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Cartilha Informativa – Neoplasias Benignas e Malignas
Público-alvo: Profissionais da Saúde (Laboratórios de Patologia)
1. Introdução
Saber diferenciar tumores benignos e malignos é fundamental para os profissionais da saúde, especialmente os que atuam em patologia. Essa diferenciação impacta diretamente no prognóstico, na escolha do tratamento e no suporte adequado ao paciente e sua rede de apoio. Esta cartilha tem por objetivo apresentar, de forma clara, técnica e didática, os principais critérios utilizados para essa diferenciação.
2. Nomenclatura
A nomenclatura é um dos primeiros indícios da natureza do tumor:
	Tipo de Tumor
	Terminação Comum
	Exemplos
	Benigno
	-oma
	Lipoma, Adenoma, Fibroma
	Maligno
	-carcinoma / -sarcoma
	Carcinoma hepatocelular, Sarcoma ósseo
Atenção: Alguns tumores com sufixo "-oma" são malignos, como melanoma, linfoma e seminoma.
3. Aspectos Clínicos
	Característica
	Tumor Benigno
	Tumor Maligno
	Crescimento
	Lento
	Rápido e descontrolado
	Invasão de tecidos adjacentes
	Ausente
	Presente
	Metástase
	Não ocorre
	Comum, por via sanguínea ou linfática
	Recorrência
	Rara
	Frequente, especialmente se remoção incompleta
	Sinais sistêmicos
	Geralmente ausentes
	Podem ocorrer: febre, emagrecimento, anemia
4. Aspectos Morfológicos
A análise microscópica permite observar diferenças marcantes entre neoplasias benignas e malignas:
	Característica
	Tumor Benigno
	Tumor Maligno
	Delimitação
	Bem delimitado, geralmente encapsulado
	Pouco delimitado, infiltrativo
	Diferenciação celular
	Bem diferenciadas (semelhantes ao tecido original)
	Pouco diferenciadas ou anaplásicas
	Pleomorfismo
	Mínimo
	Marcante (variação no tamanho e forma das células)
	Mitose
	Rara e típica
	Frequente e muitas vezes atípica
	Arquitetura tecidual
	Preservada
	Desorganizada
5. Métodos Diagnósticos
O diagnóstico preciso depende de uma combinação de técnicas:
· Exame Anatomopatológico (biópsia): Padrão-ouro. Avaliação histológica do tecido tumoral.
· Citopatologia: Exame de células isoladas (ex: PAAF).
· Imuno-histoquímica: Identifica marcadores específicos, diferencia linhagens celulares.
· Exames de Imagem: Radiografia, tomografia, ressonância e PET-CT ajudam a avaliar a extensão e agressividade.
· Biologia Molecular: Detecção de mutações, rearranjos genéticos ou alterações epigenéticas.
6. Considerações Finais
A identificação correta de uma neoplasia como benigna ou maligna é determinante para o sucesso terapêutico e prognóstico do paciente. Por isso, a correlação entre aspectos clínicos, morfológicos e moleculares é indispensável. Espera-se que esta cartilha funcione como um guia rápido e útil na rotina dos laboratórios de patologia.
Referências (ABNT)
ROBBINS, Stanley L. et al. Patologia: bases patológicas das doenças. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021.
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Patologia estrutural e funcional. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
WHO CLASSIFICATION OF TUMOURS. Tumours of the Digestive System. Lyon: IARC, 2019.
MANUAL MSD. Neoplasias. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt. Acesso em: abr. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA. Neoplasias. Disponível em: https://www.sbp.org.br. Acesso em: abr. 2025.

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