredita?) de um país 
vizinho, a Mongólia, e dizem que ela era muito 
linda. Papai nasceu em um vilarejo na Sibéria, perto 
da fronteira entre o Império Russo e o Império 
Chinês, e talvez por isso ele tenha se tornado um 
bem-sucedido mercador de chá. Dizem que na 
cidade de Xian, o imperador Shen-nong estava 
repousando sob uma árvore quando algumas 
folhas caíram em seu copo com água quente e 
coloriram o líquido com um tom castanho. Ao 
experimentar a bebida e descobrir que possuía um 
sabor aprazível, o imperador ensinou a receita aos 
seus súditos. Foi assim, há quase três mil anos, que 
esse soberano chinês inventou o chá que papai 
hoje vende.
N
2
Eu ainda era bem pequeno quando nos 
mudamos para a cidade de Odessa, na 
Ucrânia, um grande porto às margens 
do Mar Negro. Só tinha cinco anos 
quando meus pais se separaram e fui 
morar com a querida tia Elizaveta. Ela 
me ensinava música, alemão e contava 
muitas histórias. Tremia de medo com o 
conto da linda menina Vassilissa, pois 
sua madrasta malvada a mandou para a 
casa da bruxa Baba Yagá. Mas também 
morria de rir com o caso da panqueca 
fujona que saiu por aí rolando para que 
ninguém a comesse. E achava curiosa a 
lenda de como surgiu a Matrioska, vocês 
já devem ter visto, é aquela boneca que 
tem uma boneca dentro dela, que tem 
outra boneca dentro e mais outra... 
cada uma menor do que a anterior! 
Em Odessa, tive aulas de piano e violoncelo. Papai e mamãe, assim como eu, 
adoravam música. Também estudei desenho e me aventurei com tintas, pincéis 
e telas na adolescência. Sonhava em me tornar pintor, amava a pintura acima 
de tudo, mas achava que a arte era um luxo, não uma profissão. Por isso, fui 
estudar Economia e Direito na universidade. E minha vida seguiu em frente...
3
asci bem longe do Brasil, na Rússia, em 1866, há 
quase dois séculos! Sou moscovita, como mamãe. 
Moscovita pode até ser uma palavra engraçada, 
mas quem nasce em Moscou é chamado assim. 
Minha bisavó era princesa (acredita?) de um país 
vizinho, a Mongólia, e dizem que ela era muito 
linda. Papai nasceu em um vilarejo na Sibéria, perto 
da fronteira entre o Império Russo e o Império 
Chinês, e talvez por isso ele tenha se tornado um 
bem-sucedido mercador de chá. Dizem que na 
cidade de Xian, o imperador Shen-nong estava 
repousando sob uma árvore quando algumas 
folhas caíram em seu copo com água quente e 
coloriram o líquido com um tom castanho. Ao 
experimentar a bebida e descobrir que possuía um 
sabor aprazível, o imperador ensinou a receita aos 
seus súditos. Foi assim, há quase três mil anos, que 
esse soberano chinês inventou o chá que papai 
hoje vende.
N
2
Dias depois, assisti a uma ópera de Wagner, no Teatro Real de Moscou. A 
música me fez pensar no pôr do sol de Moscou, quando as cores se inflamam 
uma atrás da outra, antes de transformar a cidade numa mancha vermelha que 
soa como o acorde final de uma enorme orquestra. Foi aí que me dei conta de 
que a pintura é capaz de revelar sentimentos, assim como a música. 
Minha vida, então, tomaria outro rumo: eu seria pintor! 
55
Aos 23 anos, participei de uma expedição à província Vólogda, no norte da 
Rússia. Não podia saber que essa viagem me marcaria tanto. A quantidade de 
cores nas roupas e nos móveis dos camponeses me deu a sensação de 
caminhar dentro de uma pintura viva. Para não esquecer de nada, fiz um diário 
da viagem e nele fui desenhando detalhes decorativos das casas, além de 
objetos como colheres, cestas e baús. Também escrevi as canções e histórias 
que ouvi nas aldeias. Os contos de fadas que contavam lá me trouxeram 
lembranças da titia. Foi nessa época que comecei a colecionar brinquedos de 
madeira, rocas de fiar e os luboks – estampas com desenhos de camponeses, 
cenas religiosas e animais como serpentes e corujas. 
Acreditei que meu futuro estava decidido: seria professor de Direito. Mas, certa 
manhã, quando visitei a exposição de pintores impressionistas franceses em 
Moscou, tudo mudou... 
Os críticos de arte faziam pouco caso, diziam que os quadros impressionistas 
eram “meros borrões de tinta sobre a tela”. Imagina! Eles não entendiam que a 
pincelada precisava ser cada vez mais rápida para registrar a luz daquele 
momento; por isso a forma ia se perdendo aos poucos, restando apenas a cor. 
