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elementos das obrigações

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Classificação quanto aos elementos das obrigações
Simples: se apresentam com um sujeito ativo, um sujeito passivo e um único objeto.
Compostas: um deles esteja no plural para que a obrigação se denomine composta ou complexa. Por exemplo: “José obrigou-se a entregar a João um veículo e um animal” (dois objetos).
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Obs: obrigações compostas com multiplicidade de objetos
1) Cumulativas (conjuntivas)
conjunção “e” como na obrigação de entregar um veículo e um animal.
Cumprimento somente pela prestação de todos eles
2) Alternativas (disjuntivas)
objetos estão ligados pela disjuntiva “ou”, podendo haver duas ou mais opções.
exaure-se com a simples prestação de um dos objetos que a compõem
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Obs: espécie sui generis de obrigação alternativa  facultativa
Obrigação simples, em que é devida uma única prestação, ficando, porém, facultado ao devedor, e só a ele, exonerar-se mediante o cumprimento de prestação diversa e predeterminada
O credor só pode exigir a prestação obrigatória pelo prisma do credor, é obrigação simples, de um só objeto. Se este perece, sem culpa do devedor, resolve-se o vínculo obrigacional, não podendo aquele exigir a prestação acessória
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	obrigações compostas com multiplicidade de sujeitos podem ser divisíveis, indivisíveis e solidárias. 
	Divisíveis são aquelas em que o objeto da prestação pode ser dividido entre os sujeitos. 
	indivisíveis, tal não ocorre (CC, art. 258). Ambas podem ser ativas (vários credores) ou passivas (vários devedores).
	
	
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Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.
Cls: Só há interesse em saber se uma obrigação é divisível ou indivisível quando há multiplicidade de credores ou de devedores. Se o vínculo obrigacional se estabelece entre um só credor e um só devedor, não interessa saber se a prestação é divisível ou indivisível, porque o devedor deverá cumpri-la por inteiro
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Nas obrigações divisíveis, cada credor só tem direito à sua parte, podendo reclamá-la independentemente do outro. E cada devedor responde exclusivamente pela sua quota
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
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obrigações indivisíveis, cada devedor só deve, também, a sua quota-parte. Mas, em razão da indivisibilidade física do objeto (um cavalo, p. ex.), a prestação deve ser cumprida por inteiro.
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.
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Obrigações Fracionárias
	Há pluralidade de devedores ou credores, de forma que cada um deles responde apenas por parte da dívida ou tem direito apenas a uma proporcionalidade do crédito.
	Ex: se A, B e C adquiriram, conjuntamente, um veículo, obrigando-se a pagar 300, não havendo estipulação contratual em sentido contrário, cada um deles responderá por 100. Tais obrigações, por óbvio, pressupõem a divisibilidade da prestação.
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“a) cada credor não pode exigir mais do que a parte que lhe corresponde, e cada devedor não está obrigado senão à fração que lhe cumpre pagar
b) para os efeitos da prescrição, pagamento de juros moratórios, anulação ou nulidade da obrigação e cumprimento de cláusula penal, as obrigações são consideradas autônomas, não influindo a conduta de um dos sujeitos, em princípio, sobre o direito ou dever dos outros
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É regra geral, aplicada principalmente para obrigações com objeto divisível. (obrigações pecuniárias)
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Obrigações solidárias
Ocorre quando na mesma obrigação, concorre uma pluralidade de credores, cada um com direito à dívida toda (solidariedade ativa), ou uma pluralidade de devedores, cada um obrigado à dívida por inteiro (solidariedade passiva).
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	Solidariedade não depende da divisibilidade ou da indivisibilidade do objeto da prestação.
 
resulta da lei ou da vontade das partes.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes
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a) solidariedade ativa: Ex:
A, B e C são credores de D. Nos termos do contrato (título da obrigação),o devedor deverá pagar a quantia de R$ 300.000,00, havendo sido estipulada a solidariedade ativa entre os credores da relação obrigacional. Assim, qualquer dos três credores — A, B ou C — poderá exigir toda a dívida de D, ficando, é claro, aquele que recebeu o pagamento adstrito a entregar aos demais as suas quotas-partes respectivas. Se o devedor pagar a qualquer dos credores, exonera-se. Nada impede, outrossim, que dois dos credores, ou até mesmo todos os três, cobrem integralmente a obrigação pactuada.
