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Curso: Zootecnia/Medicina Veterinária Professor: Almir Chalegre de Freitas MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Fonte: AVIAGEN (2018). 1ª PARTE ■ OBJETIVO Reduzir os riscos de transmissão de doenças entre lotes Manter o status sanitário dos lotes ■ MEDIDAS DE BIOSSEGURIDADE Limpeza a Seco Limpeza Úmida Desinfecção Montagem do Pinteiro Vazio Sanitário ■ OBJETIVO Reduzir os riscos de transmissão de doenças entre lotes Manter o status sanitário dos lotes ■ MEDIDAS DE BIOSSEGURIDADE Limpeza a Seco Limpeza Úmida Desinfecção Montagem do Pinteiro Vazio Sanitário ■ OUTRAS MEDIDAS DE BIOSSEGURIDADE Arco com bicos nebulizadores na entrada da granja chuveiro Acesso de pessoas apenas autorizadas funcionários e técnicos Rodolúvio e pedilúvio pneus dos carros e sapatos galponistas Núcleos isolados e entrada com banheiros roupas adequadas Isolamento dos núcleos cortina verde Visita técnica sempre lote mais novo para mais velho Controle de roedores veiculadores de doenças Cercar a propriedade entrada de cães e outros animais Evitar e/ou controlar a entrada representantes comerciais Fonte de água exames adequados e rotineiros Evitar construir galpões próximos a rodovias BR e Estaduais Programa de vacinação de acordo com a região ■ LIMPEZA A SECO Retirar toda a cama do lote anterior equipamentos móveis Varredura completa telas, cortinas, paredes e piso Retirar crostas no piso espátula Queimar penas internas e ao redor do galpão lança chamas Rocar ao redor do galpão répteis Retirar sobra de ração silo, moegas e comedouros Fonte: Google imagens. ■ LIMPEZA ÚMIDA Usar água sob pressão e sabão lava jato Lavar todo galpão de cima para baixo cortinas Lavar caixas d’água Lavar os bebedouros Lavar os comedouros Lavar interior dos silos Após o uso dos sabões tudo deve ser enxaguado Evitar ao máximo resíduos de matéria orgânica ■ DESINFECÇÃO É obrigatória logo após a limpeza úmida Desinfetantes São substâncias capazes de modificar o ambiente para impedir sobrevivência microrganismos Deve-se conhecer os produtos e suas indicações Diluir e aplicar adequadamente Usar equipamentos de proteção individual EPI’s Após a desinfecção fechar o galpão ■ CARACTERÍSTICAS DO BOM DESINFETANTE Barato econômico Germicida amplo espectro Efetivo em presença moderada de matéria orgânica Baixa toxicidade aves/homem Solúvel em água Inodoro Biodegradável Bom poder residual Boa capacidade de penetração Não corrosivo Estável quando estocado ■ PROPRIEDADES DOS DESINFETANTES ■ PROPRIEDADES DOS DESINFETANTES Desinfetantes Espectro de atividade Amônia Quartenária Bactericida, Esporicida, Fungicida e atua sobre alguns vírus Compostos de Cloro Bactericida, Esporicida, Viricida e Fungicida Compostos de Iodo Bactericida, Esporicida, Viricida e Fungicida Cresol Bactericida, Fungicida e Atua sobre alguns vírus Fenol Bactericida, Fungicida e Atua sobre alguns vírus Formoldeído Bactericida, Esporicida, Viricida e Fungicida Glutaraldeído Bactericida, Esporicida, Viricida e Fungicida Peróxido de Hidrogênio Bactericida e atua sobre alguns vírus Fonte: RUI et al. (2011). ■ PRINCIPAIS INDICAÇÕES DE USO ■ MONTAGEM DO PINTEIRO Colocar a cama em toda a extensão do galpão 10cm Montar os círculos de proteção/divisórias pinteiro/CASULO Colocar a fonte de aquecimento Colocar os equipamentos comedouros e bebedouros Revisão das instalações hidráulicas Revisão das instalações elétricas Revisão e colocação das cortinas laterais/transversais Desinfetar novamente Fechar todo o galpão Vazio Sanitário 14 dias ■ OBJETIVO DO USO DA CAMA Evitar contato das aves com o piso umidade doenças Amortecer o impacto das aves lesões coxim plantar Absorver a umidade das excretas ■ TIPOS DE CAMA Maravalha aparas de cepilho/serragem Cascas de arroz palha de arroz Cascas de café Cascas de amendoim Palha e sabugo de milho triturado Capim Napier triturado desidratado Bagaço de cana Nordeste (PE) ■ REUTILIZAÇÃO DA CAMA (Fermentação) Objetivo: evitar o desmatamento questão ambiental Materiais possíveis de uso maravalha, bagaço de cana, etc. Tratamento para combater microrganismos Salmonelas, etc. Procedimentos: Retirar todas as aves mortas composteira (COMPOSTAGEM) Deixar aviário fechado