Não, claro que não era um borrão. Ao longo das estações do ano, Monet, por 
exemplo, que gostava de pintar ao ar livre, passava os dias no campo, da 
aurora até o cair da noite, pintando montes de feno. Para ele, a luz era algo 
mágico que tinha o poder de transformar as coisas. Um monte de feno sob a luz 
fria de uma madrugada de inverno definitivamente não era o mesmo monte de 
feno de uma tarde quente de verão. Monet, assim como outros impressionistas, 
estudava e percebia a variação da luz na cor. Naquela manhã, na exposição, ao 
ver um monte de feno pintado por Monet, entendi que a obra de arte não 
precisava se resumir a imitar a natureza. 
44
Dias depois, assisti a uma ópera de Wagner, no Teatro Real de Moscou. A 
música me fez pensar no pôr do sol de Moscou, quando as cores se inflamam 
uma atrás da outra, antes de transformar a cidade numa mancha vermelha que 
soa como o acorde final de uma enorme orquestra. Foi aí que me dei conta de 
que a pintura é capaz de revelar sentimentos, assim como a música. 
Minha vida, então, tomaria outro rumo: eu seria pintor! 
55
Aos 23 anos, participei de uma expedição à província Vólogda, no norte da 
Rússia. Não podia saber que essa viagem me marcaria tanto. A quantidade de 
cores nas roupas e nos móveis dos camponeses me deu a sensação de 
caminhar dentro de uma pintura viva. Para não esquecer de nada, fiz um diário 
da viagem e nele fui desenhando detalhes decorativos das casas, além de 
objetos como colheres, cestas e baús. Também escrevi as canções e histórias 
que ouvi nas aldeias. Os contos de fadas que contavam lá me trouxeram 
lembranças da titia. Foi nessa época que comecei a colecionar brinquedos de 
madeira, rocas defiar e os luboks – estampas com desenhos de camponeses, 
cenas religiosas e animais como serpentes e corujas. 
Acreditei que meu futuro estava decidido: seria professor de Direito. Mas, certa 
manhã, quando visitei a exposição de pintores impressionistas franceses em 
Moscou, tudo mudou... 
Os críticos de arte faziam pouco caso, diziam que os quadros impressionistas 
eram “meros borrões de tinta sobre a tela”. Imagina! Eles não entendiam que a 
pincelada precisava ser cada vez mais rápida para registrar a luz daquele 
momento; por isso a forma ia se perdendo aos poucos, restando apenas a cor. 
Não, claro que não era um borrão. Ao longo das estações do ano, Monet, por 
exemplo, que gostava de pintar ao ar livre, passava os dias no campo, da 
aurora até o cair da noite, pintando montes de feno. Para ele, a luz era algo 
mágico que tinha o poder de transformar as coisas. Um monte de feno sob a luz 
fria de uma madrugada de inverno definitivamente não era o mesmo monte de 
feno de uma tarde quente de verão. Monet, assim como outros impressionistas, 
estudava e percebia a variação da luz na cor. Naquela manhã, na exposição, ao 
ver um monte de feno pintado por Monet, entendi que a obra de arte não 
precisava se resumir a imitar a natureza. 
44
Aos 30 anos, arrumei minhas coisas e me mudei para a Alemanha, pois queria 
me dedicar ao estudo da pintura. O rei alemão Ludwig I havia inaugurado os 
primeiros museus públicos do Estado. Muitos artistas russos iam para Munique, 
que fica entre Moscou e Paris. Existiam muitas galerias na cidade, o que era ótimo 
para quem precisava de paredes para expor suas telas. Ainda bem que eu não 
tinha que me preocupar com o dinheiro para pagar as contas. Herdei um palácio 
em Moscou (muita sorte, não?) e recebia o aluguel de vários apartamentos.
Na primeira escola que frequentei, tinha que desenhar modelos vivos, pessoas 
posando imóveis, ali na nossa frente. Mas eu não queria uma pintura que fosse 
a reprodução do real, queria que ela “falasse” dos sentimentos do pintor e que 
quem olhasse a pintura também pudesse encontrar sentimentos escondidos 
dentro de si. Então, fugia das aulas e ia estudar pintura a óleo ao ar livre. 
Continuava pensando na música. Ela é imaterial, quer dizer, não conseguimos 
tocá-la, nem vê-la, apenas perceber suas vibrações e o que ela nos faz sentir. É 
como se eu estivesse à procura do som colorido. Por isso escrevi no livro Do 
Espiritual na Arte: a cor é um meio para exercer uma influência direta sobre a 
alma. A cor é a tecla; o olho, o martelo. A alma, o instrumento das mil cordas. E 
o que o artista faz? Ele é a mão que, ao escolher as cores, ao tocar nesta ou 
naquela tecla, como nas de um piano, consegue fazer vibrar a alma. A alma 
humana, quando tocada no seu ponto mais sensível, responde. 
