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Técinicas comportamentais e cognitivas

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FACULDADE ASSIS GURGACZ
ANA PAULA ZAWOSKI GOMES
JEFERSON LANG
TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS E COGNITIVAS
CASCAVEL
2015
FACULDADE ASSIS GURGACZ
ANA PAULA ZAWOSKI GOMES
JEFERSON LANG
TÉCNICAS COMPORTAMENTAIS E COGNITIVAS
Trabalho apresentado para a disciplina de Psicoterapia técnicas, aplicações e intervenções: Abordagem Cognitiva, do curso de Psicologia 8º Período, da Faculdade Assis Gurgacz.
Professor: Juliano Farias Nascimento
CASCAVEL
2015�
SUMÁRIO
31 TECNICA COMPORTAMENTAL	�
52 TECNICA COGNITIVA	�
74 REFERÊNCIA	�
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1 TECNICA COMPORTAMENTAL
	A terapia comportamental utiliza como uma de suas técnicas a FAP (Functional Analytic Psychotherapy) e foi criada e desenvolvida por Mavis Tsai e Robert J. Kohlenberg.. 	É importante ressaltar que o destaque da psicoterapia se da por meio dos CRBs - Clinically Relevant Behavior ou Comportamento Clinicamente Relevante.
	Na FAP o cliente apresenta em sessão, na relação com seu terapeuta, problemas funcionalmente semelhantes aos que apresenta em seus relacionamentos diários, a vivência interpessoal profunda neste relacionamento oferece ao cliente oportunidades de aprendizagem ao vivo, que o ajudam a crescer e superar seus problemas no cotidiano. 
	Oportunidades de aprendizagem ao vivo surgem do relacionamento terapêutico quando o cliente emite comportamentos clinicamente relevantes em relação ao terapeuta. 	Estes são momentos em que o comportamento pode ser modelado diretamente a partir dos efeitos que têm sobre o relacionamento. Nessa técnica comportamental, utilizam-se conceitos como: modelagem, reforço, punição, discriminação, generalização para entender a própria relação terapêutica e utiliza-a como instrumento de mudança terapêutica.
	A FAP compreende os comportamentos do cliente e também do terapeuta como sendo modelados pelas contingências de reforçamentos de relações passadas, ou seja, estímulos atuais evocam comportamentos funcionalmente semelhantes aos evocados previamente. Isso quer dizer que ainda que o comportamento do cliente em sessão seja diferente dos comportamentos externos a sessão em sua forma, possivelmente será igual ou semelhante em relação às consequências que o mantém (função).
	É curioso observar que apesar do cliente construir vínculos em seus relacionamentos, ele mantém certa distancia e frieza, que evita que entre em contato com emoções muito intensas, além de evitar suas reações explosivas, não recebendo assim as punições que recebia no passado.
	Estes comportamentos são indicados pela sigla CRB (Clinically Relevant Behavior) e são divididos em três categorias:
CRB1: Problemas do cliente que ocorrem na sessão. A terapia deve levar à diminuição destes comportamentos por meio de evocação e modelagem de modos alternativos de agir. 
São comportamentos "problemas", ou seja, aqueles que geram sofrimentos e que ocorre durante a sessão, o ideal é que esses comportamentos sejam evocados durante a sessão para que o terapeuta não tenha uma escuta punitiva. 
Geralmente, o cliente, em sua vida cotidiana, tende a se esquivar ou fugir, não reagindo de forma adequada. 
Quando o individuo não tem como fugir da situação e o terapeuta não tem essa escuta punitiva, ele faz com que o cliente tenha outras formas de reagir durante aquela situação, sempre com a ajuda do terapeuta, e de forma não diretiva, para que o próprio cliente consiga resolver a situação e que não fique dependente do terapeuta.
CRB2: Progressos do cliente que ocorrem na sessão. São comportamentos com baixa ocorrência no início da terapia e que serão alvos de reforçamento por caracterizar melhoras ao vivo no relacionamento com o terapeuta.
Quando o individuo começa a responder de forma mais adequada, a partir disso, o terapeuta reforça esses comportamentos de forma natural para aumentar a sua frequência.
Reforços arbitrários tendem a não generalizar para o ambiente fora da sessão, porém, às vezes é necessário para que algo que não é reforçador se torne com o tempo. 
CRB3: Refere-se às falas do cliente sobre suas dificuldades, seus progressos e as suas causas. Inclui as interpretações que o próprio cliente faz dos seus comportamentos durante a interação com o terapeuta.