após saída das aves 12 horas Fazer leira da cama centro do galpão Pode molhar a cama pulverização Enlonamento da leira vedar bem as laterais Deixar a lona por 10 a 12 dias/após retirar aviário fechado Revolver e secar a cama várias vezes ao dia cortinas abertas Queimar as penas ao redor lança chamas Aplicar produto secante cal Recomenda uso de produtos químicos fermentativo Temperatura 55ºC Controle de cascudinhos cipermetrina CINERGIS (2020). ■ REUTILIZAÇÃO DA CAMA ■ REUTILIZAÇÃO DA CAMA CINERGIS (2020). Conjunto de práticas rotineiras que devem ser realizadas nas diversas fases de criação das aves, visando deste modo, proporcionar melhor conforto e sanidade do plantel para que se possa obter a máxima da expressão do potencial genético destas, e conseqüentemente, máxima produtividade e melhor rendimento econômico. “PRODUZIR COM A MÁXIMA QUALIDADE AO MENOR CUSTO POSSÍVEL”. ■ PRINCIPAIS FATORES: Densidade de criação Espaço de comedouros e bebedouros Aquecimento inicial dos pintinhos Controle da temperatura, umidade, ventilação, radiação e gases Qualidade da cama Qualidade das rações e água Programa sanitário Programa de iluminação Luminosidade Método de Apanha, Carregamento e Transporte Atingir e/ou ultrapassar os índices zootécnicos - Linhagens, segundo a meta estabelecida pela empresa detentora do material genético. A escolha do pintinho depende de uma série de fatores, dentre eles, podemos citar: Preço Qualidade do pintinho Distância do incubatório Idoneidade do incubatório Objetivo da criação dos lotes Venda de frango vivo em pé Carcaça grande Carcaça tipo galeto Carcacinha fêmeas Cortes Específico, etc. As principais linhagens disponíveis no mercado brasileiro, são: • Cobb Vantress • Arbor Acres • Pilch • Avian Farms • Hybro • Ross AP95, Ross pp e Hubbard Condições indispensáveis a serem observadas na qualidade dos pintinhos: a) Devem proceder de Matrizes livres de Pulorose, Tifo aviário, Micoplasmose e outras doenças de transmissão vertical b) Possuir peso médio 37 a 44g (70% do peso médio do ovo) c) Apresentar uniformidade d) O incubatório deve ser idôneo com estado sanitário ideal e) A penugem deve estar seca e fofa Condições indispensáveis a serem observadas na qualidade dos pintinhos: f) Olhos arredondados e brilhantes g) Umbigos bem cicatrizados h) Canelas brilhantes e hidratadas i) Não apresentar anomalias como: pernas retorcidas, bicos cruzados, cabeça ou olhos defeituosos, etc j) O veículo usado para o transporte deve possuir temperatura e ventilação controladas evitar desidratação Para avaliar essas qualidades supracitadas, deve-se retirar uma amostra de 1 a 2% do total das aves a serem alojadas. Para se determinar o peso médio dos pintinhos, as caixas selecionadas devem ser pesadas individualmente. Logo após procede a contagem e a soltura destes no pinteiro, observando-se o aspecto físico de cada ave. Volta a pesar a tara das caixas usadas, substrai estes pesos obtidos e divide pelo número de aves encontradas em cada caixa. Pesagem pintinho individual mais usual No manejo das aves de corte que vai desde o 1º ao 10º/14º dia de vida dos pintinhos está incluído também o período que antecede a chegada das aves na granja, e o manejo inicial propriamente dito; quanto ao tipo de aquecimento, condições das cortinas, abertura de espaço no pinteiro, manejo da alimentação (arraçoamento), manejo de água e bebedouros,manejo da cama, vacinação, programa de iluminação e alguns aspectos relacionados à mão-de-obra. A esse conjunto de normas aplicadas de forma eficiente espera-se proporcionar o MÁXIMO CONFORTO possível. Deve-se eliminar todo e qualquer IMPREVISTO que possa vir a se somar ao enorme estresse que a ave vem sendo submetida desde o incubatório, durante a eclosão e através das práticas como vacinação, contagem, seleção, SEXAGEM e o transporte por longas distâncias até as granjas de criação. Para conseguir oferecer, desde a chegada no galpão, uma temperatura adequada e bem-estar animal, são necessárias as seguintes providências: Verificar as condições das cortinas laterais Observar se o estado da cama está ideal/recomendado Conferir o funcionamento das campânulas Verificar como os círculos estão montados/PINTEIRO ou casulo Verificar as