7
Aos 30 anos, arrumei minhas coisas e me mudei para a Alemanha, pois queria 
me dedicar ao estudo da pintura. O rei alemão Ludwig I havia inaugurado os 
primeiros museus públicos do Estado. Muitos artistas russos iam para Munique, 
que fica entre Moscou e Paris. Existiam muitas galerias na cidade, o que era ótimo 
para quem precisava de paredes para expor suas telas. Ainda bem que eu não 
tinha que me preocupar com o dinheiro para pagar as contas. Herdei um palácio 
em Moscou (muita sorte, não?) e recebia o aluguel de vários apartamentos.
Na primeira escola que frequentei, tinha que desenhar modelos vivos, pessoas 
posando imóveis, ali na nossa frente. Mas eu não queria uma pintura que fosse 
a reprodução do real, queria que ela “falasse” dos sentimentos do pintor e que 
quem olhasse a pintura também pudesse encontrar sentimentos escondidos 
dentro de si. Então, fugia das aulas e ia estudar pintura a óleo ao ar livre. 
Continuava pensando na música. Ela é imaterial, quer dizer, não conseguimos 
tocá-la, nem vê-la, apenas perceber suas vibrações e o que ela nos faz sentir. É 
como se eu estivesse à procura do som colorido. Por isso escrevi no livro Do 
Espiritual na Arte: a cor é um meio para exercer uma influência direta sobre a 
alma. A cor é a tecla; o olho, o martelo. A alma, o instrumento das mil cordas. E 
o que o artista faz? Ele é a mão que, ao escolher as cores, ao tocar nesta ou 
naquela tecla, como nas de um piano, consegue fazer vibrar a alma. A alma 
humana, quando tocada no seu ponto mais sensível, responde. 
7
Depois dos estudos, fiz a pintura a óleo que chamei 
de Impressão III (Concerto). Não buscava pintar o 
que vi, nem traduzir para uma imagem a música que 
ouvi. O que pintei foi a impressão do que o concerto 
me fez sentir. A cor, para mim, é um meio para 
atingir a alma.
Infelizmente, Schönberg não estava na apresentação, 
mas enviei um presente pelo correio: uma pasta de 
gravuras. Schönberg também pintava, e assim 
começamos uma longa amizade. Depois do nosso 
primeiro encontro, fiz uma série de xilogravuras com 
poemas que chamei de Sons – nelas estavam 
cavaleiros, dragões, anjos e cidades nas colinas.
9
Foi em Munique que assisti ao concerto do compositor Arnold Schönberg. 
Complicado esse sobrenome alemão para quem é brasileiro, não é? A música 
desse concerto me marcou. Era isso! No dia seguinte, já comecei a desenhar. 
Primeiro, esbocei a sala do concerto em perspectiva. Dava para identificar o 
pianista, o piano de cauda, a plateia e o lustre do salão. No segundo esboço, 
mantive a referência a objetos reais, como o músico ao piano, o público e as 
luminárias, mas algumas figuras já estavam diluídas. Anotei em alemão as 
orientações de cor; aquela palavra gelb, no canto, é “amarelo”. Também 
indiquei o branco e o preto. 
8
Depois dos estudos, fiz a pintura a óleo que chamei 
de Impressão III (Concerto). Não buscava pintar o 
que vi, nem traduzir para uma imagem a música que 
ouvi. O que pintei foi a impressão do que o concerto 
me fez sentir. A cor, para mim, é um meio para 
atingir a alma.
Infelizmente, Schönberg não estava na apresentação, 
mas enviei um presente pelo correio: uma pasta de 
gravuras. Schönberg também pintava, e assim 
começamos uma longa amizade. Depois do nosso 
primeiro encontro, fiz uma série de xilogravuras com 
poemas que chamei de Sons – nelas estavam 
cavaleiros, dragões, anjos e cidades nas colinas.
9
Foi em Munique que assisti ao concerto do compositor Arnold Schönberg. 
Complicado esse sobrenome alemão para quem é brasileiro, não é? A música 
desse concerto me marcou. Era isso! No dia seguinte, já comecei a desenhar. 
Primeiro, esbocei a sala do concerto em perspectiva. Dava para identificar o 
pianista, o piano de cauda, a plateia e o lustre do salão. No segundo esboço, 
mantive a referência a objetos reais, como o músico ao piano, o público e as 
luminárias, mas algumas figuras já estavam diluídas. Anotei em alemão as 
orientações de cor; aquela palavra gelb, no canto, é “amarelo”. Também 
indiquei o branco e o preto. 
