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Fisiopatologia Clínica Na Saúde Do Idoso Josilene Dourado Linhares Fisioterapia 6° Semestre QUALIDADE DE VIDA E A RELAÇÃO COM O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO O processo de envelhecer, considerado a instância fisiológica da natureza humana, para ser saudável e com bem-estar, exige que se consiga agregar qualidade de vida aos anos vividos. O envelhecimento pode ser classificado em três grupos: idosos jovens, 60 a 74 idosos velhos, 75 a 84 idosos mais velhos, >85 A velhice é uma etapa da vida inevitável; logo, faz parte de um processo natural, contínuo, irreversível, lento e gradual, inerente à condição humana, envolvendo vários aspectos como os biopsicossociais. O principal problema de saúde que pode afetar o idoso é a perda da sua capacidade funcional, das habilidades físicas e mentais necessárias para a realização de suas atividades básicas da vida diária. Associada a isso, tem-se a perda gradativa da qualidade de vida como fator agravante para a saúde dos idosos. “Envelhecimento Populacional: uma realidade brasileira”, no ano de 2025, no Brasil, a população acima de 60 anos representará cerca de 34 milhões de pessoas. Entender como ocorre o envelhecimento é de fundamental importância para uma terceira idade saudável e autônoma, conferindo qualidade de vida aos anos vividos. QUALIDADE DE VIDA Q.V. é um termo que se refere ao nível das condições básicas e suplementares do ser humano bem-estar físico, mental, psicológico e emocional, os relacionamentos sociais, como família e amigos, saúde, a educação. Organização Mundial da Saúde, qualidade de vida é: “a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” QUALIDADE DE VIDA N0 IDOSO “a principal característica do envelhecimento saudável é a capacidade de aceitação das mudanças fisiológicas decorrentes da idade”. O envelhecimento deve ser compreendido na sua totalidade e nas suas diversas dimensões, pois essas transformações afetam direta ou indiretamente as inter-relações do sujeito com o seu contexto social, comprometendo a qualidade de vida, ou seja, seu bem-estar biopsicossocial, interferindo no envelhecimento saudável. O próprio processo de envelhecimento por meio das influências biológicas e sociais, sejam elas em decorrência das alterações no sistema nervoso, mudanças cognitivas, saúde ou influências ambientais, modifica comportamentos e funções psicológicas de idosos. Essas alterações podem comprometer e trazer danos severos a eles, seja nas habilidades cognitivas, emocionais ou sociais. Distúrbios de sono. Distúrbios de apetite. Comportamento “aéreo”. Isolamento social. Sonhos com pessoas que morreram. Hiperatividade. Autonegligência que ameace sua própria saúde ou segurança. O bem-estar do idoso influencia diretamente as questões emocionais. A forma como o idoso se relaciona com o envelhecimento fará com que ele desenvolva aspectos positivos ou negativos que podem vir a provocar doenças sérias como a depressão, o que pode comprometer sua capacidade cognitiva. Além disso, as relações sociais empobrecidas podem ser consideradas fatores de risco para o desenvolvimento de problemas de saúde, (hipertensão arterial, obesidade e o sedentarismo). CICLO VICIOSO DO ENVELHECIMENTO ENVELHECIMENTO INATIVIDADE FÍSICA FRAGILIDADE MÚCULO-ESQUELÉTICA PERDA DO ESTILO DE VIDA INDEPENDENTE MENOR MOTIVAÇÃO E MENOR AUTOESTIMA ANSIEDADE E DEPRESÃO QV dos idosos envolve. Dar e receber apoio emocional; Ajuda material; Serviços e informações; Crença de ser cuidado, amado e valorizado; Encontrar sentido no desenvolvimento. as políticas públicas para a saúde de idosos Política Nacional do Idoso – Decreto n. 1.948/1996: norteia ações sociais e de saúde e visa garantir ao idoso a assistência à saúde no SUS mediante programas de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, além de instituir a geriatria como especialidade clínica e estabelecer a necessidade de realizar estudos para detectar o caráter epidemiológico da saúde do idoso. Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso – Portaria n. 702/2002: determina as condições de gestão e a divisão de responsabilidades. Diretrizes do Pacto pela Saúde – Portaria 399/GM: contemplam o Pacto pela Vida e afirmam a necessidade de enfrentar os desafios impostos por um processo de envelhecimento caracterizado por doenças e/ou condições não transmissíveis, muitas delas passíveis de prevenção e controle, e por incapacidades que podem ser evitadas ou minimizadas. Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa – Portaria no 2.528/2006: norteia ações sociais e de saúde, assume o desafio da evolução das enfermidades e do estilo de vida que resulta em perda da funcionalidade e das habilidades físicas e mentais necessárias para a realização das atividades de vida instrumentais diárias. Centros de Referência em Atenção à Saúde do Idoso – Portaria no 249/2002: criados como parte de operacionalizados das redes. Estatuto do Idoso – Lei no 10.741/2003: norteia ações sociais e de saúde em relação ao idoso Apesar de todas as políticas desenvolvidas para atuação na saúde do idoso, sabemos que a efetivação de uma saúde pública requer atitudes conscientes, embasadas na ética e na promoção da cidadania, por meio da corresponsabilidade do Estado, dos profissionais de saúde e, também, dos idosos. A expectativa e a qualidade de vida dos indivíduos > 60 anos melhorou significativamente nas últimas décadas. Muito dessa mudança de cenário tem como resultados a maior consciência sobre o estado de saúde e o bem-estar. Muitos idosos relatam que a independência funcional associada à prática de atividade física melhora a autoestima, o humor e a felicidade. O fisioterapeuta que é responsável para realizar uma boa avaliação da qualidade de vida no idoso, tem que compreender o idoso em toda a sua essência e não apenas no aspecto físico-funcional, considerando questões sociais, culturais, familiares, laborais, religiosas, entre outras. Questionário de Baecke, IPAQ (International Physical Activity Questionnaire), Miniexame do Estado Mental, SE-36 Questionário de Baecke,/Questionário de Atividade Física Habitual ou Questionário de Atividade Física Habitual de Baecke, Avaliação dos aspectos sociofamiliares. Questionário de Baecke, 16 questões, que abordam três domínios de atividade física habitual dos últimos 12 mesesdos instrumentos de avaliação de qualidade de vida. http://www.ufrgs.br/psiquiatria/psiq/whoqol1.html#3. Livro Fisioterapia na saúde do idoso, KLS, unidade I, pg 35 e und III, pg 106 GILLY, L. Com dores, idosa começa atividade física e afirma: ‘não fiz cirurgia e os problemas acabaram’. G1 Sul do Rio e Costa Verde, [S.l.]. 5 OPÇÕES de atividades físicas para idosos. Saúde Brasil, [S.l.]. SARDINHA, A. et al. Tradução e adaptação transcultural do Questionário de Atividade Física Habitual. Rev. Psiq. Clín., [S.l.], v. 37, n. 1, p. 16-22, 2010. Seção 3.2 / Avaliação da qualidade de vida no idoso - 109 ESTUDO DE CASO EM SALA image3.png image4.png image5.png image1.png image2.svg image6.jpeg image7.gif image8.gif image9.png image10.png image11.png image12.svg image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.jpeg image20.jpeg image21.png image22.png image23.png image25.png image26.png image24.png image27.jpeg image28.png image29.png image30.png image31.png image32.gif image33.png image34.png image35.svg