condições dos comedouros e bebedouros iniciais ou definitivos e a iluminação artificial Simultâneo all in – all out (tudo dentro – tudo fora) Alojar as aves com mesma idade mesmo galpão Vantagem Sanitária (Biosseguridade) Desvantagem queda do preço na época comercialização Sucessivo escalonamento de produção Alojar as aves de idades diferentes galpões diferentes Vantagem produção contínua e sequência de lotes comercialização flexível e maior fluxo de caixa Desvantagem requer investimento em instalações Nº Galpões = PU PC PU período de utilização dos galpões no qual compreende: período de criação + limpeza e o vazio sanitário PC Período de comercialização do lote (TEMPO) PU = 56 dias (8 SEMANAS) 42 dias de criação (Limpeza, desinfecção e preparo) 14 dias de vazio sanitário Se a Venda for Mensal/Quinzenal e Semanal PC = 4 semanas Nº galpões = 8/4 = 2 galpões PC = 2 semanas Nº galpões = 8/2 = 4 galpões PC = 1 semanas Nº galpões = 8/1 = 8 galpões OBS: Nº de lotes/galpão/ano 365/56 = 6 lotes/galpão/ano O círculo de proteção (CP) Tem a função de formar um microclima adequado aos pintinhos e limitar a área disponível aos mesmos, de forma que eles permaneçam próximos da fonte de aquecimento, da água e da ração. O CP evita os cantos diminuindo o amontoamento, mantém a temperatura constante, protege os pintos das correntes de ar e facilita o manejo inicial. Materiasi: Folhas de eucatex, duratex, compensado e metálicas. Alojamento em galpão parcial Protocolo usado na fase inicial ● 7 dias ¼ do galpão ● 8 a 10 dias de ½ a ¾ do galpão ● 11 a 14 dias até ¾ do galpão ● Após os 14 dias liberar as aves No primeiro dia de idade a cama pode ser coberta por papel do tipo Semi Kraft (miolo), onde será colocado a lanço a ração; além de abastecer os comedouros iniciais; entretanto, o mesmo deve ser retirado no segundo/terceiro dia de idade A campânula deve ser colocada no centro do círculo de proteção, e a distância entre a borda da campânula e o anteparo do círculo deve ser de 0,60 a 1,50m. No pinteiro poderá ser colocado vários aquecedores de menor capacidade de aquecimento ou aquecedor de maior capacidade. A densidade de criação (nº aves/m2) varia em função de alguns fatores limitantes, como: ● Tipo do galpão ● Capacidade de ventilação ●Temperatura e umidade do ambiente Quanto maior a densidade maior a umidade e compactação da cama e baixa qualidade aumenta a competição das aves pelo alimento e dessa levando o lote a desuniformidade mau desempenho zootécnico. No verão a densidade recomendada 10 aves/m2 No inverno pode chegar 12 aves. Galpão de pressão negativa 13 a 16 aves/m2 PINTEIRO 50 aves/m2 Tanto os preparativos para a chegada, como os procedimentos pós-alojamento, em qualquer época do ano, equivalem a padrões básicos; porém, cada granja apresenta suas peculiaridades BOM SENSO! Antes da chegada dos pintinhos verifique a temperatura sob as campânulas cama e do piso, que deverá estar 32ºC e 35ºC. Transporte com cuidado às caixas de pintos do veículo de entrega (caminhão climatizado) e/ou do veículo da própria granja até o interior do galpão, e coloque o nº correto de caixas por círculo/pinteiro ao redor de sua parte externa. Cuidados especiais devem ser tomados no momento de retirada dos pintos das caixas, que deve ser de modo cauteloso no sentido de evitar batidas; evitando-se assim traumatismos, estresse e mortes. Os pintos devem ser soltos próximos da fonte de aquecimento campânula, com muito cuidado, retirando-os manualmente ou de forma que evite quedas. Ao retirar os pintinhos das caixas observe a qualidade dos mesmos. Em 1 a 2% dos pintinhos faça uma contagem individual e uma seleção rigorosa para checar a qualidade dos mesmos. Uma vez constatada a baixa qualidade dos pintinhos (pintos refugos, desidratados, doentes, de baixo peso, alto nº de pintos mortos nas caixas, etc.) aceite a entrega de forma condicional. Após a chegada dos pintos deve-se anotar os dados do lote com o maior nº de informações possíveis, como: data e hora da chegada, nº de pintos vivos, nº de mortos e refugos, peso médio dos pintinhos amostragem, linhagem, vacinação oriunda do incubatório, consumo de ração, pesagem, etc. Tabela 1 -Tipos de rações de frangos de corte e período de usado Os