8
Na tela São Jorge (1), conto a história do 
santo em ritmo e cor. São Jorge, o 
dragão, o cavalo e a batalha estão na 
energia do movimento do pincel, 
expressa por manchas de cor, e em um 
triângulo comprido, que toca na parte 
inferior da composição. Nas manchas, 
ainda se distinguem as figuras da 
princesa e do cavaleiro derrotando o 
dragão. Mas, como os sons da música, o 
que eu queria era que as combinações e 
os contras tes de cor f i zessem o 
espectador mergulhar no seu próprio 
mundo de paixões e medos. 
As figuras não sumiram da minha pintura de uma 
hora para outra, foi devagarinho que as formas 
geométricas e as cores ocuparam todo o espaço das 
minhas telas. Um dia, já faz algum tempo, São Jorge 
entrou montado em seu cavalo nos meus desenhos, 
onde talvezele fique para sempre. Muitas vezes é 
fácil ver o cavaleiro, outras vezes ele está escondido.
Desde os tempos do czar Yaroslav – o Sábio, o povo 
russo venera São Jorge. Ele é o santo padroeiro dos 
príncipes, e sua imagem aparece no brasão e na 
moeda de Moscou. Vemos nele um guerreiro 
valente, defensor das nossas terras, protetor dos 
camponeses. Muitas casas têm imagens do cavaleiro 
Jorge matando um dragão com sua lança; é a vitória 
do bem e da fé sobre as forças do mal. 
10
Na tela São Jorge (1), conto a história do 
santo em ritmo e cor. São Jorge, o 
dragão, o cavalo e a batalha estão na 
energia do movimento do pincel, 
expressa por manchas de cor, e em um 
triângulo comprido, que toca na parte 
inferior da composição. Nas manchas, 
ainda se distinguem as figuras da 
princesa e do cavaleiro derrotando o 
dragão. Mas, como os sons da música, o 
que eu queria era que as combinações e 
os contras tes de cor f i zessem o 
espectador mergulhar no seu próprio 
mundo de paixões e medos. 
As figuras não sumiram da minha pintura de uma 
hora para outra, foi devagarinho que as formas 
geométricas e as cores ocuparam todo o espaço das 
minhas telas. Um dia, já faz algum tempo, São Jorge 
entrou montado em seu cavalo nos meus desenhos, 
onde talvez ele fique para sempre. Muitas vezes é 
fácil ver o cavaleiro, outras vezes ele está escondido.
Desde os tempos do czar Yaroslav – o Sábio, o povo 
russo venera São Jorge. Ele é o santo padroeiro dos 
príncipes, e sua imagem aparece no brasão e na 
moeda de Moscou. Vemos nele um guerreiro 
valente, defensor das nossas terras, protetor dos 
camponeses. Muitas casas têm imagens do cavaleiro 
Jorge matando um dragão com sua lança; é a vitória 
do bem e da fé sobre as forças do mal. 
10
Havia outros artistas que, como eu, achavam que a pintura não deveria se 
preocupar mais em reproduzir a forma perfeita do que existia. Desde os gregos, 
lá na Antiguidade Clássica, os artistas procuram reproduzir a natureza. Nós, 
não! Não queríamos olhar para o que é material, queríamos e precisávamos 
falar do mundo espiritual. Foi assim que surgiu o grupo Cavaleiro Azul.
O pintor alemão Franz Marc fundou comigo o grupo. Marc adorava pintar 
cavalos, e eu, a cor azul. Sinto que quanto mais profundo o azul se torna, mais 
intensamente ele chama o homem para o infinito. O azul é perfeito para nos 
levar ao mundo espiritual. 
No Cavaleiro Azul, estavam também o pintor suíço Paul Klee e meu grande 
amigo, o compositor e pintor Schönberg. Klee, aliás, viria a se tornar outro 
amigo da vida inteira, pois pensávamos de forma muito parecida. Ele dizia que 
a cor o possuía; por isso ele não precisava mais persegui-la, pois sabia que ela 
estava presa nele para sempre… A cor e ele eram um só. 
Organizamos duas exposições e publicamos um almanaque, misturando, ou 
melhor, juntando às nossas pinturas peças de grupos tribais, como esculturas 
da Ilha de Páscoa e bordados do Alasca. Não buscávamos o desenho perfeito, 
nem a cópia fiel. Acreditávamos que as respostas para esse mundo espiritual 
que procurávamos alcançar podiam estar também no desenho intuitivo de 
uma criança ou em uma máscara do demônio do Sri Lanka. O Cavaleiro Azul 
era nosso guerreiro e curador que vinha nos libertar.
