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RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO FARMACIA MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS NOME DO ALUNO: AGUINALDO PERPETUO BERNARDINELLI RA: 2006250 POLO: SÃO JOSE DO RIO PRETO/ERCÍLIA DATA: 04/06/2022. INTRODUÇÃO Em nosso dia a dia, e onde quer que estejamos, estamos sempre cercados por microrganismos, que podem nos trazer benefícios ou, então, serem bastante indesejados. Saber lidar com esses seres minúsculos deve ser o grande diferencial dos profissionais da área da saúde. A deterioração dos alimentos ocorre naturalmente por ação dos microrganismos que utilizam os nutrientes ali presentes como fonte de energia, sendo, portanto, elementos imprescindíveis para o crescimento celular. Ao se desenvolverem em um determinado alimento, os microrganismos desencadeiam modificações de cor, odor, sabor, textura e aspecto. Essas características representam o resultado não apenas da multiplicação indesejada do microrganismo em questão, mas também de transformações químicas influenciadas pelos seus produtos metabólicos. A deterioração microbiana é uma questão bastante preocupante para as indústrias do ramo, já que grandes perdas econômicas são relatadas anualmente. (ARANDA, SABO, 2021) Uma importante área da microbiologia de alimentos que veremos em aula é a contagem de bactérias heterotróficas da água, que são genericamente definidas como microrganismos que requerem carbono orgânico como fonte de nutrientes, fornece informações sobre a qualidade bacteriológica da água de uma forma ampla. O teste inclui a detecção, inespecífica, de bactérias ou esporos de bactérias, sejam de origem fecal, componentes da flora natural da água ou resultantes da formação de biofilmes no sistema de distribuição. Servindo, portanto, de indicador auxiliar da qualidade da água, ao fornecer informações adicionais sobre eventuais falhas na desinfecção, colonização e formação de biofilmes no sistema de distribuição. (DOMINGUES, et al, 2007) A presença de microrganismos nos alimentos está quase sempre associada a doenças, no entanto, é preciso sempre lembrar que existem muitas espécies de microrganismos que são utilizadas para se produzir alimentos, com especial destaque à espécie de levedura Saccharomyces cerevisiae, para a produção de cervejas e de pão. As bactérias lácteas também merecem o devido destaque, visto que sem elas não teríamos o queijo e nem o iogurte que consumimos diariamente. (ARANDA, SABO, 2021). Exemplificando que tais conclusões foram possíveis, pelo alto desenvolvimento científico de estudos na área de microbiologia, principalmente dos alimentos, o que permitiu desenvolver propriedades nutricionais e sensoriais de cada alimento. No trabalho serão abordados pontos relevantes sobre a produção de alimentos, utilizando se do pressuposto das estratégias utilizadas para aumentar a estabilidade e duração dos produtos alimentícios, bem como sua segurança microbiológica, que abrange a manutenção das propriedades nutricionais e sensoriais, e consequentemente sua durabilidade, prazo de validade e que incluem a aplicação de diversos métodos de conservação que têm por objetivo evitar as alterações indesejáveis, sejam elas de origem microbiana, enzimática, física ou química. Em função da tecnologia empregada, pretende-se que os alimentos se conservem pelo maior tempo possível, evitando as perdas decorrentes, através de procedimentos que utilizam microrganismos para conservação de alimentos. Aula 1 Roteiro 1 - Determinação de alguns fatores intrínseco em alimentos Objetivo: analisar dois fatores intrínsecos muito determinantes para a caracterização de um alimento: a atividade de água e a presença de substâncias, naturalmente, antimicrobianas. A - Análise da atividade de água (Aa): Foi preparado, 3 dessecadores adicionando, a cada um deles, uma das soluções saturada de sal a seguir. É importante reforçar que seja selecionado sais com valores bem distintos de Aa. 1 - Hidróxido de potássio (KOH) Aa = 0,08 2 - Brometo de sódio (NAB¹) Aa = 0,58 3 - Sulfato de sódio (Na2SO4) Aa = 0,93 Utilizou-se 3 béqueres de 50 ml, anotando as respectivas massas, adicionou a cada um destes béquer, 5 g de um determinado alimento, foi utilizado o café, foi colocado em cada um dos dessecadores, já contendo uma das soluções saturadas de sal, um dos conjuntos de béquer + amostra. Conta do café - (M1) M1= 35,36 + 5gr = 40,36 M1= 41,45 + 5gr = 46,45 M3= 37,37 + 5gr = 42,37 Conta do café – (M2) M1 = 51,58 M2 = 46,74 Na2SO4 M3 = 42,60 M2 – M1 M1 = 41,58 – 40,36 = 1,22 (quantidade de água que evaporou) M2 = 0,29 M3 = 0,23 Aa é a disponibilidade da água suscetível a ocorrer uma reação química, a bactéria também consome nutrientes de alimentos e isso gera uma reação química, quanto mais a Aa, mais o risco de contaminação microbiana. Quando um ambiente fica úmido, ele influencia na Aa do alimento, pois o alimento absorve a umidade, e com isso há aumento da Aa. B - Avaliação de substâncias