equipamentos comedouros necessários à fase inicial de criação dos pintos são aqueles usados até 5 a 7 dias de vida das aves. COMEDOUROS No piso Os equipamentos bebedouros necessários à fase inicial de criação dos pintos são aqueles usados até 10 a 14 dias de vida das aves. BEBEDOUROS No piso Os comedouros e os bebedouros deverão estar abastecidos antes da chegada dos pintinhos. Prática imprescindível no manejo de alojamento será observar se o PAPO DOS PINTINHOS estão cheios nas primeiras 24 horas Espera-se pelo menos 95% (macio/arredondado) Os comedouros TIPO TUBULAR INFANTIL usados normalmente nos primeiros sete dias de vida da ave 3,5 kg Os comedouros infantis de plástico mais usuais 3,5 a 5 kg devem ser substituídos gradativamente pelos definitivos a partir do 3º ou 4º dia de idade das aves. Capacidade 40 aves. Comedouros suplementares. Os comedouros automáticos “TIPO TUBOFLEX” usados desde 1º dia de vida das aves; entretanto, devem ser colocados sobre a cama e são manejados no início manualmente, depois são suspensos e automatizados. Capacidade 50 a 70 aves. Existem marcas de comedouros tuboflex automatizados desde o primeiro dia de idade no piso. A água é um nutriente e um fator de grande importância na consecução de bons resultados zootécnicos, justificando-se assim o máximo de atenção na oferta à ave em todos e quaisquer momentos, e deve ser fornecida sempre fresca e limpa. A atenção dedicada à água deve se associar ao fato de que o consumo de água é de vital importância no atendimento das necessidades fisiológicas básicas da ave, e sabe-se que a quantidade de água consumida em sua vida corresponde a pelo menos o dobro da quantidade de ração ingerida. Portanto, um baixo consumo de água implicará em comprometimento no consumo de ração, e consequentemente, queda no ganho de peso e uma pior conversão alimentar. A água constitui 60 a 70% do peso de um pintinho. Portanto, a perda de 10% do peso por desidratação causará queda no desenvolvimento da ave, e 20% pode levá-la a morte. O baixo consumo de ração pelas aves pode estar relacionado com o insuficiente consumo de água. O controle da temperatura da água nos bebedouros é muito importante, devendo ser mantida em torno de 18ºC verão. Em qualquer fase de criação deve ser absolutamente limpa, fresca e de boa qualidade e isenta de microorganismos patogênicos. Para tanto são necessários exames microbiológico e Fisíco-química. Contudo, recomenda-se o uso de 0,3g de cloro (Hipoclorito de sódio) em 1.000 litros de água. Nível 1 a 3 PPM pH 8,0 a 8,5 A água ingerida pelas aves é diretamente proporcional ao consumo de alimento, na proporção 2:1, em condiçõesmoderadas de temperatura. Em condições de calor extremo a proporção pode aumentar até 5:1, e no frio diminuir para 1,5:1. Muitos outros fatores podem aumentar ou diminuir o consumo e a excreção de água. Entre eles, estão: os níveis alimentares de eletrólitos, nível protéico, quantidade de farelo de soja e certos aditivos, como por exemplo, anticoccidianos do grupo dos ionóforos. As necessidades diárias de água em função da temperatura ambiente podem ser observadas na Tabela 2, a seguir. IDADE (semanas) TEMPERATURA AMBIENTE 10 ºC 21 ºC 32 ºC 1 23 30 38 2 49 60 102 3 64 91 208 4 91 121 272 5 113 155 333 6 140 185 390 7 174 216 428 8 189 235 450 Fonte: FACTA (2004). Tabela 2- Necessidades diárias de água para 1.000 frangos (litros) conforme a idade e a temperatura ambiente Bebedouros que podem ser usados desde o 1 dia de vida das aves à retirada do lote, temos: TIPO “NIPPLE” e TIPO PENDULAR. Recomendação do bebedouro: Nipple 1/10 a 1/12 aves. Pendular 1:75/80 Para conseguir a temperatura ideal, no interior do aviário, é necessária a adoção de uma série de medidas, tais como: Escolha da fonte de aquecimento adequada campânulas Altura adequada das campânulas Regulagem de campânulas Distribuição adequada do nº de pintos por campânulas Montagem do pinteiro Colocação de sobrecortinas laterais versus transversais Várias horas ou duas a três horas antes do previsto para o recebimento dos pintos, independentemente da temperatura ambiente, as campânulas devem ser ligadas para aquecer a cama, podendo ser desligadas imediatamente após a chegada das aves, caso a temperatura interna do aviário seja superior a 33ºC. Com essa prática objetiva-se proporcionar o bem-estar animal. Aquecedor elétrico Aquecedor a lenha A regulagem da temperatura sob a campânula pode ser feita de duas maneiras: mediante ajuste da altura da campânula em relação ao piso ou pela regulagem da chama dos queimadores. Deve-se buscar um controle adequado de temperatura de modo a satisfazer da melhor forma possível, as necessidades da ave, em termos de temperatura ambiente do galpão (Tabela 3). IDADE (dias) TEMPERATURA ºC 01-07 29-32 08-14 28-29 15-21 26 22-28 22-23 29... 