Foi então, em 1914, que a Primeira Guerra Mundial teve início. Marc, o pintor 
de cavalos, morreu em um campo de batalha nada azul. E eu voltei para a 
Rússia, mas meu cavaleiro continuou dentro de mim.
12
Havia outros artistas que, como eu, achavam que a pintura não deveria se 
preocupar mais em reproduzir a forma perfeita do que existia. Desde os gregos, 
lá na Antiguidade Clássica, os artistas procuram reproduzir a natureza. Nós, 
não! Não queríamos olhar para o que é material, queríamos e precisávamos 
falar do mundo espiritual. Foi assim que surgiu o grupo Cavaleiro Azul.
O pintor alemão Franz Marc fundou comigo o grupo. Marc adorava pintar 
cavalos, e eu, a cor azul. Sinto que quanto mais profundo o azul se torna, mais 
intensamente ele chama o homem para o infinito. O azul é perfeito para nos 
levar ao mundo espiritual. 
No Cavaleiro Azul, estavam também o pintor suíço Paul Klee e meu grande 
amigo, o compositor e pintor Schönberg. Klee, aliás, viria a se tornar outro 
amigo da vida inteira, pois pensávamos de forma muito parecida. Ele dizia que 
a cor o possuía; por isso ele não precisava mais persegui-la, pois sabia que ela 
estava presa nele para sempre… A cor e ele eram um só. 
Organizamos duas exposições e publicamos um almanaque, misturando, ou 
melhor, juntando às nossas pinturas peças de grupos tribais, como esculturas 
da Ilha de Páscoa e bordados do Alasca. Não buscávamos o desenho perfeito, 
nem a cópia fiel. Acreditávamos que as respostas para esse mundo espiritual 
que procurávamos alcançar podiam estar também no desenho intuitivo de 
uma criança ou em uma máscara do demônio do Sri Lanka. O Cavaleiro Azul 
era nosso guerreiro e curador que vinha nos libertar.
Foi então, em 1914, que a Primeira Guerra Mundial teve início. Marc, o pintor 
de cavalos, morreu em um campo de batalha nada azul. E eu voltei para a 
Rússia, mas meu cavaleiro continuou dentro de mim.
12
Ah! Esqueci de contar, mas até aqui já havia me casado duas vezes: primeiro, 
com uma prima russa chamada Anja e, depois, com a pintora alemã Gabriele 
Münter. Meu terceiro casamento, que durou o resto da minha vida, começou 
de um jeito bem diferente: me apaixonei por uma voz ao telefone e pintei Para 
uma voz desconhecida. A dona da voz se chamava Nina. Insisti até convencê-la 
a me encontrar, e aí foi “Era uma vez” e “Viveram felizes para sempre”.
Os anos que vivi na Rússia junto com outros artistas que estavam pensando uma 
nova forma de pintar fizeram com que meu estilo mudasse. Fui gostando cada 
vez mais das formas geométricas. Se antes as paisagens e as referências da minha 
Rússia querida, como as cúpulas das igrejas, os santos, os cavaleiros e as árvores, 
apareciam se dissolvendo em manchas, agora as figuras haviam desaparecido, e 
as formas geométricas sem nenhuma ligação com o mundo, os triângulos, os 
círculos, os quadrados e as linhas tomavam conta de todo o espaço na tela.
15
Na Rússia, era um tempo de grandes mudanças. Quem reinava era um 
imperador, que nós chamamos de czar. A grande maioria da população do 
império era formada por camponeses que precisavam pagar impostos altos aos 
cofres imperiais. Muitos camponeses foram para as cidades trabalhar nas 
fábricas como operários, mas continuavam ganhando quase nada. Quando a 
Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial, faltou comida nas cidades e a 
situação piorou. Em 1917, a revolução começou. O czar, que havia tomado 
decisões ruins para a maioria das pessoas, foi deposto e, mais tarde, executado. 
Sua esposa, suas quatro filhas e seu filho ficaram presos em casa, mas depois 
também foram mortos. Há quem diga, porém, que uma das filhas, a princesa 
Anastácia, fugiu e nunca mais ninguém soube dela. 
Com a Revolução Russa, perdi a fortuna que minha família havia deixado de 
herança, e o palácio em Moscou foi confiscado. Fui morar em um apartamento 
no quinto andar. Mas não me faltava trabalho, era um governo do povo, e os 
artistas, no início, foram convidados a ajudar na reconstrução da Rússia. 
Tornei-me diretor do sistema de museus, responsável por criar novos espaços, 
reformar os antigos museus e cuidar da compra de obras de pintores 
modernos. Recebi também muitas encomendas, desenhei até a decoração de 
um jogo de pires, xícaras, pratos e bule de chá para a fábrica de cerâmica do 
Estado. Como antes os pratos de porcelana tinham desenhos de flores, animais 
e pessoasvestindo roupas elegantes, todos acharam uma novidade o meu 
desenho abstrato nas xicrinhas.
