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Aula 3- Gestação e parto

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1
Fisiologia da Gestação e parto
Profa.Renata de Freitas Ferreira Mohallem
Fertilização Fertilização 
• Ampola da tuba uterina
Fertilização:
• Requer a transferência de gametas masculinos 
para o trato genital feminino de forma a 
fertilizarem os gametas femininos
– os espermatozóides, até esse momento 
concentrados e armazenados no epidídimo, à medida 
que o atravessam, mudam o seu metabolismo de 
oxidativo (aeróbico) para glicolítico (anaeróbio), 
encontrando-se num estádio de metabolismo 
reduzido
• ao nível do trato reprodutivo feminino os 
espermatozóides maduros são capazes de 
metabolizar apenas um único tipo de açúcar, a 
frutose.
2
Fonte: Senger, 2003
Fertilização:
• o sêmen é normalmente ejaculado na vagina, 
– o útero (cão, cavalo, porco)
• o movimento do sêmen através do cérvix é facilitado por:
– alterações no muco cervical induzidas pelos estrogénos
– Outros vários fluidos (testiculas, epididimario, semen, muco uterino
– batimento dos cílios da tuba uterina no sentido da ampola
– contrações
• o microambiente do trato genital feminino é em geral adverso à
sobrevivência do espermatozóide; 
– por exemplo, os glóbulos brancos são rapidamente atraídos para o lúmen 
uterino em resposta à presença de espermatozóides
TRANSPORTE RÁPIDO
Fertilização:
• reservatórios especiais evoluíram de forma a ajudar a 
sobrevivência dos espermatozóides durante o seu 
transporte
• Pregas mucosas especiais
– incluem a cérvix e áreas especiais na junção utero-tubárica
(espécies que ejaculam no útero) e na ampola da tuba uterina
• algumas horas
• por fim, os reservatórios na ampola são capazes de 
libertar de uma forma contínua apenas alguns 
espermatozóides de cada vez, de modo a permitir que a 
fertilização ocorra logo após a chegada dos ovócitos ao 
tuba uterina.
Capacitação espermática
• É necessário que o espermatozóide sofra um processo 
de preparação que dura de 7 a 8 horas para que possa 
fecundar um ovócito.
• no suíno este período é de 1 a 2 horas.
– processo de maturação 
– trato genital feminino 
• Capacitação: remoção das glicoproteínas originárias do 
plasma seminal e líquido epididimário da superfície dos 
espermatozóides
– as glicoproteínas interferem com a fertilização, a sua remoção 
permite aos espermatozóides desenvolverem a reação 
acrossômica ao entrarem em contato com os ovócitos
3
Fonte: Senger, 2003
Capacitação espermática
• A reação acrossômica envolve:
– ativação das enzimas hidrolíticas do acrossoma, 
importante para a penetração do espermatozóide 
através da granulosa e da zona pelúcida até à
membrana plasmática do ovócito.
– a alteração da superfície do espermatozóide, 
permitindo a sua fusão com o ovócito
– resulta em movimentos flagelares que tendem a 
movimentar o espermatozóide para a frente.
Reação acrossômica
Fonte: Senger, 2003
Ovócito de um folículo maduro
Reação acrossômica
• Necessidade de acontecer antes da fertilização
– a deposição do sêmen antes da ovulação é
necessária para atingir uma fertilidade máxima.
• a exceção a esta regra é quando se utiliza 
sêmen com reduzida longevidade/ refrigerado 
ou congelado
– deposição do sêmen no trato feminino deverá ocorrer 
próximo da altura da maturação dos ovócitos 
associada à fertilização
Fonte: Senger, 2003
4
Fonte: Senger, 2003
Fertilização:
• A capacitação dos gametas masculinos antes dos gametas 
femininos no tuba uterina implica que os ovócitos se encontrem 
prontos para a fertilização à chegada à ampola.