antimicrobianas Em uma placa de Petri, contendo o meio de cultura BHI, semeamos, com o auxílio de uma alça estéril, uma solução contendo a bactéria conhecida: Staphylococcus aureus previamente crescido em meio de cultura líquido BHI, fizemos movimentos em ziguezague de forma que toda a superfície da placa foi coberta com a solução da bactéria em questão. Maceramos, em gral e pistilo o alho. Colocamos uma pequena porção das amostras de alimento sob a superfície do meio de cultura sólido cultivado com Staphylococcus aureus: Alguns alimentos utilizados nesta prática, inibiram o crescimento da cepa indicadora utilizada, pois houve ação bactericida natural, que foi o caso do alho. Observamos que a presença de substância antimicrobiana natural foi possível observar apenas no alho, pois contém alicina (substância rica em compostos sulfurados). Foi incubado em estufa a 35°C - 37°C. Alho Formação de halo de inibição cândida Formação de halo de inibição Sim Sim O alho, além de ação antimicrobiana, é antioxidante e anti-inflamatório, capaz de tratar infecção por fungos ou pressão alta. (ZANIN, 2021). Aula 1 Roteiro 2 - Produção de iogurte Objetivo: observar o processo de fermentação (nomenclatura usada em indústria de fermentação: mosto, inóculo, vinho, uso ou não de oxigênio). Discutir a fermentação lática. Para o primeiro processo de fermentação, adicionamos 2% (2gr) de açúcar refinado a um frasco de iogurte 150gr e colocado na estufa a 37 °C, por 1 hora, para a ativação dos microrganismos presentes no frasco. Em um béquer, colocado 750 mL de leite para aquecer a 80 °C, durante 15 minutos, e resfriado, rapidamente, em banho de água fria (o aquecimento e resfriamento rápido é para um procedimento de pasteurização em pequena escala). Separamos 100 mL de leite pasteurizado em béquer (ainda quente) para dissolver 5g de gelatina completamente. Para o segundo passo do processo de fermentação, foi colocado no leite sacarose a 10% e adicionado 40g de iogurte ativado (inóculo) quando a temperatura chegou a cerca de 40ºC. Alimentos como o iogurte ou o leite fermentado, por exemplo, são produtos metabólicos produzidos em uma fermentação láctica, onde, há o processo de pasteurização, que consiste em aquecer o produto em uma determinada temperatura, por um certo tempo e logo após resfriá-lo. Este processo reduz o número de micro-organismos que são nocivos para o organismo humano. Os produtos lácteos sofrem pasteurização e não podem ser esterilizados em autoclave, pois ocorre a desnaturação da proteína. Observação após 2 dias Caracterização das Propriedades Cor AmareladoOdor Característico Textura Consistente Sabor Não avaliado O Iogurte teve resultado satisfatório em todos requisitos (cor, sabor, odor e textura) Na fermentação lática, o NADH transfere seus elétrons diretamente para o piruvato, gerando ácido lático (C3H6O3) como subproduto. Esse tipo de fermentação é realizado por bactérias que fermentam o leite, gerando produtos como iogurtes, que tem o sabor levemente azedo devido ao ácido lático Aula 2 Roteiro - 1 Destilação de garapa fermentada Objetivo: entender o processo de fermentação alcoólica. Comparar as várias fermentações alcoólicas: álcool combustível, pinga, cachaça, vinho e cerveja. Utilizou-se suporte universal, termómetro, rolha, condensador, balão de destilação, manta de aquecimento, frasco coletor,1 litro de garapa, 1 pacote de levedura, com o aquecimento o componente liquido se transforma em vapor, o vapor entra no condensador, o vapor é convertido em liquido, e o liquido é destilado no frasco coletor. Removemos uma pequena quantidade do material retido na garrafa que acomodou a garapa e checamos a presença de leveduras, colocamos uma amostra em uma lâmina + azul de metileno + lamínula, realizando a análise em microscópio óptico. O destilador faz com que a água, com o aquecimento, sofra ebulição, passando para o estado de vapor. Esse vapor é condensado, formando a água destilada. A solução, sendo destilada, precisa parar a destilação quando a temperatura atinge 100ºC, pois, quando se atinge essa temperatura a destilação para. É possível determinar a graduação alcoólica do produto obtido na destilação da garapa fermentada com um alcoômetro (ou densímetro), onde se utiliza um termômetro com chumbo e mede-se sempre com um padrão de temperatura a 20°C. O objetivo da aula foi alcançado pois deixou claro o processo de fermentação alcoólica, que é necessário para haver a destilação, e em um frasco ficou a cachaça e em outro o melaço. Aula 3 e Roteiro 1 - Análise Microbiológica da água: contagem padrão de bactérias heterotróficas por pour plate Objetivo: realizar o método de contagem microbiana, precisamente as bactérias aeróbias mesófilas, em amostras de água utilizando-se de técnicas de semeadura em profundidade (pour plate), além de saber interpretar os resultados obtidos, levando-se em consideração os parâmetros nacionais para a potabilidade de água. Contagem padrão de bactérias heterotróficas, fizemos todo o procedimento