14
Ah! Esqueci de contar, mas até aqui já havia me casado duas vezes: primeiro, 
com uma prima russa chamada Anja e, depois, com a pintora alemã Gabriele 
Münter. Meu terceiro casamento, que durou o resto da minha vida, começou 
de um jeito bem diferente: me apaixonei por uma voz ao telefone e pintei Para 
uma voz desconhecida. A dona da voz se chamava Nina. Insisti até convencê-la 
a me encontrar, e aí foi “Era uma vez” e “Viveram felizes para sempre”.
Os anos que vivi na Rússia junto com outros artistas que estavam pensando uma 
nova forma de pintar fizeram com que meu estilo mudasse. Fui gostando cada 
vez mais das formas geométricas. Se antes as paisagens e as referências da minha 
Rússia querida, como as cúpulas das igrejas, os santos, os cavaleiros e as árvores, 
apareciam se dissolvendo em manchas, agora as figuras haviam desaparecido, e 
as formas geométricas sem nenhuma ligação com o mundo, os triângulos, os 
círculos, os quadrados e as linhas tomavam conta de todo o espaço na tela.
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Na Rússia, era um tempo de grandes mudanças. Quem reinava era um 
imperador, que nós chamamos de czar. A grande maioria da população do 
império era formada por camponeses que precisavam pagar impostos altos aos 
cofres imperiais. Muitos camponeses foram para as cidades trabalhar nas 
fábricas como operários, mas continuavam ganhando quase nada. Quando a 
Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial, faltou comida nas cidades e a 
situação piorou. Em 1917, a revolução começou. O czar, que havia tomado 
decisões ruins para a maioria das pessoas, foi deposto e, mais tarde, executado. 
Sua esposa, suas quatro filhas e seu filho ficaram presos em casa, mas depois 
também foram mortos. Há quem diga, porém, que uma das filhas, a princesa 
Anastácia, fugiu e nunca mais ninguém soube dela. 
Com a Revolução Russa, perdi a fortuna que minha família havia deixado de 
herança, e o palácio em Moscou foi confiscado. Fui morar em um apartamento 
no quinto andar. Mas não me faltava trabalho, era um governo do povo, e os 
artistas, no início, foram convidados a ajudar na reconstrução da Rússia. 
Tornei-me diretor do sistema de museus, responsável por criar novos espaços, 
reformar os antigos museus e cuidar da compra de obras de pintores 
modernos. Recebi também muitas encomendas, desenhei até a decoração de 
um jogo de pires, xícaras, pratos e bule de chá para a fábrica de cerâmica do 
Estado. Como antes os pratos de porcelana tinham desenhos de flores, animais 
e pessoas vestindo roupas elegantes, todos acharam uma novidade o meu 
desenho abstrato nas xicrinhas.
14
Dizem que eu sou o inventor da arte abstrata. Sou mesmo, não sou? Abstrato 
vem do latim abstraho e quer dizer “se separar de”. Uma pintura abstrata não 
representa nada da realidade que nos cerca, não mostra paisagens, cenas ou 
personagens. 
Na Rússia, fui um dos fundadores do Instituto de Cultura Artística de Moscou – 
o Inkhuk –, a nova academia de artes russa, e desenvolvi um projeto para 
ensinar aos alunos os efeitos emotivos das obras. Mas os meus colegas não 
entenderam a proposta, o que me deixou bastante chateado. Então, em 1921, 
surgiu a oportunidade de voltar para a Alemanha e organizar uma nova escola 
de arte chamada Bauhaus. E eu fui.
O nome Bauhaus vem do verbo bauen (construir) e do substantivo haus (casa). 
A ideia da escola era do arquiteto Walter Gropius e juntava as figuras do artista e 
do artesão. Nas aulas, eram ensinadas coisas importantes para o escultor, para 
o pintor e para o arquiteto e, nos laboratórios, os estudantes experimentavam o 
que tinham aprendido. 
Fui escolhido para dar aula de teoria e pintura mural. Estava bem contente 
porque queria criar obras grandes onde seria possível caminhar dentro. Já 
tinha pintado quatro telas grandes para a entrada do apartamento do fundador 
da Chevrolet, em Nova York. Eram quatro para que o visitante fosse cercado 
por elas e se sentisse mergulhado nas cores.
Recebi a tarefa de fazer um projeto de hall de entrada para um museu de arte. 
O projeto seria apresentado em uma exposição em Berlim. Meus alunos me 
ajudaram e pintamos telas imensas, com linhas e formas coloridas sobre um 
fundo preto. Parecia uma sinfonia alegre... assim como a vida até 1933. Foi 
nesse ano que Adolf Hitler chegou ao poder e mandou fechar a escola.