Algumas pessoas que emitem CRB3 sabe analisar o comportamento, mas não emite CRB2, em outras palavras, ela sabe a função das causas do comportamento mas não sem comporta de maneira adequada a situação. 
	As ações do terapeuta são: notar, evocar, responder e interpretar os comportamentos clinicamente relevantes do cliente. Estas atuações afetam os comportamentos do cliente através de três funções de estímulo: Em primeiro lugar, o que o terapeuta faz pode funcionar como estímulo discriminativo, isto é, pode propiciar uma situação na qual é mais provável que ocorram certos comportamentos do cliente. Em segundo lugar, pode ter uma função eliciadora (evocando respostas emocionais, sensações, imagens ou pensamentos). Finalmente, as ações do terapeuta podem funcionar como reforçadores, isto é, consequências que aumentam a ocorrência de certo comportamento do cliente.
	Na FAP, o modo de ajudar o cliente é por meio destas diferentes funções das ações do terapeuta durante a sessão. Logo, o primeiro objetivo terapêutico é construir um relacionamento genuíno e intenso para que os problemas-alvo do cliente realmente ocorram dentro da sessão, para serem trabalhados ao vivo.
	Os procedimentos de avaliação na FAP para gerar hipóteses clínicas e monitorar os progressos do cliente são os mesmos usados por terapeutas cognitivo-comportamentais: entrevistas, autorrelatos, questionários e registros. Durante todo o tratamento, a FAP utiliza técnicas vivenciais e exercícios de contato emocional, como também destaca a expressão honesta pelo terapeuta dos seus sentimentos em relação ao cliente, com o intuito de intensificar o relacionamento terapêutico e torná-lo um lugar de aprendizagem genuíno. Suas estratégias de intervenção são colocadas na forma de regras para o terapeuta: observar atentamente o comportamento do cliente para intervir no momento certo; criar condições para evocar os comportamentos "disfuncionais" e as oportunidades de aprendizagem; reforçar os progressos do cliente quando ocorrem ao vivo em situação de consultório; observar quais os aspectos da pessoa do terapeuta ou quais ingredientes da sua maneira de estar junto ao cliente que são reforçadores para os comportamentos do cliente; compartilhar com o cliente suas interpretações de variáveis que afetam o seu comportamento.
	Durante toda a sessão, o terapeuta procura detectar comportamentos que são relacionados ao transtorno para o qual o cliente procurou o tratamento. 
2 TECNICA COGNITIVA
	Uma técnica muito eficiente na Terapia Cognitiva é o questionamento socrático, que se baseia na prática do diálogo disciplinado e consciente. Este método surgiu por meio de Sócrates, filósofo conceituado da Grécia antiga. Sócrates acreditava que a pratica disciplinada do questionamento consciente permitia ao aluno estudar ideias de maneira lógica para determinar sua validade.
	O Questionamento Socrático é um dos procedimentos mais utilizados para auxiliar o cliente a realizar descobertas sobre a estrutura do seu pensamento, para leva-los a modificar suas crenças rígidas sobre si mesmo, os outros e o ambiente. Na Terapia Cognitiva, o terapeuta não tenta convencer o paciente de que os pensamentos estão incorretos. O terapeuta, através de questionamentos, conduz o paciente para que ele mesmo faça esta descoberta, buscando explorar os conceitos através dos quais a situação é interpretada bem como as evidências que apoiam os conteúdos cognitivos.
	Esta técnica ocorre por meio de simples questionamentos, normalmente, são feitas perguntas com respostas abertas, e conforme o desenrolar da terapia, o terapeuta vai permitindo a possibilidade de flexibilização. 
	O método de questionamento socrático é uma boa maneira de explorarideias a fundo. Nesse método, o profissional expressa ignorância sobre o assunto para manter um diálogo com o seu cliente. E com essa técnica, o cliente é instigado a investigar seu próprio pensamento, com isso, o cliente acaba transmitindo pontos de vista específicos, crenças, distorções cognitivas, pensamentos automáticos disfuncionais, podendo identificá-los e avalia-los de maneira mais pragmática.
	Diferentes tipos de perguntas podem ser utilizadas nos questionamentos socráticos, de acordo com o tipo de necessidade que se apresenta na Terapia.
4 REFERÊNCIA
Kohlenberg, R.J, e Tsai, M. PSICOTERAPIA ANALÍTICA FUNCIONAL: CRIANDO RELAÇÕES TERAPÊUTICAS INTENSAS E CURATIVAS. São Paulo, Editora Esetec, 2001.
BECK, J.S TERAPIA COGNITIVA: TEORIA E PRÁTICA. Porto Alegre, Editora: Artmed, 1997, p348.

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