20-21 Fonte: BORGES e STRINGHINI (1993). Tabela 3 – Temperatura de conforto das aves MANEJO DE FRANGOS DE CORTE À medida que os dias passam, e as aves adquirem maior peso é necessário ampliar o número de comedouros e bebedouros disponíveis e aumentar o espaço oferecido inicialmente, com uso de divisórias. O espaço deverá ser aberto gradativamente: No inverno, mais lentamente No verão mais rapidamente As cortinas são importantes para ajudar a manter a temperatura dentro do galpão nas primeiras semanas de vida dos pintos. Em regiões frias, uma boa alternativa é a colocação de uma segunda cortina interna, instalada por dentro do galpão e de cortinas transversais para melhorar as condições de aquecimento. Devem ser manejadas de acordo com as condições ambientais locais. É uma prática que necessita muito cuidado, pois depende da observação constante do comportamento das aves, cheiro de gases dentro do galpão e do clima naquele momento. Cores suaves azul/amarela Manejo manual e automático Deve-se ter cuidado ao abrir a cortina em galpões de pressão positiva, recomendando que seja em etapas, para evitar mudança brusca de temperatura dentro do aviário – BOM SENSO! Serão abertas sempre que necessário, aumentando a frequência dessa prática à medida que as aves vão crescendo, podendo até permanecer abertas o tempo todo após 21 dias de idade das aves. O manejo adequado das cortinas favorece, através da ventilação: a renovação do oxigênio no interior do galpão, remove o dióxido de carbono e outros gases tóxicos (amônio), e ajuda a regular a temperatura do ambiente, auxiliando no controle da umidade e das enfermidades. É desenvolvido para detectar atrasos de crescimento do lote em suas respectivas fases de produção, possibilitando assim, localizar as causas da queda de produtividade, sejam elas por problemas sanitários, nutricionais ou de manejo. O desenvolvimento do lote é acompanhado através da realização de pesagens semanais, realizadas em um número de amostras proporcionais ao tamanho do plantel. As amostras podem ser colhidas em três pontos prefixados dentro do galpão (início, meio e fim). Uma medida, visando manter a uniformidade do lote, é a realização do descarte REFUGAGEM. Avaliada peso dos animais e aspectos visuais Pesar 2% dos pintinhos na chegada Processo de amostragem aleatória Pesagem a cada 7 dias ● Até 0 a 14 dias 10 animais (misto) ● A partir dos 14 dias 4 machos e 6 fêmeas Peso em dias Peso lote misto (g) Peso de machos (g) Peso de fêmeas (g) 0 42 42 42 1 56 56 56 2 72 72 72 3 89 89 89 4 109 109 109 5 131 131 130 6 157 157 156 7 185 186 184 8 215 217 214 9 247 250 244 10 283 286 280 11 321 324 318 12 364 368 360 13 412 416 408 14 465 470 460 15 524 528 520 16 586 590 582 17 651 656 646 18 719 727 711 19 790 803 777 20 865 884 844 21 943 971 914 22 1023 1058 986 23 1104 1145 1060 24 1186 1233 1136 25 1269 1321 1214 26 1353 1409 1294 27 1438 1497 1378 28 1524 1585 1463 29 1613 1677 1549 30 1705 1773 1638 31 1799 1873 1724 32 1895 1978 1813 33 1993 2085 1903 34 2092 2192 1993 35 2191 2299 2083 36 2289 2406 2172 37 2386 2513 2259 38 2482 2620 2344 39 2577 2726 2428 40 2671 2832 2510 41 2764 2938 2591 42 2857 3044 2671 43 2950 3150 2751 44 3043 3256 2831 45 3136 3362 2910 46 3229 3468 2989 47 3322 3574 3068 48 3414 3680 3147 49 3506 3786 3226 F o n te : T a b e la , a d a p ta d a R O S S ( 2 0 1 9 ). A iluminação artificial serve para: Adaptá-los ao ambiente nos primeiros dias de vida Estimular o consumo de água e ração no período da noite Melhorar o desempenho zootécnico do frango de corte Para atingir a máxima eficiência, deve-se observar alguns fatores como: Número ideal