17
Dizem que eu sou o inventor da arte abstrata. Sou mesmo, não sou? Abstrato 
vem do latim abstraho e quer dizer “se separar de”. Uma pintura abstrata não 
representa nada da realidade que nos cerca, não mostra paisagens, cenas ou 
personagens. 
Na Rússia, fui um dos fundadores do Instituto de Cultura Artística de Moscou – 
o Inkhuk –, a nova academia de artes russa, e desenvolvi um projeto para 
ensinar aos alunos os efeitos emotivos das obras. Mas os meus colegas não 
entenderam a proposta, o que me deixou bastante chateado. Então, em 1921, 
surgiu a oportunidade de voltar para a Alemanha e organizar uma nova escola 
de arte chamada Bauhaus. E eu fui.
O nome Bauhaus vem do verbo bauen (construir) e do substantivo haus (casa). 
A ideia da escola era do arquiteto Walter Gropius e juntava as figuras do artista e 
do artesão. Nas aulas, eram ensinadas coisas importantes para o escultor, para 
o pintor e para o arquiteto e, nos laboratórios, os estudantes experimentavam o 
que tinham aprendido. 
Fui escolhido para dar aula de teoria e pintura mural. Estava bem contente 
porque queria criar obras grandes onde seria possível caminhar dentro. Já 
tinha pintado quatro telas grandes para a entrada do apartamento do fundador 
da Chevrolet, em Nova York. Eram quatro para que o visitante fosse cercado 
por elas e se sentisse mergulhado nas cores.
Recebi a tarefa de fazer um projeto de hall de entrada para um museu de arte. 
O projeto seria apresentado em uma exposição em Berlim. Meus alunos me 
ajudaram e pintamos telas imensas, com linhas e formas coloridas sobre um 
fundo preto. Parecia uma sinfonia alegre... assim como a vida até 1933. Foi 
nesse ano que Adolf Hitler chegou ao poder e mandou fechar a escola.
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Nasci na Rússia, quando ainda era um império, e morei em mais dois 
países. Ia ser professor de Direito, mas virei pintor. Fui chamado de louco e 
hoje sou reconhecido como o mestre que inaugurou o abstracionismo, 
uma das maiores revoluções de todos os tempos na história da arte. Acho 
que valeu a pena!
Este é o ponto final desta história escrita. Na linguagem, o ponto é um símbolo 
de interrupção. O ponto separa duas frases, é a união da palavra com o 
silêncio. Eu pego esse ponto e o transporto para a pintura. Aqui ele é o começo.
19
Infelizmente, a Alemanha havia se tornado uma ditadura, não era mais um 
lugar para mim. O título da minha última obra alemã foi Desenvolvimento em 
marrom, por causa dos soldados das tropas nazistas de Hitler que vestiam 
camisas beges. Os nazistas não gostavam da minha obra, achavam-me maluco 
e perigoso. Eu, um homem de 67 anos que pintava formas coloridas e 
geométricas era perigoso... Dizer o quê? Novamente arrumei minhas malas, 
mas desta vez fui para Paris e lá fiquei. 
18
Nasci na Rússia, quando ainda era um império, e morei em mais dois 
países. Ia ser professor de Direito, mas virei pintor. Fui chamado de louco e 
hoje sou reconhecido como o mestre que inaugurou o abstracionismo, 
uma das maiores revoluções de todos os tempos na história da arte. Acho 
que valeu a pena!
Este é o ponto final desta história escrita. Na linguagem, o ponto é um símbolo 
de interrupção. O ponto separa duas frases, é a união da palavra com o 
silêncio. Eu pego esse ponto e o transporto para a pintura.Aqui ele é o começo.
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Infelizmente, a Alemanha havia se tornado uma ditadura, não era mais um 
lugar para mim. O título da minha última obra alemã foi Desenvolvimento em 
marrom, por causa dos soldados das tropas nazistas de Hitler que vestiam 
camisas beges. Os nazistas não gostavam da minha obra, achavam-me maluco 
e perigoso. Eu, um homem de 67 anos que pintava formas coloridas e 
geométricas era perigoso... Dizer o quê? Novamente arrumei minhas malas, 
mas desta vez fui para Paris e lá fiquei. 
