Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE DE SAÚDE E HUMANIDADES IBITURUNA- FASI CURSO DE PSICOLOGIA - ESTÁGIO CLÍNICO I - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO PRECEPTORA: MAÍRA PRATES E SILVA NOME: THAÍS MONIELLY SOUSA RIBEIRO FAP PSICOTERAPIA ANALÍTICA FUNCIONAL: CRIANDO RELAÇÕES TERAPÊUTICAS INTENSAS E CURATIVAS A FAP (psicoterapia analítica funcional) possui fundamentos baseados na obra de B. F. Skinner e apresenta técnicas diferentes das terapias comportamentais tradicionais, quanto ao lidar com habilidades sociais, reestruturação cognitiva, dessensibilização e terapia sexual. A FAP se destaca por ser concordante as expectativas dos clientes. O Behaviorismo Radical advém de histórico de críticas sendo taxado como simplista e bastante rejeitado. O Behaviorismo Radical é uma teoria rica e profunda que procura chegar às raízes do comportamento humano, por isso a origem do termo radical do latim radix que significa “raiz”. Lapsos verbais, o inconsciente, espiritualidade e metáforas são exemplos de temas que têm sido discutidos pelo Behaviorismo Radical. Uma das características dessa teoria se baseia na natureza contextual acerca do conhecimento da realidade, isso implica dizer que os terapeutas estão interessados na história e o ambiente imediato daquele que percebe. Outra característica da filosofia do Behaviorismo Radical consiste na explicação da ação humana em função do seu comportamento, e não algo de dentro do cérebro. Skinner faz objeção as coisas mentais, não as coisas privadas, pois estão sujeitos aos mesmos estímulos discriminativos e reforçadores que afetam todos os comportamentos. Assim, ocorre uma busca por “variáveis de controle”,ou seja, a relação entre um comportamento e variáveis de controle é chamada de “relação funcional” e a tentativa sistemática de descrever as relações funcionais é chamada de “análise funcional do comportamento”. O suporte teórico da FAP se encontra no interesse da análise experimental do comportamento centrada no reforçamento, especificação dos comportamentos clinicamente relevantes e na generalização. O conceito de reforçamento é funcional, ou seja, algo pode ser considerado reforçador se depois de sua apresentação surtir efeito de aumentar ou diminuir a força do comportamento que o antecedeu. O reforçamento natural é contingente a uma classe ampla de respostas, enquanto o reforçamento arbitrário especifica um desempenho estreito de determinada resposta. Os comportamentos clinicamente relevantes (CRB) são os observados na relação cliente-terapeuta e a generalização corresponde aos ganhos terapêuticos para a vida cotidiana do cliente. A aplicação clínica da FAP parte das ações do terapeuta tratar de afetar o cliente através de três funções de estímulo: 1) discriminativa; 2) eliciadora e 3) reforçadora. O estímulo discriminativo se refere às circunstâncias externas que reforçam e controlam a maior parte de nosso comportamento (comportamento operante). Um comportamento eliciado é o de reflexo e involuntário (comportamento respondente) e a função reforçadora se refere às consequências que afetam comportamento. Mediante esse modo de atuação, três comportamentos do cliente que podem acontecer durante a sessão e de relevância denominados comportamentos clinicamente relevantes (CRB) são: CRB1=Problemas do cliente que ocorrem na sessão (exemplo: um homem com ansiedade para falar, “congela” e não consegue se comunicar com o terapeuta durante a sessão), CRB2=Progressos do cliente que ocorrem na sessão e CRB3=Interpretação do comportamento segundo o cliente. A avaliação inicial da FAP não difere da rotina dos demais terapeutas clínicos. Assim que o terapeuta já tem uma ideia (após entrevistas, auto-relato, questionário, registros e gerar hipóteses das variáveis independentes etc) sobre o problema e as variáveis de controle, o terapeuta hipotetiza que um CRB1 estaria ocorrendo em dado momento ou apresenta uma situação que supostamente possa evocar um CRB1, e a partir disso aplica-se a técnica terapêutica das cinco regras. As regras da FAP são sugestões para o comportamento do terapeuta. Uma vez que o início da terapia, parte do tempo é destinada a coleta de dados da história de vida e na descrição dos problemas do cliente. A adesão às regras da FAP poderia conduzir a identificação e utilização de uma oportunidade terapêutica durante a sessão. Sendo assim as cinco regras da FAP são: Regra 1: Prestar atenção aos CRBs; Regra 2: Evocar CRBs; Regra 3: Reforçar CRB2s (através de abordagens diretas e indiretas); Regra 4: Observe os efeitos potencialmente reforçadores do comportamento do terapeuta em relação aos CRBs do cliente e por fim a Regra 5: Forneça interpretações de variáveis que afetam o comportamento do cliente. Outro ponto da avaliação se refere às especificações das relações funcionais, na qual o repertório verbal a ser desenvolvido pelo terapeuta envolve afirmações durante as sessões por meio dos símbolos Sd R-->Sr (Sd= estímulo discriminativo ou antecedência sobre a história de R e Sr é o reforçamento ou efeito da resposta no ambiente) e na ênfase nos processos comportamentais, como uma estratégia geral que o terapeuta reinterpreta as afirmações do cliente em termos de relação funcional, uma história de aprendizagem e comportamento, e ao enfatizar a história reduz a importância de entidades mentalistas o que é importante para o cliente, pois ele dirige sua atenção a fatores que acabam gerando intervenções terapêuticas. REFERÊNCIAS KOHLENBERG, R. J.; TSAI, M. Psicoterapia analítica funcional: Criando relações terapêuticas intensas e curativas. Santo André: ESETec, 2006.
Compartilhar