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Biologia do Desenvolvimento Bibliografia basica: Biologia do desenvolvimento / Scott F. Gilbert. -- 5. ed. -- Ribeirão Preto, SP : FUNPEC Editora, 2003. Dra. Rubiani de Cassia Pagotto Depto. Biologia- UNIR Aula 11 • Recomenda-se ao aluno a leitura do Moore • Malformações congênitas ou defeitos de nascimento – Anormalidade do desenvolvimento presentes no nascimento. Ex. lábio leporino. • Diferenciação do sexo Classificação das anomalias congênitas • Sistema que classifica os defeitos do desenvolvimento levando em conta o início da lesão, possível etiologia e patogenia; • 4 tipos de anomalias com importancia clinica – Malformação • Defeito morfologico de um orgão ou parte de um orgão ou região de tamanho maior do corpo que procede de um processo de desenvolvimento intrinsecamente (desde os primordios) anômalo – Alteração • Defeito morfologico de um orgão ou parte de um orgão ou região de maior tamanho do corpo que é consequencia de uma interrupção extrinsica (interferencia) em um processo de desenvolvimento inicialmente normal. Ex. exposição secundaria a teratogenos – Deformação • Forma, aspecto ou posição anômala de uma parte do corpo originada por forças mecanicas (ex. compressão intrauterina por oligohidrâmnios => pé equinovaro – Displasia: • organização anômala de celular em tecidos e seus resultados morfologicos. • Síndrome: um padrão de anomalias multiplas que se crê relacionado desde o ponto de vista patogenico e se desconhece se representa uma sequencia única ou um defeito politopico (padrão de anomalia originado pela alteração de um único campo do desenvolvimento) • TERATOLOGIA- ramo da ciência que estuda as causas, mecanismos e padrões do desenvolvimento patológico • .certas etapas do desenvolvimento são mais vulneraveis a alterações que outras. Causas das anomalias congenitas • Fatores genéticos – –ex. anomalias cromossomicas • Fatores ambientais – Ex. vírus da rubeola • Herança multifatorial – Anomalias congenitas mais comuns são produzidas pela ação conjunta dos dois fatores. Aberrações cromossômicas • Numéricas – Euploidias A alteração é múltiplo exato do número haplóide (n). • Triploidia: falha de uma das divisões da maturação no ovócito ou espermatozóide. • Tetraploidia( 92, XXXX ou 92, XXYY): falha da conclusão de uma divisão por clivagem inicial do zigoto. – Aneuploidias Há um aumento ou diminuição de um ou mais pares de cromossomos, mas não de todos . • Estruturais As aberrações estruturais dos cromossomos resultam de quebra cromossômica seguida de reconstituição em uma combinação anormal. – Rearranjos não-equi-librados: quando o conjunto cromossômico possui infor-mações a mais ou a menos – Rearranjos equilibrados : Quando o conjunto cromossômico possui o complemento normal de informações. Aberrações cromossômicas: aneuploidias • Trissomias e monossomias • Não-disjunção meiótica, uma falha da separação de um par de cromossomos durante uma das duas divisões meióticas. Aneuploidia S. Eduards S. Patau S.Down poliploidia Rearranjos não-equilibrados • Deleção: perda de um segmento cromossômico. Origina-se por quebra cromossômica e perda do segmento acêntrico ou por crossing-over desigual entre cromossomos homólogos desalinhados ou cromátides-irmãs. • duplicações podem originar-se por crossing-over desigual ou por segregação anormal da meiose num portador de uma translocação ou inversão. • Translocação : Dois cromossomos sofrem quebras e há a soldadura de um segmento cromossômico a uma região fraturada de outro • Etc (cromossomos em anel, isocromossomos) S. Cri du Chat ou Miado do gato Mutações gênicas Genes homeóticos (homeobox) • Grupo de genes presentes em todos os vertebrados. Participam do desenvolvimento embrionário inicial e especificam a identidade e organização espacial dos segmentos corporais. O produto proteico destes genes se ligam ao DNA e formam fatores de transcrição que regulam a expressão gênica. Anomalias provocadas por fatores ambientais • Teratógeno: qualquer agente capaz de produzir uma anomalia congenita ou aumentar a incidencia de uma anomalia na população • Podem simular transtornos genéticos, ex. caso de mais crianças afetadas de filhos de pais normais. • 7 a 10% das anomalias congenitas • Princípios básicos em teratogenia: – Períodos críticos do desenvolvimento – Posologia do fármaco ou composto químico – Genótipo do embrião Herança multifatorial • As fissuras de lábio e/ou palato apresentam uma prevalência que varia de 1/500 a 1/2500 dependendo da origem geográfica, raça, etnia e nível sócio-econômico • No Brasil, parecem ocorrer na ordem de uma fissura oral a cada 650 nascimentos e, estimativa superficial, sugere a existência de aproximadamente 180.000 fissurados • grave problema estético, distúrbios funcionais relacionados a alimentação, fonação, audição • Estudos epidemiológicos : – ~ 1/3 das fissuras orais: • deficiências nutricionais maternas (ácido fólico, Vit.B12) • ou a exposição a teratógenos ambientais (dioxina,fenitoína,tabaco,álcool,talidomida), • principalmente nas populações de baixo nível sócio-econômico – contribuição genética para a etiologia das fissuras orais não-sindrômicas é, ainda hoje, motivo de controvérsia : • modelo oligogênico no qual um conjunto de poucos genes sob a influência de modificadores seriam os responsáveis • possível papel dos polimorfismos genéticos como agentes modificadores de fatores ambientais prejudiciais a saúde, predispondo em menor ou maior grau, grupos de indivíduos ou populações, após tais exposições Determinação do sexo