18
Patrocínio
Banco do Brasil
Produção
Sapoti Projetos Culturais
Coordenação Geral
Daniela Chindler
Coordenação de Produção
Fernanda Saul
Flavia Rocha
Gabriela da Fonseca
Administrativo
Cristiane Leal dos Santos
Caderno
Texto
Daniela Chindler
Pesquisa
Arte A Produções
Adriana Xerez
Daniela Chindler 
Colaboração
Alexandre Diniz
Gabriela da Fonseca
Luciana Chen
Revisão de Texto
Flavia Rocha 
Marcela Lima
Ilustrações
Lula Palomanes
Projeto Gráfico
André Ferreira Lima
Exposição CCBB Brasília
Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto
12/11/2014 - 12/01/2015 
Exposição CCBB Rio de Janeiro
Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto
28/01/2015 - 30/03/2015 
Exposição CCBB Belo Horizonte
Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto
15/04/2015 - 22/06/2015 
Exposição CCBB São Paulo
Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto
09/07/2015 - 28/09/2015
Curadoria
Evgenia Petrova
Joseph Kiblitsky
Produção 
Arte A Produções
Direção Geral 
Rodolfo de Athayde
Coordenação Geral
Ania Rodríguez
Gerenciamento de Projeto 
Jennifer McLaughlin
Assistente de Produção 
Monique Santos
Legendas:
Pág. 08 - Esboço para Impressão III (Concerto)
 Janeiro, 1911
Pág. 08 - Esboço para Impressão III (Concerto)
 3 de janeiro, 1911
Pág. 09 - Impressão III (Concerto), 1911
Pág. 11 - São Jorge (1), 1911
 Óleo sobre tela 
 107 x 95,2 cm
 Museu Estatal Russo
Pág. 19 - No branco, 1920
 Óleo sobre tela
 138 x 95 cm
 Museu Estatal Russo
Ilustrações baseados nas obras:
Capa - Linha Transversal, 1926
 Óleo sobre tela
Pág. 13 - Máscara Ritual do Demônio da Doença
 (Mahacola-sanni-yaksaya)
 Sri Lanka, madeira pintada, 120 x 79,8 cm
Pág. 13 - Cavaleiro Azul, 1903
 Óleo sobre tela
Patrocínio
Banco do Brasil
Produção
Sapoti Projetos Culturais
Coordenação Geral
Daniela Chindler
Coordenação de Produção
Fernanda Saul
Flavia Rocha
Gabriela da Fonseca
Administrativo
Cristiane Leal dos Santos
Caderno
Texto
Daniela Chindler
Pesquisa
Arte A Produções
Adriana Xerez
Daniela Chindler 
Colaboração
Alexandre Diniz
Gabriela da Fonseca
Luciana Chen
Revisão de Texto
Flavia Rocha 
Marcela Lima
Ilustrações
Lula Palomanes
Projeto Gráfico
André Ferreira Lima
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Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto
12/11/2014 - 12/01/2015 
Exposição CCBB Rio de Janeiro
Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto
28/01/2015 - 30/03/2015 
Exposição CCBB Belo Horizonte
Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto
15/04/2015 - 22/06/2015 
Exposição CCBB São Paulo
Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto
09/07/2015 - 28/09/2015
Curadoria
Evgenia Petrova
Joseph Kiblitsky
Produção 
Arte A Produções
Direção Geral 
Rodolfo de Athayde
Coordenação Geral
Ania Rodríguez
Gerenciamento de Projeto 
Jennifer McLaughlin
Assistente de Produção 
Monique Santos
Legendas:
Pág. 08 - Esboço para Impressão III (Concerto)
 Janeiro, 1911
Pág. 08 - Esboço para Impressão III (Concerto)
 3 de janeiro, 1911
Pág. 09 - Impressão III (Concerto), 1911
Pág. 11 - São Jorge (1), 1911
 Óleo sobre tela 
 107 x 95,2 cm
 Museu Estatal Russo
Pág. 19 - No branco, 1920
 Óleo sobre tela
 138 x 95 cm
 Museu Estatal Russo
Ilustrações baseados nas obras:
Capa - Linha Transversal, 1926
 Óleo sobre tela
Pág. 13 - Máscara Ritual do Demônio da Doença
 (Mahacola-sanni-yaksaya)
 Sri Lanka, madeira pintada, 120 x 79,8 cm
Pág. 13 - Cavaleiro Azul, 1903
 Óleo sobre tela
CCBB . Informações e Agendamentos: - . bb.com.br/culturaRio de Janeiro Rua Primeiro de Março, 66 Centro CEP 20010-000, RJ (21) 3808 2070 ou 3808 2254 De segunda a sexta, das 9h às 17h 
CCBB EDUCATIVO – 1º andar - Serviço de transporte gratuito para escolas públicas e ONGs . Distribuição de senhas 30 minutos antes das atividades na bilheteria. Recomendação etária a partir de 05 anos.
Central de Atendimento BB: 4004 0001 (capitais) 0800 729 0001 . SAC: 0800 729 0722 . Ouvidoria BB: 0800 729 5678 . Deficiente auditivo ou de fala: 0800 729 0088
Realização
Material 
elaborado 
para 
distribuição 
gratuita.
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