de lúmens/m2 ideal 22 lúmens/m2 Primeira Semana 20 a 30 Lux Demais semanas 5 a 10 LUX Uso de lâmpadas econômicas e devidamente limpas Substituição imediata das lâmpadas queimadas Fatores importantes: Área do galpão Intensidade Lúmens ou Lux (Equipamento Luxímetro) Quantidade de lâmpadas e a distribuição fileiras Idade das aves Programa de luz Intermitente versus Contínuo Equipamento Luxímetro Dentre os programas de luz mais eficientes estão os Programas Intermitentes, sendo os mais comumente, citados: Os que alternam 1h de escuro com 3hs de luz artificial; O que preconiza acender as luzes durante 15 minutos a cada duas horas usados apenas em granjas que possuem sistema de acionamento automático; Os que deixam as aves apenas 1 (uma) hora no escuro, sendo as luzes ligadas ao anoitecer 19 horas. Maioria das empresas preconizam Programa Contínuo 24 horas luz diária (Natural + Artificial) ▲1º Programa ● Marek (in ovo) 18 dias ● 1º Dia Incubatório: Gumboro, Newcastle, Bronquite ▲ 2º Programa ● Marek (in ovo) 18 dias ● 1º dia Incubatório: Gumboro, Newcastle, Bronquite ● 1º Granja: TRT (Pneumovírus) ▲ 3º Programa ● Marek (in ovo) 18 dias ● 1º Incubatório (spray): Gumboro, Newcastle, bronquite ● 1º Granja-TRT (Pneumovírus) ● 14º Gumboro, Newcastle A “segunda idade”, é um período menos crítico quando comparado com a fase inicial de vida das aves; entretanto, não menos importante. Cuidados especiais devem ser tomados na substituição dos equipamentos de “primeira idade” pelos definitivos, esta substituição deverá ser lenta e gradual. À medida que os pintos vão crescendo deve-se sempre: Ajustar a altura dos comedouros e bebedouros Observar disponibilidade e qualidade da ração e da água Os comedouros tipo “TUBULARES” distribuem ração de forma uniforme em todo galpão, proporcionam desperdício variado, e são mais “baratos”.No entanto acumulam sujeira, e estão sujeitos a falhas de mão-de-obra, sendo normalmente indicados para pequenos galpões (5.000 aves). O modelo automático de prato, “TUBOFLEX”, proporciona bom desempenho, faz abastecimento automático através do prato comando e é mais “caro”. No caso de comedouros tubulares infantil/ADULTO é importante renovar/chacoalhar/mexer a ração várias vezes ao dia e este manejo visa estimular o consumo de alimento pelas aves. Quanto aos bebedouros, os pintos devem ter fácil acesso a estes; entretanto, deve-se regular sempre a altura, e fazer limpeza diária. A escolha do modelo depende: Do abastecimento de água Do custo e disponibilidade de mão-de-obra Do preço do equipamento Nas fases de crescimento e engorda os bebedouros “PENDULARES” são os mais usados em função de: Custo Eficiência Facilidade de manejo Durabilidade A limpeza nos bebedouros deve ser realizada pelo menos uma vez ao dia para manutenção da qualidade da água. Deve-se fazer a regulagem da altura dos bebedouros para que as aves possam beber a água confortavelmente, e ao mesmo tempo, não sujá-la ou desperdiçar A borda superior do bebedouro deve estar acima 5cm do dorso da ave. A quantidade de água varia quando pintinho e adulto; após 10 dias deve-se reduzir a quantidade para ficar com metade ou 1/3 de água no bebedouro. O bebedouro tipo “NIPPLE” não apresenta problemas de abastecimento de água e mão-de-obra, bastante higiênico. Podendo ser usado desde o 1º dia de vida das aves É sensível à sujeira na água e à variação de pressão, podendo apresentar vazamento quando mal instalados. Tem a função de dispersar as concentrações de amônia (NH3), CO2 e calor na altura das aves, fazendo com que a cama permaneça seca. Objetiva-se mover a coluna de ar que está sob o telhado, promovendo a queda da temperatura e diminuindo a radiação de calor sobre os frangos. Devem ser colocados a 1,5 metros de altura a uma distância máxima de 10 metros um do outro. Podem ser associados a bicos nebulizadores. Idade das aves Metros por segundo Pés por segundo 0 – 14 Ar parado Ar parado 15 – 21 0,5 100 22 – 28 0,875 175 28 dias ou mais 1,75 - 2,5 350 - 500 Os nebulizadores são aparelhos constituídos de bicos de alta pressão e baixa vazão que são distribuídos em linhas por toda extensão dos galpões, aspergindo gotículas de água, colaborando na minimização da sensação de calor das aves. São