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Insuficiência Respiratória no pronto socorro em adultos. Prof. Éliton Carlos Batista de Sousa. Sumário. Introdução 01. Hipoxêmica / Hipercapnica Classificação 02. Shunt / espaço morto Fisiopatologia 03. Manejo 04. Introdução. 01 Introdução. A insuficiência respiratória aguda (IRpA) é uma síndrome clínica definida pela incapacidade do organismo em realizar as trocas gasosas de forma adequada, de instalação aguda, decorrente da disfunção em um ou mais dos componentes do sistema respiratório. Ela é definida gasometricamente por PaO2 45 ou 50 mmHg. Começando do início. Anatomia do aparelho respiratório. Os músculos mais importantes que elevam a caixa torácica São os intercostais externos, sendo outros auxiliares os seguintes: (1) Músculos esternocleidomastóideos, que se elevam a partir do esterno; (2) Serrátil anterior, que eleva a maioria das costelas; (3) escaleno, que eleva as duas primeiras costelas. Os músculos que tracionam o gradil costal para baixo durante a expiração são principalmente os seguintes: (1) Retos abdominais, com o seu potente efeito de tracionar as costelas inferiores ao mesmo tempo que comprimem o conteúdo abdominal para cima contra o diafragma juntamente com a ação de outros músculos abdominais; (2) intercostais internos. Circulação pulmonar. Espaço morto – áreas de condução. Espaço morto. Os fatores que determinam quão rapidamente um gás passará pela membrana são: (1) a espessura da membrana; (2) a área de superfície da membrana; (3) o coeficiente de difusão do gás na substância da membrana; (4) a diferença de pressão parcial do gás entre os dois lados da membrana. Multissistêmico Controle da Respiração. SNC 1. O GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL DE NEURÔNIOS. CONTROLA A INSPIRAÇÃO E O RITMO DA RESPIRAÇÃO 2. O CENTRO PNEUMOTÁXICO LIMITA A DURAÇÃO DA INSPIRAÇÃO E AUMENTA A FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 3. GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL DE NEURÔNIOS: FUNÇÕES TANTO NA INSPIRAÇÃO QUANTO NA EXPIRAÇÃO VENTILAÇÃO RESPIRAÇÃO Ventilação pulmonar é o processo de movimento do ar pelas vias do sistema respiratório. A sua função é renovar o ar nas vias aéreas para que ocorra a troca gasosa. A respiração pulmonar é realizada através da inspiração e expiração. Ventilação. Respiração é o processo pelo qual um organismo vivo troca oxigénio e dióxido de carbono com o seu meio ambiente. Respiração. Classificação A insuficiência respiratória pode ser classificada em: Tipo 1: hipoxêmica (PaO2 45 mmHg): – Hipercapnia é definida como PaCO2 > 45 mmHg. – A pressão parcial de CO2 é diretamente proporcional à sua produção (VCO2) e inversamente proporcional à ventilação alveolar (eliminação de CO2). A ventilação alveolar é dependente da ventilação minuto e da relação entre espaço morto e volume corrente. Aumento do espaço morto e redução da ventilação minuto são causas comuns de hipercapnia; aumento da produção de CO2 raramente resulta em hipercapnia importante devido aos mecanismos de compensação. Manejo O manejo de pacientes com IRpA inclui: Suplementação de oxigênio como medida de suporte se hipoxemia. Abordagem direcionada ao fator precipitante. Considerar ventilação não invasiva (VNI) se: – Dispneia moderada a grave. – Frequência respiratória (FR) 24-30 irpm. – Sinais de aumento do trabalho respiratório. – Uso de musculatura acessória. – Gasometria: PaCO2 > 45 mmHg ou piora em relação ao basal em retentores crônicos. – Hipoxemia grave (relação PaO2/FiO2 45 mmHg ou pH 65 anos; insuficiência cardíaca congestiva [ICC]; DPOC, APACHE II > 12). Considerar utilização de ventilação invasiva em pacientes com alteração de nível de consciência ou falha na terapia com oxigênio suplementar ou VNI. A ventilação não invasiva (VNI) tem benefícios demonstrados nas seguintes indicações: Escala LEMON: Ferramenta de triagem pré-intubação para prever dificuldade na laringoscopia direta. Acrônimo: L-E-M-O-N Look externally → Observar deformidades faciais, obesidade, trauma, barba. Evaluate 3-3-2 rule →Abertura oral ≥ 3 dedos; Distância mento-hióide ≥ 3 dedos; Distância tireoide-mento ≥ 2 dedos. Mallampati → Classe I–IV (quanto maior, mais difícil). Obstruction → Presença de corpo estranho, epiglotite, tumor. Neck mobility → Limitação da mobilidade cervical. LEMBRAR. Escala ROMAN Preditor de dificuldade em dispositivos supraglóticos (versão expandida do RODS). Acrônimo: R-O-M-A-N Restricted mouth opening. Obstruction. Mallampati score alto. Age > 55 anos. Neck mobility reduzida. Escala SMART Preditor de dificuldade de cricotireoidostomia cirúrgica. Acrônimo: S-M-A-R-T Surgery → Cirurgia cervical prévia. Mass → Massa cervical (tumor, abscesso, hematoma). Access/anatomy → Acesso cervical difícil (obesidade, pescoço curto). Radiation → Irradiação prévia de pescoço. Trauma → Trauma cervical com hematoma ou distorção. Escala RODS Preditor de dificuldade de ventilação com máscara laríngea (SAD – supraglottic airway device). Acrônimo: R-O-D-S Restricted mouth opening → Abertura oral limitada. Obstruction → Obstrução anatômica ou patológica da via aérea. Disrupted or distorted airway → Trauma ou anomalia anatômica. Stiff lungs or cervical spine → Pouca complacência pulmonar ou restrição cervical. image1.png image2.png image3.png image4.jpeg image5.png image6.jpeg image7.jpeg image8.jpeg image9.png image10.jpeg image11.jpeg image12.png image13.jpeg image14.jpeg image15.png image16.jpeg image17.jpeg image18.png image19.jpeg image20.jpeg image21.png