Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Relatório da aula prática 2 
Microbiologia – 16/08/2025 
Polo: Nova Friburgo 
Aluna: Michele Grativol Tardem 
Matricula: 22112020050 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
A microbiologia é um campo da ciência que estuda os micróbios e suas interações com o 
ambiente. Os micróbios são seres vivos unicelulares (bactérias, fungos, algas e limos), que 
habitam o planeta Terra há cerca de 3,9 bilhões de anos e foram os responsáveis pelas mudanças 
na atmosfera que possibilitou o estabelecimento de novos ecossistemas. 
Apesar de muitas vezes estarem associados a doenças, os micróbios desempenham papéis 
fundamentais para a manutenção da vida no planeta. Eles participam de processos ecológicos 
essenciais, como o ciclo de nutrientes, a produção de alimentos fermentados, a síntese de 
antibióticos e até a biotecnologia moderna, sendo indispensáveis tanto para a saúde humana 
quanto para o equilíbrio ambiental. 
A atividade prática foi dividida em atividades distintas. Na primeira atividade foi ressaltada a 
importância de uma boa higienização das mãos, através de uma atividade lúdica. A segunda 
parte foi direcionada ao método de coloração de Gram. A terceira atividade foi sobre a 
proliferação de micróbios, no caso fungos, na presença de umidade. 
Objetivos 
A prática teve como objetivo destacar a importância da higienização das mãos, explorar a 
diversidade microbiana presente em diferentes ambientes e aplicar a técnica de coloração de 
Gram para distinguir bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. A proposta incluiu 
demonstrar como a remoção total de contaminantes é difícil mesmo após a lavagem, observar 
microrganismos em distintas amostras e compreender o papel do sabão neutro na 
desestabilização das membranas celulares, ressaltando sua eficácia na limpeza. Também buscou 
relacionar o crescimento de fungos em pães com a influência da umidade e das condições de 
higiene. 
Matérias utilizados: 
• Guache azul; 
• Lâminas de microscópio; 
• Microscópio óptico; 
• Violeta genciana; 
• Lugol; 
• Cotonetes; 
• Água; 
• Sabão neutro; 
• Óleo vegetal; 
• Água; 
• Fatias de pão; 
• Saquinhos plásticos para incubação; 
• Recipientes limpos; 
• Pipetas; 
• Frascos para manipulação de líquidos; 
• Isqueiro; 
Metodologia 
Atividade 1- Higienização das mãos 
Para a realização da atividade 1 foi utilizado tinta guache azul, sabão neutro em barra e água 
corrente. 
Foi aplicado tinta guache nos braços de dois alunos, até a altura dos cotovelos, logo em seguida 
os alunos foram vendados e tiveram que se lavar com o sabão, retirando o máximo possível do 
guache sem estar vendo. 
Ao longo da atividade foi discutido a importância de bons métodos para higienização das mãos, 
a dificuldade de realmente está lavando as mãos e eliminando todos os resíduos utilizando 
apenas água e sabão e como é difícil fazer uma higienização completa quando não estamos 
vendo os agentes contaminantes, como ocorre com os micróbios. 
Resultados e Discussão 
Foi abordado também a importância da utilização do sabão e do detergente na higienização, 
uma vez que, o sabão e o detergente atuam sobre bactérias e alguns vírus, pois possuem 
moléculas anfipáticas, capazes de interagir tanto com a água quanto com lipídios. Essa 
característica permite que desestabilizem a membrana celular bacteriana e o envelope lipídico 
de vírus envelopados, levando à perda de integridade estrutural e, consequentemente, à 
inativação desses microrganismos. Além disso, promovem a remoção mecânica de sujeira e 
biofilmes, arrastando micróbios junto com a água durante a higienização. 
 
 
Atividade 2 e 3- Método de coloração de Gram 
Metodologia: 
Na atividade 2, foram utilizados um tubo de ensaio, água, óleo vegetal, violeta genciana e lugol. 
Inicialmente, adicionou-se água ao tubo até atingir aproximadamente 3 cm de altura. Em 
seguida, acrescentou-se óleo vegetal, formando uma segunda camada de cerca de 1 cm. Após 
essa etapa, foram adicionadas duas gotas de violeta genciana, o tubo foi tampado e agitado, 
permitindo a observação da dispersão do corante nas diferentes fases. Por fim, adicionaram-se 
duas gotas de lugol, repetindo-se o processo de agitação para avaliar a interação das substâncias 
com as soluções presentes no tubo. 
Resultados e Discussão 
Após a adição da violeta genciana e a agitação do tubo, observou-se que o corante se concentrou 
na camada de óleo, evidenciando seu caráter hidrofóbico e afinidade com substâncias lipídicas. 
Já a adição do lugol, seguida de nova agitação, mostrou que este corante se dispersou 
preferencialmente na camada aquosa, demonstrando sua natureza hidrofílica. 
A atividade evidenciou, por meio da interação de substâncias hidrofílicas e hidrofóbicas, como 
diferentes compostos se distribuem entre fases aquosas e lipídicas. Esse princípio está 
diretamente relacionado à técnica de coloração de Gram, que se baseia nas diferenças estruturais 
das paredes bacterianas e em sua afinidade por determinados corantes, permitindo diferenciá-
las em Gram-positivas e Gram-negativas. 
 