• um pré-requisito para a fertilização do ovócito é a conclusão da 
primeira divisão meiótica
– exceção do cadela;
– uma adaptação a esta situação é o fato dos espermatozóides do cão e 
do cavalo apresentarem uma maior longevidade que os das outras 
espécies domésticas
• Vida média espermatozóides 
– 24 a 48 horas no sistema genital das vacas, ovelhas e porcas
– Até 5 dias no sistema da égua 
– até 7 dias no sistema da cadela.
Processo de Fertilização Alterações do ovócito pós-fertilização
Zona reacional 
• alteração na zona 
pelúcida para evitar a 
a passagem de outro 
espermatozóide.
– Inicia qdo o primeiro 
espermatozóide 
rompe 
– Substância liberada 
nos grânulos corticais 
Bloqueio vitelínico ou bloqueio a 
poliespermia
• O ovócito após o engolfamento do 
espermatozóide, bloqueia a entrada, não 
permite contato com mais nenhum.
5
Poliespermia
• Acontece quando espermatozóides supra 
numerários conseguem entrar no vitelo 
(ovócito).
• Qdo zona reacional ou bloqueio vitelínico estão 
reduzidos:
– Envelhecimento
– Aquecimento do óvulo
– Aquecimento do animal
• Triploidia (embrião triplóide)- letal
– Espermatozóides extras formam pró –núcleos, que 
originam 3 grupos cromossômicos que se juntam
Fertilização:
• Após a fertilização, o embrião desenvolve-se no 
na tuba uterina até ao estágio de mórula, ou 
jovem blastocisto, antes de entrar no útero
– 4 a 5 dias, dando tempo para que o útero resolva a 
resposta inflamatória induzida pelos espermatozóides 
e para que as glândulas endometriais comecem a 
secretar nutrientes sob a influência da progesterona 
produzida pelo corpo lúteo em desenvolvimento
• estes nutrientes são indispensáveis ao 
desenvolvimento do embrião durante os estádio 
pré-implantação
Fertilização, clivagem e 
desenvolvimento do blastocisto
Animais tem maneiras diferentes 
de prolongar a vida do CL
• implantação intersticial- ligação com 
endométrio
– é essencial para o desenvolvimento da 
gestação nos primatas.
– Menos invasiva- Excêntrica- cães e gatos
– Mínima nos grandes animais
• denominadas carúnculas nos ruminantes
• vilosidades relativamente pequenas nas éguas e 
porcas
• os animais domésticos são mais dependentes das secreções 
uterinas para o aporte nutritivo ao embrião do que os primatas
6
Implantação
Implantação
• infecções uterinas subclínicas, ou um 
baixo número de glândulas endometriais 
– podem interferir no estabelecimento da 
gestação nas espécies com um longo 
intervalo entre a fertilização e a implantação
• A cérvix constitui uma importante barreira 
à contaminação do lúmen uterino tanto 
nas fêmeas gestantes como nas não 
gestantes; no caso das fêmeas gestantes 
o cérvix encontra-se selado. 
Animais tem maneiras diferentes 
de prolongar a vida do CL
• Bovinos, caprinos, equinos, suínos, ovinos
• gatas
• Atividade lútea é controlada pelo útero
– PGF2 alfa
Animais tem maneiras diferentes 
de prolongar a vida do CL
• No estabelecimento da gestação o embrião 
liberta substâncias que modificam a produção 
uterina de PGF2:
– a síntese de estrógenos 
• informa o endométrio da sua presença
• 12 a 13 dias após a fertilização
– vacas e ovelhas - uma glicoproteína específica com 
origem embrionária designada interferon-tau / 
produzida antes do dia 14 de gestação
• Bloqueia a secreção pulsátil de PG
Animais tem maneiras diferentes 
de prolongar a vida do CL
• Movimento do embrião-
• égua - embriões movem-se através dos dois 
cornos uterinos antes da sua implantação ao dia 
16.
• porcas- mínimo de embriões para se 
estabelecer a gestação (cerca de 4)
– A manutenção da prenhez nos suínos depende 
basicamente do nível de progesterona.