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Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
Perdão (remissão) da dívida
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba.
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	Ex: A, B e C são credores solidários de D. C perdoou toda a dívida de R$ 300.000,00. De tal forma, não havendo participado da remissão, os outros credores poderão exigir daquele que perdoou (C) as quotas--partes que lhes caibam (R$ 100.000,00 para A e R$ 100.000,00 para B).
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	Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
Ex: A, B e C são credores solidários de D. Como se sabe, qualquer deles pode cobrar toda a soma devida pelo devedor. “B” morre, deixando os seus filhos, E e F, como herdeiros. Neste caso, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, isto é, a metade (1/2) da quota de B. 
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	Obs: Se a obrigação for indivisível, um cavalo de raça, por exemplo, o herdeiro poderá exigi-lo por inteiro (dada a impossibilidade de fracioná-lo), respondendo, por óbvio, perante todos os demais pela quota-parte de cada um.
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Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
	Ex: se apenas um dos credores atuou dolosamente quando da celebração do contrato (título da obrigação), estando todos os demais de boa-fé, a exceção (alegação de dolo) não poderá ser oposta contra todos. Não prejudicará, pois, aos credores de boa-fé.
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	Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve.
Ex: se um dos credores solidários, quando celebra contrato ameaçou o devedor para que este também celebrasse o negócio com ele (estando os demais credores de boa-fé), o juiz poderá acolher a defesa do réu (devedor), excluindo o coator da relação obrigacional, em face da invalidade da obrigação assumida perante ele. Neste caso, a sentença não poderá prejudicar os demais credores que, de boa-fé, sem imaginar a coação moral, celebraram o negócio com o devedor, com o assentimento deste.
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Se juiz julgar favorável a um dos credores solidários
1) credor A exija a dívida do devedor D. Este se defende, alegando que o valor da dívida é excessivo, não havendo razão para se cobrar aquele percentual de juros (defesa não pessoal). O juiz não aceita as alegações do devedor, e reconhece ser correto o valor cobrado. Neste caso, o julgamento favorável ao credor A beneficiará todos os demais (B, C).
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2) o credor A exige a dívida do devedor D. Este opõe defesa, alegando que A coagiu-o, por meio de grave ameaça, a celebrar o contrato (fonte da obrigação) também com ele. O juiz não aceita as alegações do devedor, e reconhece que A é legítimo credor solidário. O julgamento favorável ao credor A em nada interferirá na esfera jurídica dos demais credores de boa-fé, cuja legitimidade para a cobrança da dívida em tempo algum fora impugnada pelo devedor.
Situação dos demais credores continuou a mesma, portanto julgamento não os favoreceu
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b) Solidariedade passiva: Ex:
	A, B e C são devedores de D. Nos termos do contrato (título da obrigação), os devedores encontram-se coobrigados solidariamente (solidariedade passiva) a pagar ao credor a quantia de R$ 300.000,00. Assim, o credor poderá exigir de qualquer dos três devedores toda a soma devida, e não apenas um terço de cada um. Nada impede, outrossim, que o credor demande dois dos devedores, ou, até mesmo, todos os três, conjuntamente. Devedor que pagou toda a dívida terá ação regressiva contra os demais coobrigados, para haver a quota-parte de cada um.
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	Se existirem vários devedores solidários passivos, cada um deles responde pela dívida inteira
	Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
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Ex: art. 2º, § 2º CLT
	“Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas”.
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Ex: Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932.
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Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor.
Ex da segunda parte do dispositivo: se o devedor A fora induzido em erro ao assumir a obrigação, não poderá o coobrigado B, se demandado, utilizar contra o credor essa defesa, que não lhe diz respeito
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	Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.