proposto no roteiro. Ao final do período de incubação, fazer a contagem das colônias com o auxílio de um contador de colônias. Aprendemos o método de contagem de colônias de bactérias e técnicas de semeadura por profundidade, interpretamos os resultados. No controle da qualidade da água, quando forem detectadas amostras com resultado positivo para coliformes totais, mesmo em ensaios presuntivos, ações corretivas devem ser adotadas e novas amostras devem ser coletadas em dias imediatamente sucessivos até que revelem resultados satisfatórios. Aula 3 Roteiro 2 - Análise microbiológica da água: detecção de coliformes fecais Objetivo: mostrar ao aluno a técnica de detecção de amostras de coliformes fecais em água. Inoculado uma série de 3 tubos contendo 10mL (concentração dupla), 9mL e 9,9mL do meio Caldo Lauril Triptose com respectivamente, 10mL de água, 1mL de água e 0,1mL de caldo BHI de Staphylococcus aureus. Incubado a 37°C. Tivemos um teste positivo, pois ficou turvo e soltou gases, indicando a presença de bactérias intestinais. Discutimos sobre a possível presença de Staphylococcus aureus, que é uma bactéria do grupo dos cocos gram-positivos que faz parte da microbiota humana, mas que pode provocar doenças que vão desde uma infecção simples, como espinhas e furúnculos, até as mais graves, como pneumonia, meningite, endocardite, síndrome do choque tóxico e septicemia, entre outras, por isso a importância da detecção e controle da presença desses microrganismos patogênicos na água. As condições de moradia, como: esgoto a céu aberto, gado, e saneamento básico influenciam diretamente na contaminação. Aula 4 Roteiro 1 - Análise microbiológica de leites Objetivo: realizar a determinação do número de bactérias mesófilas em leite pasteurizado utilizando a técnica de semeadura de superfície. Fizemos todo o procedimento proposto no roteiro, O objetivo da aula foi atingido, praticamos a técnica de semeadura de superfície, determinamos e identificamos as bactérias mesófilas, que crescem no leite, e aprendemos a contagem das colônias com o auxílio de um contador de colônias. Tais bactérias, crescem em meios anaeróbios, ou seja, fora da presença de oxigênio. Quando as contagens de bactérias passam de 1.000.000 é padronizado com “número incontável”, caso de um valor mais baixo, fazemos o nº de colônia / volume da amostra transferida para a placa. Aula 4 Roteiro – 2 Coloração de Gram Objetivo: A avaliação da morfologia microbiana é muito importante para a execução da maior parte dos exames microbiológicos. A coloração de Gram também deve ser revisada, dada a sua grande importância no diagnóstico clínico das amostras microbiológicas. Em uma lâmina, pingamos uma gota de solução salina estéril, recolhemos uma colônia pré-cultivada com uma alça bacteriológica e colocamos a colônia selecionada junto à lâmina. Fixamos o esfregaço no calor, cobrimos o esfregaço com cristal de violeta por 1 minuto. Lavamos o esfregaço com água corrente removendo o excesso de corante, cobrimos o esfregaço com lugol por 1 minuto; descoramos com álcool acetona até remover o excesso de corante, cobrir o esfregaço com safranina por 30 segundos, lavamos e aguardamos secar. A técnica de coloração de gram é a mais usada na microbiologia. O método consiste em tratar sucessivamente um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com os reagentes cristal violeta, lugol, etanol-acetona e fucsina básica. As bactérias que adquirem a coloração azul violeta são chamadas de Gram-positivas e aquelas que adquirem a coloração vermelha são chamadas de Gram-negativas. Na observação microscópica pós coloração o material a observar deve ser previamente fixado, o que facilita a observação de bactérias, uma vez que têm reduzidas dimensões, fraco contraste e algumas refringências e mobilidade. A fixação é a coagulação do protoplasma bacteriano com o mínimo de deformação e sua colagem à lâmina. Como exemplos de agentes fixadores temos o calor (que foi utilizado na aula), o formol e o éter. A coloração recorre do uso de corantes e permite aumentar o contraste e evidenciar a estrutura bacteriana. REFERÊNCIAS ARANDA, Kátia R. S.; SABO, Sabrina S. Microbiologia de alimentos. 1ed. São Paulo: Editora Sol, 2021. DOMINGUES, Vanessa O.; et al; Saúde, Santa Maria, vol 33, n 1: p 15-19, 2007. https://www.infoescola.com/microbiologia/metodos-fisicos-de-controle-demicroorgani smos/#:~:text=Este%20m%C3%A9todo%20foi%20desenvolvido%20por, mas%20n% C3%A3o%20assegura%20sua%20esteriliza%C3%A7%C3%A3o Acesso em: 01/06/2022 PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011, Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html Acesso em: 02/06/2022 http://www.provida.ind.br/site/index.php/bacterias/bacterias/122-tecnica-de- gram.html Acesso em: 01/06/2022 http://www.provida.ind.br/site/index.php/bacterias/bacterias/122-tecnica-de-gram.html http://www.provida.ind.br/site/index.php/bacterias/bacterias/122-tecnica-de-gram.html
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