usados quando a temperatura no interior dos galpões está elevada acima de 29°C, e o frango se encontra ofegante. As gotículas de água ao evaporarem retiram calor do meio ambiente, baixando de 5 a 6 graus a temperatura. Deve-se tomar cuidado ao utilizar o nebulizador quando a umidade relativa do ar estiver alta acima de 75. Quando associados a ventiladores têm maior eficiência; pois, o movimento do ar acelera a evaporação e diminui a umidade da cama. A água utilizada deve ser boa qualidade e de preferência tratada. Para maior eficiência do sistema, quanto mais seco for o ambiente, a distribuição dos bicos em relação ao ventilador devem ser adequadas e as gotículas devem ser mais finas. Tipos de ventiladores (Exaustores) Tipos Cooling de Celulose Cooling de Argila Expandida Cooling Cerâmico – Tijolos de furos Hermeticamente fechado (Sem Luminosidade Externa) Nitrogênio 70% ácido úrico Amônia e CO2 30% proteína Degração A coleta de aves mortas ocorrer em todas as fases da criação. Este trabalho deve ser feito o mais rápido possível, após a morte da ave, para evitar odor desagradável dentro do aviário e prevenir contra o canibalismo. Deve ser feita pela manhã e à tarde ou mesmo todas às vezes em que o funcionário estiver lavando os bebedouros ou limpando comedouros, pode separar as aves mortas, colocando-as na parte central do aviário facilitando a posterior coleta e a disponibilidade de tempo para outras atividades. As aves mortas podem ser levadas para fossa séptica, enterradas, incineradores ou para composteira. TÉCNICA DE COMPOSTAGEM . Fonte: PAIVA (2004). CAMADAS A qualidade da carcaça depende dos cuidados dispensados aos frangos durante todo o ciclo de produção, e do momento da captura das aves, e que quando bem executada manterá inalterada a qualidade da carcaça do lote, que pode ser medida em sua apresentação final ao consumidor. Grande quantidade de aves é perdida por contusões, arranhões/queimaduras de cama, calos de peito, lesões nas pernas e asas; e essas lesões podem determinar condenações parciais ou totais na linha de abate, que leva a sérios prejuízos ao produtor. Os principais fatores relacionados com a depreciação da carcaça do frango de corte, são: Cama compactada Pouca cama Piso irregular Problema locomotores Peso do frango Conscientização da equipe Transporte Iluminação Disposição do pessoal Forma de apanha Horário de recolhimento Tipo de caixa e treinamento da equipe O Serviço de Inspeção Federal (SIF) tem por norma eliminar todas as partes das aves que estão contaminadas ou que apresentem aspecto repugnante ao consumidor. As causas mais prováveis de contusões da carcaça do frango de corte estão sumarizadas na Tabela 5. CAUSAS CONTUSÕES (%) PEITO COXA ASA Manejo do lote 56,6 17,8 16,7 Apanha 11,0 32,8 38,2 Transporte 20,0 26,4 22,8 Plataforma de Abate 12,4 23,0 28,3 Tabela 5 - Causas de contusões em carcaças de frangos de corte F o n te : R E A L I (1 9 9 4 ). A apanha deve ser uma operação objetiva, procurando causar o mínimo estresse possível às aves. O operador deve apanhar as aves individualmente pelo DORSO, com as mãos posicionadas sobre as asas, e encaixotá-las uma a uma. Cada operador manipula sua própria caixa para não haver erro na contagem final. Outro método usado é apanha pelo pescoço, proibido pelo Bem-Estar Animal. Jamais pegar as aves pelas pernas. Existe equipamentos para captura AUTOMÁTICA Os principais pontos críticos no manejo da retirada do lote são: 1. Aviso de recolhimento: dia e hora da chegada dos caminhões 2. Inspeção pré-abate: pelos técnicos para verificar peso médio, uniformidade e estado sanitário do lote 3. Organização do pessoal: equipe de 14 pessoas (para 12.000 frangos), chegar antes que os caminhões 4. Retirada da ração: 6 horas antes do início da captura das aves: diminui a mortalidade durante o transporte e a contaminação pelo rompimento do papo e intestinos na linha de abate 5. Retirada da água: 15 minutos antes da apanha, e cuidado para não deixar as aves desidratarem Os principais pontos críticos no manejo da retirada do lote, são: 6. Retirada dos equipamentos antes da retirada do lote ou suspender os automáticos 7. Carregamento diurno: pequenos círculos de captura (150 a 200 frangos) 8. Carregamento