7
Animais tem maneiras diferentes 
de prolongar a vida do CL
• Gatas
– CL- 35 a 40 dias- independente de gestação
– Implantação embrião- 13°dia
– hormônio que aumenta a atividade lútea (?)
– Relaxina- 20 °dia - produzida pela placenta e 
age sinergicamente a P4
Animais tem maneiras diferentes 
de prolongar a vida do CL
• Cadelas
– Fase lútea em não gestantes é maior
– Hormônios luteotróficos- LH, prolactina
– Relaxina- 20 °dia, ou poucos dias após a 
implantação.
Animais tem maneiras diferentes 
de prolongar a vida do CL
• Primatas
– hCG- manutençãodo corpo lúteo no início da 
gestação 
• produzida pelas células trofoblásticas do embrião 
– deve encontrar-se intimamente ligado ao endométrio, 
através do processo de implantação intersticial, no qual 
o embrião penetra através do endométrio cerca de 8 dias 
após a fertilização.
• a secreção de hCG, inicia-se 24 a 48 horas após a 
implantação, aumentando de forma imediata a 
produção de progesterona pelo CL.
Períodos da gestação
• EMBRIÃO
• Vai da fixação até a placentação 
completa.
– Neste período forma-se a maior parte dos 
sistemas e observa-se inclusive o batimento 
cardíaco.
• FETO
– Vai da placentação até o nascimento.
Placenta
• Nutrientes e oxigênio
• Órgão endócrino
– Placenta se desenvolve → secreção progesterona e estrogênio
• progesterona:
– essencial para manutenção do endométrio e inibição das 
contrações do miométrio
– contribui na preparação das glândulas mamárias para lactação
– Substituição do CL
• Ovelha- 50 dias
• Éguas- 70 dias, 
• Gatas- 45 dias
– Vacas, porcas, cabras, cadelas: a placenta nunca produz P4 
suficiente para sustentar a gestação
Placenta
• estrógeno:
–estimula crescimento do miométrio
–contribui para desenvolvimento 
mamário
8
Placenta
Hormônio protéicos:
• Relaxina
• Gatas, cadelas e éguas- 20, 20 e 70 dias 
respectivamente
• porca, na vaca e nas primatas - produzida no CL 
durante a gestação
– Com liberação pré-parto acontecendo com a luteólise
• Funções:
– Abertura da sínfise pubiana e relaxamento ligamentos pélvicos 
durante o parto
– manutenção da gestação ao atuar sinergicamente com a 
progesterona
Placenta
• Gonadotrofina coriônica 
– gonadotrofina coriônica equina (eCG),
– pregnant mare serum gonadotrophin- PMS
– produzida no cálices endometriais
• ↑ produção de progesterona pelo CL primário da 
gestação e ajuda na formação de CLs
secundários: luteinização ou ovulação de 
folículos pré-formados
– não se reconhece a necessidade da eCG, uma vez 
que o CL primário é suficiente para a manutenção da 
gestação.
75% efeito luteinizante e 25% efeito folículo estimulante
Placenta
• Lactogênio Placentário- PL
• Ruminantes
• secreção aumenta na última parte da 
gestação;
• tem efeitos somatotróficos (GH) e 
lactogênicos (prolactina).
– Em vacas leiteiras o lactogênio placentário 
pode ser importante nos desenvolvimento 
alveolar da glândula mamária 
Placenta
• Não é produzida pela placenta, mas 
aumenta durante a gestação
• Prolactina
– importante para o desenvolvimento alveolar 
no pré-parto
• libertada pela hipófise em resposta aos estrógenos
– Luteotrófica nas cadelas
Parto
Parto
• Depende:
– da maturação do eixo hipotálamo-
hipofisario-adrenal do feto que responde 
adequadamente ao estresse percebido por 
ocasião do fim da gestação 
produzindo cortisol que desencadeia uma 
cascata de eventos que culmina com a 
expulsão do feto.