	Ex: Pagamento feito por 1 devedor  os demais são obrigados a pagar apenas o remanescente
	Ex: se o credor perdoar a dívida em relação a um dos devedores solidários (remissão), os demais permanecerão vinculados ao pagamento da dívida, abatida, por óbvio, a quantia relevada
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Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
Ex: A, B e C, devedores solidários, obrigaram-se a entregar ao credor D uma saca de café, e esta é destruída pela desídia de A, que a deixou próxima de uma fornalha, todos os devedores permanecerão solidariamente adstritos ao pagamento do valor da saca de café. Entretanto, os prejuízos resultantes do fato (perdas e danos), experimentados pelo credor (que não pôde, na data fixada, repassar o café ao seu consumidor), serão compensados exclusivamente pelo devedor culpado (A).
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	Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
	Ex: A, B e C são devedores solidários de D (valor total da dívida: R$ 300.000,00). Como se sabe, de qualquer dos devedores poderá ser exigido o pagamento total ou parcial da obrigação. Pois bem, B morre, deixando os seus filhos, E e F, como herdeiros.Neste caso, cada um destes só estará obrigado a pagar a quota que corresponder a seu quinhão hereditário, isto é, a metade (1/2) da quota de B (50.000).
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Ex. de obrigação indivisível:
	o credor poderá exigi-lo por inteiro (dada a impossibilidade de fracioná-lo), cabendo ao herdeiro que pagou haver dos demais coobrigados, via ação regressiva, se necessário, as partes de cada um.
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Ex parte final: se o credor houver por bem demandar todos os herdeiros de B (E e F), conjuntamente, estes serão considerados como um único devedor solidário em relação aos demais devedores, estando, portanto, obrigados a pagar toda a dívida, ressalvado o posterior direito de regresso.
Obs: o pagamento total da dívida pelos herdeiros reunidos não poderá, obviamente, ultrapassar as forças da herança
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Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores.
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
Silvio Rodrigues e Maria Helena Diniz: Deverá ser deduzido o valor correspondente ao quinhão dos exonerados da esponsabilidade, pelo que o credor somente poderia demandar os remanescentes pelo valor restante
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Pablo: credor direito de demandar o valor da dívida toda de apenas parte dos devedores solidário
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Subsidiariedade
CC no livro das obrigações não fala a respeito
Art. 46, V, CC (registro de pessoa jurídica). O registro declarará:
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
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Sociedade em comandita por ações	
	Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
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Área trabalhista
Terceirização
 Tribunal Superior do Trabalho no inciso IV da súmula 331, prevê uma responsabilização patrimonial subsidiária do tomador dos serviços intermediados pela empresa prestadora
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Conceito de subsidiariedade
	“forma especial de solidariedade, com benefício ou preferência de excussão de bens de um dos obrigados.”
	“uma das pessoas tem o débito originário e a outra tem apenas a responsabilidade por esse débito. Por isso, existe uma preferência (dada pela lei) na “fila” (ordem) de excussão (execução)”
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Obrigações Alternativas
	“têm por objeto duas ou mais prestações, sendo que o devedor se exonera cumprindo apenas uma delas.”
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
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§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
Ex: grupo de devedores com direito de escolha, sem acordo entre eles, há o suprimento judicial da manifestação da vontade
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§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
Prazo para escolha pelo devedor: CC é omisso.
CPC: 10 dias (art. 571).
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Art. 571. Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, este será citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro em 10 (dez) dias, se outro prazo não Ihe foi determinado em lei, no contrato, ou na sentença.
§ 1o Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a exercitou no prazo marcado.
§ 2o Se a escolha couber ao credor, este a indicará na petição inicial da
execução.
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Impossibilidade de todas as prestações alternativas em virtude de culpa do devedor: pago o equivalente a última prestação que se impossibilitou + perdas e danos.
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.
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Se escolha competia ao credor:
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.
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Resumo:
Impossibilidade Total (todas as prestações alternativas
a) sem culpa do devedor — extingue-se a obrigação;
b) com culpa do devedor — b1) se a escolha cabe ao próprio devedor: deverá pagar o valor da prestação que se impossibilitou por último, mais as perdas e danos
	b2) se a escolha cabe ao credor: poderá exigir o valor de qualquer das prestações, mais perdas e danos
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2) Impossibilidade Parcial (de uma das prestações alternativas):
 a) sem culpa do devedor — concentração do débito na prestação subsistente
b) com culpa do devedor — b1) se a escolha cabe ao próprio devedor: concentração do débito na prestação subsistente;
b2) se a escolha cabe ao próprio credor: poderá exigir a prestação remanescente ou valor da que se impossibilitou, mais as perdas e danos
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Obrigação Facultativa
CC não tratou do tema
Conceito: Obrigação tem um único objeto, o devedor tem a faculdade de substituir a prestação devida por outra de natureza diversa, prevista subsidiariamente. 