noturno: menor intensidade luminosa 9. Tempo de carregamento: 200 caixas em 45 minutos 10. Número de aves por caixa: Machos (6) e Fêmeas (7) Para o transporte das caixas vazias usa-se o SISTEMA DE TUBOS, colocados em forma de trilhos dentro do aviário, o que facilita sobremaneira o manejo das caixas, diminui sensivelmente o esforço dos carregadores e, principalmente, reduz em muito as contusões nas aves. O retorno das mesmas cheias de frangos para o caminhão é feito manualmente ou por máquina carregadeira/EMPILHADEIRA. Deve-se ter todo o cuidado para evitar que as caixas batam umas nas outras durante o carregamento. Após o carregamento, a carga deve ser corretamente amarrada para que não “jogue” durante o transporte. Manter as estradas de acesso à granja em bom estado facilita as manobras dos caminhões. Deve-se dirigir com cuidado, evitando altas velocidades, paradas demoradas, freadas bruscas ou acelerações repentinas, lembrando sempre que a carga é viva e delicada; pois, estas situações levam a ave a se contundir, e por conseguinte, depreciação e condenações de partes ou carcaça. Slide 1: UNIVERSIDADEFEDERAL DO AGRESTE DE PERNAMBUCO Slide 2: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 3: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 4: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 5: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 6: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 7: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 8: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 9: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 10: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 11: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 12: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 13: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 14: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 15: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 16: LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO GALPÃO Slide 17: 1 - MANEJO Slide 18: 1 - MANEJO Slide 19: 2 - OBJETIVO Slide 20: 3 - ESCOLHA DO PINTO Slide 21: 3 - ESCOLHA DO PINTO Slide 22: 3 - ESCOLHA DO PINTO Slide 23: 3 - ESCOLHA DO PINTO Slide 24: 3 - ESCOLHA DO PINTO Slide 25: 4 - MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57: 11 – Comportamento dos Pintos - Círculos Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69: 4 - MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 70: 4 - MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 71: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 72: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 73: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 74: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 75: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 76: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 77: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 78: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 79: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 80: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 81: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 82: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 83: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 84: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 85: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 86: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 87: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 88: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 89: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 90: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 91: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 92: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 93: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 94: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 95: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 96: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 97: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 98: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 99: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE Slide 100: MANEJO DE FRANGOS DE CORTE