O estresse do feto é gerado pelo desconforto existente no ambiente uterino dado ao seu 
volume e o pouco espaço disponível
9
Parto
estresse produz e libera o CRH 
(Hormônio de Liberação de 
Corticotrofina)
age sobre as células 
corticotróficas da hipófise 
determinando a liberação de 
ACTH (Hormônio 
adrenocorticotrófico) 
age sobre a adrenal fetal 
resultando no aumento de 
Cortisol Cortisol na circulação fetal.
No feto:
Parto
• A medida que o parto se aproxima, o 
cortisol aumenta de forma gradual 
(terceira semana antes do parto).
• O nível de cortisol ↑, ativa a conversão de 
progesterona em estrógeno (placenta).
Parto
Estrogéno estimula mudanças no miométrio para facilitar 
contratilidade:
1) sintetizar conexinas (formação de junções fechadas)-
comunicação entre células musculares lisas
2) expressão de receptores para ocitocina e secreção de 
prostaglandinas
Útero se torna contrátil e a cérvix se abre
Parto
• PGF2 alfa-
– Lise do CL- ↓ P4
– Aumenta a contratilidade do útero
– Lança o feto contra a cérvix
feto é forçado contra a cérvix
↓
estimulação de mecanorreceptores
↓
hipotálamo
↓
ocitocina
↓
contração do miométrio
reflexo de Ferguson
Parto
oxitocina funciona em sinergia com a PGF2 na 
promoção da contração do útero
Parto
• Eventos que aumentam com as contrações 
uterinas:
– Aumento de E2
– Diminuição de P4
– Aumento de ocitocina
– Receptores mais sensíveis
• Efeitos adicionais:
– Secreção de relaxina
• secretada pelo CL (útero e placenta em algumas espécies);
• causa dilatação da cérvix e da vagina e estimula contrações 
uterinas.
10
Parto
O parto é dividido em três fases distintas:
I) Preparatória
• 3 últimas semanas antes do parto e termina com 
o início das contrações uterinas.
• vulva e úbere fica vermelha e inchada; 
afrouxamento de articulação pélvica e de 
ligamentos. 
• Na véspera do parto o animal se isola, o tampão 
mucoso se desprende e aumentam a pulsação 
e a frequência respiratória.
Cortisol 
fetal/estrógeno/prolactina/relaxina
Foto: Coimbra,E. L. P (2002)
Parto
II) Dilatação
Dura três a oito horas e vai do início das 
contrações uterinas, que se sucedem a 
cada 15 minutos, até o rompimento das 
bolsas alantoideana e aminiótica.
PGF2alfa/ocitocina
Parto
III) Expulsão do feto
• Dura de uma a três horas e vai do início do 
rompimento da bolsa até a saída completa do 
feto. 
• Nas primíparas pode durar de quatro a seis 
horas. 
• As contrações uterinas ocorrem a cada dois a 
cinco minutos e no auge a cada 1,5 a dois 
minutos. A expulsão da placenta ocorre até 12 
horas após o parto.
11
Foto: Coelho, S.G (1992)
Foto: Coelho, S.G (1992) Foto: Coelho, S.G (1992)
12
Parto
contrações aumentam
↓
cérvix dilata
↓
feto nasce
↓
cessam estímulos mecânicos
↓
secreção de ocitocina diminui
placenta é expelida: níveis maternos de estrogênio e progesterona caem a 
níveis pré-gestacionais
Tempo para expulsão dos anexos 
placentários
• ÉGUA - Cerca de 30 minutos após o 
parto
• VACA - 2 a 12 horas após
• PEQUENOS RUMINANTES - 30 minutos 
até 2 horas após
• PORCAS E CADELAS - podem ser 
expulsos juntos com o feto, imediatamente 
após, ou nos intervalos entre um feto e 
outro.
Tarefa
• Revisar sobre os anexos embrionários, o 
tipo de placenta e a época que ela é
estabelecida:
• Cão
• Gato
• Suíno
• Equino
• Bovino

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