Atividade 3 
Metodologia 
Na atividade 3, foi utilizada uma amostra da mucosa oral, coletada com auxílio de um cotonete 
estéril. O material coletado foi transferido para uma lâmina de microscopia, onde as bactérias 
foram fixadas cuidadosamente com o calor da chama de um isqueiro, evitando a destruição 
celular. Em seguida, procedeu-se à coloração de Gram: inicialmente, aplicou-se violeta 
genciana sobre todo o esfregaço, deixando-o em contato por 1 minuto. Após escorrer o excesso 
do corante, adicionou-se lugol, também por 1 minuto. Na etapa seguinte, realizou-se a 
descoloração com álcool, removendo o excesso. Por fim, as lâminas foram analisadas ao 
microscópio óptico, permitindo a observação das diferenças de coloração entre as bactérias 
presentes na amostra. 
Resultados e Discussão 
A análise microscópica evidenciou bactérias com coloração arroxeada, classificadas como 
Gram-positivas, devido à espessa camada de peptidoglicano em sua parede celular, que retém 
o cristal violeta mesmo após a descoloração com álcool. Também foram observadas bactérias 
com coloração avermelhada, típicas de Gram-negativas, cuja parede celular mais delgada e a 
presença de uma membrana externa lipídica dificultam a retenção do cristal violeta, permitindo 
que se corem pelo contraste. 
Os resultados demonstram, de forma prática, o princípio fundamental da técnica de Gram: a 
resposta diferenciada das bactérias ao processo de coloração, em função da composição de suas 
paredes celulares. Essa distinção não apenas possibilita a classificação bacteriana, mas também 
tem grande relevância clínica, já que a identificação de Gram-positivas ou Gram-negativas 
orienta decisões diagnósticas e terapêuticas, incluindo a escolha adequada de antibióticos. 
 
Atividade 4 
Metodologia 
Para a realização da atividade 4, foram utilizados dois pequenos pedaços de pão, água e 
saquinhos plásticos transparentes. Um dos pedaços de pão foi umedecido com água, enquanto 
o outro permaneceu seco, servindo como controle. Cada pedaço foi colocado separadamente 
em um saquinho transparente e fechado para evitar contaminação externa direta. Os saquinhos 
foram mantidos em temperatura ambiente e observados diariamente durante aproximadamente 
7 dias. 
Resultados e Discussão 
As observações focaram na presença de alterações visíveis nos pães, como o surgimento de 
micróbios, crescimento de fungos e possíveis colônias bacterianas, que indicam a formação de 
biofilmes sobre a superfície do pão. 
A partir do terceiro dia, o pedaço de pão umedecido apresentou sinais visíveis de crescimento 
microbiano, fungos, caracterizados por manchas esbranquiçadas e posteriormente esverdeadas, 
típicas de bolores. Já o pão seco manteve sua aparência inalterada ao longo de toda a semana, 
sem sinais de colonização microbiana. 
Os resultados obtidos demonstram quea umidade é um fator crítico para o desenvolvimento 
microbiano. A presença de água no pão umedecido criou condições ideais para a adesão inicial 
de microrganismos à superfície, permitindo a formação de biofilmes. Biofilmes são 
comunidades microbianas organizadas em uma matriz extracelular que protege os 
microrganismos contra fatores adversos, como variações ambientais e desinfetantes. O 
crescimento observado do fungo indica que este tipo de microrganismo é capaz de colonizar 
rapidamente superfícies úmidas, enquanto o pão seco ofereceu condições desfavoráveis para a 
proliferação microbiana, mantendo-se inalterado. Esse experimento evidencia a importância de 
fatores ambientais, como umidade, na dinâmica de colonização e formação de biofilmes, um 
conceito central em microbiologia e em processos de deterioração de alimentos. 
 
Conclusão 
As atividades práticas realizadas permitiram compreender de forma integrada conceitos 
fundamentais da microbiologia. A higienização das mãos evidenciou a dificuldade de eliminar 
completamente micróbios, destacando a importância do sabão e do detergente na remoção 
mecânica e química de micróbis e biofilmes. A técnica de coloração de Gram mostrou-se eficaz 
para diferenciar bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, reforçando como a estrutura da 
parede celular influencia a resposta ao corante. Por fim, a observação do crescimento 
microbiano em pedaços de pão destacou o papel crítico da umidade na formação de biofilmes 
e proliferação de fungos. O conjunto das atividades evidenciou que fatores ambientais, 
interações químicas e estruturais das células microbianas são determinantes na dinâmica da 
colonização e sobrevivência de micróbios, reforçando a importância de práticas de higiene, 
controle de umidade e compreensão da microbiologia aplicada à vida cotidiana e à saúde. 
 
 
Referências Bibliográficas 
CERDERJ. Módulo de Microbiologia – Vol. 1. Centro de Referência em Educação a 
Distância do Estado do Rio de Janeiro, 2019. 
SHAPIRO, B. J. & KOLTER, R. 10% Humano: Como os Micróbios Moldam Nosso 
Corpo e Nosso Mundo. São Paulo: Editora Intrínseca, 2018.

Mais conteúdos dessa disciplina