Exemplo: o devedor A obriga-se a pagar a quantia de R$ 10.000,00, facultando-se-lhe, todavia, a possibilidade de substituir a prestação principal pela entrega de um carro usado
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Efeitos
o credor não pode exigir o cumprimento da prestação facultativa;
2) a impossibilidade de cumprimento da prestação devida extingue a obrigação;
3) somente a existência de defeito na prestação devida pode invalidar a obrigação.
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Obrigações Líquidas e Ilíquidas
Líquida é a obrigação certa quanto à sua existência, e determinada quanto ao seu objeto. Ex: A obriga-se a entregar R$100,00 ao credor
Ilíquida é a obrigação que carece de especificação do seu quantum, para que possa ser cumprida. A apuração processual desse valor dá-se por meio de procedimento específico de liquidação. Ex: sentenças ilíquidas
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Classificação Quanto ao Elemento Acidental
Obrigações condicionais: são aquelas condicionadas a evento futuro e incerto, Ex: quando alguém se obriga a dar a outrem um carro, quando este se casar
	Condição suspensiva, é preciso recordar também que a aposição de cláusula dessa natureza no ato negocial subordina não apenas a sua eficácia jurídica (exigibilidade), mas, principalmente, os direitos e obrigações decorrentes do negócio.
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Obrigações a termo: obrigação tem subordinada a sua exigibilidade ou a sua resolução a evento futuro e certo
Ex: Obrigação de dar um carro a alguém no dia em que completar 18 anos de idade
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Obrigações Modais
São aquelas oneradas com um encargo (ônus), imposto a uma das partes, que experimentará um benefício maior.
Ex: obrigação
imposta ao donatário (quem recebe) de construir no terreno doado um prédio para escola
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Classificação especial quanto ao conteúdo
Obrigações de meio: é aquela em que o devedor se obriga a empreender sua atividade, sem garantir, todavia, o resultado esperado.
Ex: obrigações dos médicos em geral, advogados.
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	Em regra, os contratos de prestação de serviços médicos originam obrigações de meio e não de resultado, sendo uma das exceções a esta regra os casos de cirurgia plástica, na exata medida em que ela tem por escopo, entre outros, o embelezamento estético do paciente, razão pela qual é considerada obrigação de resultado. (....) (TJ-SC - AC: 20110203222 SC 2011.020322-2 (Acórdão), Relator: Sebastião César Evangelista, Data de Julgamento: 12/11/2014, Primeira Câmara de Direito Civil Julgado)
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Obrigações de resultado: o devedor se obriga não apenas a empreender a sua atividade, mas, principalmente, a produzir o resultado esperado pelo credor.
Ex: obrigação decorrente de um contrato de transporte, em que o devedor se obriga a levar o passageiro, com segurança, até o seu destino.
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Obrigações de garantia: têm por conteúdo eliminar riscos que pesam sobre o credor, reparando suas consequências. A eliminação do risco (que pertencia ao credor) representa bem suscetível de aferição econômica.
Ex: contratos de seguro; obrigação do fiador
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Obrigação Natural
	Obrigações classificam-se, tradicionalmente, em 1) civis e 2) naturais, na medida em que sejam exigíveis ou apenas pagáveis (desprovidas de exigibilidade jurídica
	Obrig Natural: é um debitum em que não se pode exigir, judicialmente, a responsabilização patrimonial (obligatio) do devedor, mas que, sendo cumprido, não caracterizará pagamento indevido.
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Essa inexigibilidade é oriunda de lei com o objetivo de preservação da segurança e estabilidade jurídica.
Trata-se de relações de fato, e não de direito.
Ex: prescrição de pretensão de uma dívida; impossibilidade de cobrança judicial de dívida de jogo.
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Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível
Efeito: irrepetibilidade do pagamento  o CC admite a validade do pagamento. Isso porque a dívida existia, apenas não podia ser judicialmente exigida.

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